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Tema 2 - Mercados Financeiros Módulo 1: 1.Objetivos, composição e funcionamento dos mercados financeiros: Funcionamento dos mercados financeiros: Á na economia os seguintes tipos de agente: Agentes superavitários: Geradores de poupança Agentes deficitários:Demandantes de recursos para investimento. O mercado financeiro é o ambiente em que ocorrem as operações e os serviços oferecidos pelas instituições financeiras destinados a possibilitar o fluxo de recursos monetários entre os agentes econômicos. Para garantir equilíbrio entre todos os participantes, esse ambiente deve ser conduzido e fiscalizado pela autoridade monetária do país. Quatro principais segmentos: Mercado monetário: Envolve as operações com títulos públicos e seu objetivo é controlar a liquidez e a taxa de juros básica da economia. Nesse mercado, a autoridade monetária controla os meios de pagamento e conduz a política monetária, gerenciando as operações de mercado aberto, as de redesconto e os depósitos compulsórios. Mercado de crédito: Abrange as operações de empréstimo e financiamento para fortalecer o capital de giro ou os investimentos entre os agentes econômicos. Mercado cambial: Compreende as operações de troca de moedas originadas principalmente pelas transações comerciais e de remessa de divisas. Mercado de capitais Envolve as operações de médio e longo prazo com títulos mobiliários emitidos pelas empresas, em que, geralmente, instituições financeiras especializadas estruturam operações e proporcionam o “encontro” entre os agentes superavitários e os demandantes de recursos para investimentos tanto em capital fixo como em capital de giro. Os agentes do mercado financeiro podem, em determinada operação, utilizar simultaneamente produtos e serviços de mais de um segmento. Os componentes do mercado financeiro: -Agentes poupadores (superavitários) -Agentes tomadores de recursos (deficitários) -Instituições operadoras (bancos, cooperativas de crédito, seguradoras, corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, fundos de pensão etc.) -Instrumentos financeiros (títulos, ações, fundos etc.) -Organismos reguladores -Organismos supervisores No Brasil, o mercado financeiro é organizado e gerido pelas organizações que fazem parte do Sistema Financeiro Nacional (SFN), que é composto por todas as instituições públicas e privadas atuantes no mercado brasileiro. De acordo com o Banco Central do Brasil (BCB), o SFN é formado por órgãos normativos, entidades supervisoras e operadores. Órgãos normativos: São as instituições responsáveis por editar as normas que regem o sistema financeiro e fiscalizam as operações. Conselho Monetário Nacional (CMN): criado pela Lei nº 4.595, de 1964, é o órgão que estabelece as políticas monetária, creditícia, cambial e de capitais. Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP): originado pelo Decreto-Lei nº 73, de 1966, regula os mercados de seguros, resseguros (isto é, o seguro das seguradoras), previdência complementar aberta e capitalização. Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC): comissionado pela Lei nº 12.154, de 2009, e regula a previdência complementar fechada e operada pelos fundos de pensão, estabelecidos por empresas para seus funcionários. Entidades supervisoras: São as responsáveis por fiscalizar as operações. As entidades supervisoras vinculadas ao CMN são o Banco Central do Brasil (BCB) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A entidade vinculada ao CNSP é a Superintendência de Seguros Privados (Susep) e a ligada ao CNPC é a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). Órgãos operadores: São as instituições que executam a intermediação de recursos financeiros, como: -Bancos de varejo (denominados bancos comerciais pelo BCB) -Bancos de atacado ou de investimento -Bancos múltiplos -Private banks -Corretoras e distribuidoras de valores -Instituições financeiras não bancárias -Fintechs Em reunião realizada em 23 de abril de 2019, a Diretoria Colegiada do BCB aprovou a divulgação dos requisitos fundamentais para a implementação, no Brasil, do Sistema Financeiro Aberto (ou open banking). Eles abrangem o objetivo, a definição, o escopo do modelo, a estratégia de regulação e as ações para sua implementação. O objetivo dessa iniciativa é aumentar a eficiência no mercado de crédito e pagamentos no Brasil, mediante a promoção de um ambiente de negócio mais inclusivo e competitivo, preservando a segurança do sistema financeiro e a proteção dos consumidores. Funcionamento dos mercados monetário, cambial, de crédito e de capitais: Mercado monetário: Composto, principalmente, pelos bancos comerciais e pelo BCB, que executa a política monetária e regula e fiscaliza seu funcionamento. A principal função do Banco Central é assegurar a liquidez dos agentes econômicos, a saber: intermediários financeiros, investidores e tomadores de recursos. As operações do mercado monetário se caracterizam pelo curtíssimo prazo – um dia – Money Market. Trata-se do mercado no qual os ativos financeiros se transformam em dinheiro no menor tempo possível. No sistema financeiro, as principais funções desse mercado podem ser resumidas em: 1 Executar a política monetária. 2 Garantir a transferência de recursos dos agentes superavitários e deficitários. Quando o BCB precisa tirar dinheiro de circulação, ele vende títulos públicos, e quando quer injetar mais dinheiro na economia, ele compra títulos, alterando a liquidez do mercado. Essas operações são realizadas por meio do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Atualmente, as operações com títulos públicos são realizadas de forma eletrônica. Devido a introdução do novo Sistema Brasileiro de Pagamentos (SBP), a liquidação financeira é processada em tempo real. O sistema trouxe mais segurança para as operações de compra e venda de títulos, oferecendo garantias de existência dos papéis em negociação e dos recursos necessários para a liquidação financeira (pagamento) da operação. Os pagamentos no Selic são processados por meio de reservas bancárias, e as transferências dos títulos entre os investidores apenas são autorizadas pelo sistema mediante movimentações nessas reservas. As instituições financeiras também negociam títulos públicos no sistema Selic, geralmente em operações de um dia (overnight), para recompor suas reservas compulsórias no Banco Central. A média das taxas de todas as negociações realizadas ao longo de um dia no Selic é denominada de taxa Selic. O Comitê de Política Monetária do BCB (Copom) estabelece uma meta para a taxa Selic em função das expectativas de inflação relacionadas à meta definida pelo Conselho Monetário Nacional. Se a inflação está alta, o Copom estabelece uma meta mais elevada para a taxa Selic, pois o objetivo é retirar dinheiro de circulação. Com a taxa mais alta, mais pessoas se interessaram em trocar moeda por títulos, pois sua remuneração é maior. A moeda vai, então, para os cofres do BCB e sai de circulação. Porém, se a inflação está baixa, o Copom reduz a meta para a taxa Selic, pois o objetivo de colocar mais dinheiro em circulação e estimular a economia. Uma vez definida a meta da taxa Selic, o BCB vende ou compra títulos para que a taxa Selic diária atinja a meta estabelecida. Mercado cambial: Prós dos mercados de câmbio: As trocas de moedas viabilizam negócios com o exterior, permitindo atender necessidades e o aumento da eficiência econômica e empresarial também em momentos de crise ou transição. Contras dos mercados de câmbio: Os mercados de câmbio são um dos mais sensíveis por traduzirem o sentimento e a expectativa dos participantes do mercado local e estrangeiro sobre a economia e o valor da moeda local. O mercado de câmbio é dividido em mercado primário e secundário. Mercado primário: As pessoas físicas e as empresas que importam ou exportammercadorias transacionam com os bancos a compra ou a venda de moeda estrangeira. Mercado secundário: Os bancos trocam divisas entre si, caracterizando este mercado que é o interbancário. Além desses atores (pessoas físicas, empresas e bancos), o Banco Central do Brasil atua diretamente no mercado para executar a política cambial. Todas as operações de câmbio são registradas em um sistema do BCB chamado Sisbacen, que calcula diariamente a média ponderada pelo volume das operações de câmbio entre reais e dólares americanos realizadas no mercado secundário (interbancário). A essa taxa dá-se o nome de Ptax. Mercado de crédito: Para as empresas, a política de crédito influencia o fluxo de caixa e os investimentos necessários em capital de giro. Uma das funções mais importantes na área financeira das empresas é a avaliação de crédito. A remuneração dos bancos é dada pelo spread, que é a diferença entre a taxa de juros cobrada dos tomadores de empréstimo e a utilizada para remunerar os poupadores. No mercado de crédito há, portanto, a intermediação financeira, pois os bancos atuam como intermediários que reúnem poupadores e tomadores nas operações de crédito, sendo remunerados por esse serviço por meio do spread bancário. Como as instituições financeiras que operam nesse mercado possuem uma gama bastante ampla de clientes com diferentes perfis de prazos e volumes de recursos, elas conseguem realizar uma gestão de riscos mais eficiente que os poupadores e tomadores seriam capazes de realizar sem o auxílio desses intermediários. O Banco Central do Brasil supervisiona esse mercado, que segue regras prudenciais bastante restritas para a garantia de seu bom funcionamento e da estabilidade financeira do país. Essas regras são espelhadas em um padrão internacional estabelecido pelo Comitê de Basileia de Supervisão Bancária. Mercados de capitais: São caracterizados pela desintermediação financeira, ou seja, neles os agentes superavitários (poupadores) se relacionam diretamente com os agentes deficitários (tomadores) por meio de instrumentos de dívida (debt) ou instrumentos de patrimônio (equity). Apesar de não participarem diretamente das operações, uma vez que são operações sem intermediação, as instituições financeiras podem atuar indiretamente, estruturando e facilitando a distribuição desses títulos entre os investidores. Nesse caso, elas não são remuneradas por um spread, mas por uma taxa de prestação de serviços. Dividido em primário e secundário: Mercado primário: Consiste na primeira emissão dos títulos ou ações. É nesse instante que a empresa emissora (a tomadora dos recursos) efetivamente recebe os recursos para seu financiamento. Essa primeira emissão é feita com o auxílio de bancos de investimento, corretoras ou distribuidoras de títulos, contratados pelo emissor para a prestação desse serviço. Mercado secundário: Ocorre após a emissão inicial. Os títulos podem ser negociados entre os diversos investidores. Um mercado secundário ativo é muito importante para a liquidez dos papéis e uma boa formação de preços. No caso das ações, a primeira emissão é realizada por intermédio de um processo chamado IPO (do inglês, Initial Public Offer) ou Oferta Pública de Ações (OPA). Uma vez executada essa etapa, a empresa emissora passa a ser “listada” na Bolsa de Valores e suas ações podem ser negociadas no mercado secundário de bolsa. No Brasil, a bolsa de valores em que as ações são negociadas é a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão). A diferença entre uma bolsa de valores e um mercado de balcão: Bolsa de valores: Na bolsa de valores, a negociação dos papeis é feita de forma multilateral, com vários compradores e vendedores apresentando suas ordens de compra e venda, e sempre que os preços convergem, o negócio é celebrado. Mercado de balcão: No mercado de balcão, o detentor de um título negocia livremente com um comprador interessado. Após a negociação, registra-se a concretização da operação. Módulo 2: Estrutura da taxa de Juros Taxa de juros: O valor do dinheiro no tempo ou a remuneração paga pelo fator capital, é um meio de equilibrar o sistema financeiro de uma determinada economia. Os agentes de capitais que demora a pagar são mais bem compensados,os agentes com escassez de dinheiro que antecipam o pagamento pagam taxas, os juros podem ser entendidos como um fator que influencia as decisões de consumo no tempo. A taxa de juros tem muito acompanhamento pelos agentes e tem um forte impacto no consumo, investimento e fluxo de recursos externos. Modelos macroeconômicos com economia aberta, o equilíbrio de mercado depende do nível de taxa de juros em diferentes estruturas de mobilidade de capital. Taxa de juros e a sua relevância dentro da política monetária. Essa atua diretamente no controle da quantidade de moeda em circulação e na oferta de crédito, impactando a liquidez global da economia. Tal controle é executado via ajuste da taxa básica de juros (Selic). A taxa de juros uma variável que não se modifica no tempo. Porém, quando observamos nos meios de comunicação o valor das taxas Selic e Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI), vemos uma taxa que é anualizada para um dia. A estrutura a termo de juros: uma curva que mostra o comportamento da taxa de juros para o futuro. A relação entre prazo para vencimento e taxa de retorno de títulos de renda fixa, a estrutura a termo de juros será obtida a partir dos títulos negociados no mercado. Bancos, empresas e investidores tomam suas decisões ao realizarem quaisquer operações financeiras envolvendo juros, seja no curto, médio ou longo prazo. Características e apreçamento de títulos: A estrutura a termo de juros é obtida a partir das taxas implícitas na negociação de alguns títulos. Considere que título é um instrumento financeiro. Seu emissor recebe determinado valor desde o início da operação até uma data de término do contrato, em troca da promessa de pagamentos futuros predefinidos ao detentor. Este vencimento é denominado maturidade do título “t”. Valor de face: Também conhecido como valor principal, trata-se do montante a ser pago pelo detentor do título na maturidade do contrato. Quando o valor da transação é superior ao valor de face, dizemos que a transação está a prêmio. Quando é inferior, falamos que está a desconto. Por fim, afirmamos que está “ao par” quando o valor da transação coincide com o de face. Taxa de cupom: É normal haver fluxo de pagamentos dentro do período de maturidade. São os chamados cupons. Seu valor é expresso como um percentual do valor de face. Fórmula: C=α×F Em que: C→ Valor do cupom α→ Taxa de cupom F→ Valor de face Yield to Maturity (YtM): Yield to Maturity (ou taxa interna de retorno) à taxa de desconto apropriada. A YtM reflete o rendimento efetivo dos títulos de renda fixa até seu vencimento, sob a hipótese de que todos os cupons recebidos são reinvestidos à própria YtM. Análise de títulos de renda fixa, se a YtM for maior que a taxa de rendimento desejada pelo investidor, o investimento será considerado atraente. Caso ela seja menor que a taxa de retorno requerida, a operação não é aconselhável. Preço de mercado de um título: O valor que o mercado atribui ao papel ou à operação. Esse valor é obtido a partir da equação a seguir, em que “r” representa a taxa requerida pelo mercado (investidor). O valor de um título, ao longo do período de vigência da operação, não se iguala, necessariamente, ao preço de mercado, e o papel pode ser negociado com ágio ou deságio. Formula: Pt = (1+r)t/F + t=1(∑)T (1+r)t/C Em que: Pt →Valor do cupom r →Taxa de cupom 2. Estrutura da taxa de juros: A estrutura a termo de juros: O conceito de estrutura a termo nos fornece as seguintes informações: ➔ Taxa de juros à vista: É a taxa de um investimento com início hoje e prazo de “n” anos. O valor do principal e os juros são pagos ao final do período “n”.➔ Taxa de juros a termo (forward): É a taxa implícita entre duas datas futuras (por exemplo: a taxa esperada entre os anos 1 e 2). . A estrutura a termo de juros representa a relação entre o prazo para vencimento e a taxa de retorno de títulos de renda fixa que possuem a mesma classe de risco. O valor esperado pode ser afetado por diversos fatores, como política monetária, inflação, liquidez, risco político etc. Esse conjunto de incertezas, somado à variável tempo, é capturado e representado na curva de juros, ou estrutura a termo. O valor presente de um título com valor de face “M” e maturidade “n” pode ser representado da seguinte forma: VP= M/(1+r¹)(1+r²)…(1+rn) “r” é a taxa de juros para cada período (lembrando: estamos em um mundo sem incerteza, e a taxa de juros é conhecida). Plotar um gráfico de YtM como função a maturidade dos títulos. O nome desse gráfico é curva de juros. No hipotético universo sem incerteza, chega-se à conclusão de que os títulos terão a mesma taxa de retorno, independentemente da maturidade. A curva de juros no mundo real: Com base no valor esperado, o valor presente do título será calculado da mesma forma, mas o valor não é certo. O cálculo é, na verdade, a função de uma expectativa da taxa de juros, que pode variar positiva ou negativamente. Com isso, é introduzido o conceito de prêmio de risco, no qual o investidor, geralmente mais conservador, é recompensado por adquirir um título que seja mais arriscado. A taxa futura representa aquela que é necessária no segundo ano do título para tornar os investimentos (de um ano, sem risco, e de dois anos, com risco) igualmente atrativos. Em outras palavras: a taxa futura contempla o prêmio de risco exigido pelo investidor pelo fato de não ter certeza sobre qual será o valor de venda do título no final do primeiro período. MaM: marcação a mercado: Significa encontrar o valor presente do papel. a MaM é o processo de registro de todos os ativos de uma carteira ou fundo por: ● Preço de mercado, caso o ativo seja líquido e negociado em mercado. ● Melhor estimativa do preço de mercado, dada por modelos de apreçamento (CAPM, black and scholes etc.), caso o ativo não tenha seu preço observável em mercado. O princípio básico da MaM é que os ativos devem ser reconhecidos e avaliados pelo valor o qual o mercado estaria disposto a pagar, caso fossem negociados. A MaM evita que o ativo seja avaliado por seu preço de aquisição ou, pelo que o vendedor gostaria de receber. Assim, o ativo é registrado por seu preço justo, aquele que o mercado está disposto a negociar. Em 2002, o processo de MaM tornou-se obrigatório no Brasil para instituições financeiras, gestores de fundos, seguradoras e fundos de pensão. ● Objetivos da MaM: Segundo o código de autorregulamentação de fundos da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o principal objetivo da MaM é evitar a transferência de riqueza entre os diversos cotistas de um fundo. Confira, a seguir, os demais objetivos: ● Aumento de transparência quanto aos riscos das posições, dado que, com a MaM, as cotas refletem as oscilações dos preços. ● Alinhamento com os padrões internacionais de contabilidade e governança. ● Possibilidade de que as variações nos preços dos ativos sejam reconhecidas sem a necessidade de negociação. ● Garantia de que os resultados registrados em fundos reflitam o preço efetivo dos ativos e o real valor do patrimônio do fundo. ● Certeza de rentabilidade uniforme para os investidores. Análise de sensibilidade e medidas de risco: Objetivo determinar o impacto de certas variáveis sob algumas condições de mercado. a sua conclusão, é fundamental para a tomada de decisão. As principais medidas de sensibilidade e de risco: Duration: Esta medida possui duas interpretações: 1 - É conhecida como duration modificada. Refere-se à medida de sensibilidade de um fluxo de entradas (ativo) ou saídas (passivo) a mudanças na taxa de juros. 2- É chamada duration de Macaulay. Relaciona-se à medida ponderada dos pagamentos a seus momentos de ocorrência. Em um título de renda fixa, a duration de Macaulay é um valor entre zero e a maturidade do título (em anos). Duration modificada é a sensibilidade percentual do preço do ativo a mudanças na taxa de juros. Formula: Mod.Duration = Mac.Duration/(1 + r/100) Em que "r" é a taxa de juros do mercado e "Mac.Duration" é a duration de Macaulay. A fórmula para o cálculo da duration de Macaulay é: "VP", na fórmula, é o valor presente de cada um dos fluxos, "ti" é o tempo até a ocorrência de cada um dos fluxos e "VP" é o valor presente de todos os fluxos somados. Trata-se da soma ponderada de cada fluxo, com o respectivo tempo de ocorrência, sobre o total de fluxos do título, tudo a valor presente. Para exemplificar, vamos calcular o valor de um título com três anos de maturidade, cupons anuais de 7% e valor de face de R$ 1.000. Para facilitar o cálculo, assumiremos que o mercado trabalha com uma taxa de desconto de 5% a.a. Vejamos qual será a duration desse título. Propriedades da duration A seguir, listamos algumas características principais. ● Quanto menor o cupom, maior será a duration (caso os outros parâmetros permaneçam constantes). Instrumentos de baixo cupom terão maior volatilidade no preço que os de alto cupom. ● Quanto maior o prazo de vencimento de um instrumento, maior será sua duration (caso os outros parâmetros permaneçam constantes). Instrumentos longos terão maior volatilidade no preço que os curtos. ● Quanto maior o yield, menor será a sua duration. ● A duration tem significado econômico, refletindo a sensibilidade do preço de um bond em relação à mudança da taxa de juro. ● A duration possui unidade de medida em anos. Convexidade: duration em relação a yield Trata-se da propriedade que captura as distorções do modelo de duration e mensura a taxa de mudança da duration em relação às transformações de yield. A duration mensura bem as variações de preço para oscilações na taxa de juros de até um basis point (0,01%). Para grandes aumentos da taxa de juros, o modelo de duration superestima a queda de preço, enquanto para grandes quedas da taxa, o modelo subestima o aumento de preço. Módulo 3: Instituições e produtos dos mercados financeiros As instituições financeiras: Bancos de desenvolvimento: O mais conhecido deles é o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas há vários outros de desenvolvimento regional, como o Banco da Amazônia, o Banco do Nordeste, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) e outros. O artigo 4º da Resolução CMN nº 394, de 1976, define os objetivos desses bancos como: Proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários ao financiamento, a médio e longo prazos, de programas e projetos que visem a promover o desenvolvimento econômico e social dos respectivos Estados da Federação onde tenham sede, cabendo-lhes apoiar prioritariamente o setor privado. Outras instituições financeiras controladas pelo governo: Caixa Econômica Federal: É uma instituição financeira pública que exerce muitas funções operacionais na implantação de políticas de governo, tal qual o FGTS, o PIS e o seguro-desemprego, além de gerir as loterias e conceder empréstimos sob penhor. Banco do Brasil: É uma sociedade de economia mista, que também auxilia na execução de políticas públicas, como o crédito rural e industrial. Instituições financeiras monetárias e não monetárias: As instituições financeiras monetárias são as autorizadas a reter depósitos à vista, ou seja, gerar moeda escritural. Dividem-se em bancos comerciais (aqueles que estamos acostumados a utilizar), bancos múltiplos com carteiras comerciais, Caixa Econômica Federal e cooperativas de crédito.A Lei Complementar nº 105, de 2001, elenca vários tipos de instituições financeiras não monetárias, isto é, que não geram moeda escritural. São elas: ● Distribuidoras de valores mobiliários. ● Sociedades de crédito, financiamento e investimentos. ● Administradoras de cartões de crédito. ● Administradoras de mercado de balcão organizado. ● Bolsas de valores e de mercadorias e futuros. ● Corretoras de câmbio e de valores mobiliários. ● Sociedades de crédito imobiliário. ● Sociedades de arrendamento mercantil (leasing). ● Associações de poupança e empréstimo. ● Entidades de liquidação e compensação. Instituições sob supervisão da CVM, Susep e Previc: Além das instituições financeiras citadas, há ainda outras que não estão sob supervisão do BCB, mas, sim, de outros supervisores do SFN, como a CVM, a Susep e a Previc. Vamos conhecê-las! ● Sociedades administradoras e gestoras de fundos de investimento ● Sociedades seguradoras ● Sociedades resseguradoras ● Sociedades de capitalização ● Entidades de previdência complementar Produtos financeiros de captação: Depósitos à vista: Quanto mais sólida for a instituição financeira, menor será a taxa de remuneração. Caso o risco seja mais elevado, a remuneração também o será. Os depósitos à vista são os em conta-corrente, disponibilizados pelas instituições financeiras monetárias e constituem-se uma fonte importante de captação. Tais depósitos não são remunerados e possuem liquidez imediata para o depositante, podendo ser sacados a qualquer momento. Depósitos a prazo: Os a prazo são remunerados pela instituição de crédito após o período previamente acordado. Possuem restrições de resgate para o depositante. Os principais produtos de depósito a prazo comercializados são os Certificados de depósito bancário (CDB) e os Recibos de depósito bancário (RDB). A principal diferença entre eles é: CDB: Pode ser negociado antes do seu vencimento. RDB: Não pode ser transferido pelo investidor. A remuneração dos títulos pode ser feita de três formas: 1.Taxa prefixada. 2.Taxa pós-fixada – geralmente um percentual da taxa DI. 3.Combinação das duas. Taxa DI: O Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI) é um título utilizado no mercado interbancário brasileiro. Ele é negociado entre os bancos como uma forma de captar recursos para a recomposição das reservas compulsórias junto ao Banco Central. A taxa média dos negócios realizados nesse mercado é calculada pela B3 (antiga Cetip) e é conhecida como taxa DI, que é utilizada como referência para diversos investimentos e empréstimos no mercado financeiro brasileiro. Depósitos de poupança: São um dos produtos mais conhecidos dos brasileiros e oferecem rentabilidade de 0,5% ao mês, mais a variação da taxa referencial (TR). Depois de 2012, a regra da remuneração da poupança ganhou novo componente. Caso a meta da taxa Selic seja igual ou inferior a 8,5% a.a., a remuneração da poupança será igual a 70% da taxa Selic mais a variação da TR. Ao final de junho de 2020, a meta da taxa Selic estabelecida pelo Copom era de 2,25% ao ano e a TR era 0%. Assim, a remuneração da poupança naquele mês foi: Os valores depositados na caderneta de poupança podem ser retirados (sacados) a qualquer momento, apresentando liquidez imediata. Os recursos captados pelas cadernetas de poupança têm direcionamento previsto, em sua maior parte, para o financiamento imobiliário, principalmente no âmbito do Sistema Financeiro de Habitação. Debêntures: São títulos de renda fixa emitidos por sociedades anônimas (S.A.) para horizonte de médio e longo prazo. Por meio desse instrumento, o emissor confere ao debenturista um direito de crédito. Trata-se de uma forma de capitalização para grandes projetos e investimentos. Cada debênture funciona como uma “cota” da dívida total assumida. Normalmente, possui pagamentos periódicos e de principal ao final. Elas podem ser classificadas como debêntures simples (resgatáveis em dinheiro), conversíveis em ações (podendo ao final ser trocadas por ações da empresa) e permutáveis (podendo, ao final, ser trocadas por ações de outras empresas do grupo). A rentabilidade da aplicação em debênture é definida pela combinação de duas variáveis: 1 - Valorização do valor do título 2 - Juros pagos em períodos definidos para o investidor Se a empresa enfrentar dificuldades e não honrar suas dívidas, os investidores que aplicaram em debêntures terão que obter o dinheiro de volta com base no patrimônio da empresa. A quatro tipos de garantias, e a diferença é o grau de prioridade que o investidor tem para receber o dinheiro que emprestou em caso de falência da empresa emissora. 1 - Garantia real: Os direitos do investidor são garantidos por um ativo da empresa, que não pode ser negociado até que as obrigações com os investidores sejam quitadas por completo. Ou seja, são debêntures garantidas por hipoteca, caução, penhor ou anticrese sobre bens da própria companhia ou oferecidos por terceiros e que ficarão vinculados à emissão. 2 - Garantia flutuante: O investidor tem privilégio sobre um ativo da empresa, que, no entanto, não deixa de ser negociado. 3 - Garantia sem preferência: O investidor que, em caso de falência, concorra em pé de igualdade com os demais credores não possui qualquer garantia real nem preferência para receber seus direitos. Nesse caso, a emissão está limitada ao valor do capital da empresa que emitiu. 4 - Garantia subordinada: As debêntures sem garantia podem contar com cláusulas de subordinação, garantindo a preferência somente aos acionistas com relação ao recebimento dos seus direitos. Nesse caso, não há limites para a emissão. Commercial papers: Commercial papers são títulos de dívida emitidos por empresas, que podem ou não ser financeiras. Contudo, ao contrário das debêntures, eles têm um prazo mais curto de duração (entre 30 e 360 dias). Podem ter rentabilidade pré ou pós-fixada. Também existe a possibilidade de sua emissão ser em dólares. É possível vender esse instrumento para outro investidor antes do vencimento. Por outro lado, a empresa também pode resgatar antecipadamente esse papel, mas é preciso que tenha decorrido o prazo mínimo de 30 dias. Letras hipotecárias (LH): São uma forma de captação usada pelos bancos para financiar certas linhas de crédito imobiliário. Portanto, elas só podem ser emitidas por instituições autorizadas para esse tipo de financiamento. As letras hipotecárias costumam pagar remuneração superior à da caderneta de poupança, exigindo, no entanto, prazo de aplicação maior. Trata-se, portanto, de captação mais onerosa para a instituição financeira. Para o investidor, além da maior remuneração obtida, as letras hipotecárias oferecem ainda a vantagem de serem isentas de Imposto de Renda. A remuneração das LHs costuma ser de três tipos: taxa de juros mais TR, vinculadas ao CDI e rentabilidade prefixada. que são títulos emitidos por instituições que compõem o sistema habitacional, como sociedades de crédito imobiliário e a Caixa Econômica Federal. Essas letras se constituem promessas de pagamento. Os recursos captados com a colocação desses papéis se destinam ao financiamento de imóveis para construtoras e adquirentes. Quando emitida pela Caixa Econômica Federal, a letra imobiliária pode ser garantida pelo governo federal. Já quando emitida por sociedade de crédito imobiliário, ela pode ter preferência sobre os bens do ativo da sociedade emissora em relação a outros créditos contra a sociedade. A principal diferença entre a letra imobiliária e a letra hipotecária é que a primeira possui vantagem em relação a todos os ativos da sociedade ou é garantida pelo governo quando emitida pela Caixa Econômica Federal. A letra hipotecária tem a garantia do lastro imobiliário hipotecário. Os certificados de recebíveis imobiliários (CRI) são títulos de renda fixa emitidos com lastro em financiamentos imobiliáriose outras gerações de crédito, como aluguéis e arrendamento. Esses títulos são emitidos por sociedades de securitização. O investidor do título incorre, entre outros, no risco de crédito do emissor e de possível falta de liquidez no mercado secundário. O CRI pode ser emitido nos tipos: Performado: Quando os imóveis que lastreiam a emissão já foram concluídos. Não performado: Quando os imóveis ainda não foram concluídos. Letras financeiras: São instrumentos de captação das instituições financeiras com prazo maior do que os CDBs e RDBs. Geralmente, elas são destinadas a investidores institucionais, como fundos de investimento, sociedades seguradoras e entidades de previdência complementar, uma vez que seu valor mínimo para aplicação é de R$ 300.000,00 e têm prazo mínimo de dois anos. Outras instituições não financeiras também podem captar recursos diretamente no mercado de capitais, sem a necessidade de recorrer a um intermediário. Mercado à vista de ações: Ação: É a menor parcela do capital social de uma empresa. Os detentores de ações (sócios) possuem a possibilidade de negociar seus títulos, tendo em vista que são nominativos e representam uma fração da empresa. Assim, a qualquer momento, as ações podem ser vendidas na bolsa de valores e transformadas em dinheiro para o investidor. Ações ordinárias dão direito a voto em assembleias de acionistas, diferentemente das ações preferenciais, que geram apenas predileção na ordem de recebimento de direitos. Uma empresa pode optar por distribuir a seus acionistas montantes, expressos em ações, que supostamente lhes caberiam na hipótese de dissolução da companhia. Essas ações são denominadas de gozo ou fruição. Confere-se a esses valores mobiliários certa participação nos lucros produzidos pela empresa. As ações de gozo ou fruição são colocadas em negociação em bolsas de valores, revelando interesse somente aos fundadores da companhia. Valor das ações: 1 - Valor nominal: É o valor atribuído a uma ação prevista no estatuto social da companhia. Uma ação pode ser emitida com ou sem valor nominal, e na hipótese de emitir sem ele, não haverá menção do valor expresso em dinheiro. O preço da ação será fixado na constituição da sociedade pelos fundadores e no aumento de capital pela assembleia geral ou pelo conselho de administração da companhia. 2 - Valor patrimonial: É determinado pela divisão do valor total do patrimônio líquido e pelo número de ações emitidas. A realização financeira do valor patrimonial de uma ação depende de alguns fatores – como a alienação dos ativos da companhia – e só ocorre, de fato, em caso de dissolução da sociedade. Por ser uma medida estatística e histórica, calculada com base nos valores acumulados no passado, esse indicador perde sua importância, desvinculando-se do valor de mercado de uma ação. 3 - Valor intrínseco: Equivale ao valor presente de um fluxo esperado de benefícios de caixa. Esse fluxo é descontado a uma taxa de retorno mínima requerida pelos investidores, a qual incorpora o risco associado ao investimento. Com isso, o valor intrínseco embute o potencial de desempenho da empresa no futuro. A maneira de determinar o valor intrínseco de uma ação é conhecida como fluxo de caixa descontado, o qual se baseia na premissa de que o valor justo de uma empresa é dado pelo seu patrimônio líquido somado ao total de fluxos de rendimentos futuros que a empresa pode gerar. Os fluxos futuros são trazidos a valor presente pela taxa adequada (custo médio de capital ou custo de capital próprio) e somados ao patrimônio líquido. O valor da ação será obtido com a divisão desse valor pelo total de ações da empresa. 4 - Valor de mercado: Representa o efetivo preço para negociar a ação. Ele não irá, necessariamente, coincidir com o valor intrínseco, sendo definido a partir da percepção de investidores e de suas estimativas com relação ao desempenho da empresa e da economia. Uma boa decisão de investimentos será aquela em que o valor de mercado da ação seja inferior ao valor intrínseco calculado. Rendimento e risco das ações: Uma ação oferece ao seu detentor dois tipos de rendimentos: dividendos e valorização da própria ação no mercado. Os dividendos representam a distribuição dos lucros auferidos pela empresa entre seus acionistas e dependem da política da empresa. Em uma política de retenção, os lucros são reinvestidos, visando ao crescimento da atividade e maiores ganhos futuros. No que tange à política de distribuição, os acionistas recebem pagamentos em dinheiro, os dividendos. Um índice que mede a política de dividendos é o chamado payout, em que: Quanto maior for o índice de payout, maior será a proporção de distribuição dos dividendos por unidade de lucro. Isso indica que a empresa está usando cada vez mais seu patrimônio líquido para realizar investimentos. Risco da empresa e risco de mercado: O risco da empresa é aquele associado às decisões da companhia, em que são avaliados aspectos de atratividade econômica do negócio e capacidade de pagamento dos compromissos perante terceiros. Podem ser subdivididos em risco econômico e risco financeiro. Econômico: É inerente à própria atividade da companhia e às características do mercado no qual está inserida, independentemente da forma como a empresa é financiada. Financeiro: Associado ao endividamento da empresa ou à capacidade em liquidar compromissos financeiros assumidos. Mercado à vista: O lançamento de um novo ativo ocorre no mercado primário. Negociações posteriores, em bolsas de valores ou mercados de balcão, envolvendo compra e venda de títulos já lançados, ocorrem no mercado secundário. No mercado primário: Ocorre a canalização direta dos recursos para o financiamento das empresas, por meio da emissão de ações. No mercado secundário: São estabelecidas as renegociações entre os agentes econômicos das ações adquiridas no mercado primário. Esses valores movimentados não são transferidos para o financiamento da emissora dos papéis, sendo simples transferências entre os investidores. A função essencial do mercado financeiro é dar liquidez ao primário, viabilizando o lançamento de ativos financeiros. Outras funções importantes do mercado secundário são a de papel informacional, pela incorporação de dados relevantes aos preços dos papéis negociados, e a transferência de riscos, uma vez que possibilita que os investidores construam carteiras com maior grau de diversificação. Uma operação à vista é a compra ou a venda de determinada quantidade de ações para liquidação imediata. Além disso, a compra e a venda de uma mesma ação em um mesmo pregão, por um mesmo investidor, também é permitida, e a operação conhecida como day-trade. O objetivo dessa estratégia é aproveitar a grande volatilidade diária no mercado para auferir lucros. Títulos públicos: O governo também capta recursos no mercado financeiro por meio da emissão de títulos. Eles representam o principal ativo financeiro em circulação no país e podem ser adquiridos diretamente por pessoas físicas, por meio do sistema Tesouro Direto. Letra do Tesouro Nacional (LTN): É a que tem prazo mais curto e é comercializada com deságio sobre seu valor de face. Sua estrutura de pagamentos prevê apenas um fluxo, com o pagamento no principal (R$ 1.000,00) no vencimento. No Tesouro Direto, esses títulos são denominados de tesouro prefixado. Suponha que uma pessoa investidora tenha adquirido uma LTN por R$ 800,00 um ano antes de seu vencimento. A rentabilidade da operação será de: Letra Financeira do Tesouro (LFT): É um título pós-fixado, que acumula as taxas Selic diárias. No vencimento do título, será pago a quem investiu o valor investido, mas corrigido pela taxa Selic acumulada no período de investimento. No Tesouro Direto, esses títulos são denominados de Tesouro Selic. Imagine que uma pessoa investidora tenha adquirido uma LFT por R$10.500,00 um ano antes de seu vencimento e que a taxa Selic acumulada nesse período seja de 2,5%, conforme mostrado na imagem a seguir: Nota do tesouro nacional – série B (NTN-B): Sua rentabilidade é dada pela variação da inflação medida pelo IPCA. esse título prevê pagamentos semestrais, denominados de cupons. Você sabia que a origem de cupom data da época em que esses títulos ainda eram cartulares(emitidos em papel) Cada título possui cupons que eram destacados para recebimento de seus pagamentos nas respectivas datas. No Tesouro Direto, esses títulos são denominados de Tesouro IPCA+ com pagamentos semestrais. NTN-B no Tesouro Direto que não possui pagamento de cupons. Ela é denominada Tesouro IPCA+, mas também é chamada de NTN-B principal. Nota do tesouro nacional – série f (NTN-F): Sua rentabilidade é prefixada, mas diferentemente da LTN, esse título prevê pagamentos de cupons semestrais. Produtos de empréstimos bancários: Produtos que permitem às instituições financeiras emprestar recursos aos agentes deficitários. A instituição financeira que disponibiliza o crédito corre o risco do tomador de recursos, podendo ser uma pessoa física ou jurídica. Os produtos de empréstimos bancários. Hot money: São empréstimos de um a sete dias para atender a necessidades de caixa de empresas. Cheque especial: É uma linha de crédito pré-aprovada pela instituição financeira, e seu objetivo é cobrir eventuais saldos negativos na conta corrente. Desconto de títulos: É quando o tomador de recursos possui créditos futuros a receber de duplicatas e outros títulos e pode antecipar esse recebimento por meio da operação de desconto de títulos. Nessa operação, a instituição financeira compra os títulos do tomador com um deságio, ou seja, por um preço inferior ao seu valor de face. Financiamento de capital de giro: São operações de crédito que visam atender às necessidades de capital de giro das empresas. Normalmente, são exigidas garantias de créditos a receber da empresa, como duplicatas. Crédito direto ao consumidor: É a modalidade de crédito destinada a financiar a aquisição de bens e serviços pelos consumidores. O bem a ser adquirido normalmente é dado à instituição financeira como garantia de pagamento do empréstimo. Crédito consignado: Constitui-se uma linha de crédito destinada a funcionários públicos, e a cobrança é realizada diretamente no contracheque do tomador. Nessa modalidade, as taxas cobradas tendem a ser mais baixas devido ao baixo risco de inadimplência. Para calcular a taxa de remuneração correspondente ao risco assumido, a instituição financeira faz uma análise da capacidade de pagamento do tomador. Para isso, a instituição financeira pode recorrer a bancos de dados, como o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), ao Serasa ou ao Sistema de Risco de Crédito do Banco Central (SRC). Veículos de investimento coletivo: Fundos de investimento: Os fundos de investimento são veículos de investimento coletivo regulados pela CVM, que permitem aos seus cotistas investir em produtos financeiros mais sofisticados. Eles podem ser abertos ou fechados. Fundos abertos: São aqueles em que os participantes aportam ou resgatam recursos emitindo novas cotas. Portanto, a quantidade de cotas varia conforme os aportes e resgates. Fundos fechados: São aqueles em que há uma emissão inicial de cotas e, depois, não são mais feitos aportes dos resgates até o vencimento do fundo. Suas cotas podem ser negociadas no mercado secundário. A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) possui ainda uma classificação dos fundos segundo sua política de investimentos. Planos de previdência: Outro veículo de investimento bastante utilizado pelos investidores são os planos de previdência complementar aberta ou os seguros de vida com cobertura de sobrevivência. PGBL: Plano Gerador de Benefícios Livre VGBL: Vida Gerador de Benefícios Livre O PGBL é um plano de previdência, e o VGBL, um seguro com cobertura de sobrevivência. Assim, as contribuições ao PGBL podem ser abatidas da base de cálculo do Imposto de Renda como contribuição previdenciária. O mesmo não ocorre com o VGBL. Porém, quanto aos recebimentos gerados pelos planos PGBL, resgates ou pagamentos de renda de aposentadoria, há incidência de Imposto de Renda. Isso não ocorre com o VGBL, pois apenas sua rentabilidade é tributada.