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INTRODUÇÃO A BIOFARMÁCIA UFRJ PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS IDÊNTICAS NÃO LEVAM SEMPRE ÀS MESMAS RESPOSTAS TERAPÊUTICAS EQUIVALÊNCIA TERAPÊUTICA Biofarmácia Ciência que estuda a introdução do medicamento no organismo . Estuda o caminho que o medicamento deve seguir para passar da forma farmacêutica ao ponto de ação(biofase) e os fatores que encontra em seu caminho. ATIVIDADE FARMACOLÓGICA BIOFASE (passagem sanguínea) DINÂMICA DO PROCESSO Passagem por membrana processo de absorção Quantidade variável Coeficiente de absorção Membrana intestinal Sistema Porta Efeito de primeira passagem Absorção + Efeito de 1a passagem BIODISPONIBILIDADE Biodisponibilidade : Corresponde a Quantidade de m e d i c a m e n t o q u e a p ó s a administração, atinge a circulação geral e a Velocidade com a qual realiza este processo, logo que um medicamento é administrado ao mesmo paciente sob duas ou mais formas farmacêuticas em um ensaio comparativo. Interesse – Objetivos Sendo muito caros, eles são realizados: 1- Durante o ajustamento de um novo produto ( via de introdução e forma ) 2-Após o ajustamento - Controle contínuo de qualidade 3-Comparação entre medicamentos saídos de fabricantes diferentes 4- No estudo das interações 5- No estudo d as interações “in vitro” e “in vivo” MÉTODOS DE ENSAIO 1- Medida da concentração em função do tempo ou taxa de excreção urinária do medicamento nos líquidos biológicos. F= AUC v.o / AUC i.v F = Ae v.o / Ae i.v 2- Medidas repetidas de respostas farmacodinâmicas ou bioquímicas dos medicamentos e seus metabólitos. 3- Teste de desintegração e de dissolução ‘in vitro” ABSORÇÃO Mecanismos de absorção Transporte passivo ou difusão passiva A difusão de substâncias se faz sempre ao sentido do gradiente de concentração existente de um lado e do outro da membrana. - não apresenta caráter específico frente a qualquer substância - Não pode ser saturado - Não existe competição - mecanismo : Só é absorvido após dissolução da forma lipossolúvel e não ionizada. Características : hidrossolubilidade / lipossolubilidade / pH do meio e pKa TRANSPORTE ATIVO : A Passagem contra um gradiente de concentração. Características: -Existência de transporte específico -Necessidade de um aporte energético ( ATP) Transportador pode ser saturado Específico de uma substância Inibição competitiva VITAMINAS - AC.AMINADOS - MONOSSACARÍDIOS É a via que a natureza destinou a toda substância que deve ser absorvida pelo organismo. É uma via natural para a introdução de um medicamento no organismo. 10 VIA ORAL VANTAGENS É a mais utilizada fora do meio hospitalar – MAIOR VIA DE AUTOMEDICAÇÃO Melhor utilizada para pacientes crônicos – VIA DE CONFORTO 11 VIA ORAL VANTAGENS A única via possível: Para algumas infecções intestinais Para certas parasitoses Para assegurar proteção da mucosa contra as inflamações ou ulcerações 12 VIA ORAL VANTAGENS Condições f is iopato lógicas do doente : Medicação anti-emética Meio gástrico ácido – destruição de princípios ativos protéicos Medicamentos irritantes da mucosa – salicilatos 13 VIA ORAL DESVANTAGENS Interação do principio ativo com constituintes da mucosa gástrica Velocidade de atuação – emergências Efeito de primeira passagem 14 VIA ORAL DESVANTAGENS Preparações farmacêuticas idênticas não levam sempre as mesmas respostas terapêuticas. Surge , então, o conceito de: EQUIVALÊNCIA TERAPÊUTICA É necessário estudar o caminho que o medicamento deve seguir para passar da forma farmacêutica ao ponto de ação (biofase) e os fatores que encontra em seu caminho 15 BIODISPONIBILIDADE 1. Natureza da membrana biológica 1.1. Transporte passivo 16 FATORES FISIOLÓGICOS QUE INTERFEREM NA ABSORÇÃO ORAL • Só a fração livre é difusível • Depende do coeficiente de partilha entre a membrana lipídica e a fase aquosa 2. Rapidez do trânsito - Tempo de permanência gástrica - Este fator é muito importante : 17 FATORES FISIOLÓGICOS QUE INTERFEREM NA ABSORÇÃO ORAL • Um p.a. não absorvível em meio gástrico não deve perceber no estômago • Tempo de permanência gástrica breve • Trânsito intestinal lento será benéfico se for absorvido por transporte ativo Fatores que ativam o esvaziamento gástrico 18 FATORES FISIOLÓGICOS QUE INTERFEREM NA ABSORÇÃO ORAL Ø Alcalinidade Ø Diluição Ø Posição deitada sobre o lado direito 19 • Fatores que precisam de esvaziamento gástrico VIA ORAL FATORES FISIOLÓGICOS QUE INTERFEREM NA ABSORÇÃO ORAL Ø Logo que o p.a. tem absorção intestinal ótima (bases fracas, p.a. de absorção ativa) Ø Se o p.a. é instável em meio gástrico (benzilpenicilina) ou se forma complexo não absorvível com a mucina Ø No caso do p.a. ser irritante para a mucosa gástrica sob sua forma ácida • Teoria da partição do pH • Formas não ionizáveis serão mais lipossolúveis – Absorção passiva • Formas revestidas – abertura em determinados valores de pH. 20 FATORES FISIOLÓGICOS QUE INTERFEREM NA ABSORÇÃO ORAL 3. Influência do pH 4. Tensão superficial 21 FATORES FISIOLÓGICOS QUE INTERFEREM NA ABSORÇÃO ORAL • Esta é baixa no intestino pela presença de sais biliares • Facilita a molhagem e a dissolução das partículas que não se dissolveram • Substâncias coleréticas – estimulam a secreção biliar- favorecem então a dissolução e facilitam a emulsificação de gorduras e vitaminas lipossolúveis Natureza da bebida – álcool aumenta efeitos dos hipnóticos Aumento de taxas de riboflavina tomada com coca-cola Beb idas gasosas favorecerá o esvasiamento gástrico O açúcar do xarope aumenta a viscosidade 22 MODALIDADES DE ADMINISTRAÇÃO COM OU SEM LÍQUIDO Efeito da diluição da bebida Em jejum ou junto com o alimento O a l imento d im inu i o t râns i t o – medicamento deve ser ingerido em jejum 23 MODALIDADES DE ADMINISTRAÇÃO COM OU SEM LÍQUIDO Se o ativo estiver incluso em uma forma farmacêutica ele , deverá primeiro, ser liberado da forma antes de se dissolver para depois difundir: p.a. + excipiente ⇒ liberação ⇒ p.a. liberado ⇒ dissolução ⇒ p.a. dissolvido ⇒ difusão e absorção ⇒ p.a absorvido 24 PARÂMETROS INFLUENCIANDO A ABSORÇÃO DO PRINCÍPIO ATIVO “ Para ser absorvido, todo principio ativo deve previamente estar dissolvido” 25 PARÂMETROS INFLUENCIANDO A ABSORÇÃO DO PRINCÍPIO ATIVO Nestas condições, a absorção de um principio ativo vai repousar sobre : 1. Velocidade de dissolução nos meios biológicos que banham as membranas 2. Seus caracteres físico-químicos próprios – absorbabilidade 26 PARÂMETRPS INFLUENCIANDO A ABSORÇÃO DO PRINCÍPIO ATIVO A expressão matemática que explica o fenômeno da dissolução é a desenvolvida por Nernst e Bruner: dC / dT = D.A /h ( Cs – C ) 27 PARÂMETRPS INFLUENCIANDO A ABSORÇÃO DO PRINCÍPIO ATIVO INFLUÊNCIA DO TAMANHO DA PARTÍCULA ECONOMIA E SEGURANÇA Desvantagens: 28 FATORES INFLUENTES • Aumentoda reatividade • Aumento das características organolépticas • Aumento da energia cinética • Dificuldade da molhagem INFLUÊNCIA DA MODIFICAÇÃO DO ESTADO FÍSICO 1. Estado cristalino ou amorfo. Ex: novobiocina só é ativa na forma amorfa que 10 vezes mais solúvel que a forma cristalina. Os ésteres de cloranfenicol que são só ativos sob a forma amorfa. 29 FATORES INFLUENTES INFLUÊNCIA DA MODIFICAÇÃO DO ESTADO FÍSICO 2. Solvatos e hidratos Durante a cristalização a água ou as moléculas de solventes podem se combinar a matéria prima dando ligações mais ou menos estáveis dando solvatos e em meio aquoso os hidratos. 30 FATORES INFLUENTES INFLUÊNCIA DA MODIFICAÇÃO DO ESTADO FÍSICO Ex: cloral, cafeína, penicilina. Quinina, sulfamidas, barbitúricos, corticosteróides, tetraciclina, e derivados da xantina etc... A repercussão deste fenômeno no organismo pode ser constatado : a ampicilina anidra é muito mais solúvel que a trihidratada. 31 FATORES INFLUENTES Os estudos de dissolução podem ser feitos com três objetivos: 1. O estudo da dissolução de uma substância em um ou vários meios dados permite definir os problemas que poderá colocar uma molécula nova para a sua utilização futura, ou eventualmente realizar uma triagem entre várias moléculas 32 TESTES DE DISSOLUÇÃO DO PRINCÍPIO ATIVO 2. O estudo da dissolução entre várias formulações realizadas com o mesmo p.a permitindo um ajustamento e a escolha da melhor formulação. 3. O controle da cinética de dissolução para enfim efetuar na rotina para verificar a boa fabricação de um lote. 33 TESTES DE DISSOLUÇÃO DO PRINCÍPIO ATIVO 34 TESTES DE DISSOLUÇÃO DO PRINCÍPIO ATIVO
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