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CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
6º PERÍODO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª. Núbia Rodrigues 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UBERLÂNDIA 
1º SEMESTRE - 2012 
 
 
UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
PROFESSOR (A): Núbia Aparecida Rodrigues 
CURSO: Ciências Contábeis DISCIPLINA: Contabilidade Avançada CARGA HORÁRIA: 80 horas / aula 
PERÍODO: 6º Período ANO/SEMESTRE: 2012 / 1 
 
 
 
 
Relatório da administração. Notas explicativas. Publicação e republicação de demonstrações contábeis. 
Consolidação das demonstrações contábeis. Conversão das demonstrações contábeis para moeda estrangeira e 
vice-versa. Incorporação, fusão, cisão, liquidação e extinção de sociedades. Demonstração do fluxo de caixa. 
Demonstração do Valor Adicionado. Balanço Social. Capital intelectual. Normas contábeis internacionais. 
 
 
 
 
 
Objetivo Geral: 
A disciplina tem como proposta aprofundar e integrar o conteúdo discutido nas disciplinas de Contabilidade Geral. 
 
Objetivos Específicos: 
• Discutir as principais formas de divulgação, apresentação e evidenciação da informação contábil de empresas e 
grupos de empresas; 
• Estudar os procedimentos de reorganização societária; 
• Apresentar as Demonstrações do Fluxo de Caixa, do Valor Adicionado e o Balanço Social; 
• Introduzir os aspectos gerais acerca das normas internacionais de Contabilidade. 
 
 
 
 
 
1. AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS 
1.1. Valor Justo 
1.2. Custo de Aquisição 
1.3. Método de Equivalência Patrimonial 
 
 
PLANO DE CURSO 
 
 
EMENTA DA DISCIPLINA 
 
OBJETIVOS DA DISCIPLINA 
 
PROGRAMA 
 
2. CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
2.1. Consolidação Integral 
2.2. Consolidação Parcial 
 
3. REORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA 
3.1. Incorporação 
3.2. Cisão 
3.3. Fusão 
3.4. Liquidação 
3.5. Extinção 
 
4. CONVERSÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
4.1. Moeda Funcional 
4.2. Transações em Moeda Estrangeira 
4.3. Conversão da moeda funcional para moeda estrangeira 
4.4. Conversão da moeda estrangeira para a moeda funcional 
 
5. RELATÓRIOS E INFORMAÇÕES CONTÁBEIS 
5.1. Demonstração do Valor Adicionado - DVA 
5.2. Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC 
5.3. Notas Explicativas 
5.4. Relatório da Administração 
5.5. Balanço Social 
5.6. Publicação e republicação das Demonstrações Contábeis 
 
6. INTRODUÇÃO ÀS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE 
6.1. Cenário e objetivos da Convergência 
6.2. Órgãos Internacionais de Contabilidade 
6.3. IFRS e CPC 
 
 
 
 
 
Aulas expositivas e dialogadas através da apresentação do conteúdo pelo professor e participação dos alunos, 
criando um ambiente dinâmico e interativo propicio para construção do conhecimento no processo de ensino-
aprendizagem; acompanhamento, por parte dos alunos, do material indicado; debates sobre os temas apresentados 
em sala de aula; desenvolvimento de exercícios e estudos de casos; trabalhos práticos e de pesquisa em equipe. 
No desenvolvimento da metodologia serão utilizados os seguintes recursos: quadro e giz; áudio-visuais; material 
disponibilizado em copiadora e/ou e-mail (previamente acordado com os alunos) contendo textos para discussão, 
indicação material a ser utilizado no decorrer do curso, exercícios e casos práticos. 
 
 
 
METODOLOGIA 
 
 
 
O processo de avaliação está baseado no Regimento Interno da IES, contemplando a aplicação de 3 (três) provas 
avaliadas em 75 pontos ao todo, 1 (um) simulado avaliado em 10 pontos e trabalhos diversos avaliados em 15 
pontos conforme cronograma abaixo, sendo necessário obter um aproveitamento de NO MINÍMO 60% e freqüência 
MÍNIMA de 75%, para aprovação na disciplina. 
 
CRONOGRAMA DE AVALIAÇÃO 
A. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO FORMA PONTUAÇÃO DATA VISTA 
 A.1. PROVAS [N1] 
1. Prova Escrita [P1] Individual s/ consulta 15 pts 22/03 
2. Simulado ENADE 10 pts 
3. Prova Escrita [A2] Individual s/ consulta 30 pts 10/05 
4. Prova Escrita [A3] Individual s/ consulta 30 pts 28/06 
TOTAL [N1] 85 PONTOS 
 A.2. TRABALHOS DIVERSOS [N2] ENTREGA 
1. Questões 02 e 05 da Apostila Em grupo – Extra-Sala 5 pts 06/03 20/03 
2. Questões 03 e 09 da Apostila Em grupo – Extra-Sala 5 pts 08/03 20/03 
3. Questões 12 e 15 da Apostila Em grupo – Extra-Sala 5 pts 15/03 20/03 
TOTAL [N2] 15 PONTOS 
 B. APROVEITAMENTO P/ APROVAÇÃO [NF] = [N1] + [N2] ≥ 60 PONTOS 
 FREQUÊNCIA ≥ 75% 
Total de aulas (Carga Horária) Limite Permitido de Faltas Nº. Faltas Aceitas 
80 aulas 25% 20 faltas 
 
Observações: 
 
1. O prazo de tolerância para o início da prova deve ser de no máximo 15 minutos do início da aula. Após este 
período o aluno não poderá realizar a avaliação. 
2. No caso de falta em dia de prova o aluno faltoso deverá estar atento ao calendário acadêmico e aos avisos 
da coordenação e secretaria acadêmica em relação à data de aplicação de prova substitutiva, suplementar ou 
exame especial. 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA: 
IUDÍCIBUS, Sérgio de et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades (de acordo com 
as normas internacionais e CPC). São Paulo: Atlas, 2010. 
NEVES, Silveiro das, VICECONTI, Paulo E. V. Contabilidade Avançada: análise e demonstrações financeiras. 
14.ed. São Paulo: Frase editora, 2005. 
PEREZ JUNIOR, José Hernandez; OLIVEIRA, Luís Martins. Contabilidade Avançada. 5ª Edição. São Paulo: Atlas, 
2007. 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: 
TINOCO, João Eduardo Prudêncio. Balanço Social: uma abordagem da transparência e da responsabilidade 
pública das organizações. São Paulo: Atlas, 2006. 
 
 
AVALIAÇÃO 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
 
AULA DATA OBJETIVO CONTEÚDO (ATIVIDADE PROGRAMADA) MÉTODO 
1 – 2 07 fev Discutir o planejamento do semestre. 
Apresentação e Discussão do Plano de 
Curso 
Aula Expositiva – 
Dialogada 
3 – 4 09 fev 
Revisar conceitos; Estabelecer 
conexões entre os conceitos 
revisados com a disciplina de 
contabilidade avançada. 
Revisão de conceitos – Demonstrações 
Contábeis – Trabalho prático: Caso: Klabin 
S.A 
Aula Expositiva – 
Dialogada e 
Prática 
5 – 6 14 fev 
Revisar conceitos; Estabelecer 
conexões entre os conceitos 
revisados com a disciplina de 
contabilidade avançada. 
Revisão de conceitos – Demonstrações 
Contábeis – Trabalho prático: Caso: Klabin 
S.A 
Aula Expositiva – 
Dialogada e 
Prática 
7 – 8 16 fev 
Apresentar e discutir conceitos 
introdutórios sobre os métodos de 
avaliação de investimentos. 
Avaliação de Investimentos – Conceitos 
Introdutórios – Apresentação de Casos 
Práticos (3 Questões sobre MEP) 
Aula Expositiva – 
Dialogada e 
Prática 
9 – 10 28 fev 
Analisar os investimentos que devem 
ser avaliados pelo seu Valor Justo. 
Avaliação de Investimentos – Valor justo; 
Questão 01, 11, 04 
Aula Expositiva – 
Dialogada e 
Prática 
11 – 12 01 mar 
Analisar os investimentos que devem 
ser avaliados pelo Método de Custo. 
Avaliação de Investimentos – Valor de 
Custo; Questão 07 
Aula Expositiva – 
Dialogada e 
Prática 
13 – 14 06 mar 
Analisar os investimentos que devem 
ser avaliados pelo MEP. 
Avaliação de Investimentos – MEP; Questão 
13 
Aula Expositiva – 
Dialogada e 
Prática 
Partilhar o conhecimento e 
desenvolver a capacidade de 
trabalho em equipe. 
Trabalho: Questões 02 e 05 - Extra-Sala – 
Grupo (5 componentes) – Entrega 20/03 – 
Valor 5 pts 
Desenvolvimento 
de Trabalho em 
Equipe 
15 – 16 08 mar 
Contabilizar os investimentos nas 
Participações Societárias; Calcular e 
contabilizar o ajuste do MEP. 
Avaliação de Investimentos – Ajuste do 
MEP; Questão 14Aula Expositiva – 
Dialogada e 
Prática 
Partilhar o conhecimento e 
desenvolver a capacidade de 
trabalho em equipe. 
Trabalho: Questões 03 e 09 - Extra-Sala – 
Grupo (5 componentes) – Entrega 20/03 – 
Valor 5 pts 
Desenvolvimento 
de Trabalho em 
Equipe 
17 – 18 13 mar 
Calcular e contabilizar a distribuição 
de dividendos nos grupos 
empresariais; 
Avaliação de Investimentos – 
Reconhecimento de Dividendos; Questão 08 
Aula Expositiva – 
Dialogada e 
Prática 
19 – 20 15 mar 
Analisar o surgimento da Mais ou 
Menos-Valia e contabilizar seus 
efeitos. 
Avaliação de Investimentos – Mais ou 
Menos Valia; Questão 10 
Aula Expositiva – 
Dialogada e 
Prática 
Partilhar o conhecimento e 
desenvolver a capacidade de 
trabalho em equipe. 
Trabalho: Questões 12 e 15 - Extra-Sala – 
Grupo (5 componentes) – Entrega 20/03 – 
Valor 5 pts 
Desenvolvimento 
de Trabalho em 
Equipe 
21 – 22 20 mar Entender e calcular o RNR 
Avaliação de Investimentos – Resultados 
não realizados; Questão 16 
Aula Expositiva – 
Dialogada e 
Prática 
23 – 24 22 mar 
Avaliar o nível de aprendizado e 
retenção do conteúdo 
apresentado. 
Prova 
Individual s/ 
consulta 
25 – 26 27 mar 
Analisar a utilidade da Consolidação 
das Demonstrações; Discutir a 
obrigatoriedade; 
Consolidação das Demonstrações 
Contábeis 
Aula Expositiva – 
Dialogada 
27 – 28 29 mar 
Analisar a utilidade da Consolidação 
das Demonstrações; 
Consolidação das Demonstrações 
Contábeis; Questão 17 
Aula Expositiva – 
Dialogada e 
Prática 
29 – 30 10 abr 
Analisar a utilidade da Consolidação 
das Demonstrações; 
Consolidação das Demonstrações 
Contábeis; Questão 18 
Aula Expositiva – 
Dialogada e 
Prática 
31 – 32 12 abr 
Analisar a utilidade da Consolidação 
das Demonstrações; 
Consolidação das Demonstrações 
Contábeis; Questão 19 
Aula Expositiva – 
Dialogada e 
Prática 
33 – 34 17 abr 
Analisar a utilidade da Consolidação 
das Demonstrações; 
Consolidação das demonstrações 
Contábeis; Questão 20 
Aula Expositiva – 
Dialogada e 
Prática 
35 – 36 19 abr 
Discutir as possibilidades acerca da 
reorganização de sociedades. 
Reorganização Societária – Fusão; 
Questões; 25 e 26 
Aula Expositiva – 
Dialogada e 
Prática 
37 – 38 24 abr Discutir as possibilidades acerca da Reorganização Societária – Incorporação; Aula Expositiva – 
 
PLANEJAMENTO: CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 
 
reorganização de sociedades. Questões 21 e 22 Dialogada e 
Prática 
39 – 40 26 abr 
Discutir as possibilidades acerca da 
reorganização de sociedades. 
Reorganização Societária – Cisão; 
Questões 23 e 24 
Aula Expositiva – 
Dialogada e 
Prática 
41 – 42 03 mai 
Discutir as possibilidades acerca da 
reorganização de sociedades. 
Reorganização - Transformação 
Aula Expositiva – 
Dialogada 
43 – 44 08 mai 
Discutir as possibilidades acerca da 
reorganização de sociedades. 
Reorganização – Dissolução, Liquidação e 
Extinção; Questões 27 e 28 
Aula Expositiva – 
Dialogada e 
Prática 
45 – 46 10 mai 
Avaliar o nível de aprendizado e 
retenção do conteúdo 
apresentado. 
Prova 
Individual s/ 
consulta 
47 – 48 15 mai 
Entender a necessidade da 
conversão das demonstrações 
contábeis; Efetuar a conversão do BP 
e DRE. 
Conversão das Demonstrações Contábeis 
Aula Expositiva – 
Dialogada 
49 – 50 17 mai 
Entender a necessidade da 
conversão das demonstrações 
contábeis; Efetuar a conversão do BP 
e DRE. 
Conversão das Demonstrações Contábeis; 
Questão 29 
Aula Expositiva – 
Dialogada e 
Prática 
51 – 52 22 mai 
Entender a necessidade da 
conversão das demonstrações 
contábeis; Efetuar a conversão do BP 
e DRE. 
Conversão das Demonstrações Contábeis; 
Questão 30 
Aula Expositiva – 
Dialogada e 
Prática 
53 – 54 24 mai Elaborar a DVA. 
Demonstração do Valor Adicionado – DVA; 
Questão 31 
Aula Expositiva – 
Dialogada e 
Prática 
55 – 56 29 mai Elaborar a DVA. 
Demonstração do Valor Adicionado – DVA; 
Questão 32 
Aula Expositiva – 
Dialogada e 
Prática 
57 – 58 31 mai Elaborar a DVA. 
Demonstração do Valor Adicionado – DVA; 
Questão 33 
Aula Expositiva – 
Dialogada e 
Prática 
59 – 60 05 jun 
Discutir as atividades e ajustes 
apresentados na DFC. 
Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC 
Aula Expositiva – 
Dialogada 
61 – 62 12 jun 
Discutir as atividades e ajustes 
apresentados na DFC. 
Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC 
Aula Expositiva – 
Dialogada 
63 – 64 14 jun 
Discutir a obrigatoriedade e utilidade 
e formas de divulgação e 
evidenciação da informação contábil. 
Notas explicativas, Relatório da 
Administração, Publicação e Republicação 
das Demonstrações Contábeis 
Aula Expositiva – 
Dialogada 
65 – 66 19 jun 
Discutir a obrigatoriedade e utilidade 
e formas de divulgação e 
evidenciação da informação contábil. 
Notas explicativas, Relatório da 
Administração, Publicação e Republicação 
das Demonstrações Contábeis 
Aula Expositiva – 
Dialogada 
67 – 68 21 jun 
Analisar a utilidade do Balanço 
Social. 
Balanço Social 
Aula Expositiva – 
Dialogada 
69 – 70 26 jun 
Analisar a utilidade do Balanço 
Social. 
Balanço Social 
Aula Expositiva – 
Dialogada 
71 – 72 28 jun 
Avaliar o nível de aprendizado e 
retenção do conteúdo 
apresentado. 
Prova 
Individual s/ 
consulta 
73 – 74 03 jul 
Discutir o cenário da 
internacionalização da contabilidade. 
Introdução às Normas Internacionais de 
Contabilidade 
Aula Expositiva – 
Dialogada 
75 – 76 05 jul 
Discutir o cenário da 
internacionalização da contabilidade. 
Introdução às Normas Internacionais de 
Contabilidade 
Aula Expositiva – 
Dialogada 
77 – 78 10 jul 
Discutir o cenário da 
internacionalização da contabilidade. 
Introdução às Normas Internacionais de 
Contabilidade 
Aula Expositiva – 
Dialogada 
79 - 80 12 jul 
Apresentar resultados e encerrar as 
atividades do semestre. 
Entrega de Resultados e Encerramento do 
Semestre 
Aula Expositiva – 
Dialogada 
 
UNIPAC – Curso de Ciências Contábeis – Disciplina de Contabilidade Avançada 
Profª. Núbia Rodrigues - 1 - 
1. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS 
 
A Lei 6.404/76 prevê no seu art. 2º, § 3º que uma empresa (companhia ou 
sociedade anônima) pode ter como objeto social “participar de outras sociedades; ainda que 
não prevista no estatuto, a participação é facultada como meio de realizar o objeto social, ou 
beneficiar-se de incentivos fiscais”, assim, uma empresa de qualquer ramo comercial pode, 
também, investir em outras sociedades (comprar ações de outras empresas) a fim de 
alcançar seu objetivo, ou seja, obter e maximizar o seu lucro. 
Quando uma empresa compra ações de outras companhias ela registra esse 
fato em sua contabilidade no Ativo, representando um direito de participação no capital e 
nos lucros gerados pela empresa que vendeu as ações. Como qualquer ativo pertencente à 
companhia, as Ações também obedecem alguns critérios de registro e atualização do seu 
valor pela contabilidade. 
Dessa forma a Avaliação de Investimentos corresponde à forma (método e 
valores) com que estas Participações Societárias (compra de ações de outras) serão 
registradas na contabilidade da sociedade adquirente. 
As Participações Societárias são aplicações de recursos em investimentos por 
uma sociedade (denominada investidora) na aquisição de ações ou quotas de capital de 
outra sociedade (denominada investida). 
A classificação contábil dessas participações no ativo da investidora depende, 
em primeiro lugar, a finalidade para a qual essas ações foram adquiridas: com a intenção 
exclusiva de revenda ou de continuidade. 
Assim, participações societárias adquiridas com a intenção de revenda são 
classificadasno Ativo Circulante ou Ativo Não Circulante – Realizável a longo prazo, de 
acordo com a expectativa de realização. 
Já as participações societárias adquiridas com a finalidade de serem mantidas, 
ou seja, em caráter de continuidade, são classificadas no Ativo Não Circulante – 
Investimentos. 
Quanto ao método de avaliação de investimentos adotados no reconhecimento 
de tais participações a Lei 6.404/76 diz que: 
 
Art. 183 - No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os 
seguintes critérios: 
 
I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em 
direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no 
realizável a longo prazo: 
a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à 
negociação ou disponíveis para venda; 
 
III – os investimentos em participação no capital social de outras 
sociedades, exceto o disposto no art. 248 a 250, devem ser avaliados pelo 
seu custo de aquisição deduzido de provisão para perdas prováveis na 
realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como 
permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem 
custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas; 
 
Art. 248 – No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em 
coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de 
um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo 
método da equivalência patrimonial (...). 
 
Assim, as participações societárias adquiridas com a intenção de revenda e 
classificadas no Ativo Circulante ou Realizável a Longo Prazo devem ser avaliadas pelo 
valor justo. Já aquelas participações permanentes classificadas no sub-grupo investimentos 
do ativo deverão ser avaliadas pelo custo de aquisição ou método de equivalência 
patrimonial. 
UNIPAC – Curso de Ciências Contábeis – Disciplina de Contabilidade Avançada 
Profª. Núbia Rodrigues - 2 - 
 
 
1.1. Valor Justo 
Os investimentos avaliados a valor justo tem seu valor ajustado de acordo com a 
o seu valor de mercado no momento da avaliação. De acordo com Almeida (2010) este 
método se aplica às: 
 
a) Aplicações financeiras mantidas para negociação (classificadas no Ativo 
Circulante) – são de fácil liquidez e o objetivo da companhia é obter 
benefícios de curto prazo. 
b) Aplicações financeiras disponíveis para venda (classificadas no Realizável 
a Longo Prazo) – o restante das aplicações financeiras em renda variável não 
alocadas no item anterior. 
 
As aplicações financeiras mantidas para negociação são contabilizadas pelo 
valor de custo e ajustadas ao seu valor justo. Os dividendos (e JSCP) e o ajuste a valor 
justo são computados no resultado do exercício (ALMEIDA, 2010). 
Sobre as disponíveis para venda o autor diz que elas também são registradas 
pelo custo e ajustadas a valor justo e os dividendos (e JSCP) são reconhecidos no resultado 
do exercício, porém o ajuste a valor justo é registrado diretamente no patrimônio líquido, em 
conta própria chamada de Ajuste de Avaliação Patrimonial (AAP). Os valores registrados na 
conta AAP são transferidos para o resultado do exercício quando da alienação das 
correspondentes participações societárias para terceiros. 
Nos casos em que o valor justo de um investimento não puder ser determinado, 
o mesmo permanecerá registrado pelo seu custo de aquisição (ALMEIDA, 2010). 
 
Exemplo [ALMEIDA, 2010, adaptado]: A Cia Alfa adquiriu ações da Cia Beta e 
pagou $ 2.000. No final do período a Cia Alfa recebeu $ 100 de dividendos e o valor de 
mercado das ações na data do balanço era de $ 2.140. Demonstre os lançamentos 
contábeis decorrente da aquisição, do recebimento de dividendos e do ajuste a valor de 
mercado. Considere os dois casos: ativo mantido para negociação e disponível para 
revenda. 
 
1º Caso - Ativo mantido para negociação: 
 
Na Cia 
Alfa 
Contabilização da aquisição das ações DÉBITO CRÉDITO 
ATIVO CIRCULANTE (BP) 
 Ativos Financeiros.................................................... 2.000 
ATIVO CIRCULANTE (BP) 
 
 
2.000 Disponível................................................................. 
 
Na Cia 
Alfa 
Pelo recebimento dos dividendos DÉBITO CRÉDITO 
ATIVO CIRCULANTE (BP) 
 Disponível................................................................. 100 
RECEITA FINANCEIRA (DRE) 
 
 
100 Receita de dividendos............................................. 
 
Na Cia 
Alfa 
Pelo recebimento dos dividendos DÉBITO CRÉDITO 
ATIVO CIRCULANTE (BP) 
 Ativos Financeiros.................................................... 140 
OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS (DRE) 
 
 
140 Receita de valorização de ações............................. 
 
 
2º Caso - Ativo disponível para venda: 
UNIPAC – Curso de Ciências Contábeis – Disciplina de Contabilidade Avançada 
Profª. Núbia Rodrigues - 3 - 
 
Na Cia 
Alfa 
Contabilização da aquisição das ações DÉBITO CRÉDITO 
ATIVO CIRCULANTE (BP) 
 Ativos Financeiros.................................................... 2.000 
ATIVO CIRCULANTE (BP) 
 
 
2.000 Disponível................................................................. 
 
Na Cia 
Alfa 
Pelo recebimento dos dividendos DÉBITO CRÉDITO 
ATIVO CIRCULANTE (BP) 
 Disponível................................................................. 100 
RECEITA FINANCEIRA (DRE) 
 
 
100 Receita de dividendos............................................. 
 
Na Cia 
Alfa 
Pelo recebimento dos dividendos DÉBITO CRÉDITO 
ATIVO CIRCULANTE (BP) 
 Ativos Financeiros.................................................... 140 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (BP) 
 
 
140 Ajuste de Avaliação Patrimonial *............................. 
* é necessário registrar também os impostos, porém para fins didáticos os mesmos foram 
desconsiderados. 
 
 
1.2. CUSTO DE AQUISIÇÃO 
 
O Método de Custo consiste no registro do valor dos investimentos pelo seu 
custo de aquisição e, ao longo do tempo, esse registro é mantido pelo seu valor histórico 
(custo de aquisição: valor efetivamente pago), ou seja, por quanto à empresa pagou para 
adquiri-las, de forma que os lucros ou prejuízos apurados pela sociedade investida não 
refletem na sociedade investidora, exceto os dividendos distribuídos pelas sociedades 
investidas. 
No Método de Custo os investimentos são avaliados ao seu preço de custo, ou 
seja, esse método baseia-se no fato de que a empresa investidora registra somente as 
operações ou transações baseadas em atos formais, pois, de fato, os dividendos são 
registrados como receita no momento em que são declarados e distribuídos, ou 
provisionados pela empresa investida. 
Dessa forma, no Método de Custo não importa a geração efetiva dos lucros ou 
reservas, mas as datas e os atos formais de sua distribuição. Assim, deixa de reconhecer, 
na empresa investidora, os lucros e as reservas gerados e não distribuídos pela sociedade 
investida. 
Os investimentos que devem avaliados por esse método são: 
 
a) Investimentos permanentes que não estão previstos no art. 248 da Lei 6.404/76, ou 
seja, que não se enquadram no MEP; 
b) Investimentos temporários que não puderem ter seu valor justo determinado. 
 
Caso o exemplo anterior fosse uma participação societária permanente que não 
se enquadrasse no MEP, a mesma deveria ser avaliada pelo método de custo. Os 
lançamentos contábeis decorrentes da transação seriam os seguintes: 
 
Na Cia 
Alfa 
Contabilização da aquisição das ações DÉBITO CRÉDITO 
ATIVO NÃO CIRCULANTE (BP) 
 Ações da Cia Beta......................................... 2.000 
ATIVO CIRCULANTE (BP) 
 
 
2.000 Disponível................................................................. 
 
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Na Cia 
Alfa 
Pelo recebimento dos dividendos DÉBITO CRÉDITO 
ATIVO CIRCULANTE (BP) 
 Disponível................................................................. 100 
OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS (DRE) 
 
 
100 Receita de dividendos............................................. 
 
Observe que o valor do investimento (Ações da Cia Beta) registrado na Cia Alfa 
não sofreria nenhuma alteração em decorrência da variação do valor de mercado 
(valorização de $ 140). 
 
 
1.3. MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL - MEP 
 
No Método de Equivalência Patrimonial as participações societárias, têm seu 
valor histórico ajustado, na sociedade investidora, de modo a refletir os lucros ou prejuízos 
apurados pela sociedade investida, ou seja, os resultados e quaisquer variações 
patrimoniais de uma sociedade investida devem ser reconhecidos (contabilizados) pela 
investidora no momento de sua geração, independente de serem ou não distribuídos. 
Dessa forma o método de equivalência patrimonial acompanha o fato 
econômico, que é a geração dos resultados e não a formalidade da distribuição de 
dividendos. 
Esse método concentra as maiores complexidade e dificuldade de aplicação 
prática, mas apresenta resultados significativamente mais adequados, trazendo reflexos 
relevantes nas demonstrações financeiras de muitas empresas, com repercussões positivas, 
particularmente no mercado de capitais. 
 
 
1.3.1. Aplicação e Obrigatoriedade do MEP 
 
Os investimentos que devem ser avaliados MEP são somente aqueles previstos 
no art. 248 da Lei 6.404/76, ou seja, coligadas, controladas e sociedades que façam 
parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum. 
Controladas, de acordo com o art. 243 § 2º da Lei 6.404/76, são as sociedades 
nas quais a investidora (empresa que compra ações de outra) detém, diretamente ou 
indiretamente (através de outras controladas), direitos de sócio que lhe assegurem, de modo 
permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos 
administradores. 
Essa preponderância de modo permanente nas deliberações sociais e o poder 
de eleger a maioria dos administradores são chamados de controle. Almeida (2010, p. 42) 
define o controle como a possibilidade de dirigir as políticas financeiras e operacionais 
de uma empresa, a fim de obter os benefícios, assumindo os riscos, de suas atividades: 
 
Dirigir – o poder de tomar decisões. 
Políticas Financeiras – políticas estratégicas que direcionam políticas de 
dividendos, aprovações de orçamentos, condições de crédito, emissão de 
dívida, gestão de caixa, dispêndios de capital e políticas de caixa. 
Políticas Operacionais – políticas estratégicas que direcionam atividades 
como vendas, marketing, produção, recursos humanos, aquisições e 
alienações de investimentos. 
Benefícios e riscos – conseqüências econômicas associadas às políticas 
financeiras e operacionais da empresa. 
 
O controle é caracterizado quando a sociedade investidora (denominada 
controladora) detiver, direta ou indiretamente, mais de 50% do capital votante da 
sociedade investida (denominada controlada). 
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O Percentual de Participação – PP de uma sociedade em outra é definido pela 
divisão entre quantidade de ações com direito a voto da investida possuídas pela investidora 
e o total do capital votante da investida: 
 
 
 
PERCENTUAL Nº DE AÇÕES COM DIREITO 
DE A VOTO DA INVESTIDA 
PARTICIPAÇÃO = POSSUÍDAS PELA INVESTIDORA 
- PP - TOTAL DO CAPITAL VOTANTE 
 DA INVESTIDA 
 
 
 
Se o Percentual de Participação – PP for maior que 50% a sociedade investida 
será considerada uma controlada da investidora (ou controladora), pois esta possui a 
maioria das ações da investida e, portanto, exerce o controle da mesma. 
 
 
 
PERCENTUAL 
*100 
 
50 % → CONTROLADA 
DE 
PARTICIPAÇÃO > 
- PP - 
 
 
 
Já as sociedades coligadas são definidas no art. 243 da Lei 6.404/76 § 1º como 
aquelas em que a investidora exerce influência significativa que, de acordo com a 
Instrução CVM nº 247, de 1996, em seu art. 5º, parágrafo único, exemplifica as evidências 
de influência na administração da coligada: 
 
• participação nas suas deliberações sociais, inclusive com a existência 
de administradores comuns; 
• poder de eleger ou destituir um ou mais de seus administradores; 
• volume relevante de transações, inclusive com o fornecimento de 
assistência técnica ou informações técnicas essenciais para as atividades 
da investidora; 
• significativa dependência tecnológica e/ou econômico-financeira; 
• recebimento permanente de informações contábeis detalhadas, bem 
como de planos de investimento; ou uso comum de recursos materiais, 
tecnológicos ou humanos. 
 
O art. 243 da Lei 6.404/76 diz ainda no seu parágrafo 5º que “é presumida a 
influência significativa quando a investidora for titular de 20% (vinte por cento) ou mais do 
capital votante da investida, sem controlá-la”, ou seja, 
 
 
20% ≤ 
 
*100 < 50% + 1 →COLIGADA 
PERCENTUAL 
DE 
PARTICIPAÇÃO 
- PP - 
 
 
 
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Em Nota Explicativa à Instrução CVM Nº 469/2008 a Comissão de Valores 
Mobiliários diz que figura do “controle comum” das sociedades que fazem parte de um 
mesmo grupo ou que estão sob controle comum está diretamente relacionada à 
essência econômica da entidade contábil e, como tal, deve ser entendida. A dimensão 
econômica da entidade é delimitada como o conjunto de entes, ainda que juridicamente 
distintos, que estejam em um mesmo grupo ou que seu controle seja exercido por um 
mesmo ente ou conjunto de entes. Observe a questão por meio de um exemplo: 
 
• a companhia XYZ controla as companhias A, B e C; 
• a companhia A é uma companhia aberta e participa com 10% do capital votante das 
companhias B e C; 
• assim, a companhia A avaliará os investimentos em B e C pelo método da 
equivalência patrimonial, já que todas estão sob o controle comum de XYZ. 
 
Sobre essas sociedades controladas em conjunto Almeida (2010, p.43), diz 
que devem atender aos dois requisitos a seguir: 
 
1. Dois ou mais empreendedores vinculados por um acordo contratual. A 
existência de um acordo contratual distingue interesse que envolvem o 
controle conjunto de investimentos em coligadas nas quais o investidor 
possui influência significativa. 
2. O acordo contratual deve estabelecer o controle conjunto. Nenhum 
empreendedor isolado está em posição de controlar a atividade 
unilateralmente. Um operador ou gerente deve agir conforme as políticas 
financeiras e operacionais que foram acordadas pelos empreendedores. 
 
Para o autor o acordo contratual pode ser evidenciado de várias formas, tais 
como: contrato formal, atas de discussões entre empreendedores, estatuto do 
empreendimento dentre outros. Quando escrito, o acordo geralmente aborda os seguintes 
assuntos: 
 
1. A atividade, duração e obrigação de divulgação de prestação de contas 
da sociedade controlada em conjunto. 
2. A nomeação dos membros da diretoria ou do conselho de administração 
ou de órgão equivalente da sociedade controlada em conjunto e direitos de 
voto de cada empreendedor. 
3. As contribuições de capital pelos empreendedores. 
4. O compartilhamento pelos empreendedores de produção, receitas, 
despesas ou resultados da sociedade controlada em conjunto. (ALMEIDA, 
2010, p. 43-44) 
 
 
 
Nota 1: 
Capital Votante: Ações ou quotas de capital que conferem ao titular o 
direito de voto nas assembléias de acionistas, ou seja, o capital votante é 
composto por ações ordinárias (ON). 
 
 
 
Exemplo:Considere que a Cia Universitária possui participações societárias nas 
seguintes empresas, veja como se procede a análise para definir as sociedades investidas 
se enquadram na condição de coligadas ou controladas da Cia Universitária: 
 
 
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Sociedades Composição do Capital Participação da Universitária Controladas/ 
Investidas ON PN TOTAL ON PN TOTAL Coligadas (?) 
Cia Beta 50.000 100.000 150.000 --- 100.000 100.000 - 
Cia Gama 400.000 800.000 1.200.000 400.000 --- 400.000 Controlada 
Cia Delta 600.000 1.200.000 1.800.000 200.000 180.000 380.000 Coligada 
Cia Epilson 1.000.000 2.000.000 3.000.000 510.000 --- 510.000 Controlada 
(ON – Ordinárias Nominativas) (PN – Preferenciais Nominativas) 
 
a) A Cia Beta: 
• não pode ser controlada e nem coligada porque a Cia Universitária não 
participa do capital votante (ações do tipo ON) da Cia Beta e, também, não 
existe informação se ocorre influência significativa na Cia Universitária na Cia 
Beta. 
 
b) A Cia Gama: 
• é controlada porque a Cia Universitária detém 100% do capital votante 
(ações do tipo ON) da Cia Gama, ou seja, a participação é superior aos 50% 
exigidos para se enquadrar nessa situação, veja os cálculos: 
 
P.P.(Percentual Participação) da Universitária no Capital Votante de Gama > 50% 
[(Participação de Universitária em Gama / Capital Votante da Cia Gama)*100] > 50% 
[ (400.000 / 400.000)*100 ] > 50% 
100% > 50% 
 
c) A Cia Delta: 
• não é controlada porque o capital votante que a Cia Universitária detém 
não ultrapassa os 50% exigidos para que a sociedade se enquadre na 
condição de coligada, veja: 
 
P.P.(Percentual Participação) da Universitária no Capital Votante de Delta > 50% 
[ (Participação de Universitária em Delta / Capital Votante da Cia Delta)*100 ] > 50% 
[ (200.000 / 600.000)*100 ] > 50% 
33% < 50% 
 
• é coligada porque a Cia Universitária detém 33% do capital votante da Cia 
Beta, ou seja, a participação é maior do que os 20% exigidos para se enquadrar 
nessa situação. 
 
d) A Cia Epilson: 
• é controlada porque a Cia Universitária detém 51% do capital votante 
(ações do tipo ON) da Cia Epilson, ou seja, a participação é superior aos 50% 
exigidos para se enquadrar nessa situação, veja os cálculos: 
 
P.P.(Percentual Participação) da Universitária no Capital Votante de Epilson > 50% 
[ (Participação de Universitária em Epilson / Capital Total de Epilson)*100 ] > 50% 
[ (510.000 / 1.000.000)*100 ] > 50% 
51% > 50% 
 
O art. 243 § 2º diz que o controle pode ser exercido diretamente ou 
indiretamente através de outras controladas: 
 
UNIPAC – Curso de Ciências C
Profª. Núbia Rodrigues 
a) Controle Direto: 
50% do capital votan
com as Cias Gama e E
 
b) Controle Indireto:
através de outra cont
 
Partic
A detém 51
A detém 20
B detém 54%
Logo A també
 
Observe que “A”
Apesar de 51% de 54% rep
de “B” e se esse percentual
capital de “C” resultar num p
ser insuficiente para configu
controle indireto o import
nas assembléias de “C”, o 
(20%) e dos votos de sua c
assembléias de “C”. Analise 
 
 
 
Nota 2: 
1) Resumo da cla
 
Quadro resum
Tipo de 
Investida 
PP
Controladas PP 
Coligadas Influ
cap
Outras PP 
 
 
 
cias Contábeis – Disciplina de Contabilidade Avançada 
 
 Quando a controladora possui em seu pró
votante da sociedade controladora, como ocorr
a e Epilson; 
ireto: quando a investidora exerce o controle 
 controlada. 
Participações Societárias Forma de contr
1% do capital votante de B Controle Direto 
 20% do Capital votante de C Não exerce contro
 54% do capital votante de C Controle Direto 
também controla C Controle Indireto
e “A” controla “C” através de “B”, ou seja, exerce 
% representar 27,54% das ações de “C” pertence
entual for somado aos 20% das ações que “A” po
num percentual de 47,54% das ações de “C” perte
nfigurar uma situação de controle, vale ressaltar
portante é o conceito de controle e não de p
C”, o que predomina é a decisão de “A” pela s
sua controlada “B” (54%), ou seja, “A” controla 
nalise o esquema a seguir: 
 da classificação das participações societárias: 
esumo dos tipos de investimentos em outras socie
PP (Percentual de Participação) da investidora n
investida 
PP da investidora > 50% do capital votante da invest
Influência Significativa ou 20% ≤ PP da investidora
capital votante da investida 
PP da investidora < 20 % do capital total da investida
 
 - 8 - 
u próprio nome mais de 
 ocorre no exemplo acima 
trole de uma sociedade 
 controle 
 
 controle 
 
ireto 
xerce o controle indireto. 
rtencentes a “A” por meio 
“A” possui diretamente do 
” pertencentes a “A” e este 
ssaltar que nos casos de 
de propriedade, porque 
pela soma de seus votos 
ntrola 74% dos votos nas 
 
sociedades 
dora no capital da 
 investida 
tidora < 50%+ 1 do 
estida 
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1.3.2. Cálculo e Contabilização do Ajuste do Método de Equivalência 
patrimonial - MEP 
 
A Equivalência Patrimonial é a alteração do valor contábil dos investimentos 
registrados no subgrupo Investimentos (ANC), pela investidora, conforme o aumento ou a 
diminuição do Patrimônio Líquido (PL) da investida. 
O Método de Equivalência Patrimonial (MEP) consiste na aplicação, pela 
sociedade investidora, do percentual de participação no capital da investida (controlada, 
coligada ou sociedades que fazem parte de um mesmo grupo ou que estão sob controle 
comum), sobre o patrimônio líquido dessa investida. O valor encontrado será o valor 
patrimonial do investimento. A diferença entre o valor patrimonial atual e o valor 
patrimonial anterior (ou custo de aquisição quando da primeira avaliação pelo MEP), será o 
resultado da equivalência patrimonial ou o ajuste da equivalência patrimonial. 
Analisando o ajuste do MEP através do caso da Cia Aroeira que participa de 
30% do capital votante da Cia Ipê, que possuía em 31/12/2010 um Patrimônio Líquido de R$ 
1.000.000, conforme balanço demonstrado a seguir: 
 
CIA IPÊ 
BALANÇO PATRIMONIAL em 01/01/2010 
ATIVO PASSIVO 
... ... 
... ... 
... PATRIMÕNIO LÍQUIDO 
... Capital Social 1.000.000 
... 
... Total do PL 1.000.000 
... 
 
Se a Cia Aroeira detinha, naquela ocasião, 30% do capital votante da Cia Ipê, o 
investimento seria registrado na sociedade investidora (Cia Aroeira) da seguinte forma: 
 
CIA AROEIRA 
BALANÇO PATRIMONIAL em 01/01/2010 
ATIVO PASSIVO 
... ... 
... ... 
...NÃO CIRCULANTE PATRIMÕNIO LÍQUIDO 
...Investimentos 
...Ações Cia Ipê 300.000* 
... 
... 
* 30% (Percentual de Participação – PP da Cia Aroeira na Cia Ipê) 
X R$ 1.000.000 (PL da Cia Ipê) 
 
Suponha que, no exercício de 2010, a Cia Ipê tenha tido um lucro de R$ 200.000 
aumentando, portanto, o seu Patrimônio Líquido para R$ 1.200.000: 
 
CIA IPÊ 
BALANÇO PATRIMONIAL em 31/12/2010 
ATIVO PASSIVO 
... ... 
... ... 
... PATRIMÕNIO LÍQUIDO 
... Capital Social 1.000.000 
... Reserva de Lucros 200.000 
... Total do PL 1.200.000 
... 
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Na Cia Aroeira o investimento deverá ser atualizado a fim de refletir a variação 
ocorrida no Patrimônio Líquido da sociedade investida (Cia Ipê): 
 
CIA AROEIRA 
BALANÇO PATRIMONIAL em 31/12/2010 
ATIVO PASSIVO 
... ... 
... ... 
...NÃO CIRCULANTE PATRIMÕNIO LÍQUIDO 
...Investimentos 
...Ações Cia Ipê 360.000* 
... 
... 
* 30% (Percentual de Participação – PP da Cia Aroeira na Cia Ipê) 
X R$ 1.200.000 (PL daCia Ipê) 
 
 
O ajuste do MEP deve ser apurado de acordo com o seguinte cálculo: 
 
CÁLCULO DO AJUSTE DO MEP 
I - valor do patrimônio líquido atual da investida - Cia Ipê .............................. 1.200.000 
II - percentual de participação no capital da Cia Ipê ........................................ 30% 
III - valor patrimonial do investimento atual [( I ) * ( II )] .................................... 360.000 
IV - valor patrimonial do investimento anterior .................................................. (300.000) 
V - valor do ajuste da equivalência patrimonial [( III ) - ( IV)] ..................... 60.000 
 
O valor do ajuste do MEP deverá ser contabilizado, na Cia Aroeira, da seguinte 
forma: 
 
 
Na Cia 
Aroeira 
(investidora) 
 DÉBITO CRÉDITO 
INVESTIMENTOS (BP) 
 Ações Cia Ipê.................................................. 60.000 
OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS (DRE) 
 Ajuste MEP........................................................ 60.000 
 
Tal lançamento irá elevar o valor do investimento (em ações da Cia Ipê) 
registrado na contabilidade da Cia Aroeira de R$ 300.000 (valor patrimonial anterior) para 
R$ 360.000 (valor patrimonial atual), refletindo, assim, o aumento do Patrimônio Líquido da 
sociedade investida (Cia Ipê) em virtude da ocorrência de lucros no valor de R$ 200.000 no 
período analisado. Se, ao contrário, Cia Ipê tivesse apresentado prejuízo o lançamento de 
ajuste do MEP seria o seguinte: 
 
Na Cia 
Aroeira 
(investidora) 
 DÉBITO CRÉDITO 
INVESTIMENTOS (BP) 
 Ações Cia Ipê.................................................. 60.000 
OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS (DRE) 
 Ajuste MEP........................................................ 60.000 
 
Dessa forma, o resultado da equivalência patrimonial, ou seja, o ajuste do MEP 
será contabilizado, pela investidora, como receita (ou despesa) operacional, quando o 
aumento ou (a diminuição) do patrimônio líquido da investida corresponder a lucro (ou a 
prejuízo) apurado na sociedade investida. 
 
 
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1.3.3. Distribuição de Dividendos pela Sociedade Investida 
 
O valor do investimento registrado na sociedade investidora é atualizado através 
do ajuste do MEP (citado anteriormente), conforme variação (lucro ou prejuízo) do 
Patrimônio Líquido da sociedade investida, ou seja, no momento da geração do lucro 
independente da sua distribuição em forma de dividendos. 
No caso em que há a ocorrência de lucros na investida, além do ajuste do MEP, 
é necessária a contabilização dos dividendos distribuídos pela mesma, que agora irão 
representar uma redução do valor do investimento registrado na contabilidade da 
sociedade investidora em função da redução do Patrimônio Líquido da sociedade 
investida que distribuiu os lucros gerados no período em forma de dividendos. 
Retomando o caso da Cia Aroeira e Cia Ipê, suponha que a Cia Ipê decida 
distribuir R$ 100.000 dos lucros gerados no exercício em forma de dividendos, conforme 
mostra o balanço a seguir: 
 
CIA IPÊ 
BALANÇO PATRIMONIAL em 31/12/2010 
ATIVO PASSIVO 
... ... 
 Dividendos a pagar 100.000 
... ... 
... PATRIMÕNIO LÍQUIDO 
... Capital Social 1.000.000 
... Reserva de Lucros 100.000 
... Total do PL 1.100.000 
... 
 
Observe que após assumir o compromisso de pagar os dividendos houve uma 
redução no Patrimônio Líquido da Cia Ipê, variação que deve ser refletida na contabilidade 
da Cia Aroeira (sociedade investidora), uma vez que esse investimento é avaliado pelo 
MEP, veja: 
 
CIA AROEIRA 
BALANÇO PATRIMONIAL em 31/12/2010 
ATIVO PASSIVO 
Dividendos a receber 30.000* ... 
... ... 
...NÃO CIRCULANTE PATRIMÕNIO LÍQUIDO 
...Investimentos 
...Ações Cia Ipê 330.000** 
... 
... 
* 30% (Percentual de Participação – PP da Cia Aroeira na Cia Ipê) 
X R$ 100.000 (Total de dividendos distribuídos pela Cia Ipê). 
** 30% (Percentual de Participação – PP da Cia Aroeira na Cia 
Ipê) X R$ 1.100.000 (PL da Cia Ipê). 
 
Por outro lado a Cia Aroeira (sociedade investidora), também, tem direito aos 
dividendos que serão distribuídos pela Cia Ipê (sociedade investida), correspondente ao 
seu percentual de participação nessa investida conforme mostra o balanço acima, ou seja, a 
sociedade investidora faz jus a 30% (percentual de participação da Cia Aroeira na Cia Ipê) 
sobre o total dos dividendos distribuídos pela Cia Ipê. 
O registro contábil da distribuição dos lucros em forma de dividendos na 
sociedade investida e na sociedade investidora é feito conforme os lançamentos 
demonstrados a seguir: 
 
 
 
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Na Cia Ipê 
(investida) 
Pela distribuição de dividendos: DÉBITO CRÉDITO 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (BP) 
 Reservas de Lucros................................................. 100.000 
PASSIVO CIRCULANTE (BP) 
 Dividendos a pagar.................................................. 100.000 
Note-se que houve uma redução no PL da Cia Ipê 
 
 
Na Cia 
Pelo recebimento dos dividendos de acordo com 
PP = 30%: 
DÉBITO CRÉDITO 
Aroeira ATIVO CIRCULANTE (BP) 
 Dividendos a Receber............................................. 30.000 
(investidora) INVESTIMENTOS (BP) 
 Ações da Cia Ipê..................................................... 30.000 
Note-se que houve uma redução no investimento, proporcional à redução ocorrida no PL da Cia 
Ipê 
 
Num primeiro momento, a redução do valor contábil do investimento registrado 
na sociedade investidora pelo recebimento dos dividendos, pode parecer estranha, mas o 
fato é que os dividendos recebidos representam praticamente uma troca de investimento 
por dinheiro e, ainda, na sociedade investida, a distribuição dos dividendos ocasionou uma 
redução do Patrimônio Líquido que, de acordo com o MEP, deve ser refletida na sociedade 
investidora. 
Nas sociedades por ações (S/A) os dividendos devem ser declarados no balanço 
do exercício em obediência ao Regime de Competência dos Exercícios. Nesse caso, a 
contabilização dos dividendos a receber pela investidora será feita na mesma data da 
contabilização do ajuste do MEP, ou seja, na data do encerramento do seu balanço, o que 
acarretará uma distorção no cálculo do ajuste do MEP, em função da redução do Patrimônio 
Líquido da investida pela declaração dos dividendos no balanço e que pode ser solucionado 
de duas formas: 
 
a) Pela adição dos dividendos declarados ao Patrimônio Líquido da investida, 
antes do cálculo do ajuste do MEP, conforme exemplo a seguir: 
 
De acordo com o caso anterior a Cia Ipê apurou no exercício de 2008 um lucro 
líquido de R$ 200.000 e decidiu distribuir parte desse lucro, R$ 100.000, em forma de 
dividendos. Dessa forma é necessário contabilizar o ajuste do MEP e os dividendos 
recebidos pela Cia Aroeira na mesma data. Observe o balanço a seguir: 
 
CIA IPÊ 
BALANÇO PATRIMONIAL em 31/12/2007 
ATIVO PASSIVO 
... ... 
 Dividendos a pagar 100.000 
... ... 
... PATRIMÕNIO LÍQUIDO 
... Capital Social 1.000.000 
... Reserva de Lucros 100.000 
... Total do PL 1.100.000 
... ... 
 
Nesse caso é necessário ajustar, primeiro, o Patrimônio Líquido da sociedade 
investida, para, depois, calcular o ajuste do MEP e, finalmente, registrar os dividendos 
recebidos, veja: 
 
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AJUSTE DO PL DA SOCIEDADE INVESTIDA 
I - Valor do patrimônio líquido da Cia Ipê ........................................................... 1.100.000 
II - Dividendos declarados ..................................................................................100.000 
III - Patrimônio Líquido da Cia Ipê ajustado [( I ) + ( II ) ] ..................................... 1.200.000 
CÁLCULO DO AJUSTE DO MEP 
IV - percentual de participação no capital da Cia Ipê ........................................... 30% 
V - valor patrimonial do investimento atual [( III ) * ( IV )] .................................... 360.000 
VI - valor patrimonial do investimento anterior ..................................................... (300.000) 
VII - valor do ajuste da equivalência patrimonial [( VI ) - ( VII)] ....................... 60.000 
 
Na Cia 
Aroeira 
(investidora) 
Contabilização do ajuste do MEP pela ocorrência 
de lucros na Cia Ipê 
DÉBITO CRÉDITO 
INVESTIMENTOS (BP) 
 Ações Cia Beta.................................................. 60.000 
OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS (DRE) 
 Ajuste MEP........................................................ 60.000 
 
Na Cia 
Contabilização dos dividendos recebidos de 
acordo com PP = 30% na Cia Ipê: 
DÉBITO CRÉDITO 
Aroeira ATIVO CIRCULANTE (BP) 
 Dividendos a receber............................................... 30.000 
(investidora) INVESTIMENTOS (BP) 
 Ações da Cia Ipê..................................................... 30.000 
 
 
b) Pela contabilização dos dividendos a receber antes do cálculo do ajuste 
do MEP. 
Nesse caso a sociedade investidora calcula e contabiliza em primeiro lugar os 
dividendos recebidos da sociedade investida para depois calcular e contabilizar o ajuste do 
MEP. Veja como seria o procedimento caso a Cia Aroeira optasse por essa forma de 
registro: 
 
Na Cia 
Contabilização dos dividendos recebidos de 
acordo com PP = 30% na Cia Ipê: 
DÉBITO CRÉDITO 
Aroeira ATIVO CIRCULANTE (BP) 
 Dividendos a receber.............................................. 30.000 
(investidora) INVESTIMENTOS (BP) 
 Ações da Cia Ipê..................................................... 30.000 
 
A conta Investimentos (Ações da Cia Ipê) registrada no Ativo Não Circulante da 
Cia Aroeira sofreria a seguinte movimentação: 
 
MOVIMENTAÇÕES DA CONTA INVESTIMENTOS (Ações da Cia Ipê) 
 DÉBITO CRÉDITO SALDO 
Saldo Anterior 300.000 
Dividendos Recebidos 30.000 
Saldo Final 270.000 
 
Dessa forma, após a contabilização dos dividendos recebidos o valor patrimonial 
da conta investimentos (ações da Cia Ipê) foi reduzido para R$ 270.000, em função da baixa 
pelo recebimento dos dividendos. Após determinado o novo valor patrimonial do 
investimento registrado na contabilidade da Cia Aroeira é necessário calcular o ajuste do 
MEP a ser feito na Cia Aroeira: 
 
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CÁLCULO DO AJUSTE DO MEP 
I - valor do patrimônio líquido atual da investida - Cia Ipê .............................. 1.100.000 
II - percentual de participação no capital da Cia Ipê ........................................ 30% 
III - valor patrimonial do investimento atual [( I ) * ( II )] .................................... 330.000 
IV - valor patrimonial do investimento anterior .................................................. (270.000) 
V - valor do ajuste da equivalência patrimonial [( III ) - ( IV)] ..................... 60.000 
 
 
Na Cia 
Aroeira 
(investidora) 
Contabilização do ajuste do MEP pela ocorrência 
de lucros na Cia Ipê 
DÉBITO CRÉDITO 
INVESTIMENTOS (BP) 
 Ações Cia Ipê ......................................................... 60.000 
OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS (DRE) 
 Ajuste MEP........................................................ 60.000 
 
Finalmente, o valor do investimento (Ações da Cia Ipê) registrado pela Cia 
Aroeira seria alterado para R$ 330.000 refletindo perfeitamente as variações ocorridas no 
Patrimônio Líquido da Cia Ipê (Aumento de R$ 200.000 em função dos lucros; Diminuição 
R$ 100.000 pela distribuição de dividendos). Acompanhe a movimentação completa ocorrida 
na conta investimentos registrada na Cia Aroeira: 
 
 
MOVIMENTAÇÕES DA CONTA INVESTIMENTOS (Ações da Cia Ipê) 
 DÉBITO CRÉDITO SALDO 
Saldo Anterior 300.000 
Dividendos Recebidos 30.000 
Ajuste do MEP 60.000 
Saldo Final 330.000 
 
 
 
1.3.4. Ágio ou Ganho e Mais-Valia ou Menos-Valia na Aquisição de 
Investimentos 
 
Na subscrição de ações em empresas coligadas ou controladas, formadas pela 
própria investidora, não surge normalmente qualquer mais ou menos-valia e ágio ou 
ganho por compra vantajosa (deságio), porém quando uma companhia adquire ações de 
uma empresa já existente, podem surgir tais efeitos (FIPECAFI, 2010). 
A mais ou menos-valia surgem das diferenças entre o valor patrimonial e o 
valor justo dos ativos líquidos da sociedade investida. Sendo que o valor justo superior ao 
valor patrimonial dá origem a mais-valia e o contrário, ou seja, valor justo inferior ao valor 
patrimonial origina a menos valia. 
O ágio ou o ganho por compra vantajosa (deságio), de acordo com Almeida 
(2010), representam o excesso ou a deficiência do valor pago na aquisição das ações em 
relação aos ativos e passivos da sociedade investida avaliados a valor justo. 
Dessa forma, conforme explicam FIPECAFI (2010), na data-base da aquisição 
das ações é necessário que se determine o valor justo dos ativos líquidos da investida e, 
também, o valor contábil do seu patrimônio líquido, para que comparados com o valor pago 
pelo investimento possam ser determinados a mais ou menos valia e ágio ou ganho, 
respectivamente. Tais resultados devem ser contabilizados separadamente para facilitar o 
tratamento contábil adequado a cada um deles. Observe o esquema do surgimento de cada 
um desses itens: 
 
 
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1º) Mais ou Menos – Valia (Valor Justo X Valor Patrimonial) 
 
Valor Justo > Valor Patrimonial do Investimento → MAIS VALIA 
 
Valor Justo < Valor Patrimonial do Investimento → MENOS VALIA 
 
O valor referente a mais ou menos-valia deverá ser registrado de forma 
segregada em subcontas específicas, as quais serão amortizadas de acordo com o 
fundamento econômico que os originou. Assim, a baixa desse ágio deve ser feita 
proporcionalmente à realização dos ativos e passivos que lhes deu origem, obedecendo as 
seguintes recomendações, conforme explicam FIPECAFI (2010): 
 
a) Estoques: devem ser amortizados quando forem vendidos pela investida; 
b) Ativos Imobilizados: a amortização será efetuada proporcionalmente à sua 
depreciação ou baixa pela investida; 
c) Ativos Intangíveis com vida útil definida: são amortizados quando 
amortizados ou baixados na investida; 
d) Terrenos, Obras de Arte ou Ativos Intangíveis com vida útil indefinida: 
são amortizados quando o ativo correspondente for baixado na sociedade 
investida ou na alienação do investimento pela investidora. 
 
2º) Ágio ou Ganho (Valor Pago X Valor Justo) 
 
Valor Pago > Valor Justo → ÁGIO 
 
Valor Pago < Valor Justo → GANHO 
 
O ágio ou ganho, da mesma forma que a mais ou menos-valia, devem ser 
registrados em contas separadas. Mas FIPECAFI (2010) dizem que o ágio por expectativa 
de rentabilidade futura (goodwill) não pode mais, como regra ser amortizado no caso de 
investimentos em controladas e coligadas, porém devem ser submetidos ao teste do valor 
recuperável (impairment). 
 
Exemplo [FIPECAFI et al, 2010, adaptado): A Cia Brasil adquiriu 40% de 
participação na Cia Mineira, em 02/01/X0, por $ 72.000, cujo patrimônio líquido registrava 
um valor de $ 150.000. Nesta mesma data, o valor justo dos ativos líquidos da Cia Mineira 
foi avaliado em $ 170.000. Verifique a existência de mais ou menos-valia e de ágio ou 
ganho. Demonstre os lançamentoscontábeis. 
 
 PL da Cia 
Mineira 
Participação da 
Cia Brasil 
(40%) 
Valor justo dos ativos líquidos $170.000 $ 68.000 
Valor patrimonial $ 150.000 $ 60.000 
 
 
1º) Determinação da mais ou menos-valia 
 
 Valor Justo de 40% dos ativos líquidos da Cia Mineira $ 68.000 
(-) Valor Patrimonial de 40% do Patrimônio Líquido da Cia Mineira ($ 60.000) 
(=) Mais-Valia paga por diferença de valor de ativos líquidos $ 8.000 
 
Neste caso houve a ocorrência de mais-valia, pois o valor justo dos ativos líquido 
superou o valor patrimonial da participação adquirida. 
 
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2º) Determinação do ágio ou ganho 
 
 Valor Pago por 40% das ações da Cia Mineira $ 72.000 
(-) Valor Justo de 40% dos ativos líquidos da Cia Mineira ($ 68.000) 
(=) Ágio pago por rentabilidade futura (goodwill) $ 4.000 
 
Neste caso houve a ocorrência de ágio, pois o valor pago pelas ações superou o 
valor justo dos ativos líquidos da sociedade investida. 
 
 
3º) Registros Contábeis na sociedade investidora 
 
Na Cia Brasil 
(investidora) 
Contabilização do investimento na Cia Mineira 
com mais valia e ágio: 
DÉBITO CRÉDITO 
INVESTIMENTOS (BP) 
 Ações Cia Mineira (vr. Patrimonial) ........................ 60.000 
...Mais-Valia (Cia Mineira) 8.000 
 Ágio na aquisição de investimentos (Cia Mineira) .. 4.000 
ATIVO CIRCULANTE (BP) 
 Disponível........................................................... 72.000 
 
Suponha que a mais-valia foi originada por ativos imobilizados registrados pela 
investida por valor contábil abaixo do valor justo, e que estes tem vida útil de 4 anos. Ao final 
do período a realização dessa mais valia, na sociedade investidora, seria através do 
seguinte lançamento: 
 
Na Cia Brasil 
(investidora) 
Contabilização da realização da mais-valia: DÉBITO CRÉDITO 
INVESTIMENTOS (BP) 
...Mais-Valia (Cia Mineira)........................................... 2.000 
OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS (DRE) 
 Despesas com amortização de mais-valia............. 2.000 
 
O valor amortizável da mais-valia do período decorre da parcela que compete ao 
período de acordo com a vida útil do imobilizado a que se refere, conforme cálculos a seguir: 
 
000.2
4
000.8
==
−
=
anosorigemdeativodoútilVida
ValiaMaisdaValor
PeríododooAmortizaçã 
 
 
 
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2. CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
 
 
2.1. NOÇÕES PRELIMINARES: CONCEITO E UTILIDADE 
 
A Consolidação das Demonstrações Contábeis, tradicionalmente conhecida 
por Consolidação de Balanços, é uma técnica contábil que consiste na unificação das 
Demonstrações Contábeis da empresa controladora e de suas controladas, visando 
apresentar a situação econômica e financeira de todo o grupo como se fosse uma única 
empresa. 
A consolidação de balanços já é adotada em muitos países há muitos anos, 
particularmente naqueles em que o sistema de captação de recursos, por meio da emissão 
de ações ao público pelas Bolsas de Valores, é importante para as empresas. Somente por 
meio dessa técnica é que se pode realmente conhecer a posição financeira da empresa 
controladora e das demais empresas do grupo. 
A leitura das demonstrações contábeis não consolidadas de uma empresa que 
tenha investimentos em outras sociedades perde muito de sua significação, pois essas 
demonstrações não fornecem elementos completos para o real conhecimento e 
entendimento da situação financeira em sua totalidade e do volume total das operações. 
Nesse sentido, deve prevalecer o conceito de controle ao efetuar-se a 
consolidação. Esse controle não abrange apenas o acionário, mas também o da decisão em 
relação a políticas a serem seguidas pelas empresas, mais conhecido como “influência 
sobre a administração”. 
É importante lembrar que as diversas empresas de um mesmo grupo formam um 
conjunto de atividades econômicas que, muitas vezes, são complementares umas das 
outras. Assim, é dentro dessa visão e contexto que as demonstrações contábeis devem ser 
analisadas, ou seja, representam o reflexo de um conjunto de atividades econômicas de um 
grupo empresarial; e isto só é conseguido se forem demonstrações contábeis consolidadas, 
apesar da adoção do método de equivalência patrimonial para a avaliação de investimentos 
já produzir efeitos próximos aos da consolidação quanto ao lucro líquido e ao patrimônio 
líquido. 
Enfim, conforme explica Almeida (2010, p. 56), “a consolidação tem por objetivo 
apresentar demonstrações financeiras de duas ou mais sociedades como se fossem uma 
única entidade” e complementa que as sociedades consolidadas continuam existindo 
juridicamente, sendo a consolidação efetuada apenas extracontabilmente. 
Em suma, quando uma investidora possui vários investimentos permanentes em 
outras sociedades, formando um grupo societário, a análise das demonstrações contábeis 
individuais dessas sociedades pode tornar-se bastante trabalhosa e, ainda, insuficiente, 
para se ter uma visão de todo o grupo empresarial. Outro fator importante no tocante a 
consolidação de balanços, é a questão da transparência na divulgação das informações que 
deve ser priorizada na administração das empresas contemporâneas, uma vez que, se não 
fosse obrigatório esse procedimento uma sociedade controladora poderia, por exemplo, 
“esconder” os balanços controladas deficitárias, ou até mesmo “descarregar” prejuízos 
nessas empresas. 
 
 
2.2. FUNDAMENTOS LEGAIS: OBRIGATORIEDADE DE DIVULGAÇÃO 
 
A consolidação de balanços é obrigatória na seguinte situação, conforme 
previsto na Lei 6.404/76: 
 
Art. 249 – A companhia aberta que tiver mais de 30% (trinta por cento) 
do valor do seu patrimônio líquido representado por investimentos em 
sociedades controladas deverá elaborar e divulgar, juntamente com suas 
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demonstrações financeiras, demonstrações consolidadas nos termos do art. 
250. 
Art. 275 – O grupo de sociedades publicará, além das demonstrações 
financeiras referentes a cada uma das companhias que o compõe, 
demonstrações consolidadas, compreendendo todas as sociedades do 
grupo, elaboradas em obediência do disposto no art. 250. (ou seja, grupos 
empresariais que se constituírem formalmente nos critérios da lei, 
independentemente de serem companhias abertas ou não) 
 
O art. 249 da lei 6.404/76 determina que a Comissão de valores Mobiliários – 
CVM está autorizada a “expedir normas sobre as sociedades cujas demonstrações devam 
ser abrangidas na consolidação, podendo também autorizar a inclusão e exclusão de outras 
sociedades na consolidação.” (texto adaptado). 
Assim, através da edição da Instrução Normativa nº 247/96 a CVM determinou, 
no seu art. 21, as empresas que devem apresentar as demonstrações financeiras 
consolidadas: 
 
Art. 21 – Ao fim de cada exercício social, demonstrações contábeis 
consolidadas devem ser elaboradas por: 
I – companhia aberta que possuir investimento em sociedades controladas, 
incluindo as sociedades controladas em conjunto (...) 
II – sociedade de comando de grupo de sociedades que inclua companhia 
aberta. 
 
Portanto, a CVM, alterou o percentual de 30% previsto pela Lei 6.404/76, 
exigindo a consolidação para todas as companhias abertas, independentemente da 
representatividade do investimento em relação ao patrimônio líquido da controladora e 
inovou ao introduzir a consolidação (proporcional) para um número maior de companhias 
abertas, incluindo as sociedades controladas em conjunto, ou seja, com a I.N. 247/96 a 
CVM ampliou o leque das sociedades quedevem apresentar demonstrações financeiras 
consolidadas. 
Almeida (2010) diz que as demonstrações financeiras que devem ser 
consolidadas são: 
 
a) Balanço Patrimonial - BP; 
b) Demonstração do Resultado do Exercício - DRE; 
c) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL. 
d) Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC; 
e) Demonstração do Valor Adicionado – DVA; 
f) Notas Explicativas. 
 
 
2.3. ELIMINAÇÕES CONTÁBEIS 
 
Apesar do Método de Equivalência Patrimonial - MEP reconhecer os 
resultados obtidos pelas sociedades investidas e, de um modo geral, eliminar os resultados 
não realizados entre as próprias investidas [ ↔ ] e entre as investidas e a investidora [ ↑ ], 
ele deixa de fora importantes informações sobre fatos que podem ter acontecido em relação 
ao grupo, tais como: superavaliações de ativos decorrentes de transações de empresas do 
mesmo grupo e, principalmente, não elimina os resultados não realizados em transações de 
venda da investidora para as investidas [ ↓ ], conforme visto anteriormente. 
Analise o caso da Empresa Alfa, e suponha que antes do final do ano, a 
empresa perceba a possibilidade de apuração de prejuízo no encerramento do exercício e 
tenha a previsão de encerrar o exercício com as seguintes demonstrações: 
 
 
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EMPRESA ALFA 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE 
Caixa e Bancos 2.000 Fornecedores 13.000 
Estoques 15.000 Contas a pagar 7.000 
 17.000 20.000 
 
IMOBILIZADO 
Terreno 15.000 PATRIMÕNIO LÍQUIDO 
Edifícios 20.000 Capital Social 39.000 
Máquinas 3.000 Prejuízos Acum. (4.000) 
 38.000 35.000 
 
TOTAL 55.000 TOTAL 55.000 
 
EMPRESA ALFA 
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 Receitas .............................................................. 60.000 
(-) Custos e Despesas ............................................. (64.000) 
(=) Prejuízo do Exercício .......................................... (4.000) 
 
Diante dessa situação, os administradores resolvem constituir outra empresa, a 
Empresa Beta, utilizando os recursos da própria Empresa Alfa subscrevendo e 
integralizando a totalidade do capital dessa empresa, no valor de R$ 1.000, para cobrir os 
gastos com a sua implantação. Resolvem ainda “vender” para a Empresa Beta, o terreno, 
cujo valor contábil é de R$ 15.000, pelo preço de R$ 35.000, a prazo. Veja como ficou o 
balanço da Empresa Beta: 
 
EMPRESA BETA 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE 
Caixa e Bancos 200 Contas a pagar 35.000 
Material Expediente 800 
 1.000 
IMOBILIZADO 
Terreno 35.000 PATRIMÕNIO LÍQUIDO 
 Capital Social 1.000 
 
 
TOTAL 36.000 TOTAL 36.000 
 
Após essa transação, as demonstrações da Cia Alfa seriam apresentadas com 
os seguintes resultados: 
 
EMPRESA ALFA 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE 
Caixa e Bancos 1.000 Fornecedores 13.000 
Estoques 15.000 Contas a pagar 7.000 
Contas a receber 35.000 20.000 
 51.000 
IMOBILIZADO 
Terreno --- PATRIMÕNIO LÍQUIDO 
Edifícios 20.000 Capital Social 39.000 
Máquinas 3.000 Reservas de Lucros 16.000 
 23.000 55.000 
 
TOTAL 75.000 TOTAL 75.000 
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EMPRESA ALFA 
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 Receitas .............................................................. 95.000 
(-) Custos e Despesas ............................................. (79.000) 
(=) Prejuízo do Exercício .......................................... 16.000 
 
Para os investidores e demais usuários externos, ao analisar essas 
demonstrações concluiriam que a Empresa Alfa está em ótimas condições financeiras e 
econômicas, pois além de gerar lucro ainda apresenta excelentes indicadores econômico-
financeiros, veja o comparativo dos mesmos antes e depois da criação da Empresa Beta: 
 
Indicador Fórmula 
Antes da criação 
de Beta 
Depois da 
criação de Beta 
Lucro / (Prejuízo) (4.000) 16.000 
Liquidez AC / PC 0,85 2,55 
Endividamento Exigível Total/ (Exigível Total + PL) 36% 26% 
 
Dessa forma, o procedimento legal a fim de resolver esse problema e coibir essa 
prática é a Consolidação das Demonstrações Contábeis. 
As demonstrações contábeis consolidadas são aquelas produzidas pela 
agregação das mesmas, linha por linha, isto é, somando ativos e passivos, receitas e 
despesas semelhantes. O processo de consolidação não é, todavia, simplesmente a soma 
dos balanços das empresas, como se supõe a primeira vista. É necessária a eliminação dos 
saldos das transações realizadas entre empresas do grupo consolidado. 
Analisando o caso citado, a primeira transação realizada entre as empresas foi a 
integralização do capital de Beta pela Empresa Alfa. Logo, essa seria a primeira eliminação 
a ser feita. A segunda foi a de venda do terreno, a qual no âmbito do grupo é como se não 
tivesse sido realizada, essa eliminação da transação de venda ocorre no momento da 
consolidação da DRE. Como o terreno objeto da venda ainda está no ativo da Empresa Beta 
(compradora), logo, o lucro decorrente da transação também ainda não está realizado, do 
ponto de vista do grupo. Então, o lucro não realizado deve ser eliminado do valor do terreno 
constante do balanço da Empresa Beta. 
Eliminando-se a transação (e o lucro) deve-se eliminar, por conseqüência, o 
saldo a receber e a pagar entre as empresas, uma vez que do ponto de vista do grupo ele 
não tem nada a receber e nem a pagar para ele mesmo. 
Pelo fato da Empresas Alfa e Beta serem juridicamente distintas, o processo de 
consolidação é feito extra-contabilmente, ou seja, a Empresa Alfa deve reunir os balanços 
de todas as suas controladas e montar um papel de trabalho conforme orientações a 
seguir: 
 
a) Prepara-se o papel de trabalho, com os balanços das empresas do grupo lado a 
lado, os saldos das contas devem ser somados, linha a linha; 
 
b) Em seguida, procede-se as eliminações: 
 
• Da participação societária da controladora contra o patrimônio líquido da 
controlada; 
• Dos saldos a receber e a pagar entre as sociedades; 
• Dos resultados não realizados decorrentes de negócios entre as sociedades 
(do PL de quem vendeu e do custo do ativo de quem comprou); 
• Da participação de acionistas minoritários; 
• Do Imposto de Renda sobre os resultados não realizados. 
 
 
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CONSOLIDAÇÃO DO BALANÇO PATRIMONIAL 
 ALFA BETA SOMA ELIMINAÇÕES CONSOLIDADO 
ATIVO CIRCULANTE 
Caixa e Bancos 1.000 200 1.200 1.200 
Material Expediente 800 800 800 
Estoques 15.000 15.000 15.000 
Contas a receber 35.000 35.000 (35.000) --- 
 51.000 1.000 52.000 17.000 
ATIVO NÃO CIRCULANTE 
Investimentos 
Ações Emp. Beta 1.000 1.000 (1.000) --- 
Imobilizado 
Terreno --- 35.000 35.000 (20.000) 15.000 
Edifícios 20.000 20.000 20.000 
Máquinas 3.000 3.000 3.000 
 24.000 35.000 59.000 38.000 
TOTAL ATIVO 75.000 36.000 111.000 (56.000) 55.000 
 
PASSIVO CIRCULANTE 
Fornecedores 13.000 13.000 13.000 
Contas a Pagar 7.000 35.000 42.000 (35.000) 7.000 
 20.000 55.000 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Capital 39.000 1.000 40.000 (1.000) 39.000 
Reserva Lucro/(Prejuízos) 16.000 16.000 (20.000) (4.000) 
 55.000 56.000 35.000 
TOTAL PASSIVO +PL 75.000 36.000 111.000 (56.000) 55.000 
 
CONSOLIDAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO 
 ALFA BETA SOMA ELIMINAÇÕES CONSOLIDADO 
Receitas 95.000 --- 95.000 (35.000) 60.000 
(-) Custos e despesas (79.000) --- (79.000) (15.000) (64.000) 
(=) Resultado 16.000 --- 16.000 (20.000) (4.000) 
 
É possível observar quefoi eliminado o “lucro” na venda do terreno o qual, 
embora juridicamente satisfeita (afinal fora lavrada a escritura pública e transferida a 
propriedade do terreno de uma para outra empresa – pessoa jurídica) a mesma não se 
efetivou “economicamente”. Do ponto de vista econômico, as Empresas Alfa e Beta 
pertencem a uma mesma entidade econômica, pois os recursos econômicos das duas 
entidades estão sob um único controle. 
As transações entre as sociedades do consolidado representam transferência de 
bens e/ou direitos entre divisões da unidade econômica. Não geram valores realizáveis ou 
exigíveis, receitas ou despesas (e por conseguinte não geram lucros) entre as sociedades 
consolidadas sob o prisma da unidade econômica. 
Ao justificar a exigência de relatórios contábeis consolidados em seu país, o 
governo japonês, apontou a seguinte situação: “observadores financeiros acreditam que a 
medida ajudará a acabar com a prática japonesa, baseada na tradição de ‘embelezar’ os 
resultados da matriz, descarregando prejuízos em subsidiarias desafortunadas, cujos 
relatórios raramente eram anunciados...” (The Business Week, abril, 1977, p. 112) 
Dessa forma, as Demonstrações Contábeis Consolidadas são mais 
representativas e mais importantes até, do que os balanços individualizados, no sentido de 
que estas têm por objetivo apresentar a posição financeira de duas ou mais sociedades, 
como se fossem uma única entidade. 
 
 
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2.4. PARTICIPAÇÃO DE ACIONISTAS NÃO CONTROLADORES 
 
A eliminação do valor do investimento, no exemplo anterior, foi feita contra o 
capital (patrimônio líquido) da controlada, neste caso a controladora possuía a totalidade 
(100%) das ações da controlada, procedimento definido por Almeida (2010, p.57) de 
consolidação de controlada integral. 
Todavia, nem sempre isso ocorre, ou seja, uma porcentagem do capital da 
controlada pode pertencer a outros acionistas, chamados de não controladores ou 
acionistas minoritários, neste caso ocorre a consolidação de controlada parcial. 
A participação dos acionistas não controladores no patrimônio líquido e no lucro 
líquido (das controladas) será destacada, respectivamente, no patrimônio líquido do balanço 
patrimonial consolidado e em linha específica da demonstração consolidada do resultado. 
Diante de uma situação em que, por exemplo, a Cia Omega detenha 80% do 
capital da Cia Gama, veja o procedimento de consolidação e como ficaria as demonstrações 
consolidadas: 
 
CONSOLIDAÇÃO DO BALANÇO PATRIMONIAL 
 OMEGA GAMA SOMA ELIMINAÇÕES CONSOLIDADO 
ATIVO CIRCULANTE 760 300 1.060 1.060 
Investimentos Cia Gama 240 240 (240) -------- 
 1.000 300 1.300 (240) 1.060 
... 
PASSIVO 
... 
Patrimônio líquido atribuído aos 
acionistas controladores 1.000 300 1.300 
(240) 
( 60) 
1.000 
Patrimônio líquido atribuído aos 
acionistas não controladores 60 60 
 1.000 300 1.300 (240) 1.060 
 
CONSOLIDAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO 
 OMEGA GAMA SOMA ELIMINAÇÕES CONSOLIDADO 
Receitas 1.000 500 1.500 1.500 
(-) Custos das vendas (800) (400) (1.200) (1.200) 
(=) Lucro Bruto 200 100 300 300 
(-) Desp. Operacionais ( 40 ) ( 57 ) ( 97 ) ( 97 ) 
(+) Equiv. Patrimonial 24 24 (24) 0 
(=) Lucro Operacional 184 43 227 203 
(-) Imposto de Renda ( 48 ) ( 13 ) ( 61 ) ( 61 ) 
(=) Lucro Líquido do Exercício 136 30 166 142 
Lucro Líquido atribuído aos 
acionistas controladores 
 (6) 136 
Lucro Líquido atribuído aos 
acionistas não controladores 
 6 
 
 
Nota 6: 
1) Assim como no Balanço Patrimonial foi eliminado o investimento, na DRE 
simplesmente elimina-se o resultado da equivalência patrimonial. Observe-se, ainda, 
no papel de trabalho de consolidação da DRE, que o total da coluna de eliminações é 
igual ao lucro líquido da controlada, visto que, 80% deste já está reconhecido no 
resultado da controladora e os 20% restantes pertencem aos acionistas minoritários. 
2) Outra observação é que, regra geral, o patrimônio líquido consolidado e o lucro 
líquido consolidado, são sempre iguais ao patrimônio líquido e ao lucro líquido da 
controladora. Isto só não ocorre quando da existência de resultados não realizados nos 
ativos das controladas, caso em que as diferenças devem ser evidenciadas em Notas 
Explicativas às demonstrações consolidadas. 
 
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Profª. Núbia Rodrigues - 23 - 
3. REORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA 
 
Para a Contabilidade, conforme traduz o Princípio da Continuidade, toda 
entidade econômica, devidamente constituída e revestida de personalidade jurídica, 
representa uma organização em constante movimento, produzindo e comercializando bens, 
prestando serviços e gerando receitas continuadamente. 
Porém existem casos em que ocorre a descontinuidade empresarial motivada 
por processos de transformação, fusão, incorporação, cisão e encerramento das 
atividades. 
Embora não freqüente, a descontinuidade das atividades das empresas pode 
derivar de várias situações, inclusive estar prevista nos contratos de constituição ou 
estatutos. Existem alguns fatores que podem contribuir para a paralisação das atividades 
das empresas, resultando em processos de transformação, incorporação, fusão e cisão 
ou até mesmo na liquidação de seu patrimônio, são eles: 
• Queda do poder aquisitivo da moeda; 
• Mudanças na política cambial influenciando nas importações e exportações; 
• Obsoletismo verificado em bens de produção, normalmente resultante dos novos 
investimentos e da evolução tecnológica; 
• Falta de liquidez; 
• Incapacidade administrativa; 
• Inundações, incêndios; 
• Escassez de matéria-prima; 
• Vantagens tributárias e fiscais. 
 
A paralisação definitiva das atividades de uma empresa pode ocorrer por: 
• Transformação em outro tipo de empresa; 
• Incorporação por outra empresa; 
• Fusão com outras empresas; 
• Cisão total e parcial; 
• Encerramento e liquidação. 
 
O encerramento das atividades de uma empresa, a exemplo de sua constituição, 
está sujeito ao cumprimento de exigências legais, principalmente as estabelecidas pelos 
mesmos agentes públicos em que foi processada a sua abertura, nos quais se deve 
providenciar a sua baixa. Deve observar também o cumprimento de exigências contidas na 
legislação societária, tributária, trabalhista, previdenciária etc. 
Tratando-se de sociedades, há necessidade, ainda, de examinar as formas 
jurídicas pelas quais elas foram constituídas, além de preservar os interesses dos sócios, 
seja qual for o motivo da paralisação. 
Os procedimentos a serem seguidos para a concretização das operações de 
fusão, incorporação e cisão estão determinados nos art. 223 a 234 da Lei 6.404/76 e 
consistem na realização de diferentes atos, comuns a todas as modalidades citadas. Tais 
atos são: 
• O acordo para a realização; 
• A exposição dos motivos ao órgão deliberativo; e 
• A deliberação propriamente dita. 
 
Assim, após a conjugação dos interesses das sociedades envolvidas, os 
respectivos administradores assinam um documento (protocolo) que, com as respectivas 
motivações (justificação), é apresentado à deliberação dos órgãos competentes (assembléia 
geral de acionistas). 
A Lei 6.404/76, nos seus arts. 45, 137 e 230, assegura ao acionista dissidente, 
nos casos de incorporação, fusão ou cisão, o direito de retirar-se da companhia, mediante 
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reembolso do valor de suas ações. Da mesma forma nos arts. 231 a 232 estão previstos os 
direitos de debenturistas e de credores. 
 
• Acionistas dissidentes: os acionistas que não concordarem com as deliberações 
de fusão, incorporação

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