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009 Respostas Caso Concreto 106805 - Redação Jurídica CCJ0052

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Bacharel em Direito
Redação Jurídica – CCJ0009
Prof.ª Maria Geni de Almeida Fortunato genifortunato@yahoo.com.br
Cel.: (22) 9269-5064 - Tel.: (22) 2732-2661.
Crevelino Pereira França Filho – crevelino.filho@hotmail.com – cel.: (22) 9955-3618.
009 Resposta Caso Concreto 106805
Leia o caso concreto adiante e produza uma narrativa valorada a favor da parte autora, ou seja, produza a narrativa de uma petição inicial - "Dos fatos".
 
Clara, em 05 de março de 2002, vendeu a Moacir o imóvel localizado na Rua do Catete - RJ, n. 12, apartamento 101, mediante contrato de compra e venda por escritura pública, devidamente registrado, fazendo-se representar no ato por procurador regularmente constituído.
Em 15 de abril de 2002, por não ter recebido o preço do negócio jurídico celebrado, Clara resolve reocupar o bem, contratando faxineira para promover-lhe a limpeza, uma vez que o imóvel permanecia desocupado de coisas e pessoas. Ciente de tal fato, Moacir, comprador do bem, ajuíza ação de reintegração na posse em face de Clara, alegando ser o possuidor do imóvel, cuja posse foi-lhe transferida no ato da escritura de compra e venda, conforme cláusula contratual expressa nesse sentido.
Em contestação, a ré alega que não pode ser proposta ação possessória, porquanto o autor jamais tomara posse do imóvel. Sustenta a autora a invalidade do contrato de compra e venda celebrado, já que sequer recebeu pelo pagamento do valor da alienação.
Fatos favoráveis à tese do autor: Moacir.
Argumento Pró-tese: tese + porque + e também + (após ponto) Além disso;
Argumento de Autoridade: Fontes do Direito: opinião de especialistas, legislação, doutrina e jurisprudência, disciplinas do fundamento e vozes da mídia, da igreja e da família. Usar o recurso da Polifonia: paráfrase e citação; Objetividade e reflexão.
Argumento de senso comum: afirmação que representa o consenso geral. Apelação ao auditório universal, sem necessidade de comprovação. Possuem valor persuasivo menor.
Argumento de Oposição: Apresenta determinada tese que é contraposta imediatamente. Conjunções adversativas: mas, porém, todavia, entretanto, no entanto, não obstante, contudo, etc.
Conjunções concessivas: embora,
Argumento de Causa e efeito: para estabelecer um vínculo causal: causa e consequência.
Argumento por analogia (a pari): comparação que estabelece as semelhanças, que possuem caráter de instabilidade ou fragilidade.
Fazer Parecer Jurídico Completo com Fundamentação.
PARECER JURÍDICO
EMENTA:
COMPRA E VENDA – escritura pública por procuração – validade do negócio jurídico – reocupação indevida do imóvel – Parecer favorável à reintegração de posse.
RELATÓRIO
Trata-se de caso de esbulho possessório perpetrado por Clara em face de Moacir, proprietário do imóvel localizado na Rua do Catete, 12, apartamento 101, fato ocorrido em 15 de abril de 2002, na cidade de Águas Claras, RJ.
Moacir em 05 de março de 2002, adquiriu de Clara, o imóvel em questão, mediante contrato de compra em venda por escritura pública, devidamente registrado. No ato, Clara se fez representar por procurador regularmente constituído, que transferiu a posse do imóvel, no ato da escritura de compra e venda, conforme cláusula contratual expressa nesse sentido.
Em 15 de abril de 2002, alegando não ter recebido o preço do negócio jurídico celebrado, Clara resolve reocupar o bem, e contratando faxineira para promover-lhe a limpeza, uma vez que o imóvel permanecia desocupado de coisas e pessoas, invade o imóvel que já não mais lhe pertencia.
Ciente de tal fato, Moacir, ajuíza ação de reintegração na posse em face de Clara, comprovando a posse do imóvel, por escritura de compra e venda, devidamente amparada pelo registro no Cartório de Imóveis, conforme preceitua a lei.
Em contestação, a ré alega que não pode ser proposta ação possessória, porquanto o autor jamais tomara posse do imóvel. Sustenta a autora a invalidade do contrato de compra e venda celebrado, já que sequer recebeu pelo pagamento do valor da alienação.
Em réplica, o autor apresenta recibos em comprovação de pagamento relativo a quitação do negócio jurídico ao mandatário
Eis o relatório.
FUNDAMENTAÇÃO
DOS FATOS
Clara cometeu esbulho possessório, porque invadiu a propriedade anteriormente transferida legalmente para outrem, e também agiu de má-fé ao invocar para si a propriedade que não mais lhe pertencia. Além disso, não é o fato de determinado imóvel estar desocupado de coisas e pessoas que proporciona a terceiros, o amparo da lei para invasões dessa natureza.
VALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
A ré se fez representar por mandatário na realização do negócio jurídico, ou seja, a transferência do imóvel, foi realizada através de alguém de confiança da ré, que além disso, se sujeitou a forma prescrita na lei, consoante arts. 657 e 661, § 1º, CC:
Art. 657. A outorga do mandato está sujeita à forma exigida por lei para o ato a ser praticado. Não se admite mandato verbal quando o ato deva ser celebrado por escrito.
Art. 661. O mandato em termos gerais só confere poderes de administração.
§ 1.º Para alienar, hipotecar, transigir, ou praticar outros quaisquer atos que exorbitem da administração ordinária, depende a procuração de poderes especiais e expressos.
Nosso mandamento jurídico exige para isso: agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou determinável e forma prescrita ou não defesa em lei, todos estes requisitos foram diligentemente seguidos para a transferência do bem em questão, conforme preceitua o art. 104, CC.
DO ESBULHO
Embora afirme a ré não ter recebido o valor acordado a título de pagamento pela alienação do imóvel, esta fica obrigada a satisfazer todas as obrigações contraídas pelo mandatário, na conformidade do mandato conferido em consonância com o art. 675, CC, não podendo em hipótese alguma retomar o imóvel que pacificamente alienou, ainda mais, agindo de forma inadequada, próxima da má-fé.
Antes disso, deve cobrar de seu mandatário a prestação de contas pela alienação de posse do imóvel que lhe pertencia, pois o art. 668, CC, assim informa: “O mandatário é obrigado a dar contas de sua gerência ao mandante, transferindo-lhe as vantagens provenientes do mandato, por qualquer título que seja”.
DA RETOMADA DO IMÓVEL
O fato de determinado imóvel estar desocupado de coisas e pessoas não proporciona a terceiros, livre direito para invadir propriedade de quem quer que seja, não existe amparo legal para ações dessa natureza.
Embora o direito à propriedade tenha seu valor absoluto mitigado pelo atual Código Civil, o pequeno lapso temporal transcorrido entre a alienação do imóvel e a efetiva ocupação pelo atual proprietário, também não justifica a invasão a título de função social da propriedade.
Desta maneira “só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando, tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é violentamente repelido”. Art. 1.224, CC.
Diante dos fatos, restou ao autor, esta ação de reintegração de posse, buscando fazer valer como aduz o art. 1227, CC, seu direito real sobre o imóvel em querela, já constituído e adquirido com o definitivo registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos, ainda mais que em réplica, apresentou comprovantes de pagamento da referida alienação.
CONCLUSÃO
Pelo exposto, tendo em vista o estrito cumprimento da lei, deve a ação de reintegração de posse ser considerada procedente, cabendo a parte ré o pagamento das custas processuais, mais perdas e danos, além da multa por litigância de má-fé.
É o parecer.
Campos dos Goytacazes, 28 de outubro de 2013.
Crevelino Pereira França Filho
(Aluno 4º período noturno do Curso de Direito da Estácio).
Professora,
Não tive muito tempo para pesquisar e fazer melhor.
Prometo no próximo caprichar
Crevelino.

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