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DESCOMPLICANDO A VENTILAÇÃO MECÂNICA

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESCOMPLICANDO A VENTILAÇÃO 
MECÂNICA  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Rodrigo Queiroz 
 
 
 
 
“A tarefa não é tanto ver o que ninguém viu ainda, mas pensar 
o que ninguém pensou sobre algo que todos vêem”. ​Arthur 
Schopenhauer ­ filósofo alemão  (1788­1860). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Material produzido pelo Prof. Rodrigo Queiroz 
www.mobilidadefuncional.blogspot.com  
Material didático Iniciado em 2009 ­ Revisado em Julho de 2013 ainda em construção. 
Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com vocẽs. 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prefacio ou um Predifícil 
 
 
 
 
 
 
Com os avanços na área da saúde, houve uma drástica mudança no perfil                         
epidemiológico dos pacientes que nós assistimos. Cada vez são mais complexos os                       
casos, não falo isso somente no ambiente hospitalar não, mas em todos os níveis de                             
atenção. 
Comumente os pacientes são ​descarregados da UTIs para as enfermarias ainda                     
necessitando de suporte ventilatório, hemodinâmico, monitorização multiparamétrica,             
etc... Mas será que os setores que não lidam com tecnologia de ponta estão preparados                             
para tal? Tem pessoal treinado? Tem pessoal suficiente? O certo é que precisamos de                           
uma linguagem mais clara para aproximar a tecnologia daqueles que realmente                     
cuidam... 
Na minha rotina vejo pacientes em ventilação mecãnica prolongada onde os                     
proprios acompanhantes que ajustam a FIO2 e a pressão de suporte! Será porque isso                           
acontece? Já pensou se o odontólogo fosse reponsável por prescrever e executar a                         
escovação dos dentes de todos os seus pacientes? Assim é o caso da aspiração e mesmo                               
de algusns ajustes no aparelho de ventilação mecãnica. Será que estamos evoluindo para                         
pensar neste sentido? O certo é que será impossível (ou melhor já é!) manter estes                             
procedimentos centrados entre uma ou outra disciplinas da área da saúde.  
Pense rápido, quantos pacientes temos ventilados na emergência agora? Quantos                   
na UTI? Quantos nas enfermarias? Quantos desses já poderiam estar em casa e estão                           
internados esperando por uma infecção, acentuação da fraqueza adquirida, ulcera de                     
pressão, depressão, delirium...? Será que não precisamos melhorar nosso treinamento                   
em saúde? 
 
 
 
 
Material produzido pelo Prof. Rodrigo Queiroz 
www.mobilidadefuncional.blogspot.com  
Material didático Iniciado em 2009 ­ Revisado em Julho de 2013 ainda em construção. 
Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com vocẽs. 
 
 
3 
 
 
 
Que bixo é esse? 
 
Cada capítulo será desenvolvido no sentido de favorecer o entendimento seja                     
você um leigo ou um ​“​PHD”  ​na área. Como tudo na vida, vamos começar do começo. 
A definição de ventilação mecânica aqui no Brasil, está no maior documento, ou                         
pelo menos o mais citado, mais referenciado, que é o III consenso de Ventilação                           
Mecânica da Associação de Medicina Intensiva (AMIB): ​A ventilação mecânica é um                       
método de suporte de vida em que um aparelho movimenta gases para dentro dos                           
pulmões, promovendo oxigenação e ventilação​ (CARVALHO et al, 2007).  
Obviamente que precisamos aproximar/situar mais o leitor agora, pois caso                   
contrário você estaria lendo o III Consenso, não é verdade? Brincadeiras a parte,                         
perceba que dentro do conceito mencionado, temos uma ​bomba ​que movimenta um ​gás                         
e promove ventilação e oxigenação. Vamos lá, pense nestes tópicos que destaquei em                         
negrito, vamos conversar um pouco sobre eles agora. 
 
Entendendo a ventilação sem ajuda de aparelhos 
 
Em nosso dia à dia nem lembramos que estamos respirando. Mas antes de entrar                           
no assunto vamos entender a diferença entre respiração e ventilação. Respiração tem                       
uma conotação rotineira de inalar e exalar o ar dos pulmões, porém cientificamente o                           
termo respiração envolve aspectos fisiológicos também à nivel celular. Então, para o ato                         
de renovação do ​Gás dos nossos pulmões, a nomeclatura mais correta seria ventilação,                         
ventilar, ventilado... 
Mas como íamos conversando, nem lembramos que estamos ventilando​, já um                     
cliché nos cursos da área, (​­ Você, antes dessa passagem, estava ventilando e nem se                             
deu conta!)​. Talvez agora você esteja percebendo isso enquanto lê este que vos escreve.                           
Pense que você agora esta voluntariamente movimentando uma massa de Gás para                       
dentro do seu peito, e isso você pode fazer voluntariamente, ou seja, como está fazendo                             
agora (​Fala a verdade, você acabou de puxar o ar fundo e perceber que estava                             
ventilando...).  
Antes de puxar o ar fundo (voluntariamente), vocẽ estava, de maneira                     
involuntária, ventilando do mesmo modo. São área cerebrais diferentes que são capazes                       
de controlar um mesmo processo. O controle voluntário é mediado pelo córtex e o                           
involuntário por regiões especializadas do tronco cerebral localizadas no bulbo e da                       
ponte (centro respiratário). 
O centro respiratório é dotado de sensores capazes de identificar alterações na                       
Pressão Parcial de Dióxido de Carbono (Paco2) e no PH sanguineo. Além desse sensor                           
central, existem outros localizados na aorta e carótidas. 
Resumindo, o sistema nervoso central (SNC) comanda uma bomba capaz de                     
moviemntar uma massa de gás para dentro e para fora de nosso peito. Uma bomba de                               
ventilação que não é mecãnica, não é artificial, é fisiológica, natural e é muscular. 
Observem a figura 1, tem um resuminho do que discutimos sobre o processo de                           
ventilação até agora. Quando puxamos o ar (inpiração) seja voluntariamente ou                     
involuntariamente, foi porque o SNC mandou, aí os musculos se contrairam                     
(principalmente o diafragma) aumentou o espaço dentro da caixa torácica. Onde tem                       
mais espaço tem menos pressão (gradiente de pressão), logo o ar do ambiente tende a se                               
Material produzido pelo Prof. Rodrigo Queiroz 
www.mobilidadefuncional.blogspot.com  
Material didático Iniciado em 2009 ­ Revisado em Julho de 2013 ainda em construção. 
Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com vocẽs. 
 
 
4 
 
deslocar (fluxo) para dentro do peito, mais especicamente para os alvéolos (ventilação                       
alveolar). 
 
 
 
Figura 1.  Introdução à biofísica da ventilação alveolar 
 
Agora, quando paramos de inspirar, ou seja, o músculo para de contrair e                         
começa a relaxar, o espaço começa a diminuir, e como ele está cheio de ar, a presão no                                   
interior do pulmão está maior, logo ar tende a sair. 
Fiz um vídeo, não está tão profissional assim, porém permite um melhor entendimento 
desta parate inicial...  
 ​Fisioterapia respiratória e biofísica da respiração ­ vídeo aula 
 
 
Entrando O2 (oxigenação) e saindo CO2 (ventilação) 
 
Como estudamosdesde as nossas séries iniciais, o ar ambiente é rico em O2                           
(oxigênio), assim, durante a inspiração levamos uma grande quantidade deste gás para                       
dentro dos alvéolos. Também fisiologia básica, os alveolos são envoltos por capilares                       
que contém conteúdo sanguineo pobre em oxigênio, logo, a pressão deste gás é maior                           
nos alvéolos. Por diferença de pressão, o oxigênio adentra no capilar e é bombeado até                             
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5 
 
as células. 
 
 
Entendendo um pouquinho mais... 
 
Um contínuo ciclo, que deve ser preservado à 
todo custo. 
 
Por diferença de concentração o oxigênio que chegou até o alvéolo passa para 
o capilar pulmonar, e o dióxido de carbono (CO2) sai do capilar para o alvéolo. Num 
contínuo ciclo, que deve ser preservado à todo custo. 
 
 
Observem na figura abaixo como a quantidade de oxigẽnio é maio dentro do                         
alvéolo, isso gera uma pressão do gás em direção ao capilar. 
 
 
 
 
Figura 2​ ­ Exemplificando o mecanismo de difusão de gases 
 
Como surge o CO2 
 
As celulas liberam CO2 (dióxido de carbono ou gás carbônico) na corrente                       
sanguínea, que é um subprobuto (lixo) do seu metabolismo.  
 
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Figura 3 ­ Representação da reações durante o metabolismo delular. 
 
 
Esse processo ocorre continuamente, e a ventilação pulmonar é o processo que                       
controla a quantidade deste gás de maneira ideal dentro do organismo. Isso é bem                           
basiquinho. 
Caso tenha interesse, seguem mais algumas linha só para clarear um pouco mais                         
o processo. Acho que vale apena, caso contrário, pule para o quadro azul e boal leitura. 
 
Continuar lendo ou pular para o Quadro azul 
 
A fermentação alcoolica ou glicólise é um processo biológico no qual ​açúcares​,                       
entre eles a ​glicose​, são convertidos em energia ​celular​. Essa fase é denominada                         
anaeróbia pois não necessita da presença de oxigẽnio. Nesta fase temos o ​dióxido de                           
carbono​ como um dos resíduos metabólicos.  
Essa reação apresentada é mediada por enzimas livres no citosol, na qual a                         
glicose é oxidada produzindo duas moléculas de ​piruvato​, duas moléculas de ​ATP e                         
dois equivalentes reduzidos de NADH​+​, que serão introduzidos na ​cadeia respiratória​.  
 
 
Entendendo um pouquinho mais... 
 
Regulação da ventilação alveolar. Prenda o 
ar... E sinta! 
 
 
Um grupo disperso de neurônios localizados no bulbo (Centro Respiratório – CR) fica                         
inativo durante alguns segundos após a expiração, isso varia de pessoa para pessoa.   
O disparo do CR é ocasionado pelo excesso de gás carbônico e de íons hidrogênio que                               
causam um efeito direto excitatório neuronal. 
Ocorre então uma súbita e automática descarga elétrica que faz a musculatura                       
inspiratória se contrair, acarretando um aumento do diâmetro torácico, fazendo cair rapidamente a                         
pressão intra­pulmonar (ponto de inflexão inferior da figura 4), gerando um influxo de gás para os                               
alvéolos (o diafragma é responsável por até 80 % dessa atividade). 
O oxigênio não exerce efeito direto significativo sobre o CR. Pelo contrário, atua quase                           
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7 
 
exclusivamente sobre os quimiorreceptores da carótida e aorta transmitindo sinais neuronais                     
adequando ao centro respiratório para o controle da ventilação. 
 
 
 
Como tem mais CO2 dentro dos capilares do que no alvéolo, o CO2 passa para                             
o alvéolo e é eliminado durante a expiração. Essa renovação do gás alveolar entrando e                             
saindo O2 e CO2 é chamada de ventilação alveolar! 
 
 
Entendendo a ventilação com ajuda de aparelhos 
 
 
Mas essa bomba muscular, entremeada por aspectos humorais pode falhar.                   
Imagine uma pessoa que tenha sua função cerebral alterada. Bebeu, sem capacete, caiu                         
de moto e ​pumm, ​bateu a cabeça. ​Ou um vaso é obstruido, ou rompido e o tecido é                                   
cerebral é lesado. Ou mesmo durante uma cirurgia, onde é preciso sedar o paciente.                           
Lembre­se o SNC controla a ventilação, se ele não estiver legal ela não vai ocorrer de                               
forma satisfatória. 
Diversas são as causas de dificuldade ventilatória que podem evoluir para a                       
necessidade de instituição de meios artificiais que sejam capazes de promover a                       
oxigenação e a ventilação do paciente, ou seja, entrada de O2 e saída de CO2. 
 
 
 
Indicações comuns de VM... certamente 
estarão presentes em seu dia a dia 
profisional 
 
● Reanimação devido à parada cardiorrespiratória 
● Hipoventilação e apnéia 
● Insuficiência respiratória devido a doença pulmonar intrínseca e 
hipoxemia 
● Falência mecânica do aparelho respiratório 
● Fraqueza muscular / Doenças neuromusculares / Paralisia 
● Comando respiratório instável (trauma craniano, acidente vascular 
cerebral, intoxicação exógena e abuso de drogas). 
● revenção de complicações respiratórias 
● Restabelecimento no pós­operatório de cirurgia de abdome 
superior, torácica de grande porte, deformidade torácica, obesidade 
mórbida 
● Parede torácica instável. 
● Redução do trabalho muscular respiratório e fadiga muscular 
 
 
 
 
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8 
 
Vamos fazer uma pequena correlação com os Gráficos 
 
Em geral os autores deixam esta parte por último, começam explicando os                       
modos, parâmetros, porém, vou pedir licença poética. 
Lembre­se, temos que controlar a saída e entrada de gases (CO2 e O2), e muitas                             
vezes este ajuste deve ser fino. Então temos que compreender as informações que são                           
transmitidas pela Máquina.  
Imagine uma linha reta, acima dela a pressão é alta, abaixo dela a pressão tende                             
a diminuir gradualmente. Como falamos anteriormente, quando estamos ventilando e                   
puxamos o ar (inspiramos), existe um disparo neuronal que excita a nossa musculatura,                         
principalmente o diafragma. Uma vez excitado o diafragma se contrai e desce,                       
aumentando o espaço dentro da caixa torácica. 
Com o aumento do espaço ocorre uma queda de pressão. Agora, se o sistema                           
respiratório estiver conectado à um sensor que seja capaz de expressar isso                       
graficamente, o que vocẽ acha que aconteceria com a linha reta que nos falamosantes?                             
Vamos pensar???? 
 
Num ciclo espontâneo de um paciente em ventilação mecãnica a primeira fase                       
ocorre justamente isso que vocẽ acabou de desvendar, o grafíco vai para baixo! A                           
pressão diminuiu!!! Ele inspirou!!! 
O paciente é que inicia todo processo ventilatório através de um esforço                         
inspiratório, percebido no gráfico como uma inflexão inferior conforme a Figura 4. Essa                         
inflexão nos mostra quando ocorre a despressurizarão do sistema. 
 
 
 
 
Figura 4. Termos clínicos comuns utilizados – paciente tem drive ou tem trigou. 
 
 
Mas quando o centro respiratório para de funcionar, ou o músculo tem                       
problema, ou o pulmão ou a caixa torácica não se expande. 
Esses e outros problemas fazem com que o ciclo não se inicie espontaneamente,                         
termos então que controlar todo o processo. Ventilação controlada. 
A figura 5 nos mostra bem essa situação, no primeiro momento não percebemos                         
inflexão inferior, assim, logicamente quem iniciou o ciclo foi o ventilador (ventilação                       
controlada). Já no segundo momento percebemos que o paciente fez cair a pressão no                           
sistema, o gráfico nos mostra uma forma de onda que não está completamente                         
controlada – foi assistida pelo ventilador (ventilação assisto controlada) 
 
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9 
 
 
 
 
Figura 5 ­ Gráfico mostrando a diferença entre um ciclo controlado e um espontâneo 
 
Mais algumas pitadas de 
Fisiologia  
 
O quantidade de gás que entra 
e sai do pulmão durante o 
tempo deve ser capaz manter 
equilibrada as taxas de O2 e 
CO2 no sangue. 
 
 
 
 
 
Na realidade, o grande objetivo         
é manter os tecidos       
oxigenados, e expulsar o       
excesso de CO2 produzido pelo         
metabolismo, evitando acidemia e acidose. 
 
 
Lembra que lá no citoplasma celular existe uma reação (glicólise), onde enzimas                       
oxidam e quebram a molécula de glicose em ácido pirúvico?  
O grande objetivo é a produção de energia (duas moléculas de ​ATP​), além disso,                           
produz dois equivalentes reduzidos de NADH​+​, que serão introduzidos na ​cadeia                     
respiratória​, e vão produzir mais energia. Eis a questão, nem tudo é tão lindo assim.                             
Dessa primeira reação (glicólise), é liberado CO2 e isso precisa ser eliminado!!!!! 
Se ele se acumular no sangue (O CO2 produzido) e não for elimidado dos                           
através dos pulmões, ele regirá com a água e formará o ácido carbõnico (H2CO3),                           
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10 
 
tornando o sangue ácido, fazendo o PH cair, gerando acidose. 
Se o oxigẽnio não entrar no sangue, a cadeia respiratória não ocorrerá                       
adequadamente, pois ele é aceptor ​final de elétrons da ​cadeia respiratória, fase da                         
respiração celular que ocorre dentro da mitocõndria. 
A falta de oxigênio faz com que os elétrons não sejam removidos do complexo.                           
Retrogradamente, os outros componentes da cadeia respiratória passam a reter elétrons,                     
por não poder passá­los adiante. Com a parada na progressão dos pares de elétrons,                           
cessa a produção de ATP e a célula morre por falência energética. 
 
Equação Geral da Respiração Aeróbica 
  
C6H12O6 + 6 O2 + 36 ADP ===> 6 CO2 + 6 H2O + 36 ATP 
 
 
Acidemia e acidose??????? 
 
Pesquisem, estudem mais sobre isso!!!! 
 
 
 
Ventilando o paciente 
 
O que é? 
 
Consiste em um método de suporte ventilatório (total ou parcial) para o                       
tratamento de pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada. 
 
Para que serve?  
 
1. Manutenção das trocas gasosas ­ correção da hipoxemia e da acidose respiratória                       
associada à hipercapnia. 
2. Aliviar o trabalho da musculatura respiratória  
3. Reverter ou evitar a fadiga da musculatura respiratória 
4. Diminuir o consumo de oxigênio 
5. Reduzir o desconforto respiratório 
6. Permitir a aplicação de terapêuticas específicas. 
 
Como se faz?  
 
Através da utilização de aparelhos (ventiladores mecânicos) que, devido à geração                     
de um gradiente de pressão, intermitentemente, insuflam as vias respiratórias com                     
volumes de ar (volume corrente ­ VT).  
 
 
1. Ventilação mecânica invasiva 
 
 
Utiliza­se uma prótese introduzida na via aérea, isto é, um tubo oro ou nasotraqueal 
Material produzido pelo Prof. Rodrigo Queiroz 
www.mobilidadefuncional.blogspot.com  
Material didático Iniciado em 2009 ­ Revisado em Julho de 2013 ainda em construção. 
Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com vocẽs. 
 
 
11 
 
(menos comum) ou uma cânula de traqueostomia. 
 
 
 
2. Ventilação mecânica não invasiva. 
 
Utiliza­se uma máscara (pronga nasal em neo­pediatria) como interface entre o                     
paciente e o ventilador artificial. 
 
O interessante é que o paciente pode estar entregue (chamados de ciclos                       
controlados) participando (ciclos assistidos) ou a maquina só oferece uma ajudinha,                     
como se fosse um pezinho para subir num muro – como (ciclos espontâneos). 
 
 
 
Entendendo mais um pouquinho: Ajustando o equipamento. 
 
O volume de ar é então enviado pela maquina (fase inspiratória). Após o fim da                             
fase inspiratória a maquina para de enviar o volume de gás e abre a válvula para a saída                                   
passiva de ar dos pulmões – seria uma forma de recuo elástico (fase expiratória). 
Neste ar, podemos controlar a:  
­ Concentração de oxigênio ​(FIO​2​) necessária para obter­se uma taxa arterial de                       
oxigênio (pressão parcial de oxigênio no sangue arterial­ PaO​2​) adequada.  
­ Controla­se ainda, a velocidade com que o ar será administrado (fluxo                       
inspiratório ­ .V). 
­ O número de ciclos respiratórios que os pacientes realizam em um minuto                         
(freqüência respiratória ­ f) 
­ Tempo da fase inspiratória (TI).  
­ Volume de ar que deve ser administrado (VT – volume corrente) ou a pressão                             
máxima a ser atingida (PI). 
­ Controlamos também qual deve ser a pressão que deve permanecer nos                       
pulmões após o fim da fase expiratória (PEEP). 
 
Avançando mais um pouquinho.... 
 
Logicamente que não é tão simples assim, além de existirem outros controles,                       
temos que lembrar da uma relação física imposta ai: o recipiente que irá receber o                             
volume de gás é o pulmão de uma pessoa. Assim, não podemos esquecer que os tecidos                               
são vivos (epitélio brônquico, alveolar, capilares...), elásticos, e que oferecerão                   
resistência.  
 
Alguns cálculos são importantes, como: 
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1. O volume ideal de gás à ser administrado – volume corrente 
2. Resistência 
3. Complacência  
 
Quando está indicada 
 
Em situações de urgência, especialmente quando o risco de vida não permite boa 
avaliação da função respiratória, a impressão clínica é o ponto mais importante na 
indicação de VM, auxiliada por alguns parâmetros de laboratório. 
 
 
 
 
 
 
ADMITINDO UM PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA 
 
 
Você sabe realmente indicar? 
 
 
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA  
OU CRÔNICA AGUDIZADA. 
Problemas 
 
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CHOQUE 
TCE + AVE 
PO 
VENTILAÇÃO RÁPIDA E SUPERFICIAL 
 
 
Perfil do pacientes internados na UTI do HGPV sob uso de suporte ventilatório 
invasivo.* 
 
PERÍODO DE ANÁLISE  11/08/10 a 10/09/10 
 
● 55, 5% homens, com idade média de 57,4 anos (Máx 92 / Min 19 anos). 
● Diagnóstico principal: 44% AVE 
● Modo mais utilizado: PCV 55%, PSV 44% 
● Sinais clínicos mais evidenciados na ficha médica da emergência: Redução do 
NC (27%), Aumento do WOB (38%). 
 
*Dados parciais do livro de registro de atendimentos do Estágio Supervisionado em Fisioterapia – 
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB. 
 
Obs 1. Critérios mais freqüentemente utilizados 
 
NC, WOB, CIANOSE 
 
FR e Pao2 P/F 
 
Obs 2. Oxigenação tecidual ­  ​CHOQUE 
 
A concentração de hemoglobina (Hb), o débito cardíaco (DC), o conteúdo arterial de 
oxigênio (CaO2) e as variações do pH sangüíneo. 
 
 
Obs 3. Falência mecânica do aparelho respiratório – ​TCE + AVE 
 
­   Fraqueza muscular / Doenças neuromusculares / Paralisia; e  
­ Comando respiratório instável (trauma craniano, acidente vascular cerebral,                 
intoxicação exógena e abuso de drogas). 
 
Obs 4. Prevenção de complicações respiratórias ­ ​PO 
– Restabelecimento no pós­operatório de cirurgia de abdome superior, torácica de                     
grande porte, deformidade torácica, obesidade mórbida; e  
–  Parede torácica instável 
 
Obs 5. ​Redução do trabalho muscular respiratório e fadiga muscular. ​VENTILAÇÃO                     
RÁPIDA/SUPERFICIAL 
 
 
PARAMETRAGEM BÁSICA DO VENTILADOR 
 
 
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MODO  
 
Mais comumente admitimos em PCV. 
 
PARÂMETROS PROGRAMÁVEIS 
 
1° PI (p/ VC = 8ml/kg) 
2° PEEP  
3° FR  
4° TI 
5° FIO2 
6° SENSIBILIDADE  
 
PARÂMETROS APRESENTADOS 
 
1° VC 
2° FRa  
3° I:E 
 
 
 
 
PARAMETRAGEM VENTILATÓRIA 
 
PARÂMETROS PROGRAMÁVEIS 
O AMBÚ substitui a VM, não precisa pressa, nem grito!!!  
Lembre­se do DODO (Desobstrução, oxigenação, decúbito, oximetria) 
 
­ MODO 
 
1. PCV 
 
2. PSV sempre que o paciente estiver interagindo, e/ou queremos estimular sua                       
participação, usado ainda como método de desmame. 
 
­ PRESSÃO INSPIRATÓRIA (PI) 
 
Manter expansibilidade e entrada de ar adequada, inicial de 20 a 25 cmH20, sendo                           
ajustada para mais ou para menos, mantendo VC adequado, entre 5­ 8ml/kg, evitando                         
hiperdistensão, cuidado ao ultrapassar pico de 35 cmh20. 
 
­ PEEP 
 
Adequada para manter oxigenação São > 90%, Pao2 > 60mmhg, P/F > 250. Evitando                           
Pressão média maior que 15 cmh20. 
Iniciando em 5 cmH20, elevando quando necessário. 
Sua redução deve ser bem discutida, evitando o desrecrutamento.  
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Acima de 10 cuidados na aspiração (rápida e evitar desconexão desnecessária). Pensar 
em sistema fechado. 
 
 
­ FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA 
 
 Iniciar de 12 – 20 ipm 
Corrigir de acordo com a pco2, e a I:E. 
 
­ SENSIBILIDADE 
 
Priorizar fluxo 
Adequar para evitar esforço excessivo e nem auto­ciclagem (0,5 – 2l/min) 
 
­FIO2 
 
Iniciar com 100% reduzir gradualmente para SPO2 > 90, priorizando valores inferiores 
à 60%. 
 
­ PS 
 
Quando não desejamos esforço do paciente, titular para Vc do espontâneo igual ao                         
assistido. 
Ps > 7­10 cmH20 para vencer resistência do tubo. 
Evitando e corrigindo a retenção de CO2 
 
 
FR – 
PI – 
I:E – 
Peep – 
 
Avaliar broncoespasmo, dieta, febre, agitação. 
Hipercapnia permissiva. 
Normocapnia obrigatória. 
 
 
Evitando e corrigindo a hipoxemia 
 
 
Peep 
Fio2 
Ti 
Avaliar DC, BH, Agitação, SVO2. 
 
 
 
 
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CUIDADOS GERAIS COM O PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÃNICA 
 
● Responsabilidade do Fisioterapeuta 
 
Mecânica 
Terapia de Higiene Brônquica ­ THB  
Terapia de Expansão Pulmonar – TEP 
Recrutamento Alveolar ­ RA 
Desmame da Ventilação Mecânica 
Treinamento Muscular Ventilatório – TMV. 
 
 
● Responsabilidade da equipe 
 
Rigor na avaliação das trocas 
Conforto ventilatório 
Redução do consumo de O2. 
Adequada PCo2 
Adequado PH 
 
J Bras Pneumol. 2007;33(Supl 2):S 54­S 70 
 
 
Prática 
 
Você deverá se dirigir à Unidade de Terapia intensiva, e realizará as etapas                         
solicitadas abaixo. 
 
 
1. Uso do Jaleco 
2. Apenas 3 componentes por vez 
3. Higienização das mãos conforme seqüência da ANVISA 
4. Uso de luva de procedimento 
5. Preencha os campos abaixo para cada ventilador diferente que estiver em                     
funcionamento na unidade. 
 
 
Ventilador  Modo  PI  Peep 
FRp 
FRa  
 
TI 
I:E 
FiO2 
 
 
SENS 
VC 
 
Alarme Ppico  Alarme apnéia  Alarme FR 
 
 
Ventilador  Modo  PI  Peep 
FRp  TI  FiO2   
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FRa  
 
I:E    SENS 
VC 
 
Alarme Ppico  Alarme apnéia  Alarme FR 
 
Ventilador  Modo  PI  Peep 
FRp 
FRa  
 
TI 
I:E 
FiO2 
 
 
SENS 
VC 
 
Alarme Ppico  Alarme apnéia  Alarme FR 
 
 
Ventilador  Modo  PI  Peep 
FRp 
FRa  
 
TI 
I:E 
FiO2 
 
 
SENS 
VC 
 
Alarme Ppico  Alarme apnéia  Alarme FR 
 
 
 
 
 
 
Prática Vritual 
 
 
Escolha um paciente em ventilação mecânica. Preencha os campos abaixo, e envie para 
o professor Rodrigo Queiroz através do e­mail ​rofisio@gmail.com​. Teça um breve 
comentário se concorda ou discorda da estratégia ventilatória implementada. 
 
Leito:  (_____________)   
 
Sinopse do caso (procedência, fatores preciptantes da IOT, complicações e demais 
aspectos gerais da HDA). 
 
 
Diagnóstico principal: 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
 
 
Diagnósticos secundários/ patologias pregressas 
 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
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Glasgow/Ramsey  RX 
Data/hora 
 
   
SSVV: FC ( )       
FRp/a ( /     
) PA   
(_____/______/__
____) Spo2 (     
) 
PIC ( )     
PVC ( )     
T°C (            ) 
     
 
Respiratório 
  Dist. Tubo   
Carina 
TOT (     ) TQT  (     ) 
Fixado (         ) 
Expansibilidade  SIMÉTRICA (   
) D>E ( )       
E>D (          )   
   
Interação       
Ausculta       
Secreção       
 
Hemodinâmico 
DVAs (      )  
 
Corado ( )     
Pulso radial   
palpável (   
)  
Perfusão <   
3s (      ) 
 
Renal  BH (   ) 
Infeccioso Leuco   
Bt 
GASO Data/hora     
  PH     
Decúbito > 45°    PcO2   
Pico ≤ 35    HCO32   
Cuff/ platô ≤ 30    PaO2    
    P/F   
    SaO2   
    Resutado:  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXOS 
 
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Calcular VCideal – Peso ideal  
 
               Peso ideal = altura – 152,4 x 0,91 + (52,5 Homem e 45,5 Mulher) 
 
Reprogramar a FiO2 necessária para uma PaO2 satisfatória 
 
               PaO2 ideal = 109­idade x 0,42 
                     FiO2 ideal = PaO2 ideal x FiO2 enc / PaO2 enc 
 
 
Relação entre a pressão arterial de oxigênio e a fração inspirada de oxigênio 
(PaO​2​/FiO​2​, Valor Normal (VN) acima de 200), sendo:​  
PaO​2​: pressão arterial de oxigênio;​  
FiO​2​: fração inspirada de oxigênio. 
Gradiente alvéolo­arterial de oxigênio (GA­aO​2​), calculado através da seguinte 
fórmula:​  
GA­aO​2​= PAO​2​ ​­ PaO​2​  
Sendo:​  
PAO​2​ ​= pressão alveolar de oxigênio;​  
PaO​2​ ​= pressão arterial de oxigênio. 
A pressão alveolar de oxigênio (PAO​2​) é calculada pela fórmula:​  
PAO​2​ ​= {(PB ­ PH​2​O) xFiO​2​} ­ PaCO​2​  
Sendo:​  
PB = pressão barométrica;​  
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21 
 
PH​2​O = pressão de vapor de água;​  
FiO​2​ ​= fração inspirada de oxigênio;​  
PaCO​2​ ​= pressão parcial de CO​2​ ​no sangue arterial.​  
Valores normais para FiO​2​ ​de 21%: 10 a 15 mmHg.​  
Valores normais para FiO​2​ ​de 100%: 10 a 65 mmHg. 
Shunt​ ​pulmonar (valores normais de 3% a 5%), calculado através da seguinte 
fórmula:​  
Shunt​ ​= (CcO​2​ ​­ CaO​2​)/(CcO​2​ ​­ CvO​2​)​  
Sendo:​  
CcO​2​ ​= conteúdo capilar de oxigênio;​  
CaO​2​ ​= conteúdo arterial de oxigênio;​  
CvO​2​ ​= conteúdo venoso de oxigênio. 
O conteúdo capilar de oxigênio é calculado pela seguinte fórmula:​  
CcO​2​ ​= (Hb x1,34) + (PAO​2​ ​x 0,0031)​  
Sendo:​  
Hb = hemoglobina;​  
PAO​2​ ​= pressão parcial de oxigênio no alvéolo. 
A pressão parcial de oxigênio no alvéolo (PAO​2​) é calculada pela fórmu​la:​  
PAO​2​ ​= {(PB ­ PH​2​O) x FiO​2​} ­ PaCO​2​  
Sendo:​  
PB = pressão barométrica;​  
PH​2​O = pressão de vapor de água;​  
FiO​2​ ​= fração inspirada de oxigênio;​  
PaCO​2​ ​= pressão parcial de CO​2​ ​no sangue arterial. 
O conteúdo arterial de oxigênio (CaO​2​, VN = 17 a 20 ml/dl) foi calculado pela 
seguinte fórmula:​  
CaO​2​ ​= (1,34 x Hb x SaO​2​/100) + (PaO​2​ ​x 0,0031)​  
Sendo:​  
Hb = hemoglobina;​  
SaO​2​ ​= saturação arterial de oxigênio;​  
PaO​2​ ​= pressão parcial de oxigênio no sangue arterial. 
O conteúdo venoso de oxigênio (CvO​2​, VN = 12 a 15 ml/dl), foi calculado pela 
seguinte fórmula:​  
CvO​2​ ​= (1,34 x Hb x SvO​2​/100) + (PvO​2​ ​x 0,0031)​  
Sendo:​  
Hb = hemoglobina;​  
SvO​2​ ​= saturação venosa de oxigênio;​  
PvO​2​ ​= pressão venosa de oxigênio.​  
Diferença arteriovenosa de oxigênio (DavO​2​, VN = 4 a 5 ml/dl), DavO​2​=CaO​2​­CvO​2 
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