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RESUMO CIVIL IV

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DIREITO CIVIL IV 
 
1 
pedro.ferencz@live.com 
1. RESPONSABILIDADE CIVIL 
 
1.1 DEVER JURÍDICO 
A consequência da pratica do ato ilícito, gera a OBRIGAÇÃO DE 
REPARAR O DANO (que se resolve em perdas e danos). 
 
Qual é o principal objetivo da ordem jurídica?? 
R.: PROTEGER O LÍCITO E REPRIMIR O ILICITO. 
 
O que é Responsabilidade?? 
R.: É a obrigação que alguém tem, de assumir as consequências jurídicas de 
sua atividade. Obrigação essa, derivada em função da ocorrência de um fato 
jurídico lato sensu. 
 
A Responsabilidade civil encontra respaldo no ordenamento jurídico 
pelo principio da “proibição de ofender” – neminem ladere, de Ulpiano. 
 
Responsabilidade Civil Responsabilidade Penal 
Restauração do status quo ante Repressão pública 
Pagamento em dinheiro (interessado é o 
lesado) 
Penas restritivas, privativas e multa; 
 
1.1.2. Conceito e Função 
• Obrigar o causador do dano a repara-lo; 
• Sentimento de justiça; 
• Equilíbrio jurídico entre o agente e a vitima; 
• Restabelecer o equilíbrio status quo ante; 
 
DIREITO CIVIL IV 
 
2 
pedro.ferencz@live.com 
“Deriva da agressão ao interesse particular sujeitando ao 
infrator o pagamento de uma compensação pecuniária a 
vitima, caso não possa repor in natura o estado anterior de 
coisas.” (Pablo Stolze) 
 
1.2. ATOS ILICITOS 
• É o fato GERADOR da responsabilidade. 
• Elemento básico da responsabilidade é o fato do agente, um fato, dominável 
ou controlável pela vontade, um comportamento da conduta humana, pois só 
quando há fatos dessa índole, tem se o cabimento da ideia de ilicitude. O 
requisito da culpa é a obrigação de reparar o dano. 
• É a conduta humana violadora da ordem jurídica. 
 
 
DANO + LESÃO = ATO ILICITO 
 
 
ELEMENTOS: 
• CONDUTA – sempre humana 
• ANTIJURIDICIDADE – ação proibida pelas normas jurídicas 
• IMPUTABILIDADE – responsabilidade do agente 
• CULPA – elemento subjetivo – animus do agente. Abrange o Dolo e a 
Culpa. 
 
Dolo = vontade intencional; 
Culpa = não há proposito deliberado; (negligência, imprudência, imperícia); 
 
 
 
DIREITO CIVIL IV 
 
3 
pedro.ferencz@live.com 
Penal Civil 
Conduta que se enquadra em um tipo 
de crime 
Conduta que descumpre dever 
contratual* ou extracontratual** 
 
*Contratual = quando ocorre o inadimplemento da obrigação, previsto no 
contrato. Norma violada foi anteriormente fixada pelas partes. 
**Extracontratual = violação direta de uma norma legal. 
 
1.3. RESPONSABILIDADE CONTRATUAL 
Art. 389. Não cumprida à obrigação, responde o devedor por perdas e danos, 
mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente 
estabelecidos, e honorários de advogado. 
Art. 390. Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o 
dia em que executou o ato de que se devia abster. 
Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do 
devedor. 
Art. 392. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a 
quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos 
contratos onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções 
previstas em lei. 
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou 
força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. 
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato 
necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir. 
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais 
juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente 
estabelecidos, e honorários de advogado. 
Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este 
poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos. 
Art. 396. Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este 
em mora. 
DIREITO CIVIL IV 
 
4 
pedro.ferencz@live.com 
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, 
constitui de pleno direito em mora o devedor. 
Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação 
judicial ou extrajudicial. 
Art. 398. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em 
mora, desde que o praticou. 
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, 
embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes 
ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano 
sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada. 
Art. 400. A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo à responsabilidade 
pela conservação da coisa, obriga o credor a ressarcir as despesas empregadas 
em conservá-la, e sujeita-o a recebê-la pela estimação mais favorável ao 
devedor, se o seu valor oscilar entre o dia estabelecido para o pagamento e o da 
sua efetivação. 
Art. 401. Purga-se a mora: 
I - por parte do devedor, oferecendo este a prestação mais a importância dos 
prejuízos decorrentes do dia da oferta; 
II - por parte do credor, oferecendo-se este a receber o pagamento e sujeitando-
se aos efeitos da mora até a mesma data. 
 
O que é responsabilidade contratual??? 
É quando preexiste um vinculo obrigacional, e o dever de indenizar é 
CONSEQUENCIA do inadimplemento. 
 
• Acarreta a indenização por perdas e danos; 
 
1.4. RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL 
 Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente 
moral, comete ato ilícito. 
DIREITO CIVIL IV 
 
5 
pedro.ferencz@live.com 
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, 
excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, 
pela boa-fé ou pelos bons costumes. 
Art. 188. Não constituem atos ilícitos: 
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito 
reconhecido; 
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de 
remover perigo iminente. 
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as 
circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do 
indispensável para a remoção do perigo. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica 
obrigado a repará-lo. 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de 
culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente 
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos 
de outrem. 
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele 
responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios 
suficientes. 
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, 
não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele 
dependem. 
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, 
não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo 
que sofreram. 
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de 
terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância 
que tiver ressarcido ao lesado. 
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se 
causou o dano (art. 188, inciso I). 
 
 
DIREITO CIVIL IV 
 
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pedro.ferencz@live.com 
O dever de indenizar surge em virtude de LESÃO A DIREITO 
OBJETIVO, sem que entre o ofensor e a vitima preexista qualquer relação 
jurídica que o possibilite, também chamada de ilícito AQUILIANO. 
 
1.5. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA 
 
REQUISITOS: 
a) CONDUTA CULPOSA (culpa simples* ou dolo) - AÇÃO/ OMISSÃO 
 
b) DANO PATRIMONIAL OU EXTRAPATRIMONIAL – DANO 
 
 
c) RELAÇÃO DE CAUSALIDADE ENTRE A CONDUTA CULPOSA DO 
DEVEDOR E O DANO DO CREDOR – NEXO 
 
d) CULPA 
 
 
*Simples: Negligência,Imprudência, Imperícia; 
 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente 
moral, comete ato ilícito. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (artigos. 186 e 187), causar dano a outrem, 
fica obrigado a repará-lo. 
 
1.6. RESPONSABILIDADE OBJETIVA 
 
REQUISITOS 
a) DANO PATRIMONIAL OU EXTRAPATRIMONIAL - DANO 
 
b) RELAÇÃO DE CAUSALIDADE ENTRE A CONDUTA DO DEVEDOR E O 
DANO DO CREDOR - NEXO 
DIREITO CIVIL IV 
 
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pedro.ferencz@live.com 
 
• Fundada na Teoria do Risco 
Toda atividade ou produto colocado em funcionamento gera um risco 
para os indivíduos, devendo assumir e responder pelos danos objetivos 
causados, independentemente de determinar se em cada caso, 
isoladamente, o dano é devido à imprudência ou a um erro de conduta. 
Pode-se dizer a teoria do risco criado. 
 
Art. 927 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, 
nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo 
autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários 
individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos 
danos causados pelos produtos postos em circulação. 
 
2. ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL 
 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente 
moral, comete ato ilícito. 
 
A) CONDUTA HUMANA – positiva ou negativa 
 
B) DANO OU PREJUÍZO 
 
 
C) NEXO DE CAUSALIDADE 
 
*CULPA 
 
2.1. CULPA 
• Em sentido lato – compreendo o Dolo; 
A culpa NÃO é elemento ESSENCIAL da responsabilidade civil. 
DIREITO CIVIL IV 
 
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pedro.ferencz@live.com 
 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
 
a) Quanto a ORIGEM: 
 
a.1) CONTRATUAL: ocorre nos casos de desrespeito a uma norma contratual 
ou a um dever anexo relacionado a boa fé objetiva. 
a.2) AQUILIANA ( EXTRACONTRATUAL): é resultado de uma violação de um 
dever fundado em norma, do ordenamento jurídico ou de um abuso de direito; 
 
b) Quanto a ATUAÇÃO DO AGENTE: 
 
b.1) IN COMITTENDO: está relacionada com a imprudência ou imperícia, ou 
seja, com uma ação ou comissão 
 
b.2) IN OMITTENDO: está relacionada a negligência, ou seja, a omissão. 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL IV 
 
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pedro.ferencz@live.com 
 
c) Quanto a PRESUNÇÃO: 
 
c.1) IN VIGILANDO: é a quebra do dever legal de vigilância 
 
c.2) IN ELEGENDO: decorre da escolha ou eleição feita pela pessoa a ser 
responsabilizada 
 
c.3) IN CUSTODIENDO: a presunção da culpa decorre da falta de cuidado 
em se guardar uma coisa ou animal. 
 
 
d) Quanto ao GRAU DE CULPA: 
 
d.1) LATA OU GRAVE: há uma imprudência, imperícia, ou negligencia 
crassa (absurda). O efeito é o mesmo do dolo. O ofensor deverá pagar a 
indenização integral; 
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano. 
 
d.2) LEVE OU MEDIA: quando a conduta se desenvolve sem a atenção 
normal devida. 
Art. 944 
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre 
a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, 
equitativamente, a indenização. 
 
d.3) LEVÍSSIMA: situação em que o fato só teria sido evitado mediante 
aplicação de cautelar extraordinárias ou de especial habilidade. 
 
Art. 944 
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre 
a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, 
equitativamente, a indenização. 
 
 
DIREITO CIVIL IV 
 
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pedro.ferencz@live.com 
TEORIA DA CAUSALIDADE ADEQUADA: 
Pela qual o valor da indenização deve ser adequado as condutas dos 
envolvidos, principalmente a conduta do agente ofensor. 
 
2.2. DOLO 
• Constitui uma violação intencional do dever jurídico com o objetivo de 
prejudicar alguém. 
• Trata-se de ação/omissão voluntária. 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, 
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano 
a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato 
ilícito. 
 
Havendo dolo = pagar indenização INTEGRAL. 
 
CONDUTA HUMANA X ILICITUDE 
• Para que haja a imposição do dever de indenizar a referida conduta humana, 
com atuação lesiva deve ser contrária ao direito, ilícita ou antijurídica. 
• Poderá existir dever de indenizar, mesmo quando o agente atua 
LICITAMENTE. 
Ex.: tampinha da coca-cola; Indenização por desapropriação. 
 
 
REQUISITOS DO DANO INDENIZÁVEL 
• Todo dano deve ser indenizável ainda que não seja possível retornar ao 
status quo ante, pois se fixará uma quantia em dinheiro para compensar. 
 
 
DIREITO CIVIL IV 
 
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pedro.ferencz@live.com 
1) VIOLAÇÃO DE UM INTERESSE JURIDICO (patrimonial ou 
extrapatrimonial) 
 
2) CERTEZA DO DANO (perda da chance pode ser indenizada Ex.: cavalo de 
corrida) 
 
 
3) SUBSISTENCIA DO DANO (dano já reparado = perde-se interesse da 
responsabilidade) 
 
ESPECIES DE DANO 
PATRIMONIAL (Material): 
Lesão a bens e direitos economicamente apreciáveis do seu titular. 
a) Emergentes: efetivo prejuízo experimentado pela vitima 
b) Lucros cessantes: aquilo que deixou de lucrar por força do dano; 
 
EXTRAPATRIMONIAL (Moral): 
Não possui conteúdo pecuniário; 
Ex.: direitos da personalidade (vida, integridade física...) 
 
DANO MORAL 
Conceito: 
• Consiste na lesão de direito cujo conteúdo não é pecuniário; é subjetivo. 
Previsto não somente na C.F., como no C.C. e em outras legislações! 
 
QUANTIFICAÇÃO DO DANO MORAL: 
 
DANO MATERIAL: recompor patrimônio lesado; 
DANO MORAL: não existem critérios; 
DIREITO CIVIL IV 
 
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pedro.ferencz@live.com 
Obs.: Não existe uma tabela com indenizações pré-fixadas. O critério utilizado é 
unicamente a subjetividade do juiz. 
• Provada a existência de fato que normalmente ofende a pessoa em seu 
âmago, presume-se o dano moral. 
• Mede-se pela extensão do dano; circunstancias do caso; gravidade do dano; 
situação do ofensor; condição do lesado; sancionamento do lesado. 
 
VALOR DO DANO MORAL 
• SÚMULA 409 STF: 
“A PENSÃO, CORRESPONDENTE À INDENIZAÇÃO ORIUNDA DA 
RESPONSABILIDADE CIVIL, DEVE SER CALCULADA COM BASE NO 
SALÁRIO MÍNIMO VIGENTE AO TEMPO DA SENTENÇA E AJUSTAR-SE-
Á ÀS VARIAÇÕES ULTERIORES.” 
• Neste caso não cabe correção monetária. 
 
3. CAUSAS EXCLUDENTES DE CAUSALIDADE 
• Matérias de defesa para afastar o nexo de causalidade; 
• Nexo causal = liame que une a conduta do agente (positiva ou negativa) ao 
dano. 
 
 
 CONDUTA + DANO = NEXO DE CAUSALIDADE 
 
 
CAUSAS EXCLUDENTES 
• São todas as circunstâncias que, por atacar um dos elementos ou 
pressupostos gerais da responsabilidade civil, rompem o nexo causal e 
terminam por impedir qualquer pretensão indenizatória (PABLO STOLZE 
GAGLIANO e RODOLFO PAMPLONA FILHO) 
DIREITO CIVIL IV 
 
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pedro.ferencz@live.com 
1) ESTADO DE NECESSIDADE 
Artigo 188, inciso II, do CC: 
“Art. 188. Não constituem atos ilícitos: 
(...) 
II – a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim 
de remover perigo iminente. 
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando 
as circunstância o tornarem absolutamente necessário,não excedendo os 
limites do indispensável para a remoção do perigo.” 
 Por mais que a lei o declare como um ato não ilícito isso não 
libera quem o pratica de reparar o prejuízo que causou 
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do 
art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização 
do prejuízo que sofreram. 
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de 
terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a 
importância que tiver ressarcido ao lesado. 
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de 
quem se causou o dano (art. 188, inciso I). 
 
• É a agressão de um direito alheio, de valor jurídico igual ou inferioràquele 
que se pretende proteger, para remover perigo iminente, quando as 
circunstâncias do fato não autorizarem outra forma de atuação. 
• Colidem interesses jurídicos; 
• O agente poderá ser responsabilizado por excesso que venha a cometer; 
• Pode atuar em nome próprio ou de terceiro; 
• Ex.: carro que desvia criança para não atropelá-la e atinge muro da casa 
causando danos materiais. 
• Se o 3º atingido não for o causador da situação de perigo poderá exigir 
do agente que houvera atuado em estado de necessidade, cabendo a 
esta ação regressiva contra o verdadeiro culpado. 
DIREITO CIVIL IV 
 
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pedro.ferencz@live.com 
2) LEGÍTIMA DEFESA 
É a mesma do código penal; 
• Situação atual ou iminente de injusta agressão, dirigida a si ou terceiro, que 
não é obrigado a suportar. 
• Defesa PRÓPRIA ou de TERCEIRO. 
• O EXCESSO deve ser reparado. 
• Se o ato foi praticado contra o próprio agressor, em legítima defesa, 
não pode o agente ser responsabilizado civilmente pelos danos 
provocados. 
• Se terceira pessoa foi atingida (ou alguma coisa de valor), o agente 
deve reparar o dano, mas terá ação regressiva contra o agressor. 
 
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de 
terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a 
importância que tiver ressarcido ao lesado. 
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de 
quem se causou o dano (art. 188, inciso I). 
 
 
É cabível a possibilidade de legítima defesa putativa como modalidade 
excludente da responsabilidade civil? 
 
Não, em virtude de ausência de previsão legal, bem como a finalidade 
da reparação civil diversa da responsabilidade criminal. 
 No direito civil somente se admite a legítima defesa real. 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL IV 
 
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pedro.ferencz@live.com 
3) EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO E ESTRITO CUMPRIMENTO DO 
DEVER LEGAL 
O agente causador do dano age amparado por um dispositivo de lei que permite 
a ele realizar essa atividade. 
Ex.: desmatamento controlado em área rural; boxe. 
Artigo 188, inciso I, segunda parte, CC. 
Abuso de direito – caracterização de abuso de direito (ocorre nas circunstâncias 
em que o indivíduo acha que está agindo ou deixando de agir porque a lei ampara, 
quando, na verdade, não existe esse amparo). 
A teoria do abuso de direito tem origem no caso Clement Bayard, da França (o 
indivíduo era vizinho de um aeroporto. Instalou em sua casa uma antena de 30 
metros de altura que impedia os pousos e decolagens, sob alegação do direito de 
propriedade). 
 
4) CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR 
Fundamento legal – artigo 393, parágrafo único, CC. 
• Tanto o caso fortuito quanto a força maior serão considerados fatos 
necessários. 
• São fatos determinantes cujos efeitos não são possíveis de evitar ou 
impedir. 
• A doutrina diverge quanto à conceituação de um e de outro, no entanto, o 
CC não faz distinção e ela não é relevante. 
 
5) FATO DE TERCEIRO 
• Quando a causa do dano é exclusivamente caracterizada pela ação ou 
omissão voluntária e antijurídica de um terceiro. 
• A exclusão da responsabilidade se dará porque o fato de terceiro se reveste 
de características semelhantes às do caso fortuito, sendo imprevisível e 
inevitável. 
DIREITO CIVIL IV 
 
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pedro.ferencz@live.com 
• O ato ou fato de terceiro se diferencia do caso fortuito na medida em que 
naquele há como se identificar quem deu causa ao problema, o terceiro é 
identificado e individualizado. 
 
6) CULPA EXCLUSIVA DA VITIMA 
• Quando o dano ocorreu em virtude de ação ou omissão voluntária e 
antijurídica da própria vítima. 
• Faz desaparecer a responsabilidade do agente. Pode-se afirmar que o 
causador do dano não passa de mero instrumento do acidente. 
– Ex.: a vítima é atropelada ao atravessar, embriagada, uma estrada de 
alta velocidade; o motorista, dirigindo com toda a cautela, vê-se 
surpreendido pelo ato da vítima que, pretendendo suicidar-se, atira-se 
sob as rodas do veículo. 
• Há casos em que a culpa da vítima é apenas parcial, ou concorrente com a 
do agente causador do dano. Nesses casos, existindo uma parcela de culpa 
também do agente, haverá repartição de responsabilidades, de acordo com 
o grau de culpa. 
 
7) CLAÚSULA DE NÃO INDENIZAR 
• Convenção pela qual as partes excluem o devedor de indenizar, em caso de 
inadimplemento da obrigação (liberdade contratual). 
• Na hipótese de inadimplemento absoluto, pode ser compreendida uma 
cláusula de não indenizar. O mesmo para o inadimplemento relativo. 
• Proibição: relações de consumo, em que há presunção de hipossuficiência 
do consumidor (art. 25, CDC). 
• Preservação de preceitos de ordem pública. Ainda que haja acordo de 
vontades, não terá validade se visa afastar uma responsabilidade imposta 
em atenção a interesse de ordem pública ou aos bons costumes.

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