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Protocolos de Roteamento IGP

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Protocolos de Roteamento IGP
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Olá pessoal,
No primeiro artigo foram descritas as funcionalidades do AS (Autonomous System), orgãos responsáveis por disponibilizá-los, algumas empresas que o utilizam, benefícios de seu uso, etc
As tabelas de roteamento podem variar de tamanho conforme a utilização e demanda, é possível manter pequenas redes usando somente rotas estáticas manuais, mas quando há grande volume de rotas não é viável administrar o roteamento utilizando unicamente rotas estáticas, se assim fosse, seria muito trabalhoso e mais suscetível a erros.
Os protocolos de roteamento foram criados para automatizar o processo de roteamento, facilitando a gerência e planejamento das redes ip, hoje o artigo aborda o conceito IGP (Interior Gateway Protocol) que é característico de vários protocolos de roteamento.
Protocolos do tipo IGP são capazes de efetuar troca de informações de roteamento somente dentro do AS, existem protocolos IGP classificados como Path Vector e Link-State, essas ultimas duas características serão explicadas no decorrer do artigo.
Não há comunicação de protocolos IGP entre AS’s distintos, em outras palavras a rede do AS 10 só conversa em IGP dentro do AS 10 e caso seja necessário trocar informações com um AS diferente será necessário utilizar um protocolo do tipo EGP (Exterior Gateway Protocol).
A imagem abaixo exemplifica dois AS’s distintos que utilizam protocolos IGP e EGP.
Protocolos de roteamento IGP:
RIP (Routing Information Protocol) - É um dos protocolos mais antigos, é classificado como Path Vector (Vetor de distância) ou seja tem como principal métrica a contagem de saltos, ele divulga a tabela de roteamento completa periodicamente através de broadcast entre os pares causando um consumo de banda para tal.
O RIP na versão 1 ou RIPv1 é pouquissímo utilizado devido ao fato de ser Classful e não propagar junto com a rota a sua mascara de sub-rede pois somente o primeiro octeto do endereço ip determina a classe do mesmo, assim já tem pré-determinado a mascara de rede de acordo com a classe.
O RIPv2 é melhor que o anterior pois é Classless, possibilita propagar a sub-rede junto com a atualização de roteamento e consequentemente tem suporte a VLSM, etc
A configuração do RIP não é complexa porém outros protocolos mais novos são melhores em performance do que este em vários quesitos, atualmente se for necessário usar IPv6+RIP é possível implementar o RIPng que por sua vez tem suporte ao IPv6.
OSPF (Open Shortest Path First) – O OSPF foi desenvolvido pelo IETF, é um protocolo Link-State, ou seja ele considera o estado do link e escolhe o melhor caminho baseado em onde houver o menor custo ou em outras palavras onde existir maior banda disponível. O custo é um termo também usado para combinações de métricas.
O OSPF é Classless, ele surgiu para suprir as necessidades que o RIP não estava atendendo, a enfase que o RIP manteve na métrica de contagem de saltos e outros fatores não eram mais suficientes para suportar redes maiores e foram determinantes para a criação de um protocolo que fosse capaz de suportar tais necessidades como convergência rápida, flexibilidade, escalabilidade, etc
O OSPF estabelece adjacências entre roteadores que estiverem habilitados com o mesmo protocolo, assim são definidos Neighbors e há troca de LSP’s que são Link State Packets ou somente pacotes Link State, dessa forma é possível trocar prefixos ip apenas quando existem atualizações e mudanças nas tabelas de roteamento entre os Neighbors economizando largura de banda ao contrário do RIP, no entanto o OSPF consome mais cpu dos roteadores.
Esse protocolo exige planejamento principalmente em redes grandes, a configuração pode ser complexa podendo ser dividida em áreas numeradas e organizadas para que uma área específica seja a área de backbone, conhecida como área 0. Futuros posts serão dedicados somente ao OSPF para evidenciar as funcionalidades e nuances desse ótimo protocolo.
IS-IS (Intermediate System to Intermediate System) - O protocolo IS-IS foi desenvolvido em conformidade com o OSI, é Link-State também e muito similar ao OSPF.
Ele faz a troca frequente de LSP’s assim como o OSPF e estabelece adjacências entre os roteadores, também é Classless e transmite a mascara de sub-rede com as atualizações de roteamento.
Ao contrário do OSPF, não há área de backbone definida como 0 no IS-IS, porém o IS-IS usa um conceito de backbone IS-IS que é definido por um grupo contíguo de roteadores de nível 1-2 e de nível 2.
Grandes operadoras de Telecom utilizam esse protocolo para manusear grandes tráfegos dentro do AS, esse protocolo merece mais posts dedicados somente a ele que virão na sequência.

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