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Cursos Práticos em Bioquímica 244 TEORIA DA PRÁTICA FERMENTAÇÃO I- PRODUÇÃO DE ETANOL POR CÉLULAS DE Saccharomyces cerevisiae A PARTIR DE MOSTO CONTENDO GLICOSE INTRODUÇÃO Conceito: O termo fermentação, no sentido mais amplo possível, pode ser definido como todo o processo no qual microorganismos catalisam a conversão de uma dada substância em um determinado produto, ainda passível de sofrer oxidação. Se tal transformação leva à formação de um excreta útil e economicamente vantajoso poderá ser utilizada industrialmente. A fermentação industrial é então a exploração racional da atividade metabólica do microorganismo. Considerações gerais sobre os processos fermentativos A fabricação de vinhos, cervejas, pão e queijo é utilizada pelo homem desde antes da era cristã. O conhecimento sobre os microorganismos, sua nutrição e reprodução é, entretanto, relativamente recente. A utilização desses conhecimentos científicos permite então uma escolha mais adequada de nutrientes, condições e até de microorganismos mais aptos a produzir uma dada substância de interesse industrial de forma econômica. Certas substâncias molecularmente complexas como por exemplo: enzimas, antibióticos e vitaminas, cuja obtenção por síntese química é bastante onerosa, e às vezes até impossível, são obtidas de forma economicamente viável, através de processos fermentativos. A indústria de fermentação encontra-se hoje em dia em expansão e os processos fermentativos apresentam-se, algumas vezes, com possibilidade de desenvolvimento, tanto do ponto de vista do microorganismo (agente de fermentação) - objeto de estudo da microbiologia e bioquímica - como também do ponto de vista do processo em si - objeto de estudo da engenharia bioquímica. Considerações gerais sobre o metabolismo Praticamente todas as células conhecidas metabolizam glicose e várias outras hexoses através da via glicolítica. Esta via metabólica é composta de uma sequência de 10 reações catalisadas por diferentes enzimas e, resumidamente, é via de conversão de glicose em piruvato. Seus produtos são, além do piruvato, duas moléculas de ATP e duas de NADH. O ATP produzido será rapidamente utilizado em processos celulares que demandem energia, isto é, serão reconvertidas em ADP+Pi, que são substratos necessários para a via glicolítica tenha continuidade. O NADH deve ser re-oxidado a NAD+, para que a via glicolítica possa continuar operando. O esquema a seguir mostra os possíveis destinos do piruvato. UFRJ • Instituto de Química Metabolismo 245 Glicólise Glicose Frutose-1,6-bisfosfato 2 Piruvato 2 ATP 2 ADP 4 ADP 4 ATP 2 NAD+ 2 NADH Fermentação Alcoólica (anaeróbica) Oxidação (aeróbica) Fermentação Homolática (anaeróbica) Ciclo de Krebs 6 O22 NADH Fosforilação Oxidativa 2 NAD+ 6 H2O 6 CO22 Lactato 2 CO2 + 2 Etanol 2 NAD+ 2 NADH 2 NAD+ 2 NADH O CH2OH Glicólise Glicose Frutose-1,6-bisfosfato 2 Piruvato 2 ATP 2 ADP 4 ADP 4 ATP 2 NAD+ 2 NADH Fermentação Alcoólica (anaeróbica) Oxidação (aeróbica) Fermentação Homolática (anaeróbica) Ciclo de Krebs Ciclo de Krebs 6 O22 NADH Fosforilação Oxidativa 2 NAD+ 6 H2O 6 CO22 Lactato 2 CO2 + 2 Etanol 2 NAD+ 2 NADH 2 NAD+ 2 NADH 2 NAD+ 2 NADH 2 NAD+ 2 NADH O CH2OH x� Em presença de oxigênio e de uma cadeia de transporte de elétrons operante (a cadeia ocorre nas mitocôndrias de organismos eucarióticos e na membrana plasmática de procarióticos), o piruvato será oxidado no ciclo de Krebs e o NADH será re-oxidado na cadeia de transporte de elétrons, sendo o O2 o aceptor final destes elétrons. Os produtos finais são CO2 e H2O . x� Para que a via glicolítica possa prosseguir na ausência de O2 ou da cadeia de transporte de elétrons operante é necessário que o NADH seja re-oxidado de outras formas. Dependendo do tipo de célula, o mais comum é que esta molécula seja oxidada em reações catalisadas por enzimas do tipo desidrogenase, produzindo lactato ou etanol. Instituto de Química • UFRJ Cursos Práticos em Bioquímica 246 Em nosso organismo há células que fermentam glicose produzindo lactato. Por exemplo, quando submetido a exercício extenuante, o músculo esquelético (músculos de movimento voluntário, que recobrem o esqueleto) não recebem suprimento de O2 suficiente para re-oxidar o NADH em suas mitocôndrias. Desta forma, fermentam e produzem lactato, que é excretado para a corrente sanguínea. Os eritrócitos, células que transportam O2 em nosso sangue, não possuem mitocôndrias. Fermentam a glicose produzindo 100g de lactato por dia Classificação da fermentação: Os processos fermentativos são classificados de diversas maneiras: �Quanto ao tipo de processo �Quanto à cinética. Entretanto, do ponto de vista estritamente bioquímico pode-se classificá-los apenas como: Anaeróbicos: onde o aceptor de H+ e elétrons liberados nas reações de oxi-redução que ocorrem intracelularmente é um metabólito (substâncias orgânica) Exemplos: fermentação alcoólica, fermentação láctica. Aeróbicos: onde o aceptor de H+ e elétrons é o O2 molecular. Exemplos: fermentação acética, fermentação cítrica. FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA Importância A fermentação alcoólica é importante não só na fabricação de bebidas como vinho, cerveja, cachaça, e outros mas também para fabricação do álcool industrial. O etanol tornou-se, com a crise do petróleo da década de 70, uma opção como combustível. Além disso, é possível antever sua utilização para formação de etileno e butadieno, matérias primas para a indústria de plástico. Compreende-se, então, o enorme interesse que desperta a melhoria do processo, dos agentes de fermentação utilizados e das condições de retificação do álcool obtido. Matéria prima As matérias primas utilizadas na indústria de fermentação alcoólica são originadas direta ou indiretamente da agricultura - ou seja - a partir dos chamados recursos renováveis. A escolha da matéria prima e outros aditivos para compor o mosto (meio de cultura que se destina à operação industrial de transformação de uma substância em excreta útil) é ponto de fundamental importância para a indústria da fermentação. A matéria prima deve conter um substrato utilizável pelo microorganismo, ser de fácil obtenção e estocagem. As matérias primas para a produção de álcool podem ser: Sacaríneas: possuem como substrato açúcares solúveis (mono e dissacarídeos). Ex: Melaço - resíduo da cristalização do açúcar; principal substrato: sacarose Caldo de cana - principal substrato: sacarose O caldo de cana é hoje utilizado devido à importância econômica do Etanol Sucos de frutas - substratos: sacarose, glicose e frutose UFRJ • Instituto de Química Metabolismo 247 As matérias primas sacaríneas podem ser diretamente consumidas pelo agente de fermentação (geralmente leveduras do gênero Saccharomyces); as leveduras são capazes de assimilar tanto glicose como frutose e outros monossacarídeos; a sacarose é assimilada sofrendo uma prévia hidrólise pela enzima invertase, existente nesses microorganismos. Amiláceas: substrato fermentável é o amido. Altos teores de amido são encontrados em raízes (batata e mandioca) e grãos (trigo, milho, cevada e centeio) As leveduras utilizadas no processo de fabricação do álcool não possuem enzimas capazes de hidrolisar o amido. Uma das perspectivas, ainda em fase de pesquisa, é a introdução de genes que codificam essas enzimas no genoma de leveduras (objeto de estudo da Engenharia Genética). O tratamento prévio que sofrem as matérias primas amiláceas é denominado de Sacarificação do Amido e consiste na transformação do amido em matéria primafermentável. A sacarificação do amido pode ser feita de várias formas: �por via química - consiste na hidrólise em presença de H2SO4 5% sob pressão de 2 atm., por 2 horas. Há conversão do amido em glicose, mas apresenta como inconvenientes o alto custo e a corrosão que promove nos equipamentos; além disso, exige neutralização para que possa ser utilizada e o sal resultante leva a um baixo rendimento na fermentação. �por via enzimática - usam-se as preparações amilolíticas presentes nos grãos (malte) ou enzimas extraídas de fungos e bactérias (amiloglicosidase e amilases, respectivamente). (Vide hidrólise ácida e enzimática do amido - Cap. Glicídeos) Celulósicas: substrato - celulose. Assim como para o amido, é necessária uma hidrólise prévia da celulose para que os monossacarídeos e/ou oligossacarídeos liberados possam ser assimilados pelo microorganismo. Esta hidrólise pode ser feita: �por via química - através de tratamento com H2SO4 à quente sob pressão. Este tipo de tratamento é feito na Alemanha e na Rússia; no Brasil, está sendo aplicado em escala piloto (em Lorena - SP). É um tratamento drástico que envolve a hidrólise ácida da madeira e a utilização da lignina como coque metalúrgico. Estão sendo feitos, nos EUA, estudos sobre a utilização deste tratamento para obtenção de glicose e etanol a partir da celulose do papel e papelão existentes no lixo urbano. �por via enzimática - este procedimento requer um pré-tratamento da matéria prima para aumentar a digestibilidade do substrato à enzima e, em que pesem os esforços realizados, ainda não foi possível utilizá-lo industrialmente. É importante ressaltar que a diversidade de bebidas alcoólicas existentes no mercado decorre, inicialmente, do tipo da matéria prima utilizada (sacarínea ou amilácea) e, posteriormente, do tratamento a que é submetida a bebida (destilação, tempo de maturação, dentre outros). Agentes de Fermentação Só no final do século passado identificou-se o microorganismo responsável pela transformação do açúcar em Etanol. Em todos os casos as leveduras do gênero Saccharomyces são as mais utilizadas, especificamente as da espécie S.carlsbergensis (para cerveja) e S.ellipsoideus (para vinho). Embora na fabricação, por exemplo, de vinho caseiro se utilize a flora mista presente na própria uva, procura-se a nível industrialusar linhagens puras e selecionadas. Os organismos normalmente utilizados como agentes de fermentação são anaeróbicos facultativos. Instituto de Química • UFRJ Cursos Práticos em Bioquímica 248 Características do processo T = 25-30 oC Como o processo é exotérmico, as dornas (equipamento onde ocorre a fermentação) exigem sistema de refrigeração pH - 4,5-5,0 Como durante o processo, há produção de CO2, com conseqüente queda do pH, são necessárias correções. Tensão de Oxigênio Anaerobiose ou baixa aeração Fundamento Bioquímico O procedimento de fermentação ocorre em anaerobiose e do ponto de vista bioquímico, a produção de etanol ocorre unicamente para que haja a reoxidação do NADH produzido na via glicolítica. Se à levedura é dado como nutriente um glicídeo como por exemplo a sacarose, vamos ter primeiro a hidrólise desta à glicose e frutose e posteriormente a absorção dos monossacarídeos. Se o glicídeo for glicose, como é o caso da prática, ocorre logo a absorção. Os glicídeos transportados entram na via glicolítica. Assim: Esta é a equação de Gay-Lussac, que permite o cálculo do rendimento da fermentação. O rendimento de um processo fermentativo pode ser definido como sendo a quantidade de produto obtido em relação à quantidade de matéria prima introduzida na dorna, ou àquela consumida no processo ('P/'S ou 'P/'So). Para o etanol: Glicose o 2 Etanol + 2 CO2 1 mol de Glicose o 2 mol de Etanol + 2 mol de CO2 (1) 180g o 92g + 88g UFRJ • Instituto de Química Metabolismo 249 O rendimento teórico (correspondente à relação estequiométrica entre glicose e etanol) seria 92/180 = 0,511 (Rendimento Gay-Lussac) Como parte do açúcar consumido resulta em produtos secundários, não é possível atingir o rendimento Gay-Lussac ('P/'S de 0,511). Pasteur, no laboratório em condições ideais, conseguiu atingir o máximo de 95-96% do rendimento teórico ('P/'S = 0,485), definindo o chamado Rendimento Pasteur, valor muitas vezes tomado como referência para os cálculos de rendimentos industriais. As operações industriais não são realizadas com os cuidados adotados por Pasteur; portanto, o Rendimento Pasteur de 100% também não é atingido. De qualquer forma, o cálculo do rendimento é largamente utilizado pelas indústrias de fermentações alcoólica, láctica, acética, acetonobutílica, cítrica, por exemplo. Não é aplicável, entretanto, aos produtos das fermentações resultantes de biossínteses, como antibióticos e vitaminas, onde não se conhece com exatidão a proporção e os substratos utilizados diretamente para a síntese. Outros parâmetros importantes são: �Eficiência do processo fermentativo - relação percentual entre o peso do produto realmente obtido no processo fermentativo e o peso do produto previsto estequiometricamente (peso teórico). Em relação ao Etanol, de acordo com a equação (1) o peso do produto estequiométrico pode ser calculado por: 180 g de glicose fornecerão 92 g de etanol (relação estequiométrica), isto é, 180g o 92 g ou ainda: 'S o P sendo 'S a quantidade de glicose consumida e P a quantidade de produto esperado da transformação de toda a glicose em etanol e gás carbônico. A eficiência do processo seria P real obtido /P teórico x 100 onde P é a quantidade de etanol formado. �Eficiência da instalação industrial - relação percentual entre o peso do produto obtido após as fases de fermentação, recuperação e purificação e o peso teórico do produto previsto estequiometricamente. �Produtividade - quantidade de produto formado por unidade de tempo e de volume de meio (g de produto/ l.h). Industrialmente, a concentração de glicídeos presentes é avaliada utilizando-se o Densímetro de Brix, em cuja escala 0o corresponde à água pura e 100o corresponde a uma solução de sacarose 100 g/100 mL. Os valores obtidos são dados em peso de sólidos em suspensão por 100 mL de volume. Já o álcool formado é avaliado por meio do Alcoômetro de Gay-Lussac em que 0o corresponde à água pura e 100o corresponde ao etanol anidro. Os valores obtidos são dados em volume de álcool por volume de meio. Após a fermentação as células são separadas do mosto por decantação, centrifugação, e outros e reutilizadas por um dado número de vezes em um novo processo fermentativo. Destilação A destilação é uma operação industrial que permite a separação de componentes de uma mistura por uma sucessão de vaporizações e condensações; o composto mais volátil se concentra no vapor. Tratando-se de indústria de bebida alcoólica, esta operação poderá existir ou não, dependendo do tipo de bebida que se deseja fabricar. Bebidas como vinho e cerveja são chamadas bebidas fermentadas e não sofrem destilação, apresentando um teor alcoólico mais baixo que as chamadas bebidas destiladas (entre 3 e 5 % para cerveja e cerca de 9-12 % para vinhos). As Instituto de Química • UFRJ Cursos Práticos em Bioquímica 250 bebidas destiladas como por exemplo: cachaça, rum, whisky, gim, são obtidas por destilação do mosto após a fermentação. A destilação é diferente para cada caso mas, em geral, é lenta para evitar que haja arraste de produtos secundários que alterem o sabor e cheiro da bebida. A concentração de etanol nestas bebidas é mais elevada e está situada para cachaça entre 45 e 50%. No caso de fabricação do álcool industrial, esta operação de destilação é importante e muito complexa. A separaçãoda mistura Et-OH : H2O é realizada em colunas, com refluxo, e a operação recebe então o nome de retificação. A coluna é alimentada com o "vinho" (nome genérico do mosto já fermentado) a ser fracionado e o fracionamento vai depender de uma série de fatores; entre eles, a altura da coluna - o aumento do tamanho facilita a separação. No entanto, o etanol e a água formam um azeótropo de mínimo (uma mistura que apresenta uma composição de 95% de etanol e 5% de água com um ponto de ebulição próprio) e, caso se disponha de uma boa coluna de retificação, esta será a composição do destilado obtido. O enriquecimento em álcool desta mistura requer outro tipo de tratamento em etapa posterior. O resíduo obtido após a destilação é denominado vinhoto (ou vinhaça). UFRJ • Instituto de Química Metabolismo 251 ROTEIRO DE PRÁTICA FERMENTAÇÃO I- PRODUÇÃO DE ETANOL POR CÉLULAS DE Saccharomyces cerevisiae A PARTIR DE MOSTO CONTENDO GLICOSE MATERIAL � Mosto utilizado: meio YED (1,4 % extrato de levedo - 14 % glicose) � Agente fermentativo: Fermento Fleischmann - suspensão 67% (peso úmido/volume) � Solução de glicose padrão - 10 Pmol/mL � Ácido 3,5 dinitro salicílico (DNS) em solução alcalina � Fluoreto de sódio (NaF) � Banho termostatado � Espectrofotômetro � Balança � Destilador � Centrífuga � Banho de gelo OBJETIVO � Calcular a eficiência de uma fermentação de glicose por células de S.cerevisiae através da medida da produção de etanol e de CO2 e do consumo de glicose. � Verificar o poder de inibição do NaF (inibidor da enolase) no processo fermentativo. PROCEDIMENTO Produção de CO2 e consumo de glicose � Transferir para erlenmeyer de 250 mL, 35 mL de meio YED e 15mL da suspensão celular a 67%. Agitar, anotar o tempo e imediatamente retirar uma alíquota de 3,0 mL para tubo de centrífuga que deverá conter ..... mL de água gelada. Pesar rapidamente o frasco. � Centrifugar a alíquota previamente retirada, transferir o sobrenadante para outro tubo e conservá-lo em banho de gelo. O erlenmeyer inoculado é colocado em agitador rotatório à temperatura ambiente. � Em intervalos de .... min, pesar o frasco para calcular a quantidade de CO2 desprendido. � Ao final de ..... min, retirar uma alíquota de ..... mL do meio para novo tubo de centrífuga, que deverá conter ..... mL de água destilada gelada. O sobrenadante será usado para quantificar a glicose presente no final do processo de fermentação. � Neste mesmo tempo, centrifugar, pelo menos, 20 mL do meio. O sobrenadante deverá ser destilado para a determinação do etanol. Instituto de Química • UFRJ Cursos Práticos em Bioquímica 252 Inibição da fermentação por NaF 0,05 M � Em um erlenmeyer de 250 mL preparar 35 mL de meio YED 14% contendo 15 mL de suspensão celular a 67% e 0,105 g de NaF. Agitar, anotar o tempo e imediatamente retirar uma alíquota de 3,0 mL para tubo de centrífuga. Pesar rapidamente o frasco. � Seguir o mesmo procedimento adotado anteriormente. � Calcular o grau de inibição provocada pelo NaF 0,05 M após 1 hora de fermentação Destilação do etanol � Do sobrenadante tomar 10 mL e colocar no compartimento para amostra do destilador, adicionar em seguida 10 mL de H2O e 0,5 mL de NaOH 0,1 N (o hidróxido de sódio é colocado para evitar a destilação de álcoois superiores). Fechar o sistema e recolher os 8 mL iniciais do destilado que conterão todo o etanol presente na amostra. Completar este volume a 10 mL com exatidão. Determinar o teor de etanol pelo método do dicromato. � Diluir ___ vezes uma alíquota dos sobrenadantes (tempos 0 e _____ minutos) e determinar a quantidade de glicose consumida pelo método do DNS. Preencher as tabelas abaixo com os resultados obtidos. CO2 produzido: Erlenmeyer tempo (min) Peso de A (g) Peso de B (g) CO2 (g) 0 Erlenmeyer A – controle; Erlenmeyer B em presença de NaF Glicose Consumida: A B [Gli] em A [Gli] em B Erlenmeyer tempo (min) Dil (x) Alíq (ml) Abs Dil (x) Alíq (ml) Abs (mM) (%) (mM) (%) � Calcular o rendimento e a eficiência da fermentação a partir da quantidade de CO2 produzido em relação à quantidade de glicose consumida. UFRJ • Instituto de Química Metabolismo 253 ROTEIRO DE PRÁTICA FERMENTAÇÃO DETERMINAÇÃO DO ÁLCOOL PELO MÉTODO DO DICROMATO REAGENTES �Solução padrão de dicromato de potássio: 33,816 g K2Cr2O7 dissolvidos em litro de água. �H2SO4 concentrada �H3PO4 85 % �Indicador: 0,5 g de sal de bário do ácido 4-difenilamina-sulfônico dissolvido em 100 mL H2O. O líquido sobrenadante é usado. �Solução de sulfato ferroso amoniacal: 135,1 g de FeSO4(NH4)2SO4.6H2O, 20 mL de H2SO4 concentrado são dissolvidos em H2O e completados à 1 litro. PROCEDIMENTO �10 mL da solução de dicromato são colocados em 3 frascos cônicos, adicionando-se, em seguida, 5 mL de H2SO4 concentrado, resfriando-se em água de bica corrente �Colocar em cada frasco 5,0; 2,5 e 1,0 mL do destilado e completar o volume à 5,0 mL de água, quando for o caso. PARA O DESTILADO DO FRASCO CONTENDO FLUORETO DE SÓDIO, BASTA FAZER A ALÍQUOTA DE 5 mL. Obs: São usadas alíquotas por não se conhecer previamente a concentração de etanol na amostra. �Agitar e aguardar, em repouso, durante 15 minutos para o etanol ser quantitativamente levado à ácido acético. �Após os 15 minutos, adicionar 165 mL de água destilada, 18 mL de ácido fosfórico e 0,5 mL da solução do Indicador. �Titular com sulfato ferroso amoniacal até a cor da solução mudar de púrpura para verde e anotar o volume consumido (n) �Para o ensaio em Branco adicionar 5,0 mL de água destilada em lugar da amostra e repetir o procedimento. Anotar o volume consumido (N). REAÇÃO 2Cr2O7 -2 + 12Fe2+ + 14H+ o 4Cr3+ + 12Fe3+ + 14H2O 2Cr2O7 -2 + 3C2H5OH + 16H + o 4Cr3+ + 3C2H4O2 + 11H2O Instituto de Química • UFRJ Cursos Práticos em Bioquímica 254 Expressões para o cálculo do conteúdo de etanol ¹¸ · ©¨ § � N n A 12 quando se usa 5,0 mL do destilado ¹¸ · ©¨ § � N n A 14 quando se usa 2,5 mL do destilado ¹¸ · ©¨ § � N n A 110 quando se usa 1,0 mL do destilado onde A = concentração de etanol na amostra original (%) UFRJ • Instituto de Química
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