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Protocolo aulas práticas - cor_Alex

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
DISCIPLINA: FARMACOGNOSIA I
MATERIAL COMPLEMENTAR DE AULAS PRÁTICAS
RECIFE, 2012
ÓLEOS ESSECIAIS
Os óleos essenciais (O.E.) são conhecidos e empregados desde a antiguidade, porém datam do início do século XVIII os primeiros estudos para sua caracterização química. O interesse econômico atual provém da possibilidade de obtenção de compostos aromáticos com aplicações em diversas áreas da indústria, produtos farmacêuticos e emprego em formulações cosméticas. Também são utilizados com atividade antiespasmódica, expectorante, antiemética e analgésica. 
Os óleos essenciais são frações voláteis naturais, extraídas de plantas aromáticas que evaporam a temperatura ambiente. O conjunto dessas substâncias químicas voláteis é formado de classes de ésteres de cadeia curta, mono, sesqui e em menor número diterpenos, fenilpropanonas, álcoois aldeídicos e, em alguns casos, por hidrocarbonetos alifáticos, entre outros.
Estes óleos podem ocorrer em estruturas secretoras especializadas, tais como pelos glandulares, células parênquimas diferenciadas, canais oleíferos, em bolsas lisígenas ou esquizolisígenas. Os óleos também podem ser estocados em órgãos vegetais como nas flores, folhas, cascas do caule, madeira, raízes, rizomas, frutos ou sementes. 
 Os O.E. são misturas complexas de substâncias voláteis, lipofílicas, odoríferas e de aparência oleosa a temperatura ambiente. Destaca-se como propriedades físico-químicas a volatilidade das essências, instabilidade perante luz, o ar, o calor e a atividade óptica (utilizada nos processos de identificação dos mesmos).
 Segundo a Farmacopéia Brasileira V, o teor de óleos voláteis em drogas vegetais é determinado preferencialmente em plantas frescas e, através do processo de destilação por arraste de vapor, com auxílio do aparelho tipo clevenger. Neste método os óleos voláteis vão ser arrastados pelo vapor d’água e condensados em tubo coletor. A grande problemática envolvida nesse método é a labilidade dos compostos voláteis. Durante o processo de obtenção, a destilação, a água, a acidez e a temperatura podem provocar a hidrólise de ésteres, rearranjos, isomerizações, racemizações e oxidações.
 Antes da utilização, o aparelho deve ser limpo por lavagens repetidas e sucessivas com acetona, água, mistura sulfocrômica e novamente água. Depois de seco, deve ser montado em local protegido de correntes de ar. A escala graduada deve ser aferida e, se necessário, estabelecer fator de correção para cada aparelho. 
Aparelho de clevenger.
Objetivo:
Realizar a extração e quantificação de óleos essenciais em amostra vegetal pelo método de arraste a vapor de água utilizando o aparelho de Clevenger.
Material:
Água destilada;
Amostra vegetal;
Aparelho de Clevenger;
Balão de fundo redondo;
Condensador;
Manta aquecedora;
Xilol.
Procedimento:
Com a droga vegetal seca e pulverizada, pesar 10 g de droga vegetal em balão volumétrico de 500 mL, e adicionar 250 mL de água destilada. Em seguida acoplar o balão ao Aparelho de Clevenger, que deve estar acoplado na extremidade superior ao condensador e o balão adaptado à manta aquecedora. No tubo coletor graduado colocar 0,5 mL de xilol e ligar o aquecimento, quando o sistema entrar em ebulição, diminuir a temperatura até chegar a uma taxa de destilação de 3 a 4 mL por minuto. Deixar o processo de destilação por arraste a vapor permanecer durante 60 min. 
Ao final, deixar esfriar por 10 minutos e ler o volume do óleo essencial recolhido no tubo graduado. Subtrair da leitura o volume do xileno colocado no tubo coletor. A diferença representa a quantidade de óleo essencial contida na amostra. Calcular o resultado em mililitros de óleo essencial por 100 g da droga.
O óleo deve ser coletado com pequena quantidade de sulfato de sódio anidro, para absolver as moléculas de água que possam estar presentes no óleo. Posteriormente uma pipeta Pasteur deve ser utilizada para retirar o óleo para outro recipiente inerte. 
Outros métodos para extração de O.E.:
Enfleurage
Para matérias vegetais com baixos teores do O.E.;
Baixo rendimento;
Imersão de pétalas em godura;
Filtração, destilação, destilação com álcool;
Extensamente utilizado na ndústria de perfumes e cosméticos.
Prensagem a frio
Prensagem do pericarpo de frutos (mistura O/A);
Óleos e sucos;
Centrifugação;
Produto de alta qualidade.
 CO2 supercrítico
Mais puro;
Indústria de O.E.;
Aroma natural.
Exemplos de drogas aromáticas:
CRAVO-DA-ÍNDIA - Syzygium aromaticum L.;
HORTELÃ-PIMENTA - Mentha piperita L.;
EUCALIPTO - Eucalyptus globulus Labill.
Referências
BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). FARMACOPÉIA BRASILEIRA 2010. 5 ed. São Paulo: Atheneu Editora.
PIMENTEL, F. A.; CARDOSO, M. das G.; SALGADO, A. P. S. P.; AGUIAR, P. M.; SILVA, V. de F.; MORAIS, A. R.; NELSON, D. L. MÉTODO PARA DETERMINAÇÃO DE UMIDADE DE PLANTAS AROMÁTICAS. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) – comunicado técnico 136 - ISSN 1679-6535. Dezembro, 2008. Fortaleza, CE.
SANTOS, A. S.; ALVES, S. de. MELLO.; FIGUEIRÊDO, F. J. C.; NETO, O. G. da. R.; Descrição de Sistema e de Métodos de Extração de Óleos Essenciais e Determinação de Umidade de Biomassa em Laboratório – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) – comunicado técnico 99 - ISSN 1517-2244. Novembro, 2004. Belém, PA. (Item: Descrição das Etapas de Determinação do Teor de Umidade).
SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; MELLO, J.
C. P.; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P. R. Farmacognosia da planta ao medicamento. 5. ed. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 2005. 1101p.
TRITERPENOS E ESTEROIDES
Os terpenos - hidrocarbonetos terpênicos e seus derivados oxifuncionalizados (terpenóides) - compreendem o maior grupo de produtos naturais, com mais de 35.000 substâncias conhecidas e constituem uma classe de produtos naturais com grande diversidade estrutural (Demyttenaere, 2001; Dewick, 2009; Hill, 1993). São originados da via do acetato-mevalonato a partir de uma unidade isopreno. A classificação dos terpenos é feita de acordo com a quantidade de unidades isopreno em hemiterpenóides, C5; monoterpenóides, C10; sesquiterpenóides, C15; diterpenóides, C20; triterpenóides, C30; e carotenóides, C40 (Vickery & Vickery, 1981; Harbone & Baxter, 1995).
Os triterpenos (C30) formam os componentes das resinas, látex, ceras e cutícula das plantas.(BANDEIRA, 2007; PERES, 2004). Entre os compostos originados do esqualeno (C30) está uma importante classe de substâncias chamada esteróides, os quais são componentes dos lipídios de membrana e precursores de hormônios em mamíferos, plantas e insetos. Os esteróis mais comuns compreendem o colesterol (encontrado em praticamente todos os eucariontes), o β-sitosterol, o estigmasterol (encontrado em óleos vegetais) e ergosterol (precursor da vitamina D2, encontrado como componente da membrana celular dos fungos). Diferenciam-se entre si quanto à natureza da cadeia lateral ligada ao C-17 (SIMÕES, 2007).
Exemplos de terpenos
Objetivo
Analisar a presença de triterpenos e esteroides em solução extrativa da matéria vegetal de interesse através de reação com o reagente Liebermann-Burchard.
Material
Material vegetal
Almofariz
Pistilo
Funil e papel filtro
Clorofórmio
Tubo de ensaio
Anidrido acético;
Ácido Sulfúrico; 
Procedimento
 Realizar a extração clorofórmica a frio do material, com o auxílio do almofariz e pistilo;
Filtrar a solução extrativa para um tubo de ensaio;
Adicionar aos poucos 2,5 mL de anidrido acético ao extrato clorofórmico;
Adicionar paulatinamente, pelas bordas do tubo, o ácido sulfúrico concentrado (atenção nesta etapa por conta da natureza corrosiva do ácido e pelo caráter exotérmico da reação);
Observar a formação de anéis de diferente coloração: Cor azul ou verde: presença de núcleo esteroidal; cor vermelha, rosa, púrpura ou violeta: presença de núcleo terpênico;
Discussão
Com a mudança de coloração da solução extrativa, evidencia-sea presença de terpenos na matéria vegetal. A presença de esteroides também pode ser confirmada pela formação de precipitado marrom no tubo de ensaio.
Exemplos
Nerium oleander (folhas) – espirradeira
Digitalis purpúrea (folhas) - Digitalis
Referências
Bandeira, P. N.; Lemos, T. L. G.; Costa, S. M. O.; Santos, H. S.; Rev. Bras. Farmacogn. 2007, 17, 204; Xu, R.; Fazio, G. C.; Matsuda, S. P. T.; Phytochemistry 2004, 65, 261.
DEMYTTENAERE, J.C.R. Biotransformation by microorganisms. In: ATTA-UR-RAHMAN (Ed.). Studies in natural products chemistry. Elsevier Science. Vol.25. p. 125. 2001. 
DEWICK, P.M.Medicinal Natural Products. A biosynthetic approach. 3 Edition. Englan: John Wiley & Sons. 2009.
HARBONE, J.B. & BAXTER, H. (1995). Phytochemical dictionary: a handbook of bioactive compounds from plants. Taylor & Francis, London.
Hill, R.A. (1993) Terpenoids, in: The Chemistry of Natural Products (Thompson RH, Ed),. London; New York: Blackie Academic & Professional; Champman & Hall p. 106-139.
VICKERY, M. L. & VICKERY, B. (1981). Secondary Plant Metabolism. The Macmillan Press Ltd., Hong Kong.
SAPONINAS
	As saponinas (do latim sapone = sabão) são substâncias semelhantes ao sabão porque possuem uma parte hidrofílica, correspondente a uma porção glicídica, denominada glicona, e outra lipofílica correspondente a uma porção triterpênica pentacíclica ou esteroidal (tetracíclica), denominada porção aglicona ou sapogenina. (PERES, 2004; SIMÕES, 2007). Devido a sua estrutura anfifílica, as saponinas em solução aquosa formam espuma persistente e abundante após agitação, que é estável à ação de ácidos minerais diluídos diferenciando-a daquelas dos sabões comuns.
Apresentam a propriedade de redução da tensão superficial da água, ação detergente e emulsificante. Em geral são altamente solúveis em água, capazes de formar complexos com esteróides, proteínas e fosfolipídios de membranas. Ao agir sobre as membranas celulares, alteram a permeabilidade ou causam destruição das mesmas. Relacionadas com essa ação estão as atividades hemolítica, ictiotóxica (ação sobre as membranas das brânquias de peixes), molusquicida e espermicida.
Do ponto de vista farmacológico, as saponinas apresentam ação expectorante (Polygala amara), diurética, sudorífera (Smilax aspera), anti-inflamatória (castanha-da índia, alcaçuz, Ginseng), antiviral (alcaçuz), efeito cicatrizante em úlceras pépticas (alcaçuz). Devido a capacidade das saponinas formar complexos com esteróides, apresentam ação hipoglicemiante, por reduzir o nível de colesterol sérico (Ginseng, calêndula, beterraba, alfafa) e antifúngico.
Objetivo
Realizar o teste de ação superficial, que consiste no teste de espuma (qualitativo), em que o extrato aquoso quando submetido à agitação enérgica produz espuma abundante e persistente, que não desaparece com a adição de um ácido mineral diluído. 
Material
Material vegetal;
Erlenmeyer;
Metanol
clorofórmio, 
Chapa aquecedora;
Placa de Petri;
Tubos de ensaio;
Funil e papel de filtro;
Pipetas;
Água destilada;
Bastão de vidro;
Procedimento
Adicionar o material vegetal ao erlenmeyer junto com o metanol para realizar uma decocção;
Filtrar o extrato para uma placa de Petri e levá-la novamente para chapa aquecedora para concentrar o extrato;
Adicionar água destilada ao resíduo contido na placa de Petri e tentar solubilizá-lo com um bastão de vidro;
Transferir a mistura para um tubo de ensaio e proceder a uma forte agitação para verificar a presença de espuma abundante e persistente, caracterizando a presença de saponinas. 
Em caso de resultados positivos, realizar a partição no tubo de ensaio utilizando n-butanol e posteriormente CCD;
Referências
PERES, L. E. P. Metabolismo Secundário. Piracicaba – São Paulo: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. ESALQ/USP, 2004. p. 1-10.
SIMÕES, C.M.O. et al, Farmacognosia. Da planta ao medicamento. 6ª Edição. SC: editora da UFSC. 2007.
ALCALOIDES
Os alcaloides são compostos orgânicos nitrogenados (aminas secundárias, terciárias, amidas ou sal de amônio quaternário), em sua grande maioria de caráter básico, com uma grande diversidade estrutural e distribuição restrita na natureza. Nas plantas ocorrem na forma livre, sais ou óxidos, na forma de base livre são insolúveis em água podendo gerar sais hidrossolúveis com ácidos e alguns podem ser voláteis (ex. Nicotina).
Podem ser classificados quanto à origem do átomo de nitrogênio (verdadeiros, proto e pseudoalcaloides), quanto ao aminoácido alifático ou aromático precursor (ornitina, fenilalanina e outros), quanto à atividade farmacológica (simpaticomiméticos, parasimpáticolíticos, etc.) e quanto à estrutura química (tropânicos, imidazólicos, isoquinolínicos, tropânicos, etc.).
Semelhantemente a outras aminas, os alcaloides formam sais complexos com compostos de mercúrio, ouro, platina e outros metais. Dessa forma, para detecção destes compostos em amostra vegetal, podem ser utilizados diversos reagentes gerais para detecção de alcaloides por precipitação:
Mayer – Solução de iodeto de potássio e cloreto de mercúrio
Bertrand - Solução de ácido sílico-túngstico
Bouchadart ou Wagner - Solução de iodo e iodeto de potássio
Dragendorff – Solução de iodeto de potássio e subnitrato de bismuto 
Objetivo
Detectar alcaloides em amostra de droga vegetal pelo método dos Reagentes Gerais.
Material
Matéria vegetal; 
Béquer ou Erlenmayer
Funil 
Metanol 
Papel de filtro
Vidros de relógio
Reagentes Gerais
Procedimento 
Realizar a extração metanólica da amostra por processo de infusão;
Filtrar e transferir alíquotas do extrato para quatro vidros de relógio;
Adicionar uma gota de cada reagente sobre o extrato;
Discussão
Os alcaloides formam sais complexos com metais pesados ou metalóides: como bismuto, tungstênio, iodo, mercúrio, platina, ouro e etc., obtidos na forma de precipitados, os quais podem ser analisados por micro-cristalografia. Dessa forma a maioria dos alcaloides precipita quando em contato com soluções neutras ou levemente ácidas dos reagentes gerais citados. Estes precipitados são de aspecto amorfo ou cristalino e vão desde a cor branca à marrom-alaranjada, podendo ser solubilizados em meio alcalino ou no excesso de reagente. A especificidade destes reativos não é absoluta, uma vez que reações falsamente positivas podem ser dadas na presença de proteínas, purinas, algumas cumarinas , hidroxiflavonas e lignanas. Portanto, o resultado negativo neste testes indica a ausência de alcaloides, e a positividade indica possível presença destes metabólitos no extrato vegetal (Simões, 2004; Jean). Devido à rapidez e simplicidade, este método pode ser empregado na investigação criminal para averiguar a natureza das substâncias ilícitas encontradas. 
Assim, para confirmação da presença desse grupo de substância é necessário a realização de cromatografia em camada delgada, utilizando gel de sílica como fase estacionária, sistemas eluentes específicos e comparação com padrões positivos, sendo o resultado positivo na formação de bandas de cor alaranjada.
Exemplos:
Beladona (Atropa belladonna) - 
Família Botânica: Solanaceae 
Parte usada: Flores e folhas
Jaborandi (Pilocarpus jaborandi), contém o alcalóide imidazólico pilocarpina, 
Família Botânica: Rutaceae 
Parte usada: Folhas
Calumba (Jatrorrhiza palmata)
Família Botânica: Menispermaceae 
Parte usada: Raízes
Referências
BRUNETON, Jean. Elementos de fitoquimica y de farmacognosia. Zaragoza: Acribia, 1991.
SIMÕES, Claudia Maria de Oliveira. Farmacognosia da planta ao medicamento. 5.ed. Florianópolis, SC: UFSC, 2004.
MICROSSUBLIMAÇÃO DE PRINCÍPIOS ATIVOS
	Este método é um teste qualitativo pré-analítico, que se baseia no ponto triplo de cada substância, ou seja, ponto onde coexistem os três estados físicos da matéria (sólido, líquido e gasoso). Este processo consiste no aquecimento de um sólido que se vaporiza diretamente (sem fundir) e que recupera seu estado anterior (sólido) através da condensação do vapor. O objetivo deste processo é a purificação dos sólidos voláteis, separando-osdos sólidos não-voláteis.
Objetivo
Caracterização ou controle de qualidade de droga vegetal através da obtenção de cristais, sendo a morfologia destes, específico para cada metabólito.
Material
 
Lâminas de vidro;
Anel metálico; 
Chapa aquecedora;
Microscópio óptico;
Droga vegetal 
Procedimento
Colocar a lâmina de vidro sobre a chapa aquecedora e o anel de metal em cima da lâmina;
Colocar o material vegetal dentro do anel e outra lâmina de vidro sobre o anel;
Aquecer a chapa até sublimação da amostra, na forma de cristais que se depositam sobre a lâmina;
Observar no microscópio óptico a formação de cristais; 
Obs.: Inicialmente, observa-se na lâmina apenas a condensação de vapor de água presente na amostra, que se desprende do material durante o processo de aquecimento.
Discussão
A vantagem desse método é o fato de ser um processo rápido, barato e simples, caracterizado como um teste qualitativo rápido onde se utiliza pouca amostra e não não é necessário o uso de reagentes. A desvantagem é que não pode ser utilizado com materiais termossensívels, pois há degradação de metabólitos com o aquecimento direto, além de que a amostra não pode ser reutilizada.
Referências
http://sbfgnosia.org.br/Ensino.

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