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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Avaliação à Distância – AD1 - GABARITO Período - 2015/2º FORMAÇÃO ECONÔMICA BRASILEIRA Coordenador: PROF. ALEXIS TORIBIO DANTAS ALUNO: MATR: Boa Prova!!! Pesquise no material didático recomendado para o curso e discuta as seguintes questões: 1. A crise da economia colonial no Brasil estava diretamente associada às bases do exclusivo comercial imposto pela Metrópole. Explique. (3,0 pontos). A crise da economia colonial agrícola decorreu de dois aspectos complementares, um de caráter interno, e outro, externo. O primeiro foi a expansão dos mercados na colônia, resultado direto do aumento da população e do incremento da produção. Com o aumento da produção e o crescimento do mercado interno – sobretudo após o início do ciclo do ouro –, os interesses particulares da colônia foram aumentando de maneira significativa. O pacto colonial passou a ser, então, um empecilho à expansão dos negócios e, portanto, ao potencial de ganhos dos colonos. O segundo aspecto, referente ao plano externo, eram os efeitos da Revolução Industrial cada vez mais visíveis na Europa. Assim, a necessidade de busca e incorporação de novos mercados pelas unidades industriais em formação tornou-se um traço típico da dinâmica capitalista. 2. Examine por que o sistema de parceria, inicialmente utilizado para a incorporação da mão de obra imigrante na cultura cafeeira em São Paulo, foi um modelo insustentável; (4,0 pontos) O sistema de parceria consistia de um recrutamento de trabalhadores na Europa dispostos ao serviço na lavoura, recebendo em troca lotes de pés de café adultos – preparados, portanto, para a produção. Metade do valor da colheita (cotas de pagamento) seria dos imigrantes, logicamente após a dedução dos custos de transporte, impostos e comissões – daí a definição de parceria. No entanto, o que acontecia era uma situação completamente distinta daquela apregoada pelos agentes responsáveis pelo recrutamento dos imigrantes na Europa. Muitos imigrantes morreram antes de chegar ao Brasil, devido à falta de higiene, que proporcionava o desenvolvimento de uma série de doenças. Ao chegar, eram obrigados a pagar todo o custo de seu transporte, além do pagamento de juros de 6% ao ano pelo adiantamento oferecido para a manutenção dos trabalhadores durante o primeiro ano de sua chegada. Os imigrantes eram obrigados, por contrato, a permanecer pelo menos quatro anos na fazenda. Além disso, a família imigrante era a responsável legal por cada um de seus membros, de maneira que, se algum morresse, os outros deveriam arcar com o pagamento de sua dívida. Não é difícil perceber, portanto, que esse sistema não apresentava condições de sobrevivência em longo prazo. As raízes do fim estavam fincadas nas próprias bases do processo. 3. Analise os limites para a continuidade da recorrente desvalorização cambial no final do século XIX no Brasil e as medidas tomadas no governo Campos Sales para reverter o processo. (3,0 pontos). (a) o ciclo vicioso de desvalorização cambial transformava a queda de receita externa (em moeda estrangeira) das exportações de café em elevação das receitas em moeda nacional (b) isto estimulava um novo aumento da produção e queda do preço internacional e, novamente, das receitas de exportação (destacar a inelasticidade –preço da demanda e a participação brasileira no mercado internacional de café). (c) Com a redução das receitas de exportações, a arrecadação de impostos era reduzida, pois limitava a capacidade de importação do Brasil. (d) Isto afetava as finanças públicas brasileiras e a capacidade de pagar a dívida externa. (e) A política de Campos Sales foi montada no sentido de reverter o quadro, com medidas direcionadas à valorização cambial, renegociação da dívida externa e apresentava viés recessivo.
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