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Prova Objetiva de Literatura Estrangeira

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Questão 1/10
Leia o excerto abaixo, do romance O Primo Basílio, de Eça de Queiroz:
“E Luísa tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saia delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante ...Tinha um amante, ela!”
Queiroz, Eça De. O Primo Basílio. São Paulo: Ateliê, 2014. P. 123
De acordo com o texto e os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base, podemos relacionar como algumas das principais características do realismo presentes nas obras da primeira fase de Eça de Queiroz...
	
	A
	a proximidade emocional entre autor e temas, a objetividade, o universalismo e o predomínio da razão.
	
	B
	a ênfase na realidade, o engajamento (literatura como crítica social e forma de transformar a realidade), o retrato fiel das personagens e a objetividade.
Você acertou!
“... Apontou uma missão social e moralizadora para a literatura, criticou a literatura romântica que fugia de sua época e indicou como missão histórica da nova literatura criticar a velha sociedade, abrindo caminho à Revolução (...)  Eça queria criar, com esse conto junto com os três primeiros romances, um grande painel da sociedade portuguesa desde 1830. Procurou escrever uma obra para cada um dos aspectos que denunciavam a podridão da realidade portuguesa.” (livro-base, p.156-159)
	
	C
	o escapismo, o predomínio da emoção, o retrato fiel das personagens e a subjetividade.
	
	D
	a liberdade de criação, o nacionalismo, o predomínio da razão e a ênfase na realidade.
	
	E
	o engajamento (literatura como crítica social e forma de transformar a realidade), o distanciamento racional entre autor e temas, o predomínio da razão e a subjetividade.
Questão 2/10
Leia o texto abaixo, sobre o mito de Orfeu:
“...O casal dirige-se ao mundo dos vivos, sendo Orfeu seguido a certa distância por Eurídice. Contudo, no momento em que já estão completando o percurso, Orfeu, para certificar-se de que a amada estava por perto, olha para trás e vê Eurídice perder-se para sempre nos abismos do inferno.”
Disponível em: http://tempo-de-ler.blogspot.com.br/2009/06/o-mito-de-orfeu.html. Acessado em: 16/04/2015
 
A publicação da revista Orpheu foi o marco inicial do Modernismo em Portugal. De acordo com o texto acima e os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base, a atitude órfica que os escritores modernistas pregavam caracteriza-se...
	
	A
	Pelo estilo revolucionário, político e estético.
	
	B
	Pela irreverência e aproximação entre poesia e prosa.
	
	C
	Pelo objetivo de reintegração de Portugal ao restante da Europa
	
	D
	Pela inovação contínua, de forma a olhar para frente, visando a modernidade do futuro e esquecendo o passado.
Você acertou!
“Ter uma atitude órfica, ou seja, relativa a Orfeu, personagem da mitologia grega, poeta e médico, que, para salvar Eurídice, seu amor, do Hades, rio da morte, teve a permissão de descer aos “infernos” para trazê-la de volta à vida, ao mundo dos vivos, com a condição de não olhar para trás enquanto percorriam aquele caminho tenebroso. Os poetas que participaram da revista, assim a denominaram numa atitude de não olhar para trás, de esquecer o passado e olhar para o futuro. O poeta glorifica o mundo das máquinas, o futuro, o excesso de luzes e barulho, o excesso de sensações”. (livro-base, p. 195)
	
	E
	Pela cisão do sujeito, tanto na subjetividade quanto na percepção do mundo.
Questão 3/10
Leia o excerto a seguir, de “Levantado do Chão”, de José Saramago: 
 
“...o sítio é mau para as lebres, às vezes acontece daí a pouco aparece a primeira lebre, aos saltos, morde além, trinca por este lado, e de repente fica com as orelhas espetadas, viu o jornal, Que faz ela, Coitada, nem desconfia, vai naquela ânsia de saber notícias, corre para o jornal e começa a ler, é uma lebre feliz, contente, não lhe escapa uma linha...”
Saramago, José. Levantado do Chão. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. P. 142
 
Dentre as ferramentas utilizada pelo autor, destacam-se pequenas narrativas que usam alegorias para transmitir lições morais, denominadas...
	
	A
	metáforas
	
	B
	parábolas
Parábola é uma pequena narrativa que usa alegorias para transmitir uma lição moral.
(disponível em http://www.significados.com.br/parabola/)
“Em Levantado do chão (1980), Saramago descreve a saga de uma família alentejana nos grandes latifúndios; subverte-o fazendo dele meio de suporte para a criação de um mundo de metáforas.” (livro-base, p.245)
	
	C
	anedotas
	
	D
	comentários
	
	E
	eufemismos
Questão 4/10
Leia o trecho do poema a seguir, de Cesário Verde.
 
"Dó da miséria!... Compaixão de mim!..."
E, nas esquinas, calvo, eterno, sem repouso,
Pede-me sempre esmola um homenzinho idoso,
Meu velho professor nas aulas de Latim!
 
Verde, Cesário. O Sentimento Dum Ocidental. s/d
Disponível em http://users.isr.ist.utl.pt/~cfb/VdS/v039.txt. Acessado em 26/04/2015
De acordo com os poemas, os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base, podemos destacar na obra de Cesário Verde uma temática comum na poesia moderna europeia, sendo o autor portanto um precursor da mesma. Qual é o tema, e a visão de mundo que Cesário Verde aborda nas estrofes acima?
	
	A
	Valorização do campo como local de paz e tranquilidade, em contraposição às cidades
	
	B
	Função do poeta e demais marginalizados na sociedade, diante do Decadentismo.
“Não há lugar, na sociedade portuguesa, do fim de século, para os professores de latim, assim como não há lugar, na ordem burguesa para o poeta. O sujeito poético se identifica com “meu velho professor nas aulas de latim”, ambos não tem serventia. O mundo burguês é um lugar pragmático e o poeta, assim como o professor de latim, não são, andam em outro compasso, portanto, de acordo com Cesário Verde, não há lugar nesse mundo burguês nem para o professor de latim – que dá aulas de uma língua morta, fala de coisas não práticas, reconstrói uma tradição, nem para o poeta – que não se importa com a ordem das coisas.” (livro-base, p. 169)
	
	C
	Visualização idealizada do cotidiano da cidade, dentro de uma visão não mais aristocrática, mas burguesa.
	
	D
	Contraposição entre a História e a história cotidiana, através de observação minunsiosa.
	
	E
	Ironia e caricatura dos tipos, e exaltação dos valores urbanos.
Questão 5/10
Leia o excerto abaixo, retirado da “Ode triunfal”, de Fernando Pessoa:
 
...
“A maravilhosa beleza das corrupções políticas,
Deliciosos escândalos financeiros e diplomáticos,
Agressões políticas nas ruas,
E de vez em quando o cometa dum regicídio
Que ilumina de Prodígio e Fanfarra os céus
Usuais e lúcidos da Civilização quotidiana!”
Pessoa, Fernando. Obra Poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1990. P.306-311
 
O poema Ode triunfal apresenta ideias antagônicas a respeito da civilização industrial. Qual é a relação que podemos estabelecer entre o poema e a sociedade moderna? Assinale a alternativa correta:
	
	A
	Uma relação dialética, pois ao mesmo tempo em que a ode exalta a modernidade, o poeta também aponta as corrupções, hipocrisias e leviandades da sociedade industrial.
“Se, por um lado, exalta a civilização industrial, por outro, não deixa de criticá-la no papel dos burgueses, na desumanização da sociedade, na hipocrisia e na futilidade: “Esquálidas figuras dúbias; chefes de família vagamente felizes/E paternais até na corrente de oiro que atravessa o colete/De algibeira a algibeira!/(...) A maravilhosa beleza das corrupções políticas,/Deliciosos escândalos financeiros e diplomáticos,/Agressões políticas nas ruas,/E de vez em quando o cometa dum regicídio/(...)”. Além de comentar, de forma irônica, o regicídio que aconteceu em Portugal muito próximo da escrita do poema.” (livro-base, p. 197)
	
	B
	Uma relaçãocrítica, pois o poeta denuncia as dissimulações da sociedade moderna, e quando a exalta, o faz de forma irônica.
	
	C
	Uma relação de exaltação, pois o poeta apresenta uma visão idealizada da modernidade e da sociedade industrial.
	
	D
	Uma relação de equivalência entre forma e conteúdo, pois o poeta utiliza versos livres, onomatopeias e a própria forma da ode, além de outros recursos modernos, para enaltecer exclusivamente as qualidades da sociedade moderna industrial.
	
	E
	Uma relação nostálgica, pois o poeta aponta as hipocrisias da época e assume tom saudosista quanto às tradições do passado.
Questão 6/10
Leia o texto a seguir:
“Os primeiros anos do século XX europeu acusam profundas e amplas transformações culturais e estéticas, das quais não poucas tinham sido gestadas ao longo do século XIX: quase se diria que as mutações anteriores apenas serviram de ensaio para alguma coisa de novo que só veio a declara-se, explosivamente, na alvorada dessa centúria."
Moisés, Massaud. A literatura Portuguesa. São Paulo: Cultrix, 2006.p 235.
De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base, a literatura modernista Portuguesa apresentou algumas fases. Enumere, na ordem sequencial, as explicações que se relacionam a cada um dos acontecimentos a seguir:
 
Publicação da revista Orfeu
Sensacionismo
Revista Presença
Neorrealismo
José Saramago
( ) Idealizada nos anos 1920 por José Régio, que, no primeiro número, publicou o texto “Literatura Viva”, em que expôs as ideias básicas sobre literatura que orientava a atividade presencista.
( ) Denominada numa atitude de não olhar para trás, de esquecer o passado e olhar para o futuro.
( ) Fez a ligação entre o neorrealismo e a atualidade, além de intervir em questões relacionadas com a identidade nacional portuguesa e a internacionalização.
( ) Preocupa-se em discutir o papel social da arte, em imprimir um conteúdo ideológico e de conscientização política, ligados ao materialismo dialético.
( ) Projeto que faz a apologia da sensação como única realidade da vida cotidiana.
Agora, marque a sequência correta:
	
	A
	3, 4, 5, 1, 2
	
	B
	3, 1, 5, 4, 2
Você acertou!
A sequência correta é:
Revista Orfeu – Denominada numa atitude de não olhar para trás, de esquecer o passado e olhar para o futuro.
Sensacionismo - projeto que faz a apologia da sensação como única realidade da vida cotidiana
Revista Presença – Idealizada nos anos 1920 por José Régio, que, no primeiro número, publicou o texto “Literatura Viva”, em que expôs as ideias básicas sobre literatura que orientava a atividade presencista.
Neorrealismo - preocupa-se em discutir o papel social da arte, em imprimir um conteúdo ideológico e de conscientização política, ligados ao materialismo dialético.
José Saramago – fez a ligação entre o neorrealismo e a atualidade, além de intervir em questões relacionadas com a identidade nacional portuguesa e a internacionalização. (ver livro-base, P. 209-247)
	
	C
	1, 2, 4, 5, 3
	
	D
	3, 1, 4, 5, 2
	
	E
	4, 2, 1, 3, 5
Questão 7/10
Leia o trecho abaixo, extraído do discurso do Velho do Restelo, de “Os Lusíadas”: 
- "Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
C'uma aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!”
 
Camões, Luís Vaz De. Os Lusíadas. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000162.pdf. Acessado em 21/04/2015.
Pode-se afirmar que o velho do Restelo é:
	
	A
	personagem central de Os Lusíadas.
	
	B
	o mais fervoroso defensor da viagem de Gama.
	
	C
	símbolo dos que valorizam a cobiça e a ambição.
	
	D
	símbolo das forças contrárias às investidas marítimas lusas.
Você acertou!
“O velho do Restelo representa, por um lado, a opinião conservadora da época, favorável à vida segura, contrária a grandes ousadias e aventuras. Há uma contradição entre o discurso pacifista do velho e a épica exaltação dos heróis e seus feitos de armas.
Por outro lado, podemos ouvir a voz do próprio Camões, que inventou a personagem para incorporar alguns juízos morais da cultura humanística.” (livro-base, p.120)
	
	E
	a figura que incentiva a ideologia expansionista.
Questão 8/10
Leia os fragmentos a seguir, de 3 poemas de Fernando Pessoa: 
 
Ao Longe
[...]
“Não esperamos nada
E ternos frio ao sol.
Mas tal como é, gozemos o momento,
Solenes na alegria levemente,
E aguardando a morte
Como quem a conhece.”
 
Ricardo Reis
Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/jp000005.pdf
 
Marinetti Acadêmico
“Véspera de viagem, campainha...
Não me sobreavisem estridentemente!
Quero gozar o repouso da gare da alma que tenho
Antes de ver avançar para mim a chegada de ferro
Do comboio definitivo...”
Álvaro de Campos
Disponivel em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/jp000011.pdf
 
XVI - Quem me Dera 
“... Eu não tinha que ter esperanças — tinha só que ter rodas ...
A minha velhice não tinha rugas nem cabelo branco...
Quando eu já não servia, tiravam-me as rodas
E eu ficava virado e partido no fundo de um barranco.”
 
Alberto Caeiro 
Diponivel em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/pe000001.pdf
Dentre as inovações trazidas por Fernando Pessoa à literatura moderna portuguesa, destaca-se a heteronímia. Considerando os conteúdos abordados  nas aulas e no livro-base, relacione corretamente os heterônimos as suas características:
I. Álvaro de Campos
II. Ricardo Reis
III. Alberto Caeiro
 
( ) Poeta neoclássico, latinista e pagão
( ) Poeta da natureza, bucólico e de linguagem simples
( ) Espírito revolucionário, político e estético.
( ) Poeta cosmopolita, traz inovações linguísticas e formais.
( ) Temática do carpe diem.
Agora, selecione a sequência correta:
	
	A
	III, II, I, I, III
	
	B
	I, II, III, III, I
	
	C
	II, III, I, I, II
Você acertou!
“Álvaro de Campos era engenheiro naval e viajante, ao contrário do poeta Fernando Pessoa, que, depois de seu retorno à terra natal, não mais viajou. Então, a anotação – “Álvaro de Campos – Londres” – faz parte da ficção criada pelo poeta. Sublinhamos como característica desse período o cosmopolitismo e, no caso português, especificamente pessoano, a heteronímia.” (libro-base, p.196)
“Ninguém consegue, numa vida de carne e osso, ter o vício da análise implacável e a paixão pela metafísica – tão característicos de Pessoa “ele-mesmo” – juntamente com a singela visão caeiriana das coisas tal como são, nem os campos sossegados do suposto guardador de rebanhos ao mesmo tempo que as máquinas ruidosas de Álvaro de Campos, ou o permanente não-conformismo deste último em simultâneo com a resignação ao destino de Ricardo Reis (...)(livro-base, p.230)
	
	D
	II, III, I, III, II
	
	E
	I, II, II, III, I
Questão 9/10
Leia o trecho do poema abaixo, de Francisco de Sá de Miranda:
 
“Em Tormentos Cruéis
Em tormentos cruéis, tal sofrimento, 
em tão contínua dor, que nunca aliva, 
chamar a morte sempre, e que ela, altiva, 
se ria dos meus rogos, no tormento!” 
Sá de Miranda, Francisco. In: Antologia Poética. Lisboa, 1969. P. 78
De acordo com o poema acima e os conteúdos abordados no livro-base, Francisco de Sá de Miranda trouxe diversas inovações para a literatura Portuguesa. Analise as afirmativas a seguir que contemplem tais inovações:
 
I. Versos decassílabos, e métrica conhecida como “medida nova”
II. Versos heptassílabos, e métrica conhecida como “redondilha”
III. Uma nova forma literária, composta de dois quartetos e dois tercetos, o soneto.
IV. Forma e estilo mais refinados, conhecido como “dolce stil nuovo”
V. Temática de quebra do sujeito, e angústia perante as mudanças de paradigma da época.
 
São corretas as afirmativas:
	
	A
	I,III, IV e V
Você acertou!
“...introduziu o verso decassílabo com acentuação na 6a. e 10a. sílaba ou na 4a., 8a. e 10a., que ficou conhecido comomedida nova, mas nunca abandonou as formas tradicionais de redondilha, ou medida velha. É introdutor do soneto na literatura de língua portuguesa. Trouxe uma nova maneira de escrever, distanciando das cantigas medievais, com maior refinamento da forma, conhecida como dolce stil nuovo... o poeta traduz um sentimento universal desse momento histórico, que são as angústias das transformações...” (livro-base, pp. 82, 91)
	
	B
	II, III e IV
	
	C
	I, IV e V
	
	D
	II, IV e V
	
	E
	I e III
Questão 10/10
Leia o trecho a seguir, extraído do epílogo de “Os Lusíadas”: 
 
“No mais, Musa, no mais, que a Lira tenho
Destemperada e a voz enrouquecida,
E não do canto, mas de ver que venho
Cantar a gente surda e endurecida.
O favor com que mais se acende o engenho
Não no dá a pátria, não, que está metida
No gosto da cobiça e na rudeza
Dhûa austera, apagada e vil tristeza.”
 
Camões, Luís Vaz De. Os Lusíadas. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000162.pdf. Acessado em 21/04/2015.
 
O epílogo do poema épico diferencia-se do restante do poema e aproxima-se do episódio do Velho do Restelo, pois essas duas passagens tem em comum...
	
	A
	o tom lírico
	
	B
	o tom pessimista
Você acertou!
"“No gosto da cobiça” e na “vil tristeza” traz um tom pessimista que alguns estudiosos consideraram proféticas as palavras de Camões em relação ao destino de Portugal, visto que oito anos após a publicação do poema, Portugal perdeu a independência política e não tinha infraestrutura para sustentar um império tão distante, constantemente ameaçado por outros interesses imperiais e pela corrupção administrativa.” (livro-base, p.127)
	
	C
	a invocação dos deuses
	
	D
	o tom épico, de exaltar os grandes feitos
	
	E
	o tom sarcástico

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