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Monopólio - Conceito

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MONOPÓLIO, MONOPSÔNIO, CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA, DISCRIMINAÇÃO DE PREÇOS
Profa. Eveline Carvalho-DTE-FEAAC-UFC
Nessa estrada
Só quem pode me seguir Sou eu!
Sou eu! Sou eu! Sou eu!...da composição Noturno de Graco e Caio Sílvio, interpretada por Fagner
O monopólio é o extremo oposto da concorrência perfeita. De fato o monopólio é a forma mais radical de poder de mercado pelo reconhecimento que o monopolista tem de influenciar preço. 
Contudo o preço determinado pelo monopolista não pode ser acima do que o mercado suporta.
Já sabemos como é que acontece a maximização de lucros:
 Max ∏ = RT(y)-CT(y)
E sabemos que para obter lucro máximo a receita marginal deve se igualar ao custo marginal:
RMg = CMg
A receita marginal é assim obtida:
No caso de mercado em concorrência perfeita = 0 e, portanto, RMg=P. Mas no monopólio isso não ocorre já que o monopolista pode influenciar preços.
Uma vez que para obter lucro em qualquer mercado RMg = CMg, então:
Multiplicando ambos os lados da equação por , chega-se à conclusão que:
Com sinal negativo tendo em vista que a elasticidade é naturalmente negativa.
O monopolista pode expressar sua política de preços através do Mark-up:
Se o monopolista se depara com uma curva de demanda linear:
P(y) = a-by
RT(y) = P(y).y = ay-by2
RMg = a-2by
Ou seja, a receita Marginal é mais inclinada do que a Receita média.
Ineficiência do Monopólio
No monopólio há perda de bem estar conforme pode ser observado no gráfico a seguir:
Preço
CMg
 A Pm
 Pc B
 C 
RMe 
Quantidade Qm Q
c
RMg
Observe que na situação de concorrência perfeita o preço seria Pc e a quantidade Qc, obtidas a partir do encontro da Receita Média = Preço = Custo Marginal.
Mas havendo monopólio, o preço Pm é maior do que o preço em concorrência perfeita e a quantidade, Qm é menor do que a quantidade de equilíbrio em concorrência perfeita.
Portanto em uma situação de monopólio o consumidor perde o equivalente às áreas A e B do gráfico e o produtor monopolista ganha a área A mas perde a área C. A perda de bem-estar é representada pelas áreas B e C.
Observe que o ganho do produtor será maior ou menor dependendo da elasticidade preço da demando do bem em questão. Se a demanda for elástica o mark-up será pequeno e a empresa terá pouco poder de monopólio. Mas se a demanda for relativamente inelástica, o mark-up será grande e a empresa terá muito poder de monopólio.
Um exemplo esclarece melhor o que ocorre em uma situação de monopólio: suponha que o custo total de produção seja CT(Q)=40+Q2, onde o custo fixo (CF) é 40 e o custo variável (CV) é Q2. Se a demanda é expressa por P(Q) = 20-Q, então a quantidade ótima Q* é obtida igualando a Receita Marginal ao Custo Marginal que é o ponto onde a derivada a função lucro em relação à quantidade é zero, em outras palavras, a inclinação da curva de lucro é zero:
CMg(Q) = ∂CT(Q)/∂Q = 2Q
RT(Q) = (20-Q)Q = 20Q-Q2
RMg(Q) = ∂RT(Q)/∂Q = 20–2Q 
Veja que a receita marginal RMg(Q) = 20–2Q, é diferente do Preço P(Q) = 20-Q. Igualando a receita marginal ao custo marginal tem-se: 20–2Q = 2Q, Q*=5. A essa quantidade P(Q)=15. Observe que para a quantidade ótima Q*=5, o lucro por unidade é:
∏(Q)/Q=RT(Q)/Q-CT(Q)/Q = RMe(Q)-CMe(Q)=(20-Q*)–[(40+Q*2)/Q*]=
∏(5)/5= (20-5)–[(40+52)/5]= 15-13=2.5=10
 P CMe
 CMg
 $15
 $3 RMe=P
 5 Q
 RMg
O lucro unitário obtido pela diferença entre receita média(RMe) e custo médio (CMe) é $12. Como o nível ótimo de produção são 5 unidades, então o lucro total é $60,00.
Outros pontos sobre o Monopólio
O equilíbrio de Monopólio não é Pareto Ótimo! 
Pareto ótimo ou Pareto Eficiente é um conceito desenvolvido por Vilfredo Pareto que diz que uma situação é ótima no sentido de Pareto se não for possível melhorar a situação sem piorar a situação de outro agente econômico. No caso do monopólio não há eficiência na produção. Uma prova disso é que em monopólio a quantidade produzida é menor e o o preço cobrado é maior do que em concorrência perfeita o que leva a perda de bem-estar.
Uma firma é monopólio se nenhuma outra produzir o mesmo bem ou substituto próximo. 
Fatores que levam ao monopólio: concessão governamental, patentes, baseado em recursos, tecnológico ou natural e por boa administração.
No monopólio, assim como para qualquer mercado RMg=CMg
Mas para o monopolista o preço e a receita marginal são variáveis endógenas pois são determinadas pelo monopolista que tem como limite a demanda. 
Do ponto de vista do comprador pode haver uma situação de extremo poder de mercado quando há um único comprador: o monopsônio.
 P DMg
 Oferta=DMe
 B 
 Pc
 Pm A C
 VMg
 Qm Qc Q	
No Caso do monopsônio, assim como no caso do monopólio há perda de bem-estar!
Tendo como foco o comprador, a curva de oferta é a curva de despesa média do monopsonista e acima dela está a curva de despesa marginal. O monopsonista adquire a quantidade Qm obtida pela intersecção das curvas de despesa marginal e valor marginal, que representa a demanda e obtém o preço Pm. 
Se o mercado fosse competitivo o comprador teria que pagar um preço mais elevado e uma quantidade maior Qc. Em termos de bem-estar há uma perda para os produtores (vendedores) representada pelas áreas A e C. Para os compradores (demandantes) há uma ganho representado pela área A e uma perda representada pela área B. O peso morto para a sociedade é representado pelos triângulos B e C.
Assim como no caso do monopólio, o poder de monopsônio também depende da elasticidade mas da oferta. Quando a oferta é elástica a despesa marginal e a despesa média não apresentam muita diferença e assim o preço se aproxima do que seria praticado em um mercado competitivo. Já quando a oferta é inelástica o comprador tem grande poder de mercado.
Mercado Monopolisticamente Competitivo
O mercado monopolisticamente competitivo é semelhante ao perfeitamente competitivo nos seguintes pontos:
Existem muitas empresas;
Há relativa livre entrada de novas empresas.
Contudo, diferentemente da concorrência perfeita os produtos são diferenciados e dessa diferenciação depende o grau ou poder de monopólio presente inicialmente no mercado monopolisticamente competitivo.
Esse mercado, muito comum em nossos dias, tem como exemplos:creme dental, o sabão em pó, sabonete, shampoo, café empacotado, desodorante, creme de barbear, etc. 
São produtos diferenciados por alguma qualidade especial, como o aroma ou alguma propriedade como por exemplo shampoo para alisar cabelos.
Em virtude dessas propriedades especiais os consumidores pagariam mais porém não muito mais. A curva de demanda desses mercados é elástica já que, creme dental é creme dental e xampu, antes de mais nada e assim sendo, possuem substitutos próximos. Portanto, produtos desses gênero tem limitado poder de monopólio.
São Características da Competição Monopolística:
Produtos diferenciáveis altamente substituíveis (mas não substitutos perfeitos), isto é a elasticidade cruzada da demanda é grande mas não infinita. Para relembrar, a elasticidade-preço cruzada da demanda é a variação percentual da quantidade demandada de uma mercadoria como resultado de variação de 1% no preço de outra mercadoria:
 = e
Livreentrada e saída
Na competição monopolística existe algum poder de monopólio o que leva a lucros no curto prazo, mas como existe livre entrada, os lucros atraem novas empresas. Por essa razão a empresa perde participação no mercado, o que faz com que no longo prazo os lucros tendam a zero.
O gráfico à esquerda mostra a situação de curto prazo o preço é maior do que o custo médio, o que leva a empresa a obter lucro (retângulo cinza).
No longo prazo, representado pelo gráfico à direita, o preço torna-se igual ao custo médio e o preço é inferior ao preço do curto prazo. Ou seja, em ambos os casos o preço é superior ao custo marginal só que a entrada de novos ofertadores (concorrentes) atraídos pelo lucro leva a uma redução no preço que tende à situação de concorrência perfeita com lucro zero.
Discriminação de Preço 
Quando um monopolista eleva o preço ele perde alguns mas não todos os clientes.
O monopólio opera num nível ineficiente de produção porque ele não produz uma quantidade adicional para evitar que seu preço vá para baixo.
Mas e se ele vendesse diferentes unidades a preços diferentes?
Ele conseguiria capturar o excedente do consumidor. Veja abaixo:
Se o preço for único, ou seja, P* que corresponde à quatida Q* o produtor/ofertador perde algumas oportunidades. O ideal seria cobrar mais dos consumidores dispostos a pagar mais (capturando assim o excedente do consumir da região A)e menos do que não podem pagar mais, mas desde isso não leve a uma redução no preço para os outros clientes. Assim a empresa capturaria parte do excedente do consumidor situado sob a região B da curva de demanda.
O nome dessa estratégia é discriminação de preço. São três os tipos de discriminação de preço utilizados:
A discriminação de preço de primeiro grau ou discriminação perfeita de preços
Quando o monopolista vende diferentes unidades de produto por diferentes preços e os preços variam de pessoa para pessoa.
O produtor capaz de efetuar a discriminação de preço com perfeição venderá cada unidade do bem ao preço mais alto que puder impor que é o preço de reserva do consumidor. Ou seja, cada unidade é vendida ao consumidor no seu preço de reserva e desse modo não existe excedente do consumidor já que todo excedente fica com o produtor monopolista. 
Apesar se tratar de uma prática utilizada em um mercado monopolista que funciona como uma espécie de leilão, o seu resultado é eficiente no sentido de Pareto uma vez que o lucro do produtor não pode ser aumentado já que é o maior possível e o excedente do consumidor não pode ser aumentado sem reduzir o lucro do produtor.
Exemplos: dentista que cobra preços diferenciados de seus clientes, hotwire;
Relembrar Pareto eficiente
O grande problema é descobrir o preço de reserva do consumidor. Mas às vezes é possível como nos exemplos apresentados. E desse modo, cobrando preços diferenciados há um ganho de bem-estar pois com o preço único P*4 haveria um número menor de consumidores. Quem paga um preço menor , P5 e P6, agora está no mercado e pode consumir!
Discriminação de Preços de Segundo Grau ou Fixação Não-Linear de Preços
A discriminação de preços de segundo grau recebe também a denominação de fixação não-linear de preços já que nesse caso o preço depende da quantidade a ser adquirida.
Um exemplo comum são os descontos que normalmente se obtém quando se compra em grande quantidade.
Mas também a discriminação de preços de segundo grau pode depender da qualidade. Esse é, por exemplo, o caso da primeira e segunda classe em aviões. No caso da discriminação de preço de primeiro grau o monopolista deve conhecer a propensão a pagar de cada pessoa. Já na discriminação de preço de segundo grau o monopolista oferece pacotes diferentes capturando assim pessoas mais e menos propensas a gastar.
Os produtores cobram sempre de acordo com o que o mercado pode suportar. Se fosse cobrado um preço único alguns consumidores simplesmente estariam privados de consumir determinados bens.
Como mostra o gráfico, preços diferentes são cobrados para quantidades diferentes ou “blocos”, da mercadoria. Para cada bloco é cobrado um preço diferente. Observe que os custos médios e marginais são declinantes mostrando que há economias de escala. Isso indica que também nesse caso ( discriminação de preço de segundo graus) há aumento no bem-estar já que permite aumento na produção e redução nos custos.
Discriminação de Preços de Terceiro Grau
Nesse caso o monopolista vende a pessoas deferentes preços diferentes mas não a pessoas individualmente e sim a um grupo de pessoas.
É o tipo mais comum de discriminação de preço: desconto para estudantes
Observe no gráfico que existem dois grupos de demanda ou consumidores representados pelas curvas D1 e D2, sendo a primeira mais inelástica e cobra preço mais elevado (P1) e a segunda é mais elástica.

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