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TRABALHO CIÊNCIAS POLÍTICAS

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Instituto de Ciências Jurídicas - Campus Alphaville 
EDUARDOA DE SOUZA SILVA
Matricula: B971851 
Turma:DR1A06
	TRABALHO CIÊNCIAS POLÍTICAS	
PROF°Mario Luiz Guide
1.INTRODUÇÃO
Breve historia Forma de governo ou sistema político
 
Em ciência política, chama-se forma de governo (ou sistema político) o conjunto de instituições políticas por meio das quais um Estado se organiza a fim de exercer o seu poder sobre a sociedade. Cabe notar que esta definição é válida mesmo que o governo seja considerado ilegítimo.
Tais instituições têm por objetivo regular a disputa pelo poder político e o seu respectivo exercício, inclusive o relacionamento entre aqueles que o detêm (a autoridade) com os demais membros da sociedade (os administrados).
A forma de governo adotada por um Estado não deve ser confundida com a forma de Estado (unitária ou federal) nem com seu sistema de governo (Monarquismo, presidencialismo, parlamentarismo, dentre outros).
Outra medida de cautela a ser observada ao estudar-se o assunto é ter presente o fato de que é complicado categorizar as formas de governo. Cada sociedade é única em muitos aspectos e funciona segundo estruturas de poder e sociais específicas. Assim, alguns estudiosos afirmam que existem tantas formas de governo quanto há sociedades.
Tendo em mente a dificuldade em classificar-se as formas de governo, estas são tradicionalmente categorizadas em:
Monarquia
República
Anarquia (com ausência de Estado, autogoverno)
Para Aristóteles, reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política, as formas de governo são subdivididas em 2 grupos, o de "formas puras" e o de "formas desviadas":
Formas PURAS de Governo (governo para o bem geral):
Monarquia - Governo de um só
Aristocracia - Governo poucos ou dos melhores
Democracia - Governo do povo
Formas IMPURAS de Governo (governo para o bem individual ou de um grupo):
Tirania - Governo de um só para o seu interesse ou de um grupo familiar
Oligarquia - Governo de poucos para seu interesse ou de um grupo social
Demagogia ou Politéia - Governo exercido pela maioria para oprimir a minoria
Outras formas de exercício do poder
Esta seção combina formas de governo, sistemas de governo e conceitos afins. Cada Estado pode adotar elementos de mais de um sistema.
Autocracia, Autoritarismo, Fascismo, Absolutismo, Despotismo esclarecido, Despotismo, Ditadura, Ditadura militar, Monarquia (uma variante, a monarquia constitucional, não pode ser considerada autocracia), Monarquia absoluta (historicamente, o mesmo que absolutismo), Totalitarismo, Nacional-Socialismo, Tirania 
 Democracia, Democracia direta, Democracia indireta(ou Democracia representativa), Democracia semi direta, Democracia orgânica (podendo ser semidireta em alguns países, mas sempre com corporativismo), Corporativismo, Parlamentarismo, Presidencialismo, Semi-presidencialismo
Oligarquia, Aristocracia, Aristocracia, Cleptocracia, Gerontocracia, Meritocracia, Plutocracia, Tecnocracia
2. PROBLEMAS DO ESTADO CONTEMPORÂNEO: LIBERDADE E IGUALDADE DO HOMEM SOCIAL
Desde o surgimento do Estado que os indivíduos vêem suas vidas reguladas por ele, pois o Estado passa a ter uma capacidade própria, jurídica, enquanto o sujeito de direito internacional público, o qual a partir disso tem direitos e deveres que devem ser cumpridos por todos os seus membros, ou seja, o Estado e a sociedade para continuarem a existir precisam estar organizados. Essa organização do estado é conhecida como personalidade jurídica do Estado e tem como base a teoria da ficção e a teoria realista.
A teoria da ficção está alçada na lei e no direito, o que dá ao Estado a capacidade de ter direito, ou seja, a responsabilidade sobre os cidadãos.
Em contrapartida, a teoria realista encarregou-se de humanizar o Estado, ou seja, coloca-o como um organismo biológico reconhecendo-o como um grande sujeito, isto é, esta teoria coloca o Estado como algo natural, como se ele fosse indispensável para a sobrevivência da sociedade. Porém, o Estado possui “uma regulação jurídica imperfeita”[1] apesar de ter poder superior aos outros sujeitos, pois o que o tornava diferente das outras pessoas jurídicas é o fato de somente ele ter soberania.
Contudo, essa soberania quando entra no plano internacional é posta em dúvida, já que “só tem soberania os estados que dispõem de suficiente força para impor uma vontade”[2], ou seja, a soberania é substituída pelo poder econômico e político mundial, o que por sua vez é regulado pelos estados “desenvolvidos” os quais moldam o plano internacional conforme seus interesses políticos e econômicos, o que pode ser confirmado através da corrida imperialista iniciada pelos europeus e consolidada pelo imperialismo norte-americano.
O fato é que os países imperialistas conquistaram seu poder através da força arbitrária, colocando na lama a soberania de Estados mais “fracos”,
Os estados mundiais do pós 1945 passaram a unir forças através da formação de blocos econômicos buscando objetivos comuns chamados de organização para fins específicos, cuja finalidade está limitada às questões econômicas.
Várias organizações foram criadas, onde algumas delas tinham a pretensão de “reunir todos os estados do mundo”[3] de forma harmônica e universal.
A mais conhecida é a ONU – Organização das Nações Unidas, que se intitula como guardiã da paz e da esperança. Contudo, o que vemos é a sua ineficiência quando está diante de proteger a soberania dos estados contra o desrespeito dos países imperialistas, os quais fazem o que querem e ultrapassam os direitos dos estados mais “fracos”, tornando-se uma organização falida, já que não resolve os problemas que são de sua competência fazendo com que desaparecessem “os limites entre o público e o privado”[4].
O ser humano em sua grandeza e plenitude, como ser social, que busca apenas por liberdade e felicidade, além da igualdade entre todos simplesmente desapareceu diante da fortaleza do Estado, não conseguindo impor-se enquanto cidadão. O Estado pensa e imagina tudo que os seus súditos gostariam que acontecesse, como se os mesmos não existissem, como se fossem meros figurantes nesta viagem da humanidade.
Infelizmente não podemos definir o homem fora do Estado, pois esta instituição perversa tomou todos os poderes para si. Quando falamos em perversa, não estamos nos voltando contra o Estado, mas sim contra a forma de organização do Estado burguês, neoliberal, que nada faz a não ser cumprir os caprichos de determinadas classes sociais que formam a sociedade, pensando por todos.
Acreditamos que seja possível uma outra forma de organização social que não seja tão maléfica para o cidadão comum, o que já é uma outra história.
3.O papel do Estado segundo Thomas Hobbes
Para Hobbes, o Estado deve regular as relações humanas
Considerado como um dos teóricos do poder absolutista em vigor na Idade Moderna, Thomas Hobbes viveu entre 1588 e 1679. Para Hobbes, o Estado deveria ser a instituição fundamental para regular as relações humanas, dado o caráter da condição natural dos homens que os impele à busca do atendimento de seus desejos de qualquer maneira, a qualquer preço, de forma violenta, egoísta, isto é, movida por paixões.
Afirmava que os homens não tiram prazer algum da companhia uns dos outros quando não existe um poder capaz de manter a todos em respeito, pois cada um pretende que seu companheiro lhe atribua o mesmo valor que ele atribui a si próprio. Dessa forma, tal situação seria propícia para uma luta de todos contra todos pelo desejo do reconhecimento, pela busca da preservação da vida e da realização daquilo que o homem (juiz de suas ações) deseja. Deste ponto de vista surgiria a famosa expressão de Hobbes: “O homem é o lobo do homem”.
Daí, nas palavras de Hobbes, “se dois homens desejam a mesma coisa [...] eles setornam inimigos”. Todos seriam livres e iguais para buscarem o lucro, a segurança e a reputação. Nas palavras de Francisco Welfort, em sua obra intitulada Os Clássicos da Política (2006), a igualdade entre os homens, na visão de Hobbes, gera ambição, descontentamento e guerra. A igualdade seria o fator que contribui para a guerra de todos contra todos, levando-os a lutar pelo interesse individual em detrimento do interesse comum. Obviamente, isso seria resultado da racionalidade do homem, uma vez que, por ser dotado de razão, possui um senso crítico quanto à vivência em grupo, podendo criticar a organização dada e, assim, nas palavras de Hobbes, julgar-se mais sábio e mais capacitado para exercer o poder público.
Dessa forma, a questão da igualdade e da liberdade em Hobbes é vista de forma diferente daquela leitura mais convencional destes termos, com significados “positivos”, como se viu nas revoluções contra o poder absolutista dos reis, principalmente no caso da Revolução Francesa. Logo, a liberdade segundo Hobbes seria prejudicial à relação entre os indivíduos, pois na falta de “freios”, todos podem tudo, contra todos.
A paz somente seria possível quando todos renunciassem a liberdade que têm sobre si mesmos. Hobbes discorre sobre as formas de contratos e pactos possíveis em sua obra Leviatã, apontando ser o Estado o resultado do “pacto” feito entre os homens para, simultaneamente, todos abdicarem de sua “liberdade total”, do estado de natureza, consentindo a concentração deste poder nas mãos de um governante soberano. Seria necessária a criação artificial da sociedade política, administrada pelo Estado, estabelecendo-se uma ordem moral para a brutalidade social primitiva. Citando Hobbes, Francisco Welfort mostra que o Estado hobbesiano seria marcado pelo medo, sendo o próprio Leviatã um monstro cuja armadura é feita de escamas que são seus súditos, brandindo ameaçadora espada, governando de forma soberana por meio deste temor que inflige aos súditos. Em suma, este Leviatã (ou seja, o próprio Estado soberano) vai concentrar uma série de direitos (que não podem ser divididos) para poder deter o controle da sociedade, em nome da paz, da segurança e da ordem social, bem como para defender a todos de inimigos externos. Mais especificamente, nas palavras de Hobbes:
“Isso é mais do que consentimento ou concórdia, pois resume-se numa verdadeira unidade de todos eles, numa só e mesma pessoa, realizada por um pacto de cada homem com todos os homens [...] Esta é a geração daquele enorme Leviatã, ou antes – com toda reverência – daquele deus mortal, ao qual devemos, abaixo do Deus Imortal, nossa paz e defesa” [...] É nele que consiste a essência do Estado, que pode ser assim definida: ‘Uma grande multidão institui a uma pessoa, mediante pactos recíprocos uns aos outros, para em nome de cada um como autora, poder usar a força e os recursos de todos, da maneira que considerar conveniente, para assegurar a paz e a defesa comum’. O soberano é aquele que representa essa pessoa”. (HOBBES, 2003, p.130-1 31).
Dessa forma, estes seriam alguns dos princípios que justificariam os discursos do poder absolutista ao longo da Idade Moderna. Fica evidente que neste modelo de Estado que desconsiderava as liberdades individuais não haveria espaço para a democracia e suas instituições. Ao contrário, os usos da força, da austeridade e da repressão, geram sociedades onde prevalece a desigualdade, a instabilidade, o medo e o esvaziamento da discussão política. Por isso, o final da Idade Moderna foi marcado pela Revolução Francesa, encabeçada por uma burguesia descontente com os desmandos de um rei e desejosa por participação política. Assim, ao se olhar para a História, é possível ver que as características deste Estado Soberano não se limitaram às monarquias na Europa, mas também se fizeram presentes – mesmo que indiretamente e com outra roupagem – em diversos regimes ditatoriais como no Brasil e em tantos outros países na segunda metade do século XX, guardadas as devidas proporções. Da mesma forma, é contra Estados totalitários com tais características que lutam hoje muitos povos do norte da África e do Oriente Médio.
FONTE:LIVRO ELEMENTOS DE TEORIA GRAL DO ESTADO.(Dalmo de Abreu Dalari) Professor Titular da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.

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