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TIPOS DE ARGUMENTAÇÃO JURIDICA

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Universidade Estadual de Maringá
Direito -1º Noturno 32
Pesquisa Jurídica
Professora: Valéria Silva Galdino Cardin
Aluna: Ana Clara da Silva Cohn
RA: 92945
 Tipos de Argumentação 
Autoridade
Consiste em trazer em abono da proposição inicial a opinião de especialistas e doutores no tema sobre o qual vai argumentar-se. São as citações de doutrina, de artigos especializados e orientações sumuladas pelos Tribunais Superiores. Possui duplo efeito: primeiro, de fazer presumir-se certa a conclusão, porque emanada de alguém de notório conhecimento; segundo, de revelar que a conclusão é isenta de parcialidade.
Exemplo: Segundo Freire “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para sua produção ou sua construção”.
Analogia
É o argumento segundo se os fatos são semelhantes, a decisão deve ser a mesma. É,  na verdade, aplicação do princípio de que as situações iguais  devem ser tratadas igualmente. O  argumento por analogia se constrói a partir da citação de jurisprudência. 
Exemplo: Se o dono de um estabelecimento comercial é obrigado a pagar tributos para ter o direito de vender sua mercadoria, por analogia, um camelô também deveria pagar tributos sobre a mercadoria comercializada.
Senso Comum
É aquele que invoca princípio genérico, indiscutível, conhecido por toda a sociedade, Seu efeito suasório é reduzido e, por isso, ele deve ser utilizado como reforço a um argumento mais específico. 
Exemplo: Sabe-se que quem tem o nome incluído no SPC passa por uma situação constrangedora. Sendo assim, aquele cujo nome foi inserido indevidamente nesse cadastro tem direito à indenização por danos morais.
Contrario Sensu 
Fundamentado sempre no princípio da legalidade. É a invocação ao interlocutor de que, se a norma jurídica prescreve uma conduta e sua transgressão uma sanção (direta ou indireta) devem-se excluir de sua incidência todos os sujeitos que não sejam alvo literal daquele preceito. 
Exemplo: é lícita a prisão cautelar quando houver indícios de autoria, assim, na interpretação inversa, a ausência desses indícios torna a prisão ilegal.
Ao Absurdo
Tende a mostrar a falsidade. É procurar no discurso argumentativo um dado não verdadeiro que tenha permitido o desvio no raciocínio. Demonstrar o absurdo de um texto restabelecendo a verdade que nele deva estar contida. Para isso, apresenta-se o sentido correto. Trata-se de uma argumentação indireta e tem por fundamento lógico o fato de que duas ideias contraditórias não podem ser verdadeiras e falsas ao mesmo tempo. É também um argumento de fuga, muito comum no discurso político atual. Elevar ao ridículo é parte do argumento ad absurdum.
Exemplo: Fábula dos dois leões (funcionário público).Com humor, a argumentação ultrapassa o que seria o teor meramente expositivo para alcançar o resultado suasório. No discurso judiciário, o papel do humor é bastante discutível. Se mal colocado, o ridicularizador torna-se ridículo. 
Coherentia
 Aparentemente duas normas jurídicas regulam o mesmo fato. No caso de brechas na lei, quando se trata de coerência, devem-se procurar falhas na enunciação do conjunto normativo. A lei não é um dogma inatingível, a decisão judicial também é a aplicação do Direito (o Direito posto),a lei é uma diretriz dogmática, sujeita à construção argumentativa.
Exemplo: Não é coerente qualificar um único homicídio de doloso e culposo ao mesmo tempo.
A Fortiori
É decorrente de um outro argumento, que o sustenta ao se tratar de uma proposição geralmente aceita. Afirma que o texto de uma lei deve ser aplicado em maior ou menor grau num fato, de acordo com as razões que ditaram naquele texto. Justifica regras de conduta. Ocorre na interpretação extensiva, ou seja, é inaplicável no Direito singular.
Exemplo: Se a negligência deve ser punida, tanto mais o ato premeditado.
Axiológico
Trata do argumento baseado em valores. Também muito utilizado nos discursos em geral, esse argumento apresenta força relativa, pois varia de acordo com a adequação com o público ao qual se destina. Não se analisa aqui, o argumento em si, sua elaboração, mas a receptividade que terá, na medida em que os valores contidos no argumento axiológico sejam compatíveis com o público. 
Exemplo: Um fato é criminoso, mas considerado dentro de um contexto de justificação, como a legítima defesa, por exemplo, deixa de ser criminoso. 
Premência
Procura demonstrar a argumentação a partir da urgência ou necessidade que a situação a ser defendida necessita.
Exemplo: Necessidade de liminar em ação de alimentos visto que o estado de filiação já está reconhecido e há demonstração de que o menor está desamparado materialmente. 
Preventiva 
É um tipo de argumentação que deve ser utilizada com outro tipo de argumento. Cria-se uma situação que nem sempre corresponde à realidade futura, a fim de prevenir-se algo. 
Melhor Opção 
Tenta-se demonstrar que a situação alvo da argumentação corresponde a um dilema para o qual deverá ser feita a escolha entre a solução indicada pelo argumentador e pelo seu adversário.
Ab Inutile Sensu 
De acordo com esse argumento, as leis não devem conter palavras inúteis. 
Redução ao ridículo 
É uma afirmação quando entra em conflito, sem justificação, com uma opinião aceita. Trabalha basicamente voltada para a argumentação a ser ridicularizada. Consiste em realçar aspectos negativos da argumentação do oponente e maximizá-lo dando-lhe ênfase como em uma caricatura. Compromete a argumentação através de criticas e induz ao sofismo.
Exemplo: Em uma ação de dano moral pelo fato de um estabelecimento comercial “reter” uma pessoa até a chegada da polícia, pelo fato daquele estar tentando passar uma nota de R$ 20,00 falsa.
Pragmático 
Fundamenta-se em juízos de fato, busca caminhos para solucionar problemas e só tem valor se resolver problemas práticos.
Exemplo: A não aplicação a pena de morte porque esta é inútil ao combate ao crime.
Teleológico 
É o tipo de argumento que se baseia numa finalidade. Analisa-se se os objetivos estão sendo cumpridos ou desviados. 
Exemplo: A apresentação de jurisprudências no sentido de uniformizar as decisões judiciais, dar-lhes a mesma finalidade (tutelar da mesma forma direito pleiteado), visando o mesmo e bom cumprimento das normas jurídicas. Une-se os fatos já julgados pleiteando julgamento procedente.
Ab Exemplo
Confirma a regra que se pretende provar. Pelo exemplo faz-se um feedback no leitor. Exemplo é espécie de argumento que vai do fato a regra. O exemplo pode servir ora apenas como uma ilustração, ou, como efetivo meio de se comprovar regra útil ao discurso.
Exemplo: A acusação afirma que o réu deve ser responsabilizado pelo homicídio, admitindo que sua participação foi apenas a de vender a arma ao verdadeiro executor, ele não poderia matar a vítima. 
Causalidade 
Esse tipo de argumento avalia a causa, o porquê de uma dada situação. Dependendo da causa que deu origem a um fato negativo tal qual encontramos na realidade, pode-se até mesmo dizer que o problema central não está no fato em si, mas na causa; destarte, as medidas que devem ser tomadas não dirão respeito ao fato, mas à sua origem.
Exemplo: Ao criticar a pena de morte, o argumentador, com o fito de atenuar a responsabilidade do criminoso, alega que a causa precípua da criminalidade está na própria sociedade, que não propicia condições mínimas de sobrevivência para algumas pessoas; estas, não encontrando outra saída, praticam o crime. 
Histórico 
Consiste na construção de um fato no tempo e no espaço, com certo poder de generalização. Significa dizer que a aplicação de uma norma jurídica, por exemplo, teve, historicamente, tais e tais implicações em determinado lugar e época, e que, portanto seria (ou não) conveniente repetir a experiência. Mostrar estatísticas é uma maneira de se utilizar o argumento histórico, uma vez que permite comprovar a defesa ou o ataque a uma teoria através de fatos.
Psicológico
Procura a vontade do legislador pela análise das discussões ocorridasno processo que deu origem a uma lei. 
Exemplo: Argumento psicológico da intimidação na pena de morte. Uma das intenções do legislador é que o criminoso, diante do risco de perder a vida, pensa duas ou mais vezes na consequência fatal do delito, acabando por desistir de praticá-lo. 
Sistemático 
Parte da hipótese de que o direito é ordenado, e que suas diversas normas foram um sistema cujos elementos podem ser interpretados em função do contexto onde se encontram inseridos. 
Exemplo: As normas inseridas no campo de Direito Penal serão interpretadas segundo o princípio de que na dúvida o réu deve ser favorecido.

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