Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PLANEJAMENTO MESTRE DA PRODUÇÃO O QUE É UM PLANO-MESTRE ? É o programa antecipado de produção daqueles itens a cargo do programador-mestre, que envolve uma série de decisões de planejamento que dirigem o planejamento de necessidade de materiais (MRP). O programa-mestre deve levar em conta a demanda, o plano de produção (ou S&OP),e outras importantes considerações. Ele é a representação combinada de previsões de demanda, pendências, o estoque projeto disponível e a quantidade disponível para promessa QUAL O OBJETIVO DE UM PLANO MESTRE ? Coordenar a demanda do mercado com os recursos internos da empresa de forma a programar taxas adequadas de produção e produtos finais PLANO MESTRE DE PRODUÇÃO A essência do planejamento da produção é a conciliação dos dois propósitos; Plano de Vendas melhor utilização do capital; Plano de Produção melhor utilização dos recursos produtivos (M.O., Equipamentos, etc.); Decisões; Que Produtos Fazer: plano de vendas; Quanto Fazer: plano de vendas; Quando e Como Fazer: plano de produção. ELABORAÇÃO DO PLANO DE PRODUÇÃO # CONVERSÃO DO PLANO DE VENDAS # Atenuação da demanda sazonal; evitar a utilização irregular dos equipamentos e da mão- de-obra; problema: imobilização de capital em estoques; J F M A M J J A S O N D Total Plano de Vendas 10 30 50 20 10 120 Método A Plano de Produção 10 30 50 20 10 120 Estoque planejado Método B Plano de Produção 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 120 Estoque planejado 10 20 30 40 50 60 70 70 50 10 O QUE UM MPS (MASTER PRODUCTION SCHEDULER) BEM GERENCIADO PODE TRAZER ? Melhora o processo de promessa de ordens para clientes Melhora a gestão de estoques de produtos acabados Melhora o uso e a gestão da capacidade produtiva Melhora a integração na tomada de decisão entre funções (decisões com base objetiva) Oferece um nível adequado de serviços para os clientes, pois considera restrições de estoque, recursos produtivos e tempo disponíveis DESDOBRAMENTO EM PLANOS OPERACIONAIS Os planos estratégicos tem que se desdobrar em Planos Operacionais Táticos para se tornarem realidade: Plano de Vendas: número de unidades que os representantes de vendas deverão esforçar-se para vender Plano de Marketing: mercados a atacar, produtos, preços, promoções e esquemas de distribuição que serão utilizados Plano de Engenharia: Programas e projetos a serem desenvolvidos Plano de finanças: receitas, orçamentos de despesas e margens de lucro visados Plano de manufatura: o que, quanto, quando e com que recursos a fábrica vai produzir NÍVEL ENTRE ESTRATÉGIAS FUNCIONAIS E OPERAÇÃO I Gerência Intermediária É responsável pelo desenvolvimento de planos de nível mais baixo (mais detalhados e de horizonte mais curto) e por sua execução. Garante a “ligação” do trabalho detalhado com planos agregados de alta direção NÍVEL ENTRE ESTRATÉGIAS FUNCIONAIS E OPERAÇÃO II Planejador Mestre - Compatibilizador da Gerência Intermediária Sua habilidade de balancear suprimento e demanda – dá a empresa a oportunidade de evitar o caos na fábrica sem deixar de atender aos níveis variáveis e pouco previsíveis da demanda “Colchão” entre um conjunto de atividades da empresa (vendas) e outro (manufatura) NÍVEL ENTRE ESTRATÉGIAS FUNCIONAIS E OPERAÇÃO III • Achar a melhor solução intermediária, aquela capaz de satisfazer adequadamente os possíveis objetivos conflitantes dentro da organização, seja entre diferentes funções, seja entre diferentes níveis hierárquicos de planejamento. • Tentar programar a produção de forma a manter suas taxas de produção o mais estável possível, com mínima formação de estoques, levando em conta, para isso, os custos envolvidos; por um lado, de variar as taxas de produção e, por outro, de carregar estoques NÍVEL ENTRE ESTRATÉGIAS FUNCIONAIS E OPERAÇÃO VI Como a empresa pode suavizar seu programa de produção com a demanda do mercado exigindo atendimento na forma de picos e vales ? Uso de estoques de produtos acabados Gerenciamento de suprimento pelo uso de horas extras, sub-contratação, turnos extras... Gerenciamento de demanda sugerindo promoções, oferecendo vantagens para clientes que recebem mercadorias adiantado e descontos para clientes que aceitarem postergar determinado recebimento NÍVEL ENTRE ESTRATÉGIAS FUNCIONAIS E OPERAÇÃO V Variação dos tempos de promessa de entrega quando a oferta ou variação dos tempos internos de atravessamento via alteração de prioridades; Combinações das alternativas anteriores: gerenciando suprimentos, demanda e lead-times. Recusa de pedidos que não possam ser entregues como solicitado, para evitar gerar caos na fábrica, internalizando um pedido que, já de início, está atrasado REGISTROS BÁSICOS DO MPS I Demanda independente Previsão de demanda que ocorrerá de forma independente da demanda de qualquer outro item do sistema, por exemplo, a demanda que o mercado consumirá, com os itens sendo vendidos diretamente ao cliente. Demanda dependente Identifica as quantidades do item em questão que serão vendidos no futuro, como parte de algum outro produto. Pedidos em carteira Referem-se a ordens de clientes de produtos que já foram vendidos, mas ainda não foram despachados REGISTROS BÁSICOS DO MPS II Linha MPS Cada quantidade que aparece nesta linha, representa uma quantidade de um item determinado que precisa estar pronto num momento específico do tempo. Estoque projetado disponível Projeta a quantidade que vai estar disponível em estoque do item de MPS em determinado momento do futuro. É também onde o MPS baseia suas sugestões, visando balancear suprimento e demanda Disponível para promessa Suporta o processo de promessa de datas e quantidades para entrega a clientes, e projeta, a grosso modo, o suprimento de produtos menos os pedidos em carteira EXEMPLO DA LAPISEIRA P207 DINÂMICA DO PLANO MESTRE DE PRODUÇÃO O MPS DIRIGE O MRP O próximo passo do processo é comunicar este plano de montagem final para os níveis de baixo da estrutura de produto da lapiseira, para garantir que materiais e capacidade de produção estarão disponíveis quando necessários Lapiseira P207 LT=1 atraso 1 2 3 4 5 6 7 8 Previsão de dem. independ. 200 200 200 200 200 200 200 200 Demanda dependente Pedidos em carteira Demanda total 200 200 200 200 200 200 200 200 Estoque projet. disponível 240 40 240 40 240 40 240 40 240 Disponível para promessa Programa mestre (MPS) 400 400 400 400 Corpo externo Lote min=50; LT=2; ES=80 atraso 1 2 3 4 5 6 7 8 Necessidade brutas 400 400 400 400 Recebimentos programados 400 Estoque projetado 80 80 80 80 80 80 80 80 80 Recebim. Ordens Planej. 400 400 400 Liberação Ordens Planej. 400 400 400 Presilha de bolso Lote min=90; LT=1; ES=500 atraso 1 2 3 4 5 6 7 8 Necessidade brutas 400 400 400 400 Recebimentos programados 400 Estoque projetado 550 550 550 500 500 500 500 500 500 Recebim. Ordens Planej. 350 400 400 Liberação Ordens Planej. 350 400 400 Miolo Lote min=1; LT=1; ES=60 atraso 1 2 3 4 5 6 7 8 Necessidade brutas 400 400 400 400 Recebimentos programados 350 Estoque projetado 120 70 70 60 60 60 60 60 60 Recebim. Ordens Planej. 390 400 400 Liberação Ordens Planej. 390 400 400QUESTÕES-CHAVE A SEREM ANALISADAS PARA DECIDIR MODIFICAR O MPS A demanda realmente mudou? Qual o impacto da mudança no plano de vendas e operações? Há capacidade suficiente para suportar a alteração? Há materiais suficientes para suportar a alteração? Quais são os riscos e custos envolvidos na mudança? MPS NOS VÁRIOS AMBIENTES PRODUTIVOS I Há diferenças substanciais em gerenciar um processo de plano mestre de produção, conforme o tipo de produção, principalmente em termos da possibilidade ou não de o gestor usar estoques nos vários estágios do processo produtivo Make to Stock (MTS) – Fazer para estoque Os produtos são feitos para serem estocados e só então consumidos O estoque pode ser feito de produtos acabados ou semi-acabados Assembly to Order (ATO) – Montagem sob encomenda Empresas que conhecem seus componentes até o nível de submontagens Produto acabado depende de definições específicas de cada cliente MPS NOS VÁRIOS AMBIENTES PRODUTIVOS II Make to order (MTO) – Manufatura sob encomenda O pedido do cliente traz especificações de manufatura dos componentes em si, que são feitos muitas vezes com base em desenhos fornecidos pelo cliente Possível estoque de matérias-primas (variedade não muito grande) Engineer to Order (ETO) – Customização sob encomenda Tanto o projeto, quanto a manufatura de componentes e montagem final são feitos só a partir de uma solicitação do cliente POSSIBILIDADE DE MANUTENÇÃO DE ESTOQUES PARA VÁRIOS AMBIENTES DE MANUFATURA I Em determinadas situações, é conveniente “isolar” o ambiente produtivo em si das variabilidades do mercado, usando, para isso, estoques estratégicos: ATO Possibilidade restritiva Não pode colocar sua “proteção” no nível dos produtos acabados, mas pode colocá-la, se assim quiser, em qualquer outro nível inferior com base nos subconjuntos (ou submontagens) MTO Possibilidade de isolamento só pode se dar do nível de matérias-primas para trás, tendo a fábrica que ser necessariamente reativa daí para frente ETO Nenhum isolamento é possível, pois a armazenagem de qualquer elemento pode ser muito arriscada POSSIBILIDADE DE MANUTENÇÃO DE ESTOQUES PARA VÁRIOS AMBIENTES DE MANUFATURA II excesso de capacidade velocidade flexibilidade excesso de capacidade velocidade flexibilidade Produtos finais Semi acabados Matérias primas ETO Engineer to Order MTO Make to Order ATO Assembly to Order MTS Make to Stock estabilidade alta utilização de capacidade estabilidade alta utilização de capacidade Incertezas e variabilidades da demanda EXERCÍCIO MPS DESCRIÇÃO DA EMPRESA Empresa produtora de sucos de frutas em embalagem tetrapak, que atende ao mercado brasileiro e para exportação. Trabalham sob previsão de demanda para o mercado brasileiro e com pedidos firmes para o mercado externo Atualmente possuem uma promoção com um “pack” que traz duas embalagens de suco, sendo uma delas sempre de laranja EXERCÍCIO Defina o Plano Mestre de Produção, os estoques projetados disponíveis (para atendimento aos pedidos em carteira) e os estoques disponíveis para promessa de data de entrega (estoques não comprometidos com pedidos colocados) – horizonte de 6 meses (janeiro a junho) Capacidade de produção mensal : 400.000 unidades Previsão de demanda de suco de laranja 300.000 unidades nos meses de janeiro, fevereiro e março 200.000 unidades nos meses de abril, maio e junho Previsão de demanda do pack 2 sucos 200.000 unidades nos meses de março, abril, maio e junho Pedidos firmes para suco de laranja 100.000 unidades nos meses de fevereiro e junho Verifique se é possível atender à demanda colocada Caso não seja possível, indique possibilidades de encaminhamento para que a demanda seja atendida PLANO MESTRE DE PRODUÇÃO – SUCO DE LARANJA Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Previsão de demanda independente 300.000 300.000 300.000 200.000 200.000 200.000 Previsão de demanda dependente 0 0 200.000 200.000 200.000 200.000 Pedidos firmes 0 100.000 0 0 0 100.000 Demanda total 300.000 400.000 500.000 400.000 400.000 500.000 Plano Mestre de Produção 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 Estoque projetado 100.000 0 0 0 0 0 Estoque disponível 0 100.000 0 0 0 -100.000
Compartilhar