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Aula 4 - MPS

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PLANEJAMENTO MESTRE DA
PRODUÇÃO
O QUE É UM PLANO-MESTRE ?
É o programa antecipado de produção daqueles itens a cargo 
do programador-mestre, que envolve uma série de decisões de 
planejamento que dirigem o planejamento de necessidade de 
materiais (MRP). O programa-mestre deve levar em conta a 
demanda, o plano de produção (ou S&OP),e outras 
importantes considerações. Ele é a representação combinada 
de previsões de demanda, pendências, o estoque projeto 
disponível e a quantidade disponível para promessa
QUAL O OBJETIVO DE UM PLANO
MESTRE ?
Coordenar a demanda do mercado com os recursos 
internos da empresa de forma a programar taxas 
adequadas de produção e produtos finais
PLANO MESTRE DE PRODUÇÃO
 A essência do planejamento da produção é a 
conciliação dos dois propósitos;
 Plano de Vendas  melhor utilização do 
capital;
 Plano de Produção  melhor utilização dos 
recursos produtivos (M.O., Equipamentos, 
etc.);
 Decisões;
 Que Produtos Fazer: plano de vendas;
 Quanto Fazer: plano de vendas;
 Quando e Como Fazer: plano de produção.
ELABORAÇÃO DO PLANO DE PRODUÇÃO
# CONVERSÃO DO PLANO DE VENDAS #
 Atenuação da demanda sazonal;
 evitar a utilização irregular dos equipamentos e da mão-
de-obra;
 problema: imobilização de capital em estoques;
J F M A M J J A S O N D Total
Plano de Vendas 10 30 50 20 10 120
Método A Plano de Produção 10 30 50 20 10 120
Estoque planejado
Método B Plano de Produção 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 120
Estoque planejado 10 20 30 40 50 60 70 70 50 10
O QUE UM MPS (MASTER PRODUCTION
SCHEDULER) BEM GERENCIADO PODE
TRAZER ?
 Melhora o processo de promessa de ordens para clientes
 Melhora a gestão de estoques de produtos acabados
 Melhora o uso e a gestão da capacidade produtiva
 Melhora a integração na tomada de decisão entre 
funções (decisões com base objetiva)
 Oferece um nível adequado de serviços para os clientes, 
pois considera restrições de estoque, recursos produtivos 
e tempo disponíveis
DESDOBRAMENTO EM PLANOS
OPERACIONAIS
 Os planos estratégicos tem que se desdobrar em Planos Operacionais 
Táticos para se tornarem realidade:
 Plano de Vendas: número de unidades que os representantes de vendas 
deverão esforçar-se para vender
 Plano de Marketing: mercados a atacar, produtos, preços, promoções e 
esquemas de distribuição que serão utilizados
 Plano de Engenharia: Programas e projetos a serem desenvolvidos
 Plano de finanças: receitas, orçamentos de despesas e margens de lucro 
visados
 Plano de manufatura: o que, quanto, quando e com que recursos a 
fábrica vai produzir
NÍVEL ENTRE ESTRATÉGIAS FUNCIONAIS E
OPERAÇÃO I
 Gerência Intermediária
 É responsável pelo desenvolvimento de planos de 
nível mais baixo (mais detalhados e de horizonte 
mais curto) e por sua execução.
 Garante a “ligação” do trabalho detalhado com 
planos agregados de alta direção
NÍVEL ENTRE ESTRATÉGIAS FUNCIONAIS E
OPERAÇÃO II
 Planejador Mestre - Compatibilizador da Gerência 
Intermediária
 Sua habilidade de balancear suprimento e demanda – dá a 
empresa a oportunidade de evitar o caos na fábrica sem deixar 
de atender aos níveis variáveis e pouco previsíveis da demanda
 “Colchão” entre um conjunto de atividades da empresa 
(vendas) e outro (manufatura)
NÍVEL ENTRE ESTRATÉGIAS FUNCIONAIS E
OPERAÇÃO III
• Achar a melhor solução intermediária, aquela capaz de 
satisfazer adequadamente os possíveis objetivos conflitantes 
dentro da organização, seja entre diferentes funções, seja entre 
diferentes níveis hierárquicos de planejamento.
• Tentar programar a produção de forma a manter suas taxas de 
produção o mais estável possível, com mínima formação de 
estoques, levando em conta, para isso, os custos envolvidos; por 
um lado, de variar as taxas de produção e, por outro, de 
carregar estoques
NÍVEL ENTRE ESTRATÉGIAS FUNCIONAIS E
OPERAÇÃO VI
 Como a empresa pode suavizar seu programa de 
produção com a demanda do mercado exigindo 
atendimento na forma de picos e vales ?
 Uso de estoques de produtos acabados
 Gerenciamento de suprimento pelo uso de horas extras, 
sub-contratação, turnos extras...
 Gerenciamento de demanda sugerindo promoções, 
oferecendo vantagens para clientes que recebem 
mercadorias adiantado e descontos para clientes que 
aceitarem postergar determinado recebimento
NÍVEL ENTRE ESTRATÉGIAS FUNCIONAIS E
OPERAÇÃO V
 Variação dos tempos de promessa de entrega quando a 
oferta ou variação dos tempos internos de 
atravessamento via alteração de prioridades;
 Combinações das alternativas anteriores: gerenciando 
suprimentos, demanda e lead-times.
 Recusa de pedidos que não possam ser entregues como 
solicitado, para evitar gerar caos na fábrica, 
internalizando um pedido que, já de início, está atrasado
REGISTROS BÁSICOS DO MPS I
 Demanda independente
 Previsão de demanda que ocorrerá de forma independente da demanda de qualquer 
outro item do sistema, por exemplo, a demanda que o mercado consumirá, com os 
itens sendo vendidos diretamente ao cliente.
 Demanda dependente
 Identifica as quantidades do item em questão que serão vendidos no futuro, como 
parte de algum outro produto.
 Pedidos em carteira
 Referem-se a ordens de clientes de produtos que já foram vendidos, mas ainda não 
foram despachados
REGISTROS BÁSICOS DO MPS II
 Linha MPS
 Cada quantidade que aparece nesta linha, representa uma quantidade de um item 
determinado que precisa estar pronto num momento específico do tempo.
 Estoque projetado disponível
 Projeta a quantidade que vai estar disponível em estoque do item de MPS em 
determinado momento do futuro. É também onde o MPS baseia suas sugestões, 
visando balancear suprimento e demanda
 Disponível para promessa
 Suporta o processo de promessa de datas e quantidades para entrega a clientes, e 
projeta, a grosso modo, o suprimento de produtos menos os pedidos em carteira
EXEMPLO DA LAPISEIRA P207
DINÂMICA DO PLANO MESTRE DE
PRODUÇÃO
O MPS DIRIGE O MRP
O próximo passo do processo é comunicar este 
plano de montagem final para os níveis de 
baixo da estrutura de produto da lapiseira, 
para garantir que materiais e capacidade de 
produção estarão disponíveis quando 
necessários
Lapiseira P207 LT=1 atraso 1 2 3 4 5 6 7 8 
Previsão de dem. independ. 200 200 200 200 200 200 200 200 
Demanda dependente 
Pedidos em carteira 
Demanda total 200 200 200 200 200 200 200 200 
Estoque projet. disponível 240 40 240 40 240 40 240 40 240 
Disponível para promessa 
Programa mestre (MPS) 400 400 400 400 
 
Corpo externo 
Lote min=50; LT=2; ES=80 
 
atraso 
 
1 
 
2 
 
3 
 
4 
 
5 
 
6 
 
7 
 
8 
Necessidade brutas 400 400 400 400 
Recebimentos programados 400 
Estoque projetado 80 80 80 80 80 80 80 80 80 
Recebim. Ordens Planej. 400 400 400 
Liberação Ordens Planej. 400 400 400 
 
Presilha de bolso 
Lote min=90; LT=1; ES=500 
 
atraso 
 
1 
 
2 
 
3 
 
4 
 
5 
 
6 
 
7 
 
8 
Necessidade brutas 400 400 400 400 
Recebimentos programados 400 
Estoque projetado 550 550 550 500 500 500 500 500 500 
Recebim. Ordens Planej. 350 400 400 
Liberação Ordens Planej. 350 400 400 
 
Miolo 
Lote min=1; LT=1; ES=60 
 
atraso 
 
1 
 
2 
 
3 
 
4 
 
5 
 
6 
 
7 
 
8 
Necessidade brutas 400 400 400 400 
Recebimentos programados 350 
Estoque projetado 120 70 70 60 60 60 60 60 60 
Recebim. Ordens Planej. 390 400 400 
Liberação Ordens Planej. 390 400 400QUESTÕES-CHAVE A SEREM ANALISADAS PARA
DECIDIR MODIFICAR O MPS
 A demanda realmente mudou?
 Qual o impacto da mudança no plano de vendas e 
operações?
 Há capacidade suficiente para suportar a alteração?
 Há materiais suficientes para suportar a alteração?
 Quais são os riscos e custos envolvidos na mudança?
MPS NOS VÁRIOS AMBIENTES
PRODUTIVOS I
Há diferenças substanciais em gerenciar um processo de plano 
mestre de produção, conforme o tipo de produção, principalmente em 
termos da possibilidade ou não de o gestor usar estoques nos vários 
estágios do processo produtivo
 Make to Stock (MTS) – Fazer para estoque
 Os produtos são feitos para serem estocados e só então consumidos
 O estoque pode ser feito de produtos acabados ou semi-acabados
 Assembly to Order (ATO) – Montagem sob encomenda
 Empresas que conhecem seus componentes até o nível de submontagens
 Produto acabado depende de definições específicas de cada cliente
MPS NOS VÁRIOS AMBIENTES
PRODUTIVOS II
 Make to order (MTO) – Manufatura sob encomenda
 O pedido do cliente traz especificações de manufatura dos 
componentes em si, que são feitos muitas vezes com base em 
desenhos fornecidos pelo cliente
 Possível estoque de matérias-primas (variedade não muito 
grande)
 Engineer to Order (ETO) – Customização sob 
encomenda
 Tanto o projeto, quanto a manufatura de componentes e 
montagem final são feitos só a partir de uma solicitação do cliente
POSSIBILIDADE DE MANUTENÇÃO DE ESTOQUES PARA
VÁRIOS AMBIENTES DE MANUFATURA I
Em determinadas situações, é conveniente “isolar” o ambiente produtivo em si 
das variabilidades do mercado, usando, para isso, estoques estratégicos:
 ATO 
 Possibilidade restritiva
 Não pode colocar sua “proteção” no nível dos produtos acabados, mas pode 
colocá-la, se assim quiser, em qualquer outro nível inferior com base nos 
subconjuntos (ou submontagens)
 MTO
 Possibilidade de isolamento só pode se dar do nível de matérias-primas 
para trás, tendo a fábrica que ser necessariamente reativa daí para frente
 ETO
 Nenhum isolamento é possível, pois a armazenagem de qualquer elemento 
pode ser muito arriscada
POSSIBILIDADE DE MANUTENÇÃO DE ESTOQUES PARA
VÁRIOS AMBIENTES DE MANUFATURA II
 excesso de capacidade
 velocidade
 flexibilidade
 excesso de capacidade
 velocidade
 flexibilidade
Produtos finais
Semi acabados
Matérias primas
ETO
Engineer
to Order
MTO
Make to
Order
ATO
Assembly
to Order
MTS
Make to
Stock
 estabilidade
 alta utilização de
capacidade
 estabilidade
 alta utilização de
capacidade
Incertezas e
variabilidades da
demanda
EXERCÍCIO MPS
DESCRIÇÃO DA EMPRESA
 Empresa produtora de sucos de frutas em 
embalagem tetrapak, que atende ao mercado 
brasileiro e para exportação.
 Trabalham sob previsão de demanda para o 
mercado brasileiro e com pedidos firmes para o 
mercado externo
 Atualmente possuem uma promoção com um 
“pack” que traz duas embalagens de suco, sendo 
uma delas sempre de laranja
EXERCÍCIO
 Defina o Plano Mestre de Produção, os estoques projetados 
disponíveis (para atendimento aos pedidos em carteira) e os 
estoques disponíveis para promessa de data de entrega 
(estoques não comprometidos com pedidos colocados) –
horizonte de 6 meses (janeiro a junho)
 Capacidade de produção mensal : 400.000 unidades
 Previsão de demanda de suco de laranja
 300.000 unidades nos meses de janeiro, fevereiro e março
 200.000 unidades nos meses de abril, maio e junho
 Previsão de demanda do pack 2 sucos
 200.000 unidades nos meses de março, abril, maio e junho
 Pedidos firmes para suco de laranja
 100.000 unidades nos meses de fevereiro e junho 
 Verifique se é possível atender à demanda colocada
 Caso não seja possível, indique possibilidades de 
encaminhamento para que a demanda seja atendida
PLANO MESTRE DE PRODUÇÃO – SUCO DE
LARANJA
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Previsão de 
demanda 
independente
300.000 300.000 300.000 200.000 200.000 200.000
Previsão de 
demanda 
dependente
0 0 200.000 200.000 200.000 200.000
Pedidos firmes 0 100.000 0 0 0 100.000
Demanda total 300.000 400.000 500.000 400.000 400.000 500.000
Plano Mestre de 
Produção
400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000
Estoque 
projetado
100.000 0 0 0 0 0
Estoque 
disponível
0 100.000 0 0 0 -100.000

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