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Contabilidade geral

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Aula 00
Contabilidade Geral p/ SEFAZ-DF
Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa
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Contabilidade Geral para SEFAZ/DF - 2014 
Teoria e exercícios comentados 
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SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................. 1 
O CURSO, EDITAL E PROVA .............................................................................................................. 2 
PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE. ...................................................................................................... 6 
PRINCIPAIS ASPECTOS DA RESOLUÇÃO 1.282/2010 DO CFC ................................................................ 7 
RESOLUÇÃO N. 750/93 DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (ATUALIZADA) .............................. 7 
CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA ..................................................................... 7 
CAPÍTULO II - DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO ................................................. 8 
SEÇÃO I - O PRINCÍPIO DA ENTIDADE ............................................................................................... 9 
SEÇÃO II - O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE .................................................................................... 10 
SEÇÃO III - O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE .................................................................................. 11 
SEÇÃO IV - O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL ......................................................... 11 
SEÇÃO VI - O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA ..................................................................................... 15 
SEÇÃO VII - O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA ........................................................................................ 16 
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS X CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ......... 17 
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS FUNDAMENTAIS ........................................................................... 18 
RELEVÂNCIA ................................................................................................................................. 18 
REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA ......................................................................................................... 19 
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE MELHORIA ............................................................................. 20 
COMPARABILIDADE ....................................................................................................................... 20 
VERIFICABILIDADE ........................................................................................................................ 21 
TEMPESTIVIDADE .......................................................................................................................... 21 
COMPREENSIBILIDADE .................................................................................................................. 22 
QUESTÕES COMENTADAS ± PRINCÍPIOS CONTÁBEIS ........................................................................ 24 
QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ............................................................................................ 33 
GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ..................................................................... 36 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Olá, meus amigos. Como estão?! 
 
É com um imenso prazer que estamos aqui, no Estratégia Concursos, o mais 
novo e revolucionário site de preparação para concursos públicos, para ministrar 
para vocês a disciplina de Contabilidade Geral para o concurso de Auditor 
Tributário do Distrito Federal. 
 
O Estratégia conta com os melhores professores do Brasil, não tenham dúvidas. 
Certamente, estudando pelo material que ofereceremos aqui, em todas as 
disciplinas, você não precisará de mais nada para ter uma preparação sólida e 
focada para este certame. 
 
O cargo dispensa maiores comentários, pois é um dos melhores para se 
trabalhar no Brasil. A remuneração também é excelente, de R$ 13.200,00 
iniciais. 
 
AULA 00: 1. CONTABILIDADE GERAL: 1.1. CONTABILIDADE: 
CONCEITUAÇÃO, OBJETIVOS, CAMPO DE ATUAÇÃO E USUÁRIOS DA 
INFORMAÇÃO CONTÁBIL. 1.2. PRINCÍPIOS E NORMAS CONTÁBEIS 
BRASILEIRAS EMANADAS PELO CFC - CONSELHO FEDERAL DE 
CONTABILIDADE. 
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Agora, permita que nos apresentemos: 
 
Meu nome é Gabriel Rabelo, sou Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda 
do Estado do Rio de Janeiro, tendo, também, dentre outros, exercido o cargo 
de Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado do Espírito Santo. 
 
Sou professor colaborador de direito empresarial e contabilidade no sítio do 
Estratégia. 
 
Ministro, também, contabilidade e direito empresarial em cursos presenciais 
preparatórios para concursos e, em videoaula, no Eu Vou Passar. 
 
Sou autor dos livros 1.001 Questões Comentadas de Direito Empresarial ± 
FCC e 1.001 Questões Comentadas de Direito Administrativo ± ESAF, este 
último em co-autoria com a professora Elaine Marsula, ambos publicados pela 
Editora Método. 
 
Meu nome é Luciano Rosa, sou Agente Fiscal de Rendas da Secretaria da 
Fazenda do Estado de São Paulo, aprovado no concurso de 2009. 
Anteriormente, trabalhei durante 10 anos na Assembleia Legislativa de São 
Paulo, aprovado em 1º lugar no concurso de 1999, ocupando os cargos de 
Agente Técnico Legislativo Especializado ± área de finanças, e, em comissão, 
durante 7 anos, o cargo de Diretor Técnico Legislativo do Serviço Técnico de 
Programação Financeira. Sou professor de contabilidade para concursos. Autor 
de diversos cursos na área de contabilidade. 
 
Sou formado em Administração de Empresas pela Faculdade de Economia e 
Administração ± FEA ± USP. Possuo 17 anos de experiência em empresas 
privadas, na área de Controladoria, tendo ocupado os cargos de Assistente de 
Auditoria, Analista de Custo, Chefe da Contabilidade Financeira e Controller. 
 
Além disso, lançamos juntos, pela Editora Método, o livro 
Contabilidade Avançada Facilitada para Concursos ± 
Teoria e questões e mais de 200 questões comentadas. Este 
livro é baseado nos Pronunciamentos Contábeis emanados 
do Comitê de Pronunciamentos Contábeis e está disponível 
para venda no site da editora e nas diversas livrarias. 
 
 
O CURSO, EDITAL E PROVA 
 
O último edital foi publicado em 10 de novembro de 2010. Todavia, o 
concurso não chegou a ser realizado. A banca foi a Fundação Universa 
(FUNIVERSA), a qual pode ser mantida. 
 
É requisito para ingresso no cargo diploma, devidamente registrado, de 
conclusão de curso de nível superior em qualquer área de formação, em nível de 
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graduação, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo 
Ministério da Educação. 
 
O regime de trabalho é de 40 horas semanais. 
 
Contabilidade estava prevista dentro de conhecimentos específicos, 
juntamente com contabilidade de custos. 
 
A ementa de contabilidade geral foi a seguinte: 
 
1. Contabilidade geral: 1.1. Contabilidade: conceituação, objetivos, campo de 
atuação e usuários da informação contábil. 1.2. Princípios e normas contábeis 
brasileiras emanadas pelo CFC- Conselho Federal de Contabilidade. 1.3. 
Componentes do patrimônio: ativo, passivo e patrimônio líquido - conceitos, 
forma de avaliação e evidenciação. 1.4. Variação do patrimônio líquido: receita, 
despesa, ganhos e perdas. 1.5. Apuração dos resultados - conceitos, forma de 
avaliação e evidenciação. 1.6. Escrituração contábil: método das partidas 
dobradas. Contas patrimoniais e de resultado. Contabilização de operações 
típicas de empresas mercantis: compra, venda e alterações de valores de 
compra e venda. 1.7. Tratamento contábil dos estoques de mercadorias - 
conceitos e forma de avaliação. Tipos de inventários. 1.8. Apuração do custo das 
mercadorias vendidas e do resultado com mercadorias. 1.9. Escrituração 
contábil das operações e prestações sujeitas à incidência do ICMS e/ou ISS. 
1.10. Demonstração do resultado do exercício: conteúdo e forma de 
apresentação. Apuração e procedimentos contábeis para a identificação do 
resultado do exercício. Custo dos produtos vendidos. Tratamento contábil e 
apuração dos resultados dos itens operacionais e não-operacionais. 1.11. 
Demonstração das mutações do patrimônio líquido: conteúdo, itens 
evidenciáveis e forma de apresentação. 1.12. Demonstração de origens e 
aplicações de recursos: conceitos envolvidos, itens componentes, forma de 
evidenciação. 1.13. Demonstração de caixa: conceitos, principais componentes, 
formas de apresentação, critérios e métodos de elaboração e interligação com o 
conjunto das demonstrações contábeis obrigatórias. 1.14. Demonstração do 
valor adicionado: conceitos, principais componentes, formas de apresentação e 
critérios de elaboração. 
 
Vamos oferecer aqui no Estratégia um curso completo que começará hoje, nesta 
aula, terminando bem antes da data da prova (já que não temos edital 
publicado), tempo suficiente para se fazer um bom pente fino! 
 
Se você procura uma preparação focada, objetiva, consistente, atualizada e com 
uma quantidade boa de questões comentadas da Banca Funiversa, então venha 
estudar conosco. 
 
Você terá a vantagem de utilizar somente o material que disponibilizaremos 
aqui. Ele será suficiente para resolver grande parte ou todas as questões da 
prova! 
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Cada dia a mais que transcorre é um dia a menos na preparação. Estudar para 
este concurso exige foco e preparação. Quem sair à frente certamente terá uma 
base mais sólida e forte para concorrer a uma vaga do concurso. 
 
Os principais destaques deste curso que apresentaremos são: 
 
- Conteúdo teórico completo, apresentado com objetividade e de modo fácil. 
- Grande acervo de questões comentadas da Funiversa, bem como de outras 
bancas tradicionais, como o CESPE, FCC e ESAF. 
- Contato direto com os professores para responder dúvidas. 
- Material atualizado de acordo com as mudanças ocorridas na contabilidade 
pelas Leis 11.638/07 e 11.941/09, bem como ênfase nos Pronunciamentos 
Contábeis tão cobrados pelas bancas. 
- Matérias apresentadas de acordo com o edital, específico, de modo que você 
terá aqui tudo o que precisa levar para o certame. Nem mais, nem menos. 
 
O nosso cronograma de aulas é o seguinte: 
 
CRONOGRAMA 
Aula 00. 28/06/2014. 2.4. Contabilidade geral: 1. Contabilidade geral: 1.1. 
Contabilidade: conceituação, objetivos, campo de atuação e usuários da 
informação contábil. 1.2. Princípios e normas contábeis brasileiras emanadas 
pelo CFC - Conselho Federal de Contabilidade. 
Aula 01. 07/07/2014. 1.3. Componentes do patrimônio: ativo, passivo e 
patrimônio líquido - conceitos, forma de avaliação e evidenciação. 1.4. Variação 
do patrimônio líquido: receita, despesa, ganhos e perdas. 1.5. Apuração dos 
resultados - conceitos, forma de avaliação e evidenciação. 1.6. Escrituração 
contábil: método das partidas dobradas. Contas patrimoniais e de resultado. 
Aula 02. 15/07/2014. 1.3. Componentes do patrimônio: ativo, passivo e 
patrimônio líquido - conceitos, forma de avaliação e evidenciação. 
Aula 03. 23/07/2014. 1.3. Componentes do patrimônio: ativo, passivo e 
patrimônio líquido - conceitos, forma de avaliação e evidenciação. 
Aula 04. 01/08/2014. 1.10. Demonstração do resultado do exercício: 
conteúdo e forma de apresentação. Apuração e procedimentos contábeis para a 
identificação do resultado do exercício. Custo dos produtos vendidos. 
Tratamento contábil e apuração dos resultados dos itens operacionais e não-
operacionais. 
Aula 05. 11/08/2014. Contabilização de operações típicas de empresas 
mercantis: compra, venda e alterações de valores de compra e venda. 1.7. 
Tratamento contábil dos estoques de mercadorias - conceitos e forma de 
avaliação. Tipos de inventários. 1.8. Apuração do custo das mercadorias 
vendidas e do resultado com mercadorias. 1.9. Escrituração contábil das 
operações e prestações sujeitas à incidência do ICMS e/ou ISS. 
Aula 06. 19/08/2014. 1.11. Demonstração das mutações do patrimônio 
líquido: conteúdo, itens evidenciáveis e forma de apresentação. 1.12. 
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Demonstração de origens e aplicações de recursos: conceitos envolvidos, itens 
componentes, forma de evidenciação. 
Aula 07. 26/08/2014. 1.13. Demonstração de caixa: conceitos, principais 
componentes, formas de apresentação, critérios e métodos de elaboração e 
interligação com o conjunto das demonstrações contábeis obrigatórias. 1.14. 
Demonstração do valor adicionado: conceitos, principais componentes, formas 
de apresentação e critérios de elaboração. 
 
Além das aulas teóricas, o curso possui alguns vídeos para ajudar na 
preparação. Os vídeos não estão completamente gravados. Estamos 
envidando todo o esforço possível para gravar o máximo possível até a 
realização das provas. 
 
O site Estratégia possui um ótimo fórum de dúvidas, que está em pleno 
funcionamento. Pedimos que as dúvidas sejam postadas preferencialmente no 
fórum. 
 
Nossos e-mails são: 
 
gabrielrabelo@estrategiaconcursos.com.br 
lucianorosa@estrategiaconcursos.com.br 
 
Quaisquer dúvidas, por favor, enviem aos dois e-mails, para que ambos 
possamos ter ciência do que está se passando no curso. 
 
É isso! Vamos começar a nossa batalha?! 
 
Forte abraço! 
 
Gabriel Rabelo/Luciano Rosa. 
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PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE. 
 
Inicialmente, temos de nos perguntar o que é a contabilidade. O que vem a ser? 
Existe uma definição formal para tanto, retirada do 1º Congresso Brasileiro de 
Contabilidade, em 1924, qual seja: 
 
Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, 
de controle e de registro dos atos e fatos de uma administração 
econômica. 
 
Atente-se: a contabilidade é uma ciência! 
 
Ao longo do curso, ministraremos eminentemente questões da FUNIVERSA. 
Contudo, eis aqui uma questão da ESAF que vale a pena abordar. 
 
(ESAF/Técnico do Tesouro Nacional/Adaptada/1992) O Primeiro Congresso 
Brasileiro de Contabilidade, realizado na cidade do Rio de Janeiro, de 17 a 27 de 
agosto de 1924, formulou um conceito oficial de CONTABILIDADE. Assim, 
podemos afirmar que contabilidade é a metodologia especial concebida para 
captar, registrar, reunir e interpretar os fenômenosque afetam as situações 
patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer ente. 
 
Certo ou errado?! Errado. A contabilidade é uma ciência e não metodologia. 
Cuidado com questões que a definem como técnica, metodologia, e até 
mesmo arte! 
 
Portanto, a Contabilidade pode ser conceituada como sendo a ciência que 
estuda, registra, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das 
entidades com fins lucrativos ou não. 
 
Pois bem, enquanto ciência a contabilidade possui um objeto. Este objeto é o 
patrimônio das entidades. 
 
As ciências contábeis ajudam a controlar e conhecer os elementos que o 
integram. Exemplifiquemos: Através da contabilidade, podemos saber quantas 
mercadorias a empresa X possui em seu estoque, quantos carros possui à 
disposição para realizar o frete destas mercadorias, qual o gasto mensal que 
esta empresa tem com salários, etc. 
 
Como ciência, também, a contabilidade pauta-se em princípios. Princípio pode 
ser definido como a causa primária, o momento, o local ou trecho em que algo, 
uma ação ou um conhecimento, tem origem. E na Contabilidade não é diferente. 
 
Os princípios fundamentais que norteiam a contabilidade (conhecidos como 
princípios de contabilidade) estão previstos na Resolução do Conselho Federal de 
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Contabilidade n. 750/93. Essa Resolução já passou por algumas mudanças, 
contudo, as mais importantes foram sem dúvidas as promovidas pela Resolução 
do CFC n. 1.282/10, cujo teor será o objeto de estudo desta aula. 
 
De antemão, as principais alterações promovidas pela Resolução de 2010 foram: 
 
PRINCIPAIS ASPECTOS DA RESOLUÇÃO 1.282/2010 DO CFC 
 
1 ± Mudança de nomenclatura: os princípios não são mais denominados 
princípios fundamentais de contabilidade, mas tão-somente princípios de 
contabilidade. 
2 ± Possuíamos 7 princípios, agora são somente 6, a saber: entidade, 
continuidade, oportunidade, registro pelo valor original, competência e 
prudência. 
3 ± O princípio da atualização monetária foi incorporado ao do registro pelo valor 
original. 
 
Agora, vamos fazer um pequeno passeio na legislação antes de iniciarmos as 
questões. 
 
RESOLUÇÃO N. 750/93 DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE 
(ATUALIZADA) 
 
CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA 
 
Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (PC) os enunciados por 
esta Resolução. 
 
§ 1º A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício 
da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de 
Contabilidade (NBC). 
 
Eis aqui um primeiro aspecto importante da norma. Houve mudança de 
nomenclatura. Antes os princípios eram chamados de Princípios 
Fundamentais da Contabilidade. Com a mudança, passam a ser tratados 
como Princípios de Contabilidade. Esse já é um primeiro aspecto que pode 
ser cobrado em prova, por que não? 
 
Com efeito, se sou contabilista legalmente habilitado, deverei observar sempre a 
aplicação dos princípios de contabilidade quando do exercício da profissão. 
 
De igual sorte, quando da elaboração de alguma norma de contabilidade, os 
órgãos que a emitir deverá sempre o fazer em consonância com os princípios de 
contabilidade. 
 
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§ 2º Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações concretas e a 
essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. (Redação 
dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
Como exemplo deste parágrafo temos a seguinte situação: em regra, os bens 
registrados contabilmente na empresa são os de propriedade da empresa. 
Contudo, na situação de arrendamento mercantil (leasing) financeiro, embora o 
imobilizado não seja de propriedade formal da empresa, por ser muito provável 
que a empresa adquirirá o bem ao final do contrato, o registro é feito no 
arrendatário, considerando a essência sobre a forma. 
 
Assim, quando ALFA promove o arrendamento de um veículo de BETA e este 
arrendamento caracteriza-se, nos termos do CPC 06, como um arrendamento 
mercantil financeiro, devemos considera-lo como um ativo de ALFA, mesmo que 
juridicamente seja uma propriedade de BETA. Esta é, pois, uma exceção à regra 
de que na contabilidade devemos registrar somente os bens, direitos e 
obrigações da entidade que elabora as demonstrações contábeis. 
 
CAPÍTULO II - DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO 
 
Art. 2º Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e 
teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento 
predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, 
pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é 
o patrimônio das entidades. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 
1.282/10) 
 
A importância deste artigo está em enaltecer a importância dos princípios de 
contabilidade, sendo a essências das doutrinas e teorias das ciências contábeis. 
 
Reconhece, ainda, o patrimônio como objeto de estudo da Contabilidade. 
 
Continuemos... 
 
Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela Resolução CFC nº. 
1.282/10) 
 
1) da ENTIDADE; 
2) o da CONTINUIDADE; 
3) o da OPORTUNIDADE 
4) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; 
5) da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
6) o da COMPETÊNCIA 
7) o da PRUDÊNCIA. 
 
Antes das alterações possuíamos 7 princípios de Contabilidade. Agora, restaram-
nos somente 6. 
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O princípio da atualização monetária foi incorporado ao princípio do 
registro pelo valor original. 
 
SEÇÃO I - O PRINCÍPIO DA ENTIDADE 
 
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da 
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios 
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de 
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com 
ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se 
confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou 
instituição. 
 
Parágrafo único ± O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é 
verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não 
resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. 
 
Quando A e B celebram contrato para constituir uma sociedade LTDA e 
entregam para esta entidade cada um o montante de R$ 100.000,00, não 
poderão, a seu bel prazer e a qualquer tempo, reaver tal dinheiro em caso de 
necessidade. Uma vez constituída, passa a existir distinção entre a sociedade e a 
figura de seus sócios. No direito empresarial, tal distinção é conhecida como 
princípio da autonomia patrimonial da pessoa jurídica. Para nós, na 
contabilidade, será chamada de princípio da entidade. 
 
O cerne deste princípio está em separar o patrimônio dos sócios do 
patrimônio da pessoa jurídica. 
 
É a pessoa jurídica que é objeto de direito, e não os seus sócios. Assim, é a 
sociedade que realiza a compra de mercadorias, pertencendo a ela (e nãoaos 
sócios) o produto que fora comprado. As receitas são reconhecidas pela entidade 
também e não como patrimônio pessoal dos sócios e assim por diante. 
 
Acerca do parágrafo único, façamos as considerações pertinentes. O parágrafo 
único do artigo 4º propõe que R� ´SDWULP{QLR� SHrtence à entidade, mas a 
recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios 
autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza 
econômico-FRQWiELO´� 
 
Imagine-se que uma pessoa jurídica possui um estabelecimento empresarial. 
Suponhamos que essa empresa possua um carro. Ora, este carro pertence à 
empresa, mas a empresa não pertence a este carro, de modo que pode o veículo 
sofrer operações como compra/venda, permuta, etc, sem que se altere a 
natureza da entidade. Assim, concluímos que o patrimônio pertence à entidade, 
mas a recíproca não é verdadeira. 
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A segunda parte da norma diz que a soma ou agregação contábil de patrimônios 
autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza 
econômico-contábil. Assim, no caso de consolidação de balanços entre empresas 
controladas ou coligadas com influência significativa, não teremos uma nova 
entidade, mas somente uma unidade de natureza econômico-contábil, que será 
evidenciada, por exemplo, pelas demonstrações consolidadas. 
 
SEÇÃO II - O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE 
 
Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em 
operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos 
componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada 
pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
O princípio da continuidade teve sua redação alterada. Contudo, sua essência é 
a mesma: a empresa deve ser avaliada e escriturada na suposição de que 
a entidade não será extinta, está em funcionamento contínuo. As 
mudanças apenas facilitaram o entendimento anterior. 
 
O princípio da continuidade está diretamente ligado à avaliação dos ativos e 
passivos da empresa. 
 
Basicamente, todo o ativo fica registrado por valores de entrada. Por 
exemplo, as máquinas e equipamentos ficam registrados pelos valores que a 
empresa pagou, menos a depreciação acumulada e eventual ajuste para perdas. 
Esse critério de avaliação é válido em função da continuidade esperada da 
empresa. 
 
Se não houver continuidade (se a empresa for fechar as portas), aí não importa 
mais quanto a empresa pagou pelas máquinas; interessa saber por quanto elas 
serão vendidas. 
 
Assim, na ausência de continuidade, saímos de uma contabilidade 
basicamente a preços de entrada para uma contabilidade a preços de 
saída. 
 
No caso do passivo, se a empresa tiver dívidas a longo prazo e houver 
descontinuidade, as dívidas passam a ter vencimento antecipado (ninguém vai 
ficar com dívidas de uma empresa fechada; se houver falência, os credores irão 
se habilitar junto à massa falida, enfim , vão tomar as providências necessárias 
para receber a dívida). 
 
 
 
 
 
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SEÇÃO III - O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE 
 
Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e 
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras 
e tempestivas. 
 
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na 
divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por 
isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da 
informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
Este princípio também ganhou nova roupagem, mais enxuta. A informação 
contábil necessita ser tempestiva e íntegra (essas são as duas palavras 
chaves). A tempestividade ajuda de modo consistente na produção de 
informação para a tomada de decisões acertadas. Quanto mais tempestiva 
(rápida) uma informação, mais subjetiva ela se torna, uma vez que a rápida 
produção de uma informação contábil pode estar desprovida de elementos que 
provem sua integridade e confiabilidade, e vice-versa. 
 
Por exemplo, uma S/A anuncia a venda de uma filial no momento em seguida à 
realização da venda (logo após fechar o negócio). O anúncio é feito verbalmente 
na imprensa, sem explicar pormenorizadamente a situação. Essa informação foi 
tempestiva (até demais), porém, não foi íntegra, pois não se pautou em 
documentos, notas, contratos, que são documentos que garantiriam a 
fidedignidade da informação contábil. Por isso, deve-se fazer a ponderação 
entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. 
 
SEÇÃO IV - O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL 
 
Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os 
componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores 
originais das transações, expressos em moeda nacional. 
 
Os fatos contábeis serão registrados pelo seu valor original! Exemplo: Se 
compramos um carro por R$ 30.000, esse é o valor que deverá constar na 
contabilidade, o chamado custo histórico. 
 
§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos 
e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: 
 
I ± Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem 
pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que 
são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados 
pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em 
algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os 
quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; 
e 
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Exemplifiquemos. Compramos um veículo por R$ 30.000,00. Este é o custo 
histórico, pois é o valor pago (em caixa) para aquisição deste ativo. Se, ao 
revés, adquirimos mercadorias, por R$ 50.000,00, este é o nosso custo 
histórico, pois é o quanto será necessário para liquidar este passivo no curso 
normal das operações (o quanto sairá do caixa). Todavia, estes valores podem 
sofrer variações. São as chamadas variações do custo histórico a que o CFC 750 
alude no item II a seguir. São variações do custo histórico: custo corrente, valor 
realizável, valor presente, valor justo e atualização monetária. 
 
Atenção: Cada tipo de ativo/passivo estará sujeito a uma ou mais espécies de 
variações, mas não necessariamente todas. Isso será estudado com maior 
tenacidade ao longo do curso. Mas é essencial que fique claro desde já. Por 
exemplo, o veículo adquirido acima está sujeito ao teste de recuperabilidade 
(previsto no artigo 183, §3º da Lei 6.404/76 e regulamentando no CPC 01). Se o 
veículo tiver um valor recuperável de somente R$ 25.000,00, faremos um ajuste 
em seu custo histórico, para adequá-lo ao valor recuperável. Não trabalhamos, 
neste caso, com o conceito de valor presente, valor justo, atualização monetária 
e custo corrente. A este caso aplicou-se tão-somente o ajuste a valor 
recuperável. É essencial que isso fique claro. 
 
II ± Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os 
componentes patrimoniais, ativos e passivos,podem sofrer variações 
decorrentes dos seguintes fatores: 
 
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou 
equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos 
equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações 
contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes 
de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na 
data ou no período das demonstrações contábeis; 
 
O que vem a ser o custo corrente? Vejamos... 
 
Os estoques são contabilizados pelo valor de compra (valor original). Depois, 
devem ser avaliados pela regra custo ou mercado, dos dois o menor. 
$WXDOPHQWH�� R� ³YDORU� GH� PHUFDGR´� p� FKDPDGR� GH� ³YDORU� MXVWR´�� (QWmR� DJRUD�
temos custo ou valor justo, dos dois o menor. 
 
Pois bem. Imagine-se que uma empresa comprou matéria prima, digamos, 
comprou ácido sulfônico para usar em alguns produtos químicos. 
 
Chegado a época de fechar o balanço, a empresa ainda tem ácido sulfônico em 
estoque. 
 
O que seria o valor justo para o ácido sulfônico? 
 
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Se a empresa não costuma vender esse material, não podemos usar o valor que 
a empresa conseguiria numa eventual venda de ácido sulfônico. Se ela não tem 
tradição, não fabrica ácido sulfônico, não conhece ou não tem relacionamento 
comercial com possíveis compradores desse produto, então o preço que ela 
poderia estimar numa eventual venda não é o valor justo (provavelmente seria 
menor que o valor justo). 
 
Assim, para as matérias primas, o valor justo é o valor que a empresa iria 
gastar para comprar o produto dos fabricante/vendedores de ácido sulfônico. 
 
Veja o texto da lei 6404/76: 
 
§ 1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo: 
(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
 
a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual 
possam ser repostos, mediante compra no mercado; 
 
O que isso tem a ver com o custo corrente? 
 
Veja a definição de custo corrente: os ativos são reconhecidos pelos valores em 
caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou 
ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações 
contábeis. 
 
Ou seja, o custo corrente é o custo de reposição, ou melhor, o valor que a 
empresa pagaria hoje pela matéria prima, se fosse comprá-la. 
 
Os estoques destinados à venda (estoques de produtos acabados) só podem 
gerar dinheiro (futuros benefícios econômicos) para a empresa com a venda. 
 
No caso de matéria prima, elas podem ser vendidas ou podem ser usadas na 
fabricação de produtos acabados. 
 
Vamos voltar ao exemplo do ácido sulfônico: se o valor do estoque for de R$ 
10.000, e o custo corrente (custo de reposição, o preço que vai custar para 
comprar mais ácido sulfônico) cair e for de R$ 9.500, em princípio, deveríamos 
UHFRQKHFHU�XPD�SHUGD��GHELWD�³GHVSHVD�FRP�SHUGD�HP�HVWRTXH�± UHVXOWDGR´��H�
FUHGLWD�³DMXVWH�SDUD�SHUGDV�Srováveis em estoque ± retificadora do ativo). 
 
Mas se os produtos nos quais o ácido sulfônico não tiver queda de preço, então 
não há perda. 
 
É semelhante ao teste de recuperabilidade, temos o valor realizável líquido (no 
caso é o custo corrente) e o valor em uso (referente ao uso da matéria prima 
para fabricar os produtos acabados). 
 
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b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou 
equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma 
ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de 
caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as 
correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade; 
 
Suponha que a empresa Alfa tenha mercadorias registradas por R$ 100,00. O 
CPC 16, que trata sobre estoques prescreve: 
 
9. Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor 
de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. 
 
O próprio CPC traz uma noção do que diz ser valor realizável: 
 
Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos 
negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos 
estimados necessários para se concretizar a venda. 
 
Se, por exemplo, este estoque só puder ser vendido por R$ 90,00, com 
despesas de vendas de R$ 5,00, nosso valor realizável líquido será, portanto, de 
R$ 85,00. 
 
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do 
fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no 
curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor 
presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera 
seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da 
Entidade; 
 
Em lição comezinha, valor presente é quanto vale hoje um ativo ou passivo 
pertencente à empresa. O ajuste a valor presente está previsto na Lei 6.404/76 
para ativos e passivos de longo prazo e para os de curto prazo (estes apenas 
quando houver efeito relevante) ± artigo 183, VIII e artigo 184, III. Se tenho 
um ativo de longo prazo, uma duplicata a receber, por exemplo, no valor de R$ 
200.000,00, com juros sobre este valor de R$ 50.000,00. Qual o seu valor 
presente? É no valor de R$ 150.000,00. 
 
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo 
liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem 
favorecimentos; e 
 
Valor justo de um ativo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado entre 
partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com 
ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que 
FDUDFWHUL]HP� XPD� WUDQVDomR� FRPSXOVyULD�� $� QRUPD� GL]� D� SDODYUD� ³WURFDGR´��
Lembre-se, contudo, que essa troca do ativo pode ser realizada entre ATIVO x 
DINHEIRO, o que configuraria uma venda. Geralmente esse valor justo vai 
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corresponder ao valor de mercado. Uma pessoa quer comprar algo, procura 
alguém que tenha esse algo e tenha também interesse na venda, fecham um 
negócio naturalmente, sem influências um sobre o outro. Esse é o valor justo. 
 
Segundo a Lei 6.404/76: 
 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes 
critérios: 
 
I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos 
e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo 
prazo: 
a) pelo seu VALOR JUSTO, quando se tratar de aplicações destinadas à 
negociação ou disponíveis para venda; 
 
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da 
moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o 
ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. 
 
§ 2º São resultantes da adoção da atualização monetária: 
 
I ± a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não 
representa unidade constante em termos do poder aquisitivo; 
II ± para que a avaliação dopatrimônio possa manter os valores das transações 
originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim 
de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes 
patrimoniais e, por conseqüência, o do Patrimônio Líquido; e 
III ± a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o 
ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação 
de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder 
aquisitivo da moeda nacional em um dado período. (Redação dada pela 
Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
O princípio da atualização monetária continua com o mesmo teor do que 
prescrevia a Resolução antes do CFC 1.282/10. O que houve foi a mudança de 
posicionamento, tornando-VH� ³HVSpFLH´� GR� JHQpULFR� SULQFtSLR� GR� 5HJLVWUR� SHOR�
Valor Original. 
 
SEÇÃO VI - O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA 
 
Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e 
outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, 
independentemente do recebimento ou pagamento. 
 
Exemplificando, se a remuneração de pessoal de uma empresa referente ao mês 
de dezembro de 2010 atrasar. O pagamento só vai ocorrer em janeiro de 2011. 
Quando será feito o registro na Contabilidade? Ora, o pagamento se referirá a 
que mês? Em que mês houve o fato gerador dessa despesa? Bem, em 
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dezembro. Logo, dar-se-á o registro contábil ainda no mês de dezembro, 
independentemente do pagamento. O mesmo vale para as receitas. 
 
Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade 
da confrontação de receitas e de despesas correlatas. (Redação dada pela 
Resolução CFC nº. 1.282/10). 
 
Assim, quando realizo a venda de uma mercadoria e procedo à sua entrega, 
devo reconhecer simultaneamente a receita de vendas e todas as despesas que 
correspondam a essa venda. 
 
Atenção: O regime a se utilizar na contabilidade é o da competência, que 
contabiliza receitas e despesas quando incorridas. Todavia, as micro e pequenas 
empresas podem se utilizar do regime de caixa. 
 
Dispõe a Resolução n. 94 do Comitê Gestor do Simples Nacional que: 
 
Art. 61. A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional deverá adotar para os 
registros e controles das operações e prestações por ela realizadas: (Lei 
Complementar n º 123, de 2006, art. 26, §§ 2 º e 4 º ) 
 
I - Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua movimentação 
financeira e bancária; 
 
(...) 
 
§ 3 º A apresentação da escrituração contábil, em especial do Livro Diário e do 
Livro Razão, dispensa a apresentação do Livro Caixa. 
 
O livro caixa escritura receitas e despesas conforme haja pagamento ou 
recebimento. Por seu turno, livros diário e razão coadunam com o princípio da 
competência. Portanto, a questão tomou como absoluto algo que comporta uma 
pequena exceção. 
 
SEÇÃO VII - O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA 
 
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os 
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se 
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações 
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
 
O entendimento é o seguinte: quando se apresentem alternativas válidas para 
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o PL, escolhe-se o menor 
valor para o ativo, e maior valor para o Passivo. Assim, se é possível que a 
conta clientes fique avaliada pelo total de vendas, no montante de R$ 
100.000,00, mas, se é possível também estimar que 5% desses valores não 
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serão recebíveis, deveremos fazer a provisão adequada, em homenagem ao 
princípio da prudência. 
 
Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de 
precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas 
condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam 
superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo 
maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos 
componentes patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
Neste parágrafo único o princípio da Prudência adverte sobre o cuidado a ser 
tomado quando da utilização de valorações de ativos e passivos que envolvam 
condições de incerteza, isto é, de subjetividade. Assim, ao mesmo tempo em 
que o contabilista reconhece as variações patrimoniais decorrentes, por 
exemplo, da ação do tempo, intempéries (como a depreciação), em virtude do 
princípio do registro pelo valor original deve ter o zelo necessário para retratar 
sempre a realidade existente na empresa. 
 
Art. 11. A inobservância dos Princípios de Contabilidade constitui infração nas 
DOtQHDV�³F´��³G´�H�³H´�GR�DUW�����GR�'HFUHWR-Lei n.º 9.295, de 27 de maio de 1946 
e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista. (Redação 
dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
Art. 12. Revogada a Resolução CFC n.º 530/81, esta Resolução entra em vigor 
a partir de 1º de janeiro de 1994. 
 
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS X CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
Prezados alunos, ao estudarmos hoje os princípios contábeis, temos de tomar 
cuidado para não confundi-los com as características qualitativas das 
demonstrações contábeis. E que são essas características qualitativas, 
professor? Vejamos. 
 
As características qualitativas são os atributos que tornam as demonstrações 
contábeis úteis para os usuários. Estão previstas no CPC 00, que versa sobre a 
Estrutura conceitual básica da contabilidade. 
 
Texto do Pronunciamento Conceitual básico 
 
QC4. Se a informação contábil-financeira é para ser útil, ela precisa ser 
relevante e representar com fidedignidade o que se propõe a representar. A 
utilidade da informação contábil-financeira é melhorada se ela for 
comparável, verificável, tempestiva e compreensível. 
 
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3 Ao longo de toda esta Estrutura Conceitual, os termos características 
qualitativas e restrição irão se referir a características qualitativas da informação 
contábil-financeira útil e à restrição da informação contábil-financeira útil. 
 
Comentário: 
 
As características qualitativas foram divididas em duas categorias: 
 
- Características qualitativas fundamentais (relevância e representação 
fidedigna); e 
- Características qualitativas de melhoria (comparabilidade, 
verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade) 
 
Quanto à Restrição mencionada no Pronunciamento, refere-se ao custo de gerar 
as informações. 
 
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS FUNDAMENTAIS 
 
QC5. As características qualitativas fundamentais são relevância e 
representação fidedigna. 
 
RELEVÂNCIA 
 
Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer 
diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários. 
 
A informação contábil-financeira é capaz de fazer diferença nas decisões se tiver 
valor preditivo, valor confirmatório ou ambos. 
 
A informação contábil-financeira tem valor preditivo se puder ser utilizada 
pelos usuários para predizer futurosresultados. A informação contábil-
financeira não precisa ser uma predição ou uma projeção para que possua valor 
preditivo. A informação contábil-financeira com valor preditivo é empregada 
pelos usuários ao fazerem suas próprias predições. 
 
A informação contábil-financeira tem valor confirmatório se retro-
alimentar ± servir de feedback ± avaliações prévias (confirmá-las ou 
alterá-las). 
 
QC10. O valor preditivo e o valor confirmatório da informação contábil-
financeira estão inter-relacionados. A informação que tem valor preditivo 
muitas vezes também tem valor confirmatório. Por exemplo, a informação 
sobre receita para o ano corrente, a qual pode ser utilizada como base para 
predizer receitas para anos futuros, também pode ser comparada com predições 
de receita para o ano corrente que foram feitas nos anos anteriores. Os 
resultados dessas comparações podem auxiliar os usuários a corrigirem e a 
melhorarem os processos que foram utilizados para fazer tais predições. 
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Materialidade 
 
QC11. A informação é material se a sua omissão ou sua divulgação 
distorcida (misstating) puder influenciar decisões que os usuários 
tomam com base na informação contábil-financeira acerca de entidade 
específica que reporta a informação. Em outras palavras, a materialidade é 
um aspecto de relevância específico da entidade baseado na natureza 
ou na magnitude, ou em ambos, dos itens para os quais a informação está 
relacionada no contexto do relatório contábil-financeiro de uma entidade em 
particular. 
 
Consequentemente, não se pode especificar um limite quantitativo uniforme 
para materialidade ou predeterminar o que seria julgado material para uma 
situação particular. 
 
Comentário: 
 
A materialidade é um aspecto de relevância específico da entidade, baseado na 
natureza ou na magnitude. Ou seja, o que é material para uma empresa pode 
não ser para outra. Não é possível determinar um valor ou um percentual 
uniforme para todas as empresas. 
 
Um item pode ter valor pequeno, mas ser material devido à sua natureza. Por 
exemplo, se uma grande empresa inicia um novo negócio, este pode ter, 
originariamente, valor pequeno em relação às operações da empresa. Mas pode 
ter muito potencial de rentabilidade e crescimento, ou de inovação, o que 
justifica a sua materialidade. Por exemplo, quando as empresas começaram a 
fabricar aparelhos de DVD, esse era um negócio pequeno, frente à operação de 
vídeo-cassete (que já estava estabelecida). Após alguns anos, os aparelhos de 
video-cassete sumiram, e só restaram os DVD (que estão sumindo também ± 
estão perdendo espaço para os aparelhos de Blu-ray). 
 
REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA 
 
QC12. Os relatórios contábil-financeiros representam um fenômeno econômico 
em palavras e números. Para ser útil, a informação contábil-financeira não tem 
só que representar um fenômeno relevante, mas tem também que representar 
com fidedignidade o fenômeno que se propõe representar. Para ser 
representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa ter 
três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro. É claro, a 
perfeição é rara, se de fato alcançável. O objetivo é maximizar referidos 
atributos na extensão que seja possível. 
 
Comentário: 
 
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A Representação Fidedigna refere-se a três atributos, precisando ser completa, 
neutra e livre de erro. 
 
Para ser completa, a informação deve conter o necessário para que o usuário 
compreenda o fenômeno sendo retratado. 
 
Para ser neutra, deve estar livre de viés na seleção ou na apresentação, não 
podendo ser distorcida para mais ou para menos. 
 
Finalmente, ser livre de erros não significa total exatidão, mas sim que o 
processo para obtenção da informação tenha sido selecionado e aplicado livre de 
erros. No caso de estimativas, ela é considerada como tendo representação 
fidedigna se, além disso, o montante for claramente descrito como sendo 
estimativa e se a natureza e as limitações do processo forem devidamente 
revelados. 
 
QC16. Representação fidedigna, por si só, não resulta necessariamente em 
informação útil. Por exemplo, a entidade que reporta a informação pode receber 
um item do imobilizado por meio de subvenção governamental. Obviamente, a 
entidade ao reportar que adquiriu um ativo sem custo retrataria com 
fidedignidade o custo desse ativo, porém essa informação provavelmente não 
seria muito útil. Outro exemplo mais sutil seria a estimativa do montante por 
meio do qual o valor contábil do ativo seria ajustado para refletir a perda por 
desvalorização no seu valor (impairment loss). Essa estimativa pode ser uma 
representação fidedigna se a entidade que reporta a informação tiver aplicado 
com propriedade o processo apropriado, tiver descrito com propriedade a 
estimativa e tiver revelado quaisquer incertezas que afetam significativamente a 
estimativa. Entretanto, se o nível de incerteza de referida estimativa for 
suficientemente alto, a estimativa não será particularmente útil. Em outras 
palavras, a relevância do ativo que está sendo representado com fidedignidade 
será questionável. Se não existir outra alternativa para retratar a realidade 
econômica que seja mais fidedigna, a estimativa nesse caso deve ser 
considerada a melhor informação disponível. 
 
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE MELHORIA 
 
QC19. Comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e 
compreensibilidade são características qualitativas que melhoram a 
utilidade da informação que é relevante e que é representada com 
fidedignidade. As características qualitativas de melhoria podem também auxiliar 
a determinar qual de duas alternativas que sejam consideradas equivalentes em 
termos de relevância e fidedignidade de representação deve ser usada para 
retratar um fenômeno. 
 
COMPARABILIDADE 
 
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QC20. As decisões de usuários implicam escolhas entre alternativas, como, por 
exemplo, vender ou manter um investimento, ou investir em uma entidade ou 
noutra. Consequentemente, a informação acerca da entidade que reporta 
informação será mais útil caso possa ser comparada com informação similar 
sobre outras entidades e com informação similar sobre a mesma entidade para 
outro período ou para outra data. 
 
QC21. Comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os 
usuários identifiquem e compreendam similaridades dos itens e 
diferenças entre eles. 
 
Diferentemente de outras características qualitativas, a comparabilidade não 
está relacionada com um único item. A comparação requer no mínimo dois itens. 
 
QC22. Consistência, embora esteja relacionada com a comparabilidade, não 
significa o mesmo. Consistência refere-se ao uso dos mesmos métodos 
para os mesmos itens, tanto de um período para outro considerando a mesma 
entidade que reporta a informação, quanto para um único período entre 
entidades. Comparabilidade é o objetivo; a consistência auxilia a alcançar 
esse objetivo. 
 
QC23. Comparabilidade não significa uniformidade. Para que a informação 
seja comparável, coisas iguais precisam parecer iguais e coisas diferentesprecisam parecer diferentes. A comparabilidade da informação contábilfinanceira 
não é aprimorada ao se fazer com que coisas diferentes pareçam iguais ou ainda 
ao se fazer coisas iguais parecerem diferentes. 
 
VERIFICABILIDADE 
 
QC26. A verificabilidade ajuda a assegurar aos usuários que a 
informação representa fidedignamente o fenômeno econômico que se 
propõe representar. A verificabilidade significa que diferentes observadores, 
cônscios e independentes, podem chegar a um consenso, embora não cheguem 
necessariamente a um completo acordo, quanto ao retrato de uma realidade 
econômica em particular ser uma representação fidedigna. Informação 
quantificável não necessita ser um único ponto estimado para ser verificável. 
Uma faixa de possíveis montantes com suas probabilidades respectivas pode 
também ser verificável. 
 
TEMPESTIVIDADE 
 
QC29. Tempestividade significa ter informação disponível para 
tomadores de decisão a tempo de poder influenciá-los em suas decisões. 
Em geral, a informação mais antiga é a que tem menos utilidade. Contudo, certa 
informação pode ter o seu atributo tempestividade prolongado após o 
encerramento do período contábil, em decorrência de alguns usuários, por 
exemplo, necessitarem identificar e avaliar tendências. 
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COMPREENSIBILIDADE 
 
QC30. Classificar, caracterizar e apresentar a informação com clareza e 
concisão torna-a compreensível. 
 
QC31. Certos fenômenos são inerentemente complexos e não podem ser 
facilmente compreendidos. A exclusão de informações sobre esses fenômenos 
dos relatórios contábil-financeiros pode tornar a informação constante em 
referidos relatórios mais facilmente compreendida. Contudo, referidos relatórios 
seriam considerados incompletos e potencialmente distorcidos (misleading). 
 
QC32. Relatórios contábil-financeiros são elaborados para usuários que têm 
conhecimento razoável de negócios e de atividades econômicas e que revisem e 
analisem a informação diligentemente. 
 
Por vezes, mesmo os usuários bem informados e diligentes podem sentir a 
necessidade de procurar ajuda de consultor para compreensão da informação 
sobre um fenômeno econômico complexo. 
 
Comentário: 
 
As Características qualitativas de melhoria são comparabilidade, verificabilidade, 
tempestividade e compreensibilidade. 
 
Comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os usuários 
identifiquem e compreendam similaridades dos itens e diferenças entre eles. 
 
A verificabilidade ajuda a assegurar aos usuários que a informação representa 
fidedignamente o fenômeno econômico que se propõe representar 
 
Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão 
a tempo de poder influenciá-los em suas decisões. 
 
Compreensibilidade significa que a classificação, a caracterização e a 
apresentação da informação são feitas com clareza e concisão, tornando-a 
compreensível. Mas não é admissível a exclusão de informação complexa e não 
facilmente compreensível se isso tornar o relatório incompleto e distorcido. 
 
As características qualitativas de melhoria devem ser maximizadas na extensão 
possível. Entretanto, as características qualitativas de melhoria, quer sejam 
individualmente ou em grupo, não podem tornar a informação útil se dita 
informação for irrelevante ou não for representação fidedigna. 
 
Restrição de custo na elaboração e divulgação de relatório contábil-
financeiro útil 
 
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QC35. O custo de gerar a informação é uma restrição sempre presente na 
entidade no processo de elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro. 
O processo de elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro impõe 
custos, sendo importante que ditos custos sejam justificados pelos benefícios 
gerados pela divulgação da informação. Existem variados tipos de custos e 
benefícios a considerar. 
 
O custo para gerar a informação é uma restrição, que impede a geração de toda 
a informação considerada relevante para o usuário. Assim, é necessária a 
consideração da relação custo-benefício da informação, por parte dos órgãos 
normatizadores. 
 
Meus amigos, na aula de hoje era isso o que tínhamos a expor. Para acertarem 
as questões de prova sobre esta resolução é: leiam, leiam e leiam o máximo que 
puderem este CFC (pelo menos umas 10 vezes). Após, tentem compreender de 
maneira prática, com exemplos contábeis. Por fim, resolvam a maior quantidade 
de questões sobre o assunto que aparecerem. Fazendo isso, indubitavelmente, o 
êxito é certo! 
 
Vamos agora às questões sobre o assunto! 
 
Um forte abraço e, precisando, estamos à disposição! 
 
GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA 
 
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QUESTÕES COMENTADAS ± PRINCÍPIOS CONTÁBEIS 
 
 
1. (FUNIVERSA/IPHAN/2009) A Resolução CFC n.º 750, de 29 de dezembro 
de 1993, estabeleceu os princípios fundamentais de contabilidade aplicáveis às 
sociedades brasileiras. A respeito do assunto, assinale a alternativa correta. 
 
(A) A continuidade da entidade influencia o valor econômico dos seus ativos e, 
em muitos casos, o valor e o vencimento de seus passivos. 
(B) Na aplicação dos princípios fundamentais às situações concretas, os aspectos 
formais das transações devem prevalecer sobre sua essência. 
(C) O princípio da Prudência estabelece que a avaliação deve ser feita pelos 
valores de entrada, considerando- se como tais os resultados do consenso com 
os agentes externos ou da imposição destes. 
(D) Como decorrência do princípio do Registro pelo Valor Original, na 
contabilidade devem ser escrituradas as variações patrimoniais na medida e na 
extensão em que estas ocorrerem. 
(E) A autonomia do patrimônio pertencente à entidade constitui o cerne do 
princípio da Competência. 
 
Comentários 
 
A letra a é o nosso gabarito. Dissemos que o princípio da continuidade está 
diretamente ligado à avaliação dos ativos e passivos da empresa. 
 
Basicamente, todo o ativo fica registrado por valores de entrada. Por 
exemplo, as máquinas e equipamentos ficam registrados pelos valores que a 
empresa pagou, menos a depreciação acumulada e eventual ajuste para perdas. 
Esse critério de avaliação é válido em função da continuidade esperada da 
empresa. 
 
Se não houver continuidade (se a empresa for fechar as portas), aí não importa 
mais quanto a empresa pagou pelas máquinas; interessa saber por quanto elas 
serão vendidas. 
 
A letra b está incorreta, já que é a essência que deve prevalecer sobre a forma. 
 
A letra c também erra, uma vez que se refere ao princípio do registro pelo valor 
original. 
 
A letra d versa sobre o princípio da oportunidade. O lançamento deve ser íntegro 
e tempestivo. 
 
A letra e, por sua vez, está errada, já que a autonomia do patrimônio está 
relacionada precipuamente ao princípio da entidade. 
 
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2. (FUNIVERSA/APEX/Analista Sênior/2006) De acordo com os Princípios 
Fundamentais de Contabilidade Brasileiros, analise as afirmativas e assinale a 
alternativa correta. 
 
I. O Princípio da Entidade reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade. 
II. O Princípio da Entidade afirma a autonomia patrimonial, evidenciando, 
portanto, a necessidade da diferenciação do Patrimônio pertencente a uma 
pessoa ou um conjunto de pessoas físicas e uma sociedade ou instituição de 
qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. 
 III. O Princípio da Continuidade afirma que o patrimônio da Entidade, na sua 
composição qualitativa e quantitativa, depende das condições em que 
provavelmente se desenvolverão as operações da Entidade. 
IV. A situação-limite na aplicação do Princípio da Continuidade é aquela em que 
há a completa cessação das atividades da Entidade. 
V. O Princípio da Oportunidade refere-se, simultaneamente, à tempestividade e 
à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que 
este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das 
causas que as originaram. 
 
(A) Apenas uma afirmativa está certa. 
(B) Apenas duas afirmativas estão certas. 
(C) Apenas três afirmativas estão certas. 
(D) Apenas quatro afirmativas estão certas. 
(E) Todas as afirmativas estão certas. 
 
Comentários 
 
I. O Princípio da Entidade reconhece o patrimônio como objeto da 
contabilidade. 
 
Item correto. A entidade prega que deve haver separação entre o patrimônio da 
entidade e o dos sócios. Assim, reconhece o patrimônio como objeto da 
entidade. 
 
II. O Princípio da Entidade afirma a autonomia patrimonial, 
evidenciando, portanto, a necessidade da diferenciação do Patrimônio 
pertencente a uma pessoa ou um conjunto de pessoas físicas e uma 
sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou 
sem fins lucrativos. 
 
Item correto e vai exatamente ao encontro do que dissemos no item I. 
 
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III. O Princípio da Continuidade afirma que o patrimônio da Entidade, na 
sua composição qualitativa e quantitativa, depende das condições em 
que provavelmente se desenvolverão as operações da Entidade. 
 
Item correto, já que falamos que o princípio da continuidade está ligado 
diretamente à avaliação de ativos e passivos. 
 
IV. A situação-limite na aplicação do Princípio da Continuidade é aquela 
em que há a completa cessação das atividades da Entidade. 
 
O item também está correto. O princípio da continuidade deve ser aplicada até a 
completa cessação das atividades da entidade. 
 
V. O Princípio da Oportunidade refere-se, simultaneamente, à 
tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas 
mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a 
extensão correta, independentemente das causas que as originaram. 
 
Item correto. Quando falamos de oportunidade, temos que ter em mente que se 
trata de registro íntegro e tempestivo. 
 
Gabarito Æ E. 
 
 
3. (FUNIVERSA/APEX/Analista Sênior/2006/Adaptada) De acordo com os 
Princípios de Contabilidade Brasileira, analise as afirmativas e assinale a 
alternativa correta. 
 
I. De acordo com a Resolução CFC n. 750/1993, na aplicação dos Princípios de 
Contabilidade a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos 
formais. 
II. Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias 
relativas à Ciência da Contabilidade. 
III. Segundo a Resolução CFC n. 750/1993 são Princípios de Contabilidade: o da 
Entidade; o da Continuidade; o da Oportunidade; o do Registro pelo Valor 
original; o da Competência e o da Prudência. 
IV. O princípio da oportunidade o registro deve ensejar o reconhecimento 
universal das variações ocorridas no patrimônio da entidade, em um período de 
tempo determinado. 
V. Segundo a Resolução CFC n. 750/1993, o princípio da competência aborda a 
questão da contabilização das receitas e despesas ocorridas e não 
necessariamente pagas ou recebidas. 
 
(A) Apenas uma afirmativa está certa. 
(B) Apenas duas afirmativas estão certas. 
(C) Apenas três afirmativas estão certas. 
(D) Apenas quatro afirmativas estão certas. 
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(E) Todas as afirmativas estão certas. 
 
Comentários 
 
I. De acordo com a Resolução CFC n. 750/1993, na aplicação dos 
Princípios Fundamentais de Contabilidade a essência das transações 
deve prevalecer sobre seus aspectos formais. 
 
Item correto. A essência deve prevalecer sobre a forma. Por exemplo, em regra, 
todos os itens que são bens da empresa são registrados no ativo. Contudo, o 
arrendamento mercantil financeiro não é propriedade e deve ser registrado no 
ativo. Trata-se de aplicação da essência sobre a forma. 
 
II. Os Princípios Fundamentais de Contabilidade representam a essência 
das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade. 
 
Item correto. Os princípios são a essência das doutrinas e teoria relativas à 
ciência da contabilidade. 
 
III. Segundo a Resolução CFC n. 750/1993 são Princípios Fundamentais 
de Contabilidade: o da Entidade; o da Continuidade; o da Oportunidade; 
o do Registro pelo Valor original; o da Competência e o da Prudência. 
 
Item correto. Todos os princípios de contabilidade estão corretamente arrolados 
no item. Lembrando que a atualização monetária foi incorporada ao princípio do 
registro pelo valor original. 
 
IV. O princípio da oportunidade o registro deve ensejar o 
reconhecimento universal das variações ocorridas no patrimônio da 
entidade, em um período de tempo determinado. 
 
Item correto. O período de tempo citado é o exercício social. Todas as variações 
ocorridas no exercício social são registradas, quando, então, procedemos à 
elaboração das demonstrações contábeis. 
 
V. Segundo a Resolução CFC n. 750/1993, o princípio da competência 
aborda a questão da contabilização das receitas e despesas ocorridas e 
não necessariamente pagas ou recebidas. 
 
Item correto. O princípio da competência está diretamente ligado à realização 
das receitas e despesas, e não ao recebimento ou pagamento. 
 
Gabarito Æ E. 
 
 
 
 
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4. (FUNIVERSA/Técnico em Contabilidade/CEB/2010) A empresa adquiriu 
um ativo e passou a atualizá-lo monetariamente a cada exercício social. Com 
esse procedimento, é correto afirmar que 
 
(A) o princípio da competência não foi observado. 
(B) houve contrariedade dos princípios da competência e do custo histórico 
como base de valor. 
(C) houve contrariedade de todos os princípios contábeis. 
(D) não houve contrariedade de nenhum princípio contábil. 
(E) o princípio do custo histórico como base de valor não foi observado. 
 
Comentários 
 
Comentemos item a item... 
 
(A) o princípio da competência não foi observado. 
 
Aparentemente, não há contradição com o princípio da competência. Segundo a 
Resolução: 
 
Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e 
outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, 
independentementedo recebimento ou pagamento. 
 
(B) houve contrariedade dos princípios da competência e do custo 
histórico como base de valor. 
 
Não há contrariedade ao princípio da competência. Todavia, o princípio do custo 
histórico como base de valor, ou registro do valor original, está sendo infringido. 
 
Pessoal, o que deve ficar claro aqui é que a atualização monetária continua 
existindo na contabilidade pátria, mas somente é admitida em determinados 
casos. 
 
Imagine-se que você tenha uma empresa. Essa entidade tem bens. Os bens são 
chamados ativos. Sua empresa publica anualmente demonstrativos contábeis. 
Em determinado ano, a empresa está passando por maus bocados, 
apresentando resultados negativos. Você, então, vê que há uma máquina muito 
produtiva na empresa, que tem o valor contábil de R$ 100.000,00, e pensa: - 
ora, posso aumentar o valor deste bem para R$ 1.000.000,00, e minha 
companhia estará com um bom resultado. Certo? 
 
Errado! Este instituto existiu durante algum tempo no Brasil (é claro, não da 
forma grotesca como explicamos), e chamava-se reavaliação de ativos. Mas, 
atualmente, está proibido no Brasil. 
 
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Por isso há contrariedade ao princípio do registro pelo valor original. 
 
(C) houve contrariedade de todos os princípios contábeis. 
 
Vejamos quais os princípios infringidos: 
 
- Registro pelo valor original: como explicado acima. 
- Princípio da prudência: os ativos deverão ser, sempre que houver hipóteses 
igualmente válidas, avaliados para menor. Neste caso, contudo, houve avaliação 
para maior. 
 
(D) não houve contrariedade de nenhum princípio contábil. 
 
Incorreto. Vimos acima que pelo menos dois princípios contábeis foram 
infringidos. 
 
(E) o princípio do custo histórico como base de valor não foi observado. 
 
Correto. O referido princípio não foi observado. 
 
Gabarito Æ E. 
 
 
5. (FUNIVERSA/CEB/Contador/2010) Revestem-se dos atributos de 
universalidade e veracidade, constituindo-se nas vigas-mestras de uma ciência 
e, no caso da contabilidade, valem para todos os patrimônios. Essas 
características se referem a: 
 
(A) Demonstrações contábeis. 
(B) Balanços patrimoniais. 
(C) Princípios fundamentais. 
(D) Normas e procedimentos de escrituração. 
(E) Normas e procedimentos de elaboração de balanços. 
 
Comentários: 
 
Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (PC) os enunciados por 
esta Resolução. 
 
§ 1º A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da 
profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de 
Contabilidade (NBC). 
 
(...) 
 
Art. 2º Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e 
teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento 
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predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, 
pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é 
o patrimônio das entidades. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
Gabarito Æ C 
 
 
6. (FUNIVERSA/CEB/Contador/2010) Refere-se simultaneamente à 
tempestividade e à integridade do registro das mutações patrimoniais, 
determinando que esse registro seja feito no tempo certo e com a extensão 
correta, o princípio: 
 
(A) da continuidade. 
(B) da competência. 
(C) da oportunidade. 
(D) da entidade. 
(E) do registro pelo valor original. 
 
Comentários: 
 
O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e 
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras 
e tempestivas. 
 
Essas são as palavras chaves do Princípio da Oportunidade. 
 
Gabarito Æ C. 
 
 
7. (FUNIVERSA/CEB/Contador/2010) O diretor de uma sociedade anônima 
comprou passagens aéreas para sua filha passar as férias em Salvador/BA e 
registrou a operação como despesa da empresa. Ao praticar tal registro, o 
contador não observou o princípio contábil da: 
 
(A) prudência. 
(B) competência. 
(C) moralidade. 
(D) isonomia. 
(E) entidade. 
 
Comentário: 
 
Moralidade e Isonomia não são princípios de contabilidade. 
 
Vejamos o Princípio da Entidade: 
 
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Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação 
de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, 
independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma 
sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins 
lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com 
aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 
 
Gabarito Æ E. 
 
 
8. (FUNIVERSA/Cofecon/Contador/2010) Assinale a alternativa que 
caracteriza o Princípio da Entidade. 
 
(A) As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do 
período do fato gerador. 
(B) O princípio está vinculado à integridade e à tempestividade dos registros 
contábeis. 
(C) O princípio afirma que as entidades são criadas para terem continuidade. 
Quando cessa a capacidade de existir, alteram-se a classificação e a avaliação 
dos elementos patrimoniais. 
 (D) O princípio adota o menor valor para os componentes do ativo e maior para 
os do passivo. 
(E) O princípio afirma a necessidade da diferenciação de um patrimônio 
particular no universo dos patrimônios existentes. 
 
Comentário: 
 
Vamos analisar as alternativas: 
 
(A) As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do 
período do fato gerador. 
 
Princípio da Competência. 
 
(B) O princípio está vinculado à integridade e à tempestividade dos registros 
contábeis. 
 
Princípio da Oportunidade. 
 
(C) O princípio afirma que as entidades são criadas para terem continuidade. 
Quando cessa a capacidade de existir, alteram-se a classificação e a avaliação 
dos elementos patrimoniais. 
 
Princípio da Continuidade. 
 
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 (D) O princípio adota o menor valor para os componentes do ativo e maior para 
os do passivo. 
 
Princípio da Prudência. 
 
(E) O princípio afirma a necessidade da diferenciação de um patrimônio 
particular no universo dos patrimônios existentes 
 
Princípio da Entidade. 
 
Gabarito Æ E 
 
 
9. (FUNIVERSA/CEB/Técnico de Contabilidade/2010) O princípio que 
determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior 
valor para os componentes do passivo, sempre que se apresentarem 
alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais 
que alterem o patrimônio líquido é o princípio 
 
A) da competência. 
B) da entidade. 
C) da prudência. 
D) pelo registro do valor original. 
E) da atualização monetária. 
 
Comentários: 
 
Vejamos a definição

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