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TÉCNICAS DA ESCRITA APOSTILA

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Instituto Matogrossense de Pós Graduação e Serviços Educacionais Ltda.
www.impactosmt.com.br
Tel.: (65) 3029 2573 Cel. Inst.: (65) 9204 1015 / 84159957 / 9678 5233 / 8141 4643 
Coordenação do Curso Nível Superior PEDAGOGIA
Portaria de Reconhecimento MEC: nº 222, publicada no D.O.U dia 23/03/2007, e renovada pela portaria nº 283, publicada no D.O.U dia 27/12/2012.
Coordenação do Curso Nível Superior Sequencialista em Recursos Humanos 
Conforme LEI 9394/96 Capítulo IV Artigo 44 Inciso I
Portaria de Reconhecimento MEC: nº 236 de 13/03/1998
Coordenação do Curso Nível Superior Sequencialista Gestão Pública
Conforme LEI 9394/96 Capítulo IV Artigo 44 Inciso I
Portaria de Reconhecimento MEC: nº 4.363 de 09/12/04 publicada no D.O.U de 30/12/2004
Coordenação do Curso Nível em
ADMINISTRAÇÃO 
Portaria de Reconhecimento MEC: nº 1.087 de 14/12/2006, publicada no D.O.U de 15/05/2006
MÓDULO III - TÉCNICAS DE ESCRITA
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO
O estudo dos termos essenciais da oração julga-se importante por auxiliar na melhor compreensão no uso das pontuações, consequentemente, na interpretação. Compreender o que compõe uma frase obrigatoriamente ou não é saber usar corretamente a estrutura da língua em questão.
Diante disso, os termos essenciais da oração são responsáveis pela estrutura básica de uma oração. A maioria das orações apresentam sujeito e predicado.
Como este não é um curso de gramática, não vamos nos abster aos mínimos detalhes de cada termo, porém posso mencionar que o sujeito, de modo geral, é o termo que está ligado diretamente com o verbo, concordando com ele e/ou sendo o dono da ação que o verbo expressa. Assim, predicado é o que está sendo dito, mencionado pelo sujeito, entre outras definições. De modo geral, pode-se dizer que o que não for sujeito é predicado, sendo que dentro deste tem verbo e complemento. 
Resumindo, a base de uma frase é sujeito, verbo e complemento. Exemplos: 
Joana (sujeito) viajou (verbo) de carro (complemento).
Ana Vitória (sujeito) comprou (verbo) uma boneca para a filha (complemento).
LINGUAGEM: escrita e oral.
Pode-se ver que várias teorias explica o surgimento da linguagem (evolução da expressão, torre de babel, entre outras). Entretanto, poucas são bem fundamentadas. O que sabemos é que a linguagem pode ser entendida com uma expressão do pensamento que desempenha um papel fundamental nas nossas vidas, lembrando que, para que haja a linguagem, sempre terá um interlocutor (mesmo quando estamos falando com sozinhos). 
Olhando para a charge abaixo, qual das duas falas tem uma maior relação com a nossa comunicação oral do dia a dia? E qual tem uma maior relação com a linguagem escrita?
Desta forma, podemos perceber que a linguagem oral tem uma certa diferença no seu uso em relação a linguagem escrita. Mas, você sabe o porquê disso? Diferente do que muitos pensam, a escrita não é uma mera representação da fala, ela já tem seus códigos próprios que, muitas vezes, não cabem no oral. Veja algumas características destas duas formas de expressar a linguagem:
FALA: entonação, espontâneo, contextualizada, pouco elaborada, incompleta, fragmentada, entre outras.
ESCRITA: planejada, completa, elaborada, condensada, descontextualizada, entre outras. 
Desta forma, como já sabendo que cada um (a fala e a escrita) tem as suas convenções próprias, trabalharemos para que seja evitado a marca de oralidade no texto, ou seja, que códigos comuns (incompletos, não planejados, espontâneos) sejam evitados na hora de escrever.
TIPOS DE REDAÇÃO
Quando falamos de texto, temos em mente as características que o compõe. Assim, veremos que qualquer texto se encaixa em uma das categorias abaixo. Não é diferente quando se fala de redação. Para produzir um bom texto em qualquer prova, deve-se estar atento ao tipo de texto que está sendo pedido. Cada um terá características próprias com finalidades diferentes. Deste modo, atente-se aos tipos trazidos aqui:
Dissertação
Esse tipo de texto é o mais conhecido, pois é pedido no ENEM e em grandes vestibulares. O que favorece para essa fama toda é a sua característica que exige mais do conhecimento do aluno, ou seja, se a pessoa não dominar o assunto proposto, não conseguirá produzir um bom texto. 
O escritor deve defender seus pontos de vistas, explicar de uma forma clara, tentando persuadir o leitor, além de fundamentar todos os seus argumentos. Assim, esse tipo de redação exige que seja dividido em partes e em cada uma delas você tem um ponto a ser seguindo. Veja:
INTRODUÇÃO: Nesta parte, você vai apresentar o assunto de que irá ser dito no texto e as ideias que defende, lembrando que aqui você deve ser sucinto e claro.
DESENVOLVIMENTO: Aqui, você irá explorar mais as ideias levantadas no parágrafo anterior, sempre dando fundamentos a elas. Lembre-se de ser crítico e levantar pensamentos novos e não de senso comum. O que foi exposto aqui que atrairá o leitor para a sua redação e, até mesmo, dar credibilidade para o que está sendo dito.
CONCLUSÃO: Não há uma regra que diz que você deve dar uma solução para o que foi apresentado e desenvolvido anteriormente. Entretanto, essa atitude é EXIGIDA no ENEM. Deste modo, de uma forma geral, você deve concluir sempre retomando ao que disse no início (não é obrigatório, somente para melhorar a estética do texto). Assim, dê a sua opinião e uma possível solução sobre o assunto.
Narração
Esse tipo de texto é o menos pedido nos concursos, entretanto, se souber usar, ela pode ser uma parte da sua dissertação. No texto narrativo, o assunto a ser tratado deve vir em formato de história, ou seja, representatividade de fatos/acontecimentos, valorizando o tempo verbal, lugar, espaço, entre outras características. Ela pode ser cronológica ou não, vai depender de quem escreve. Desta forma, o comprometimento com a realidade também está nas mãos de quem escreve, pois a maneira que ele apresentar os fatos vai interferir na compreensão de quem lê. O mais comum é a ordem linear. É muito usado em livros de história, contos (infantis), textos jornalísticos, entre outros.
Descrição
A descrição tem relação com representar e/ou enumerar as características de um objeto, uma ideia ou sentimento. O ato de descrever está além do que faz a narração, ela não se prende a lugar e tempo. Ela simplesmente representa as características. 
ARGUMENTAÇÃO E SEUS RECURSOS
Partindo para produção de texto, vamos estudar agora como argumentar e fundamentar as ideias postas. Argumentar está relacionado com apresentar fatos, ideias, razões, lógicas (entre outros) para comprovar uma opinião (tese). Para isto, a forma como essas ideias, agora vamos dizer argumentos, são apresentados pode interferir positiva ou negativamente no seu texto. Veja alguns recursos argumentativos:
FATO HISTÓRICO: Por meio de uma pequena narração ou apresentação de fatos, você irá comprovar a sua ideia exposta no texto. Além disso, você pode também citar alguns dados históricos para fortalecer a sua argumentação.
ARGUMENTO DE AUTORIDADE: Em cima do que está sendo argumentado por ti, usar o argumento de autoridade seria usar frase/citação de alguém que tem crédito no assunto.
EXEMPLOS: O exemplo não pode ser genérico, tem que ser um fato concreto e claro para que possa dar fundamento no que está querendo dizer. O ato de generalizar, achando que está dando um exemplo, é muito comum e deixa o texto estranho, ainda mais quando escreve POR EXEMPLO antes. Ao ler em seguindo, percebe-se que não é um exemplo do assunto trabalhado. 
RACIOCÍNIO LÓGICO: O argumento com base no raciocínio lógico tem relação com a conclusão já de senso comum de um pensamento e não aquele que só veio de sua cabeça. A lógica de um pensamento pode ser a base para o que está querendo argumentar.
ELEMENTOS COESIVOS
Elementos coesivos são palavras que ajudam a ligar um enunciado ao outro melhorando o sentido do texto. O mau uso dela por provocar um entendimento equivocado em relação o que quis dizer. São elas que ajudarão a dar um maior sentidono que está escrito. Além disso, ela evita também aquelas repetições indesejada no texto, dando um ar mais formal na escrita. Veja alguns exemplos abaixo:
PRIORIDADE: Em primeiro lugar, primeiramente, sobretudo...
TEMPO: Enfim, afinal, sempre, não raro, a princípio, logo após, imediatamente...
ADIÇÃO: Além disso, ademais, outrossim, ainda por cima...
DÚVIDA: Talvez, provavelmente, possivelmente...
CERTEZA: Decerto, por certo, certamente, indubitavelmente, 
SURPRESA: Inesperadamente...
ILUSTRAÇÃO: Por exemplo, isto é, quer dizer, ou seja, ou melhor...
Veja estes textos de Ricardo Ramos. O que você pode perceber deles?
Circuito Fechado – Ricardo Ramos
Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina,sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maço de cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapo. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, bloco de notas, espátula, pastas, caixas de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes, telefone, papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetor de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xícara. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, cigarro, fósforo, telefone interno, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal, cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guardanapos. Xícaras. Cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, chinelos. Vaso, descarga, pia, água, escova, creme dental, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.
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Circuito Fechado – Ricardo Ramos
Muito prazer. Por favor, quer ver o meu saldo? Acho que sim. Que bom telefonar, foi ótimo, agora mesmo estava pensando em você. Puro, com gelo. Passe mais tarde, ainda não fiz, não está pronto. Amanhã eu ligo, e digo alguma coisa. Guarde o troco. Penso que sim. Este mês, não, fica para o outro. Desculpe, não me lembrei. Veja logo a conta, sim? É uma pena, mas hoje não posso, tenho um jantar. Vinte litros, da comum. Acho que não. Nas próximas férias, vou até lá, de carro. Gosto mais assim, com azul. Bem, obrigado, e você? Feitas as contas, estava errado. Creio que não. Já, pode levar. Ontem aquele calor, hoje chovendo. Não filha, não é assim que se faz. Onde está minha camisa amarela? Às vezes, só quando faz frio. Penso que não. Vamos indo, naquela base. Que é que você tem? Se for preciso, dou um pulo aí. Amanhã eu telefono e marco, mas fica logo combinado, quase certo. Sim, é um pessoal muito simpático. Foi por acaso, uma coincidência. Não deixe de ver. Quanto mais quente melhor. Não, não é bem assim. Morreu, coitado, faz dois meses. Você não reparou que é outra? Salve, lindos pendões. Mas que esperança. Nem sim, nem não, muito pelo contrário. Como é que que eu vou saber? Antes corto o cabelo, depois passo por lá. Certo. Pra mim, chega. Espere, mais tarde nós vamos. Aí foi que ele disse, não foi no princípio, quem ia advinhar? Deixe, vejo depois. Sim, durmo de lado, com uma perna encolhida. O quê? É, quem diria. Acredito que sim. Boa tarde, como está o senhor? Pague duas, a outra fica para o mês que vem. Oh, há quanto tempo! De lata e bem gelada. Perdoe, não tenho miúdo. Estou com pressa. Como é que pode, se eles não estudam? Só peço que não seja nada. Estou com fome. Não vejo a hora de acabar isto, de sair. Já que você perdeu o fim-de-semana, pôr que não vai pescar? É um chato, um perigo público. Foi há muito tempo. Tudo bem, tudo legal? Gostei de ver. Acho que não, penso que não, creio que não. Acredito que sim. Claro, fechei a porta e botei o carro par dentro. Vamos dormir? É, leia que é bom. Ainda agosto e esse calor. Me acorde cedo amanhã, viu?
________________________________________________________________________
Depois das leituras, o que pode ser concluído sobre os elementos coesivos? 
ATIVIDADE: Pego um trecho do texto acima (qualquer um dos dois) e tente reescreve-lo acrescentando alguns elementos coesivos para que fique mais claro o que está sendo dito. Atenção para não mudar a essência principal do texto.
COESÃO E COERÊNCIA
Quando se fala de coesão e coerência, parece algo lógico e desnecessário estudar. Entretanto, texto incoerente e não coesos são comuns no dia a dia, sendo que, muitas vezes, o escritor nem sabe que está cometendo estes erros. Ao se dizer coesão, vem em mente a relação que os parágrafos tem entre sim e, para isto, os elementos coesivos estudados no tópico anterior são importantes para que isto aconteça. Já, coerência, tem relação com os valores postos no texto com os de mundo. Os dois tem que estar em concordância, pois, caso aconteça o contrário, a sua redação pode perder credibilidade e enfraquecer a sua argumentação.
Confere agora o texto doado pela Anny Cruz sobre o assunto:
OS MECANISMOS DE COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS
O texto não é simplesmente um conjunto de palavras; pois se o fosse, bastaria agrupá-las de qualquer forma e teríamos um:
"O ontem lanche menino comeu"
Veja que neste caso não há um texto, há somente um grupo de palavras dispostas em uma ordem qualquer. Mesmo que colocássemos estas palavras em uma ordem gramatical correta: sujeito-verbo-complemento, precisaríamos ainda organizar o nível semântico do texto, deixando-o inteligível.
"O lanche comeu o menino ontem"
O nível sintático está perfeito:
sujeito = o lanche
verbo = comeu
complementos = o menino ontem
Mas o nível semântico apresenta problemas, pois não é possível que o lanche coma o menino, pelo menos neste contexto. Caso a frase estivesse empregada num sentido figurado e em outro contexto, isto seria possível.
Pedrinho saiu da lanchonete todo lambuzado de maionese, mostarda e catchup, o lanche era enorme, parecia que "o lanche tinha comido o menino".
A coesão e a coerência garantem ao texto uma unidade de significados encadeados. 
A COESÃO
Há, na língua, muitos recursos que garantem o mecanismo de coesão:
* por referência: Os pronomes, advérbios e os artigos são os elementos de coesão que proporcionam a unidade do texto.
"O Presidente foi a Portugal em visita. Em Portugal o presidente recebeu várias homenagens."
Esse texto repetitivo torna-se desagradável e sem coesão. Observe a atuação do advérbio e do pronome no processo de e elaboração do texto.
"O Presidente foi a Portugal. Lá, ele foi homenageado."
Veja que o texto ganhou agilidade e estilo. Os termos “Lá” e “ele” referem-se a Portugal e Presidente, foram usados a fim de tornar o texto coeso.
* por elipse: Quando se omite um termo a fim de evitar sua repetição.
"O Presidente foi a Portugal. Lá, foi homenageado."
Veja que neste caso omitiu-se a palavra “Presidente”, pois é subentendida no contexto.
* lexical: Quando são usadas palavras ou expressões sinônimas de algum termo subseqüente:
"O Presidente foi a Portugal. Na Terra de Camões foi homenageado por intelectuais e escritores."
Veja que “Portugal” foi substituída por “Terrade Camões” para evitar repetição e dar um efeito mais significativo ao texto, pois há uma ligação semântica entre “Terra de Camões” e intelectuais e escritores.
* por substituição: É usada para abreviar sentenças inteiras, substituindo-as por uma expressão com significado equivalente.
"O presidente viajou para Portugal nesta semana e o ministro dos Esportes o fez também."
A expressão “o fez também” retoma a sentença “viajou para Portugal”.
* por oposição: Empregam-se alguns termos com valor de oposição (mas, contudo, todavia, porém, entretanto, contudo) para tornar o texto compreensível.
"Estávamos todos aqui no momento do crime, porém não vimos o assassino."
* por concessão ou contradição: São eles: embora, ainda que, se bem que, apesar de, conquanto, mesmo que.
"Embora estivéssemos aqui no momento do crime, não vimos o assassino."
* por causa: São eles: porque, pois, como, já que, visto que, uma vez que.
"Estávamos todos aqui no momento do crime e não vimos o assassino uma vez que nossa visão fora encoberta por uma névoa muito forte."
* por condição: São eles: caso, se, a menos que, contanto que.
"Caso estivéssemos aqui no momento do crime, provavelmente teríamos visto o assassino."
* por finalidade: São eles: para que, para, a fim de, com o objetivo de, com a finalidade de, com intenção de.
"Estamos aqui a fim de assistir ao concerto da orquestra municipal."
A COERÊNCIA
É muito confusa a distinção entre coesão e coerência, aqui entenderemos como coerência a ligação das partes do texto com o seu todo. Ao elaborar o texto, temos que criar condições para que haja uma unidade de coerência, dando ao texto mais fidelidade.
“Estava andando sozinho na rua, ouvi passos atrás de mim, assustado nem olhei, saí correndo, era um homem alto, estranho, tinha em suas mãos uma arma...”
Se o narrador não olhou, como soube descrever a personagem?
A falta de coerência se dá normalmente: Na inverossimilhança, falta de concatenação e argumentação falsa.
Observe outra situação:
“Estava voltando para casa, quando vi na calçada algo que parecia um saco de lixo, cheguei mais perto para ver o que acontecia...”
Ocorre neste trecho uma incoerência pois se era realmente um saco de lixo, com certeza não iria acontecer coisa alguma. Outro tipo de incoerência: Ao tentar elaborar uma história de suspense, o narrador escolhe um título que já leva o leitor a concluir o final da história.
Um milhão de dólares “Estava voltando para casa, quando vi na calçada algo que parecia um saco de lixo, ao me aproximar percebi que era um pacote...”
O que será que havia dentro do pacote? Veja como o narrador acabou com a história na escolha infeliz do título. A incoerência está presente, também, em textos dissertativos que apresentam defeitos de argumentação. Em muitas redações observamos afirmações falsas e inconsistentes. Observe:
“No fundo nenhuma escola está realmente preocupada com a qualidade de ensino.”
“Estava assistindo ao debate na televisão dos candidatos ao governo de São Paulo, eles mais se acusavam moralmente do que mostravam suas propostas de governo, em um certo momento do debate dois candidatos quase partem para a agressão física. Dessa forma, isso nos leva a concluir que o homem não consegue conciliar idéias opostas é por isso que o mundo vive em guerras freqüentemente.”
Note que nos dois primeiros exemplos as informações são amplas demais e sem nenhum fundamento. Já no terceiro, a conclusão apresentada não tem ligação nenhuma com o exemplo argumentado.
Esses exemplos caracterizam a falta de coerência do texto.
Finalizando:
tanto os mecanismos de coesão como os de coerência devem ser empregados com cuidado, pois a unidade do texto depende praticamente da aplicação correta desses mecanismos.
FEEDBACK – ERROS COMUNS
Veja abaixo os erros mais comuns cometidos em uma redação. Vale lembrar que estes podem ser considerados tolos, mas são difícil de escapar-se:
FUGA AO TEMA: Tem-se que tomar muito cuidado ao produzir o seu texto, pois muitas propostas traz um tema que parece amplo, mas confundi o leitor e o leva para falar sobre outro assunto. Por exemplo, o tema é tráfico de drogas, o autor acaba falando mais da violência que o tráfico traz do que do próprio em si. Se ele citasse a violência como uma consequência em uma parte do texto, estaria bom, entretanto, usar uma grande parte do texto para relatar o que não é o proposto ocasiona a fuga ao tema.
Outro fator que leva a isso é o não conhecimento do que está sendo tratado. Antes de mais nada, faça uma pesquisa de qualidade para que você não possa começar a falar “abobrinha”, como é dito por muitos.
COPIAR TRECHO DO TEXTO MOTIVADOR: Lembre-se de que copiar frase de outra pessoa sem a devida citação ou referência é crime. Isso mostra que você plagiou o texto. Além disso, copiar parte da proposta mostra falta de conhecimento no assunto. Para que isso não aconteça, sempre mostre informações novas. Isso não tem erro. 
FUGIR DO PADRÃO ESTABELECIDO: Não se esqueça de atender todas as necessidades formais que o tipo do texto que está sendo escrito pede. Se for uma dissertação, atente-se nas características próprias dela e o que é permitido além do que foi estabelecido. Para isto, estudo todas as formas de textos existentes e/ou as que são de seu uso comum.
DESRESPEITAR OS DIREITOS HUMANOS: Por mais que seja a sua opinião e, para você, existe uma lógica, ela não é bem-vinda se estiver desrespeitando o que está estabelecido como direitos humanos. Lembre-se de que o seu texto, seja qual for, será lido por outras pessoas que, possivelmente, não compartilham da mesma ideia que você.
USAR SENSO COMUM: O que já está estabelecido como fato ou verdade não é interessante para um texto, visto que o leitor já sabe o que acontecerá. Usar senso comum é mostrar que não tem conhecimentos profundos no assunto e que não tem nada para acrescentar. Diga o que pensa e fundamente isso.
PRODUÇÃO TEXTUAL 
Faça uma redação com os padrões estabelecidos pela proposta, demonstrando o seu domínio na língua e conteúdo. 
A proposta será entregue pelo professor.
_________________________________________________________________________
REFERÊNCIA
ABAURRE, Maria Luiza M; ABAURRE, Maria Bernadete M; PONTARA, Marcela. Português: contexto, interlocução e sentido. 2º ed. São Paulo: Moderna, 2013.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 48 ed. rev. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008.
KOCH, Ingedore Villaça. Ler e escrever: estratégias de produção textual. 2º ed. São Paulo: Contexto, 2010;

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