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Fichamento -Investimento e Poupanca - Beluzzo

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Evelyn Nagaoka 
 
BELUZZO, Luiz gonzaga. Investimento e Poupança. Valor Econômico, 2014 
Principais Assuntos / Idéias 
Parágrafo 
1 
John Maynard Keynes, Joseph Schumpeter e Hyman Minsky não acreditavam que a poupança é condição 
para financiar o investimento. 
Parágrafo 
2 
Para os heréticos como , a taxa de juro é a recompensa da renúncia ao consumo presente e o dinheiro 
funciona apenas como moeda e meio de circulação e não como a forma geral da riqueza, conceito sem o qual 
não se compreende a produção capitalista. 
Parágrafo 
3 
Na Economia Monetária da Produção, o valor incorporado pelos bens tem origem no gasto financiado pelo 
sistema de crédito. Ao emprestar recursos líquidos para as empresas, o sistema de crédito permite que haja 
produção e, além disso, adianta moeda para a criação de novas empresas e adições à capacidade produtiva. 
Parágrafo 
4 
A decisão de investir é complexa porque requer a apreciação das várias dimensões da riqueza nova que se 
imagina criar A demanda de moeda gerada pelas transações e investimentos é suprida pela liquidez oferecida 
pelos bancos. Tal liquidez é resultado dos saldos monetários que os possuidores de riqueza guardam no 
banco, mas não utilizam, e é também resultado da colocação de mercado de títulos de dívida ou direitos de 
propriedade. Ao financiar a demanda de moeda, essa liquidez geram circulação de moeda e fazem crescer os 
depósitos dos bancos e as reservas bancárias. Ao mesmo tempo aumentam emprego e renda (resultado dos 
investimentos) e geram variações no estoque de poupança agregada. 
Parágrafo 
5 
Operando num regime de reservas fracionárias e, sobretudo, sob a proteção de uma instituição central 
provedora de liquidez e redutora de riscos, os bancos desfrutam de uma condição peculiar: a prerrogativa de 
multiplicar depósitos, isto é, passivos bancários que são aceitos como meios de pagamento. Estes depósitos 
podem ser movimentados por seus titulares com o propósito de adquirir bens e serviços ou de liquidar 
contratos. 
Parágrafo 
6 
Na economia monetária, as variáveis independentes são as decisões privadas de gasto financiadas pela 
liquidez. . A disposição de bancos e empresas de abrir mão da liquidez promove a geração do fluxo de renda 
agregada da economia. As decisões de poupar lucro, salário, rendimentos, etc. modificam a distribuição de 
estoques e, portanto, a situação patrimonial dos protagonistas. Os fluxos de lucros, salários e receitas fiscais 
produzidos no processo de criação de valor produzem as poupanças que vão constituir o "estoque" de 
poupança agregada. 
Parágrafo 
7 
A decisão de investir é complexa. Se for um capital físico, a nova riqueza é materialmente definida e facilita a 
produção de determinado bem. Se o desejo é de poupar, ele é abstrato e está relacionado com a posse e 
utilização de um ativo especializado cuja avaliação depende de: 1) sua capacidade de sobreviver à 
concorrência e à substituição tecnológica; 2) da demanda esperada pelo bem ou bens em cuja produção pode 
"servir"; 3) dos custos de produção projetados, etc). 
Parágrafo 
8 
Eficácia marginal do capital: a posse de ativos instrumentais (reais) exige a amortização do seu próprio custo 
de reprodução e a geração de excedente de valor ao proprietário. 
Parágrafo 
10 
A taxa de juros converte, em cada momento, o fluxo de receitas futuras proporcionado pela posse do ativo no 
seu valor presente, ou seja, na única expressão admissível da riqueza capitalista, a forma monetária. 
Parágrafo 
11 
 
Não por acaso Keynes definiu a taxa de juro como o "preço" de se desprender agora da liquidez para investir 
esse dinheiro em um ativo instrumental ou financeiro e reavê-lo em data futura. A taxa de juros exprime, 
portanto, a maior ou menor preferência do "público" pela posse, agora, da forma universal da riqueza. 
Parágrafo 
12 
 
No âmbito da economia doméstica, o ato individual de poupar a partir de uma renda já criada é pré-condição 
para a acumulação de riqueza. Na esfera macroeconômica, para o conjunto da economia, a formação da renda 
(e a posterior decisão de poupar) depende do ânimo de gastar dos empresários, sancionado pela disposição do 
sistema de crédito de abrir mão da liquidez.

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