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ANTIDIABÉTICOS_TRANSCRIÇÃO AULA

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UFPE
FARMACOLOGIA 4A – ODONTOLOGIA 
ANTIDIABÉTICOS
são usados para o tratamento de diabetes, existe um quadro que é a pré-diabetes, que
eventualmente o paciente já faz tratamento farmacológico nesse quadro de pré-diabetes, que se
caracteriza em: 
Pré-diabetes
• Glicemia em jejum: 100 – 126 mg/dL; geralmente glicemia abaixo de 100 significa que a
glicemia está normal em jejum; acima de 126 que o indivíduo já está em situação de diabetes
ou ele apresenta glicemia pós-prandial (pós refeição).
• Glicemia pós-prandial: 140 – 200 mg/dL; acima de 200 é diabéticos e abaixo de 140 é
glicemia normal.
Nesse quadro de pré-diabetes, é comum que os médicos indiquem mudanças de hábito de
vida, juste na dieta e a instituição de exercícios físicos, se o indivíduo for obeso, perda de peso…
enfim, mudanças de hábito de vida pode prevenir que o indivíduo passe do quadro de pré-diabetes
para o de diabetes tipo II. Mas eventualmente, alguns médicos utilizam um fármaco grupo de
antidiabéticos (METFORMINA) porque esses pré-diabéticos elas tem resistência a insulina, o que
significa que a insulina circulante não atua adequadamente no tecido esquelético, no tecido adiposo,
que são os tecidos que precisam de insulina para fazer captação de glicose. Quando se fala de
resistência a insulina pode ser que os níveis de insulina podem estar normais ou mesmo acima do
normal, mas o tecido periférico responde inadequadamente.
Diabetes
Diabetes é uma doença crônica e tem aumentado nos últimos anos a diabetes do tipo II nos
países desenvolvidos, e no Brasil, a medida em que passamos do quadro de desnutrição para um de
nutrição inadequada, aquela rica em carboidratos, gorduras e etc, a gente tá aumentando
obesidade, hipertensão e diabetes do tipo 2. 
• Tipo I (também chamada de diabetes mellitus dependente de insulina) – ocorre em faixa
etária baixa (idade juvenil), que pode ser devido um evento infeccioso, pois uma infecção por
virus pode gerar auto-anticorpos e haver degradação das células de langerhans, e o
indivíduo não produz insulina, por isso ele é dependente de insulina. O paciente com diabetes
tipo 1 vai fazer uso da insulina a vida toda. O componente genético no tipo 1 é muito menos
importante do que a do tipo 2.
• Tipo II (diabetes mellitus não dependente de insulina) – os vários outros antidiabéticos que
vamos ver aqui podem ser utilizados para tratar esse tipo de diabetes. Alguns vão aumentar
a secreção de insulina, outros aumentam a secreção de glicose… são vários mecanismos de
ação. Os outros tipos de antidiabético não servem para o tipo 1. geralmente acontece numa
idade mais avançada, mas hoje em dia está cada vez mais precoce. Produz insulina
• Diabetes gestacional – esse quadro acontece somente durante a gravidez, logo após o parto
a homeostasia da glicose passa a ser normal, mas é comum que numa faixa etária mais
avançadas elas passam para o tipo 2. Quando a dieta e os exercícios não estão sendo
suficientes para manter a homeostase, faz-se o tratamento com insulina, pois nenhum outro
fármaco são seguros no que diz respeito a teratogenicidade. 
1
São várias categorias de antidiabético. É comum associação com outros fármacos.
Classe de fármacos antidiabéticos:
• Insulina
• Sulfonilureias
• Meglitinidas
• Biguanidas metformida→
• Tiazolidinedionas
• Inibidores da alfa-glicosidase
• Inibidores da DPP-4
• Análogos do GLP-1
• Dapagliflozina
FISIOLOGIA DA SECREÇÃO DA INSULINA:
Após a refeição vários nutrientes são capazes de aumentar a secreção de insulina nas células
de langerhans, mas o principal nutriente para secretar insulina é a glicose. A glicose usa
transportador (GLUT – 2) para transportar-se do meio extra para o intracelular. No meio intracelular
a glicose vai aumentar ATP, e a relação ATP-ADP aumentada vai inibir canais de potássio (esses
canais são sensíveis a ATP). Quando os canais de K são inibidos, o K não sai, a célula despolariza e o
cálcio entra e a insulina é secretada. 
2 classes de fármacos fazem esses bloqueios desses canais de K: Sulfonilureias, Meglitinidas.
Quando ocorre aumento do bolo alimentar aumenta a produção de hormônios no intestino.
O GLPM (Glucagon Like Protein) é um desses hormônios, elas agem em receptores específicos nas
células Beta de langerhans, vai ativar adenilciclase, que vai ativar a via do AMP C. O AMPC aumentado
vai ativar a Proteina Cinase A (PKA), que ativada vai inibir os canais de K sensíveis a ATP. Ou seja, o
GLP aumenta a secreção de insulina. Existem análogos do GLP que são usados na terapêutica que
são utilizados terapeuticamente, além disso, existem 2 fármacos que diminuem a degradação do
GLP, que veremos mais adiante.
A insulina endógena ou a administrada elas atuam em receptores específicos nos tecidos
periférico, então vocês viram na bioquímica os principais efeitos metabólicos da insulina. A insulina
sintetiza lipídeo, proteína e glicogênio (são os 3 principais efeitos metabólicos da insulina), além
disso insulina aumenta a síntese e translocação do GLUT-4. O GLUT-4 é transportador de glicose,
então esse GLUT-4 predomina no tecido esquelético e tecido adiposo. 
A insulina capta glicose porque aumenta os transportadores da glicose no tecido esquelético
e no tecido adiposo e capta glicose porque vai usar como substrato para sintetizar lipídeo, proteína e
glicogênio. A insulina que é utilizada aqui no Brasil tem origem animal e também recombinante
humana. A de origem animal é mais barata porque é extraída do pâncreas de bovinos e suínos. A
tecnologia que produz a recombinante humana é cara., a tecnologia da recombinação do DNA, por
isso a de origem animal são as mais utilizadas aqui no Brasil, alguns países já não usam mais a de
origem animal.
A insulina animal é semelhante a insulina endógena, a insulina bovina difere da humana em
apenas 3 aminoácidos e a suína em apenas 1 aminoácido. Devido a essa semelhança. Exemplo que
nós temos de recombinante humana é a Lispro. A insulina é uma cadeia com 51 aminoácidos
distribuídos em 2 cadeias “A” e “B”, e a ordem normal é prolina e lisina. A Lispro ela inverte. A grande
vantagem da Lispro é o início da ação muito rápida (15 min.), outra recombinante humana é a
Glargina, uma preparação que tem 36hrs de duração (longa duração).
2
Mecanismo de Ação:
• Captação de glicose: síntese e translocação de carreadores GLUT4, atividade da hexoquinase
IV no fígado e II no músculo esquelético e tecido adiposo.
• Síntese de glicogênio: aumento de atividade da glicogênio sintetase e diminuição de
atividade da fosforilase.
• Inibição gliconeogênese: diminuição da transcrição da carboxiquinase fosfoenolpiruvato.
Vimos que uma classificação que é quanto a origem: animal e recombinante humana. A outra
classificação da insulina é quanto ao tempo de duração da ação:
• Ultrarrápida: Lispro. Início de ação em 15 min. E dura até 6hrs, essa lispro tem até a forma de
administração diferente. A administração de insulina no tratamento cronico continua sendo
pela via clássica que é a subcutânea, já existem formas inovadoras de administração da
insulina uma delas é spray, que tem a vantagem de não ser invasiva. Mas essa lispro ela vem
em cartuchos com doses pré-determinadas, ou seja, facilita pro usuário, mas, ainda assim,
por via subcutânea.
• Ação rápida: Insulina simples ou regular. Início de ação em 30 min. E dura até 6 hrs também,
então essa preparação contém somente insulina, é útil para a administração endovenosa
quando necessária em emergências.
• Ação intermediaria: Insulina NPH (Neutral Protamine Hagedorn) começa em 2hrs e dura até
18hrs, insulina NPH é mais utilizada aqui no Brasil, o ph é neutro e contem protamina na sua
composição. A insulina se liga a protamina então ocorre a liberação lenta que dura até 18
hrs. Via subcutânea.
• Ação prolongada:Insulina-Protamina-Zinco. São preparações com início de ação em 3 hrs e
dura até 36 hrs. EX. Glargina. Via subcutânea.
O principal efeito colateral de antidiabético é hipoglicemia (caracterizado por sonolência,
tontura, taquicardia). Interação medicamentosa é muito comum devido a hipertensão, por isso Beta
Bloqueadores não é o melhor para o diabético que faz uso de insulina porque pode prevenir a
taquicardia, mascarar a hipoglicemia já que é bastante caraterístico a taquicardia. Todo diabético que
faz uso de insulina, reconhece o quadro de hipoglicemia e faz a ingesta de glicose por via oral,
quando consciente, para prevenir o desmaio. 
A seguir todos são tomados por via oral e são para diabético tipo 2. 
Sulfonilureias
Aumentam secreção de insulina: inibem canais K-ATPase (canais de K sensíveis a ATP). Essa
categoria pode provocar hipoglicemia.
➔ Clorpropamida, Glibenclamida, Glipizida, Gliclazida, Glimeperida.
• Clorpropamida: meia-vida, 32h; 
Metabolitos ativos, 
Duração de ação, 60h; dose única diária→
20-30% excreção renal forma ativa; em caso de insuficiência renal deve substituir para
qualquer outro fármaco.
Contraindicação, doença renal crônica e idosos;
Efeito antabuse -> não deve ser associado com álcool pois causas efeitos adversos devido
3
ao aumento do nível de corticetones. 
• Glibenclamida: Pico sérico, 4-5h; 
2ª geração; Metabolismo hepático, excreção urinaria e biliar;
Duração de ação, 24h. Largamente usado
• Glipizida: Pico sérico, 1-3,5h;
2ª geração; Vantagem de chegar inativa no rim
Interferência da alimentação sobre sua absorção;
10% forma ativa excretada pela urina;
Erupção cutânea.
Meglitinidas 
Aumenta a secreção de insulina porque se liga aos canais de K sensíveis a ATP.
➔ Repaglinida e Nateglinida
Em doses terapêuticas não faz hipoglicemia por causa das características farmacológicas:
são rapidamente absorvidas. São fármacos usados antes das refeições principais para diminuir a
glicose pós-prandial.
• Repaglinida: início de ação, 10min; ação dependente da presença de glicose sérica; redução
de níveis plasmáticos em 3-5h
• Nateglinida: início de ação, 4min; duração de ação, 2h.
Biguanidas
No Brasil só temos a Metformina – ela aumenta a afinidade da insulina aos seus receptores
para aumentar a captação de insulina. Recentemente se mostrou que insulina diminui
gliconeogênese, e assim diminui a oxidação de ácidos graxos. 
Possui meia vida curta, pode usar mais de uma dose diária. Se estiver associado a outro
fármaco pode ser apenas 1 dose diária. Qual a vantagem da associação da Metformina com a
Glibenclamida? SOMAÇÃO DE EFEITOS: a Glibenclamida aumenta a secreção de insulina e a
Metformina melhora ação da insulina no tecido esquelético, no tecido adiposo.
A metformina não sofre metabolismo hepático (90% dela chega ativa no rim). 
Efeitos Colaterais:
Acidose lática (+ grave)
Anorexia, náusea, vômito, desconforto abdominal, diarreia
Reduz absorção intestinal de Vitamina B12 –> pode causar anemia megaloblástica, mas a incidência
é baixa.
Contraindicações:
• Insuficiência renal
• Insuficiência cardíaca ou respiratória
• Condições de hipóxia
• Infecções severas
• Uso abusivo de álcool
• Uso de contrastes radiológicos
• Gravidez
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Tiazolidinedionas = Glitazonas
Rosiglitazona (saiu do mercado há uns anos aqui no Brasil), Pioglitazona (se mantém no mercado)
A Tiazolidinedionas se ligam aos receptores PPAR gama (Receptor Ativador da Proliferação
de Peroxisonas), e a ativação desses receptores, eles são ativadores de transcrição, e quando eles
são ativados ele vai determinar lipidogênese aumentada, diminuindo os ácidos graxos livres. Não
tendo ácidos graxos livres pra queimar eles vão queimar glicose. 
• Rosiglitazona: meia-vida, 3-4h; permanece estável 24h; dose única diária; excreção renal e
biliar; ganho de peso, edema; anemia. Causa retenção de fluidos. Há indícios que provoca
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) - Retirada do mercado. 
• Pioglitazona: dose única diária, excreção renal 
Associação com a metformina. Uma faz perda de peso (metformina) e a outra faz ganho de
peso.
Inibidores da alfa-glicosidase: Acarbose
Diminuem a quebra de polissacarídeos, diminuem a absorção intestinal da glicose. Eles não
precisam ser absorvidos reduzindo os efeitos colaterais os efeitos colaterais se restringem a apenas
o intestino. Mas ela só faz apenas até 20% de glicose e geralmente é associado com fármaco de
outra categoria.
Inibidores da DPP-4
A DDP-4 (dipeptidil peptidase 4) é uma enzima degrada a GLP, então inibir a DDP-4 aumenta
os níveis endógenos da GLP, aumentando a secreção de insulina. No brasil temos 2 fármacos e eles
se diferenciam pela farmacocinética.
• Vidagliptina
Duas doses diárias
Meia-vida: 3 h
Excreção renal: 23% na forma ativa
(escolhido para pacientes que tem insuficiência
renal)
• Sitagliptina
Dose diária única
Meia-vida: 12 h
Excreção renal: 79% na forma ativa
(escolhido para pacientes que tem
insuficiência hepática)
A seguir fármacos administrados pela via subcutânea. Eles são administrados assim porque são
análogos do GLP.
Mecanismo de ação: aumentar a secreção de insulina. Diminuem morte das células Beta do
pâncreas, diminuem a motilidade intestinal (dando sensação de saciedade) e consequentemente
diminuição de peso, diminuem a resistência a insulina, diminuem a glicose de origem hepática
(gliconeogênese), diminuem as complicações cardiovasculares.
Dapagliflozina (relativamente nova)
Inibe transportador sódio-glicose 2 (SGLT2) no túbulo proximal. Faz glicosúria e poliúria
Restrito para pacientes com TFG > 45 mL/min/1,73m2
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