Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
16/4/2012 1 Subfilo Trilobitomorpha Disciplina de Paleontologia Prof.a Dimila Mothé Aula 7 dimothe@hotmail.com Filo: Arthropoda Subfilo: Trilobitomorpha Classe: Trilobita Ocorrência: Cambriano Inferior ao Permiano. Cerca de 4 mil espécies descritas, todas exclusivamente marinhas. Os mais antigos de todos os artrópodes, que iam de 1 a 70 cm. Os trilobitas são os fósseis mais importantes do Cambriano, razão pela qual o período é conhecido como a “Idade dos Trilobitas”. Os trilobitas: características gerais 16/4/2012 2 Com exoesqueleto quitinoso, geralmente oval e achatado. Exoesqueleto dividido transversalmente em céfalo, tórax e pigídio. Tórax formado por somitos articulados. Céfalo e pigídio formado por somitos fusionados. Divisão longitudinal em 3 lobos: 1 axial (central) e 2 pleurais (laterais). Lobos pleurais são projeções da parede dorsal que se prolongam sobre os apêndices. Morfologia Dorsal Morfologia Dorsal Céfalo composto por 5 a 6 segmentos fundidos e cobertos dorsalmente por um escudo sólido. Os sulcos longitudinais dividem o céfalo em glabela (mediana) e genas (laterais). Olhos compostos são desenvolvidos e localizados dorsalmente nas genas. São compostos por uma lente formada por um cristal simples de calcita (olho holocroal) ou por lentes grandes com córnea individual (olho esquizocroal), exclusivos de Phacopida. Olho holocroal Olho esquizocroal 16/4/2012 3 Formada por uma membrana não mineralizada. Anteriormente, ocorre uma dobradura formando a placa rostral. Em seguida encontra-se o hipóstoma, placa que encobre a boca. Morfologia Ventral Enrolamento: capacidade dos trilobitas de se enrolar, protegendo a região ventral do corpo, mais frágil e não mineralizada, da ação de predadores e adversidades ambientais. Esta habilidade teria surgido com a evolução do grupo, pois no Cambriano Inferior e Médio são raros os fósseis de trilobitas enrolados (comuns no Ordov.). Enrolamento 16/4/2012 4 Os apêndices são não mineralizados, se preservando em condições excepcionais. Possuíam 1 par de antenas unirramadas e segmentadas e 1 par de apêndices birramosos, originados na região da coxa de cada somito, sendo 1 ramo para locomoção (ramo ambulatório) e 1 ramo com brânquias (ramo filamentoso). Apêndices Ramo filamentoso ou brânquia. Ramo ambulatório ou locomotor. Morfologia Interna 16/4/2012 5 Relação entre tamanho do céfalo e pigídio Reconstituição do trilobita Arctinurus, mostrando seu processo de muda. Muda Larvas com exoesqueleto. A cada muda, são adicionados novos somitos, até a fase adulta. 16/4/2012 6 Icnofósseis Cruziana isp. Rusophycus isp. Possível postura de Trimerus delphinocephalus a espreita de sua presa. Os icnofósseis associados aos trilobitas são as pistas ou rastros e as marcas de repouso, conhecidos respectivamente como Cruziana e Rusophycus. Última ordem, Proetida, se extinguiu no final do Permiano. Diversidade Origem no Cambriano. Atingiram cerca de 300 gêneros e 65 famílias no Cambriano Superior. Declínio de diversidade no Ordoviciano. No Siluriano e Devoniano existiam com cerca de 17 famílias e 60 gêneros. Por causa do exoesqueleto mineralizado, ampla abundância e distribuição, o registro fossilífero é bem completo, sendo abundantes do Cambriano/Ordoviciano e se extinguindo no Permiano Superior. 16/4/2012 7 Os trilobitas no Cambriano Cada uma das três divisões do Cambriano tem seus gêneros característicos de trilobitas. Cambriano Inferior: Ordens Agnostida, Redlichiida, Ptychopariida e Corynexochida. Agnostida Corynexochida Ptychopariida Redlichiida Cambriano Médio: Ordem Proetida. Os trilobitas no Cambriano Cambriano Superior: Ordem Asaphida. Asaphida Proetida 16/4/2012 8 Os trilobitas no Ordoviciano Ordoviciano Inferior: Ordem Lichida e Phacopida. Phacopida Lichida Paleoecologia Típicos de ambientes marinhos. Evoluíram rapidamente durante o Cambriano e ocuparam uma diversidade de hábitos: escavadores (infaunais), bentônicos (detritívoros), nadadores ou flutuadores (pelágicos). A morfologia ajuda a inferir o hábito de vida dos trilobitas. Olhos reduzidos indicam ambientes afóticos e grandes indicam organismos predadores, espinhos desenvolvidos e numerosos estão relacionados com flutuação, trilobitas nadadores possuem lobo axial desenvolvido. 16/4/2012 9 Bioestratigrafia No Brasil, os trilobitas são encontrados nas Bacias do Paraná, Parnaíba, Amazonas, sendo típicos do Devoniano. Os trilobitas são utilizados em correlações bioestratigráficas, datações e estabelecimento de paleoprovíncias (fósseis-guia). Outros artrópodes no registro fossilífero Subfilo Chelicerata Classe Merostomata Subclasse Eurypterida Subclasse Eurypterida Ocorrência do Cambriano ao Permiano. Possuem corpo alongado, que lembra os escorpiões. O prossoma (cefalotórax) com cerca de ¼ do opistossoma (abdômen). Possuem olhos laterais e ocelos centrais. Os apêndices são muito variáveis. 16/4/2012 10 Outros artrópodes no registro fossilífero Subfilo Chelicerata Ocorrência do Siluriano ao Recente. Outros artrópodes no registro fossilífero Subfilo Myriapoda Ocorrem do Cretáceo até o Recente. Inclui centopéias e lacraias. Subfilo Hexapoda Ocorrem do Devoniano até o Recente. Insetos. 16/4/2012 11 Outros artrópodes no registro fossilífero Subfilo Mandibulata Classe Crustacea Ocorrem do Cambriano até o Recente. Crustáceos.
Compartilhar