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A Contabilidade em 122 Perguntas

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A
Contabilidade
em
Perguntas
e
Respostas
Frei Luca Pacioli
A Contabilidade em 122 Perguntas
1. INTRODUÇÃO
O que é Contabilidade?
É a ciência que se destina a registrar, estudar, controlar e interpretar os fenômenos ocorridos no patrimônio das Entidades, com o objetivo de fornecer informações e orientações sobre o estado desse patrimônio e suas variações.
O que é Entidade Econômico-administrativa?
É a Entidade formada por uma ou mais pessoas, físicas ou jurídicas, que possuem um patrimônio e dele se utiliza como meio para atingir seus fins, sejam eles econômicos ou meramente ideais.
A pessoa física que possui e administra seu patrimônio, com o objetivo de prover sua própria subsistência e a de sua família, pode ser também considerada uma Entidade Econômico-administrativa, para fins de aplicação dos princípios contábeis à gestão desse patrimônio.
Por que é o patrimônio objeto da Contabilidade?
Porque sobre ele são aplicados os procedimentos contábeis. Onde não existe patrimônio a Contabilidade não é aplicável.
Onde a Contabilidade é aplicável?
Nas Entidades Econômico-administrativas, pois estas possuem patrimônio administrável, no qual ocorrem fenômenos que a Contabilidade registra, estuda, controla e interpreta.
1.5 Com que objetivo a Contabilidade registra, estuda, controla e interpreta os fenômenos patrimoniais?
Com o objetivo de fornecer informações e orientações amplas, completas e precisas, sobre o estado patrimonial em determinado momento e sobre os resultados econômicos produzidos pela gestão administrativa em determinado período.
1.6 A quem a Contabilidade fornece informações e orientação?
(Aos administradores do patrimônio, para que possam exercer sua atividade administrativa.
(Aos titulares do patrimônio – acionistas ou sócios da entidade administrada para que eles possam avaliar o estado de sua riqueza, os resultados produzidos pela gestão do patrimônio e a eficiência da administração.
(Aos financiadores da Entidade, banqueiros ou capitalistas, para que possam avaliar a capacidade de endividamento e a liquidez dessa Entidade.
(Ao fisco, para que este saiba se a Entidade está cumprindo suas obrigações tributárias.
(A todos aqueles que, direta ou indiretamente, estão vinculados à Entidade e têm interesse em sua continuidade e desenvolvimento – empregados, clientes, órgãos de classe e a coletividade em geral.
1.7 Quais são os meios utilizados pela Contabilidade par atingir seus objetivos?
 São as chamadas técnicas contábeis, a saber:
(Escrituração: registro dos fatos contábeis.
(Demonstrações contábeis: formas expositivas dos vários aspectos do patrimônio e do resultado em um período administrativo.
(Auditoria: confirmação de que as demonstrações contábeis refletem adequadamente a situação patrimonial da Entidade e o resultado do período examinado, de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as normas contábeis vigentes, aplicados uniformemente em períodos sucessivos.
(Análise de balanços: decomposição comparação e interpretação do estado patrimonial.
1.8 Como você conceituaria a Contabilidade?
É a ciência que estuda, controla e interpreta os fenômenos ocorridos no patrimônio (objeto) mediante o registro, a demonstração expositiva, a auditoria, a análise e a interpretação desses fatos (meios), com o fim de oferecer informações e orientações sobre a composição e as variações sofridas pelo patrimônio, bem como sobre o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial.
2. NOÇÕES PATRIMONIAIS
2.1 O que é patrimônio?
É o conjunto de bens, direitos e obrigações, vinculados a uma Entidade Econômico-administrativa, podendo também ser definido como conjunto de bens econômicos, ou conjunto de bens com fim específico.
2.2 O que é bem?
É toda a coisa útil à satisfação das necessidades humanas.
2.3 O que são direitos?
São créditos da Entidade em relação a terceiros, que lhe devem entregar determinadas importâncias, em dinheiro ou bens. Podem ser também definidos como bens de Entidade em poder de terceiros.
2.4 O que são obrigações?
São créditos de terceiros em relação à Entidade, que lhes deve entregar determinadas importâncias, em dinheiro ou bens. Podem também ser definidos como bens de terceiros em poder da Entidade.
2.5 O que é Capital?
É o excesso de riqueza aplicado na produção de novas riquezas.
Em Contabilidade, é o excesso dos bens e direitos sobre as obrigações, representado pela contribuição inicial do titular ou titulares do patrimônio e acrescido de contribuições posteriores e lucros capitalizados.
2.6 O que é Ativo?
É a parte positiva do patrimônio, representada por bens e direitos.
2.7 O que é passivo?
É a parte do patrimônio, representada por obrigações. Nele figura também o capital, como parcela diferencial, igualando o Passivo ao Ativo. Esse diferencial é considerado como patrimônio líquido.
2.8 O que é equação patrimonial?
É a igualdade entre o Ativo e o Passivo, isto é: 
	bens+direitos = obrigações+Patrimônio Líquido.
2.9 O que se entende por patrimônio como Fundo de Valores?
É o patrimônio considerado sob o aspecto de sua composição, compreendendo valores positivos (bens e direitos) e negativos (obrigações) e produzindo uma situação líquida, que poderá ser positiva, negativa ou nula.
2.10 O que se entende por aspecto qualitativo do patrimônio?
É aquele sob o qual consideramos a natureza dos componentes patrimoniais, como por exemplo:
	
	Caixa (dinheiro)
	Bens:
	Mercadorias (estoque)
	
	Imóveis (prédios, terrenos)
	
	Móveis (mesas, cadeiras, arquivos, etc)
	
	Maquinário (máquinas, instrumentos)
	
Direitos:
	
Duplicatas a Receber
	
	Contas a Receber
	
	Investimentos
	
Obrigações:
	
Duplicatas a Pagar
	
	Contas a Pagar
	
	Impostos a Pagar
2.11 O que se entende por aspecto quantitativo do patrimônio?
É aquele representado pela tradução monetária do valor dos componentes patrimoniais, como, por exemplo:
 Ativo Passivo
	Caixa
	 10.000,00
	Duplicatas a Pagar
	 200.000,00
	Bancos
	40.000,00
	Contas a Pagar
	30.000,00
	Mercadorias
	200.000,00
	Impostos a Pagar
	70.000,00
	Duplicatas a Receber
	150.000,00
	
	
	Contas a Receber
	50.000,00
	
	
	Investimentos
	100.000,00
	Capital
	600.000,00
	Imóveis
	260.000,00
	
	
	Móveis
	20.000,00
	
	
	Maquinário
	70.000,00
	
	
	
	900.000,00
	
	900.000,00
2.12 O que é situação patrimonial líquida?
É a diferença entre bens e direitos (Ativo) e obrigações (Passivo), a saber:
Ativo>Passivo = situação líquida positiva, (ou patrimônio líquido).
Ativo<Passivo = situação líquida negativa, (ou passivo a descoberto).
Ativo=Passivo = situação líquida nula (ou compensada).
2.13 O que se entende por patrimônio como investimento e como Fonte de Financiamento?
O passivo indica a origem dos capitais que integram o patrimônio.
O ativo indica a destinação desses capitais investidos em bens e direitos necessários aos objetivos da Entidade.
Todo capital obtido, seja do titular do patrimônio, de terceiros, ou proveniente de lucros, é registrado no Passivo, demonstrando sua origem, e ao mesmo tempo registrado no Ativo, demonstrando investimento, em bens e direitos.
2.14 O que é investimento patrimonial?
São todas as aplicações feitas no Ativo, em bens e direitos, segundo a natureza e as necessidades da Entidade.
Exemplo:
	Caixa
	 10.000,00
	Bancos
	40.000,00
	Mercadorias
	200.000,00
	Duplicatas a Receber
	150.000,00
	Contas a Receber
	50.000,00
	Investimentos
	100.000,00
	Imóveis
	260.000,00
	Móveis
	20.000,00
	Maquinário
	70.000,00
	
	900.000,00
2.15 Quais são as Fontes de Financiamento?
São aqueles que indicam a origem dos capitais investidos no ativo, os quais podem ser fornecidos pelos titulares do patrimônio ou por terceiros. No primeiro caso, teríamos capitais próprios, e, no segundo, capitais de terceiros. Exemplo:
	Capitais próprios:
	Capital
	 600.000,00
	Capitaisde Terceiros:
	Duplicatas a Pagar
	200.000,00
	
	Contas a Pagar
	30.000,00
	
	Impostos a Pagar
	70.000,00
	
	
	900.000,00
O capital próprio pode também originar-se de lucros acumulados e não-distribuídos, formados na própria Entidade (reservas e lucros acumulados).
2.16 O que é patrimônio líquido?
É a substância líquida patrimonial, ou seja, a diferença positiva entre bens e direitos (Ativo) e as obrigações (Passivo). O Patrimônio líquido corresponde à situação líquida positiva. Sendo demonstrada no Passivo para formar a equação patrimonial. Por não ser exigível por terceiros, é chamado Patrimônio Líquido.
3. CAMPO DE APLICAÇÃO
3.1 Qual é o campo de aplicação da Contabilidade?
É o das entidades econômico-administrativas, às quais presta sua colaboração, mediante o fornecimento de informações sobre seu patrimônio, permitindo assim sua mais eficiente administração.
3.2 Quais os elementos que concorrem para a existência da Entidade Econômico-admisntrativa?
Esses elementos são: patrimônio, trabalho e administração.
O patrimônio é o elemento material de que se utiliza a Entidade para atingir seus fins, sejam eles ideais ou econômicos.
A consecução dos objetivos da Entidade exige trabalho, geralmente desenvolvido sobre o patrimônio.
A administração dirige o trabalho, coordenando sua ação sobre o patrimônio, para que os fins da entidade sejam alcançados com mais eficiência.
3.3 O que é administrar?
É dirigir, governar e coordenar esforços humanos tendentes a um fim. A administração dirige o trabalho relacionado com o patrimônio, controlando e administrando os elementos patrimoniais.
3.4 Como se classificam as Entidades Econômico-admisnitrativas?
Quanto aos fins, em: sociais, econômico-sociais e econômicas (empresas). Quanto à natureza, em públicas e particulares.
3.5 Quais as funções da administração, segundo Henri Fayol?
(Técnicas.
(Comerciais.	
(Financeiras.
(De segurança.
(Contábeis.
(Propriamente administrativas.
As funções contábeis assumem grande relevância nas Entidades com fins econômicos (empresas), pois todas as demais funções delas recebem, direta ou indiretamente, importante colaboração. Não menos importante o é nas administrações públicas, pois nestas os recursos administradas pertencem à coletividade, ou seja, a toda a Sociedade, e geralmente envolvem valores elevados.
4. GESTÃO ADMINISTRATIVA
4.1 O que se entende por gestão?
Os atos praticados pela administração, somados àqueles que, embora não praticados por ela, modificam o patrimônio das Entidades formam um complexo de fatos e fenômenos a que denominamos gestão.
4.2 O que são períodos administrativos?
São períodos de tempo utilizados para medir os resultados da atividade administrativa.
4.3 O que é exercício?
É a gestão econômico-financeira realizada dentro de um período administrativo. 
4.4 O que é custo?
É o preço pelo qual se obtém um bem ou serviço. O custo é fundamental em qualquer Entidade com fim lucrativo, pois dele depende a empresa para alcançar seus objetivos.
4.5 O que é receita?
É a recuperação do custo, através da venda de produtos ou serviços, ou do recebimento de outras rendas. Nas entidades sem fins lucrativos, a receita é meramente a entrada de recursos financeiros.
4.6 O que é resultado?
É a diferença entre a receita e seu respectivo custo. O resultado será positivo (lucro) quando a receita for superior ao custo, ou negativo (prejuízo), quando o custo for superior a receita.
4.7 Quando se efetiva o resultado? 
Quando a receita é recebida ou se torna realizável e o custo é pago ou se torna exigível, dentro de um mesmo período.
A apuração do resultado não depende, portanto, do recebimento de receitas ou do pagamento de despesas, mas apenas de sua alocação como receita e custo, cuja diferença constitui o resultado do exercício.
4.8 Que constituem receitas e despesas efetivas em instituições sem fins lucrativos?
São aquelas que correspondem à receita e custo nas empresas, isto é, aqueles que representam recebimentos ou pagamentos sem correspondentes entradas ou saídas de bens do patrimônio.
4.9 O que são mutações patrimoniais?
São entradas ou saídas de elementos patrimoniais, compensadas por outras do mesmo valor, não alterando, portanto, o patrimônio líquido. Nas entidades sem fim lucrativo elas são caracterizadas por compra ou venda de bens permanentes.
4.10 Em que consiste o equilíbrio financeiro das entidades sem fins lucrativos?
	Não tendo objetivo de lucro, as entidades sem fins lucrativos devem alcançar suas finalidades dentro de seus recursos orçamentários. Para isso elas devem limitar as despesas às receitas, obtendo, assim, o equilíbrio orçamentário. Quando as receitas ultrapassam as despesas, ocorre superávit financeiro, e, caso contrário, déficit.
4.11 O que se entende por regime de caixa?	
 O regime de caixa caracteriza‑se pela apuração do resultado do exercício mediante cômputo das despesas e receitas pagas e recebidas durante o período administrativo. Nesse regime não são consi​derados, portanto, custos e receitas incorridos, a pagar e a receber em exercícios futuros, mas apenas o que foi pago o recebido.
4.12 O que é regime de competência?
 É aquele em que todos os custos e receitas incorridos, mesmo que pagos ou recebidos em diferentes períodos, são computados no exercício de sua competência. Esse regime obedece ao Princípio Fun​damental de Contabilidade chamado Princípio da Competência de Exercícios.
4.13 Em que consiste a gestão das empresas?
	Consiste nas seguintes operações:	
1. obtenção de capitais, próprios e de terceiros,	
2. aplicação desses capitais, em investimentos (realizáveis ou permanentes) e em custos recuperáveis;
 3. recuperação dos custos, através da venda de bens e serviços, com a conseqüente apuração do resultado, que poderá ser distribuído, em forma de remuneração do capital próprio, ou reinvestido na empresa, como aumento desse capital.
4.14 Em que consiste a gestão das Entidades sem fins lucrativos? 
 Compreende as seguintes operações:
1. obtenção de receitas, que constituem os meios necessários ao atendimento dos objetivos da entidade;
 2. aplicação dessas receitas em despesas indispensáveis à consecução desses objetivos.
5. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
5.1 O que é Escrituração Contábil?
	É o registro dos fatos administrativos, em livros próprios e segundo os princípios e normas técnico‑con​tábeis, tendo em vista demonstrar a situação econômico‑patrimonial das Entidades e os resultados por elas obtidos em determinados períodos administrativos.
5.2 Em que se distingue a Contabilidade da Escrituração?
	A Contabilidade é a ciência que estuda, controla e interpreta os fenômenos ocorridos no patrimônio das Entidades econômico‑administrativas.
	A Escrituração é uma das técnicas contábeis básicas, que consiste no registro e demonstração de to​dos os fatos contábeis, permitindo à Contabilidade atingir sua finalidade, que é fornecer informações sobre o patrimônio administrado.
5.3 O que é lançamento contábil?
	É o registro de um fato administrativo. Ao conjunto dos lançamentos contábeis chamamos Escrituração.
5.4 O que são variações patrimoniais?
 São ocorrências que produzem alterações no patrimônio, quer sejam meramente permutativas das espécies de componentes patrimoniais ou modificativas da substância liquida do patrimônio (aumento ou diminuição do patrimônio líquido).
5.5 O que é fato contábil?
	 É toda ocorrência que se verifica no patrimônio e lhe traz variações, específicas ou quantitativas. São fatos suscetíveis de contabilização e por isso denominados contábeis.
5.6 Como se classificam os fatos contábeis?
 Classificam-se em:
(Permutativos (quando ocorrem alterações meramente qualitativas nos componentes).
(Modificativos (quando as variações patrimoniais são quantitativas e provocam alterações na situação líquida do patrimônio).
(Mistos ou compostos (quando ocorrem concomitantemente variações qualitativas e quantitativas).5.7 Qual o método de escrituração universalmente adotado?
 É o método das partidas dobradas, cujo princípio fundamental é o seguinte: Não há devedor sem credor correspondendo, a cada débito um crédito de igual valor. Este método surgiu no ano de 1494, em Veneza, Itália. Seu precursor foi o notável frei franciscano Luca Pacioli.
5.8 Quais os principais “chavões” do método das partidas dobradas? 
 São os seguintes:
a. A soma dos débitos é sempre igual à dos créditos. 
b. A soma dos saldos devedores é sempre igual à dos credores. 
c. O Ativo é sempre igual ao Passivo. A diferença entre bens, direitos e obrigações figura na situação líquida, para completar a equação patrimonial. 
d. As despesas são sempre debitadas e as receitas creditadas. A diferença entre elas constitui lucro ou prejuízo, que aumenta ou diminui a situação líquida (patrimônio líquido).
5.9 Quais os elementos essenciais do lançamento?
 São os seguintes:
( Local e data.
( Conta debitada (ou contas debitadas).
( Conta creditada (ou contas creditadas).
( Histórico (descrição do fato contábil).
( Valor (expressão monetária do fato administrativo).
5.10 Quais as funções do lançamento?
 Assim como a Escrituração, da qual é uma unidade, o lançamento tem duas funções:
1. histórica, de registrar cronologicamente os fatos;
2. de registro da expressão monetária dos fatos e seu agrupamento, segundo a natureza de cada um.
5.11 Quantas e quais são as fórmulas de lançamento?
 São quatro, a saber:
(Primeira: Apenas uma conta debitada e uma creditada.
(Segunda: Uma conta debitada e várias creditadas.
(Terceira: Várias contas debitadas e uma creditada.
(Quarta: Várias contas debitadas e várias creditadas.
5.12 Quando ocorrem fatos permutativos?
Quando há permutação de elementos Ativos:
	Ex:
	D Mercadorias
	
	
	C Caixa
	10
Quando há permutação de elementos Passivos:
	Ex:
	D Fornecedores
	
	
	C Duplicatas a Pagar
	20
Quando há redução do Ativo compensada por redução do Passivo:
	Ex:
	D Duplicatas a Pagar
	
	
	C Caixa
	20
Quando há aumento de Ativo, compensado por aumento de Passivo:
	Ex:
	D Mercadorias
	
	
	C Fornecedores
	30
5.13 Como se classificam os fatos modificativos?
 Em aumentativos e diminutivos
Os aumentativos podem ser exemplificados da seguinte forma:
Aumento do Ativo:
	D caixa
	
	C Juros Recebidos
	10
Diminuição do Passivo:
	D Contas a Pagar
	
	C Descontos Obtidos
	5
Os diminutivos podem ser exemplificados da seguinte forma:
Diminuição no Ativo:
	D Aluguéis 
	
	C Caixa
	15
Aumento do Passivo:
	D Luz e Água
	
	C Contas a Pagar
	6
5.14 Em que consistem fatos mistos?
 Em permutação de elementos ativos e passivos, combinada com aumento ou diminuição de patrimônio líquido.
Exemplos:
Permutação no Ativo:
Diminutiva:
	D Caixa
	9
	
	D Descontos Concedidos
	1
	
	C Duplicatas a receber
	
	10
 Aumentativa:
	D Caixa
	100
	
	C Mercadorias
	70
	
	C Lucros/Vendas
	
	30
Permutação no Passivo:
Diminutiva:
	D Duplicatas a Pagar
	20
	
	D Despesas de Juros
	2
	
	C Letras a Pagar
	
	22
Aumentativa:
	D Duplicatas a Pagar
	20
	
	C Letras a Pagar
	
	19
	C Descontos Obtidos
	
	1
Permutação de elementos Ativos e Passivos:
Diminutiva:
	D Duplicatas a Pagar
	20
	
	D Despesas de Juros
	2
	
	C Caixa
	
	22
Aumentativa:
	D Duplicatas a Pagar
	20
	
	C Caixa
	
	18
	C Descontos Obtidos
	
	2
 5.15 Quando é aberta uma conta?
 Uma conta é aberta quando:
Constituí-se o capital da empresa.
Adquirem-se bens ou direitos.
Obrigações são assumidas.
Realizam-se receitas ou despesas.
Fenômenos de naturezas diversas ocorrem, exigindo a abertura de contas específicas para registrá-los.
 As contas serão movimentadas toda vez que os fenômenos patrimoniais se repetirem, sendo cada um registrado em sua conta específica.
5.16 Cite dez contas representativas do Ativo:
	
	Caixa
	
	
	
	Estoque de Mercadorias
	
	Bancos
	Bens
	Imóveis
	Direitos
	Duplicatas a Receber
	
	Móveis e Utensílios
	
	Aplicações Financeiras
	
	Máquinas
	
	Títulos a Receber
	
	Equipamentos de Informática
	
	
5.17 Cite cinco contas representativas de obrigações.
 ( Fornecedores
 ( Duplicatas a Pagar
 ( Contas a Pagar
 ( Empréstimos Bancários
 ( Hipotecas a Pagar
5.18 Cite quatro contas representativas da situação líquida:
 Patrimônio líquido (situação líquida positiva)
 ( Capital
 ( Reservas
 ( Lucros Acumulados
 Passivo a descoberto (situação líquida negativa)
 ( Prejuízos Acumulados
5.19 Cite dez contas representativas de despesas
 ( Ordenados
 ( Aluguéis
 ( Impostos
 ( Despesas de Juros
 ( Seguros
 ( Água e Luz
 ( Material de Consumo
 ( Contribuições de Previdência
 ( Despesas Diversas
 ( Prejuízos Diversos
5.20 Cite cinco contas representativas de receitas
 ( Lucro na Venda de Mercadorias
 ( Serviços Prestados
 ( Receitas de Juros
 ( Receitas de Comissões
 ( Rendas Diversas
5.21 Que diz a Lei nº 6.404/76 sobre a Escrituração?
 Ela diz que:
 (A Escrituração da companhia será mantida em registros permanentes.
 (Esses registros serão feitos com obediência aos preceitos da legislação comercial e aos princípios de Contabilidade geralmente aceitos.
 (Os registros devem obedecer aos métodos e critérios contábeis uniformes no tempo.
 (As mutações patrimoniais devem ser registradas de acordo com o regime de competência.
 (A modificação de métodos ou critérios, no exercício, se relevante, deverá ser indicada em notas explicativas.
 (As diferenças entre os princípios contábeis e as determinações de leis fiscais serão registradas em registros auxiliares.
 (As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por contabilista legalmente habilitado. 
6. LIVROS CONTÁBEIS, FISCAIS E SOCIETÁRIOS
6.1 O que são livros de escrituração?
	São os livros utilizados pelas Entidades para registrar todos os fatos que nelas ocorrem, permitindo assim que se possa conhecer, a qualquer momento, o desenvolvimento da vida social, econômica, financeira e patrimonial da entidade.
6.2 São contábeis todos os livros de escrituração?
	Nem todos os livros utilizados pelas entidades econômicas são de natureza contábil, embora estes sejam os mais importantes para o controle da vida econômica, financeira e patrimonial da entidade.
6.3 De que natureza são os demais livros de escrituração?
 ( Livros sociais (exigidos pela Lei das Sociedades por Ações).
 ( Livros fiscais (exigidos pela legislação fiscal).
 ( Livros trabalhistas (exigidos pela legislação trabalhista).
 ( Outros.
6.4 Quais são os principais livros contábeis?
	O Diário, que é o registro geral das operações em ordem cronológica. O Razão, que é o registro geral das operações em ordem sistemática.
6.5 Como são Processados os registros no Diário ?
	Em se tratando de livro obrigatório por lei, o registro do Diário também é regulado por lei. A atual legislação em vigor permite que o Diário seja escriturado em folhas soltas (meio eletrônico), para posterior encadernação. Permite, ainda, o uso de um conjunto de fichas devidamente rubricadas pela Junta Comercial, para substituição do livro encadernado outrora exigido.
6.6 Como são escriturados os demais livros contábeis?
	Após o registro do Diário, as operações são transcritas para os demais livros. Os modernos processos de registro ‑ mecanizado, maquinizado ou eletrônico ‑ permitem o registro simultâneo do Diário com o Razão e com outros livros auxiliares.
6.7 Cite outros livros contábeis importantes.
	Além do Diário e do Razão, são importantes sob o aspecto contábil todos os livros auxiliares destinados ao registro analítico de componentes patrimoniais, tais como: Caixa, Bancos, Contas a Receber, Contas a Pagar, Registro de Duplicatas, Registro de Estoques, Fornecedores o outros.
6.8 Pode a Entidade utilizar mais de um livro Diário?
Embora uno, devendoser o registro geral de todas as operações, o Diário poderá ser desdobrado, substituído pelos registros auxiliares analíticos, como o Caixa, o Contas‑ Correntes, o livro de Bancos, de Fornecedores etc., desde que o resumo geral das operações seja transcrito no Diário Geral.
7. ERROS DE ESCRITURAÇÃO E CORREÇÃO
7.1 Como se corrigem os erros de escrituração?
	Na escrituração do Diário, que é o principal livro obrigatório, devem ser evitadas rasuras, emendas, raspaduras ou borrões, bem como linhas em branco ou escritos à margem. Para evitar tais irregularidades todos os erros nesse livro devem ser corrigidos mediante estorno, ou através de lançamento complementar ou retificativo.
7.2 Nos livros facultativos podem ser cometidas rasuras ou outras irregularidades?
	Embora não existam prescrições legais quanto aos registros auxiliares, a técnica contábil desaconselha tais impropriedades, pois elas prejudicam a clareza dos registros e podem suscitar dúvidas quanto à lisura com que foram procedidos.
7.3 Quando se procede ao estorno e quando se utilizam os demais processos de retificação de erros con​tábeis?
	O estorno, que consiste na anulação do lançamento errado, é sempre a forma mais aconselhável de retificação de erros nos livros contábeis, pois após o estorno faz‑se o 
lançamento correto. Quando o lançamento errado registra importância a mais ou a menos do que deveria registrar, o lançamento retificativo ou o complementar poderão também retificar o erro sem prejuízo da clareza.
7.4 Como se corrigem erros nos livros auxiliares?
O melhor processo de correção é estornar o lançamento e registrá‑lo novamente.
7.5 Como se corrige a omissão de um lançamento?
	Efetuando‑se o lançamento omitido, na data em que se descobrir a omissão, e fazendo‑se referência, no histórico, à data em que o fato ocorreu.
7.6 Como são corrigidos os erros cometidos no histórico de lançamento não encerrado? 
 Adicionando‑se uma das expressões: "digo", "aliás" ou "em tempo", e prosseguindo com a redação certa.
8. PLANO DE CONTAS
8.1 O que é um plano de Contas?
 É o elenco, devidamente classificado e codificado, de todas as contas que poderão ser utilizadas pela Entidade à qual se destina.
8.2 Quais as regras para a elaboração de um bom plano de contas?
 	Um bom plano de contas deve:
1. Incluir o maior número possível de contas que possam ser utilizadas no ramo especifico de ativi​dade para o qual foi elaborado.
2. Ser planejado de forma a permitir a inclusão de qualquer conta nova sem alterar a codificação das já existentes.
3. Facilitar a elaboração de balancetes e balanços, evidenciando o Ativo, o Passivo e os resultados, mediante o simples relacionamento das contas, segundo a codificação planejada.
4. Utilizar codificação que facilmente identifique as contas e que exija a menor quantidade possível e dígitos.
5. Distinguir claramente as contas patrimoniais das de resultado, evidenciando as características próprias de cada Entidade (comercial, industrial, bancária, de serviços, de transportes, social, pública etc.).
Facilitar o levantamento de informações específicas para fins administrativos (custos, liquidez financeira, rotação de capitais, investimentos específicos etc.), para fins fiscais (lucro tributável, impostos recuperáveis ou a recolher etc.), ou para fins de divulgação (Lei nº. 6.404/76 Lei das Sociedades por Ações) e dezenas de outros regulamentos específicos para determinados tipos de empresas: bancos, seguros, financeiras, corretores, consórcios etc.
9. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
9.1 O que são demonstrações contábeis?
	São todas as formas de exposição, sintéticas ou analíticas, do estado patrimonial e de suas variações, originadas dos livros contábeis.
	Podemos citar, entre outras, os balanços patrimoniais, as demonstrações de resultados, os Inventários, os orçamentos, os extratos e as análises de contas.
9.2 Quais as demonstrações contábeis exigidos pela Lei nº 6.404/76?
 ‑balanço patrimonial;
	 ‑demonstração de lucros ou Prejuízos acumulados (que pode ser substituída pela demonstração das variações do patrimônio líquido);
 ‑demonstração do resultado do exercício;
 ‑demonstração das origens e aplicações de recursos.
9.3 O Que é balanço Patrimonial?
	Balanço Patrimonial é a demonstração sintética, em forma equacional, dos componentes do patrimônio e de suas variações.
9.4 Qual a relação e a distinção entre a Demonstração do Resultado do Exercício e a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados?
	A demonstração do Resultado do Exercício demonstra receitas e despesas do período, evidenciando o lucro líquido no fim do exercício. A demonstração de lucros ou Prejuízos Acumulados parte do resultado do exercício anterior, mostrando a destinação que teve, bem como o resultado do presente exercício, adicionado ao saldo anterior, a desatinação para reservas e dividendos, e, finalmente, o saldo que passa para o próximo exercício.
9.5 Qual a principal finalidade da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos?
	É a de evidenciar a variação do capital circulante, da empresa, através da demonstração das variações sofridas pelo ativo circulante a pelo passivo circulante.
9.6 Por que a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados pode ser substituída pela Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido?
	Porque a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é mais ampla, demonstrando todas as contas representativas do patrimônio líquido (inclusive os lucros ou prejuízos acumulados) no início o no fim do exercício, evidenciando, portanto, as variações por elas sofridas.
9.7 O que é Inventário? Dê exemplo
	É a demonstração analítica e especifica de determinado componente patrimonial.
	Por exemplo, o Inventário de mercadorias é a relação analítica de todos os itens que compõem o estoque de mercadorias de uma empresa, especificando suas quantidades, naturezas e preços unitários, para demonstrar, ao final, o montante das mercadorias em estoque, o que deverá coincidir com o montante da conta sintética de Mercadorias, no Razão.
9.8 Como é feito o inventário?
	Há dois tipos de inventário: o contábil e o físico.
	O inventário contábil é extraído dos livros auxiliares analíticos, tais como: Registro de Estoques, Registro de Duplicatas, Bancos, Fornecedores etc.
	O inventário físico é a relação de todos os itens apurados através da contagem física, sendo realizado através da investigação, descrição, classificação e avaliação dos itens inventariados.
9.9 Que é orçamento?
 É um ato de previsão da gestão econômico‑administrativa de um período, ou do comportamento de determinado setor da administração econômica, tais como, previsão de custo ou de receita de certos trabalhos, previsão de investimentos e de retorno desses investimentos, previsão de recursos financei​ros para atender a compromissos (fluxos de caixa) etc.
10. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO E DEPRECIAÇÃO
10.1 O que é avaliação?
	A avaliação é a última fase do processo inventarial, através da qual se atribuem valores a todos os itens que compõem o inventário. Da avaliação depende, portanto, a determinação do valor final do Ativo, do Passivo e, conseqüentemente, do resultado do exercício.
10.2 Quais os critérios de avaliação adotados pela Lei no. 6.404/76?
	Esses critérios que, de maneira geral, obedecem aos Princípios Fundamentais de Contabilidade em vigor no Brasil, estão discriminados nos arts. 183 e 184.
10.3 O que é depreciação?
	Depreciação é a perda de valor que sofrem os bens, em decorrência do uso, da ação do tempo, de acidentes ou outros fenômenos físicos ou químicos.
10.4 Como se calcula a depreciação?
	Vários podem ser os critérios de cálculo da depreciação, entre os quais podemos destacar o da depreciação real e o da depreciação teórica.
	Segundo o primeiro, a depreciação é calculada mediante avaliação direta do bem, no momento do inventário, a qual é comparada com o valor histórico, sendo a diferença considerada como depreciação doperíodo. De acordo com a depreciação teórica, faz‑se a estimativa da duração do bem e distribui‑se a depreciação por esse período, segundo um dos vários métodos matemáticos de depreciação.
10.5 Como se contabiliza a depreciação?
	A depreciação é contabilizada, mensal ou anualmente, debitando‑se ao custo do período a parcela a ele atribuída, mediante crédito à conta de provisão respectiva. Esta provisão figurará no balanço dedutivamente da conta ativa do bem depreciado.
10.6 O que é correção monetária?
	Em períodos inflacionários, a moeda se deteriora, e os investimentos permanentes, registrados; ao custo histórico, se desatualizam em relação ao valor de reposição dos bens, ou seja, em relação a seu valor atualizado, distorcendo o balanço. A correção monetária é o processo pelo qual procura‑se atenuar os efeitos da desvalorização da moeda sobre o balanço, corrigindo‑se as contas ativas subavaliadas, bem como o patrimônio líquido, que também se acha desatualizado. A correção monetária vigorou no Brasil, compulsoriamente, por mais de 30 anos, porém atualmente está revogada pela Lei no. 9.249/95.
10.7 Como se contabiliza a correção monetária?
	A correção monetária, quando em vigor no Brasil, era contabilizada mediante a criação de uma conta, denominada Correção Monetária do Balanço na qual eram creditados os valores correspondentes à correção monetária debitada nas contas do ativo permanente e na qual eram debitadas as correções monetárias creditadas às contas do patrimônio líquido. O saldo da conta Correção Monetária do Balanço era lançado na Demonstração do Resultado do Exercício, influindo nesse resultado de forma positiva ou negativa, conforme seja seu saldo credor (lucro inflacionário) ou devedor (prejuízo inflacionário).
10.8 A correção monetária constitui lucro ou prejuízo?
	Segundo as disposições legais que criaram a correção monetária, ela constituiria lucro quando ela é credora o prejuízo quando devedora. A correção monetária reflete os efeitos da inflação sobre o capital de giro da empresa. Se esta possui capital de giro positivo, isto é, patrimônio liquido superior ao ativo permanente a correção monetária apresentará saldo devedor, indicando que a inflação causou efeito negativo (prejuízo) ao capital de giro da empresa. Se esta tem capital de giro negativo, isto é, ativo permanente maior que o patrimônio líquido, o efeito da inflação é positivo (lucro) gerando saldo credor na Correção Monetária do Balanço. 
10.9 Qual a diferença entre a Correção Monetária a Reavaliação do Ativo Imobilizado?
	Ambas representam um reajuste do valor histórico contábil do ativo. A correção monetária, entretanto, ajusta os valores segundo os índices de desvalorização da moeda, sem levar em conta qualquer outra valorização específica que o bem possa apresentar. A reavaliação é feita com base em avaliação objetiva de cada bem, individualmente, baseada em laudo de avaliação elaborado por peritos, que levam em conta todas as circunstâncias que possam influir nessa avaliação, em especial o valor de mercado do bem na data do laudo pericial.
11. PRINCÍPIOS E NORMAS CONTÁBEIS
11.1 O que é princípio?
	Princípio é a causa da qual algo procede, é a origem, o começo de um fenômeno ou de uma série de fenômenos. Pode‑se também defini‑lo como uma verdade fundamental, evidente e inquestionavelmente, comprovada.
11.2 O que são Princípios Fundamentais de Contabilidade?
A conceituação emitida pela Resolução CFC nº. 750/93, em seu art. 2º é a seguinte:
"Os Princípios Fundamentais de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teoria relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o Patrimônio das Entidades”.
11.3 Que são Normas Contábeis?
São as regras, ou guias‑de‑orientação, admitidos em um país como os mais adequados para ordenar, disciplinar a elaborar os registros e as demonstrações contábeis. Elas se subordinam aos Princípios Fundamentais de Contabilidade.
As normas contábeis são convencionais e não fundamentais para o registro de fatos e elaboração de demonstrações e informações contábeis, devendo ser interpretadas como regras complementares, obedientes aos Princípios Fundamentais, e necessárias como padrões de conduta ou guias‑de‑orientação para o exercício profissional.
11.4 Qual a diferença entre Princípios Fundamentais de Contabilidade e normas contábeis?
a. Os princípios são imutáveis e inerentes à própria natureza da doutrina contábil, e existem independentemente da vontade ou da escolha por parte de doutrinadores ou profissionais, precisando ser identificados e respeitados, para que essa ciência, em sua aplicação aos fins a que se destina, alcance seus objetivos de informar e orientar, com clareza, precisão e eficiência, sobre a situação e as variações patrimoniais da Entidade a que ela se aplica. São também básicos a imutáveis, em quaisquer circunstâncias, como, por exemplo, os Princípios da Entidade, de Universalidade dos Fenômenos Patrimoniais e da Unidade dos Registros e Demonstrações.
b. As normas contábeis são convencionais e podem ser modificadas segundo as circunstâncias. Elas são dinâmicas e se modificam de acordo com a evolução das atividades econômicas e empresariais de cada país. Diferentemente dos princípios, as normas são estabelecidas por doutrinadores ou por profissionais, com a finalidade de harmonizar os registros, demonstrações e informações contábeis, servindo como guias‑de‑orientação para os profissionais que as aplicam. As normas contábeis deverão atender às necessidades dos meios econômicos e culturais em que são aplicadas, podendo, portanto, variar segundo as necessidades específicas e contingentes desse ambiente, desde que respeitem os Princípios Fundamentais da Contabilidade.
11.5 Como são estabelecidas as normas contábeis?
Nos diversos países, para que surjam as normas contábeis, há sempre necessidade do apoio de uma Entidade com autoridade para impor as normas mais adequadas aos registros contábeis; em determinado momento. Hoje existem, em quase todos os países, organismos profissionais, ou regulamentadores da profissão, emitindo pronunciamentos ou resoluções sobre normas contábeis a serem obedecidos nacionalmente. Muitos países estão adotando as normas internacionais emitidas pela IASC ‑ International Accounting Standard Committee, cujos pronunciamentos têm tido crescente aceitação.
11.6 Como as entidades profissionais criam ou estabelecem as normas contábeis?
	Geralmente essas entidades baseiam‑se em trabalhos e opiniões de profissionais conceituados, professores, doutrinadores e escritores; manifestadas através de obras publicadas, revistas especializadas, teses e trabalhos apresentados em congressos e conferências, bem como nas cátedras das universidades.
11.7 Como são fixadas as normas contábeis no Brasil?
	No Brasil, as autoridades governamentais, com a colaboração de seus profissionais especializados, têm estabelecido normas contábeis específicas para inúmeros tipos de atividades econômicas, tais como entidades financeiras, seguradoras, construtoras, de transporte, de energia elétrica entre outras.
	Por muitos anos, as normas contábeis foram emitidas, principalmente, em pronunciamentos do IBRACON ‑ Instituto Brasileiro de Contadores, bem como em resoluções da Comissão de Valores Mobiliários ‑ CVM, que fiscaliza as sociedades por ações, por delegação da Lei no 6.404/76. Atualmente, a principal fonte de emissão de normas contábeis é o Conselho Federal de Contabilidade que, através de sua Resolução CFC no 751, de 29 de dezembro de 1993, "Dispôs sobre as normas brasileiras de contabilidade.”
11.8 Como são fixadas normas contábeis em outros países?
	Em quase todos os países desenvolvidos, as normas contábeis são estudadas e recomendadas pelos respectivos Institutos de Contadores, como ocorre nos Estados Unidos, Inglaterra, Canadá, México, Argentina, Austráliae outros.
	Nos Estados Unidos eram fixadas pelo Instituto até junho de 1973. A partir dessa data constituiu‑se uma Fundação, de cunho oficial, com a sigla FASB (Financial Accounting Standard Board), que se encarrega de emitir os princípios contábeis a serem seguidos pelos contadores americanos.
	Em 1967 foi criado o Grupo Internacional de Estudos, formado por contadores dos Estados Unidos, Inglaterra e Canadá, destinado a estudar e emitir pronunciamentos sobre normas contábeis aceitas nos três países. Essa Comissão foi sucedida pela IASC, citada a seguir.
	Em 1973 foi constituída uma Comissão Internacional de Normas Contábeis, sob a sigla IASC (International Accounting Standards Committee), fundada por 11 países (EUA, Inglaterra, Canadá, Alemanha, Japão, México, Holanda, Índia, França, Austrália e Filipinas), com a finalidade de estudar e fazer pronunciamentos sobre princípios e normas contábeis. O Brasil aderiu posteriormente a essa Comissão (hoje formada por mais de 100 países) e passará a divulgar os princípios e normas por ela emitidos.
11.9 Qual a Lei que tornou obrigatórias no Brasil as muitas normas contábeis?
	Foi a Lei no 6.404, de 15‑12‑76, que regulamentou as sociedades por ações. Essa lei consolidou normas anteriormente consideradas aceitas no Brasil, acrescentando algumas novas, como a da avaliação de investimentos em controladas e coligadas pelo valor de seu patrimônio líquido, por exemplo, denominada "equivalência patrimonial" bem com a consolidação de balanços, entre outras.
12. RESERVAS PROVISÕES E LUCROS ACUMULADOS
12.1 O que é reserva?
	Reserva é uma parcela destacada do lucro líquido, que se delibera não distribuir, mas destinar ao reforço do capital social. 
12.2 O que é provisão?
	As provisões se destinam a registrar reduções, certas ou prováveis, a se verificarem no ativo (depreciações, amortizações de despesas, riscos de crédito, sinistros etc.), ou de aumentos de passivo (contingências fiscais, cambiais, contratuais ou trabalhistas).
12.3 Exemplifique as diferenças entre reserva e provisão.
	A reserva é uma parcela do lucro líquido, que se destina ao reforço do capital, aumentando assim o patrimônio líquido da empresa. A provisão é uma parcela do custo que reduz o lucro líquido e figura no balanço patrimonial como parcela dedutiva do ativo, ou como exigibilidade ou contingência, no passivo. A provisão é, portanto, um custo do exercício, que reduz o lucro líquido, como é o caso da provisão para devedores duvidosos. A reserva integra o lucro líquido, sendo uma parcela deste destinada a reforçar o capital da empresa, como é o caso da reserva legal.
12.4 O que é lucro líquido?
	O lucro líquido é o resultado positivo da atividade econômica da empresa, no final do exercício. O resultado da venda de produtos ou serviços, menos o custo desses produtos ou serviços é chamado lucro bruto. Deduzindo‑se deste todas as despesas necessárias à manutenção e ao desenvolvimento das atividades empresariais, e acrescentando as receitas não‑operacionais, teremos o lucro líquido.
12.5 Como é distribuído o lucro liquido?
	Nas empresas individuais e nas sociedades fechadas, o lucro líquido é distribuído de acordo com a vontade de seus proprietários, podendo ser por eles retirado ou permanecer na empresa, como reservas ou lucros acumulados, a seu critério.
Nas sociedades por ações, o lucro líquido é distribuído conforme determina a Lei no 6.404/76.
12.6 Como é calculado o lucro real?
	O lucro líquido do exercício, conforme define o art. 187 da Lei no 6.404/76, corresponde ao lucro bruto menos as despesas necessárias à manutenção e ao desenvolvimento das atividades empresariais, incluídas, entre estas, a parcela relativa ao imposto de renda devido, que é calculado sobre o lucro real, terminologia adotada pela legislação tributária pela designar o lucro tributável.
	Para chegarmos ao lucro real, partimos do lucro líquido, antes de deduzida a parcela destinada ao IR (Lucro antes do Imposto de Renda ‑ LAIR). A esse lucro acrescentamos as adições e dela fazemos as exclusões previstas no Regulamento do Imposto de Renda, chegando assim ao lucro real.
	Conhecido o lucro real, sobre ele calcularemos o imposto de renda, que será, então, deduzido do lucro líquido do exercício antes do imposto (LAIR), chegando‑se ao lucro líquido do exercício (depois do imposto = LDIR).
	Exemplo:
	Lucro antes do IR (LAIR)
	
	650
	Adições:
	
	
	Excesso de remuneração de diretores
	100
	
	Brindes
	50
	
	Provisão para perda de investimentos
	20
	
	Multas fiscais
	30
	200
	Exclusões:
	
	
	Lucro com equivalência patrimonial
	(150)
	
	Indenizações reparatórias de seguros
	(100)
	(250)
	Lucro real
	
	600
	Imposto de renda a pagar (25%)
	
	(150)
	
	
	
	Lucro líquido do exercício:
	
	
	Lucro antes do IR
	
	650
	Provisão para IR
	
	(150)
	Lucro depois do IR
	
	500
12.7 Que são Lucro Bruto e Lucro Operacional, segundo o Regulamento do Imposto de Renda?
	Os conceitos de lucro bruto e de lucro operacional, segundo o RIR, não diferem do conceito contábil, ou seja, O lucro bruto é o resultado da receita de vendas menos o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV). O Operacional é o lucro bruto menos as despesas operacionais, acrescida de outras receitas operacionais; como vemos no seguinte exemplo:
	Venda de produtos ou serviços
	1000
	Custo dos produtos ou serviços vendidos
	- (400)
	 Lucro Bruto 
	600
	Despesas operacionais
	(300)
	Outras Receitas Operacionais
	100
	 Lucro operacional
	400
	Rendas não-operacionais
	10
	Despesas não-operacionais
	(20)
	 Lucro líquido antes do IR
	390
	Provisão para IR
	(98)
	 Lucro líquido do exercício depois do IR
	292
12.8 Quando ocorre a chamada "distribuição disfarçada de lucros"?
	Ocorre essa distribuição quando a empresa realiza transações com pessoas a ela ligadas (sócio, administrador ou titular, bem corno seu cônjuge ou parente até o terceiro grau), havendo a presunção de que tais pessoas foram beneficiadas, em detrimento do interesse da pessoa jurídica contribuinte do imposto de renda.
12.9 Existem conceitos contábeis de 'lucro presumido" e "lucro arbitrado"?
	Não. Esses conceitos são fiscais, para fins de tributação do imposto de renda.
	Se não estiver obrigada à apuração do lucro real, a pessoa jurídica poderá, optar pela tributação com base no lucro presumido, atendidas às disposições previstas na legislação em vigor. Quanto ao lucro arbitrado ele somente ocorre quando a empresa não possui escrituração contábil, ou quando esta contiver vícios ou deficiências que a tornem imprestável para apuração do lucro real, ou quando o contribuinte se negar a apresentar os livros de escrituração ou demais documentos exigidos pelo fisco.
13. ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO
13.1 Quais são as medidas preliminares para elaboração do balanço?
1. Na data do encerramento do exercício, levanta‑se o balancete de verificação.
2. Confrontam‑se os saldos das contas com os registros auxiliares.
3. Procedem‑se aos inventários de todos os valores suscetíveis de contagem física (caixa, estoques, títulos e duplicatas a receber, móveis, máquinas, ferramentas etc.),
4. Confrontam‑se os valores inventariados com os registros auxiliaras e com os saldos do Razão.
5. Havendo divergências entre os registros auxiliares e os saldos do Razão, procedem‑se aos ajustes.
6. Procedem‑se às retificações de exercício – depreciações, amortizações, correções monetárias, provisões para riscos de crédito, para contingências e outras.
7. Verificam‑se as despesas vencidas e não pagas, bem como as pagas e não‑vencidas, para que os saldos das contas passem a representar apenas as despesas de exercício.
8. Verificam‑se as receitas vencidas e não recebidas, bem como as recebidas e não‑vencidas, para que os saldos das contas representem apenas as receitas do exercício.
13.2 Como se determina o resultado do exercício?
1. Apura‑se o lucro bruto na conta de Mercadorias, transferindo‑o, depois, para Apuraçãodo Resultado do Exercício - ARE.
2. Transferem‑se os saldos das contas de receita para Apuração do Resultado do Exercício.
3. Transferem‑se os saldos das contas de despesa para Apuração do Resultado do Exercício.
4. Apura‑se o lucro líquido.
5. Registra‑se a destinação do lucro líquido.
6. Levanta‑se o 2º balancete, de verificação (neste balancete deverão aparecer com saldo somente as contas patrimoniais).
14. ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
14.1 Quais os procedimentos para elaboração das demonstrações contábeis?
a. O 2º Balancete de Verificação apresenta apenas contas patrimoniais. As que apresentam saldo devedor são ativas e as que apresentam saldo credor são passivas. Classificadas as contas (ativas e passivas), segundo os padrões usuais de classificação, teremos o Balanço Patrimonial.
b. Para a conta de Apuração do Resultado do Exercício foram transferidos todos os saldos das contas de receitas o despesas do exercício, bem como o lucro bruto apurado na conta de Mercadorias. Demonstradas as receitas e as despesas, teremos a Demonstração do Resultado do Exercício.
c. Essa demonstração, segundo modelo aprovado pela Lei no 6.404/76, é elaborada partindo‑se da receita bruta operacional e deduzindo‑se o custo das vendas ou serviços prestados, para encontrar o lucro bruto. Determinado este, deduzem‑se as despesas operacionais para encontrar o lucro operacional, ao qual são acrescentadas as receitas não‑operacionais ou deduzidas as despesas não‑operacionais para encontrar o lucro líquido antes do imposto de renda, do qual são deduzidas a provisão para o imposto e as participações de terceiros, para chegarmos ao lucro líquido do exercício.
14.2 Como é elaborada a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos?
	A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos é elaborada demonstrando‑se:
I ‑ as origens dos recursos, agrupadas em:
a. lucro do exercício, acrescido de depreciação, amortização ou exaustão e ajustado pela variação nos resultados de exercícios futuros;
b. realização do capital social e contribuições para reservas de capital;
c. recursos de terceiros, originários do aumento do passivo exigível a longo prazo, da redução do ativo realizável a longo prazo e da alienação de investimentos e direitos do ativo imobilizado. 
II – as aplicações de recursos, agrupadas em:
	a. dividendos distribuídos;
	 b. aquisição de direitos do ativo imobilizado;
	 c. aumento do ativo realizável a longo prazo, dos investimentos e do ativo diferido;
 d. redução do passivo exigível a longo prazo.
III ‑ o excesso ou insuficiência das origens de recursos, em relação às aplicações representando au​mento ou redução do capital circulante liquido;
IV - os saldos no inicio e no fim do exercício, do ativo e passivo circulantes, o montante do capital circulante líquido e seu aumento ou redução durante o exercício.
14.3 Como é elaborada a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido?
	A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é elaborada evidenciando‑se todas as contas que formam o patrimônio líquido, bem como as variações, aumentativas e diminutivas, por elas sofridas durante o exercício. Esta demonstração substitui a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados.
14.4 Como é elaborada a Demonstração das Mutações Patrimoniais?
	Elabora‑se a Demonstração das Mutações Patrimoniais mediante a comparação do balanço deste exercício com o do exercido anterior, evidenciando as variações ocorridas em cada uma das contas, ou grupos de contas, do ativo e do passivo.
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