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Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT 
Aula 03 – Política e Sociedade Brasileira I 
Prof. Leandro Signori 
 
 
 
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1 
 
 
 Olá Caro Aluno, 
 Desejo que tudo esteja bem e que todos estejam firmes e concentrados 
nos estudos. Chegamos a aula 03, que é a quarta aula do nosso curso. 
 Hoje vamos estudar a política brasileira. Nesse conteúdo, infelizmente, a 
corrupção sempre é tema de destaque. Além dela, vamos tratar da reforma 
política, manifestações populares, orçamento impositivo e as pedaladas fiscais. 
 Este é um tema pouco cobrado pelo Cespe, o que se reflete no baixo 
número de questões da banca sobre o assunto. Mas como o país vive 
momentos de efervescência política, vamos ficar atentos, pois podem aparecer 
questões de política brasileira na nossa prova. 
! 
 Professor Leandro Signori 
 
 
 
 
 
Aula 03 – Política e Sociedade Brasileira – I 
Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT 
Aula 03 – Política e Sociedade Brasileira I 
Prof. Leandro Signori 
 
 
 
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2 
Sumário 
 1. Panorama recente da política brasileira 
 2. A corrupção 
 3. Operação Lava Jato 
4. Cartel no Metrô de São Paulo 
 5. Manifestações Populares 
6. Reforma Política 
7. Orçamento Impositivo 
8. Pedaladas Fiscais 
9. Memorex 
10. Questões comentadas 
11. Questões propostas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atualidades – Teoria e Exercícios – TJDFT 
Aula 03 – Política e Sociedade Brasileira I 
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3 
 1. Panorama recente da política brasileira 
As eleições de 2014 reelegeram a chapa Dilma Rousseff (PT) e Michel 
Temer (PMDB), como presidente e vice-presidente da República, 
respectivamente. Eles derrotaram, no segundo turno, os senadores Aécio Neves 
(MG) e Aluísio Nunes Ferreira (SP), respectivamente candidatos a presidente e 
vice-presidente pelo PSDB. 
No PSB, o candidato era Eduardo Campos, morto durante a campanha 
eleitoral, em um trágico acidente de avião. Campos era neto de Miguel Arraes, 
ex-governador de Pernambuco por dois mandatos e ex-ministro da Ciência e 
Tecnologia no primeiro governo do presidente Lula. 
Com a morte de Eduardo Campos, a sua candidata a vice-presidente, 
Marina Silva, assumiu a candidatura presidencial pelo PSB. O candidato a vice-
presidente passou a ser Beto Albuquerque, deputado federal pelo Rio Grande do 
Sul. Marina Silva é ex-senadora pelo Acre e ex-ministra do Meio Ambiente, nos 
governos do Presidente Lula. 
A candidata tentou sem sucesso fundar um novo partido, a Rede 
Sustentabilidade. Para que isso acontecesse, ela precisaria obter 492 mil 
assinaturas de eleitores até o dia 3 de outubro de 2013. Esse era o prazo final 
dado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que futuros candidatos 
registrassem um novo partido e por ele concorressem nas eleições. A Rede 
Sustentabilidade obteve 442 mil assinaturas, cinquenta mil a menos e teve o 
seu pedido de registro indeferido pelo TSE. Diante desse fato, Marina Silva 
filiou-se ao PSB. 
 Analistas políticos consideraram a eleição de 2014 como uma das mais 
disputadas dos últimos tempos, com um nível de debate bastante acirrado e 
muitas vezes rebaixado. Com a reeleição de Dilma Rousseff, ao final do seu 
mandato o Partido dos Trabalhadores terá governado o país por 16 anos 
contínuos, ciclo iniciado com o primeiro mandato presidencial de Luiz Inácio 
Lula da Silva, em 2003. 
 Logo após a sua vitória, Dilma Rousseff começou a tomar uma série de 
medidas para ajustar as contas públicas, relacionadas ao corte de gastos 
públicos, aumento de impostos e retirada de direitos trabalhistas. Durante a 
campanha eleitoral, Dilma Rousseff negou que se reeleita, tomaria medidas 
neste sentido. A presidenta acusou candidatos adversários de que no poder 
fariam isto. 
 Fato é, como vimos na aula 02, que a economia brasileira não vai bem e 
as contas públicas estavam desajustadas bem antes da eleição. A economia 
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está entrando em recessão, previsões do Banco Central e do mercado indicam 
que haverá crescimento negativo do PIB em 2015. A inflação disparou no 
primeiro semestre e a taxas básica de juros – Selic – sobe a cada reunião do 
Copom, estando já em um nível bem elevado. Para completar os dados 
macroeconômicos ruins, a inflação também disparou em 2015, estourando o 
teto da meta e o desemprego cresce, batendo na casa dos 8,3% no segundo 
trimestre (IBGE/Pnad Contínua). 
 Se a situação da economia está ruim, a da política também não vai bem 
para o governo. O atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), foi 
eleito com o apoio do governo. Já o presidente da Câmara dos Deputados, 
Eduardo Cunha (PMDB), foi eleito contra a vontade do governo, que apoiou 
outro candidato. Aqui poderíamos fazer uma pausa e entrarmos numa longa 
discussão sobre as relações do governo com o Congresso. Sobre a 
independência do Poder Legislativo, a sua relação com o Poder Executivo e a 
pauta de discussões que vem sendo tocada por aquele Poder no ano de 2015. 
Se está certo ou errado, se é bom ou ruim, se é conservadora ou progressista e 
por aí vai. Mas não é este o intuito da aula, e sim, traçar objetivamente um 
panorama da política brasileira atual. 
 Também é fato, que nos últimos 20 anos nenhum governo em início de 
mandato enfrentou tantas dificuldades na sua relação com o Congresso, como o 
atual. Em tese, o governo tem maioria no Congresso, mas o dia a dia das 
votações no Legislativo demonstram que não tem sido bem assim, com o 
governo sofrendo sucessivas derrotas nas duas Casas Legislativas. Contribuem 
para este cenário, além da crise econômica, as denúncias de corrupção, a 
Operação Lava Jato e o esgotado modelo do presidencialismo de coalizão. 
 Demonstrando sua insatisfação com o governo Dilma, segmentos 
significativos da sociedade foram as ruas em grandes manifestações populares, 
em março, abril e agosto deste ano. Por fim, a presidenta Dilma poderá ter 
contas de 2014 não aprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Não é 
uma afirmação do professor, é uma possibilidade, que vem sendo divulgada e 
debatida na mídia. 
 O governo busca reagir a este cenário adverso, com o que chamou de 
“agenda positiva”. Lançou um novo pacote de concessões na área de 
infraestrutura, o Plano Safra de 2015, um plano para incentivar as exportações 
e um novo plano de reforma agrária. São medidas que buscam melhorar o 
cenário econômico e a imagem do governo, junto a sociedade e a classe 
política. 
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 O Poder Legislativo também está com uma pauta intensa de votações em 
2015, principalmente a Câmara dos Deputados. A Reforma Política está em 
votação, bem como o polêmico tema da redução da maioridade penal. 
 Vamos agora ver os principais tópicos do agitado panorama política atual, 
sem antes deixar de fazer uma abordagem sobre a corrupção no seu contexto 
histórico-institucional. 
 
(VUNESP/PREFEITURA DE MARATAÍZES/2015 – AGENTE DE 
ARRECADAÇÃO) Considere a manchete de 28 de outubro de 2014. 
Marina Silva sinaliza saída do PSB para buscar a criação de seu novo 
partido 
(portalcorreio.uol.com.br. Adaptado) 
A ex-senadora em questão lidera agora o projeto para a fundação de 
um novo partido, que teve seu registronegado pelo Superior Tribunal 
Eleitoral para concorrer às eleições de 2014, sendo este o 
(A) Partido Ecológico Nacional. 
(B) Solidariedade. 
(C) Partido Socialismo e Liberdade. 
(D) Rede Sustentabilidade. 
(E) Novo Tempo. 
COMENTÁRIOS: 
 Marina Silva tentou sem sucesso fundar um novo partido, a Rede 
Sustentabilidade, para concorrer às eleições presidenciais de 2014. Como não 
conseguiu o registro da sigla junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), filiou-se 
ao PSB e saiu candidata a vice-presidente, na chapa encabeçada por Eduardo 
Campos. Com a morte de Eduardo Campos, Marina Silva assumiu a candidatura 
à Presidenta da República. Após as eleições, sinalizou a sua saída do PSB, para 
dar continuidade ao projeto de criação da Rede Sustentabilidade. 
 Gabarito: D 
 
 2. A corrupção 
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 Segundo o Dicionário Houaiss a corrupção é a “disposição apresentada 
por funcionário público de agir em interesse próprio ou de outrem, não 
cumprindo com suas funções”. O que vemos há longas décadas no Brasil, 
certamente combina os dois sentidos: importantes figuras agindo em interesse 
próprio, aproveitando-se do cargo ou da função pública e provocando uma 
degradação das instituições do país. 
Entra governo, sai governo, a corrupção continua sendo uma tônica em 
nosso país. Trata-se de um mal antigo que marca o Brasil há muito tempo – 
podemos dizer que desde o período colonial. O primeiro sistema institucional 
em nosso território, o de capitanias hereditárias cedidas pelo rei de Portugal, 
em 1534, já era usado para fins marcadamente privados. Os donatários 
administravam-nas como bens pessoais e familiares, ignorando as populações 
que nelas viviam. Havia uma confusão entre a esfera pública e a privada. 
A nossa independência, em 1822, se deu praticamente sem rupturas, 
preservando-se os interesses da elite econômica e política que vinha do período 
anterior. A utilização do Estado para fins privados atravessou o Império e 
instalou-se na República. “A corrupção é a grande constante dos 116 anos da 
história republicana”, afirma o historiador Marco Antônio Villa. 
A corrupção não assumiu sempre a mesma forma, pois o próprio Estado 
brasileiro passou por vários momentos e diversas formas de organização. No 
século XX, vivemos duas ditaduras: a do Estado Novo (1937-1945) e a de 
1964. Regimes que, pelo arbítrio e pela censura, favoreceram a disseminação 
da corrupção por parte de um corpo de funcionários acima de qualquer 
fiscalização ou controle público. Naqueles tempos, de grandes investimentos em 
infraestrutura e obras gigantescas, a corrupção podia assumir a forma de 
propinas destinadas a dirigir concorrências e favorecer grupos econômicos. 
Quando o avanço tecnológico e a volta de um regime político aberto, ao 
final da ditadura, em 1985, favoreceram a disseminação de rádios e canais de 
TV, a distribuição das concessões, por exemplo, passou a ser moeda de troca 
para acordos políticos. Na época das privatizações e das transferências de 
dinheiro via internet, nos anos 1990, multiplicaram-se contas secretas no 
exterior para recompensar autoridades que podem fornecer informações 
privilegiadas ou, quem sabe, influenciar o desfecho dos leilões. Estamos 
falando, então, da corrupção do homem público que recebe dinheiro privado em 
troca de vantagens ilícitas e também do que comercializa seu mandato político. 
Naturalmente, as coisas estão entrelaçadas, e um dinheiro sujo – público ou 
privado – serve a diversos fins. 
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Nos anos recentes, além do ex-presidente Fernando Collor de Mello 
(PRN), que sofreu impeachment por causa de corrupção, em 1992, houve 
graves denúncias contra os governos de José Sarney (PMDB, 1985-1990), 
Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT, 
2003-2010), e centenas de casos em prefeituras e governos estaduais. Em 
suma, os cargos eletivos e a função pública são utilizados com frequência para 
a promoção pessoal ou para os negócios, o que é, no mínimo, antiético. 
Infelizmente, mesmo quando existem denúncias, a maioria dos casos fica 
impune – com frequência, pela demora de anos e anos nos processos ou pelos 
fóruns privilegiados dos políticos. A impunidade acaba incentivando a 
corrupção. 
No fundo dos escândalos recentes em nível federal está a tão falada 
“governabilidade” – quer dizer, a busca de condições estáveis para governar 
com tranquilidade. Apesar de os presidentes, na estrutura institucional 
brasileira, possuírem a disposição muitos instrumentos para implementar sua 
orientação política (estamos no sistema “presidencialista”), é uma prática 
corrente trabalhar para constituir uma maioria no Congresso Nacional de apoio 
ativo às suas orientações, a “bancada governista”. Há milhares de cargos na 
máquina federal para serem preenchidos por indicação do Poder Executivo e de 
seus aliados – um prato cheio para a barganha política. Começa aqui o terreno 
para favorecer a corrupção. 
Uma antiga e lamentável prática política disseminada no Brasil é o 
“clientelismo”, que ocorre quando um político usa os recursos do Estado para 
favorecer particularmente uma camada de seus aliados – seja por meio de 
obras, necessárias ou supérfluas, ou de nomeações de apadrinhados para 
cargos públicos (muitas vezes, a pessoa nem sequer trabalha). Uma medida 
vigente para combater esse mal é a contratação por concurso público de 
funcionários que ganham estabilidade, impedindo a troca de levas de servidores 
a cada mudança de mandato. Ainda assim, sobram milhares de “cargos de 
confiança” preenchidos por indicação (justamente os de comando, com mais 
poder e salário melhor), e é aí que se opera o “loteamento” de cargos – cada 
político ou partido aliado ao presidente ganha o direito de fazer indicações para 
os cargos de segundo ou terceiro escalão. Com frequência, essa prática 
descamba para o simples aparelhamento do Estado por grupos políticos ou por 
apadrinhados, com a utilização dos cargos públicos para fins privados. 
Mesmo que tenha vindo de gerações anteriores, a corrupção é uma ferida 
na vida nacional que não para de incomodar e desperta a revolta e a indignação 
da maioria dos cidadãos. O país conviveu nos últimos anos com notícias 
cotidianas sobre o “Mensalão”. Mal saímos desse episódio e nos defrontamos 
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com um escândalo de proporções muito maiores, a corrupção na Petrobras. 
Podemos falar ainda da Operação Zelotes, do Swiss Leaks, do cartel do metrô 
em São Paulo e de outros vergonhosos casos de corrupção no Brasil atual. 
 
(CESPE/POLÍCIA FEDERAL/2013 – Escrivão) A Polícia Federal deflagrou 
a primeira etapa da operação Violência Invisível para desarticular um 
esquema de corrupção espalhado em mais de cem cidades em onze 
estados. A fase inicial da investigação teve como foco prefeituras de 
Minas Gerais e empresários do Espírito Santo, estes apontados como 
mentores do esquema. Nove pessoas foram presas: três ex-prefeitos 
mineiros, três empresários capixabas e três servidores públicos do 
governo de Minas Gerais. 
 O Globo, 3/7/2013, p. 8. 
Entre os crimes cometidos por gestores nos diversos níveis da 
administração pública nacional, como os que foram alvo da 
investigação mencionada no texto, são comuns as fraudes em 
licitações, a manipulação de precatórios e o superfaturamentonos 
custos de obras. 
COMENTÁRIOS: 
Infelizmente, a imprensa brasileira segue noticiando crimes cometidos por 
gestores nos diversos níveis da administração pública. Fraudes em licitação, 
manipulação de precatórios, superfaturamento nos custos das obras são alguns 
tipos de crimes cometidos por administradores públicos corruptos. O lado 
positivo dessas notícias é que a fiscalização e o combate à corrupção cresceram 
nos últimos anos, o que tem resultado numa série de desmantelamento de 
quadrilhas e em inúmeras prisões de envolvidos em crimes contra a 
administração pública. 
Gabarito: Certo 
 
 3. Operação Lava Jato 
Iniciada em 17 de março de 2014, a Operação Lava Jato da Polícia 
Federal (PF) no Paraná, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e de 
corrupção na Petrobras, teve como desdobramento a prisão temporária, pela 
primeira vez no Brasil, de presidentes, diretores e altos funcionários de grandes 
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empreiteiras nacionais. Segundo as autoridades policiais o esquema 
movimentou cerca de R$ 10 bilhões. Mais recentemente, as investigações 
descobriram irregularidades também em contratos do Ministério da Saúde, da 
Caixa Econômica Federal e das obras da Ferrovia Norte-Sul e Hidrelétrica de 
Belo Monte. 
Em 18 fases, a PF já cumpriu mandados judiciais que incluem prisões 
preventivas, temporárias, busca e apreensão e condução coercitiva (quando o 
suspeito é levado a depor). As investigações policiais e do Ministério Público 
Federal podem resultar ou não na abertura de ações na Justiça. Ao todo, 24 
ações penais e 5 ações civis públicas foram instauradas na Justiça Federal. 
Por enquanto, a maioria dos réus na investigação têm funções de direção 
em grandes empresas construtoras. As investigações têm sido feitas com base 
em informações dadas por acusados, alguns dos quais recorreram ao estatuto 
legal da chamada delação premiada, previsto na Lei Anticorrupção (Lei nº 
12.846/2013). Por esse estatuto, caso a Justiça acolha as denúncias, abra um 
processo e nele os suspeitos sejam condenados, os delatores poderão ter sua 
pena de prisão reduzida caso tenham colaborado efetivamente. 
Até o momento, os principais delatores do esquema são o doleiro Alberto 
Youssef, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, o ex-gerente de 
serviços da petroleira Pedro Barusco e o presidente da construtora UTC Ricardo 
Pessoa. 
A operação recebeu este nome pois um dos grupos envolvidos no 
esquema fazia uso de uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para 
movimentar o dinheiro ilícito. Segundo a Polícia Federal, a Petrobras contratava 
empreiteiras por licitações fraudadas. As empreiteiras combinariam entre si 
qual delas seria a vencedora da licitação e superfaturavam o valor da obra. 
Parte desse dinheiro "a mais" era desviado para pagar propinas a diretores da 
estatal, que, em troca, aprovariam os contratos superfaturados. 
O repasse era feito pelas empreiteiras ao doleiro Alberto Youssef e 
lobistas que distribuiriam o suborno. De acordo com a investigação, políticos 
dos partidos PT, PP, PMDB, PSDB, PTB e PSB também se beneficiaram do 
esquema, recebendo de 1% a 3% do valor dos contratos. Os políticos negam o 
envolvimento. Ex-diretores da Petrobras, doleiros e colaboradores, lobistas, 
executivos e funcionários de empreiteiras, dirigentes partidários, ex-
parlamentares e o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu foram presos. 
Os envolvidos são acusados dos crimes de organização criminosa, 
formação de cartel, lavagem de dinheiro, sonegação de impostos, fraude às 
licitações da estatal, corrupção de funcionários públicos e até de políticos. 
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Políticos com foro privilegiado foram denunciados pelos delatores e 
tiveram seus nomes enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF), pelo 
Ministério Público Federal (MPF). O STF autorizou a abertura de inquérito contra 
34 políticos com mandato – senadores e deputados federais – ligados ao PP, PT, 
PMDB, PTB e PSDB. A abertura de inquérito não representa culpa. Significa que 
há indícios fortes de irregularidades que precisarão ser investigados. Dois 
governadores – Acre e Rio de Janeiro – tiveram seus nomes enviados pelo MPF 
ao STJ. 
Em agosto, o Procurador Geral da República (PGR), Rodrigo Janot, 
formalizou as primeiras denúncias contra políticos com foro privilegiado. A PGR 
denunciou ao Supremo Tribunal Federal, o Presidente da Câmara dos 
Deputados, Eduardo Cunha e o Senador Fernando Collor de Melo. 
No dia 10/12, o deputado federal André Vargas (ex-PT-PR) teve o 
seu mandato cassado pela Câmara dos Deputados, por suposto envolvimento 
com o doleiro Alberto Youssef. 
Operadores do esquema, ex-diretores da Petrobrás, funcionários e 
executivos de empreiteiras e políticos já foram condenados por crimes 
cometidos no âmbito da Operação Lava Jato. 
A Camargo Côrrea, uma das maiores construtoras do Brasil, admitiu 
perante o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a participação 
no esquema de formação de cartel nas licitações da Petrobrás. A empreiteira 
assinou um Termo de Compromisso de Cessação (TCC) – que suspende o 
processo administrativo contra a empresa em troca da confissão de culpa. 
Pagou uma multa de R$ 104 milhões. 
É a segunda empresa envolvida no suposto cartel que confirma a 
irregularidade. Anteriormente, a Setal/SOG já havia fechado um acordo de 
leniência. Como um acordo de leniência só pode ser firmado com uma empresa 
ou grupo, a Camargo Corrêa assinou um TCC, se comprometendo a pagar a 
indenização e a colaborar nas investigações, além de encerrar imediatamente 
as atividades ilícitas. Os acordos de leniência são semelhantes aos acordos de 
delação premiada e preveem que pessoas jurídicas que assumam atos 
irregulares colaborem com investigações em troca de redução da punição. 
Além do Cade, que investiga a formação de cartel, a Camargo Côrrea 
firmou mais um acordo de leniência, desta vez, com o Ministério Público 
Federal. Entre as condições do acordo, está que a empresa colaboradora 
confesse a participação nos ilícitos, pague ressarcimento pelos prejuízos 
causados, e revele informações para as investigações. Por este acordo, vai 
devolver R$ 700 milhões para empresas de capital público lesadas por crimes 
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descobertos na Lava Jato. Em troca, ficará livre de acusações de improbidade 
administrativa em relação aos crimes admitidos. Além disso, o MPF não deve 
oferecer acusação criminal contra funcionários da empresa envolvidos nos 
crimes. O acordo não interfere nas delações premiadas firmadas 
individualmente por diretores. 
O Ministério Público Federal já repatriou mais de 250 milhões de milhões 
de reais em contas bancárias no exterior, que estavam em nome de 
beneficiários do esquema de corrupção. O dinheiro depositado nessas contas 
era fruto do esquema criminoso de desvio de dinheiro da Petrobras. 
 Devido às investigações de corrupção, o balanço contábil da Petrobras, do 
terceiro trimestre de 2014, que deveria ser divulgado em novembro, foi adiado 
duas vezes. Somente em abril de 2015, a companhia divulgou o balanço 
contábil auditado do terceiro trimestre e do exercício de 2014. A companhia 
reportou perda de R$ 6,194 bilhões com a corrupção da Lava Jato e R$ 21,587 
bilhões de prejuízo em 2014, o primeiro desde 1991. 
Alegando perdascom a corrupção, investidores estão processando a 
Petrobras no Brasil e nos Estados Unidos. A empresa também é alvo de uma 
investigação pela instituição que fiscaliza o mercado de ações dos EUA. Em 
fevereiro, Graça Foster e diretores renunciaram aos seus cargos. O novo 
presidente da Petrobras é Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil. 
Segundo analistas, o esquema de corrupção pode afetar os investimentos 
no pré-sal. Isso porque, com os desvios, a petroleira – que está altamente 
endividada - precisaria tomar emprestado ainda mais dinheiro para conseguir 
manter a exploração. Além disso, o pré-sal enfrenta o atual preço baixo do 
petróleo no mercado internacional. 
A agência de classificação de risco Moody's rebaixou todas as notas de 
crédito da Petrobras. A empresa perdeu o grau de investimento - aplicações 
consideradas seguras para os investidores. 
 
O que é delação premiada 
Assunto bastante discutido atualmente no Brasil, em especial após os 
desdobramentos da Operação Lava Jato, a delação ou colaboração premiada é 
prevista desde 1990, quando a possibilidade de reduzir a pena de um delator 
passou a fazer parte da Lei de Crimes Hediondos (Lei 8.072, de 1990). Trata-se 
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de um recurso de investigação em que um acusado dá detalhes que possam 
revelar um esquema criminoso ou prender outros integrantes de uma quadrilha. 
A essência da delação premiada é a incriminação de terceiros a partir de 
depoimentos dados por alguém que teve participação e que pode ser um 
suspeito, um investigado, um indiciado ou réu. Em troca das informações ele 
pode receber benefícios diversos no processo penal, como a redução de sua 
pena – que pode ser de um a dois terços –, o cumprimento de pena em regime 
abrandado (como o semiaberto e o domiciliar), o perdão judicial pleno ou 
outros, a critério da Justiça. 
Mas o recurso só pode ser aplicado em casos específicos de crimes, como 
os hediondos, de tortura, de tráfico de drogas e de terrorismo, contra o Sistema 
Financeiro Nacional, contra a ordem tributária e os praticados por organização 
criminosa. No caso das empresas jurídicas, a delação foi incluída na Lei 
Anticorrupção (Lei 12.846), sancionada por Dilma Rousseff, seguindo tendência 
de adoção desse mecanismo nos Estados Unidos e países europeus. Na lei 
brasileira, a delação premiada é chamada “acordo de leniência”. 
Quando o acusado vai a julgamento, o juiz avalia se a sua delação de fato 
colaborou com as investigações. Se ele considera que sim, o réu ganha o 
benefício acertado, se julgar que o réu mentiu, ele perde o benefício. A 
proposta de delação premiada parte do Ministério Público, da Polícia Federal ou 
dos advogados de defesa. Quando aceita, ela é conduzida em sigilo judicial. 
Esse sigilo pode ou não terminar ao final das investigações e do processo, a 
critério da Justiça. 
 
(VUNESP/CÂMARA DE ARARAS/2015 – AGENTE LEGISLATIVO) Polícia 
Federal diz que prendeu 18 pessoas em nova etapa da Operação Lava 
Jato 
Segundo a Polícia Federal, 49 mandados de busca e apreensão foram 
cumpridos. 
(G1, 14.11.14. Disponível em: http://goo.gl/HqmOF4. Adaptado) 
Entre os presos, estão alguns 
(A) políticos e seus assessores, acusados de receberem recursos 
ilícitos para campanha eleitoral contabilizados como “caixa 2”. 
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(B) fiscais da Receita Federal, acusados de aceitarem propina com o 
propósito de mascarar transações financeiras ilícitas. 
(C) empresários do setor de importação, acusados de fraude, 
corrupção, sonegação fiscal e contrabando de mercadorias. 
(D) banqueiros e donos de bancos de investimento, acusados de 
lavagem de dinheiro e remessa ilegal de divisas para o exterior. 
(E) presidentes e diretores de empreiteiras, acusados de organização 
criminosa, formação de cartel, corrupção e lavagem de dinheiro. 
COMENTÁRIOS: 
A Operação Lava Jato investiga um grande esquema de lavagem e 
desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras, grandes empreiteiras do país e 
políticos. A Operação já prendeu doleiros, colaboradores de doleiros, ex-
diretores e ex-gerentes da Petrobras, lobistas, executivos e funcionários de 
empreiteiras e dirigentes partidários. Os envolvidos estão sendo acusados de 
cometerem os crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção 
e lavagem de dinheiro. 
Gabarito: E 
 
4. Cartel no Metrô de São Paulo 
 O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) investiga uma 
provável fraude nas licitações que definiram os prestadores de serviço para a 
manutenção e fornecimento de materiais para os metrôs e os trens de São 
Paulo e do Distrito Federal, entre 1998 e 2008. A suspeita é de que a 
multinacional Siemens tenha realizado uma manobra ilegal conhecida como 
cartel, em que se unia a outras empresas interessadas pelo serviço e oferecia a 
contratação das perdedoras como terceirizadas. Estima-se que essa prática 
tenha causado superfaturamento de até 30% nos contratos firmados, com 
rombo de aproximadamente R$ 577 milhões nos valores das atividades 
realizadas. 
 As investigações do Cade, realizadas em sigilo e com colaboração de uma 
das empresas envolvidas, a Siemens, apuram o possível cartel em licitações 
envolvendo o Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), 
em São Paulo e o Metrô do Distrito Federal. As denúncias de São Paulo também 
são investigadas pela Polícia Federal. Em dezembro de 2014, a PF indiciou 33 
pessoas, incluindo ex-diretores das estatais paulistas. 
 
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 5. Manifestações Populares 
 Milhões de pessoas saíram às ruas em 15 de março, 12 de abril e 16 de 
agosto, em grandes manifestações populares. A grande maioria dos 
manifestantes pedia a saída ou o impeachment da presidente Dilma e 
protestava contra a corrupção. Algumas manifestações isoladas defendiam a 
intervenção militar no Brasil. Os protestos foram organizados por grupos 
diferentes e as convocações foram feitas principalmente pelas redes sociais. 
Em todas as cidades, muitos manifestantes vestiram verde e amarelo e levaram 
bandeiras do Brasil aos protestos. 
 
O pedido de intervenção militar é uma atitude ilegal e frontalmente 
contrária à Constituição. No artigo 5º, a Constituição diz que "constitui crime 
inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, 
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático". 
 
6. Reforma Política 
O tema da reforma política não é novo, é um debate de mais de 15 anos. 
Como uma das respostas às manifestações populares de junho de 2013, a 
presidenta Dilma Rousseff chegou a propor a convocação de uma Assembleia 
Constituinte, para promover a reforma política no Brasil. A ideia não prosperou, 
logo se transformando em uma proposta de realização de plebiscito sobre o 
tema, enviada ao Congresso Nacional pelo Poder Executivo. 
A Câmara dos Deputados descartou a realização do plebiscito – consulta 
antecipada à população sobre propostas abertas, para orientarem a elaboração 
da reforma política, propondo no seu lugar a realização de um referendo – 
consulta popular posterior à aprovação da legislação, cujas opções se resumem 
a votar pela aprovação ou rejeição. 
Uma das reformas que o Brasil necessita para dar maior transparência a 
política e diminuir a corrupção, começou a ser votada na Câmarados 
Deputados em maio de 2015. Porém, o que foi aprovado até o momento está 
aquém das propostas que vinham sendo debatidas, configurando-se em uma 
tímida reforma política. 
Principais propostas aprovadas até o momento: 
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- Fim da reeleição para presidente, governadores e prefeitos. A 
nova regra de término da reeleição não valerá para os prefeitos eleitos em 2012 
e para os governadores eleitos em 2014, que poderão tentar pela última vez 
uma recondução consecutiva no cargo. 
- Fidelidade partidária. Perda do mandato daquele que se desligar do 
partido pelo qual foi eleito. A exceção será para os casos de “grave 
discriminação pessoal, mudança substancial ou desvio reiterado do programa 
praticado pela legenda”. Também não perderá o mandato no caso de criação, 
fusão ou incorporação do partido político, nos termos definidos em lei. 
- Redução da idade mínima para candidatos a senador (de 35 para 
29 anos); deputado federal ou estadual (de 21 para 18 anos); e 
governador (de 30 para 29 anos). Os deputados mantiveram em 21 anos a 
idade mínima para candidatos a prefeito e em 18 anos a exigência para alguém 
se candidatar a vereador. 
- Restrição de acesso de pequenos partidos ao fundo partidário. 
Terão direito a verba pública e tempo de propaganda os partidos que tenham 
concorrido, com candidatos próprios, à Câmara e eleito pelo menos um 
representante para qualquer das duas Casas do Congresso Nacional. 
- Permissão de doações de empresas a partidos políticos, com a 
inclusão na Constituição Federal da possibilidade de doações de empresas a 
partidos políticos. Pelo texto, pessoa jurídica não poderá financiar candidatos 
individualmente. Doações a candidatos terão que ser feitas por pessoas físicas, 
que também poderão doar para os partidos. 
- Emissão de recibo em papel nas urnas. As urnas eletrônicas deverão 
passar a emitir um "recibo" para que os votos nas eleições possam ser 
conferidos pelos eleitores. 
- Mudança de partido. Os parlamentares aprovaram uma janela de 30 
dias para que o político possa mudar de partido sem perda do mandato. Essa 
janela será nos 30 dias seguintes à promulgação da PEC da reforma política. 
Segundo o texto aprovado, a desfiliação não prejudicará o partido que perdeu o 
filiado quanto à distribuição de recursos do Fundo Partidário e ao acesso 
gratuito ao tempo de rádio e televisão. 
- Mandatos de mesas. A PEC também mudou o período de mandato das 
Mesas Diretoras da Câmara e do Senado. As eleições ocorrerão no primeiro dia 
de cada metade da legislatura (cerca de 2,5 anos). Será vedada a recondução 
aos mesmos cargos na eleição subsequente, seja dentro da mesma legislatura 
ou em outra. 
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- Iniciativa popular. A apresentação de projeto de iniciativa popular 
também foi facilitada pela proposta de reforma política. Atualmente, ele pode 
ser apresentado à Câmara se for subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado 
nacional, distribuído pelo menos por cinco estados, com um mínimo de 0,3% 
dos eleitores de cada um deles. Esse 1% corresponde a cerca de 1,5 milhão de 
assinaturas. O texto da emenda diminui a quantidade de assinaturas para 500 
mil nas mesmas cinco unidades federadas. Também diminui a adesão em cada 
estado para 0,1% dos eleitores. 
Além dos itens aprovados, foram rejeitadas algumas mudanças 
estruturais no modelo político brasileiro, como a instituição do voto facultativo 
nas eleições do país e a alteração do atual sistema proporcional com lista 
aberta para escolha de deputados, para o sistema de lista fechada. As 
propostas do voto distrital e do distritão também foram rejeitadas, 
permanecendo o atual sistema de eleição proporcional para deputados e 
vereadores. 
Para que as propostas de reforma política entrem em vigor, a Câmara 
deve aprová-las em mais um turno de votação, para o que é exigido o voto de, 
no mínimo, 308 deputados. Repete-se o rito no Senado: aprovação em dois 
turnos, com exigência de voto de ao menos 49 dos 81 senadores. 
 
(VUNESP/CÂMARA DE ARARAS/2015 – AGENTE LEGISLATIVO) Dilma 
terá que encarar Congresso para fazer reforma política 
A presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) já deixou clara qual será sua 
prioridade no segundo mandato: reforma política. O tema voltou com 
força ao debate político do País durante a campanha presidencial. Além 
de Dilma, os candidatos derrotados Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva 
(PSB) também apresentaram propostas sobre isso. 
(Exame, 28.10.14. Disponível em: http://goo.gl/KvA2Wf. Adaptado) 
Uma das principais pautas em discussão na proposta de reforma do 
governo é 
(A) o número de deputados e senadores no Congresso. 
(B) a adoção do Parlamentarismo em substituição ao Presidencialismo. 
(C) o financiamento público ou privado de campanha. 
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(D) a extinção do Senado e o aumento de cadeiras na Câmara. 
(E) a ampliação dos requisitos para criação de novas siglas. 
COMENTÁRIOS: 
 Uma das principais pautas em discussão sobre a reforma política é o 
financiamento das campanhas eleitorais. Três propostas estão em debate: 
financiamento exclusivamente público, financiamento privado ou financiamento 
misto (público e privado). Ainda se debate um limite, um teto para os gastos de 
campanha. Atualmente não há limites para os gastos de candidato, partido ou 
coligação em campanha eleitoral. 
 Gabarito: C 
 
7. Orçamento Impositivo 
 A Câmara dos Deputados aprovou a proposta de emenda à Constituição 
(PEC) do orçamento impositivo, que estabelece a execução obrigatória das 
emendas parlamentares ao orçamento até o limite de 1,2% da receita corrente 
líquida (RCL) realizada no ano anterior. Já aprovada pelo Senado, a PEC seguiu 
para promulgação. 
As emendas parlamentares individuais são recursos previstos no 
orçamento a que cada deputado e senador têm direito. Eles direcionam o 
dinheiro das emendas para obras, em geral nas suas bases eleitorais. Como a 
liberação dos recursos não era obrigatória, geralmente o governo negociava a 
liberação dessas emendas em troca de votos de parlamentares em projetos do 
seu interesse, numa clara “barganha política”. 
 
8. Pedaladas Fiscais 
Na análise das contas de 2014 do governo da presidente Dilma Rousseff, 
o Tribunal de Contas da União (TCU) apura a realização das camadas 
“pedaladas fiscais”, consideradas pelo Tribunal, como uma série de 
irregularidades cometidas nas contas públicas daquele ano. 
O TCU é responsável pela fiscalização dos gastos do governo. O órgão 
precisa dar seu parecer sobre as contas do ano passado e tem se mostrado 
inclinado a recomendar uma rejeição dessas contas em função das pedaladas e 
de outras manobras para camuflar despesas governamentais. 
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Em outras ocasiões, o Tribunal já recomendou ao Congresso a aprovação 
com ressalvas dos gastos públicos, mas um parecer pela rejeição seria inédito 
na história recente do país e poderia ampliar as repercussões políticas do caso. 
Em um outro processo aberto para investigar exclusivamente as 
pedaladas, o TCU já emitiu, em abril, um parecer defendendo que o governo 
cometeu "crime de responsabilidade" comas tais manobras fiscais. O órgão 
ainda está apurando quem seriam os responsáveis, mas a decisão alimenta as 
expectativas de uma rejeição das contas públicas. 
Entre as principais irregularidades apontadas pelo Tribunal estão as 
chamadas "pedaladas fiscais" - manobras contábeis que teriam como objetivo 
melhorar o resultado das contas públicas - ou seja, ajudar o governo a fazer 
parecer que haveria um equilíbrio maior entre seus gastos e suas despesas. No 
caso, o governo Dilma é acusado de atrasar o repasse de recursos para 
benefícios sociais e subsídios pagos por meio da Caixa Econômica Federal, do 
Banco do Brasil e do BNDES para passar a impressão de que as contas públicas 
estariam melhor do que realmente estavam. 
Teriam sido "segurados" cerca de R$ 40 bilhões do seguro-desemprego, 
programa Minha Casa, Minha Vida, Bolsa Família, Programa de Sustentação do 
Investimento (PSI) e crédito agrícola, segundo o TCU. Como os desembolsos 
não foram efetuados, as contas do governo pareceram temporariamente mais 
equilibradas. A questão é que não houve atrasos no pagamento desses bilhões 
de reais em benefícios e subsídios para seus beneficiários, porque os bancos 
públicos cobriram esse valor - cobrando juros do governo pelo uso de tais 
recursos. 
Tais manobras, segundo o Tribunal de Contas, configurariam operações 
de financiamento, ou "empréstimos" desses bancos para o Tesouro, o que é 
proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, embora haja quem refute essa 
tese. O governo admite que as operações ocorreram, mas nega que sejam 
irregulares e diz que elas também foram realizadas durante o governo Fernando 
Henrique Cardoso. 
 
 
 
 
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A corrupção 
A corrupção é um mal antigo que marca o Brasil há muito tempo – 
podemos dizer que desde o período colonial. Entra governo, sai governo, a 
corrupção continua sendo uma tônica em nosso país. A corrupção não assumiu 
sempre a mesma forma, pois o próprio Estado brasileiro passou por vários 
momentos e diversas formas de organização. 
Os cargos eletivos e a função pública são utilizados com frequência para a 
promoção pessoal ou para os negócios, o que é, no mínimo, antiético. Mesmo 
quando existem denúncias, a maioria dos casos fica impune – com frequência, 
pela demora de anos e anos nos processos ou pelos fóruns privilegiados dos 
políticos. A impunidade acaba incentivando a corrupção. 
No fundo dos escândalos recentes em nível federal está a tão falada 
“governabilidade” – quer dizer, a busca de condições estáveis para governar 
com tranquilidade. 
O “clientelismo” ocorre quando um político usa os recursos do Estado 
para favorecer particularmente uma camada de seus aliados – seja por meio de 
obras, necessárias ou supérfluas, ou de nomeações de apadrinhados para 
cargos públicos (muitas vezes, a pessoa nem sequer trabalha). 
O fisiologismo é a prática de políticos e funcionários públicos de buscar 
ganhos ou vantagens pessoais no exercício de cargos públicos, em lugar de ter 
em vista o interesse público. No Brasil, ele se liga à prática histórica dos 
partidos políticos de trocarem apoio a prefeitos, governadores e presidentes 
pela indicação de cargos e empregos públicos. 
Nos anos recentes, além do ex-presidente Fernando Collor de Mello 
(PRN), que sofreu impeachment por causa de corrupção, em 1992, houve 
graves denúncias contra os governos de José Sarney (PMDB, 1985-1990), 
Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT, 
2003-2010), e centenas de casos em prefeituras e governos estaduais. 
 
Operação Lava Jato 
A Operação Lava Jato investiga um grande esquema de lavagem e 
desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras, grandes empreiteiras do país e 
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políticos. Segundo a Polícia Federal, a Petrobras contratava empreiteiras por 
licitações fraudadas. As empreiteiras combinariam entre si qual delas seria a 
vencedora da licitação e superfaturavam o valor da obra. Parte desse dinheiro 
"a mais" era desviado para pagar propinas a diretores da estatal, que, em 
troca, aprovariam os contratos superfaturados. 
Os envolvidos são acusados dos crimes de organização criminosa, 
formação de cartel, lavagem de dinheiro, sonegação de impostos, fraude às 
licitações da estatal, corrupção de funcionários públicos e até de políticos. 
Os principais envolvidos no esquema são o doleiro Alberto Youssef e o 
ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que 
decidiram revelar nomes de envolvidos com a suposta organização criminosa 
em troca de benefícios, como perdão judicial ou diminuição da pena. É a 
chamada delação premiada. 
Políticos com foro privilegiado foram denunciados pelos delatores e 
tiveram seus nomes enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF), pelo 
Ministério Público Federal (MPF). O STF autorizou a abertura de inquérito contra 
34 políticos com mandato – senadores e deputados federais – ligados ao PP, PT, 
PMDB, PTB e PSDB. Dois governadores – Acre e Rio de Janeiro – tiveram seus 
nomes enviados pelo MPF ao STJ. 
O Procurador Geral da República (PGR), Rodrigo Janot, formalizou as 
primeiras denúncias contra políticos com foro privilegiado - o Presidente da 
Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha e o Senador Fernando Collor de Melo 
foram denunciados ao STF. 
Delação premiada é o instrumento jurídico que oferece benefícios a um 
réu que dê informações sobre um esquema criminoso. As informações de 
delação premiada devem correr em segredo de Justiça, mas na Lava Jato, como 
em outras operações, elas estão sendo vazadas seletivamente à imprensa. 
A Camargo Côrrea admitiu perante o Cade, a participação no esquema de 
formação de cartel nas licitações da Petrobrás, assinou um acordo de 
leniência. A empreiteira assinou um Termo de Compromisso de Cessação 
(TCC) – que suspende o processo administrativo contra a empresa em troca da 
confissão de culpa. Pagou uma multa de R$ 104 milhões. Anteriormente, a 
Setal/SOG já havia fechado um acordo de leniência. Os acordos de leniência são 
semelhantes aos acordos de delação premiada e preveem que pessoas jurídicas 
que assumam atos irregulares colaborem com investigações em troca de 
redução da punição. 
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A Camargo Côrrea também firmou acordo de leniência com o Ministério 
Público Federal. Pelo acordo, a empresa se compromete a confessar a 
participação nos ilícitos, pague ressarcimento pelos prejuízos causados, e revele 
informações para as investigações. Vai devolver R$ 700 milhões para empresas 
de capital público lesadas por crimes descobertos na Lava Jato. Em troca, ficará 
livre de acusações de improbidade administrativa em relação aos crimes 
admitidos. Além disso, o MPF não deve oferecer acusação criminal contra 
funcionários da empresa envolvidos nos crimes. O acordo não interfere nas 
delações premiadas firmadas individualmente por diretores. 
 
O cartel no metrô de São Paulo 
O Cade investiga uma provável fraude nas licitações que definiram os 
prestadores de serviço para a manutenção e fornecimento de materiais para os 
metrôs e os trens de São Paulo e do Distrito Federal, entre 1998 e 2008. A 
suspeita é de que a multinacional Siemens tenha realizado uma manobra ilegal 
conhecida como cartel, em que se unia a outras empresas interessadas pelo 
serviço e oferecia a contrataçãodas perdedoras como terceirizadas. 
 
Manifestações Populares 
 Milhões de pessoas saíram às ruas em 15 de março, 12 de abril e 16 de 
agosto, em grandes manifestações populares. A grande maioria dos 
manifestantes pedia a saída ou o impeachment da presidente Dilma e 
protestava contra a corrupção. Algumas manifestações isoladas defendiam a 
intervenção militar no Brasil. Os protestos foram organizados por grupos 
diferentes e as convocações foram feitas principalmente pelas redes sociais. 
 
Reforma Política 
A reforma política é um tema em debate nos últimos 15 anos. Várias 
propostas tramitam no Congresso Nacional. Principais pontos já aprovados pela 
Câmara dos Deputados: Fim da reeleição para presidente, governadores e 
prefeitos; fidelidade partidária; redução da idade mínima para candidatos a 
senador, deputado federal ou estadual e governador; restrição de acesso de 
pequenos partidos ao fundo partidário e permissão de doações de empresas a 
partidos políticos. Além dos itens aprovados, foram rejeitadas algumas 
mudanças estruturais no modelo político brasileiro, como a instituição do voto 
facultativo nas eleições do país e a alteração do atual sistema proporcional com 
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lista aberta para escolha de deputados, para o sistema de lista fechada. As 
propostas do voto distrital e do distritão também foram rejeitadas, 
permanecendo o atual sistema de eleição proporcional para deputados e 
vereadores. 
 
Orçamento Impositivo 
A Câmara dos Deputados aprovou a proposta de emenda à Constituição 
(PEC) do orçamento impositivo, que estabelece a execução obrigatória das 
emendas parlamentares ao orçamento até o limite de 1,2% da receita corrente 
líquida (RCL) realizada no ano anterior. Já aprovada pelo Senado, a PEC seguiu 
para promulgação. 
 
Pedaladas Fiscais 
Na análise das contas de 2014 do governo da presidente Dilma Rousseff, 
o Tribunal de Contas da União (TCU) apura a realização das camadas 
“pedaladas fiscais”, consideradas pelo Tribunal, como uma série de 
irregularidades cometidas nas contas públicas daquele ano. Seriam manobras 
contábeis que teriam como objetivo melhorar o resultado das contas públicas - 
ou seja, ajudar o governo a fazer parecer que haveria um equilíbrio maior entre 
seus gastos e suas despesas. No caso, o governo Dilma é acusado de atrasar o 
repasse de recursos para benefícios sociais e subsídios pagos por meio da Caixa 
Econômica Federal, do Banco do Brasil e do BNDES para passar a impressão de 
que as contas públicas estariam melhor do que realmente estavam. 
Tais manobras, segundo o TCU, configurariam operações de 
financiamento, ou "empréstimos" desses bancos para o Tesouro, o que é 
proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, embora haja quem refute essa 
tese. O governo admite que as operações ocorreram, mas nega que sejam 
irregulares e diz que elas também foram realizadas durante o governo Fernando 
Henrique Cardoso. 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS: 
 
01) (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/2013 – Escrivão) A Polícia Federal 
deflagrou a primeira etapa da operação Violência Invisível para 
desarticular um esquema de corrupção espalhado em mais de cem 
cidades em onze estados. A fase inicial da investigação teve como foco 
prefeituras de Minas Gerais e empresários do Espírito Santo, estes 
apontados como mentores do esquema. Nove pessoas foram presas: 
três ex-prefeitos mineiros, três empresários capixabas e três servidores 
públicos do governo de Minas Gerais. 
 O Globo, 3/7/2013, p. 8. 
Entre os crimes cometidos por gestores nos diversos níveis da 
administração pública nacional, como os que foram alvo da 
investigação mencionada no texto, são comuns as fraudes em 
licitações, a manipulação de precatórios e o superfaturamento nos 
custos de obras. 
 
COMENTÁRIOS: 
Infelizmente, a imprensa brasileira segue noticiando crimes cometidos por 
gestores nos diversos níveis da administração pública. Fraudes em licitação, 
manipulação de precatórios, superfaturamento nos custos das obras são alguns 
tipos de crimes cometidos por administradores públicos corruptos. O lado 
positivo dessas notícias é que a fiscalização e o combate à corrupção cresceram 
nos últimos anos, o que tem resultado numa série de desmantelamento de 
quadrilhas e em inúmeras prisões de envolvidos em crimes contra a 
administração pública. 
Gabarito: Certo 
 
02) (VUNESP/SAP SP/2013 – AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA 
PENITENCIÁRIA) No final do ano de 2012, o ministro Joaquim Barbosa 
teve seu rosto estampado em inúmeros veículos de comunicação 
impressos e seu nome passou a ser conhecido por boa parte da 
população brasileira. Isso se deveu 
a) à sua participação, como membro do Supremo Tribunal Federal, no 
julgamento do “mensalão”, supostos atos de corrupção envolvendo a 
classe política. 
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24 
b) ao fato de sua nomeação como presidente do Supremo Tribunal 
Federal ter ocorrido devido à pressão exercida por políticos ligados ao 
tráfico de armas na América do Sul. 
c) à possibilidade de ser escolhido como Secretário Geral da ONU – 
Organização das Nações Unidas, em substituição a Ban Ki-moon. 
d) à oposição sistematizada que exerceu contra a implantação do novo 
Código Florestal brasileiro em nome dos interesses do Ministério do 
Meio Ambiente. 
e) à acusação de ter nomeado inúmeros parentes e amigos para servir 
em seu gabinete de Ministro da Casa Civil e atuar em diversos estados 
do Brasil. 
 
COMENTÁRIOS: 
O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa tornou-se 
uma pessoa popular no Brasil ao ser o relator da Ação Penal nº 470, conhecida 
como “Mensalão”, que condenou empresários e altos políticos por crimes de 
corrupção. 
Gabarito: A 
 
03) (VUNESP/ SEFAZ SP/2013 – ANALISTA EM PLANEJAMENTO, 
ORÇAMENTO E FINANÇAS PÚBLICAS) Sendo uma empresa pública, a 
gestão da Petrobras está sob o comando do governo federal […]. O 
combate à inflação levou o Executivo a segurar o preço dos 
combustíveis, apesar do aumento de sua cotação internacional, 
limitando os ganhos financeiros com a produção. O quadro de 
desequilíbrio agravou-se em 2012. O crescimento do consumo nacional 
obrigou a Petrobras a importar grande volume de combustível, 
vendendo no mercado interno mais barato do que o valor despendido lá 
fora, com as cotações em alta. 
(A produção patina, mesmo com o pré-sal, In. Almanaque Abril 2013, p. 
104-105. Adaptado) 
O excerto refere-se à situação financeira da Petrobras, que tem sido 
objeto de análises e discussões. Interpretando-se o excerto, pode-se 
afirmar que os atuais problemas financeiros da estatal derivam de sua 
a) dependência do mercado de capital e da diminuição do valor de suas 
ações. 
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b) atividade de extração de petróleo e do encarecimento do maquinário 
importado. 
c) permanência no setor de combustíveis fósseis e da expansão de 
novas fontes de energia. 
d) oposição às diretrizes governamentais e da falta de recursos 
orçamentários estatais. 
e) utilização como recurso de política econômica e da situação 
econômica do país. 
 
COMENTÁRIOS:A Petrobrás é uma empresa pública, mas é uma empresa, está no jogo do 
livre mercado. É uma empresa de capital aberto, com uma multiplicidade de 
acionistas privados. O governo é o maior acionista, o sócio majoritário, com 
poder absoluto de decisão. No governo de Dilma Rousseff as intervenções no 
livre funcionamento da companhia são constantes e desastrosas levando a 
Petrobrás a uma difícil situação econômico-financeira. 
Como a economia brasileira vai mal, a Petrobrás é vista como a “salvação 
da lavoura” e utilizada como alternativa para baixar a inflação, para puxar o 
crescimento do PIB, para a geração de empregos e o desenvolvimento da 
indústria nacional. Claro, uma empresa como a Petrobras, tem um 
importantíssimo papel no desenvolvimento da economia nacional, mas dentro 
de um limite que não cause danos a própria companhia. O intervencionismo não 
pode ser excessivo. Além desses problemas, a petroleira enfrenta em 
2014/2015 graves denúncias de corrupção que estão sendo investigadas pela 
Operação Lava Jato da Polícia Federal. 
Gabarito: E 
 
04) (VUNESP/CMSC/2013 – RECEPCIONISTA) Leia a notícia. 
Renan Calheiros (PMDB-AL) assumiu interinamente a presidência da 
República nesta sexta-feira (24). Ele chegou para despachos no Palácio 
do Planalto por volta das 16h. Teve uma breve reunião com a ministra 
Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, e Helena Chagas, da Comunicação 
Social, e mais tarde deve receber o governador de Alagoas, Teotônio 
Vilela. 
(http://g1.globo.com) 
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Tal fato aconteceu porque tanto a presidenta, o vice-presidente e o 
presidente da Câmara dos Deputados estavam no exterior e o terceiro, 
na lista sucessória, ser o presidente 
a) da Câmara dos Deputados. 
b) do Supremo Tribunal de Justiça. 
c) do Supremo Tribunal Eleitoral. 
d) da Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados. 
e) do Senado Federal. 
 
COMENTÁRIOS: 
Ehehehe ... questão de direito constitucional em Atualidades. Dispõe o 
art. 80 da Constituição Federal que em caso de impedimento do Presidente e do 
Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente 
chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o 
do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. 
Ou seja, a linha sucessória do Presidente da República é: 
 - Vice-Presidente da República; 
2º - Presidente da Câmara dos Deputados; 
3º - Presidente do Senado; 
4º - Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
Gabarito: E 
 
05) (FUB/CESPE/2013 – ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO) Em sessão 
realizada no início de outubro de 2013, o Tribunal Superior Eleitoral 
(TSE) indeferiu a proposta de criação do partido político Rede 
Sustentabilidade, capitaneada por Marina Silva. Com relação a esse 
assunto, julgue os itens subsecutivos. 
O TSE reconheceu a autenticidade das 500 mil assinaturas de apoio de 
eleitores à proposta de criação do novo partido, mas informou que elas 
foram apresentadas fora do prazo legal e, por isso, rejeitou essa 
proposta. 
 
COMENTÁRIOS: 
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As assinaturas para a criação do partido foram apresentadas no prazo 
legal, para conferência e validação pelos cartórios eleitorais. A Rede 
Sustentabilidade informou ter encaminhado mais de 600 mil assinaturas aos 
cartórios. Porém, somente 442 mil foram validadas, 50 mil a menos do que os 
492 mil exigidos pela legislação. Diante desta situação, o TSE entendeu que a 
Rede Sustentabilidade não conseguiu obter o respaldo popular mínimo exigido 
em lei e rejeitou o pedido de criação do partido. 
Com a negativa do TSE, Marina Silva filiou-se ao Partido Socialista 
Brasileiro (PSB) e anunciou apoio à candidatura de Eduardo Campos para 
Presidente da República, nas eleições de 2014. 
Gabarito: Errado 
 
06) (VUNESP/POLÍCIA CIVIL SP/2014 – OFICIAL ADMINISTRATIVO) 
Em outubro de 2013, por seis votos a um, os ministros do TSE (Tribunal 
Superior Eleitoral) decidiram rejeitar o pedido de registro da Rede, 
partido da ex-senadora Marina Silva. Com a decisão da Corte, a sigla 
não estará apta para a disputa eleitoral de 2014. 
(http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2013/10/03/maioria-do--tse-vota-
contra-criacao-do-partido-de-marina-silva.htm. Adaptado) 
O argumento apresentado para a rejeição do pedido foi que a Rede 
(A) não teria âmbito nacional, o que impediria a distribuição do tempo 
de propaganda em rádio e TV. 
(B) iniciou a campanha presidencial antes do período permitido pela 
legislação eleitoral. 
(C) obteve mais da metade das assinaturas necessárias para o registro 
em um único estado. 
(D) não conseguiu reunir o número mínimo de assinaturas exigido para 
a sua criação. 
(E) deixou de oferecer informações sobre as formas de financiamento 
do partido. 
 
COMENTÁRIOS: 
A Rede Sustentabilidade informou ter encaminhado mais de 600 mil 
assinaturas aos cartórios eleitorais. Porém, somente 442 mil foram validadas, 
50 mil a menos do que os 492 mil exigidos pela legislação. Diante dessa 
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situação, o TSE entendeu que a Rede Sustentabilidade não conseguiu obter o 
respaldo popular mínimo exigido em lei e rejeitou o pedido de criação do 
partido. 
Com a negativa do TSE, Marina Silva filiou-se ao Partido Socialista 
Brasileiro (PSB) e anunciou apoio à candidatura de Eduardo Campos para 
Presidente da República, nas eleições de 2014. Inicialmente Marina saiu 
candidata a Vice-Presidente da República. Com a morte de Eduardo Campos, 
assumiu a candidatura presidencial pelo PSB. 
Gabarito: D 
 
07) (VUNESP/FUNDUNESP/2014 – AUXILIAR ADMINISTRATIVO) 
Assinale a alternativa que aponta corretamente o fato que veio a 
público, no primeiro trimestre de 2014, que expôs e agravou a crise da 
Petrobras. 
a) O aumento repentino do preço dos combustíveis, muito acima dos 
índices da inflação. 
b) O fracasso na extração de petróleo e gás em águas profundas, 
especialmente na camada do pré-sal. 
c) A aquisição de uma usina nos Estados Unidos, no Texas, pagando 
valores acima do Mercado. 
d) A interferência de senadores na nomeação dos membros do 
Conselho Consultivo da Empresa. 
e) A revelação de negócios em paraísos fiscais por intermédio de 
banqueiros e doleiros ligados a empresas privadas nacionais. 
 
COMENTÁRIOS: 
No primeiro trimestre de 2014, veio a público, denúncia de compra pela 
Petrobrás de uma refinaria em Pasadena (EUA) por preço acima do valor de 
mercado. O negócio levantou suspeitas de superfaturamento, pagamento de 
propina e evasão de divisas. 
Gabarito: C 
 
08) (CESPE/PM CE/2014 – PRIMEIRO TENENTE) Apesar dos múltiplos 
pacotes de alívio tributário editados pelo governo, a carga brasileira de 
impostos mantém-se em alta e entre as maiores do mundo. Os tributos 
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federais, estaduais e municipais subtraíram exatos 35,85% da renda 
nacional em 2012, segundo a Receita Federal. Entre as maiores 
economias emergentes, só a Argentina apresenta percentuais 
semelhantes. O maior obstáculo à queda da carga tributária é a 
elevação constante de gastos públicos. 
Folha de S. Paulo, 21/12/2013, p. B5 (com adaptações).Considerando o fragmento de texto acima e o tema por ele focalizado, 
julgue o item seguinte. 
A recente redução da estrutura governamental, implantada mediante a 
fusão e extinção de ministérios, figura entre as ações realizadas com o 
intuito de reduzir os gastos públicos no Brasil. 
 
COMENTÁRIOS: 
A estrutura governamental tem sido ampliada em vez de reduzida. Novos 
ministérios e secretarias especiais da presidência da república foram criados 
nos últimos anos. Por trás dessa ampliação da estrutura governamental está a 
tão falada “governabilidade” – quer dizer, a busca de condições estáveis para 
governar com tranquilidade. 
Apesar de os presidentes, na estrutura institucional brasileira, possuírem 
a disposição muitos instrumentos para implementar sua orientação política 
(estamos no sistema “presidencialista”), é uma prática corrente trabalhar para 
constituir uma maioria no Congresso Nacional de apoio ativo a suas 
orientações, a “bancada governista”. Para obter essa maioria, o governo cria 
novos órgãos no primeiro escalão, oferecendo-os aos partidos em troca do 
apoio no Poder Legislativo. 
Gabarito: Errado 
 
09) (VUNESP/FUNDUNESP/2014 – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) A 
renúncia ao cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), 
comunicada por ele nesta quinta-feira (29.05.2014), tomou de surpresa 
até mesmo os funcionários de seu gabinete. A aposentadoria antes dos 
70 anos, limite de idade para integrar o colegiado do Supremo, era 
esperada desde que o ministro passou por uma cirurgia na coluna em 
2013, na Alemanha. Mas a expectativa era de que ele cumprisse o 
mandato de presidente até novembro. 
(http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,1173624,0.htm. Adaptado) 
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), que anunciou sua 
aposentadoria precoce em 2014, é o Ministro 
a) Gilmar Mendes. 
b) Ricardo Lewandowski. 
c) Celso de Mello. 
d) Felix Fischer. 
e) Joaquim Barbosa. 
 
COMENTÁRIOS: 
Joaquim Barbosa foi o ministro do STF, que aposentou-se antes de 
completar os 70 anos. Na ocasião do fato, ele era o presidente da Corte 
Suprema. O ministro ficou nacionalmente conhecido por ter sido o relato da 
Ação Penal nº 470 – Mensalão. 
Gabarito: E 
 
10) (VUNESP/POLÍCIA CIVIL SP/2014 – OFICIAL ADMNISTRATIVO) 
Durante todo o segundo semestre de 2013, a Ação Penal n.º 470 
permaneceu em evidência na mídia brasileira. Essa Ação Penal é 
conhecida como 
a) Embargos Infringentes. 
b) MP da Maioridade Penal. 
c) Mensalão. 
d) MP dos Portos. 
e) Impostômetro. 
 
COMENTÁRIOS: 
A Ação Penal nº 470 tramitou no Supremo Tribunal Federal (STF) e ficou 
conhecida como Mensalão. O julgamento da Ação Penal foi transmitido pela TV 
em sua totalidade e recebeu amplo acompanhamento da imprensa. A intensa 
exposição do tema criou celebridades, como os ministros do STF e, em 
particular, o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo. 
 Gabarito: C 
 
11) (VUNESP/CÂMARA DE ARARAS/2015 – AGENTE LEGISLATIVO) 
Dilma terá que encarar Congresso para fazer reforma política 
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A presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) já deixou clara qual será sua 
prioridade no segundo mandato: reforma política. O tema voltou com 
força ao debate político do País durante a campanha presidencial. Além 
de Dilma, os candidatos derrotados Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva 
(PSB) também apresentaram propostas sobre isso. 
(Exame, 28.10.14. Disponível em: http://goo.gl/KvA2Wf. Adaptado) 
Uma das principais pautas em discussão na proposta de reforma do 
governo é 
(A) o número de deputados e senadores no Congresso. 
(B) a adoção do Parlamentarismo em substituição ao Presidencialismo. 
(C) o financiamento público ou privado de campanha. 
(D) a extinção do Senado e o aumento de cadeiras na Câmara. 
(E) a ampliação dos requisitos para criação de novas siglas. 
 
COMENTÁRIOS: 
 Uma das principais pautas em discussão sobre a reforma política é o 
financiamento das campanhas eleitorais. Três propostas estão em debate: 
financiamento exclusivamente público, financiamento privado ou financiamento 
misto (público e privado). Ainda se debate um limite, um teto para os gastos de 
campanha. Atualmente não há limites para os gastos de candidato, partido ou 
coligação em campanha eleitoral. 
 Gabarito: C 
 
12) (VUNESP/CÂMARA DE ARARAS/2015 – AGENTE LEGISLATIVO) 
Polícia Federal diz que prendeu 18 pessoas em nova etapa da Operação 
Lava Jato 
Segundo a Polícia Federal, 49 mandados de busca e apreensão foram 
cumpridos. 
(G1, 14.11.14. Disponível em: http://goo.gl/HqmOF4. Adaptado) 
Entre os presos, estão alguns 
(A) políticos e seus assessores, acusados de receberem recursos 
ilícitos para campanha eleitoral contabilizados como “caixa 2”. 
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(B) fiscais da Receita Federal, acusados de aceitarem propina com o 
propósito de mascarar transações financeiras ilícitas. 
(C) empresários do setor de importação, acusados de fraude, 
corrupção, sonegação fiscal e contrabando de mercadorias. 
(D) banqueiros e donos de bancos de investimento, acusados de 
lavagem de dinheiro e remessa ilegal de divisas para o exterior. 
(E) presidentes e diretores de empreiteiras, acusados de organização 
criminosa, formação de cartel, corrupção e lavagem de dinheiro. 
 
COMENTÁRIOS: 
A Operação Lava Jato investiga um grande esquema de lavagem e 
desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras, grandes empreiteiras do país e 
políticos. A Operação já prendeu doleiros, colaboradores de doleiros, ex-
diretores e ex-gerentes da Petrobras, lobistas, executivos e funcionários de 
empreiteiras e dirigentes partidários. Os envolvidos estão sendo acusados de 
cometerem os crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção 
e lavagem de dinheiro. 
Gabarito: E 
 
13) (VUNESP/PREFEITURA DE MARATAÍZES/2015 – AGENTE DE 
ARRECADAÇÃO) Leia a notícia publicada em 13 de agosto de 2014. 
O candidato à Presidência pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) 
morreu por volta das 10 horas da manhã desta quarta-feira quando a 
aeronave em que viajava caiu. Fontes do partido confirmaram que 
outras seis pessoas que estavam no avião também morreram. 
(cartacapital.com.br. Adaptado) 
O referido acidente, que mudou o cenário da disputa política ao cargo 
do executivo federal, ocorreu no estado de 
(A) Alagoas, tendo falecido o candidato Carlos Augusto Percol. 
(B) Santa Catarina, morrendo o candidato Marcelo Lira. 
(C) Pernambuco, levando a óbito o candidato Alexandre Severo. 
(D) São Paulo, vitimando o candidato Eduardo Campos. 
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(E) Goiás, matando o candidato Marcos Martins. 
 
COMENTÁRIOS: 
O acidente ocorreu na cidade de Santos, no litoral de São Paulo e vitimou 
o candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos. No seu lugar, 
concorreu a sua candidata a vice-presidente, Marina Silva, que tentou sem 
sucesso fundar um novo partido, a Rede Sustentabilidade. 
Gabarito: D 
 
14) (VUNESP/PREFEITURA DE MARATAÍZES/2015 – AGENTE DE 
ARRECADAÇÃO) Considere a manchete de 28 de outubro de 2014.Marina Silva sinaliza saída do PSB para buscar a criação de seu novo 
partido 
(portalcorreio.uol.com.br. Adaptado) 
A ex-senadora em questão lidera agora o projeto para a fundação de 
um novo partido, que teve seu registro negado pelo Superior Tribunal 
Eleitoral para concorrer às eleições de 2014, sendo este o 
(A) Partido Ecológico Nacional. 
(B) Solidariedade. 
(C) Partido Socialismo e Liberdade. 
(D) Rede Sustentabilidade. 
(E) Novo Tempo. 
 
COMENTÁRIOS: 
 Marina Silva tentou sem sucesso fundar um novo partido, a Rede 
Sustentabilidade, para concorrer às eleições presidenciais de 2014. Como não 
conseguiu o registro da sigla junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), filiou-se 
ao PSB e saiu candidata a vice-presidente, na chapa encabeçada por Eduardo 
Campos. Com a morte de Eduardo Campos, Marina Silva assumiu a candidatura 
à Presidenta da República. Após as eleições, sinalizou a sua saída do PSB, para 
dar continuidade ao projeto de criação da Rede Sustentabilidade. 
 Gabarito: D 
 
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15) (CESPE/CAIXA/2014 – MÉDICO DO TRABALHO) No Rio de Janeiro, 
quatro dias após ser atingido na cabeça por um rojão quando 
trabalhava na cobertura de manifestação contra o aumento de 
passagens de ônibus, o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago 
Andrade teve a morte confirmada. Enquanto isso, na contramão de 
outras regiões, países africanos reforçam perseguição a homossexuais 
com novas leis. Aliás, a ausência de governantes de países importantes 
na abertura dos Jogos de Inverno de Sochi foi entendida como uma 
espécie de boicote a Vladimir Putin pelo modo como seu governo vem 
lidando com os direitos humanos. No campo das comunicações, o poder 
da rede mundial de computadores como instrumento de consciência 
política e de arregimentação para protestos tem levado dezenas de 
governos a censurá-la. A propósito, a ONU e a Organização dos Estados 
Americanos (OEA) condenam a violência do governo venezuelano 
contra os opositores que tomam as ruas. 
Considerando esses e outros aspectos típicos dos tempos atuais, julgue 
o item. 
Um aspecto que chama a atenção nas manifestações populares 
ocorridas no Brasil, a partir de meados de 2013, é o caráter belicoso 
que as envolve. A rigor, elas cumprem um roteiro invariável: desde o 
início, grupos mascarados se postam à frente dos manifestantes, 
gritando palavras de ordem que identificam as correntes políticas às 
quais pertencem, preparados para o confronto com as forças policiais. 
 
COMENTÁRIOS: 
 Os Black Blocs foram a novidade em muitas das manifestações populares 
ocorridas no Brasil, a partir de meados de 2013. São grupos de mascarados, de 
orientação anarquista, que durante a manifestação promovem a violência, com 
a depredação do patrimônio público e do setor privado. Não ficam gritando 
palavras de ordem ou qualquer slogan de protesto político. Eram muito 
frequentes nas manifestações de junho de 2013 e as que se seguiram nos 
meses seguintes. A forte repressão policial, com vários de seus integrantes 
presos e indiciados por crimes contra a ordem pública e o patrimônio, fez com 
que os mascarados desaparecessem das manifestações populares realizadas 
nos últimos meses no Brasil. Outro motivo para o seu desaparecimento também 
pode ser o fato de não concordarem com as pautas políticas das manifestações 
mais recentes. 
 Gabarito: Errado 
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35 
QUESTÕES PROPOSTAS: 
 
01) (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/2013 – Escrivão) A Polícia Federal 
deflagrou a primeira etapa da operação Violência Invisível para 
desarticular um esquema de corrupção espalhado em mais de cem 
cidades em onze estados. A fase inicial da investigação teve como foco 
prefeituras de Minas Gerais e empresários do Espírito Santo, estes 
apontados como mentores do esquema. Nove pessoas foram presas: 
três ex-prefeitos mineiros, três empresários capixabas e três servidores 
públicos do governo de Minas Gerais. 
 O Globo, 3/7/2013, p. 8. 
Entre os crimes cometidos por gestores nos diversos níveis da 
administração pública nacional, como os que foram alvo da 
investigação mencionada no texto, são comuns as fraudes em 
licitações, a manipulação de precatórios e o superfaturamento nos 
custos de obras. 
 
02) (VUNESP/SAP SP/2013 – AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA 
PENITENCIÁRIA) No final do ano de 2012, o ministro Joaquim Barbosa 
teve seu rosto estampado em inúmeros veículos de comunicação 
impressos e seu nome passou a ser conhecido por boa parte da 
população brasileira. Isso se deveu 
a) à sua participação, como membro do Supremo Tribunal Federal, no 
julgamento do “mensalão”, supostos atos de corrupção envolvendo a 
classe política. 
b) ao fato de sua nomeação como presidente do Supremo Tribunal 
Federal ter ocorrido devido à pressão exercida por políticos ligados ao 
tráfico de armas na América do Sul. 
c) à possibilidade de ser escolhido como Secretário Geral da ONU – 
Organização das Nações Unidas, em substituição a Ban Ki-moon. 
d) à oposição sistematizada que exerceu contra a implantação do novo 
Código Florestal brasileiro em nome dos interesses do Ministério do 
Meio Ambiente. 
e) à acusação de ter nomeado inúmeros parentes e amigos para servir 
em seu gabinete de Ministro da Casa Civil e atuar em diversos estados 
do Brasil. 
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03) (VUNESP/ SEFAZ SP/2013 – ANALISTA EM PLANEJAMENTO, 
ORÇAMENTO E FINANÇAS PÚBLICAS) Sendo uma empresa pública, a 
gestão da Petrobras está sob o comando do governo federal […]. O 
combate à inflação levou o Executivo a segurar o preço dos 
combustíveis, apesar do aumento de sua cotação internacional, 
limitando os ganhos financeiros com a produção. O quadro de 
desequilíbrio agravou-se em 2012. O crescimento do consumo nacional 
obrigou a Petrobras a importar grande volume de combustível, 
vendendo no mercado interno mais barato do que o valor despendido lá 
fora, com as cotações em alta. 
(A produção patina, mesmo com o pré-sal, In. Almanaque Abril 2013, p. 
104-105. Adaptado) 
O excerto refere-se à situação financeira da Petrobras, que tem sido 
objeto de análises e discussões. Interpretando-se o excerto, pode-se 
afirmar que os atuais problemas financeiros da estatal derivam de sua 
a) dependência do mercado de capital e da diminuição do valor de suas 
ações. 
b) atividade de extração de petróleo e do encarecimento do maquinário 
importado. 
c) permanência no setor de combustíveis fósseis e da expansão de 
novas fontes de energia. 
d) oposição às diretrizes governamentais e da falta de recursos 
orçamentários estatais. 
e) utilização como recurso de política econômica e da situação 
econômica do país. 
 
04) (VUNESP/CMSC/2013 – RECEPCIONISTA) Leia a notícia. 
Renan Calheiros (PMDB-AL) assumiu interinamente a presidência da 
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Tal fato aconteceu porque

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