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Gabarito do caso 05

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Caso da aula 05
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DE UMA DAS VARAS CÍVEIS DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO/RJ.
ANTÔNIO, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador do RG..., e CPF..., residente e domiciliado na Rua..., nº..., no bairro de..., cidade.../UF, CEP..., vem por meio de seu advogado, com endereço profissional na Rua..., nº..., no bairro de..., cidade/UF, CEP..., onde recebe intimações, vem mui respeitosamente perante Vossa Excelência, para propor:
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAS E MORAIS, pelo rito sumário em face de JOÃO, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador do RG..., e CPF..., residente e domiciliado na Rua..., nº..., no bairro de..., Rio de Janeiro/RJ, CEP..., pelas seguintes razões de fato e de direito que passa a expor:
   DOS FATOS
Em 05 de agosto de 2013, o autor adquiriu do réu, um veículo VW Gol, ano modelo 2012, com placa XX 0000, pelo valor de R$30.000,00 (trinta mil reais), sendo que o pagamento foi efetuado à vista.
No mês posterior, o autor efetuou a transferência do veículo no DETRAN de sua cidade, que para a concretização teve que pagar as despesas referentes a taxas, multas por violação as leis de transito, no valor de R$4.000,00 (quatro mil reais).
Em 29 de dezembro de 2013, por ordem do delegado de policia alegando que o veiculo era objeto de furto na cidade de São Paulo, o veiculo foi apreendido. A partir de então o autor tentou por diversas vezes solucionar o ocorrido com o réu, mas não logrou êxito, tento dos às tentativas frustradas em virtude do réu ter se mudado para o Rio de Janeiro. 
 DO DIREITO
O autor, que agiu de boa-fé, não tinha conhecimento que o veículo adquirido do réu, era fruto de furto, portanto conforme o art. 123 do Código Civil Brasileiro, que dispõe sobre a invalidade do negócio jurídico de coisa ilícita:
Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados:
(...)
II - as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita;
O réu, sabendo da condição do produto negociado, agiu de má-fé com o autor, causando-lhe danos. O art. 186 do Código Civil Brasileiro, dispõe que quem assim age, comete ato ilícito:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
O autor, que perdeu a propriedade, posse e uso do bem adquirido por força apreensão judicial, com base no art. 447 do Código Civil Brasileiro, o réu deverá responder pela evicção:
Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública.
Ficando dessa forma, o réu, obrigado a reparar os danos causados ao autor, pelo ato ilícito praticado, conforme o art. 927 do Código Civil Brasileiro:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Os danos causados pelo réu, não foi só material, mas também moral pelo constrangimento a ele causado, e de ter que fica sem o uso do bem, adquirido honestamente, requerendo que seja indenizado com base no art. 944 do Código Civil Brasileiro:
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização.
O autor tentou por diversas vezes solucionar amigavelmente o problema com o réu, porém todas as tentativas foram frustradas, em virtude também do réu ter se mudado para o Rio de Janeiro.
 DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
1-  a citação do réu no endereço acima citado para apresentar contestação, no prazo legal sob pena de preclusão, revelia e confissão;
2-   a condenação do réu no pagamento dos danos materiais, somados em R$34.000,00 (trinta e quatro mil reais), sendo que R$30.000,00 (trinta mil reais) referente a compra do veículo e R$4.000,00 (quatro mil reais) pelas infrações as normas brasileiras de trânsito;
3- a condenação pelo pagamento dos danos morais no valor de R$10.000,00 (dez mil reais);
4-  a condenação do réu no pagamento dos ônus sucumbenciais .
 DAS PROVAS 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, inclusive documental e testemunhal.
 DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$44.000,00 (quarenta e quatro mil reais).
Nestes termos,
pede deferimento.
Rio de Janeiro/RJ, ... de ... de ...
Advogado
OAB/UF

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