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19/04/2012 
1 
ECONOMIA PARA PF 
PROF. ALEX MENDES 
Estado é uma instituição organizada políticamente, 
socialmente e juridicamente, ocupando um território 
definido, normalmente onde a lei máxima é uma 
Constituição escrita, e dirigida por um governo que 
possui soberania reconhecida tanto interna como 
externamente. 
O ESTADO E AS FUNÇÕES ECONÔMICAS 
GOVERNAMENTAIS 
DEFINIÇÃO DE ESTADO 
Um Estado soberano é sintetizado pela máxima: 
 "Um governo, um povo, um território". 
 
Evolução das Funções Econômicas do 
Governo 
 Visão clássica (advinda do século XIX) 
• defendia o que poderíamos chamar de Estado mínimo, 
ou seja, a atividade estatal deve ser voltada apenas 
para o atendimento de demandas onde a atividade 
privada não possa se auto equilibrar, como no caso dos 
bens públicos e semi-públicos. 
 
 A presença do Estado seria representada apenas pelo 
controle da segurança nacional do país, a segurança 
pública, bem como serviços de natureza social não 
atendidas pelo setor privado. 
Pensamento marxista: fundamentado na idéia 
de que o Estado deveria atuar diretamente na 
redistribuição igualitária da renda entre a 
população. 
Com o crescimento da atividade privada, geradora de 
lucros, passam a existir na Economia questionamentos 
referentes à distribuição da riqueza nas mãos de poucos 
19/04/2012 
2 
 Keynesianismo: no início do século XX, mais 
especificamente com a chamada Grande Depressão 
(1929), uma nova defesa na dimensão da atuação do 
Estado passa a existir. Com o nível de oferta 
agregada superior ao da demanda agregada, 
gerando por conseqüência uma diminuição no nível 
de riqueza dos países, e conseqüentemente de suas 
sociedades, o economista John Maynard Keynes 
propôs que o Estado interviesse na economia, com 
o objetivo de estimular a demanda agregada. Para 
isso, este deveria aumentar os seus gastos, de 
forma a estimular o emprego e a renda. 
Funções do Estado Contemporâneo: 
 • - Políticas (promove a paz social, gerindo a 
administração pública e aplicando os recursos na 
satisfação das necessidades coletivas) 
• - Sociais (promove a melhoria das condições de vida 
e de bem-estar da população) 
• - Econômicas (pretende-se que estabilize a 
economia e garanta o seu bom funcionamento, 
promova o crescimento e desenvolvimento 
económico) 
 
O Estado deve garantir a: 
 
- eficiência 
- estabilidade 
- equidade. 
 
DITO DE OUTRA FORMA 
 
Estado Liberal: intervém apenas nos campos onde 
não surja iniciativa privada. É a busca do Lucro 
individual, o motor da atividade econômica. 
 
Estado Intervencionista: Intervém directa e 
indiretamente na atividade económica para combater 
e prevenir crises. 
 
Estado Providência: pretende combater as 
desigualdades sociais e garantir as condições mínimas 
de sobrevivência. 
19/04/2012 
3 
 
AS FALHAS DE MERCADO 
A INTERVENÇÃO DO ESTADO NA 
ECONOMIA 
CONDIÇÕES DE EFICIENCIA DO MERCADO 
• Visão Clássica: para atingir uma situação ótima 
(máxima eficiência) não é necessário um planejador 
central, bastando um mercado em livre concorrência, 
desde que haja: 
(i) condições ideais para o funcionamento do modelo 
de concorrência perfeita (mercado atomizado e 
informação perfeita), 
(ii) inexistência de externalidades, bens públicos, 
monopólios naturais, mercados incompletos, 
desemprego e inflação. 
• Portanto, sob certas condições, os mercados 
competitivos geram uma alocação de recursos 
“ótima” no sentido de Pareto. 
• Um ponto (ou situação) de ótimo de Pareto se 
caracteriza pelo fato de que ninguém pode melhorar 
sua situação sem causar prejuízo a outros. 
• No mundo real, ocorrem, em diversas circunstâncias, 
as “falhas de mercado”, que impedem que ocorra 
uma situação de ótimo de Pareto. 
As falhas de mercado: 
 A existência de bens públicos 
• Exemplos: defesa nacional, segurança 
pública, justiça, ruas, iluminação pública. 
INDIVISÍVEIS 
NÃO RIVAL 
NÃO EXCLUDENTE 
19/04/2012 
4 
BENS SEMI-PÚBLICOS 
bens meritórios ou semi-públicos são os que podem 
ser considerados como uma classificação 
intermediária entre os bens públicos e os de mercado, 
e possuem a seguinte característica: podem ser 
produzidos pela iniciativa privada, pois são 
submetidos ao princípio da exclusão, mas também 
podem ser produzidos, total ou parcialmente, pelo 
setor público, devido aos benefícios sociais gerados e 
às externalidades positivas. 
Monopólios naturais 
• Existem setores nos quais o processo produtivo se 
caracteriza por retornos crescentes de escala. 
• Isto significa que os custos de produção unitários 
declinam à medida que aumenta a quantidade 
produzida. 
• Pode ser mais eficiente uma empresa produtora de 
energia elétrica do que duas ou mais. 
• O governo neste caso pode: 
regular empresas ou intervir diretamente produzindo 
o bem/serviço. 
Monopólio de um recurso natural 
• O monopólio de um recurso natural ocorre quando 
uma única empresa domina a venda de um insumo 
ligado ao fator de produção Terra. 
Fatores de produção: 
 Terra 
 Capital 
 Trabalho 
 Capacidade empresarial 
 Capacidade Tecnológica 
 
Monopólio concedido pelo Estado 
• Quando o Estado é o concedente do monopólio 
 
• Ex: Energia elétrica 
19/04/2012 
5 
Externalidades 
• São comuns os casos em que a ação de um 
indivíduo ou empresa afeta direta ou 
indiretamente outros agentes econômicos. 
• Há externalidades positivas e negativas. 
• Exemplos das positivas (benefícios): infra-
estrutura. 
• Exemplos das negativas: poluição, tabagismo, 
ações criminosas. 
• Diante de externalidades,o governo pode : 
produzir diretamente, subsidiar ou tributar, proibir, 
multar ou regulamentar. 
Mercados incompletos 
e ocorrência de desemprego e inflação 
• Mesmo em atividades típicas de mercado, nem 
sempre o setor privado está disposto a assumir 
riscos. 
• No Brasil, a intervenção do governo é importante 
para a concessão de crédito de longo prazo. 
• O livre funcionamento de mercado não soluciona 
problemas como a existência de altos níveis de 
desemprego e inflação. 
 São diversas as razões para a existência do governo: 
• A operação do sistema de mercado necessita de uma 
série de contratos que dependem da proteção e da 
estrutura legal implementada pelo governo. 
• Ocorrência de falhas de mercado em função de bens 
públicos, externalidades, monopólios naturais, falta de 
informação, etc. 
• Promoção de crescimento e estabilidade econômica - 
elevado nível de emprego, estabilidade de preços, 
certo equilíbrio nas transações com o exterior. 
• Redistribuição de renda, riqueza e oportunidades. 
POR QUE EXISTE GOVERNO? 
AS NECESSIDADES PÚBLICAS E AS 
FORMAS DE ATUAÇÃO DOS GOVERNOS 
 
FUNÇÕES DO GOVERNO 
 
• A ação do governo abrange quatro funções 
básicas: 
• alocativa 
• distributiva 
• estabilizadora 
• reguladora 
19/04/2012 
6 
• Os bens públicos não podem ser fornecidos de forma 
compatível com as necessidades da sociedade através 
somente do sistema de mercado. 
• Os bens que produzam externalidades também não 
são adequadamente ofertados / demandados 
O governo corrige a alocação de recursos quando: 
• oferece (ou estimula a oferta) de bens públicos e bens 
que produzem externalidades positivas 
 ou 
• desestimula ou inviabiliza a produção de bens que 
produzem externalidades negativas. 
FUNÇÃO ALOCATIVA Função alocativa 
• O fato de os benefícios gerados pelos bens públicos 
ficarem disponíveis para todos os consumidores faz 
com que não haja pagamentos voluntários aos 
fornecedores desses bens. 
• Há um espaço claro para o carona (free rider).• Para evitar má alocação de recursos, o governo deve: 
• determinar o tipo e a quantidade de bens públicos a 
serem ofertados; 
• calcular o nível de contribuição de cada consumidor. 
 
Visa a, sobretudo, corrigir as “FALHAS DE MERCADO”. 
• A distribuição de renda resultante, em determinado 
momento, das dotações dos fatores de produção - 
capital, trabalho e terra - e da venda dos serviços 
desses fatores no mercado pode não ser a desejada 
pela sociedade. 
 (Giambiagi & Além) 
FUNÇÃO DISTRIBUTIVA Função distributiva 
• Para redistribuir a renda, o governo se utiliza, 
principalmente, das transferências, dos impostos, dos 
subsídios e dos gastos na área social (assistênca 
social, saúde, saneamento, habitação, educação etc.). 
 
19/04/2012 
7 
• O livre funcionamento do mercado não é capaz de 
assegurar elevados níveis de emprego, estabilidade dos 
preços, elevadas taxas de desenvolvimento econômico 
e estabilidade nas transações com o exterior. 
• O governo pode afetar o nível de atividade econômica 
atuando sobre a demanda agregada através dos 
instrumentos de política macroeconômica. 
• Pode-se reduzir ou aumentar impostos, ampliar ou 
cortar gastos, elevando ou restringindo a demanda 
agregada e, assim, gerando mais ou menos 
atividade econômica. 
 
 
FUNÇÃO ESTABILIZADORA 
• Caso se queira combater a inflação, políticas que 
restrinjam a demanda podem ser recomendáveis 
(cortes nos gastos ou aumento de impostos). 
• Caso se queira ampliar o nível de emprego pode-se 
optar por políticas que ampliem a demanda (aumento 
de gastos e redução de tributos). 
Para exercer suas funções o Estado tem de se financiar 
Fontes de Financiamento do Setor Público: 
 
 Receitas: originárias e derivadas 
 Endividamento público: externo e interno 
 Emissão monetária 
SURGIMENTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS 
Originam 
Políticas Públicas 
Prospecção de 
demanda 
Necessidades 
vitais de grupos 
coletivos 
Demandas 
sociais 
Opções políticas 
partidárias 
Conquistas 
sociais 
Fonte: GALERA, Joscely. Tese de Doutorado UNICAMP, 2003. 
19/04/2012 
8 
Papéis do Estado 
• O Estado pode desempenhar diferentes papéis que podem 
ser mais ou menos eficiente em função do setor da atividade 
econômica, das capacitações do setor privado e do estágio 
de desenvolvimento econômico do país. 
Papéis do Estado 
Demiurgo – representa o papel de produtor. Papel 
geralmente assumido na infra-estrutura, como estradas e 
obras de caráter publico ou coletivo. Presume limitações 
do K privado. 
 Assume diretamente a produção de determinados bens e serviços, 
muitas vezes em competição com o capital privado. 
 Implica assumir a inadequação do capital privado para desenvolver a 
produção. 
 O capital transnacional é considerado desinteressado no 
desenvolvimento local. 
 Papel geralmente assumido em áreas que requerem grandes 
investimentos, de retorno a longo prazo e incerto: infra-estrutura 
(transportes e energia) e obras de caráter publico ou coletivo. 
O papel do Custódio 
• Estado regulador . Atua por meio do protecionismo, 
políticas públicas e prevenção de comportamentos 
ilegais. 
• Papel clássico do Estado: regras podem ser mais 
intervencionistas ou liberais, de implementação 
rígida ou flexível. 
Papel do Estado 
Demiurgo - Produtor 
• Vale e CSN (anos 40), 
Petrobrás (1952), Usiminas, 
Cosipa (anos 60) 
Custódio - Regulador 
• Privatização 
• Agencias reguladoras 
19/04/2012 
9 
A Intervenção do Estado na Economia: 
 A Política Fiscal 
Políticas fiscal e monetária; 
outras políticas econômicas. 
A intervenção do Estado e seus objetivos 
 
 Marco inicial: 1929 
 Expoente: John Maynard Keynes 
 Sua obra: Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da 
Moeda. 
 Proposta: Aumento do gasto público para 
combater a depressão econômica 
O debate sobre a intervenção do Estado na economia: 
um esquema. 
Sim à Intervenção Não à Intervenção
Os Keynesianos Os Monetaristas
 Os Keynesianos são os
seguidores da teoria elaborada
por John Maynard Keynes
(1833-1946)
 Não aceitam a tese de que a
economia tende livremente ao
pleno emprego dos recursos
produtivos.
 Recomendam a intervenção do
Estado mediante as políticas
monetária e fiscal,
especialmente esta última, com
o objetivo de estabilizar a
economia.
 A corrente monetarista surgiu na
Universidade de chicago (EUA) e,
em particular, com a obra de Milton
Friedman (1912).
 Confiam no livre jogo das forças de
mercado como instrumento para
situar a economia próxima ao pleno
emprego.
 A intervenção do Estado deve-se
reduzir ao mínimo possível: na
essência, controlar apenas o volume
de dinheiro
Flutuações ou Ciclos Econômicos 
 
 
 
19/04/2012 
10 
 Os Instrumentos do setor Público 
 
a) Política Fiscal 
b) Política Monetária 
A Política Fiscal 
 
• Referem-se às decisões do governo quanto ao gasto 
público e aos impostos. 
• Receitas Públicas: são constituídas basicamente por 
impostos. 
 
“ Os impostos são receitas públicas criadas por lei e 
de cumprimento obrigatório para os sujeitos 
contemplados por ela”. 
Obs.: O governo pode alterar os impostos e os 
gastos para influir sobre o nível de atividade 
econômica. 
Esquema: a política fiscal em ação 
1. A Política Fiscal Expansionista 
 
 Impostos Consumo 
 
 Gastos  DA 
 
2. Política Fiscal Restritiva (contracionista) 
 
 Impostos Consumo 
 
 Gastos 
 
Produção e o 
Emprego 
 Produção e 
o Emprego 
  DA 
O Caráter Automático da Política Fiscal 
A política fiscal é um instrumento estabilizador da 
atividade econômica, podendo ser feita por políticas 
discricionárias ou por meio do sistema impositivo. 
“As políticas fiscais discricionárias são as que exigem 
medidas explícitas”. Dentre elas estão: 
• programas de obras públicas e outros gastos; 
•projetos públicos de emprego; 
•programas de transferências, e 
•alteração dos tipos de impostos. 
19/04/2012 
11 
O sistema impositivo tem efeitos automáticos sobre a 
evolução da atividade econômica, isto é, sobre as 
depressões e expansões. 
“ Uma depressão é um período prolongado de baixa 
atividade econômica e elevado desemprego”. 
Os Impostos como Estabilizadores automáticos 
Os impostos proporcionais  alteração automática da 
forma de arrecadação. 
“ Um estabilizador automático é qualquer ação do sistema 
econômico que tende a reduzir mecanicamente as forças de 
recessão e/ou da expansão da demanda, sem que sejam 
necessárias medidas discricionárias de política econômica”. 
Outros Estabilizadores Automáticos 
 O seguro desemprego e as pensões para aposentados 
 comportamento anticíclico  estabilizadores 
automáticos. 
 Estabilizadores não do setor público: poupanças das 
S/As. e das famílias, comportamento de consumo das 
famílias (renda permanente), etc. 
“ Os ciclos econômicos são flutuações da atividade 
econômica global, caracterizadas pela expansão ou 
pela contração simultânea da produção na maioria dos 
setores”. 
Obs.: Os estabilizadores automáticos são importantes, 
mas eles por si sós não conseguem estabilizar a 
atividade econômica. 
Limitações no Emprego de Políticas Fiscais 
discricionárias: programas de Obras Públicas e outros 
Gastos (construção de hospitais, estradas, etc.) 
• baixa utilidade pública 
• estudo prévio insuficiente 
• tempo necessário 3 anos 
 
Projetos Públicos de Emprego: (Contratar 
trabalhadores por curtos períodos de tempo) 
• de importância secundária 
• não aumenta a possibilidade de conseguir emprego 
fixo posteriormente. 
Programas deTransferências 
• é uma via de mão única e difícil de eliminar depois da 
recessão. 
Alteração dos Tipos de Impostos: (redução temporária 
de alguns impostos) 
• tempo longo entre a decisão e a mudança do 
imposto 
• após recessão fica difícil aumentar os impostos 
novamente (impopular). 
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12 
Dois enfoques a respeito da política fiscal 
Enfoque Clássico ou monetarista Enfoque Keynesiano
Suposições Iniciais
 As economias têm mecanismos
auto-corretores que eliminam os
desajustes e tornam
desnecessária a intervenção
estabilizador estatal.
 As economias tendem, a longo
prazo, a manter o pleno emprego
dos recursos produtivos.
 Tal como evidenciou a crise de
1929, não existe um mecanismo
automático que leve a economia ao
pleno emprego dos recursos. Os
preços e salários não são flexíveis
como defendiam os clássicos. A
rigidez à baixa dos salários,
especialmente, dificulta os ajustes.
O Papel do Setor Público
 Limitar o gasto público.
 O orçamento público deve-se
equilibrar anualmente.
 Diante de uma recessão motivada
por uma demanda agregada
insuficiente, o setor público deve
intervir, manipulando os gastos e os
impostos.
 O orçamento deve-se equilibrar
ciclicamente. Durante as recessões,
pode-se incorrer em déficits
temporais.
Política Monetária 
 
A Política Monetária representa a atuação das 
autoridades monetárias, por meio de instrumentos de 
efeito direto ou induzido, com o propósito de se 
controlar a liquidez global do sistema econômico. 
Política Monetária Restritiva 
 
engloba um conjunto de medidas que tendem a reduzir 
o crescimento da quantidade de moeda, e a encarecer 
os empréstimos. Instrumentos: 
 
 Recolhimento compulsório: consiste na custódia, 
pelo Banco Central, de parcela dos depósitos 
recebidos do público pelos bancos comerciais. Esse 
instrumento é ativo, pois atua diretamente sobre o 
nível de reservas bancárias, reduzindo o efeito 
multiplicador e, consequentemente, a liquidez da 
economia. 
 
 Taxa de redesconto (Assistência Financeira de 
liquidez): o Banco Central empresta dinheiro aos 
bancos comerciais, sob determinado prazo e taxa de 
pagamento. Quando esse prazo é reduzido e a taxa 
de juros do empréstimo é aumentada, a taxa de juros 
da própria economia aumenta, causando uma 
diminuição na liquidez. 
 Venda de Títulos públicos: quando o Banco Central 
vende títulos públicos ele retira moeda da economia, 
que é trocada pelos títulos. Desta forma há uma 
contração dos meios de pagamento e da liquidez da 
economia. 
19/04/2012 
13 
Política Monetária Expansiva: 
 
é formada por medidas que tendem a acelerar a 
quantidade de moeda e a baratear os empréstimos 
(baixar as taxas de juros). 
 Incidirá positivamente sobre a demanda agregada. 
 
 Instrumentos: 
 
 Diminuição do recolhimento compulsório: o Banco 
Central diminui os valores que toma em custódia 
dos bancos comerciais, possibilitando um aumento 
do efeito multiplicador, e da liquidez da economia 
como um todo. 
Taxa de redesconto (Assistência Financeira de 
Liquidez): o Banco Central, ao emprestar dinheiro aos 
bancos comerciais, aumenta o prazo do pagamento e 
diminui a taxa de juros. Essas medidas ajudam a 
diminuir a taxa de juros da economia, e a aumentar a 
liquidez. 
Compra de títulos públicos: quando o Banco Central 
compra títulos públicos há uma expansão dos meios 
de pagamento, que é a moeda dada em troca dos 
títulos. Com isso, ocorre uma redução na taxa de juros 
e um aumento da liquidez. 
POLÍTICA CAMBIAL 
 Chama-se política cambial o conjunto de ações do Governo 
que influem no comportamento do mercado de câmbio e 
da taxa de câmbio. 
 
A política cambial é constituída pela: 
 
 administração das taxas (ou taxas múltiplas) de câmbio, 
pelo controle das operações cambiais, tendo como 
objetivo central o mercado externo, no sentido de manter 
equalizado o poder de compra do país em relação aos 
outros com os quais este mantenha relações de troca. 
 
 
 
 
 Da mesma forma que todo bem tem um valor, as 
moedas nacionais também têm seu valor, seu 
preço - que é a taxa de câmbio - que expressa o 
preço da moeda externa em relação à moeda 
nacional. 
 Se a taxa de câmbio hoje fosse 1,75 R$/US$, 
significa dizer que o preço do dólar americano, em 
termos do real brasileiro, é de R$ 1,75 para cada 
dólar. 
 
19/04/2012 
14 
Como todo preço, a taxa de câmbio é basicamente 
determinada pela “lei da oferta e da procura”. 
 
 Se a procura é maior que a oferta, o preço do dólar, em reais, 
sobe. 
 Se a oferta é maior que a procura, consequentemente, o preço 
cai. 
 São vários os fatores que podem influenciar a oferta/demanda 
por dólares, daí a dificuldade que os economistas têm em 
prever o comportamento da taxa de câmbio. 
 
 
Os regimes cambiais são definidos pelo grau e tipo de 
intervenções utilizadas pelo banco central. 
 
REGIMES CAMBIAIS 
CAMBIO 
FIXO 
CAMBIO 
FLUTUANTE 
LIVRE SUJA 
Existem duas políticas cambiais extremas. 
 
 
O Banco Central é quem define o que os economistas 
chamam de política ou regime cambial. 
 
 
 Na primeira, chamada de política de câmbio fixo, que 
é uma taxa com que os países se comprometem a 
manter o mesmo poder de paridade, 
comprometendo-se o Banco Central a satisfazer 
qualquer oferta ou demanda por dólares que o 
mercado possa necessitar. 
 Isto é, o Banco Central entra no mercado de câmbio e 
diz que, para ele, o dólar vale dois reais e trinta e 
quatrocentavos (2.34 R$/US$), e garante a compra ou 
venda de qualquer quantidade de dólares que o 
mercado ofertar a esse preço. 
 
 Neste caso o dólar fica parado em 2.34 R$/US$, porque 
o Banco Central anula, comprando ou vendendo 
dólares, qualquer seja a pressão de aumento ou queda 
de seu preço. 
 
 A principal vantagem da taxa de câmbio fixo está na 
integração dos mercados internacionais em uma rede de 
mercados conexos, que não têm incerteza e nem são 
especulativos. 
19/04/2012 
15 
CAMBIO FLUTUANTE 
• O outro tipo de política cambial é definido pela 
ausência do Banco Central no mercado de câmbio. 
• As taxas flutuam livremente, respondendo aos 
efeitos da oferta e da procura. 
• Temos, neste caso, o regime de câmbio flutuante, 
que possibilita o equilíbrio contínuo do balanço de 
pagamento. 
Flutuação Suja 
 Existe, ainda, um outro tipo de política cambial, 
que seria intermediária entre o câmbio fixo e o 
câmbio flutuante, que é a política de bandas 
câmbio, na qual o Banco Central não define um 
preço único para o dólar, e sim um intervalo 
(banda), dentro do qual ele pode flutuar 
livremente. 
 Se a banda, por exemplo, for fixada entre 2.20 
R$/2.50 R$, o Banco Central só entra no mercado 
se o dólar cair a 2.20 R$, entra comprando dólares, 
ou subir a 2.50 R$, entra vendendo dólares. 
 
 
POLÍTICA DE RENDAS 
• Conjunto de medidas visando a redistribuição de 
renda e justiça social. É um dos instrumentos da 
Política econômica governamental, juntamente com 
a Política Fiscal, e a Política Monetária. 
 Dimensão patrimonial: acesso à terra, à casa 
própria, aos bens de consumo durável e aos fundos 
de previdência. 
 Dimensão dos rendimentos: inserção no mercado 
de trabalho, carga tributaria e transferências 
públicas. 
 Dimensão dos direitos sociais: acesso aos serviços 
de saúde, segurança, transporte etc.; acesso aos 
equipamentos de lazer; acesso à educação e 
cultura. 
19/04/2012 
16 
 
 
Estado regulador e produtor 
Evolução da participação do setor público na atividade 
econômica 
 
A reforma do Estado brasileiro e a desestatização 
 
 
• Crise do Petróleo de 1979 e os impactos na economia 
brasileira:- Crise econômica 
- Aumento da inflação 
- Endividamento externo 
 
• Brasil declara moratória em 1987 
 
- Em uma tentativa urgente de retirar o Brasil da situação 
caótica em que se encontra, o Estado brasileiro deixa, aos 
poucos, de ser um Estado eminentemente produtor de bens 
e serviços e passa a ser um Estado Regulador, que apenas 
estabelece regras e fiscaliza o seu cumprimento. A 
intervenção nas atividades econômicas passa a ser exercida 
indiretamente. 
 
- Nesse novo contexto, o Brasil passa por uma abertura 
comercial muito ampla, principalmente nos governos de 
Fernando Collor de Mello, Itamar Franco e 
 Fernando Henrique Cardoso. 
 
Fernando Collor de Mello (15/03/1990 – 02/10/1992) 
 
 
• Grande atraso industrial brasileiro 
• Política econômica externa: liberalização comercial e 
financeira 
• Grande impacto causado nas empresas nacionais pela 
abertura do mercado 
• Dívida Pública elevada 
• Desconfiança do mercado econômico internacional e do 
FMI por causa da insegurança que o Brasil proporcionava 
• Série de medidas adotas pelo Brasil para se ajustar às 
exigências do mercado internacional, como, por exemplo, 
diversas desestatizações. 
• Em 12 de abril de 1990 foi promulgada a Lei nº 8.031 que 
instituiu o Programa Nacional de Desestatização. 
 
Lei n° 8.031/90* 
• Art. 1° É instituído o Programa Nacional de Desestatização, com os seguintes 
objetivos fundamentais: 
 
• I - reordenar a posição estratégica do Estado na economia, transferindo à 
iniciativa privada atividades indevidamente exploradas pelo setor público; 
• II - contribuir para a redução da dívida pública, concorrendo para o saneamento 
das finanças do setor público; 
• III - permitir a retomada de investimentos nas empresas e atividades que vierem 
a ser transferidas à iniciativa privada; 
• IV - contribuir para modernização do parque industrial do País, ampliando sua 
competitividade e reforçando a capacidade empresarial nos diversos setores da 
economia; 
• V - permitir que a administração pública concentre seus esforços nas atividades 
em que a presença do Estado seja fundamental para a consecução das 
prioridades nacionais; 
• VI - contribuir para o fortalecimento do mercado de capitais, através do 
acréscimo da oferta de valores mobiliários e da democratização da propriedade 
do capital das empresas que integrarem o Programa. 
 
* Revogada pela Lei n° 9.491/97 
19/04/2012 
17 
Itamar Franco (29/12/1992 – 01/01/1995) 
• Destaque para a criação do Plano Real, que em curto 
prazo, ocasionou a queda da inflação e o aumento do 
poder aquisitivo da população. 
• O governo adotou medidas visando conter os gastos 
públicos, privatizar uma série de empresas estatais, 
reduzir o consumo com o aumento das taxas de juros e 
baixar os preços dos produtos por meio da abertura da 
economia à competição internacional. 
• Conjunto de iniciativas empreendidas pelo governo, 
cujo objetivo era transformar o padrão de atuação 
do Estado na economia e o funcionamento da 
administração pública brasileira (melhorar a 
eficiência e reduzir o tamanho do Estado). 
 
Fernando Henrique Cardoso (01/01/1995 – 31/12/2002) 
• Flexibilização dos monopólios estatais – EC n° 5, 8 e 9 
 
• A abertura do mercado se deu também em relação aos 
monopólios estatais referentes à exploração de gás canalizado, 
serviços de telecomunicações e a pesquisa e a lavra das jazidas 
de petróleo das jazidas de petróleo e gás natural, bem como 
do transporte marítimo de petróleo bruto de origem nacional 
ou derivados do petróleo produzidos no país. 
 
• Surgimento das agências reguladoras independentes ocorre 
exatamente nesse contexto. 
 Ex: Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL (Lei n° 
9.427/96); Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL 
(Constituição e Lei n° 9.472/97); Agência Nacional do Petróleo – 
ANP (Constituição e Lei n° 9.478/97); Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária – ANVISA (Lei n° 9.782/99); etc. 
 
Luís Inácio Lula da Silva (01/01/2003 – 2010) 
• Revisão do papel das agências reguladoras 
 Em abril de 2004 o Projeto de Lei n° 3337/04, 
que dispõe sobre a gestão, a organização e o 
controle social das Agências Reguladoras; 
• Nova onda de intervenções diretas do Estado na 
economia 
19/04/2012 
18 
• Perspectiva econômica: 
• A regulação se justifica quando existem 
falhas de mercado, compreendidas como: 
Externalidades 
Concorrência imperfeita 
Poder de mercado 
• Monopólio 
• Barreiras de entrada 
FUNÇÕES DA REGULAÇÃO O PAPEL REGULADOR DO ESTADO 
• Surgimento do Estado-Regulador 
• Substituição da intervenção direta por mecanismos de 
intervenção indireta de caráter regulatório 
• Substituição de relações de controle por relações de 
direção 
• Princípio da Subsidiariedade: o Estado deve se 
concentrar na execução daquilo que é essencial, 
transferindo funções que podem ser desenvolvidas 
com maior eficiência pelos particulares, seja em regime 
de direito público, seja em regime de livre iniciativa; 
FUNÇÕES DA REGULAÇÃO 
• A regulação é necessária para: 
 
• Viabilizar o princípio da livre iniciativa e a defesa do 
consumidor; 
• Instituir e preservar a competição onde ela seja viável 
• Minimizar os efeitos do monopólio, onde ele se faça 
indispensável 
• Portanto, a regulação possui três principais searas: 
• regulação dos monopólios, quando a competição é 
restrita ou inviável; 
• regulação para a competição, como forma de assegurar 
a livre concorrência no setor privado; 
• regulação dos serviços públicos, assegurando sua 
universalização, qualidade e preço justo 
 
TRANSFORMAÇÕES 
GLOBAIS, A NOVA 
ECONOMIA E O BRASIL 
19/04/2012 
19 
Transformações globais 
• Neoliberalismo e ruptura do bloco comunista 
• Novo paradigma tecnológico e organizacional 
• Rede transcorporativa e grupos econômicos 
• Polarização no sistema econômico internacional 
Ascensão e queda do Neoliberalismo 
• Reação à crise econômica dos anos 70 (estagflação) 
• Rigidez e imobilismo: ajuste estrutural (“euroesclerose” e 
o Welfare State) 
• Funcionalidade e convergência de interesses dos grupos 
dominantes (desregulamentação, privatização) 
Neoliberalismo: Sinais trocados 
• Privatização vs estatização 
• Capital estrangeiro vs nacionalização 
• Liberação vs regulação 
• Mercado vs planejamento 
• Liberalização vs protecionismo 
Desagregação do bloco comunista: 
URSS 1991 
• fracasso do processo de reformas econômicas de 1985 
• reformas políticas (glasnost) e eclosão de demandas 
reprimidas 
• vácuo político-ideológico 
• degradação das instituições públicas 
• ressurgimento dos conflitos étnicos 
• golpes de Estado em 1991 (pacífico) e 1993 (sangrento) 
 
19/04/2012 
20 
Novo paradigma tecnológico e 
organizacional 
• Aceleração do progresso tecnológico 
• Expansão do complexo da microeletrônica, informática e 
telecomunicações 
• Maior eficiência técnica e melhor qualidade 
• Introdução acelerado de novos produtos e novas 
oportunidades de mercado 
• Tecnologia da informação 
Consenso de Washington: Áreas 
• Disciplina fiscal 
• Priorização dos gastos públicos 
• Reforma tributária 
• Privatização 
• Desregulação 
• Liberalização financeira 
• Regime cambial 
• Liberalização comercial 
• Investimento externo direto: tratamento nacional 
• Propriedade intelectual: proteção 
ESTADO E CAPITALISMO NO BRASIL 
• No país, como nas demais economias não-
desenvolvidas, prevaleceu a intervenção no setor 
produtivo, de infra-estrutura e de energia. 
 
79 
Problemas relacionados ao 
(sub)desenvolvimento econômico 
• Na tentativa de diminuir as diferençasem relação às 
economias ricas, os países não-desenvolvidos, sem 
condição de depender exclusivamente do setor privado, 
terminam por utilizar o aparato estatal no esforço de 
expansão do sistema produtivo. 
80 
19/04/2012 
21 
Três fases bem distintas 
1. Até a década de 1920, quando o liberalismo 
econômico era hegemônico: pequena participação do 
Estado no domínio econômico 
2. Padrão intervencionista (1930 a 1989) 
3. Regulador: implementação de medidas estabelecidas 
pelo Consenso de Washington, após 1990. 
81 
Até a década de 1920 - liberalismo 
econômico 
• Pequena participação do Estado no domínio 
econômico: funções de regulação, controle 
monetário e arrecadatório. 
• Empresas públicas, como o Serviço Postal e a 
Casa da Moeda (séc XVII) 
• Garantir taxa de retorno aos investimentos 
privados realizados no Brasil (Ex: de aplicações 
inglesas nas ferrovias) 
• Concessões de serviços de utilidade pública ao 
setor privado nacional e estrangeiro 
 
 
82 
Liberalismo no Brasil 
• Não intervencionismo até Vargas 
• Isso pode ser explicado pela própria estrutura da 
economia brasileira: modelo agro-exportador 
 
 
83 
Padrão intervencionista (1930 e 1989) - 
Industrialização por substituição de importações 
 
• Com a crise do café e a carência de divisas, dada a 
queda da receita de exportações, as possibilidades 
de atender a crescente procura por bens de capital 
ficaram cada vez mais remotas. 
84 
19/04/2012 
22 
Industrialização por substituição de importações - 
Padrão intervencionista 
O saldo desse processo foi a rápida 
ascensão da indústria: a grande 
depressão constituiu-se num 
momento de ruptura do modelo 
primário-exportador da economia 
brasileira em favor de um modelo de 
desenvolvimento voltado para o 
mercado interno. 
85 
Padrão intervencionista (1930 e 1989) 
• Três períodos: 
1. 1930 a 1955 - constituição de um novo 
aparelho de Estado (administração e formação 
de quadros), com a regulação de vários 
setores de atividades econômicas e sociais, 
mas principalmente com atuação direta no 
processo de acumulação capitalista  visão 
nacionalista 
86 
1930 a 1955 
• Empresas públicas: Companhia Siderúrgica Nacional 
(1941), a Companhia Vale do Rio Doce (1942), 
Companhia Nacional Álcalis (1943), a Fábrica Nacional 
de Motores (1943), a Companhia Hidrelétrica de São 
Francisco (1945), o BNDES (1952) e a Petrobrás (1954) 
87 
Padrão intervencionista: Fase 2 
2. 1955 a 1964 - Plano de Metas (JK): 
• A partir desse momento, o nacionalismo 
perdeu alguma importância, dando lugar a 
uma nova articulação entre Estado, capital 
privado nacional e capital privado 
internacional. 
• Essa articulação trilateral de interesses 
envolveu a presença de ampla participação 
de recursos externos e possibilitou tanto ao 
setor privado quanto ao Estado o avanço na 
internalização do padrão de industrialização. 
• Estado: ocupar os espaços vazios. 
88 
19/04/2012 
23 
Padrão intervencionista: Fase 3 
3. 1964 a 1989 - assegurar o desenvolvimento 
de espaços vazios e garantir a aplicação da 
ideologia de segurança nacional. 
• Expansão das empresas estatais 
• Base de financiamento do Estado: 
dependia dos recursos orçamentários, dos 
re-investimentos das empresas estatais e 
de formas indiretas de tributação e emissão 
monetária 
• Nos anos 80, com a crise da dívida externa, 
o setor produtivo passou a perder eficiência 
e eficácia. 
89 
REVISÃO NO PAPEL DO ESTADO 
APÓS 1990 
• Realização das reformas administrativa, tributária 
e previdenciária, bem como a preocupação com 
a promoção de um intenso programa de 
privatização. 
• Transferência de ativos públicos para o setor 
privado, como forma de estabelecer um novo 
eixo condutor do desenvolvimento econômico e 
social. 
• Ao Estado coube um espaço regulador, voltado 
ao estímulo da competição e da eficiência dos 
mercados 
90 
Atual modelo econômico e suas 
implicações no Estado brasileiro 
• Privilegia-se a promoção da integração do 
sistema produtivo nacional à economia mundial 
• O novo formato do aparato estatal tornou-se 
necessário dentro do objetivo governamental de 
enfrentar a crise fiscal, concedendo um novo 
papel ao Estado menos intervencionista e muito 
mais regulatório 
• Com as reformas após 1990, quatro novos 
segmentos do setor público foram constituídos 
 
91 
Fatores que contribuíram para a reforma 
do Estado brasileiro 
• Crise do Estado desenvolvimentista, 
• Controle direto das empresas Estatais sobre a indústria e 
serviços e 
• Falência do modelo organizacional da burocracia pública 
orientada pelos procedimentos. 
92 
19/04/2012 
24 
INFLLUÊNCIA DAS 
POLÍTICAS FISCAL E 
MONETÁRIA NA 
DEMANDA AGREGADA 
Demanda Agregada 
• Muitos fatores influenciam a demanda agregada além de 
políticas fiscal e/ou monetárias 
• Em particular, o gasto desejado por indivíduos e firmas 
determina a quantidade demandada de bens e serviços 
Demanda Agregada 
• Quando esse desejo muda, a curva de demanda 
agregada irá deslocar-se causando flutuações de curto 
prazo na produção e nível de preços de uma economia 
• Políticas monetária e/ou fiscal são, algumas vezes, 
utilizadas para tentar diminuir o impacto dessas 
flutuações 
 
Políticas Monetárias e a Demanda 
Agregada 
• A demanda agregada tem inclinação negativa por três 
razões: 
• Efeito da renda 
• Efeito da taxa de juros 
• Efeito da taxa de câmbio 
19/04/2012 
25 
Políticas Monetárias e a Demanda 
Agregada 
• Para a maioria das economias modernas, a inclinação 
negativa da demanda agregada tem como principal fator 
o efeito da taxa de juros 
Teoria da Preferência da Liquidez 
• Keynes desenvolveu essa teoria para explicar os fatores 
que determinam a taxa de juros em uma economia 
• De acordo com a teoria ela se ajusta para equilibrar a 
oferta e a demanda por moeda 
Oferta de Moeda 
• Controlada pelo Banco Central 
• Operações de Mercado Aberto 
• Taxa de Reserva (depósito compulsório) 
• Taxa de Redesconto 
Oferta de Moeda 
• Como ela é fixada pelo banco Central ela não depende 
da taxa de juros 
• Ela é representada por uma curva vertical (perfeitamente 
inelástica) 
19/04/2012 
26 
Demanda por Moeda 
• A demanda por moeda é determinada por vários fatores 
• De acordo com a Teoria da Pereferência por Liquidez, a 
taxa de juros é o mais importante fator 
Demanda por Moeda 
• Indivíduos escolher manter moeda em seu poder ao invés 
de outros ativos, porque a moeda os possibilita adquirir 
bens e serviços com facilidade 
Demanda por Moeda 
• O custo de oportunidade de manter moeda em 
seu poder, é os juros que você poderia ganhar se 
possuísse ativos que gerassem juros 
• Um aumento da taxa de juros aumenta o custo 
de oprtunidade de manter moeda em seu poder 
• Como resultado, a quantidade de moeda 
demandada diminui 
Equilíbrio no Mercado de Moeda 
• De acordo com a Teoria da Preferência por 
Liquidez: 
• A taxa de juros ajusta-se para equilibrar a oferta 
e a demanda por moeda 
• Existe uma taxa de juros, e só uma, que 
equilibra a quantidade ofertada e a quantidade 
demandada por moeda 
19/04/2012 
27 
Equilíbrio no Mercado de Moeda 
• Assuma o seguinte: 
• O nível de preços é rígido em um nível 
qualquer 
• A um nível de preços qualquer, a taxa de juros 
se ajusta para equilibrar a oferta e a demanda 
• O nível de produção responde à demanda 
agregada 
Equilíbrio no Mercado de Moeda 
0 
i2 
M 
d 
2 
i1 
M 
d 
1 
Taxa de 
Juros de 
Equilíbrio 
Taxa deJuros 
Oferta de 
Moeda 
Demanda 
Por Moeda 
Quant. de 
Moeda 
Quant. De Moeda 
Determ. Bco.Central 
A Inclinação Negativa da Curva de 
Demanda Agregada 
• O nível de preços é um determinante da 
quantidade de moeda demandada 
• Um aumento do nível de preços aumenta a 
quantidade de moeda demandada para uma taxa 
de juros qualquer 
• Um aumento da quantidade demandada de 
moeda leva a um aumento da taxa de juros 
• A quiantidade de bens e serviços demandada 
diminui 
A Inclinação Negativa da Curva de 
Demanda Agregada 
• O resultado final da análise é a relação inversamente 
proporcional entre o nível de preços e a quantidade 
demandada de bens e serviços 
19/04/2012 
28 
O Mercado de Moeda e a Demanda Agregada 
DA 
(b) Demanda Agregada 
Quant.de 
Produção 
0 
Nível de 
Preços 
(a) Mercado de Moeda 
Quant.de 
Moeda 
Quant.Fixada 
Bco.Central 
0 
r1 
Oferta de 
Moeda 
Tx. de 
Juros 
Demanda de 
Moeda em P1 
Y1 
P1 
Demanda de 
Moeda em P2 
2. …aumenta a 
demanda por 
moeda… 
1. Aumento do nível 
de preços… 
P2 
3. …que aumenta a taxa de juros 
de equilíbrio… 
r2 
4. …que reduz a quant.de bens e 
serviços demanada. 
Y2 
Mudanças na Oferta de Moeda 
• O Banco Central pode deslocar a curva de 
demanda agregada quando ele muda a política 
monetária 
• Um aumento da oferta de moeda desloca a curva 
de oferta de moeda para a direita 
• Sem uma mudança na curva de demanda por 
moeda a taxa de juros de equilíbrio diminui 
• A redução na taxa de juros aumenta a 
quantidade de bens e serviços demandada 
Injeção Monetária 
Y2 
DA2 
3. …que aumenta a 
quant.de bens e 
serviços demandado a 
um determinado nível 
de preço. 
1. Quando 
o Bco. 
Central 
aumenta a 
oferta de 
moeda… 
OM2 
Y1 
P 
0 
DA1 
(a) O Mercado de Moeda 
0 
OM1 
r1 
(b) Demanda Agregada 
r2 
2. …a taxa de juros de 
equilíbrio reduz… 
Quantit.de 
produção 
Nível de 
Preços 
Quant.de 
Moeda 
Tx. de 
Juros 
Mudanças na Oferta de Moeda 
• Um aumento da oferta de moeda reduz a taxa de juros e 
aumenta a quantidade de bens e serviços demandados 
• Uma redução na oferta de moeda aumenta a taxa de 
juros e diminui a quantidade de bens e serviços 
demandados 
 
19/04/2012 
29 
O Papel da Taxa de Juros Alvo 
• A política monetária pode ser descrita tanto em 
termos da oferta de moeda ou da taxa de juros 
• Mudanças na política monetária podem ser vista 
como mudança na oferta de moeda ou mudança 
na taxa de juros alvo 
• Um alvo para a taxa de juros afeta o equilíbrio de 
mercado, que acaba influenciando a demanda 
agregada 
Política Fiscal e a Demanda Agregada 
• Política fiscal refere-se a opção do Governo 
quanto aos seus gastos e nível de impostos 
• Políticas fiscais influenciam a poupança, 
investimento e crescimento no longo prazo 
• No curto prazo, a política fiscal influencia 
basicamente a demanda agregada 
Gastos do Governo 
• Quando o Governo muda os impostos ou altera a oferta 
de moeda, o efeito na demanda agregada é indireto – ela 
se dá através da decisão de consumo de firmas e 
indivíduos 
• Quando o Governo altera as suas compras ele altera a 
demanda agregada diretamente 
Gastos do Governo 
• Existem dois efeitos provenientes de uma 
mudança nos níveis de Gastos do Governo: 
• Efeito multiplicador 
• Efeito de expulsão 
19/04/2012 
30 
Efeito Multiplicador 
• Gasttos do Governo têm um efeito multiplicador sobre a 
demanda agregada 
• Cada real gasto pelo governo pode aumentar os gastos 
de bens e serviços em mais de um real 
Efeito Expulsão 
• As políticas fiscais podem não influenciar tão fortemente 
como esperado 
• Um aumento nos gastos do governo causa um aumento 
da taxa de juros 
• Um aumento na taxa de juros causa uma redução no 
investimento (reduzindo a demanda agregada) 
Efeito Expulsão 
• Essa redução na demanda causada por um aumento da 
taxa de juros é chamada de Efeito expulsão 
• Esse efeito tende a diminuir os efeitos positivos de um 
aumento dos gastos governamentais 
Impostos 
• Quando o Governo diminui os impostos: 
• Indivíduos e firmas poupam uma parcela dessa 
renda adicional 
• Mas também gastam uma parcela 
• Esse aumento de gastos desloca a curva de 
demanda agregada para direita 
19/04/2012 
31 
Impostos 
• O tamanho do impacto causado por uma mudança nos 
níveis de imposto também é afetado pelo efeito 
multiplicador e pelo efeito expulsão 
• Também depende da percepção de indivíduos e firmas de 
quanto tempo essa mudança nos impostos vai durar 
Estabilização Econômica 
• Na maioria dos países a estabilização econômica é um 
objetivo muito importante 
• O Governo deve evitar ser o causador de flutuações 
econômicas 
• O Governo deve intervir quando houver mudanças na 
economia privada de forma a estabilizar a demanda 
agregada 
Estabilização Econômica 
• Alguns economistas dizem que as políticas fiscal 
e monetária causam desestabilizam a economia 
• As políticas monetária e fiscal afetam a economia 
apenas após um intervalo de tempo substancial 
• Eles sugerem que a economia, sozinha, deve 
lidar com as flutuações de curto prazo 
 
Estabilização Automática 
• São mudanças automáticas de política fiscal e monetária 
para estimular a demanda agregada quando uma 
economia entra em recessão 
• Dentre os estabilizadores automáticos temos alguns tipos 
de gastos governamentais e o sistema de impostos 
19/04/2012 
32 
Resumo 
• Keynes propos a Teoria da Perefrência por Liquidez para 
explicar os determinantes da taxa de juros 
• De acordo com a teoria, a taxa de juros se ajusta para 
equilibrara a oferta e a demanda por moeda 
Resumo 
• Um aumento do nível de preços aumenta a 
demanda por moeda e aumenta a taxa de juros 
• Um aumento da taxa de juros reduz os 
investimentos e aumenta a quantidade 
demandada por bens e serviços 
• A inclinação negativa da curva de demanda 
agregada mostra a relação inversa entre nível de 
preços e quantidade demandada 
Resumo 
• O Governo pode influenciar a demanda agregada 
através de políticas monetárias 
• Um aumento da oferta de moeda leva a um 
aumento da demanda agregada (desloca-se para 
a direita) 
• Uma diminuição da oferta de moeda leva a uma 
redução da demanda agregada (desloca-se para 
a esqureda) 
Resumo 
• O Governo pode influenciar a demanda agregada 
através de políticas fiscais 
• Um aumento dos gastos do governo ou redução 
de impostos aumenta a demanda agregada 
(desloca-se para a direita) 
• Uma redução dos gastos do governo ou aumento 
de impostos diminui a demanda agregada 
(desloca-se para a esquerda) 
 
 
19/04/2012 
33 
Resumo 
• Quando o Governo altera os seus gastos ou os impostos, 
o efeito pode ser maior ou menor que o efeito da política 
fiscal 
• O efeito multiplicador tem a tendência de aumentar o 
impacto da política fiscal 
• O efeito expulsão tem a tendência de diminuir o impacto 
da política fiscal 
Resumo 
• Já que políticas monetárias e fiscal têm o poder 
de influenciar a demanda agregada, algumas 
vezes o Governo utiliza-se dessas políticas para 
tentar estabilizar uma economia 
• Economistas discordam sobre o quanto o 
Governo deve se involver nesse esforço e 
estabilização: 
• Uns argumentam que se o governo não se involver o resultado 
serão as flutuações indesejáveis 
• Críticos argumentam que políticas de estabilização levam muitas 
vezes à desestabilização 
• CONTABILIDADE FISCAL: NFSP; 
• RESULTADOS NOMINAL, OPERACIONAL E 
PRIMÁRIO; 
• DÍVIDA PÚBLICA.• SUSTENTABILIDADE DO ENDIVIDAMENTO 
PÚBLICO. 
• FINANCIAMENTO DO DEFICIT PÚBLICO A PARTIR 
DOS ANOS 80 DO SÉCULO XX. 
 
• O GASTO PÚBLICO E SUAS DERIVAÇÕES 
O tamanho do governo 
• O governo pode ser entendido como o locus 
de disputa por recursos entre diversos 
setores da sociedade. 
• O gasto público afeta uma série de atividades 
, algumas das quais têm - ou tiveram - a ver 
com cada um de nós. (Stiglitz). 
19/04/2012 
34 
O tamanho do governo 
• Mesmo quando há forte consenso quanto à 
necessidade de redução do déficit público e 
da despesa governamental, sempre há 
discordância quanto aos gastos a serem 
suprimidos. 
• Todos querem que os cortes não os atinjam. 
• O governo não é uma abstração, uma 
entidade distante que “suga os recursos do 
povo”. 
• O governo é uma entidade que coleta 
recursos através dos impostos cobrados de 
parte da população para transferir esses 
recursos para outra parte da população. 
 (Giambiagi e Além) 
O tamanho do governo 
• Há funções típicas de governo: 
• saúde 
• educação 
• defesa nacional 
• policiamento 
• regulação 
• justiça 
• assistência social 
• No Brasil, o governo federal assumiu uma 
série de funções, como o ensino superior. 
Diversos estados também mantêm 
estabelecimentos de ensino superior. 
O tamanho do governo 
• Diversas funções são compartilhadas por 
duas ou mais esferas de governo (saúde, 
saneamento, transportes etc.). 
• Os governos estaduais assumem a segurança 
pública, enquanto os municípios zelam pela 
limpeza urbana, a iluminação pública e o 
transporte urbano. 
• A construção e a manutenção de estradas, 
que historicamente, em todos os países, têm 
sido funções governamentais, estão sendo 
transferidas para o setor privado. 
Mas o que são os gastos públicos? 
• Os gastos públicos constituem-se na principal peça de 
atuação do governo; 
 
• Através deles, o governo estabelece uma série de 
prioridades no que se refere à prestação de serviços 
públicos básicos e aos investimentos a serem realizados. 
 
19/04/2012 
35 
A EVOLUÇÃO DO GASTO PÚBLICO 
• A tendência de crescimento do gasto público 
tem sido constatada há muito tempo. 
• Adolph Wagner, na década de 1880, baseado 
no retrospecto até a época e na análise das 
tendências, enunciou a “Lei de Wagner”, 
segundo a qual o desenvolvimento econômico 
experimentado pelas modernas economias 
provocaria pressões crescentes por expansão 
do gasto público. 
• Não apenas se expandiu a demanda por 
gastos públicos. Ela se modificou 
intensamente com a industrialização. 
A EVOLUÇÃO DO GASTO PÚBLICO 
• O custo de alguns serviços - de saúde, 
por exemplo - se elevou 
consideravelmente - em conseqüência 
do avanço tecnológico. 
• Guerras e fatores políticos 
contribuíram para a expansão do 
governo, uma vez que criam condições 
para o aumento da tributação. 
 
A EVOLUÇÃO DO GASTO PÚBLICO 
• Uma vez cessadas as causas da 
expansão, dificilmente os gastos 
retornam á dimensão original (Peacock e 
Wiseman). 
• Verifica-se, em geral, modificação na 
estrutura dos gastos (efeito translação) 
após o final das guerras e crises políticas 
. 
Gastos governamentais x Gastos públicos 
• Consideram-se gastos governamentais apenas as 
despesas realizadas pelas unidades que compõem a 
administração governamental direta e parte da 
indireta. Dessa forma, seriam englobados neste 
conceito apenas os gastos realizados pelas esferas 
do governo mais autarquias e fundações. Trata-se dos 
gastos de manutenção dos serviços públicos 
19/04/2012 
36 
• Já os gastos públicos englobam em sua totalidade, além 
dos gastos governamentais, as despesas do governo 
com suas atividades econômicas produtivas, incluindo aí 
as empresas estatais. 
As contas públicas e o seu 
resultado 
 Dentre os vários temas econômicos que têm sido 
objeto de discussão nos últimos anos, dois têm 
merecido destaque especial dos analistas e da 
imprensa especializada: o déficit público e o seu 
correlato - o endividamento do setor público. 
 
 Por "setor público" deve-se entender as 
três esferas de governo - federal, estadual e 
municipal - e as empresas por eles 
controladas. Deve-se, no entanto, excluir 
deste conceito as instituições financeiras 
(como, por exemplo, o Banco do Brasil) por 
sua natureza primordial de intermediários 
de recursos de terceiros. 
 
 A atuação do governo é caracterizada tanto 
pelos gastos pro ele efetuados como pela 
arrecadação de recursos, através 
principalmente de impostos, com o objetivo 
de aumentar o bem-estar da população e 
de evitar eventuais distorções provocadas 
pelo livre jogo das forças de mercado. 
 
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A ótica das Contas Nacionais 
Nas contas nacionais, as despesas do 
governo são tratadas sob a denominação de 
"Administrações Públicas", englobando sob 
esse título os gastos da União, Estados e 
Municípios (apenas administração direta, 
autarquias e fundações públicas). 
 
Poderíamos apurar o resultado das contas 
principais das "Administrações Públicas". 
Para tanto, incluímos a arrecadação do 
governo - que, nesse caso, se compõe da 
receita tributária (impostos diretos e 
indiretos) e outras receitas correntes 
(inclusive contribuições previdenciárias). 
 
 
 Vejamos um exemplo: 
 
A – Rec. tributária e outras receitas correntes: 135,0 
B - Despesas correntes (=a+b+c)........................: 145,0 
(a) Gastos de consumo (= i+ii)...............................: 77,0 
(i) Despesas de pessoal............................................: 40,0 
(ii) Compras de bens e serviços...............................: 37,0 
(b) Transferências (=i+iii)......................................: 56,0 
(i) Assistência previdenciária (pensões, aposentadorias, auxílios, 
etc.)......................................................: 32,0 
(ii) Juros da dívida interna.....................................: 24,0 
(c) Subsídios............................................................: 12,0 
C – Poup. em conta corrente do governo (=A-B)..: -10,0 
D - Despesas de capital ..........................................: 15,0 
E - Déficit (ou superávit) fiscal (=A - B - C).........: -25,0 
 
 
 O déficit fiscal de R$ 25,0 bilhões terá de ser 
financiado por: 
a) endividamento interno (venda de títulos 
públicos); e/ou 
b) endividamento externo; e/ou 
c) emissão monetária (somente no caso da 
União). 
 O resultado fiscal é também chamado de 
despoupança de governo, no valor de R$ 25 
bilhões. 
 
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A ótica Orçamentária 
• Para se apurar o déficit ou superávit orçamentário, 
basta somar todas as receitas correntes do governo 
(tributárias e outras), subtraindo dessas o total das 
despesas, isto é, a soma das despesas correntes com 
as despesas de capital. 
• Caso o resultado seja negativo, o financiamento deste 
déficit se traduzirá, necessariamente, em maior 
endividamento do governo junto ao setor privado, ou 
através de empréstimos bancários, ou - o que é mais 
comum - através da venda de títulos públicos junto 
aos bancos e ao público em geral. 
A ótica das Necessidade de 
Financiamento do Setor Público - NFSP 
Trata-se do método utilizado pela Secretária do Tesouro 
Nacional - STN e pelo Banco Central para o cálculo das 
Contas do Setor Público. 
 
As NFSP são obtidas a partir da medição do chamado 
"Resultado do Setor Público Não-Financeiro" - RSP – 
por não incluir as contas das entidades financeiras 
públicas. Na prática, há dois critérios para se calcular o 
RSP ou, o que dá no mesmo, as NFSP: 
 
 O critério "acima da linha" e que é utilizado pela STN, 
consiste na apuração da diferença entre receitas edespesas orçamentárias. 
 
 O segundo critério, denominado "abaixo da linha“, que 
é adotado pelo Banco Central do Brasil, é obtido pelo 
lado do financiamento do déficit público, sendo 
calculado a partir da variação da dívida líquida do 
setor público junto ao setor privado. 
 
 O resultado do setor público - RSP - (déficit ou 
superávit) pode apresentar três valores 
diferentes, dependendo dos itens que se 
incluam ou se excluam do cálculo. Esses 
resultados denominados: 
 
1. Resultado Nominal do Setor Público; 
 
2. Resultado Operacional do Setor Público; 
 
3. Resultado Primário do Setor Público. 
 
 
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Resultado Nominal do Setor Público 
É o resultado da diferença entre o total das receitas 
correntes do governo (tributárias e outras receitas) 
e o total de suas despesas (custeio, transferências, 
subsídios, financeiras e de capital). Dentro das 
despesas de capital, encontram-se os juros da 
dívida pública. Visto da ótica desta última, 
corresponde à variação da dívida líquida do setor 
público não-financeiro em determinado período 
de tempo (mês, trimestre ou ano), incluindo aí a 
variação devida à atualização monetária da própria 
dívida e dos ativos do setor público. 
Resultado Operacional do Setor Público 
É o próprio resultado nominal, excluindo-se 
deste a atualização monetária da dívida pública. 
Resultado Primário do Setor Público 
Consiste no resultado operacional das contas 
públicas, excluindo-se destas os juros da dívida 
referentes ao período anterior ao cálculo do 
resultado. 
 
A importância desse conceito é a de possibilitar 
uma melhor avaliação das contas públicas no 
presente, isto é, sem considerar a influência dos 
juros que são o resultado de déficits passados e 
que deram origem à dívida pública. 
 
 Observação: 
 
 Ressalta-se que quando o Resultado - nominal, operacional ou 
primário - é negativo diz-se que houve déficit - nominal, 
operacional ou primário. Se for positivo, houve superávit - 
nominal, operacional ou primário. Também deve ficar claro que os 
três resultados - nominal, operacional e primário - são calculados 
tanto de forma agregada - englobando sob a denominação de setor 
público (NFSP) os resultados da União (ou Tesouro Nacional), da 
Previdência Social, do Banco Central das Empresas Estatais e dos 
Estados e Municípios - como de forma desagregada, 
individualizando o resultado de cada uma dessas áreas, níveis ou 
esferas de governo. 
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 Exemplo: 
Contas Públicas - em bilhões 
 1 - Receita total (*)............................... 121,3 
1.1. Tributária.......................................... 80,0 
1.2. Previdência........................................35,3 
1.3. Outras receitas correntes................... 6,0 
2 - Despesa total.................................... 148,0 
2.1. Pessoal e encargos............................ 52,0 
2.2. Benefícios da previdência................. 38,0 
2.3. Juros nominais da dívida.................. 33,0 
a) Atualização monetária......................... 1,0 
b) Juros reais........................................... 32,0 
3 - Resultado Nominal (= 1-2)...............-26,7 
4 - Resultado Operacional (=3-2.3.a.).. -25,7 
5 - Resultado Primário (= 3-2.3.)........... 7,3 
(*) líquidas das transferências constitucionais – Fundos de Participação e manutenção do programa 
de seguridade social 
Comentários sobre o déficit primário 
O déficit “primário” representa a origem e a fonte de 
realimentação do déficit público e, conseqüentemente, da 
dívida pública. Quando o país obtém superávit primário nas suas 
contas, ele adquire a capacidade de pagar senão toda, a maior 
parte dos juros da dívida pública do país. 
O resultado do esforço fiscal do governo, mesmo tendo sua 
contrapartida negativa, como a diminuição dos investimentos 
via despesas de capital, possibilita a este ajustar as suas contas 
para que, uma vez equilibradas, possam ser utilizadas como 
instrumento de políticas públicas benéficas a sociedade. 
 Conclusões: 
 Os gastos públicos, caracterizado pelo resultado das contas, 
são a evidenciação das políticas de gestão pública efetuadas pelos 
nossos governantes. 
 Com o crescimento do papel do governo na economia, passam 
estas a necessitarem de contínuo acompanhamento, de forma que 
os controles realizados sejam efetivos, especialmente quando 
destinados a evitarem políticas eleitoreiras que não visem a 
melhoria do bem estar da população. 
 Destaca-se que, mesmo no caso de políticas públicas 
adequadas a necessidade da população, é importante lembrar que 
um país vive não somente da geração presente, mas também das 
futuras gerações e que, neste caso, estas necessitam contar, no 
futuro, com a adequada capacidade de intervenção 
governamental nas chamadas falhas de mercado. 
2. Estabilidade do nível geral de preços (controle da inflação) 
 - inflação controlada não significa inflação zero; 
 - inflação alta acarreta distorções, principalmente, sobre as 
 classes baixas e sobre as expectativas. 
 
 Tipos de inflação: 
• demanda 
• custos 
• inercial 
 
Inflação: aumento contínuo e generalizado do nível geral de preços. 
INFLAÇÃO E CRESCIMENTO. 
TEORIA E POLÍTICA MACROECONÔMICA: METAS 
DE POLÍTICA MACROECONÔMICA 
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3. Equilíbrio Externo 
 
Déficit externo mais forte, implica em perda de reservas, o que pode 
levar a uma moratória; 
 
Superávit externo mais prolongado, o governo deve emitir moeda 
gerando inflação ou expansão da dívida interna (Risco). 
 
4. Distribuição Eqüitativa de Renda 
 - política de longo prazo; 
 - aumento do poder de compra das classes mais baixas; 
 - desenvolvimento econômico. 
 Metas de 
Redução de 
 Emprego 
e 
Estabilidade 
de 
Preços 
Com aumento 
 de compras 
Reduz-se o desemprego. 
Aproximando do pleno emprego, 
os recursos tendem a escassear, 
provocando um aumento dos 
custos de produção. Podendo 
aumentar a inflação (exceto, 
quando estiver ocorrendo um 
significativo aumento de 
produtividade). 
O administrador público (policy-maker) tem de fazer escolhas quanto à ênfase a ser 
dada a diferentes objetivos. Cada combinação afeta diferentes grupos na sociedade 
de diferentes maneiras, e qualquer escolha estará sujeita à objeção política pelos 
representantes dos grupos para os quais a escolha alternativa é pior. 
Parte Real 
da Economia 
 
 
Parte Monetária 
da economia 
Mercado de Bens e Serviços 
 
Mercado de Trabalho 
 
Mercado Financeiro 
(monetário e títulos) 
 
Mercado de Divisas 
Produto Nacional 
Nível Geral de Preços 
 
Nível de Emprego 
Salários Nominais 
Mercados Var. Determinadas 
Taxa de Juros 
Estoque de Moeda 
 
Taxa de Câmbio 
O governo deve atuar em duas frentes: i) na capacidade produtiva (Produção 
Agregada) e ii) nas despesas planejadas (Demanda Agregada) permitindo à 
economia operar a pleno emprego, com baixas taxas de inflação e distribuição justa 
de renda. 
• Política Fiscal: decisões sobre a arrecadação e os gastos do 
governo; 
 
• Política Monetária: decisões sobre o volume de moeda na 
economia, a taxa de juros e o crédito; 
 
• Política Cambial e Comercial: combate a inflação x equilíbrio 
externo, saldo do BP equilibrado; 
 
• Política de Rendas: interferências na formação de Preços e 
Salários, desenvolvimento econômico. 
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de 
Política Macroeconômica

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