Buscar

sgc_inss_2014_tecnico_nocoes_direito_administrativo_0001

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
Noções de Direito Administrativo – INSS: Técnico do Seguro Social 
Professor: André Barbieri 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 2 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
 
 
Apresentação 
 
Salve, Salve! Seja muito bem-vindo! Seja muito bem-vinda! 
 
Meu nome é André Barbieri, sou professor de Direito Administrativo há mais de sete 
anos, sempre na preparação daqueles que ontem eram concurseiros e, hoje, após 
muita dedicação e perseverança são agentes públicos. Dessa forma, a busca pela 
melhor preparação para você é uma meta diária! Minha formação acadêmica sempre 
foi voltada para o Direito Público (três especializações e um mestrado), bem como 
toda à atividade docente voltada para esse apaixonante ramo do Direito. 
 
É com grande satisfação e felicidade que começamos os estudos para esse grande 
concurso do INSS, tendo em vista a remuneração, o alto número de vagas, uma banca 
examinadora que, tanto pode ser o CESPE/UNB quanto a FCC – tendo em vista os 
últimos concursos – mas, de qualquer forma, podem ser perfeitamente mapeadas e 
estudadas para uma otimização dos seus estudos pois, ao final, o que mais desejo é a 
sua vitória! Lembre-se, há apenas uma forma de não conquistar sua aprovação no 
concurso público...desistindo e, com toda sinceridade, nem cogito isso para você! 
Quantos foram os objetivos já conquistados na sua vida?! Diversos! Então, esse será 
mais um! 
 
Para conquistarmos sua aprovação quero que saiba que as nossas aulas de Direito 
Administrativo abordarão o edital de forma precisa, sempre tendo em vista o foco da 
banca organizadora (CESPE/UNB ou FCC são as mais prováveis) que, nesse caso, 
como você bem sabe, existem perguntas e “pegadinhas” peculiares, razão pela qual 
os estudos serão acompanhados (sempre) da resolução dos exercícios. Somado ao 
conteúdo doutrinário e aos exercícios teremos inúmeros macetinhos, esquemas e 
resumos para otimizar seu estudo, reunindo sempre as informações essenciais 
daquele ponto. 
 
A partir do estudo das últimas provas, bem como da reunião de toda a estatística 
prometo, de todo o meu coração: você terá o melhor curso preparatório para o INSS!!! 
 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 3 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
Ah, por falar nisso, lembra da nossa primeira aula e o que combinamos?! Não pode 
ficar com dúvida, seja ela qual for. Por isso, esteja à vontade para solucionar seus 
questionamentos e, se preferir, poderemos utilizar do facebook, acesse minha página 
(www.facebook.com/professorandrebarbieri), clique em curtir e, do que precisar, está 
em casa! 
 
Um grande abraço, ótimos estudos, sucesso em sua vida e fica com Deus!!! 
 
 
Prof. Barbieri 
 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 4 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
 
Assunto: Agentes Públicos 
Tema: Agentes Públicos (Teoria Geral) 
 
 
1. Conceito 
 
Vamos lá! Primeiro de tudo, quem é considerado agente público? 
 
Será agente público toda e qualquer pessoa que atue em nome do Estado. Em outras 
palavras, a compreensão é ampla e, dessa forma, quer seja com aprovação prévia 
em concurso público (ou não), de forma remunerada (ou não) e com vínculo duradouro 
(ou não), aquele que prestar um serviço ou exercer uma função, em nome do Estado, 
será considerado agente público. 
 
Um bom artigo para realizar a leitura é o artigo 2º da Lei 8.429/92 (Lei da Improbidade 
Administrativa): 
 
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que 
exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, 
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, 
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo 
anterior. 
 
Você deve perguntar: Barbieri, mas, como compreender esse tema tendo em vista um 
conceito tão amplo?! Pois é, por isso precisamos estudar a classificação e todos os 
seus desdobramentos. 
 
2. Classificação 
 
Dentro dos agentes públicos (gênero) temos três espécies (agentes políticos, agentes 
administrativos e particulares em colaboração com o Estado). 
 
Os Agentes Políticos são aqueles que exercem função política, ou seja, estão no 
topo da estrutura do Estado, possuem competência constitucional ou legal e, 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 5 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
geralmente, eleitos. Assim, serão considerados agentes políticos os eleitos, os 
secretários de Estado, os Ministros de Estado, os membros do Ministério Público e 
membros do Poder Judiciário 
 
Cuidado: A súmula vinculante n.º 13 (que fala do nepotismo) não se aplica aos 
agentes políticos, pois a nomeação, nesses casos, é um ato político. Lembra do 
exemplo que falei em sala? Se eu for o Governador do Estado a Clara, minha filha, 
pode sim ser nomeada para ser a Secretária de Estado. 
 
Os Agentes Administrativos estão ligados com o Estado por um vínculo e, 
justamente este vínculo é quem determina suas características. Assim, temos o 
celetista, o estatutário e o temporário. 
 
Celetista: O vínculo é contratual e os direitos e obrigações estão estabelecidos 
no contrato de emprego que firmou com o Estado. Muito cuidado porque jamais 
adquirem estabilidade. A súmula 390 do TST não é aplicada. O celetista é detentor 
de EMPREGO PÚBLICO. 
 
Estatutário: O vínculo é legal, uma vez que todos os direitos e obrigações 
estão estabelecidos na lei contrato, mas na Lei. AO contrário do celetista, o estatutário 
pode adquirir estabilidade. Mas, a parte ruim é que o estatutário não terá direito 
adquirido, pois, mudou a lei mudou o vínculo com o Estado. Podem adquirir 
estabilidade, mas cuidado que a estabilidade é somente para os detentores de cargos 
efetivos, não em cargos em comissão. Uma vez estável poderá perder a estabilidade 
por: PAD, avaliações periódicas de desempenho, sentença judicial transitada em 
julgada e o corte de despesa pública (artigo 169, §4º, CF). O estatutário é detentor de 
CARGO PÚBLICO. 
 
Cuidado: Lembrar que a licença prêmio não existe mais na esfera federal. 
 
Cuidado: o prazo de validade do concurso público é de ATÉ 2 anos, prorrogável uma 
única vez, por igual período. 
 
Temporários: contratados com base no artigo 37, IX, CF, sempre tendo em 
vista uma serviço temporário, com interesse público e prestado em hipóteses 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 6 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
excepcionais,ou seja, em momentos de anomalia. O temporário é detentor de 
FUNÇÃO PÚBLICA. 
 
Olha o que diz o artigo 37, inciso IX, da CF: 
 
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para 
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; 
 
Cuidado: Não pode contratar temporário no lugar da nomeação daquele aprovado 
mediante concurso público para exercer o mesmo cargo/função. 
 
Os Particulares em Colaboração com o Estado não possuem vínculo administrativo 
com o Estado (uma vez que são particulares), mas são considerados agentes públicos 
pois atuam em nome do Estado. Podem ser designados/honoríficos, voluntários, 
credenciados e delegados. 
 
3. Vitaliciedade e estabilidade 
 
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores 
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. 
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de 
lei complementar, assegurada ampla defesa. 
 
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos 
em lei complementar. 
(...) 
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, 
durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências: 
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em 
comissão e funções de confiança; 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 7 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
II - exoneração dos servidores não estáveis. 
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem 
suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar 
referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato 
normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o 
órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. 
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a 
indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço. 
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será 
considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com 
atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos. 
§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na 
efetivação do disposto no § 4º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 
1998) 
 
 
A vitaliciedade é somente para os membros da Magistratura, Ministério Público e 
Tribunal de Contas, tendo um prazo de estágio probatório de 2 anos. A vitaliciedade 
somente será perdida por sentença judicial transitada em julgado. 
 
Por sua vez, muito cuidado com a estabilidade, pois o prazo de estágio probatório 
passa a ser de 3 anos. Para adquirir a estabilidade precisa somar: aprovação prévia 
em concurso público (requisito óbvio) + 3 anos de exercício (estágio probatório) + 
avaliação especial de desempenho. 
 
Barbieri, quais são as hipóteses pelas quais se perde a estabilidade? 
A estabilidade pode ser perdida por sentença judicial transitada em julgado, PAD, 
avaliação periódica de desempenho e o corte de despesas públicas (artigo 169, §4º, 
CF). 
 
Cuidado: Existem duas avaliações de desempenho, quais sejam: a avaliação especial 
de desempenho que concede a estabilidade e a avaliação periódica de desempenho 
que, se reprovado, perderá a estabilidade. 
 
 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 8 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
4. Direito de greve e sindicalização do servidor 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, 
também, ao seguinte: 
(...) 
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; 
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei 
específica; 
 
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela 
Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas 
com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente 
da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes 
constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. 
(...) 
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-
lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: 
(...) 
IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; 
 
Tema fácil e muito importante. 
 
Vale lembrar que o servidor público civil tem direito de greve e de sindicalização. 
 
Cuidado: O militar não tem direito de greve e nem de sindicalização. 
 
Porém, quanto o direito de greve do servidor público civil, tal direito é garantido 
constitucionalmente, porém, até hoje não há norma que regulamente o exercício desse 
direito. Sendo assim, o STF mandou aplicar a lei geral de greve do particular para o 
servidor público civil, NAQUILO QUE FOR CABÍVEL! 
 
Lembra da nossa aula?! O servidor público civil ligado na prestação de um serviço 
público essencial não poderá paralisar a prestação desse serviço de forma completa. 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 9 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
Ex: um hospital público não pode paralisar integralmente suas atividades, pois, as 
cirurgias e atendimentos emergenciais deverão continuar. 
 
 
Assunto: Agentes Públicos 
Tema: Agentes Públicos (Lei 8.112/90) 
 
Assim inicia o texto da Lei 8.112/90: 
 
Art. 1o Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da 
União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações 
públicas federais. 
Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em 
cargo público. 
Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas 
na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. 
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são 
criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres 
públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão. 
Art. 4o É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em 
lei. 
 
1. Quais são os requisitos para ser servidor público federal? 
 
 Art. 5o São requisitos básicos para investidura em cargo público: 
 I - a nacionalidade brasileira; 
 II - o gozo dos direitos políticos; 
 III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
 IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
 V - a idade mínima de dezoito anos; 
 VI - aptidão física e mental.§ 1o As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos 
estabelecidos em lei. 
§ 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se 
inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 10 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão 
reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso. 
§ 3o As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais 
poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, 
de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei. 
 
Ser brasileiro (nato ou naturalizado) + 18 anos de idade + quitação militar e eleitoral + 
gozo dos direitos políticos + nível de escolaridade para o cargo + aptidão física e 
mental para o exercício do cargo 
 
Cuidado: o estrangeiro pode ingressar na Administração a partir das Universidades 
Públicas e Instituições de Pesquisas (Cientistas, Técnicos, Professores...), desde que 
respeite os requisitos da lei. 
 
Olha o que determina o artigo 37, Inciso I, da CF: 
 
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que 
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na 
forma da lei. 
 
2. Portadores de Deficiência (Necessidades Especiais) 
 
O máximo de reserva de vagas para quem tem necessidade especial (portador de 
deficiência) será de até 20 % das vagas. A lei 8.112/90 não fala do mínimo, por isso o 
STJ estabeleceu que o mínimo será de5% das vagas para o cargo. 
 
3. Provimentos 
 
a) Originário: é o primeiro provimento na carreira, não no serviço público. O único 
existente hoje no Brasil é a nomeação. 
 
Cuidado: A investidura no cargo se dá com a posse. 
 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 11 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
Cuidado: Uma vez nomeado tem o prazo máximo de 30 dias para tomar posse, 
inclusive com procuração com poderes específicos. Tomou posse, então tem até 15 
dias para entrar em exercício. 
 
Barbieri, o que acontece se: o servidor foi nomeado e não tomou posse? E se o 
servidor tomou posse, mas não entrou em exercício? No primeiro caso a 
nomeação fica sem efeito, no segundo caso o servidor será exonerado! Não caia na 
pegadinha que o servidor será “demitido”; lembre que a demissão (na Administração 
Pública) tem conteúdo de sanção/punição. 
 
b) Derivado: agora falamos da promoção, readaptação, reversão, reintegração, 
recondução e aproveitamento. 
 
Cuidado: A transferência e ascensão (acesso) foram declarados inconstitucionais. 
 
Promoção: alternadamente por antiguidade e merecimento. É o chamado 
provimento vertical. Precisa ter cargo vago. 
 
Readaptação: é o provimento horizontal e ocorre quando o servidor sofrer 
limitação na capacidade física ou mental. A readaptação não depende de cargo vago, 
pois fica como excedente. 
 
Reversão: é a volta do servidor aposentado. Quando não mais existir o motivo 
para a aposentadoria ocorrerá a reversão. O máximo da reversão é a idade de 70 
anos. 
 
Reintegração (tem que ser estável): é o retorno do cargo público do servidor 
em razão da anulação do ato de demissão. A reintegração, automaticamente, acarreta 
o direito do recebimento da verba indenizatória. 
 
Recondução (tem que ser estável): tanto pode acontecer quando estiver no 
contexto da reintegração como, também, não for apto no estágio probatório de outro 
cargo. Na recondução não existe indenização. 
 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 12 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
Aproveitamento (tem que ser estável): é o retorno daquele que estava em 
disponibilidade. 
 
Cuidado: A disponibilidade é remunerada proporcionalmente ao tempo de serviço do 
servidor. 
 
4. Vacância 
 
A promoção e a readaptação são hipóteses de vacância e, também, de provimento, as 
demais são: falecimento, aposentadoria, promoção, readaptação, demissão, 
exoneração e posse em outro cargo inacumulável. 
 
5. Acumulação lícita/remunerada na Administração Pública 
 
Vamos lembrar? A regra é que não pode acumular! 
 
Mas, excepcionalmente, desde que tenha disponibilidade de horário e respeite o teto 
remuneratório do STF é possível acumular nas seguintes hipóteses SOMENTE: 
 
1º. 2 cargos de professor; 
2º. 2 cargos da área da saúde, com profissão regulamentada; 
3º. 1 cargo de professor com outro cargo de técnico/pesquisador; 
4º 1 juiz + 1 professor 
5º 1 promotor + 1 professor 
6º 1 efetivo + 1 vereador 
 
6. Exercício de mandato eletivo 
 
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no 
exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: 
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de 
seu cargo, emprego ou função; 
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou 
função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 13 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, 
perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da 
remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a 
norma do inciso anterior; 
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato 
eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto 
para promoção por merecimento; 
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores 
serão determinados como se no exercício estivesse. 
 
Uma vez servidor e detentor de mandato eletivo a situação será assim: 
 
Se o mandato for federal, estadual ou distrital o servidor deverá se afastar do cargo 
e da respectiva remuneração e exercer o mandato. 
 
Se o mandato for municipal pode ser para prefeito ou para vereador. Se prefeito 
deverá se afastar do cargo e optar pela remuneração. Se vereador existirá um novo 
desdobramento: 
 
7. Remoção e redistribuição de cargos 
 
A Redistribuição é o deslocamento do cargo, ocupado ou vago, desde que seja 
dentro do mesmo Poder. A redistribuição ocorre sempre no interesse da Administração 
Pública. 
 
Cuidado: Não existe distribuição a pedido, pois o que se analisa é o cargo. 
 
Na Remoção ocorre o deslocamento do servidor dentro do mesmo quadro de carreira, 
podendo mudar de sede ou não. A remoção pode ser de ofício (no interesse da 
Administração) ou a pedido (a critério da Administração, mas a pedido do servidor). 
 
Cuidado: Como regra a remoção é sempre discricionária 
 
Lembra das nossas aulas?! Se existe regra é porque existe exceção! No caso da 
remoção existem 3 exceções, em outras palavras, o servidor vai pedirpara ser 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 14 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
removido e à Administração Pública deverá removê-lo. São essas as exceções 
mencionadas: 
 
1ª. Deslocamento do cônjuge do servidor que foi deslocado de ofício no 
interesse da Administração (desde que tenha coabitação e os dois sejam servidores). 
2ª. Por motivo de saúde do próprio servidor, do cônjuge ou de dependente 
econômico dele. 
 
3ª. Concurso de remoção (concurso interno realizado quando existem mais 
interessados na vaga do que vagas disponíveis). 
 
Vamos resolver questões... Olha como esse tema foi cobrado na prova de 2012 
(CESPE/UNB) 
 
01. Cargos públicos, segundo a Constituição Federal, 
(A) são preenchidos apenas por candidatos aprovados em concurso público de provas 
e títulos. 
(B) podem ser acumulados, inclusive de forma remunerada, na hipótese de serem dois 
cargos de professor com outro, técnico ou científico, desde que haja compatibilidade 
de horários. 
(C) impedem que o servidor público civil exerça o direito à livre associação sindical. 
(D) em nenhuma hipótese são acessíveis a estrangeiros. 
(E) proporcionam estabilidade ao servidor nomeado em caráter efetivo, após três anos 
de efetivo exercício e mediante avaliação especial de desempenho por comissão 
instituída para essa finalidade. 
 
COMENTÁRIOS... 
 
01. Letra B. Literalidade da Constituição Federal.... Artigo 37, inciso XVI, CF. 
 
Agora, vamos resolver questões do CESPE/UNB e da FCC sobre os assuntos 
estudados... Lembre-se: todas as questões são das provas desse ano (2014), ou 
seja, temos aqui uma tendência de cobrança na sua prova do INSS!!! 
 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 15 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
01. Acerca dos agentes públicos e do processo administrativo disciplinar, julgue o item 
seguinte. 
A promoção, a readaptação e a posse em outro cargo inacumulável incluem-se entre 
os fatos que geram a situação de vacância do cargo público. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
02. No que concerne ao regime jurídico do servidor público federal, julgue os próximos 
itens. 
A nomeação para cargo de provimento efetivo será realizada mediante prévia 
habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos ou, em algumas 
situações excepcionais, por livre escolha da autoridade competente. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
03. Em relação ao regime jurídico dos servidores públicos federais, julgue os itens 
subsequentes. 
A posse do servidor público nomeado, que pode ocorrer mediante procuração 
específica, deve acontecer no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de 
provimento, sendo, ainda, conferidos ao servidor mais trinta dias para entrar em 
exercício no cargo. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
04. Claudio, servidor público federal ocupante de cargo efetivo, foi colocado em 
disponibilidade em face da extinção do órgão no qual estava lotado. Posteriormente, o 
Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinou o imediato provimento, por 
Cláudio, de vaga aberta junto a outro órgão da Administração pública federal. De 
acordo com as disposições da Lei no8.112/90, referida situação caracteriza 
a) aproveitamento, cabível desde que se trate de cargo com vencimentos e atribuições 
compatíveis com o anteriormente ocupado pelo servidor. 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 16 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
b) recondução, obrigatória apenas se o servidor estiver em disponibilidade há menos 
de 5 (cinco) anos. 
c) reintegração, somente obrigatória em se tratando de órgão sucessor do extinto nas 
respectivas atribuições. 
d) reversão, facultativa para o servidor, que poderá optar por permanecer em 
disponibilidade, recebendo 50% (cinquenta por cento) de seus vencimentos. 
e) redistribuição, obrigatória para o servidor, independentemente dos vencimentos do 
novo cargo. 
 
 
COMENTÁRIOS... 
 
01. Certo. Texto de lei da 8.112/90. Lembra que essa questão é sempre cobrada, 
tanto pela CESPE quanto pela FCC. 
 
02. Errado. Nomeação em cargo de provimento efetivo é sempre mediante aprovação 
em concurso público. 
 
03. Errado. Para entrar em exercício o prazo é de 15 dias. 
 
04. Letra A. É o conceito de aproveitamento... Aquele que estava em disponibilidade e 
foi chamado para retornar à prestação do serviço pela Administração Pública. 
 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 17 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
Assunto: Agentes Públicos 
Tema: Agentes Públicos (Lei 8.112/90 e o Regime Disciplinar) 
 
1. Introdução 
 
Vamos lá! Na Lei 8.112/90 é de fundamental importância compreender todos os 
desdobramentos do Regime Disciplinar, ou seja, compreender o artigo 116 e 
seguintes, bem como todos os seus reflexos. Não esqueça: os temas mais cobrados 
da Lei 8.112/90 são: a parte inicial (vai até remoção e redistribuição) e a parte do 
regime disciplinar (começa no artigo 116). Por já estudarmos a parte inicial, cumpre 
iniciarmos o estudo do regime disciplinar. Para uma melhor compreensão faremos a 
leitura da “Teoria Geral do Regime Disciplinar” para, posteriormente, compreender as 
espécies sancionatórias. 
 
2. Teoria Geral do Regime Disciplinar 
 
a) Verdade Sabida: primeiramente, lembre-se: a verdade sabida é 
INCONSTITUCIONAL!!! Como assim, Barbieri? 
O Instituto da verdade sabida nada mais é do que, perante um flagrante da prática de 
uma irregularidade pelo agente público, este seria automaticamente punido. Ou seja, 
já que o agente foi flagrado praticando o ato irregular/ilícito, não haveria razão para ele 
se defender no processo. 
É facilmente perceptível que esse instituto ofende todas as garantias constitucionais e, 
por isso, não é mais aplicado, tendo inclusive sendo declarado inconstitucional pelo 
STF. 
A conclusão imediata é: se o servidor for punido com a pena mais branda, qual seja, 
advertência, ainda assim deverá ter a garantia do devido processo legal. 
 
Cuidado: para toda e qualquer possível sanção a ser aplicada ao agente é, 
obrigatória, a garantia prévia do devido processo legal, mesmo que seja para aplicar 
uma pena branda ou que tenha sido o agente flagrado praticando o ato irregular/ilícito. 
Qualquer pena aplicada sem o devido processo legal será uma sanção nula. 
 
b) Devido processo legal: é a grande garantia/princípio processual, estando no artigo 
5º, inciso LIV, da CF, bem como no artigo 2º da Lei 9.784/99. 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 18 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
O devido processo legal determina que ninguém poderá perder seus bens ou ser 
privado de sua liberdade sem antes ter a garantia da defesa e, claro, com todos os 
meios legítimos para tal. Assim,junto com o devido processo legal temos os 
desdobramentos no princípio do contraditório (também chamado de audiência 
bilateral, pois, uma parte acusa e a outra tem o direito de defesa) e no princípio da 
ampla defesa (dentro do processo deve a parte se defender com todos os meios de 
prova permitidos: prova testemunhal, perícias, documentos, depoimento pessoal, 
dentre outros). 
A ampla defesa sofre um desdobramento, qual seja: autodefesa (é o direito daquele 
que está sendo processado apresentar defesa antes da decisão final) e defesa técnica 
(aquela realizada pelo advogado). É muito importante lembrar que o devido processo 
legal é aplicado tanto no processo judicial quanto no processo administrativo, porém, 
muito cuidado, pois a defesa técnica (aquela realizada pelo advogado), não é mais 
obrigatória no processo administrativo. 
 
Cuidado: a Súmula Vinculante n.º 05 garante que a ausência de defesa técnica no 
processo administrativo disciplinar não ofende o texto constitucional. Em outras 
palavras: na esfera administrativa o advogado é PRESCINDÍVEL (se quiser contratar 
pode, mas, se não tiver advogado para realizar a defesa administrativa isso não 
acarreta a nulidade do processo administrativo disciplinar.). 
 
c) Sindicância x PAD: muito cuidado que a sindicância não se confunde com o 
processo administrativo disciplinar. Vamos lá... 
Uma vez instaurada a sindicância ela pode ter três resultados possíveis: 1º. 
Arquivamento, pois não existiu qualquer irregularidade, uma vez que era apenas uma 
fofoca; 2º. Aplicar a sanção de advertência ou suspensão. 3º. Para penas graves 
(demissão, cassação de aposentadoria...) a sindicância deverá ser convertida em 
PAD. 
 
Cuidado: a suspensão do servidor público vai de 1 até 90 dias, se a sindicância 
aplicar a suspensão será de, no máximo, 30 dias. Em outras palavras, a sindicância 
pode, perfeitamente aplicar sanções, desde que seja advertência ou suspensão de até 
30 dias. 
 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 19 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
Barbieri, uma suspensão de 31 dias deve ser feita por...? PAD!!! Por sindicância 
somente advertência ou suspensão de até 30 dias! 
 
Porém, existe outra diferença entre a sindicância e o PAD? Sim, quanto ao prazo. A 
sindicância deve durar até 30 dias, podendo ser prorrogada por mais 30 dias. Já, o 
PAD deve durar até 60 dias, podendo ser prorrogado por mais 60 dias, além de mais 
20 dias para à autoridade julgar. Enquanto a sindicância pode alcançar até 60 dias, o 
PAD pode alcançar até 140 dias. Lembra, por favor, que o extrapolar desses prazos 
não causa nulidade. 
 
d) Revelia: muito cuidado...muito cuidado mesmo! A revelia deve sempre ser 
analisada em duas partes: o instituto em si e os efeitos. Vamos por etapas... O instituto 
da revelia determina que o servidor que responde ao processo e, regularmente citado, 
não apresenta defesa, não mais será notificado ou informado de qualquer outro ato 
processual... Ou seja, o processo administrativo caminhará sem a sua presença. Já, 
quanto aos efeitos, aquele que não apresentar defesa terá contra si presunção de que 
tudo aquilo pelo qual foi acusado será verdade. Vamos ao exemplo: imagine que um 
servidor foi acusado da prática de corrupção. Instaurando o PAD ele foi regularmente 
notificado, porém, não apresentou defesa e/ou compareceu para dar suas explicações. 
O que acontecerá? Será aplicado o instituto da revelia, assim, o processo 
administrativo caminhará sem que novas notificações sejam feitas ao investigado. 
Porém, a grande pegadinha é quanto aos efeitos da revelia. Lembra: no PAD existe 
sim o instituto da revelia, porém JAMAIS SERÃO APLICADOS OS EFEITOS DA 
REVELIA! Como assim? Aquele servidor que não apresentou defesa será declarado 
revel, contudo, à Administração Pública não presumirá que, de fato, ele é um corrupto. 
Então, na prática, como faz? Será nomeado um outro servidor para defender os 
interesses daquele que está sendo processado e, ao final, poderá ser condenado ou 
não. Barbieri, e na hora da prova, como faço para lembrar? Muito fácil!!! Na esfera 
administrativa existe o instituto da revelia, mas NÃO EXISTE OS EFEITOS DA 
REVELIA! Pronto!  
 
e) Prescrição: por mais culpado que alguém seja, o Estado tem um prazo para 
processar e, se for o caso, punir esse indivíduo. Assim, de forma bem simples, o prazo 
prescricional é o intervalo de tempo que à Administração Pública tem para processar e 
julgar o servidor que praticou um ato irregular/ilícito. Porém, a pergunta na prova será 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 20 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
outra: quando é que começa a contar o prazo prescricional? Começa no momento em 
que o ato foi praticado? Começa no momento em que à Administração Pública tomou 
conhecimento? E agora, José?! Olha que fácil... Na esfera administrativa o prazo 
prescricional sempre será contado do momento em que à Administração Pública 
tomou conhecimento! Vamos ao exemplo: imagina que o Zezinho, servidor público, 
praticou improbidade administrativa no ano de 2012. Porém, à Administração Pública 
tomou conhecimento somente em março de 2014. Pergunta: quando começou a 
contar o prazo prescricional para o Zezinho ser processado e demitido? Em março de 
2014, pois foi a data em que à Administração Pública tomou conhecimento do ato 
ilícito. 
 
 Art. 142. A ação disciplinar prescreverá: 
 I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, 
cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em 
comissão; 
 II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; 
 III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência. 
 § 1o O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se 
tornou conhecido. 
 § 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações 
disciplinares capituladas também como crime. 
 § 3o A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar 
interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente. 
 § 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir 
do dia em que cessar a interrupção. 
 
f) Reformatio in pejus: já ouviu falar num cara chamado Murphy? Isso mesmo, o 
responsável pela famosa Lei de Murphy: “se alguma coisa pode dar errado, dará.”. 
Então, a reformatio in pejus é a lei de Murphy aplicada no processo administrativo, 
pois aquilo que já estava ruim...ficará pior! Tenha cuidado com o comparativo entre o 
processo judicial e o processo administrativo. A reformatio in pejus existe no processo 
administrativo, mas NÃO EXISTE NO PROCESSO JUDICIAL. Assim, imagine que o 
servidor foi punido, no PAD, com uma pena de 35 dias de suspensão. Inconformado 
ele recorreu e, adivinha?! A pena passou de 35 dias para 55 dias de suspensão! Essa 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 21 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
é a reforma para piorar, ou seja, a reformatio in pejus. Sobre o outro desdobramento 
da reformatio in pejus verifique o item abaixo. 
 
g) Recurso administrativo x Revisãodo processo administrativo: agora sim! 
Pensa uma questão que, quando cobrada, derruba quase todo mundo! Fica esperto... 
Lembra da reformatio in pejus? Então, ela existe somente no recurso administrativo. 
Assim, lembre-se: NÃO EXISTE REFORMATIO IN PEJUS NA REVISÃO DO 
PROCESSO ADMINISTRATIVO. Porém, quais são as reais características e 
distinções entre o recurso e a revisão. Vamos lá... O recurso administrativo é utilizado 
contra uma decisão, uma vez que o processo administrativo está em curso, enquanto 
que a revisão do processo administrativo, como o próprio nome diz, revisa o processo 
em si, pois ele já encerrou. Para recorrer basta uma contrariedade, para revisar 
precisa do fato novo, ou seja, aquela circunstância que, não apreciada no processo, 
pode influenciar em nova decisão. Para recorrer tem prazo, para revisão não tem 
prazo e, mesmo depois do falecimento do servidor apenado, poderá, por exemplo, a 
viúva ingressar com a revisão, desde que exista um fato novo. A decisão do recurso 
administrativo pode ter três possíveis desfechos: 1ª. Manutenção da decisão recorrida; 
2ª. A decisão recorrida foi modificada a favor do servidor; 3ª. A decisão recorrida foi 
modificada contrariamente aos interesses do servidor, ou seja, o que estava ruim ficou 
pior (é a reformatio in pejus!). Já, a decisão da revisão do processo administrativo 
pode ter dois possíveis desfechos: 1ª. Manutenção da decisão revisada; 2ª. A decisão 
revisada foi modificada a favor do servidor. Ou seja, na revisão do processo 
administrativo NÃO EXISTE A REFORMATIO IN PEJUS. 
 
h) Proibição de prova ilícita: tanto no processo administrativo quanto no processo 
judicial as provas ilícitas NÃO PODEM SER UTILIZADAS!!! Se o tema for cobrado na 
sua prova pode ter certeza que a banca examinadora vai tentar lhe induzir ao erro com 
algum tipo de exceção! Lembre-se: PROVAS ILÍCITAS SÃO PROIBIDAS!!! 
 
i) Duração razoável do processo: o mesmo raciocínio do item acima vale para esse, 
porém, invertido. Agora, a duração razoável do processo é aplicada tanto ao processo 
administrativo quanto ao processo judicial! Barbieri, tá bom, mas, na prática, qual é o 
tempo da duração razoável do processo? Adivinha? Não tem! Então, para a prova, 
você precisa lembrar que a duração razoável é aplicada... 
 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 22 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
j) Comissão do PAD: a comissão do processo administrativo disciplinar deve ser 
formada por 3 servidores estáveis (se for PAD sumário bastam dois servidores 
estáveis). A estabilidade dos membros da comissão é uma garantia de quem estiver 
sendo processado, pois, dessa forma, não serão influenciados ou direcionados para 
decidir de uma certa forma. Lembre-se: se na comissão do PAD existir algum servidor 
que não tenha estabilidade a decisão será nula! Então, cuidado se a comissão do PAD 
tiver um servidor em cargo em comissão ou um servidor em estágio probatório, ok?! 
 
k) Esferas sancionatórias: quando o agente público praticar um ato irregular/ilícito 
poderá responder em três esferas sancionatórias. Dessa forma, poderá receber uma 
sanção civil, uma sanção penal e uma sanção administrativa. Eis que você pode me 
perguntar: Barbieri, essas três esferas devem, necessariamente, serem aplicadas em 
conjunto? Não. Deve ser visualizado o caso concreto, uma vez que pode ser aplicada 
uma sanção, duas ou, até mesmo, as três sanções de forma cumulativa. Daí, você me 
faz a segunda pergunta: Barbieri, mas se mais de uma sanção for aplicada para o 
mesmo ato irregular/ilícito existirá bis in idem (quando alguém é punido duas vezes 
pelo mesmo fato)? Não! Sendo assim, se o servidor for punido nas três esferas, sendo 
legítimas as punições, não há que se falar em bis in idem. Então, é importante lembrar 
que a regra é que as esferas sancionatórias são autônomas (cada uma caminha por si 
só) e independentes (o resultado de uma não interfere no resultado da outra). Porém, 
quando existe regra é porque também existirá a exceção... Nesse caso, a exceção fica 
por conta da esfera penal que, a depender do caso, pode vincular a esfera 
administrativa. Quando isso acontecerá? Quando ocorrer uma absolvição na esfera 
penal por inexistência de materialidade (absolvido porque não existiu o crime) ou 
negativa de autoria (absolvido porque não foi o autor do crime, mesmo que o crime 
tenha ocorrido) esse resultado vinculará a esfera administrativa e somente a esfera 
administrativa (a esfera civil não sofre qualquer vinculação!). Muito importante lembrar 
que não é toda e qualquer absolvição na esfera penal que vincula a esfera 
administrativa, mas, tão somente as absolvições ditas acima! Sendo assim, se o 
servidor for absolvido por ausência de provas (in dubio pro reo) ou por prescrição, isso 
em nada vincula a esfera administrativa! 
 
 Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo 
exercício irregular de suas atribuições. 
 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 23 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
 Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, 
doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. 
 § 1o A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente 
será liquidada na forma prevista no art. 46, na falta de outros bens que 
assegurem a execução do débito pela via judicial. 
 § 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor 
perante a Fazenda Pública, em ação regressiva. 
 § 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra 
eles será executada, até o limite do valor da herança recebida. 
 
 Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções 
imputadas ao servidor, nessa qualidade. 
 
 Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou 
comissivo praticado no desempenho do cargo ou função. 
 
 Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, 
sendo independentes entre si. 
 
 Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no 
caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. 
 
 Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou 
administrativamente por dar ciência à autoridade superior ou, quando houver 
suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade competente para apuração 
de informação concernente à prática de crimes ou improbidade de que tenha 
conhecimento, ainda que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou 
função pública 
 
 
2. Dos Deveres e das Proibições 
 
Muito cuidado com os artigos 116 (deveres) E 117 (proibições) da Lei 8.112/90. 
Lembre-se que que o artigo 116 fafla dos deveres genéricos e, sendo assim, cuidado 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 24 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
com o inciso IV, porque o servidor deve obedecer as ordens do superior hierárquico, 
salvo quando elas forem manifestamente ilegais. 
 
 Art. 116. São deveres do servidor: 
 I - exercer com zelo e dedicaçãoas atribuições do cargo; 
 II - ser leal às instituições a que servir; 
 III - observar as normas legais e regulamentares; 
 IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; 
 V - atender com presteza: 
 a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas 
as protegidas por sigilo; 
 b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou 
esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
 c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. 
 VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao 
conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de 
envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para 
apuração; 
 VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; 
 VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; 
 IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; 
 X - ser assíduo e pontual ao serviço; 
 XI - tratar com urbanidade as pessoas; 
 XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 
 Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será 
encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela 
contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa. 
 
Já, no artigo 117 temos as infrações e, assim, a ofensa a qualquer desses incisos 
acarretará em sanção. A Lei 8.112/90 expressamente definiu quais são as sanções 
aplicadas a cada conduta, são elas: 
 
 Art. 117. Ao servidor é proibido: 
 I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do 
chefe imediato; 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 25 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
 II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer 
documento ou objeto da repartição; 
 III - recusar fé a documentos públicos; 
 IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo 
ou execução de serviço; 
 V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da 
repartição; 
 VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em 
lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu 
subordinado; 
 VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação 
profissional ou sindical, ou a partido político; 
 VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, 
cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; 
 IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em 
detrimento da dignidade da função pública; 
 X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, 
personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de 
acionista, cotista ou comanditário; 
 XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, 
salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes 
até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; 
 XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer 
espécie, em razão de suas atribuições; 
 XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; 
 XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; 
 XV - proceder de forma desidiosa; 
 XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou 
atividades particulares; 
 XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, 
exceto em situações de emergência e transitórias; 
 XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o 
exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; 
 XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 26 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
 Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo 
não se aplica nos seguintes casos: 
 I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou 
entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no 
capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a 
seus membros; e 
 II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 
91 desta Lei, observada a legislação sobre conflito de interesses. 
 
Cuidado: Para uma melhor visualização das sanções que resultarão da inobservância 
das proibições acima, segue uma tabelinha: 
 
Do inciso I ao VIII resulta em advertência. 
Do inciso IX ao XVI resulta na demissão (+ artigo 132) 
Do inciso XVII ao XVIII resulta em suspensão. 
Inciso XIX resulta advertência 
 
3. Espécies sancionatórias 
 
 Art. 127. São penalidades disciplinares: 
 I - advertência; 
 II - suspensão; 
 III - demissão; 
 IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
 V - destituição de cargo em comissão; 
 VI - destituição de função comissionada. 
 
Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a 
gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço 
público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes 
funcionais. 
 
Demissão: a competência para demitir o servidor é do chefe do poder ao qual o 
servidor está vinculado. Tenha muito cuidado porque essa competência é delegável, 
ou seja, é perfeitamente possível que o Presidente da República delegue ao Ministro 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 27 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
(da respectiva pasta) a competência para demitir o servidor. Ex: O Presidente delega 
ao Ministro da Justiça a competência para assinar o ato demissional do agente da 
Polícia Federal. A prescrição é de 5 anos. 
 
Cuidado: tanto o abandono de cargo quanto à inassiduidade habitual acarretam a 
demissão, porém, no abandono é preciso ter + de 30 faltas consecutivas 
(injustificadas) e na inassiduidade é preciso ter 60 faltas interpoladas (durante 12 
meses). 
 
Cassação de aposentadoria/disponibilidade: ocorrerá a cassação da aposentadoria 
sempre que o servidor aposentado tiver praticado, na ativa, falta punível com 
demissão. O mesmo vale para o servidor que está em disponibilidade (o cargo foi 
extinto e o servidor está em disponibilidade, por exemplo). Além disso, seguem as 
mesmas regras válidas para a pena de demissão. 
 
Destituição de Cargo em Comissão e de Função de Confiança: não confuda 
destituição (que tem caráter de pena) com a exoneração (que não possui caráter de 
pena). A exoneração é sempre livre, mas a destituição é penalidade e, assim, depende 
de processo. 
 
Será destituído o servidor que praticar qualquer conduta apenada com demissão ou 
suspensão. 
 
Cuidado: não existe suspensa do servidor que ocupa cargo em comissão. 
 
A prescrição é de 5 anos e será competente para aplicara pena à autoridade que 
nomeou. 
 
Suspensão: o prazo máximo de suspensão é de 90 dias. 
 
Cuidado: pode à Administração Pública substituir a penalidade da suspensão por 50% 
da remuneração do servidor. 
 
Cuidado: a reincidencia na advertencia gera a suspensão, porém, a reincidência na 
suspensão não gera demissão automática. 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 28 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
Cuidado: o servidor que não se submeter a inspeção médica será suspensão por 15 
dias. 
 
A prescrição na suspensão ocorre em 2 anos e a competência para aplicar a 
pensalidade vai depender do tempo de sanção: para suspensão de até 30 dias basta o 
chefe da repartição aplicar a sanção; para supensão de 31 dias até 90 dias será de 
competência da autoridade imediatamente inferior daquela que aplica demissão. 
Exemplo: na esfera do Poder Executivo Federal quem aplica a demissão é o 
Presidente da República, logo, quem suspenderia o servidor por mais de 30 dias seria 
o Ministro. 
 
Cuidado: a suspensão por até 30 dias do servidor pode ser por sindicância, contudo, 
se a suspensão for de 31 dias até 90 dias, somente por PAD. 
 
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas 
com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração 
sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias. 
 § 1o Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, 
injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada 
pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez 
cumprida a determinação. 
 § 2o Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de 
suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por 
cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a 
permanecer em serviço. 
 
Advertência: é cabível para as irrgularidas brandas. O prazo prescricional é de 180 
dias e a competencia para aplicar a penalidade é do próprio chefe da repartição. 
 
Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de 
proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de 
dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não 
justifique imposição de penalidade mais grave. 
 
 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 29 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
Vamos treinar com as questões do CESPE/UNB e FCC 
 
01. Determinado servidor público federal, que responde a processo administrativo 
disciplinar, requereu sua aposentadoria voluntária, e a administração pública indeferiu-
lhe o pedido. Nessa situação, o indeferimento do pleito está de acordo com a 
legislação de regência, pois o servidor que responde a processo disciplinar somente 
poderá ser aposentado voluntariamente após a conclusão do processo e o 
cumprimento da penalidade eventualmente aplicada. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
02. Acerca dos agentes públicos e do processo administrativo disciplinar, julgue o item 
seguinte. 
A instauração de processo administrativo disciplinar é obrigatória para a aplicação das 
penas de suspensão por mais de trinta dias, demissão, cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade e destituição de cargo em comissão 
( ) Certo ( ) Errado 
 
03. Em relação ao controle e à responsabilidade civil da administração, julgue os itens 
subsequentes. 
Uma infração administrativa de impontualidade de um servidor causa a sua 
responsabilidade administrativa e também acarreta sua responsabilidade penal. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
04. Com referência aos agentes administrativos, julgue os itens subsequentes. 
Um dos fundamentos aptos a ensejar a revisão do processo disciplinar é a alegação e 
a demonstração da injustiça na aplicação da pena. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 30 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
05. Mediante portaria ministerial, um ministro de Estado determinou a demissão de um 
funcionário do cargo de servidor público, com restrição do seu retorno ao serviço 
público federal, devido ao fato de este ter praticado ato de improbidade administrativa 
e ter-se valido do cargo para lograr proveito pessoal. 
Com base nessa situação hipotética, julgue os itens que se seguem. 
Não gera nulidade do ato administrativo o fato de o servidor processado, apesar de 
intimado, não se fazer acompanhar por advogado no momento do seu interrogatório. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
COMENTÁRIOS... 
 
01. Certo. Artigo 172, da Lei 8.112/90 
 
02. Certo. Artigo 146, da Lei 8.112/90 
 
03. Errado. Chegar atrasado não é crime. 
 
04. Errado. Artigos 174 e 176, da Lei 8.112/90 
 
05. Certo. Súmula Vinculante n.º 05, STF. 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 31 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
Assunto: Princípios do Direito Administrativo 
Tema: Princípios Constitucionais e Infraconstitucionais 
 
1. Introdução 
 
SALVE, SALVE FUTURO APROVADO NO INSS!!! Vamos lá! 
Compreender os Princípios do Direito Administrativo é tema de fundamental 
importância por, no mínimo, duas razões: primeiro, porque podem surgir perguntas 
específicas sobre o tema, segundo, porque a partir da compreensão desse assunto 
poderemos resolver questões das mais diversas na prova, pois todo o sistema do 
Direito Administrativo já foi entendido. 
 
2. Princípios Constitucionais 
 
Assim determina o artigo 37, “caput”, da CF: 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, 
também, ao seguinte: 
 
a) Legalidade: a legalidade pública é sempre restritiva, ou seja, o administrador só 
pode fazer o que a lei permitir, aquilo que a lei determinar. Assim, o administrador está 
subordinado à lei, somente podendo atuar nos termos da lei e conforme a lei. Sendo 
assim, administrar é aplicar a lei de ofício. Lembre-se: se a lei nada afirmar o 
administrador não pode atuar. 
 
Pergunta: Barbieri, legalidade se confunde com reserva de lei? Não! Quando a 
Constituição Federal determina que um assunto x seja abordado por lei complementar 
isso é a reserva de lei. Ex: no artigo 37, inciso XIX, da CF, a lei complementar é a 
responsável por definir o campo de atuação da fundação pública. 
 
b) Impessoalidade: esse princípio se desdobra em três reflexos, quais sejam: 1º. 
Garantia da Sociedade; 2º. Artigo 37, §1º, CF e, 3º. Garantia do Agente Público. No 
primeiro caso o administrador não pode discriminar, nem privilegiar ninguém, ou seja, 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 32 de 52Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
todos devem ser tratados com isonomia/igualdade. No segundo caso é proibido ao 
agente público se autopromover com a coisa pública. No terceiro caso, agora uma 
garantia do agente público, pois, quando ele atuar exercendo a função e causar um 
dano ao particular deverá o Estado responder. 
 
Resumo: A impessoalidade acaba por impor três reflexos, quais sejam: não privilegiar 
ou prejudicar ninguém, não se autopromover com a utilização da coisa pública e, na 
responsabilidade civil, o dano praticado pelo agente público, no exercício da função, 
acarreta a responsabilidade do Estado, não do agente, no primeiro momento. 
 
Pergunta: Barbieri, a Súmula Vinculante 13 se aplica a todos os agentes públicos? 
Não! Não se aplica aos agentes políticos e nem ao grau de parentesco de primo. 
 
c) Moralidade: é a probidade, a honestidade, a boa-fé, ou seja, não desejamos o 
corrupto. Muito cuidado que não se confunde com a moralidade social. 
 
Pergunta: uma saia curta ou um decote ofende a moralidade pública? Não. A 
moralidade comum/social não se confunde com a moralidade pública. 
 
d) Publicidade: é sempre a regra na Administração Pública, ou seja, o Estado tem o 
dever de revestir seus atos com a publicidade. Em outras palavras, como regra, 
afastamos os atos secretos. Porém, como exceção, temos: a segurança do Estado, a 
segurança da Sociedade e a intimidade/privacidade dos indivíduos. A publicidade não 
se confunde com a publicação, pois esta é espécie da qual aquela é o gênero. Assim, 
a publicidade exterioriza alguns efeitos clássicos: i) contagem do prazo; ii) controle da 
legalidade e iii) exigibilidade da conduta. 
 
Pergunta: Publicidade é sinônimo de publicação? Não! O primeiro é gênero e o 
segundo é espécie. 
 
e) Eficiência: passou a ser expressamente contido na Constituição Federal com a 
Emenda Constitucional n.º 19/98. Assim, eficiência será sempre o alcance do máximo 
de resultado com o menor custo possível. Importante lembrar que a eficiência não 
requer, para sua aplicação, a existência de lei, pois possui aplicação imediata, 
irradiando-se como regra para o Estado e para todos os agentes públicos. 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 33 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
 
Pergunta: A avaliação especial de desempenho para adquirir ou perder a garantia da 
estabilidade. 
 
Lembrete: O atual modelo de administração pública brasileira é o modelo gerencial. 
 
3. Princípios infraconstitucionais 
 
Sobre os princípios infraconstitucionais é de fundamental importância compreender o 
artigo 2º, da Lei 9.784/99. 
 
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da 
legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, 
ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. 
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, 
os critérios de: 
I - atuação conforme a lei e o Direito; 
II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de 
poderes ou competências, salvo autorização em lei; 
III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção 
pessoal de agentes ou autoridades; 
IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé; 
V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo 
previstas na Constituição; 
VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições 
e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento 
do interesse público; 
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a 
decisão; 
VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos 
administrados; 
IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de 
certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados; 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 34 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à 
produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam 
resultar sanções e nas situações de litígio; 
XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas 
em lei; 
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação 
dos interessados; 
XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o 
atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova 
interpretação. 
 
a) Supremacia do interesse público sobre o privado: O Estado pode restringir 
direitos individuais em benefício da coletividade. Assim, o Estado possui prerrogativas 
que não são estendidas ao particular. Ex: desapropriação, requisição, tombamento, 
dentre outas. 
 
Pergunta: Todo interesse público será sempre supremo em face do interesse do 
particular? Não! Somente o Interesse público primário prepondera ao interesse do 
particular. Lembre-se que o interesse público não prepondera contra o particular. 
 
b) Indisponibilidade do interesse público: o limite da supremacia do interesse 
público é encontrado na indisponibilidade do interesse público, assim, enquanto 
aquele concede prerrogativas, este impõe limitações à atuação estatal. Assim, o 
administrador não pode abrir mão do interesse público para buscar o interesse do 
particular. 
 
Cuidado: A supremacia do interesse público e a indisponibilidade são considerados 
os dois grandes princípios do Direito Administrativo, razão pela qual são 
complementares. 
 
Lembrete: Se o Estado for condenado ao pagamento de R$ 100,00 (cem reais) de 
indenização ao particular, DEVERÁ ingressar com à ação regressiva contra o agente 
público causador do dano. 
 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 35 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
c) Devido processo legal: O devido processo legal determina que ninguém poderá 
perder os seus bens ou sua liberdade sem a garantia do devido processo legal. Assim, 
mesmo que esteja na Constituição Federal (artigo 5º, inciso LIV), a cobrança acaba 
por recair nos aspectos infraconstitucionais. O devido processo legal se desdobra em: 
contraditório e ampla defesa. O contraditório é à audiência bilateral, onde uma parte 
acusa e a outra rebate, uma afirma e a outra se defende. Já, para a ampla defesa todo 
e qualquer meio de defesa (legítimo) pode ser utilizado no processo, tais quais: provas 
documentais, provas periciais, testemunhas...A ampla defesa, por sua vez, se 
manifesta como o direito de defesa prévia/autodefesa, ou seja, o particular tem direito 
de se manifestar anteriormente à uma decisão que o imponha uma lesão. A defesa 
técnica também faz parte da ampla defesa, porém, no processo administrativo, a 
ausência do advogado não viola tal princípio, pois, com a súmula vinculante n.º 05 a 
figura do advogado passou a ser prescindível. 
e) Proporcionalidade: meios e fins 
 
d) Razoabilidade: é a noção de equilíbrio, ou seja, todae qualquer decisão 
extremada deverá ser afastada. Cuidado, na prova pode ser cobrada uma distinção 
entre razoabilidade e proporcionalidade. 
 
Lembrete: a razoabilidade é sempre a noção do equilíbrio. 
 
e) Proporcionalidade: é a relação entre meios e fins, ou seja, o meio escolhido deve 
ser adequado ao fim pretendido. 
 
f) isonomia: devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na 
exata medida da desigualdade. Assim, a depender do caso concreto, os editais de 
concursos públicos podem discriminar sim, desde que a discriminação seja 
proporcional, ou seja, compatível com a prestação do serviço. Ex: forças de segurança 
limitam o acesso quanto ao critério da idade. Claro, como regra, se o exercício da 
atividade for comum, não poderá o edital do concurso restringir o acesso de homens 
ou mulheres. 
 
g) Impulso Oficial/Oficialidade: à Administração Pública pode atuar de ofício, assim 
como também pode atuar por provocação do interessado. Porém, quando 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 36 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
comparamos com o Poder Judiciário, este somente pode atuar por provocação do 
interessado, pois a jurisdição é inerte. 
 
h) Gratuidade: os atos da Administração Pública devem ser gratuitos, nos termos da 
Súmula Vinculante n.º 21, pois não podemos admitir a cobrança de custas, por 
exemplo, para à admissibilidade do recurso administrativo. 
 
i) Segurança Jurídica: novas interpretações por parte da Administração Pública não 
podem retroagir, ou seja, não podem ir ao passado. 
 
Lembrete: a ofensa a qualquer princípio da Administração Pública gera a 
possibilidade de responder por ato de improbidade administrativa - Lei de Improbidade 
Administrativa – artigo 11. 
 
 
Vamos treinar com as questões já cobradas nas provas do INSS 
 
01. Em relação à organização administrativa do estado brasileiro e aos princípios 
administrativos, julgue os itens a seguir 
Dado o princípio da legalidade, os agentes públicos devem, além de observar os 
preceitos contidos nas leis em sentido estrito, atuar em conformidade com outros 
instrumentos normativos existentes no ordenamento jurídico nacional. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
02. Acerca do regime jurídico-administrativo e dos princípios jurídicos que amparam a 
administração pública, julgue os itens seguintes. 
O atendimento ao princípio da eficiência administrativa autoriza a atuação de servidor 
público em desconformidade com a regra legal, desde que haja a comprovação do 
atingimento da eficácia na prestação do serviço público correspondente. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 37 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
03. No que se refere aos poderes e princípios da administração pública, assinale: 
a) O estágio probatório configura exemplo de instituto relacionado ao princípio da 
eficiência, norteador da atuação administrativa. 
b) O princípio da moralidade administrativa não exige do agente público a obediência a 
padrões éticos específicos no exercício de suas atribuições, basta que atenda à moral 
comum vigente na sociedade. 
c) O STF entende, com base no princípio da ampla defesa, que, em processo 
administrativo disciplinar, é obrigatório que a defesa técnica seja promovida por 
advogado. 
d) Em razão do princípio da publicidade, que rege a administração pública, todos têm 
direito de obter dos órgãos públicos, desde que mediante o pagamento de taxa, 
certidões para a defesa e esclarecimento de situações de interesse pessoal. 
 
04. Com referência aos princípios do direito administrativo e aos poderes da 
administração, julgue os próximos itens. 
O princípio da moralidade administrativa torna jurídica a exigência de atuação ética 
dos agentes públicos e possibilita a invalidação dos atos administrativos. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
COMENTÁRIOS... 
 
01. Certo. A legalidade é sempre restritiva e se desdobra no dever de cumprir as leis e 
regulamentos. 
 
02. Errado. Ser eficiente é um dever, mas não autoriza a cometer condutas ilícitas. 
Assim, a eficiência não pode ser um pretexto para o Estado descumprir a lei. 
 
03. 
a) Correto. É um dos reflexos da eficiência. 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 38 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
b) Errado. É exatamente o contrário, a moralidade pública exige um comportamento 
honesto, probo do agente público. 
c) Errado. A defesa técnica não mais é obrigatória no processo administrativo 
disciplinar. Ver súmula vinculante 05, STF. 
d) Errado. O artigo 5º, inciso XXXIV, afasta o pagamento de taxa. 
 
04. Correto. O agir com probidade é um dever do Estado e do Agente Público. 
 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 39 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
Assunto: Agentes Públicos 
Tema: Improbidade Administrativa 
 
1. Introdução 
 
SALVE, SALVE FUTURO APROVADO NO INSS!!! Vamos lá! Compreender 
Improbidade Administrativa é tema de fundamental importância uma vez que está no 
contexto dos agentes públicos e, inevitavelmente, é um tema sempre presente nas 
provas. 
 
2. Fundamentos e Natureza Jurídica 
O fundamento constitucional está no art. 37, §4º, da CF, uma vez que determinou o 
constituinte: 
 
Art. 37: § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão 
dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o 
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da 
ação penal cabível. 
 
Pergunta: Qual é a pena, qual é a sanção que não está no art. 37, §4º? Cuidado que 
é pegadinha!!! Não tem pena de prisão, bem como não existe a cassação dos direitos 
políticos. 
 
Cuidado!!! Não existe cassação de direitos políticos, porque existe a suspensão de 
direitos políticos. 
 
Pergunta: Qual foi o princípio concretizado pela Lei 8.429/92? Foi o princípio da 
moralidade administrativa. 
 
Agora, veja lá... Por um único ato de improbidade administrativa poderá o agente 
responder em três esferas sancionatórias, quais sejam: esfera civil, esfera criminal e 
esfera administrativa. Sendo assim, pergunta-se: qual é a natureza jurídica do ato de 
improbidade administrativa? 
 
 
Prof. André Barbieri www.aprovaconcursos.com.br Página 40 de 52 
 
Professor André Barbieri 
Noções de Direito Administrativo p/INSS: Técnico do Seguro Social 
Para facilitar, a natureza jurídica é uma ação civil. E sendo uma ação civil, o STF e 
STJ pacificaram o entendimento em que não se aplica a prerrogativa de foro/ 
prerrogativa de função, pois são institutos das ações penais, além de iniciar na vara 
cível, deve ser proposta perante o juiz singular. 
 
Cuidado: Nos termos do art. 29, X, da CF, quando se fala sobre o julgamento do 
prefeito e

Outros materiais