Buscar

Ofidismo_Rejane Lira e Yukari Mise

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 79 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 79 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 79 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

OFIDISMO
Núcleo Regional de Ofiologia e 
Animais Peçonhentos da Bahia
DZ/ IBIO/ UFBA
CASOS DE INTOXICAÇÃO HUMANA POR 
AGENTE SINITOX, 2000
0 5000 10000 15000 20000 25000
Metais
Produtos veterinários
Alimentos
Cosméticos
Outro
Drogas de Abuso
Desconhecido
Plantas
Raticidas
Animais não-peçonhentos
Produtos Químicos Industriais
Domissanitários
Agrotóxicos
Animais Peçonhentos
Medicamentos
Epidemiologia
• A palavra “epidemiologia” deriva do grego
epi = sobre
demos = população, povo
logos = estudo
• Portanto, em sua etimologia, significa 
“estudo do que ocorre em uma 
população”
Subconjuntos da morbimortalidade
O G I E P
P – Base Populacional do Risco
E – Sub-conjunto de Exposição
I – Sub-conjunto de Infectados
G – Subconjunto de casos Graves
O – Subconjuntos de Óbitos
Subconjuntos da morbimortalidade
Incidência
Ocorrência de casos novos relacionados à
unidade de intervalo de tempo, dia,
semana, mês ou ano.
Coeficiente de 
Incidência
= X 10n
No de caos de uma doença em 
determinada comunidade em 
certo período de tempo
População exposta ao risco de 
adquirir a doença no referido 
período
Mortalidade
Probabilidade de qualquer pessoa da
população tem de morrer, em
determinado local e ano
Coeficiente de 
Mortalidade 
Geral
= X 10n
Nº de óbitos totais no 
tempo X e local Y
População na mesma 
área e período
Letalidade
Risco de morrer de uma 
pessoa doente
Letalidade
= X 1000
nº óbitos determinada doença
nº acometidos pela doença
Parrish e Neser (1966)
Letalidade =
Nº de óbitos 
Nº de casos 
Incidência =
Nº de casos novos
População
Mortalidade =
Nº de óbitos 
População
OFIDISMO
Envenenamento humano provocado por 
serpentes
1930: Letalidade de 2,3% (SP).
Amaral (1930)
1905: Letalidade de 20 a 25% (SP);
Vital Brazil (1905,1911)
Sobre Mordeduras de cobras e seu tratamento;
Otto Wucherer (1859)
OFIDISMO
Envenenamento humano provocado por 
serpentes
SWAROOP & GRAAB (1954, 56)
500.000 acidentes/ano no mundo
30.000 a 40.000 óbitos/ano
Ásia (25.000 - 30.000 óbitos/ano)
América do Sul (3.000 - 4.000 óbitos/ano)
África (400-1.000 óbitos/ano?)
América do Norte/México (300-400 óbitos/ano) 
Europa (50 óbitos/ano)
Oceania (10 óbitos/ano)
SWAROOP & GRAAB (1954, 1956)
2 aspectos interessantes:
1º) Variação regional considerável
2º) As maiores taxas de mortalidade foram 
encontradas em áreas topograficamente similares 
preponderância de certas espécies nestes 
habitatis
Fechamento de um dos produtores de soro
(Crise do Soro);
Bermúdez (1992)
1979-1983  letalidade de 20%
WHO (1981) 
O soro antiofídico não fazia parte do Programa
Nacional de Imunizações do MS;
Araújo et al. (2003), Queiroz (2005)
Introdução
Maio/ 1986  morte de uma criança de oito
anos em Brasília;
Lira-da-Silva (1996)
Junho/ 1986  Programa Nacional de Ofidismo
e Núcleos de ofiologia.
Ministério da Saúde  compra e subseqüente
repasse do soro brasileiro
Araújo et al. (2003), Queiroz (2005)
Musse e Almeida (1986), Lira-da-Silva (1996)
Introdução
1986 a 1989  20 casos/ 100.000 hab. por 
ano e letalidade de 0,6%;
1997  Recursos condicionados à
alimentação do Sistema de Informação de
Agravos de Notificação (SINAN).
Aprahamian et al. (2001), Cardoso et al. (2003)
Cardoso et al. (1993)
Introdução
Obrigatoriedade da notificação (1988/ 89) 
maior conhecimento sobre o ofidismo no
Brasil;
Mise et al. (2007) 
1998 – Publicação do “Manual de Diagnóstico
de Tratamento e Acidentes por Animais
Peçonhentos”.
MS (1998)
Introdução
ACIDENTES OFÍDICOS NOTIFICADOS 
JUN 1986 A DEZ 1999
Brasil
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999
UF 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999
Brasil 21.565 19.817 19.289 19.674 17.043 20.966 20.958 20.402 19.912 17.804 17.620 17.240 17.704
N 1.864 2.134 2.115 2.383 2.383 2.517 2.878 2.436 2.570 2.957 1.891 3.092 3.697
NE 4.310 3.067 2.558 2.819 2.850 2.677 3.368 3.500 3.876 3.285 4.042 2.555 2.627
SE 9.393 8.381 8.836 7.943 8.183 8.183 7.652 9.027 7.003 5.275 5.652 6.139 6.170
S 3.079 2.867 3.593 3.343 3.341 3.919 3.846 2.226 3.664 3.557 2.885 2.668 2.605
CO 2.919 3.368 3.861 3.186 2.669 3.670 3.214 3.213 2.799 2.730 3.150 2.786 2.605
ACIDENTES OFÍDICOS POR MACRO-REGIÃO
REGIÃO Coef .90 Coef.91 Coef.92 Coef.93
BRASIL 13,78 13,30 14,08 13,94
Norte 24,44 23,23 23,77 25,89
Nordeste 6,77 6,71 6,23 7,65
C. Oeste 34,75 28,36 37,98 32,13
Sudeste 13,15 13,24 12,92 12,34
Sul 15,35 15,11 17,52 16,83
Incidência
0,84
0,63
0,53
0,33
0,25
0,45
NE CO N S SE BR
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
le
ta
li
d
a
d
e
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS 
DOS ACIDENTES OFÍDICOS
 Idade: adultos jovens
 Sexo: masculino
 Sazonalidade: de acordo com a região
 Procedência: zona rural
DISTRIBUIÇÃO DOS ACIDENTES OFÍDICOS 
POR GÊNERO DE SERPENTE
Micrurus 0,4%
Crotalus 7,7%
Lachesis 1,4%
Bothrops 90,5%DIAGNÓSTICO nº acidentes %
Bothrops 59.619 73,1
Crotalus 5.072 6,2
Lachesis 939 1,1
Micrurus 281 0,3
Nao informados 13.339 16,3
Não peçonhentos 2.361 2,9
Incidência anual  11,8 casos/100.000
habitantes, crescendo gradativamente a cada
ano (melhoria gradual do SINAN);
Bahia  Maior número de casos (18.695,
2.670,7 casos/ ano) e maior incidência (17,6
casos/100.000 hab.);
Fiszon e Bochner (2008) 
1º Centro de Informações Antiveneno do
Brasil.
BAHIA (1999)
Artigo 1 – Resultados e Discussão
Coeficiente de incidência anual (por 100.000 
habitantes) do ofidismo notificado nos estados do 
Nordeste Brasileiro, de 2000 a 2006.
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Alagoas
Bahia
Ceará
Maranhão
Paraíba
Pernambuco
Piaui
Rio Grande
do Norte
Sergipe
Nordeste
Artigo 1 – Resultados e Discussão
Municípios com maiores coeficientes de incidência anual de
ofidismo:
•Monte das Gameleiras, RN (229,7)
•Tufilândia, MA (219,4)
•Lagoa Grande do Maranhão, MA (212,9)
•Itagi, BA (198,4)
•Pau Brasil, BA (193,8)
•Itaju do Colônia, BA (153,4)
Comparável à incidência na Nigéria.
Warrel e Arnett (1976) 
Artigo 1 – Resultados e Discussão
Coeficiente de 
incidência anual 
(por 100.000 hab) 
do ofidismo 
notificado no NE 
Brasileiro, de 2000 
a 2006.
Tufilândia - MALagoa Grande do 
Maranhão - MA
Monte das 
Gameleiras - RN
Itaju do Colônia -
BA
Itagi - BAPau Brasil - BA
LETALIDADE DOS ACIDENTE OFÍDICOS POR 
GÊNERO DE SERPENTE E MACRO-REGIÃO
GÊNERO Nº CASOS N ÓBITOS LETALIDADE (%)
Bothrops 59.619 184 0,31
Crotalus 5.072 94 1,85
Lachesis 939 9 0,95
Micrurus 281 1 0,36
Não informado 13.339 67 0,50
TOTAL 79.250 355 0,45
Letalidade para o NE: 0,6%;
Letalidade inferior à referida para o Nordeste
(0,8%);
MS (1998)
Artigo 1 – Resultados e Discussão
As UF variaram quanto à incidência e à letalidade.
Sergipe (< incidência - 2,2 casos/ 100.000 hab. e
> letalidade - 7,3%);
Presença de Centros de Informações Antiveneno na
capacitação e orientação quanto ao tratamento.
BAHIA (1999)
A mortalidade oscilou em torno de 0,07
óbitos/100.000 habitantes, variando em
relação às UF;
A maioria dos acidentes relatados ocorreu em 
ambiente rural (32.519 casos ou 80,8%). 
Artigo 1 – Resultados e Discussão
MATOS et al. (2004)
Os acidentes ofídicos foram mais frequentes de fevereiro a
julho (58,4%).
Setembro a março??? MS (1998) 
Artigo 1 – Resultados e Discussão
Distribuição mensal da ocorrência de casos de acidentes 
ofídicos notificados na Região Nordeste do Brasil (2000-
2006).
O campo referente à ocupação foi negligenciado em
23.360 casos (58,1%);
Ocupações efetivamente preenchidas: ocupações mal
definidas (20,9%);
Ocupação definida mais referida (18,5%):
"Trabalhadores agropecuários, florestais, pesca e
assemelhados“.
Artigo 1 – Resultados e Discussão
Brazil (1911), Kerrigan (1991), Moreno 
(2003), Vilar et al., (2004)
O coeficiente de incidência de ofidismo
mostrou forte correlação linear negativa com o
IDH-M (r =-0,64; p < 0,01) e correlaçãopositiva com o percentual agrícola (r = 0,44; p
< 0,05);
Artigo 1 – Resultados e Discussão
Essas características favorecem o encontro do
ser humano com a serpente, aumentando a
probabilidade de ofidismo.
Cardoso et al. (2003)
Alta ruralidade, grande extensão territorial,
limitação de acesso aos postos médicos
comumente sem equipe especializada, e
baixo nível de instrução da população podem
potencializar a letalidade do ofidismo na
Região.
IBGE (2000, 2006)
Artigo 1 – Resultados e Discussão
Bothrops atrox
(jararaca, 
jararaca-do-norte)
Bothriopsis bilineata
(cobra papagaio, 
jararaca-verde)
Bothrops
Bothropoides erythromelas
(jararaca-da-seca)
Bothrops leucurus 
(jararaca)
Rhinocerophis 
alternatus
(urutu cruzeiro)
Bothrops moojeni 
(caiçaca)
Bothropoides neuwiedi
(jararaca pintada)
Bothrops jararacussu 
(jararacuçu)
Bothropoides jararaca 
(jararaca, jararaca-preguiçosa)
C.d. cascavella
C.d. ruruima
C.d. colilineatus
C.d. terrificus
Caudisona durissa 
cascavel, cascavel-de-quatro-
ventas, boicininga, maracá,
maracambóia, cobra-de-guizo
Lachesis muta
M. corallinus
M. ibiboboca
M. brasiliensis
M. leminiscatus
M. spixii
Micrurus
FISIOPATOLOGIA DOS VENENOS OFÍDICOS
VENENO ATIVIDADE EFEITO LOCAL EFEITO SISTÊMICO
Botrópico Inflamatória
Coagulante
Hemorrágica
Necrose tecidual
Lesão endotelial
Liberação de mediadores
inflamatórios
Ativação da coagulação
Lesão endotelial
Laquético Inflamatória
Coagulante
Hemorrágica
“Neurotóxica” 
Necrose tecidual
Lesão endotelial
Liberação de mediadores
inflamatórios e subs. 
vasoativas
Ativação da coagulação
Lesão endotelial
Estimulação vagal
Crotálico Neurotóxico
Miotóxico
Coagulante
Ausente Bloqueio neuromuscular
Rabdomiólise
Ativação da coagulação
Elapídico Neurotóxico Ausente Bloqueio neuromuscular
Tipo de soro aplicado aos 40.222 pacientes vítimas de acidentes ofídicos
notificados ao SINAN, procedentes do Nordeste do Brasil, 2000 a 2006.
Serpente 
deduzida
SABO1 SACR2 SALA3 SAEL4 SABC5 SABL6
Não 
aplicado
Bothrops 21106 430 45 68 784 363 1996
Crotalus 457 2449 10 23 284 22 343
Micrurus 43 20 7 154 6 1 98
Lachesis 64 8 17 25 6 40 50
Ignorado 5089 843 30 117 883 125 4641
SABO1: Soro Antibotrópico
SACR2: Soro Anticrotálico
SALA3: Soro Antilaquético
SAEL4: Soro Elapídico
SABC5: Soro Antibotrópico-Crotálico
SABL6: Soro Antibotrópico-Laquético
Artigo 2 – Resultados e Discussão
ACIDENTE BOTRÓPICO
QUADRO CLÍNICO
 LOCAL:
 dor
inflamação aguda
hemorragia local
 COMPLICAÇÕES:
 bolhas
necrose
abcesso
síndrome compartimental
amputação
 SISTÊMICO:
 Incoagulabilidade sangüínea
sangramentos (gengivorragia,
equimose, hematúria)
 NOS CASOS GRAVES:
 Hipotensão arterial e choque
hemorragia intensa
insuficiência renal
ACIDENTE BOTRÓPICO
QUADRO CLÍNICO
ACIDENTE BOTRÓPICO
QUADRO LOCAL
ACIDENTE BOTRÓPICO
QUADRO SISTÊMICO
Normal: até 9 min
Prolongado: 10 a 30 min
Incoagulável: > 30 min
ACIDENTE BOTRÓPICO
TEMPO DE COAGULAÇÃO
ACIDENTE BOTRÓPICO
COMPLICAÇÕES LOCAIS
ACIDENTE BOTRÓPICO
COMPLICAÇÕES LOCAIS
Tempo decorrido entre acidente e atendimento
FATORES DE RISCO 
PARA COMPLICAÇÕES
Serpentes e Ofidismo
Profª Yukari Mise
• Coagulação: TC aumentado
• Plaquetopenia
• Hemograma: Leucocitose c/  Ne
• Uréia, Creatinina, CK
ACIDENTE BOTRÓPICO
EXAMES COMPLEMENTARES
TRATAMENTO E 
MANIFESTAÇÕES
CLASSIFICAÇÃO
Leve Moderado Grave
Locais:
· Dor
· Edema
· Equimose 
Ausentes 
ou 
discretas
Evidentes Intensas
Sistêmicos
· Hemorragia grave
· Choque
· Anúria
Ausentes Ausentes Presentes
Tempo de Coagulação (TC)
Normal/ 
alterado 
Normal/ 
alterado
Normal/ 
alterado
Soroterapia SAB/ 
SABC/ SABL
2-4 4-8 12
MS (1998)
ACIDENTE BOTRÓPICO
Classificação quanto à gravidade e orientação terapêutica
Acidentes 
botrópicos:
Manifestação %
Edema 91,2
Alterações no TC 28,0
Sangramento 21,8
Equimose 11,5
Vômitos 11,3
Hematúria 8,1
Gengivorragia 7,2
Oligúria 3,8
Anúria 3,0
Diplopia 2,8
Ptose palpebral 2,4
Cefaléia 1,9
F
o
n
te
: 
h
tt
p
:/
/p
h
il
ip
p
e
k
o
k
.c
o
m
/k
o
k
/b
o
th
ro
p
s
.j
p
g
Artigo 2 – Resultados e Discussão
Sintomas com particularidades nos
padrões do envenenamento: Variação
no agente etiológico, falha na
identificação, falha na notificação?
Envenenamento botrópico com sintomas 
neurológicos, raros no Brasil e presentes 
na Bahia.
Lira da Silva (1996), Mise et al. (2007)
Artigo 2 – Resultados e Discussão
Serpentes e Ofidismo
Profª Yukari Mise
• Elevação do membro picado
• Hidratação
• Analgesia
• Antibiotioterapia (se necessário)
• Profilaxia antitetânica
ACIDENTE BOTRÓPICO
TRATAMENTO GERAL
 LOCAL: dor, edema, eritema, equimose, bolhas
 SISTÊMICO: alteração de coagulação, hipotensão 
arterial, bradicardia, cólica abdominal, 
diarréia
Complicações: infecção secundária, necrose, déficit 
funcional, síndrome compartimental
ACIDENTE LAQUÉTICO
QUADRO CLÍNICO
Foto: Silva Haad, Colômbia
ACIDENTE LAQUÉTICO
QUADRO CLÍNICO
TRATAMENTO E MANIFESTAÇÕES
CLASSIFICAÇÃO
Moderado Grave
Manifestações locais Evidentes Intensas
Manifestações sistêmicas Evidentes Intensas
Manifestações da coagulação
Ausentes ou
presentes
Ausentes ou
presentes
Soroterapia SAB/ SABC/ SABL 10 20
MS (1998)
Gravidade avaliada pelos sinais locais e
intensidade das manifestações vagais (bradicardia,
hipotensão arterial, diarréia).
Estadiamento - Laquético
Acidentes 
laquéticos:
Manifestação %
Edema 60,6
Sangramento 24,1
Vômitos 15,3
Equimose 14,3
Alterações no TC 12,8
Hematúria 7,4
Gengivorragia 6,9
Diarréia 5,4
Ptose palpebral 4,4
Diplopia 4,4
Oligúria 3,6
Tonturas 1,8
Cefaléia 1,5
F
o
n
te
: 
h
tt
p
:/
/p
a
g
e
s
p
e
rs
o
-o
ra
n
g
e
.f
r/
re
d
ri
s
/p
h
o
to
/g
ra
g
e
_
g
ra
n
d
c
a
r.
jp
g
Artigo 2 – Resultados e Discussão
COMPLICAÇÕES:
IR: paralisia dos mm. da 
caixa torácica
IRA: mioglobinúria
ACIDENTE CROTÁLICO
QUADRO CLÍNICO
LOCAL
Parestesia
SISTÊMICO
Facies miastênica
Turvação visual
Diplopia
Miose/midríase
Alteração do olfato, paladar
Mialgia generalizada, urina escura
Sangramento discreto
ACIDENTE CROTÁLICO
QUADRO LOCAL
ACIDENTE CROTÁLICO
QUADRO SISTÊMICO
Serpentes e Ofidismo
Profª Yukari Mise
• Tempo de Coagulação: alterado 
em  40%
•HMG:  Leu c/  Ne 
•  U, C, Ac. Úrico, K, Fósforo;  Ca 
ACIDENTE CROTÁLICO
EXAMES COMPLEMENTARES
FATORES DE RISCO 
PARA COMPLICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES E 
TRATAMENTO
CLASSIFICAÇÃO
Leve Moderada Grave
Manifestações locais Ausentes ou
discretas
Ausentes ou
discretas
Ausentes ou
discretas
Sistêmicas
Fácies miastêmica/
Visão turva
Mialgia
Urina escura
Oligúria/Anúria
Ausentes 
ou
discretas
Discretas Intensas
Tempo de Coagulação 
(TC)
Ausentes ou
presentes
Ausentes ou
presentes
Ausentes ou
presentes
Soroterapia SAC/SABC
5 10 20
MS (1998)
ACIDENTE CROTÁLICO
Classificação quanto à gravidade e orientação terapêutica
Manifestação %
Edema 52,4
Ptose palpebral 27,2
Hematúria 22,4
Sangramento 21,2
Vômitos 18,9
Diplopia 18,7
Alterações no TC 15,4
Oligúria 10,1
Equimose 8,9
Anúria 5,0
Tonturas 3,9
Gengivorragia 2,9
Diarréia 2,9
Cefaléia 1,3
Acidentes 
crotálicos:
F
o
n
te
: 
h
tt
p
:/
/w
w
w
.p
a
p
il
io
p
h
o
to
s
.c
o
m
/S
e
a
rc
h
Im
a
g
e
s
/P
-R
E
P
2
8
7
-2
.j
p
g
Artigo 2 – Resultados e Discussão
O edema não é um sintoma comumente 
associado ao envenenamento crotálico;
MS (1998)
O perfil clínico do envenenamento laquético
seguiu o padrão nacional;
MS (1998), Moreno (2003), Pardal et al. (2004)
A diarréia, sintoma diferencial do acidente 
botrópico, só foi referida para 11 pacientes 
(5,4%). MS (1998)
Artigo 2 – Resultados e Discussão
•COMPLICAÇÃO: IR
ACIDENTE ELAPÍDICO
QUADRO CLÍNICO
LOCAL
Parestesia
SISTÊMICO
Vômitos
Facies miastênica
Turvação visual
Diplopia
Miose/Midríase
Dificuldade para deglutição
ACIDENTE ELAPÍDICO
QUADRO LOCAL
ACIDENTE ELAPÍDICO
QUADRO SISTÊMICO
TRATAMENTO E MANIFESTAÇÕESCLASSIFICAÇÃO
Grave
Manifestações locais Presentes
Manifestações sistêmicas Presentes
Manifestações da coagulação Ausentes
Soroterapia (número de ampolas) SAE 10
Pelo risco de IRA, devem ser considerados
potencialmente graves. MS (1998)
ACIDENTE ELAPÍDICO
Classificação quanto à gravidade e orientação terapêutica
Anticolinesterásico: Neostigmina IV a cada 30 minuto
Medicamento Crianças Adultos
Atropina (amp. 0,25 mg) 0,05 mg/ kg IV 0,5 mg/ kg IV
Neostigmina (amp. 0,5 mg) 0,05 mg/ kg IV 0,5 mg/ kg IV 
Manifestação %
Edema 38,3
Sangramento 18,3
Vômitos 9,4
Ptose palpebral 8,9
Alterações no TC 8,0
Equimose 8,0
Diplopia 6,8
Hematúria 6,2
Oligúria 6,2
Cefaléia 3,2
Anúria 2,7
Gengivorragia 2,4
Tonturas 1,8
Diarréia 1,8
Acidentes 
elapídicos:
F
o
n
te
: 
h
tt
p
:/
/w
w
w
.u
n
b
.b
r/
ib
/z
o
o
/g
rc
o
ll
i/
ja
la
p
a
o
/M
ic
ru
ru
s
b
ra
s
il
ie
n
s
is
.j
p
g
Artigo 2 – Resultados e Discussão
Estudos experimentais já demonstraram, no
veneno de Micrurus, ação neurotóxica,
hemorrágica, miotóxica e edematogênica;
Vital Brazil (1990), Casais-e-Silva (1995), Jorge-da-Silva 
e Bucaretchi (2003), Cecchini et al. (2005)
Presença de ação coagulante em 8,0% dos
casos. Erro?
Artigo 2 – Resultados e Discussão
MS (1998)
Helicops modestus
“surucucurana” 
“cobra d’água”
Foto: G.Puorto
Philodryas olfersii
“cobra-cipó”
“cobra-verde”
Foto: A Melgarejo
Liophis miliaris
“trairabóia”
“cobra d’ água”
Foto: G.Puorto
(Foto: G. Puorto)
Clelia clelia
“muçurana”
“cobra-preta”
ACIDENTE POR SERPENTES 
“NÃO PERIGOSAS”
ACIDENTE POR SERPENTES 
“NÃO PERIGOSAS”
QUADRO LOCAL
Philodryas 
olfersii
ACIDENTE POR SERPENTES 
“NÃO PERIGOSAS”
QUADRO LOCAL
ACIDENTE POR SERPENTES 
“NÃO PERIGOSAS”
QUADRO LOCAL
O que fazer após o acidente?
Como Prevenir Acidentes?
 usar botas 
 pedaço de pau 
 limpar a área 
 não segurar o animal 
 filhotes têm veneno 
 proteger predadores
 atenção
Obrigada!

Outros materiais