Buscar

Ensaio método Bidirecional

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Ensaio de carga pelo método Bidirecional 
A história do método Bidirecional para a realização de Provas de Carga Estática, é mais um capitulo de riqueza da Geotecnia brasileira.
O Ensaio de Prova de Carga Estática, realizada pelo método BIDIRECIONAL vem sendo realizado desde 1980, no Brasil, pela empresa Arcos Engenharia de Solos. O sistema consiste em posicionar uma ou um conjunto de células expansivas ao longo do fuste da estaca e realizar a compressão de forma bidirecional, idealizado pelo Engº Pedro Elísio Chaves A. F. da Silva e publicado em DA SILVA, 1983 e 1986. O ensaio de prova de carga com a utilização das células expansivas é bastante similar ao sistema proposto por J. Ostemberg, utilizando as O’Cell. Ambos os sistemas são patenteados, a O’CELL por Ostenberg e as Expancel por DA SILVA, mas a O’CELL é posterior a celula expansiva de DA SILVA, conforme mencionado por SCHMMERTMANN & HAYES 1997, a O’cell foi utilizada pela primeira vez, experimentalmente, em 1984 e comercialmente em 1987, até 1996 já haviam sidos realizados mais de 200 ensaios com a O’cell nos Estados Unidos e no sudeste da Asia. Enquanto isso, eram realizados um numero semelhantes de ensaios no Brasil desde a data de 1980, esses ensaios foram inicialmente denominados como Prova de Carga Arcos, PCA e posteriormente ficaram conhecidos mundialmente como Ensaio Bidirecional.
Atualmente essa metodologia já se tornou a mais utilizada no mundo e vem crescendo de forma significativa no Brasil. O método possui inúmeras vantagens quando comparado ao sistema convencional e é uma clara evolução do ensaio de PROVA DE CARGA ESTÁTICA. Como desvantagem, há apenas o fato de existirem poucos trabalhos publicados, discutindo os métodos de analises e suas utilizações, na língua portuguesa. Segue abaixo algumas das vantagens e desvantagens do ensaio:
VANTAGENS:
SEGURANÇA – A dispensa das vigas de reações, favorecem a segurança do ensaio, pois não há perigo de alguma viga cair sobre algum trabalhador durante a execução do ensaio.
ECONOMIA DE PRAZOS E CAPITAL – No ensaio BIDIRECIONAL, não há necessidade de estacas + tirantes de reação, oferecendo uma economia de custo para a execução desses elementos extras e também não há necessidade de aguardar o tempo de cura e cicatrização das estacas de reação, não há custo com munck, não há custo com bloco de coroamento na cabeça da estaca e nem com o prazo de tempo aguardando a cura deste bloco.
PREPARAÇÃO – O ensaio é montado juntamente com a execução da estaca, não havendo perdas de cronograma para o seu preparo.
ENCARGOS DA CONTRATANTE – No ensaio BIDIRECIONAL os únicos encargos da contratante (sem ser offshore) são o fornecimento de energia elétrica conforme nossa especificação, agua para injeção e armadura complementar (se for necessário), fora isso, é tudo por conta da Arcos. Reduzindo o envolvimento e custo de profissionais da contratante para a execução do ensaio.
ÁREA DE TRABALHO – Como o ensaio é realizado com os equipamentos instalados ao longo do fuste da estaca, não há necessidade de grandes áreas de interferências, otimizando assim o espaço e o andamento da obra.
CAPACIDADE DE CARGA – O ensaio BIDIRECIONAL possui, praticamente, capacidade de carga ilimitada. No mês de março, realizamos o ensaio recorde da América do Sul (5300 toneladas).
COTA DE ARRASAMENTO – O ensaio pode ser realizado na cota de arrasamento da estaca, não necessitando preparação de bloco de coroamento, nem cotas específicas
RESULTADOS – O ensaio BIDIRECIONAL fornece resultados de curva cargaxrecalque da ponta da estaca, curva cargaxrecalque do fuste da estaca e curva atrito lateral x deslocamento do fuste da estaca.
DESVANTAGENS:
RESULTADOS – Existem poucos trabalhos publicados, discutindo os métodos de analises e suas utilizações em português.
CUSTO – No caso de estacas, com carga de ensaio abaixo de 300 toneladas e se podendo usar as estacas de projeto como reação, o custo do método CONVENCIONAL tende a ser melhor que o do método BIDIRECIONAL.

Outros materiais