resenha critica de filosofia da educação

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SILVA, Nathalia Lipovetsky e. A Paideia grega como contribuição para a realização da justiça através de uma educação para a cidadania e os direitos humanos. Publicado nos Anais do XIX Encontro Nacional do CONPEDI. Fortaleza, p.2896-2907, junho.2010.
A historia da educação inicia-se na Grécia antiga, com o surgimento da polis. A educação na Grécia tinha o mesmo objetivo que atribuímos hoje a ela, prepara o homem para que ele possa pôr em pratica seus direitos e deveres e agir com justiça para o bem comum. No decorre do tempo o ensino transformou-se e evoluiu, hoje a educação é, ou pelo menos deveria ser para todos, sem fazer distinção de gênero ou de qualquer outra ordem.
A escola é o meio que homem encontrou para alcança a educação, é na escola o local que as pessoas aprendem a ler, escrever, mas principalmente agir racionalmente e exerce sua cidadania, nem sempre a educação cumpre sua função de liberta o individuo e ensinar, muitas vezes ela serve de dominação e aprisionamento por meio da burguesia.
“é valiosa por ser a mais eficiente ferramenta para o crescimento pessoal. [...] além disso, pelo tipo de instrumento que constitui, trata-se de um direito de múltiplas faces: social, econômico e cultural.[..] em suma, a educação é o pré-requisito fundamental para o individuo atuar plenamente como ser humano na sociedade moderna.” p.2897
A paideia foi o modelo educacional que os gregos utilizaram, e tinha por objetivo preparar o homem para a vida publica. A paideia serviu de modelo para a educação na modernidade, principalmente pelo objetivo que possuía, o objetivo de educar. 
“A partir do fenômeno dos Sofistas( ou, ainda, em consequência deste) a educação se torna um problema filosófico para os gregos e passa-se a buscar que a educação forme não apenas o homem, mas também o cidadão, exatamente quando o termo paideia começa ser empregado com sentido de mais alta arete humana: educação no sentido da palavra” p,2898
As crianças gregas eram inseridas na educação ainda cedo, para serem preparadas para o serviço militar e para a vida na polis, as mulher não podiam ficar com as crianças e serem responsáveis pela educação das mesmas, pois não faziam parte da sociedade, era vistas apenas como reprodutora da espécie e não tinha nenhuma capacidade de educar os filhos, nos dias atuais o papel da mulher na sociedade mudou, mas não é difícil encontrar pessoas com a mesma ideia que os gregos atribuíam as mulheres. 
“A família não podia ser responsável pela educação dos filhos. A mulher só tinha competência para criar o filho bebe, ate idade máxima de sete anos. Depois disso, ele deve se tornar discípulo da formação dada a um homem sábio e experiente [...]” P.2900)
A figura do pedagogo aparece nessa época, não com a mesma definição que atribuímos hoje a essas pessoas, mas mostra como a figura do pedagogo mesmo não sendo de educador era importante, pois era o mesmo que ajudava a criança no caminho da escola para casa. A metodologia de ensino é parecida com a metodologia utilizada nos dias atuais, o conhecimento das letras, o raciocínio logico o conhecimento de justiça etc.
[...] o acompanhante das crianças durante todo o dia era um escravo de confiança, o pedagogo[...]mas, não tinha nenhuma tarefa diretamente relacionada com a aprendizagem propriamente dita. A metodologia de ensino era bastante avançada, tratando primeiramente das letras, depois das combinações de consoantes[...] posteriormente eram introduzidos a leitura e o dialogo, e era obrigatório que as crianças soubessem recitar poesias.[...]” p.2899
Na Grécia era comum o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo, principalmente entre o educador e o educando, era considerado uma forma de respeito para com aquele que é sábio, os gregos relacionavam-se e ate viviam com as mulheres, com o objetivo principal de forma novos cidadãos, mas o prazer da carne só era alcançado com outro homem, essa afirmação nos dias atuais é vista com muito preconceito e a maioria não compreende que era algo que fazia parte da educação dos jovens gregos. Esse ‘estranhamento’ que se tem hoje quando escuta os relatos também acontecia na época, e acontece hoje, principalmente porque vai de encontro com os padrões estabelecidos pela cultura, de que a pederastia é algo errado, por ser a relação de duas pessoa do mesmo sexo.
“[...] a pederastia é um fator importante para a educação, considerava-se que o mais nobre amor é aquele da relação passional entre homens, mas precisamente, entre um mais velho, educador por essência, e um adolescente. [...]” p.2900
“De fato, os modernos perderam muito tempo examinando com malicia os testemunhos antigos relacionados aos’ amores entre rapazes’[...]”p.2900
A definição de justiça que a sociedade tem por modelo hoje vem dos gregos. A justiça era uma questão que sempre esteve presente entre os gregos e era muito debatida entre os filósofos, principalmente Platão. Para os gregos, a educação propiciava ao homem que ele agisse com justiça para o bem comum e só a educação fazia o homem escolher o bem. O que acontece na maioria das vezes é que o homem que se diz ‘educado’ não põe em pratica a sua justiça para o bem comum, pelo contrário utiliza essa sabedoria para a sua própria satisfação. 
“[...] a justiça no individuo é feita da temperança dos desejos, da coragem das paixões, da sabedoria da razão; a justiça na sociedade, da temperança dos produtores e comerciantes, da coragem dos soldados, da sabedoria dos governantes”,p.2901
O Brasil tem uma legislação própria para a educação, e é nela que encontra-se as diretrizes que rege a educação brasileira, essas diretrizes não alcança todo o ensino do pais, e são principalmente nas regiões mais afastadas, que essa legislação parece nem existir. O principal objetivo da legislação educacional brasileira é prepara o cidadão para que o mesmo possa usufruir de seus direitos e deveres na sociedade, e que seja guiado pela razão. Assim como acontecia na Grécia antiga. Algumas vezes a educação pede seu foco, e em vez de libertar o homem, ela o ‘aliena’ não deixa-o refletir sobre determinados assuntos. 
“A educação no Brasil passou a ter legislação própria após a proclamação da independência, tendo sido promulgada a primeira lei regulamentado o ensino primário, a remuneração dos professores e a gratuidade do ensino ainda no ano de 1827[...]” p.2902
“[...] a proposta dos pioneiros era a de ‘tornar os homens capazes de se conduzirem racionalmente’, além de trazer ideias como a laicização do ensino, introdução de uma base cientifica e a atuação do Estado na escola[...]” p.2902 
É por meio da educação que o homem conhece seus direitos, por isso é importante que o professor tenha certo conhecimento sobre o que trata a constituição no que diz respeito a direitos e deveres.
“Paideia Jurídica é um projeto pedagógico que visa oferecer, concretamente, através da capacitação de professores de ensino básico, o ensino jurídico direcionado ao cidadão ao leigo, numa perspectiva que lhe permita o exercício efetivo da cidadania através do conhecimento dos seus direitos.[...] p.2904
Diante de tudo apresentado percebe-se que o modelo grego de educação para a justiça e os direitos humanos, é um modelo a ser seguido para se alcança uma educação que priorize a formação antes humana que tecnológica. 
“[...] o homem é o que faz de si mesmo. Obviamente não há o controle ou a consciência absoluta de tudo o que o homem possa ser e fazer.[...]” p.2905