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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA
CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PUBLICA 
PÓLO DE IMPERATRIZ
Eduardo Fonseca Lopes Costa
Leila Sousa dos Santos
Jeane Dias Barros
Rewrison Morais
Wandsson Flávio Brito de Carvalho
Os diferentes caminhos do Processo Decisório no Setor Público e no Setor Privado
Imperatriz - Ma
2011
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA
CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PUBLICA 
PÓLO DE IMPERATRIZ
Eduardo Fonseca Lopes Costa
Leila Sousa dos Santos
Jeane Dias Barros
Rewrison Morais
Wandsson Flávio Brito de Carvalho
Os diferentes caminhos do Processo Decisório no Setor Público e no Setor Privado
Trabalho Científico da Disciplina Organizações Processos e Tomada de Decisão – OPDT apresentado como exigência parcial para obtenção do diploma de Bacharel em Administração Pública à Tutora à distância. 
Tutora: Prof. Leir Caldas
Prof.: Nehemias P Bandeira
Imperatriz – Ma
2011
Sumário
Introdução..................................................................................................03
Justificativa ...............................................................................................03
Referencial Teórico ...................................................................................04
Conceito de Processo de Tomada de Decisão.........................................04
Etapas do Processo de Decisório ...........................................................06
A relação entre controle interno e Processo de Tomada de Decisão ......08
Níveis de Tomada de Decisão .................................................................08
Metodologia ...............................................................................................10
O Processo Decisório no Setor Público ....................................................11
O Processo Decisório no Setor Privado ....................................................14
 Conclusão .................................................................................................15
REFERÊNCIAS...............................................................................................17
Introdução
Analisar, investigar, optar e agir são fases de um processo habitual que ocorre nas organizações, o Processo de Tomadas de Decisão. A busca de qualidade, as inúmeras fontes de informação, a velocidade de mudanças sem previa leva a necessidade de antecipar-se aos fatos. Tendo em vista essa realidade o estudo aprofundado dos procedimentos que norteiam essa situação vem auxiliar o Administrador a identificar e tratar de forma precisa cada circunstância a fim de obter êxito em suas decisões.
O Gestor é instigado a agir frente às poucas e às muitas alternativas, muitas vezes decisões de instantes ou até mesmo com estudos minuciosos levará a um resultado positivo ou não para a organização. Paralelamente a essa situação é importante ressaltar as diferenças desse processo nas organizações públicas e privadas, os sistemas de valores e julgamento que adotam, as influencias políticas que recebem, os recursos que dispõem, a competência técnica e motivação de seus servidores e ainda as missão e valores são alguns limites que definem os sistemas distintos dessas organizações.
Este trabalho destacará os diferentes caminhos do processo decisório no setor público e no setor privado de forma que o Administrador e o Administrador Público possam notar a diferença no momento de avaliar as conseqüências do processo decisório compreendendo as finalidades díspares destas instituições. 
Justificativa
Sabemos que as informações são de suma importância na vida de um administrador. Seja na vida pública ou na privada, o processo decisório sobre essas informações permite analisa-las, manipula-las, estuda-las e implementa-las dentro do contexto em que se precise. Partindo do ponto de que quanto mais informações dispuserem uma empresa para tratar algo e quais as medidas adequadas de como obtê-las com qualidade e segurança, a mesma pode estar um passo a mais ou à frente dos demais concorrentes de mercado.
A sistematização na tomada de decisão é algo comum para se evitar possíveis falhas, baseado em decisões estruturadas, semiestruturadas ou não estruturadas, o administrador procura avaliar a eficiência e a eficácia que tudo isso possa gerar, além dos riscos, certezas e incertezas de determinada escolha. Com isso, o planejamento é fator primordial no processo decisório onde através do mesmo é elaborado traços necessários para o crescimento e desenvolvimento da natureza decisória das informações.
O mundo globalizado apresenta todos os dias uma gama de informações incalculáveis e na medida em que as mesmas se apresentam com frequência, maior também é o número de decisões a serem tomadas pelo gestor. A importância em ter controle sobre esses dados e como utilizá-los faz com que o administrador venha a alcançar pontos importantes em sua carreira tornando-a mais sólida e preparada para o exigente mercado de trabalho, esses e outros fatores são pertinentes nesta temática estudada onde também tivemos que decidir o porquê de sua escolha.
Referencial Teórico 
3.1 Conceito de Processo de Tomada de Decisão
Os processos de tomadas de decisão são atitudes que estão presentes no ambiente organizacional sendo utilizados a todo instante e constantemente as pessoas lidam com situações onde são obrigadas a tomar uma decisão, seja na vida pessoal ou profissional. 
Como se pode observar na citação do Préve (2010), 
Os processos de tomadas de decisão são constantes no dia a dia organizacional e a todo o momento as pessoas estão sendo colocadas em uma situação em que é necessário analisar, investigar, optar e agir frente às poucas ou às muitas opções que lhes são fornecidas para decidir.
Contudo, observa-se uma nova tendência que surge num meio de constantes mudanças no mundo contemporâneo em relação à tomada de decisão.
Segundo Préve (2010) descreve,
Esse novo pensamento tem se baseado em reações e valores surgidos recentemente na sociedade mundial em face da globalização. Essa nova realidade traz consigo um novo modelo de vida, uma nova compreensão política e a consciência da necessidade de um novo sistema de valores acompanhado de uma nova forma de pensar. Hoje, aos tomadores de decisão, é dado o desafio de pensar globalmente e de usar, em larga escala, instrumentos de informação e de comunicação que venham a colaborar com o processo decisório.
O estudo do processo decisório vem crescendo num ritmo bastante acelerado, isso se deve por conta das rápidas mudanças que ocorrem em toda a sociedade e em vários aspectos. Estas mudanças implicam na procura de uma maior pro atividade dos tomadores de decisão (DRUCKER, 1998) e na continuada procura de eficiência nos processos. 
Um processo de tomada de decisão ocorre pelo surgimento de uma necessidade, ai então parte para uma análise do que é possível se fazer, após esse processo, identifica-se a informação que já está disponível e então conclui comunicando o que precisa ser repassado para que assim seja obtido uma maior possibilidade de tomar uma decisão mais acertada. 
É notório que as atividades envolvendo o planejamento, geralmente são concluídas por uma decisão a ser tomada para que as metas daquele planejamento sejam alcançadas. “As decisões em ambientes organizacionais podem abranger a coleta de dados, a identificação das alternativas, as negociações e a avaliação de alternativas de ação, entre outros”, segundo Préve (2010).
Ainda segundo Ribeiro (2003), 
O tomador de decisões, quer esteja motivado pela necessidade de prever ou controlar, geralmente enfrenta um complexo sistema de componentes correlacionados, como recursos, resultados ou objetivos desejados, pessoas ou grupos de pessoas; ele está interessado na análise desse sistema. Presumivelmente, quanto melhor ele entender essa complexidade, melhor será sua decisão.
De acordo com Pereira e Fonseca (1997), a decisão é um processo sistêmico, paradoxal e contextual,não podendo ser analisada separadamente das circunstâncias que a envolvem. O conhecimento das características, dos paradoxos e dos desafios da sociedade é essencial à compreensão dos processos decisórios.
Ainda segundo Pereira e Fonseca (1997), a palavra decisão é formada pelo prefixo de (prefixo latino aqui com o significado de parar, extrair, interromper) que se antepõe à palavra caedere (que significa cindir, cortar). Tomada ao pé da letra, a palavra decisão significa “parar de cortar” ou “deixar fluir”.
3.2 Etapas do processo decisório
Segundo URIR (1989) as etapas do processo de tomada de decisão são as seguintes: 
Análise e identificação da situação: A situação do ambiente onde o problema está inserido deve ser claramente identificada, através do levantamento de informações, para que se possa chegar a uma decisão segura e precisa.
Desenvolvimento de alternativas: Em função do levantamento das informações, ou seja, da coleta de dados, pode se chegar a possíveis alternativas para a resolução do problema proposto.
Comparação entre as alternativas: Levantamento das vantagens e desvantagens de cada alternativa.
Classificação dos riscos de cada alternativa: As decisões sempre envolvem riscos, seja em um grau quase nulo, seja um alto grau de risco ou, sejanum estágio intermediário de risco entre o quase nulo e o alto grau. Temos sempre que levar em consideração o grau de risco que temos em cada alternativa e escolher a alternativa que apresente comprovadamente o menor grau de risco. Porém, é necessário, muitas vezes, se combinar o grau de risco com os objetivos a serem alcançados. Às vezes, o grau de risco que se corre é muito grande, porém, o objetivo a ser alcançado, se alcançado, nos trará benefícios maiores em relação às alternativas menos arriscadas.
Escolher a melhor alternativa: Tendo o conhecimento das vantagens, desvantagens e riscos o decisor é capaz de identificar a alternativa que melhor solucione seu problema.
Execução e avaliação: A alternativa escolhida fornecerá resultados que deverão ser comparados e avaliados com as previsões anteriores.
Ou ainda conforme autores da área, como Chiavenato (2004), Stonere Freeman (1985), Morgan (1996), Motta e Vasconcelos (2002) e Raiffa (1977), o processo de tomada de decisão, na maioria das decisões nas organizações, envolve os seguintes passos:
Formulação do problema;
Estruturação do problema a fim de relacionar suas partes na forma de um modelo;
Montagem técnica de um modelo;
Simulação do modelo e das suas possíveis soluções;
Definição dos controles sobre a situação e a sua delimitação; e
Implementação da solução na organização.
Muitas vezes percebe-se que as teorias de processo decisório não refletem a realidade executada nas organizações, justamente por estarem fundamentadas no modelo racional de tomada de decisão, que segundo Bazerman (2004; p. 06), “é baseado em um conjunto de premissas que determinam como uma decisão deve ser tomada e não como a decisão é tomada”. Além do mais, por ser o processo de tomar decisões, parte do trabalho dos administradores, identificação destacada por diversos praticantes e estudiosos da administração, como Fayol e Mintzberg. Tanto quanto segundo Simon (1972, p.13): “[...] achamos conveniente tomar umas pequenas liberdades com o idioma, e utilizar a ‘tomada de decisão’ como sinônimo de administração”. 
Por estes aspectos, que também são congruentes com as necessidades dos gestores de maior suporte para tomadas de decisão mais satisfatórias, diversas técnicas foram e devem ser continuamente desenvolvidas, para tornar mais fácil e com mais qualidade a participação tanto dos gerentes, como de outros profissionais dentro desse aspecto de trabalho. 
Ainda podemos citar quais são os principais fatores contextuais em que a decisão é tomada:
Ambiente: apresenta complexidade, é dinâmico e hostil;
Organização: distribuição de poder (nível e posição), tipo de organização (autocracia, burocracia e adocracia*) e tipo de cultura (de poder, de papéis, de pessoas e de tarefas);
Característica do decisor: proativo, intuitivo, reativo, analítico, autônomo, inovador e disposto a correr riscos.
Tipos de assunto: complexos, urgentes, simples, abrangentes e dinâmicos.
3.3 A relação entre o controle interno e o processo de tomada de decisão
	Um dos principais objetivos do controle interno é garantir que as transações que ocorrem dentro da empresa sejam realizadas de modo seguro e totalmente autorizadas. Essa medida possibilita ao administrador uma tranquilidade no momento de tomar qualquer decisão a respeito da empresa. 
Nesse sentido, vale ressaltar a indagação de Attie (2000, p.113) ao interrogar que “Como é possível tomar decisões adequadas utilizando-se de informações que correm o risco de não serem confiáveis”? Portanto, o controle interno deve ser desenvolvido tendo em vista as necessidades cotidianas da empresa.
Por outro lado, as decisões tomadas pelos gestores da empresa estão subordinadas às informações que lhe são fornecidas pelos mais diversos setores da organização. Um bom controle interno deve ser capaz de garantir que as informações que chegam à administração se constituam ferramentas necessárias para a análise das ações que envolvem o processo decisório da organização. 
3.4 Níveis de tomada de decisão
Por causa dessa importância, o processo de tomar decisões firma-se como sendo uma disciplina com vida própria dentro do campo da administração. Essa atividade acontece todo o tempo, em todos os níveis, e influencia diretamente o desempenho da organização. 
As decisões dentro das organizações podem, entre outros, ser classificadas quanto à atividade administrativa a que ela pertence, segundo três níveis (ANTONY, 1995): 
Nível operacional – significando o uso eficaz e eficiente das instalações existentes e todos os recursos para executar as operações. A decisão de nível operacional é um processo pelo qual se assegura que as atividades operacionais sejam bem desenvolvidas. 
Nível tático – Englobando a aquisição genérica de recursos e as táticas para aquisição, localização de projetos e novos produtos. As decisões no nível tático são normalmente relacionadas com o controle administrativo e são utilizadas para decidir sobre as operações de:
Formular novas regras de decisão;
Variação a partir de um funcionamento planejado;
Análise das possibilidades de decisão no curso das ações. 
Nível estratégico – Englobando a definição de objetivos, políticas e critérios gerais para planejar o curso da organização. A propósito das decisões de níveis estratégicos, é desenvolver estratégias para que a organização seja capaz de atingir seus objetivos.
Pode se observar com maior clareza através da figura abaixo:
Figura 1 – Níveis de tomada de decisão em uma organização
Fonte: Adaptada de Montana e Charnov (1999).
Metodologia
O estudo ora realizado teve como base pesquisa bibliográfica acerca do assunto em tela no sentido de apresentar os principais achados relacionados com o tema a fim de orientar e fundamentar o trabalho. 
Para estabelecer um paralelo entre a os fundamentos teóricos e o contexto fático objeto deste trabalho fora realizada uma pesquisa de campo sobre a realidade vivenciada em organizações públicas e privadas no tocante ao processo decisório estabelecendo-se um comparativo entre as duas realidades e entre estas e a referência teórica.
Neste sentido o estudo procurou responder a perguntas relacionadas com os estudos teóricos sobre o processo de decisão, traçando um paralelo com a realidade organizacional com o fito de compreender melhor a relação existente entre a teoria e a prática vivenciada nas organizações.
O Processo Decisório no Setor Público
A Administração Pública brasileira possui algumas características relacionadas ao seu funcionamento que interferem diretamente no processo decisório. Desta forma, para se entender o processo decisório no setor público é imperativo conhecer tais características.
Primeiramente podemos citar o arcabouço legislativo que regulamenta as ações da Administração cujo modelo foidesenvolvido e sustentado segundo um conjunto de valores jurídicos em que a lei em muitos pontos se contrapõe à utilização de técnicas modernas de administração. As tecnologias não são consideradas na elaboração das leis, e as ciências administrativas não têm uma associação direta com a legislação. Dessa forma, não há efetividade na aplicação desses recursos na administração pública. Além disso, a legislação brasileira apresenta-se de forma permanente e regrada não funcionando bem em ambientes que sofrem constantes mudanças.
Em razão da sua complexidade e da sua grande dimensão, a Administração Pública precisa se estruturar em segmentos específicos, adotando uma estrutura fragmentada. Assim, cada órgão é responsabilizado por uma demanda específica do cidadão, enquanto que a missão do Estado é o atendimento de todas as demandas sociais. Assim, a segmentação organizacional força o governo a exercer um controle dos meios (recursos, procedimentos e normas), tirando o foco da missão estatal. Neste cenário, faz-se necessário o reordenamento das missões dos órgãos públicos no sentido de cumprir as funções governamentais de forma global e integrada, a partir de uma visão sistêmica. Porém, muitas organizações públicas resistem à necessidade de promover uma avaliação sistemática e objetiva dos seus resultados e continuam exercendo as suas atividades com finalidades muitas vezes obsoletas aliadas a objetivos e metas abstratos.
Por outro lado, a administração central exerce controles rígidos como forma de efetivação de poder, porém, muitas vezes sem alcançar eficiência. O processo de democratização e de automação que acontece na sociedade contemporânea, bem como as tecnologias existentes impõem uma nova realidade onde predomine a racionalidade, a redução de custos e a simplificação. Essas exigências podem refletir na necessidade de diminuição ou readaptação do número de colaboradores, na extinção de órgãos ou diminuição de estruturas. Porém, interferências políticas costumam barrar esse processo na maioria das organizações.
Outro aspecto dessa realidade da máquina pública é a centralização das decisões por parte dos líderes em relação aos colaboradores. Essa postura reflete diretamente no desempenho destes, pois já que são meros executores, que não controlam o sistema não podem ser cobrados pelos resultados. Em razão dessa não participação, os colaboradores terminam se frustrando, se acomodando ou saindo da área pública. Em muitos casos os colaboradores mais valorizados não são aqueles que mais contribuem, mas os que compactuam de foram até irracional, por simples bajulação, com as decisões dos gestores, ainda que estas sejam equivocadas. Assim, apresenta-se de forma imperativa a necessidade de descentralização, de forma que o gestor adote o trabalho em equipe, contribuindo com a capacitação técnica, motivação e compromisso dos colaboradores, atribuindo-lhes liberdade de decisão e de realização de mudança, bem como responsabilidade pelo desempenho e resultado.
A descontinuidade administrativa é outra característica marcante da Administração Pública intimamente relacionada com o processo decisório e que implica em uma gestão lenta, tendo em vista que os avanços de gestão muitas vezes se anulam pelos retrocessos da seguinte movida pelo interesse de demonstrar a exclusividade dos feitos. Quando um novo governo assume muda os dirigentes, as estratégias, os estilos de liderança e as decisões. Na gestão pública o que predomina é a escolha dos dirigentes, do alto escalão, a partir de critérios políticos em detrimento dos técnicos. Enquanto isso, a nível operacional, predominam as decisões rotineiras, estruturadas pela burocracia, que garante a imutabilidade dos processos e, consequentemente, das instituições públicas. Desta forma, enquanto as organizações brasileiras do setor privado apresentam um grau notável de modernização nos últimos vinte anos, a administração pública não acompanha o processo, permanecendo praticamente da mesma forma.
Além do exposto, no âmbito da Administração Pública, as decisões operacionais estão atreladas às decisões superiores e essas circunstâncias estão associadas a alguns fatores, dentre os quais podemos destacar a dificuldade de avaliação das consequências do processo decisório em virtude da abrangência e volume das decisões; pelo grau de incerteza e de interferência política; pela dificuldade de administração do orçamento público em razão deste ser baseado em metas de curto prazo, porém tendo conseqüências de longo prazo.
Por fim, o processo decisório no setor público ainda sofre a influencia de uma característica predominante na gestão, qual seja, o fato de interesses político-partidários muitas vezes se sobreporem aos interesses sociais mais legítimas, alterando-se decisões tecnicamente bem elaboradas em nome da “política”. Quanto menos os cidadãos concordarem com as decisões administrativas, menos apoiarão a gestão. Dessa forma, o processo decisório precisa ser amplamente discutido e sobre as decisões pesam aspectos políticos que muitas vezes estão dissociados do ideal de uma administração eficiente capaz de atingir os seus objetivos sociais. As decisões estratégicas tomadas pelos órgãos públicos estão baseadas em valores e ideologias, variando de uma organização para outra, estando pouco suscetível à sistematização, e na maioria das vezes são inócuas, quando tomadas de forma isolada
O processo decisório no setor público pode ser assim classificado em sociais, e de cunho organizacionais. A primeira se liga às práticas regulatórias, definindo parâmetros para regulamentar o comportamento da sociedade no sentido harmonizar relações e promover mudanças na sociedade, enquanto a segunda se restringe aos órgãos públicos como instrumentos essenciais de ação governamental.
As tomadas de decisão no setor público se fundamentam na produção de bens e serviços com vistas ao atendimento das necessidades do mercado de consumo, sob influência direta do Sistema Econômico produtivo vigente.
Segundo Pereira e Fonseca (1997), na nova gestão pública as tomadas de decisão das novas instituições públicas, frente às constantes transformações devem ter como referência as necessidades dos usuários. O processo governamental da decisão pressupõe dupla participação, a do governo e a da sociedade (GIACOMINI, 2005).
O Processo Decisório no Setor Privado
O processo de tomada de decisão no setor privado, assim como no setor público é um reflexo da dinâmica e estrutura que compõe cada tipo de organização e o ambiente.
O cenário em que estão inseridas as organizações privadas compõe-se de uma conjuntura globalizada, altamente competitiva, onde as informações e as tecnologias se renovam a cada instante. Diante desse contexto, o processo de tomada de decisão precisa ser flexível, adaptando-se às constantes mudanças de paradigmas e se redesenhando continuamente. Assim, considerando-se que a maioria das decisões demandam soluções quase imediatas, em ambientes turbulentos, sob grande pressão e sem muito tempo para levantar informações, a adaptação às mudanças e a capacidade de tomar decisões rapidamente, sem expor a organização a riscos financeiros e a perdas de mercado, apresenta-se como um grande desafio para as organizações privadas.
A informação é de fato fundamental no processo de tomada de decisão no sentido de auxiliar a análise, o planejamento e a ação frente às mudanças empresariais. Porém, diante do universo de informações que se constrói a cada momento, a competitividade e a dinâmica do mercado exigem das organizações não só a agilidade na obtenção das informações, mas também capacidade de sintetizá-las. 
Assim, dispondo de informações fundamentais possíveis de serem analisadas, haverá mais precisão em relação às alternativas e, consequentemente, mais chances de acertar na decisão.
Nesse sentido, a evolução das TI propiciou o desenvolvimento de diversos sistemas que tem como finalidade fornecer ao decisor informações de qualidade, de forma rápida e a um baixo custo. 
Segundo Simon (1977), os computadoresrevolucionaram a tomada de decisão, pois processam grandes quantidades de dados em curto espaço de tempo, fornecendo informações para uma gama de decisões, uma vez que automatizam complexos cálculos estatísticos de simulação e heurística. Vale ressaltar a necessidade de que os sistemas computacionais devem ser projetados de forma adequada a cada tipo de decisão, considerando informações fundamentais. De outra forma, o excesso de informações pode confundir o decisor, ocorrendo perda de tempo e de objetividade do trabalho.
O processo decisório no setor privado também apresenta-se como de fundamental importância na implementação de novos processos administrativos e inovação tecnológica. A administração e a tecnologia são fatores determinantes para o atendimento das necessidades sociais. Desta feita, as inovações tecnológicas e administrativas contribuem para melhorar a qualidade dos bens e serviços, mantendo as empresas competitivas em seus segmentos.
Como forma de diminuir os riscos que envolvem quaisquer ações empreendedoras, segundo Foden (1994), o processo de tomada de decisão deve ser subsidiado por alguns mecanismos estratégicos, quais sejam, entender o mercado em que a organização atua; aproveitar ao máximo as tecnologias; conseguir eficiência nos processos e eficácia nos objetivos, principalmente no tocante à implementação de decisões e zelo pela imagem, extraindo o melhor das pessoas.
As organizações do setor privado, com o objetivo de sistematizar as atividades, se dividem em departamentos, setores ou funções administrativas de acordo com sistemática de cada organização. Anteriormente, os modelos organizacionais, no tocante ao processo decisório, estavam fundamentados na centralização e na verticalização. Porém, os novos modelos de gestão vem atenuando os valores hierárquicos, permitido a participação de mais colaboradores no processo de tomada de decisão empresarial (DRUCKER, 1999). Ou seja, há integração dos sistemas de informação operacional, tático e estratégico; há unidade na base de dados que contém as funções empresariais; as informações geradas são oportunas; há relação de sinergia e coerência em todos os níveis e em todos os sentidos.
7.Conclusão
A ciência da Administração sempre adotou prismas diferentes na consecução da análise da das gestões nas organizações públicas e nas organizações privadas, consequentemente a análise do processo decisório também deve ter enfoques diferentes para cada tipo de organização, pública ou privada.
Isto porque , as organizações públicas diferem das privadas fundamentalmente em razão da finalidade, pois as primeiras têm finalidades sociais, enquanto que as últimas visam o lucro. A partir deste princípio verificam-se as diferenças existentes entre o processo decisório no setor público e privado.
Assim, para entender as diferenças existentes no processo de tomada de decisão no setor público e no setor privado fez-se necessário o estudo sobre a dinâmica dessas organizações, suas estruturas e objetivos.
A partir deste estudo, concluímos que, afim de tornar o processo decisório eficaz e eficiente, a gestão pública precisa superar os fatores negativos da sucessão governamental no que tange à descontinuidade administrativa, criando mecanismos para evitar o retrocesso; estabelecer relações pragmáticas entre a legislação administrativa e as novas tecnologias; adotar uma visão sistêmica no sentido de executar as funções governamentais de forma global e integrada; valorizar a capacitação técnica na ocupação dos cargos públicos em detrimento das conveniências políticas; promover a descentralização das decisões e a participação social de modo que as decisões estejam atreladas aos interesses da população e não a interesses político-partidários.
Por outro lado, o processo decisório das organizações públicas, em razão da natureza organizacional das empresas deve ser flexível frente às constantes mudanças de mercado que exige decisões rápidas sem expor a empresa a riscos, utilizando-se para tanto de sistemas computacionais adequados a sua realidade, que ofereçam informações relevantes para o processo decisório.
Diante de todas as diferenças estruturais, funcionais e objetivas estabelecidas entre as organizações do setor público e privado, podemos adotar como um ponto de referência a centralização/descentralização das decisões por se tratar de uma aspecto procedimental que independe da natureza da organização. Neste sentido, à descentralização do processo de tomada de decisão das organizações privadas estão muito à frente das organizações públicas. Ou seja, é um processo que acontece de forma muito mais significativa no setor privado, retratando a inércia da gestão publica diante das novas tendências e técnicas administrativas.
REFERÊNCIAS
PRÉVE, ALTAMIRO DAMIAN. MORITZ, Gilberto de Oliveira. PEREIRA, Maurício Fernandes Organização, processos e tomada de decisão. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília]: CAPES: UAB, 2010.
URIS, A. O Livro de Mesa do Executivo. São Paulo, Editora Pioneira, 1989.
DRUCKER, Peter. Administração lucrativa. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1972.
HOPPEN, N. Resolução de problemas, tomada de decisão e sistemas deinformação. Caderno de Administração Geral Programa de Eficácia Gerencial, Porto Alegre, 1992.
MINTZBERG, Henry; AHLSTRAND, Bruce; LAMPEL, Joseph. Safári de estratégia: um roteiro pela selva do planejamento. Porto Alegre:Bookman, 2000.
DRUCKER. Peter Ferdinand. Sociedade pós-capitalista. São Paulo: Pioneira; Publifolha, 1999.
FREITAS, Henrique et al. Informação e decisão: sistemas de apoio e seu impacto. Porto Alegre: Ortiz, 1991.
GIACOMONI, James. Orçamento público. São Paulo: Atlas, 2005.
MORESI, Eduardo Amadeu Dutra. Delineando o valor do sistema de informação de uma organização. Ciência da Informação. Brasília, v. 29, n. 1, jan./abr. 2000. 
MORGAN, Gareth. Imagens da organização. São Paulo: Atlas, 1996.
ROSSETTI, José Pascoal. Introdução à Economia. 17.ed. São Paulo: Atlas, 1997. SIMON, Herbert Alexander. Comportamento administrativo. Rio de Janeiro: USAlD, 1965. 
SANTOS, Luciana Pucci. WAGNER, Ricardo. Processo Decisório e Tomada de Decisão: Um dualismo. Disponível em http://www.aedb.br/seget/artigos07/265_ PROCESSO%20DECISORIO%20E%20TOMADA%20DE%20DECISAO%20UM%20DUALISMO.pdf. Acesso em 15 de novembro de 2011.

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