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A Prática Cognitiva na Infância

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A Prática Cognitiva
na Infância
Profs. M.S.RENATO M. CAMINHA
Esp. MARINA GUSMÃO CAMINHA
Roteiro
•Questões básicas de desenvolvimento
infantil
•Questões norteadoras da clínica infantil
• Estudos de validação
• Epidemiologia
• Técnicas específicas de adaptação de
modelos
• Conceitualização cognitivo-
comportamental
• Tratamento (Casos Clínicos)
•Supervisão de caso
•Questões básicas de desenvolvimento
infantil
•Questões norteadoras da clínica infantil
• Estudos de validação
• Epidemiologia
• Técnicas específicas de adaptação de
modelos
• Conceitualização cognitivo-
comportamental
• Tratamento (Casos Clínicos)
•Supervisão de caso
Tipos de Interação: + - 0
Retração da Janela: Fator Tempo
Seleção-K: baixo número de filhotes, elevado nível de
dependência
A vinculação é uma estratégia da Seleção Natural
para dar continuidade a vida de filhotes delicados
e dependentes do meio onde vivem, os vínculos
afetivos desenvolvidos na relação mãe-bebê são
estimulantes e protetores, fundamentais ao bom
desenvolvimento do frágil filhote. Os bebês nascem
com um kit de estratégias darwinianas adaptativas
na luta pela vida. (Betellheim; Spitz; Harlow)
A vinculação é uma estratégia da Seleção Natural
para dar continuidade a vida de filhotes delicados
e dependentes do meio onde vivem, os vínculos
afetivos desenvolvidos na relação mãe-bebê são
estimulantes e protetores, fundamentais ao bom
desenvolvimento do frágil filhote. Os bebês nascem
com um kit de estratégias darwinianas adaptativas
na luta pela vida. (Betellheim; Spitz; Harlow)
Hofer (1998) em seus estudos o autor
demonstra que ratos de duas semanas de vida
protestam o desvínvulo da mãe se alisando. Tal
comportamento cessa com a presença da mãe
verdadeira ou de uma mãe substituta.
Ratos de dois dias de vida já demonstram
preferência a mãe a uma rata estranha, um
irmão a outro filhote estranho, o pai a
qualquer outro macho. Conforme Hofer (1999)
há biologia nestas condutas preferenciais.
Ratos de dois dias de vida já demonstram
preferência a mãe a uma rata estranha, um
irmão a outro filhote estranho, o pai a
qualquer outro macho. Conforme Hofer (1999)
há biologia nestas condutas preferenciais.
Resposta dos Filhotes Longe da Mãe: os filhotes entram em
estados comportamentais hiporesponsivos apresentando
lerdeza, diminuição da capacidade de alimentação reduzindo
o sugar de modo nutritivo, diminuição da freqüência
cardíaca, diminuição da temperatura do corpo, diminuição
de respostas a novos estímulos ambientais, reduzindo com
isso as aprendizagens, sono fragmentado e retardo de
crescimento. Ex. HarlowWisconsin University.
Resposta dos Filhotes Longe da Mãe: os filhotes entram em
estados comportamentais hiporesponsivos apresentando
lerdeza, diminuição da capacidade de alimentação reduzindo
o sugar de modo nutritivo, diminuição da freqüência
cardíaca, diminuição da temperatura do corpo, diminuição
de respostas a novos estímulos ambientais, reduzindo com
isso as aprendizagens, sono fragmentado e retardo de
crescimento. Ex. HarlowWisconsin University.
Ex: bebês hiporesponsivos, adoção, mães-cangurús.
As combinações a serem desenvolvidas são as
seguintes: Prisioneiro A entrega o prisioneiro B que não o
entregou e sai livre; Prisioneiro A entrega B que também o
entregou, ambos ficam presos; Prisioneiro A não entrega o
prisioneiro B que o entregou, prisioneiro A fica preso e o
prisioneiro B livre; Prisioneiro A não entrega o prisioneiro
B que também não o entregou, por falta de provas ambos
ficam livres.
AxelroldAxelrold e oe o TitTit forfor TatTat
As combinações a serem desenvolvidas são as
seguintes: Prisioneiro A entrega o prisioneiro B que não o
entregou e sai livre; Prisioneiro A entrega B que também o
entregou, ambos ficam presos; Prisioneiro A não entrega o
prisioneiro B que o entregou, prisioneiro A fica preso e o
prisioneiro B livre; Prisioneiro A não entrega o prisioneiro
B que também não o entregou, por falta de provas ambos
ficam livres.
Ex: Multigeracionalidade, antes de Proc. Afeto
HabilidadesHabilidades dodo BebêBebê:: após o quarto mês de gestação
já possuem a habilidade de identificar a voz da mãe,
intra útero e, até identificar canções ou melodias que a
mãe cante para o bebê. Após o nascimento, quando
escutarem novamente tais melodias, podem se sentir
seguros e tranqüilos, baixando a ansiedade decorrente
de novas situações ambientais estressantes (Barkow,
1999). Na Segunda metade da gestação os fetos já são
capazes de responder diferenciadamente a estímulos
auditivos, bem como categorizar os estímulos
agradáveis e os desagradáveis (Brazelton, et al 1987).
HabilidadesHabilidades dodo BebêBebê:: após o quarto mês de gestação
já possuem a habilidade de identificar a voz da mãe,
intra útero e, até identificar canções ou melodias que a
mãe cante para o bebê. Após o nascimento, quando
escutarem novamente tais melodias, podem se sentir
seguros e tranqüilos, baixando a ansiedade decorrente
de novas situações ambientais estressantes (Barkow,
1999). Na Segunda metade da gestação os fetos já são
capazes de responder diferenciadamente a estímulos
auditivos, bem como categorizar os estímulos
agradáveis e os desagradáveis (Brazelton, et al 1987).
Após o nascimento as habilidades do
bebê aumentam e suas respostas
comportamentais tendem a
estereotipia objetivando otimizar sua
adaptação e sobrevivência no meio
ambiente. É a Lógica do Tit for Tat
(Flores, 1999).
Após o nascimento as habilidades do
bebê aumentam e suas respostas
comportamentais tendem a
estereotipia objetivando otimizar sua
adaptação e sobrevivência no meio
ambiente. É a Lógica do Tit for Tat
(Flores, 1999).
Bebês humanos preferem nos primeiros
meses a imagens de seus pais, principalmente de
sua mãe a qualquer outra imagem de adulto
masculino ou feminino, preferem ainda os sons
familiares e de sua língua natal aos sons
estranhos e de outras línguas estrangeiras,
preferem o cheiro do leite de sua mãe ao de uma
outra mulher (Barkow 1999; Newcombe 2000).
Bebês humanos preferem nos primeiros
meses a imagens de seus pais, principalmente de
sua mãe a qualquer outra imagem de adulto
masculino ou feminino, preferem ainda os sons
familiares e de sua língua natal aos sons
estranhos e de outras línguas estrangeiras,
preferem o cheiro do leite de sua mãe ao de uma
outra mulher (Barkow 1999; Newcombe 2000).
Os bebês interagem de modo muito positivo
quando as mães se comunicam de modo melodioso
e harmônico. É perceptível que as mães falam
seguidamente com os bebês como se estivessem
cantando muitas vezes até quando lhe emitem um
não (Cramer, 1987). As situações descritas são
encontradas em animais com comportamento social
e maternagem intensos mas também são muito
semelhantes aos ratos estudados por Hofer (1999).
Os bebês interagem de modo muito positivo
quando as mães se comunicam de modo melodioso
e harmônico. É perceptível que as mães falam
seguidamente com os bebês como se estivessem
cantando muitas vezes até quando lhe emitem um
não (Cramer, 1987). As situações descritas são
encontradas em animais com comportamento social
e maternagem intensos mas também são muito
semelhantes aos ratos estudados por Hofer (1999).
O PingO Ping--Pong Neurobiológico mãePong Neurobiológico mãe--bebêbebê
Young (1998): a interação é pontuada por sistemas de estimulação
e gratificação mutuas, ao nível bioquímico, nem sempre acessível
aos processos cognitivos corticais.
Há um intrigante estudo efetuado pela antropóloga inglesa Nancy
Scheper-Hughes no nordeste brasileiro em regiões com taxas de
mortalidade infantil em torno de 40%. Foi constatado o
comportamento de desatenção seletiva e negligência moderada
por parte das mães com mais de um filho para alimentar. As
mães reduzem os alimentos e líquidos para os bebês fracos
demais para protestar. A justificativa consciente é estarrecedora:eles não pegam "gosto" ou "jeito" pela vida. Os cuidados
necessários eram dispensados apenas aos bebês que
demonstravam altas habilidades de interação com o ambiente.
Há um intrigante estudo efetuado pela antropóloga inglesa Nancy
Scheper-Hughes no nordeste brasileiro em regiões com taxas de
mortalidade infantil em torno de 40%. Foi constatado o
comportamento de desatenção seletiva e negligência moderada
por parte das mães com mais de um filho para alimentar. As
mães reduzem os alimentos e líquidos para os bebês fracos
demais para protestar. A justificativa consciente é estarrecedora:
eles não pegam "gosto" ou "jeito" pela vida. Os cuidados
necessários eram dispensados apenas aos bebês que
demonstravam altas habilidades de interação com o ambiente.
Egeland & Sroufe, Minnesota Parent Child-Project,
desde 1975. 267 mulheres abaixo da linha de pobreza e
180 crianças.
-os tipos de ligação das crianças com seus cuidadores,
quando tinham um ano de idade, prognosticam
problemas de comportamento social na escola
- bebês com carinho responsivo e caloroso são mais
empaticos com colegas
-Pobreza afeta o desevolvimento, tem efeitos
cumulativos a longo prazo
-Registros precoces de carinho e cuidado são redutores
de estresse futuro. Reduzir estresse das famílias é
promever prevenção
Egeland & Sroufe, Minnesota Parent Child-Project,
desde 1975. 267 mulheres abaixo da linha de pobreza e
180 crianças.
-os tipos de ligação das crianças com seus cuidadores,
quando tinham um ano de idade, prognosticam
problemas de comportamento social na escola
- bebês com carinho responsivo e caloroso são mais
empaticos com colegas
-Pobreza afeta o desevolvimento, tem efeitos
cumulativos a longo prazo
-Registros precoces de carinho e cuidado são redutores
de estresse futuro. Reduzir estresse das famílias é
promever prevenção
Alicia Lieberman e Charles Zeanah,
Universidade da Califórnia
-Técnicas do “Bom Ajuste” entre pais e
bebês:
- brincadeiras, vocalização, contato físico
e estímulos ambientais positivos
Alicia Lieberman e Charles Zeanah,
Universidade da Califórnia
-Técnicas do “Bom Ajuste” entre pais e
bebês:
- brincadeiras, vocalização, contato físico
e estímulos ambientais positivos
Wright (Wright (´´80): A Teoria dos Botões80): A Teoria dos Botões
MeioMeio AmbienteAmbiente ReguladorRegulador (Sintonia(Sintonia Fina)Fina)::
Ex: Comportamento Agressivo dos índios ianomâmis.
Em nossa sociedade, embora haja este tipo de
comportamento, ele não é permitido nem estimulado.
Poderíamos postular que no casos dos ianomâmis, sua
cultura, seu meio ambiente, eleva o botão do
comportamento agressivo no âmbito doméstico para
cima.
MeioMeio AmbienteAmbiente ReguladorRegulador (Sintonia(Sintonia Fina)Fina)::
Ex: Comportamento Agressivo dos índios ianomâmis.
Em nossa sociedade, embora haja este tipo de
comportamento, ele não é permitido nem estimulado.
Poderíamos postular que no casos dos ianomâmis, sua
cultura, seu meio ambiente, eleva o botão do
comportamento agressivo no âmbito doméstico para
cima.
Comportamentos agressivos: anos ´70. Principalmente
a partir dos trabalhos desenvolvidos em Gombe por
Jane Goodall e, posteriormente, seus seguidores
Peterson e Wragham (1998).
Evolução e Comportamento
•• Tit for TatTit for Tat
•• PingPing--PongPong NeurobiológicoNeurobiológico
•• TeoriaTeoria dosdos BotõesBotões
•• TemperamentoTemperamento XX PersonalidadePersonalidade
•• Tit for TatTit for Tat
•• PingPing--PongPong NeurobiológicoNeurobiológico
•• TeoriaTeoria dosdos BotõesBotões
•• TemperamentoTemperamento XX PersonalidadePersonalidade
Personalidade
Pervin & John (2004), que a descreve como
um conjunto de características do indivíduo
que justificam estilos persistentes na forma
de sentir, pensar e se comportar diante dos
eventos.
Seligman e o Estilo Atribuitivo (Explicativo. P.
Kendall
Pervin & John (2004), que a descreve como
um conjunto de características do indivíduo
que justificam estilos persistentes na forma
de sentir, pensar e se comportar diante dos
eventos.
Seligman e o Estilo Atribuitivo (Explicativo. P.
Kendall
Temperamento
Considerado o componente biológico da personalidade, baseado
em processos de grande influência hereditária (Kagan & Snidman,
1991).
Observada já em recém-nascidos, ainda no berçário, por meio de
reações inatas e diferenciadas diante dos mesmos estressores
ambientais (Pedersen et al., 1996).
Segundo Eisenberg et al. (2000), as principais características deste
constituinte da personalidade são:
§ manifestação durante a infância
§ relativa estabilidade ao longo do tempo
§ presença de substrato biológico evidenciável e hereditário
§ suscetibilidade à influência de fatores ambientais
Considerado o componente biológico da personalidade, baseado
em processos de grande influência hereditária (Kagan & Snidman,
1991).
Observada já em recém-nascidos, ainda no berçário, por meio de
reações inatas e diferenciadas diante dos mesmos estressores
ambientais (Pedersen et al., 1996).
Segundo Eisenberg et al. (2000), as principais características deste
constituinte da personalidade são:
§ manifestação durante a infância
§ relativa estabilidade ao longo do tempo
§ presença de substrato biológico evidenciável e hereditário
§ suscetibilidade à influência de fatores ambientais
Características de indivíduos segundo as quatro dimensões de temperamento propostas por
Cloninger (adaptado de Natrielli Filho, 2002).
DIMENSÃO do
Temperamento
VARIANTES
com
ESCORES ALTOS
VANTAGENS
ADAPTATIVAS
PREJUÍZOS
ADAPTATIVOS
VARIANTES
com
ESCORES BAIXOS
Evitação de
Dano
Pessimista
Medroso
Tímido
Passivo
Cautela
Planejamento
Ansiedade
Inibição
Otimista
Audacioso
Extrovertido
Enérgico
Busca de
Novidades
Impulsivo
Irritável
Explorador
Extravagante
Inovação
Entusiasmo
Recompensa
Aborrecimento
Frustração
Raiva
Instabilidade
Discreto
Parcimonioso
Reflexivo
Econômico
Busca de
Novidades
Impulsivo
Irritável
Explorador
Extravagante
Inovação
Entusiasmo
Recompensa
Aborrecimento
Frustração
Raiva
Instabilidade
Discreto
Parcimonioso
Reflexivo
Econômico
Dependência de
Recompensa
Afetivo
Sentimental
Caloroso
Aberto
Sensibilidade
Apego
Empatia
Entrosamento
Insegurança
Susceptibilida
de
Submissão
Reservado
Frio
Distante
Independente
Persistência Assíduo
Determinado
Entusiástico
Pefeccionista
Esforço
Perseverança
Ambição
Rigidez
Inadaptação
Preguiçoso
Mimado
Sem Objetivos
Pragmático
Densidade sináptica em três momentos distintos do ciclo vital.
No primeiro quadro, a densidade rarefeita em um recém-
nascido; no segundo quadro, a densidade elevada aos seis anos
de idade, após a intensa sinaptogêse da infância; no terceiro
quadro, a densidade que se mantém estável (Edelman) a partir
dos 14 anos, resultante do processo de seleção das sinapses
mais aptas para a estabilidade dos circuitos neuronais
(adaptado de Sthal, 2002).
Principais estruturas corticais avaliadas por exames de
neuroimagem em estudos de temperamento e
personalidade.
Lobo frontal
tálamotálamo
hipocampo
hipotálamo
amígdala
Bulbo Olfatório e
Córtex Órbito-Frontal
Neurônios Espelho: aprendizagem por modelação
Universidade de Parma –
Fogassi - Atividade de pegar uma uva ativou no macaco observador o mesmo
grupo de neurônios sem que ele fizesse a tarefa motora.
Rizzolatti e al (1996, 2000 e 2001) retrataram a existência de uma classe de
neurônios visuais motores no córtex pré-motor dos macacos.
“Esses neurônios são ativados quando uma ação particular é executada ou
quando o macaco observa a mesma ação sendo executada por outro
indivíduo”
Jacoboni et all (2005) Ressonância Magnética Funcional (fMRI)
N= 23 submetidos a 03 tipos de estímulos visuais
1. Ação de agarrar com a mão sem um contexto2. Agarrar com a mão em dois contextos diferentes (último contexto envolveu
agarrar (bebendo chá ou limpando a mesa)
Universidade de Parma –
Fogassi - Atividade de pegar uma uva ativou no macaco observador o mesmo
grupo de neurônios sem que ele fizesse a tarefa motora.
Rizzolatti e al (1996, 2000 e 2001) retrataram a existência de uma classe de
neurônios visuais motores no córtex pré-motor dos macacos.
“Esses neurônios são ativados quando uma ação particular é executada ou
quando o macaco observa a mesma ação sendo executada por outro
indivíduo”
Jacoboni et all (2005) Ressonância Magnética Funcional (fMRI)
N= 23 submetidos a 03 tipos de estímulos visuais
1. Ação de agarrar com a mão sem um contexto
2. Agarrar com a mão em dois contextos diferentes (último contexto envolveu
agarrar (bebendo chá ou limpando a mesa)
Resultados
• As ações inseridas em contextos,
comparadas com as outras duas tarefas
renderam um aumento significativo de
atividade:
–Região posterior do giro frontal inferior
–Córtex pré-motor ventral
Imitação/intenção = processos de cognição
social (implica tb neurônios da Teoria da
Mente)
• As ações inseridas em contextos,
comparadas com as outras duas tarefas
renderam um aumento significativo de
atividade:
–Região posterior do giro frontal inferior
–Córtex pré-motor ventral
Imitação/intenção = processos de cognição
social (implica tb neurônios da Teoria da
Mente)
O papel dos modelos infantis
• Os neurônios-espelho foram
observados em processos cognitivos
de intersubjetividade social, na
imitação, no aprendizado, na empatia
e no contágio de comportamento
como bocejo e risos (Hurley e Chater,
2005).
• Os neurônios-espelho foram
observados em processos cognitivos
de intersubjetividade social, na
imitação, no aprendizado, na empatia
e no contágio de comportamento
como bocejo e risos (Hurley e Chater,
2005).
Psicopatologia Infantil
Relação diagnóstico
Teórico e Ateórico na
infância
Relação diagnóstico
Teórico e Ateórico na
infância
DSMIV-RTranstornos Geralmente Diagnosticados pela 1a. Vez na Infância/Adolescência
RETARDO MENTAL Nota: Codificados no Eixo II
317 Retardo Mental Leve
318.0 Retardo Mental Moderado
318.1 Retardo Mental Grave
318.2 Retardo Mental Profundo
319 Retardo Mental, Gravidade Inespecificada
TRANSTORNOS DA APRENDIZAGEM
315.00 Transtorno da Leitura
315.1 Transtorno de Matemática
315.2 Transtorno da Expressão Escrita315.2 Transtorno da Expressão Escrita
315.9 Transtorno da Aprendizagem SOE
TRANSTORNO DAS HABILIDADES MOTORAS
315.4 Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação
TRANSTORNOS DA COMUNICAÇÃO
315.31 Transtorno da Linguagem Expressiva
315.32 Transtorno Misto da Linguagem Receptivo- Expressiva
315.39 Transtorno Fonológico
307.0 Tartamudez (Gagueira)
307.09 Transtorno da Comunicação SOE
DSMIV-R Transtornos Geralmente Diagnosticados pela 1a. Vez na Infância/ Adolescência
TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO
299.00 Transtorno Autista
299.80 Transtorno de Rett
299.10 Transtorno Desintegrativo da Infância
299.80 Transtorno de Asperger
299.80 Transtorno Global do Desenvolviemnto SOE
TRANSTORNOS DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E DE COMPORTAMENTO DIRUPTIVO
314.xx Transtorno de Défict de Atenção/ Hiperatividade
.00 Tipo Combinado.00 Tipo Combinado
.00 Tipo Predominante Desatento
.01 Tipo Predominante Hiperativo-Impulsivo
314.9 Transtorno de Défict de Atenção/ Hiperatividade SOE
312.xx Transtorno da Conduta
.81 Tipo com Início na Infância
.82 Tipo com Início na Adolescência
.89 Início Inespecificado
313.81 Transtorno Desafiador de Oposições
312.9 Transtorno de Comportamento Diruptivo SOE
DSMVTranstornos Geralmente Diagnosticados pela 1a. Vez na Infância/Adolescência
TRANSTORNO DE ALIMENTAÇÃO DA PRIMEIRA INFÂNCIA
307.52 Pica
307.53 Transtorno de Ruminação
307.59 Transtorno da Alimentação da Primeira Infância
TRANSTORNOS DE TIQUE
307.23 Transtorno de Tourette
307.22 Transtorno de Tique Motor ou Vocal Crônico
307.21 Transtorno de Tique Transitório Especificar se: Episódio Único/ Recorrente
307.20 Transtorno de Tique SOE
TRANSTORNOS DA EXCREÇÃOTRANSTORNOS DA EXCREÇÃO
787.6 Com Obstipação e Incontinência por Extravasamento
307,7 Sem Obstipação e Incontinência por Extravasamento
307.6 Enurese (Não Devida a uma condição Médica Geral) Especificar tipo: Exclusivamente
Noturna/Exclusivamente Diurna/ Noturna e Diurna
OUTROS TRANSTORNOS DA INFÂNCIA OU ADOLESCÊNCIA
309.21 Transtorno de Ansiedade de Separação Especificar se: Início Precoce
313.23 Mutismo Seletivo
313.89 Transtorno de Apego Reativo na Infância Especificar: Tipo inibido/ Tipo desinibido
307.3 Transtorno de Movimento Estereotipado Especificar Com Comportamento Autodestrutivo
313.9 Transtorno da Infância ou Adolescência SOE
A prática da psicoterapia cognitiva é diferente em
seus princípios básicos com adultos e com
crianças??
A prática da psicoterapia cognitiva é diferente em
seus princípios básicos com adultos e com
crianças??
Há momentos aos quais as práticas
com crianças estariam mais para
uma psicoterapia comportamental-
cognitiva do que cognitivo-
comportamental??
Há momentos aos quais as práticas
com crianças estariam mais para
uma psicoterapia comportamental-
cognitiva do que cognitivo-
comportamental??
É válido para a prática da psicoterapia cognitiva
com crianças estabelecermos uma distinção
didática entre infância e adolescência??
É válido para a prática da psicoterapia cognitiva
com crianças estabelecermos uma distinção
didática entre infância e adolescência??
Conforme Stallard (2004) numa revisão de
101 estudos de terapia cognitiva com crianças
79% deles incluíam crianças com menos de 10
anos de idade.
Na mesma revisão experimentos com terapia
cognitiva se mostraram eficazes com crianças
de menos de 7 anos em queixas que variavam
de encoprese, enurese, ansiedade, abuso
sexual até problemas comportamentais
escolares.
Conforme Stallard (2004) numa revisão de
101 estudos de terapia cognitiva com crianças
79% deles incluíam crianças com menos de 10
anos de idade.
Na mesma revisão experimentos com terapia
cognitiva se mostraram eficazes com crianças
de menos de 7 anos em queixas que variavam
de encoprese, enurese, ansiedade, abuso
sexual até problemas comportamentais
escolares.
Os esquemas infantis não são tão
solidificados quanto os de adultos.
O estilo atribuitivo pessimista é
determinado por volta dos 9 anos
embora os efeitos patológicos
possam surgir apenas mais tarde.
(Safran,1995)
Os esquemas infantis não são tão
solidificados quanto os de adultos.
O estilo atribuitivo pessimista é
determinado por volta dos 9 anos
embora os efeitos patológicos
possam surgir apenas mais tarde.
(Safran,1995)
Faixas para intervenção conforme a idade
Idade Demanda para
atendimento
psicológico*
Motivos Capacidade
neuropsicológica
Intervenção clínica
0-3 anos Baixa
- condutas agressivas;
- hipersexualização
(fatores geralmente
ligados a situações de
negligência e abusos
infantis);
- distúrbios do sono e
distúrbios alimentares
- restrita, baixa
capacidade de
integração entre
as funções
executivas
- incapacidade
metacognitiva
Base
comportamental,
treinamento de pais.0-3 anos Baixa
- condutas agressivas;
- hipersexualização
(fatores geralmente
ligados a situações de
negligência e abusos
infantis);
- distúrbios do sono e
distúrbios alimentares
- restrita, baixa
capacidade de
integração entre
as funções
executivas
- incapacidade
metacognitiva
Base
comportamental,
treinamento de pais.
* proporção de casos em clínica escola juntamente com práticas privadas dos autores entre os anos de 1998-2006.
Faixas para intervenção conforme a idade
Idade Demanda para
atendimento
psicológico*
Motivos Capacidade
neuropsicológica
Intervenção clínica3-8 anos Média
- idem às situações
anteriores além de
manifestações
hiperatividade com déficit
de atenção e suas
conseqüências
(agressividade, desafiador
opositivo);
- problemas de adaptação
à escola e problemas de
aprendizagem e interação
social.
- Um pouco menos
restrita do que a
faixa acima entre
as idades de 3 a 6
anos. De 6 a 8
anos grande
avanço das
funções
executivas.
- de 3 a 6 anos
intervenções mais
centradas nos pais e
maior uso de técnicas
comportamentais.
- de 6 a 8 oito maior
probabilidade de
utilização de técnicas
cognitivo-
comportamentais.
3-8 anos Média
- idem às situações
anteriores além de
manifestações
hiperatividade com déficit
de atenção e suas
conseqüências
(agressividade, desafiador
opositivo);
- problemas de adaptação
à escola e problemas de
aprendizagem e interação
social.
- Um pouco menos
restrita do que a
faixa acima entre
as idades de 3 a 6
anos. De 6 a 8
anos grande
avanço das
funções
executivas.
- de 3 a 6 anos
intervenções mais
centradas nos pais e
maior uso de técnicas
comportamentais.
- de 6 a 8 oito maior
probabilidade de
utilização de técnicas
cognitivo-
comportamentais.
* proporção de casos em clínica escola juntamente com práticas privadas dos autores entre os anos de 1998-2006.
Faixas para intervenção conforme a idade
Idade Demanda para
atendimento
psicológico*
Motivos Capacidade
neuropsicológica
Intervenção clínica
8-12 anos Alta
A soma de todas as
queixas acima com
grande presença de
transtornos de eixo I
(DSM-IV),
principalmente
envolvendo humor e
ansiedade.
De 8 a 12 anos
maior nível de
sofisticação
neuropsicológico
expresso por maior
capacidade de
representação
simbólica e funções
metacognitivas.
- predominância de
intervenções
cognitivo-
comportamentais
adaptadas através
de jogos, desenhos,
fantoches,
softwares;
- forte aliança
terapêutica com pais
e se possível com a
escola.
8-12 anos Alta
A soma de todas as
queixas acima com
grande presença de
transtornos de eixo I
(DSM-IV),
principalmente
envolvendo humor e
ansiedade.
De 8 a 12 anos
maior nível de
sofisticação
neuropsicológico
expresso por maior
capacidade de
representação
simbólica e funções
metacognitivas.
- predominância de
intervenções
cognitivo-
comportamentais
adaptadas através
de jogos, desenhos,
fantoches,
softwares;
- forte aliança
terapêutica com pais
e se possível com a
escola.
* proporção de casos em clínica escola juntamente com práticas privadas dos autores entre os anos de 1998-2006.
Faixas para intervenção conforme a idade
Idade Demanda para
atendimento
psicológico*
Motivos Capacidade
neuropsicológica
Intervenção clínica
A partir
dos 12
anos
Alta
Mesma recorrência das
situações anteriores,
mas com características
mais próximas do adulto
(adolescente) do que da
criança.
Grande nível
maturacional
neuropsicológico
apesar de
“instabilidades”
típicas da faixa de
transição.
Predominância de
técnicas cognitivas
com menor inserção
de situações
mediadas pelos pais.A partir
dos 12
anos
Alta
Mesma recorrência das
situações anteriores,
mas com características
mais próximas do adulto
(adolescente) do que da
criança.
Grande nível
maturacional
neuropsicológico
apesar de
“instabilidades”
típicas da faixa de
transição.
Predominância de
técnicas cognitivas
com menor inserção
de situações
mediadas pelos pais.
* proporção de casos em clínica escola juntamente com práticas privadas dos autores entre os anos de 1998-2006.
Epidemiologia
- Prevalência de psicopatologias na infância: 14 a
22%
- Perturbações mais graves ocorrem num intervalo
de 8 a 10% de toda a população infantil não
havendo diferenças estatísticas significativas entre
meninos e meninas
(Brandenburg, Friedman e Silver, 1990).
- Prevalência de psicopatologias na infância: 14 a
22%
- Perturbações mais graves ocorrem num intervalo
de 8 a 10% de toda a população infantil não
havendo diferenças estatísticas significativas entre
meninos e meninas
(Brandenburg, Friedman e Silver, 1990).
Demanda clínica
infantil
• Pais
• Familiares
• Escola
• Outras Instituições
• Outros Profissionais
• Pais
• Familiares
• Escola
• Outras Instituições
• Outros Profissionais
Recorte Clínico
• Crianças com 06 anos possuem a capacidade de
compreender sofrimento (dissonantes) e
conseqüências imediatas e futuras de seu problema.
- você gostaria de sentir medo de ir à escola?
- se você pudesse escolher preferiria não ter medo?
- Provável resposta: “eu prefiria não ter medo!”
• Crianças com 06 anos possuem a capacidade de
compreender sofrimento (dissonantes) e
conseqüências imediatas e futuras de seu problema.
Ex: Fobia escolar
Diagnóstico Infantil
•Diagnóstico Ateórico
• Diagnóstico Teórico
•Diagnóstico Ateórico
• Diagnóstico Teórico
Avaliação Infantil
Instrumentos de Avaliação:
O CBCL, um dos instrumentos mais
utilizados no mundo, possui a
capacidade de dividir a população
clínica da não clínica.
Instrumentos de Avaliação:
O CBCL, um dos instrumentos mais
utilizados no mundo, possui a
capacidade de dividir a população
clínica da não clínica.
Avaliação Infantil
Instrumentos de Avaliação:
Escalas de avaliação de habilidades
sociais infantis, de assertividade, de
humor ou ansiedade, são sempre
importantes aliados na busca do
diagnóstico, ajudando, mas nunca
substituindo, a avaliação e a entrevista
clínica.
Instrumentos de Avaliação:
Escalas de avaliação de habilidades
sociais infantis, de assertividade, de
humor ou ansiedade, são sempre
importantes aliados na busca do
diagnóstico, ajudando, mas nunca
substituindo, a avaliação e a entrevista
clínica.
Garber (1984) destaca quatro parâmetros para
identificarmos se o problema apresentado pela criança
é de fato um problema:
1. quanto à intensidade do comportamento ser excessiva
ou deficiente;
2. a freqüência na qual o comportamento problema
ocorre ou deixa de ocorrer;
3. a duração é muito linear, pouco linear, varia conforme
o ambiente, é persistente ou não;
4. o número de sintomas e suas configurações.
Avaliação Infantil
Garber (1984) destaca quatro parâmetros para
identificarmos se o problema apresentado pela criança
é de fato um problema:
1. quanto à intensidade do comportamento ser excessiva
ou deficiente;
2. a freqüência na qual o comportamento problema
ocorre ou deixa de ocorrer;
3. a duração é muito linear, pouco linear, varia conforme
o ambiente, é persistente ou não;
4. o número de sintomas e suas configurações.
Problema Infantil
Há problemas, distúrbios psicológicos, com a criança
quando esta revela processos cognitivos e/ou
comportamentais que se afastam das normas sociais
vigentes em uma cultura.
Tais normas, entretanto, são arbitrárias e relativas
porque ocorrem com uma freqüência ou intensidade
que os adultos significativos de seu meio julgam ser
muito altas ou muito baixas.
(Ross, 1973)
Ex. Comportamento hipersexualizado
Há problemas, distúrbios psicológicos, com a criança
quando esta revela processos cognitivos e/ou
comportamentais que se afastam das normas sociais
vigentes em uma cultura.
Tais normas, entretanto, são arbitrárias e relativas
porque ocorrem com uma freqüência ou intensidade
que os adultos significativos de seu meio julgam ser
muito altas ou muito baixas.
(Ross, 1973)
Ex. Comportamento hipersexualizado
Problema Infantil
Quando uma criança manifesta um
comportamento- problema, na verdade
ela não está criando um problema e sim
tentando resolver, porém não de forma
mais adequada/adaptativa, mas é forma
que ela encontrou no momento
(Silvares, 1998 ).
Quando uma criança manifesta um
comportamento- problema, na verdade
ela não está criando um problema e sim
tentando resolver, porém não de forma
mais adequada/adaptativa,mas é forma
que ela encontrou no momento
(Silvares, 1998 ).
Aliança Terapêutica
terapeuta pais
escolacriança
Esquema de Relação Terapêutica
(Caminha & Caminha, 2007)
terapeuta pais
Aliança Terapêutica
criança Escola,demaiscontextos
Quadro de Valências
0
2
4
6
8
10
12
pais/equivalentes
familiares
professores
terapeuta
0
2
4
6
8
10
12
pais/equivalentes
familiares
professores
terapeuta
Ex. Menino da matemática: reforço endógeno X exógeno
Atenção aos Aspectos!
- o modo como os pais comunicam à criança a ida a um terapeuta
não pode ter um aspecto punitivo. Situações como “você não tem
se comportado”...ou ainda, “você não tem ido bem na escola por
isso perderá coisas que gosta e ainda terá de ir a um terapeuta”,
são claras demonstrações de casos mal conduzidos e com forte
potencial de prejuízo na relação terapêutica.
- Após a primeira entrevista com os pais que se constitui o primeiro
contato com o problema da criança, questionamos aos pais “seu
filho sabe que virá aqui?”, “ele sabe o que é um terapeuta?”, “ele
sabe os motivos de vir conversar comigo?”.
- o modo como os pais comunicam à criança a ida a um terapeuta
não pode ter um aspecto punitivo. Situações como “você não tem
se comportado”...ou ainda, “você não tem ido bem na escola por
isso perderá coisas que gosta e ainda terá de ir a um terapeuta”,
são claras demonstrações de casos mal conduzidos e com forte
potencial de prejuízo na relação terapêutica.
- Após a primeira entrevista com os pais que se constitui o primeiro
contato com o problema da criança, questionamos aos pais “seu
filho sabe que virá aqui?”, “ele sabe o que é um terapeuta?”, “ele
sabe os motivos de vir conversar comigo?”.
Orientações Básicas
• Orientar a criança. Ela deverá saber que terapeutas são pessoas que
ajudam as pessoas a resolverem problemas quando elas não
conseguem resolvê-los sozinhas.
• Incluir toda a família no problema. Estamos todos com o problema e
todos nós estamos indo procurar ajuda.
• Perguntar se a criança concorda em buscar ajuda
• Não prometer recompensas por sua ida ao terapeuta, isso a
condicionará a sempre ter ganhos frente a situações problema, ela
deverá se perceber como parte do problema e perceber a
necessidade em tratá-lo.
• Orientar a criança. Ela deverá saber que terapeutas são pessoas que
ajudam as pessoas a resolverem problemas quando elas não
conseguem resolvê-los sozinhas.
• Incluir toda a família no problema. Estamos todos com o problema e
todos nós estamos indo procurar ajuda.
• Perguntar se a criança concorda em buscar ajuda
• Não prometer recompensas por sua ida ao terapeuta, isso a
condicionará a sempre ter ganhos frente a situações problema, ela
deverá se perceber como parte do problema e perceber a
necessidade em tratá-lo.
Orientações Básicas
• Fazer um balanço das vantagens de se solucionar o problema com a
criança;
NÃO = desvantagens sem chantagens emocionais do tipo “se você
não perder o medo de ir à escola mamãe ficará cada vez mais
triste”.
SIM = “se você não perder o medo de ir à escola como poderá ler
seus livrinhos ou a legenda de filmes que passam no cinema?”.
• Limitar temporalmente a ida da criança ao terapeuta.
“Nós iremos ao terapeuta por um tempo até que o nosso problema
melhore ou esteja solucionado”.
• Fazer um balanço das vantagens de se solucionar o problema com a
criança;
NÃO = desvantagens sem chantagens emocionais do tipo “se você
não perder o medo de ir à escola mamãe ficará cada vez mais
triste”.
SIM = “se você não perder o medo de ir à escola como poderá ler
seus livrinhos ou a legenda de filmes que passam no cinema?”.
• Limitar temporalmente a ida da criança ao terapeuta.
“Nós iremos ao terapeuta por um tempo até que o nosso problema
melhore ou esteja solucionado”.
Conceitualização
Formular um caso é elaborar um modelo, uma
representação esquemática do problema do paciente
e suas conseqüências diretas e indiretas, sendo esta
coleta de dados para a formulação do modelo feita
com a família, a escola e a criança
preferencialmente.(Rangé,2001)
Formular um caso é elaborar um modelo, uma
representação esquemática do problema do paciente
e suas conseqüências diretas e indiretas, sendo esta
coleta de dados para a formulação do modelo feita
com a família, a escola e a criança
preferencialmente.(Rangé,2001)
Conceitualização
Adultos: de 3 a 5 sessões
Crianças: de 4 a 8 sessões
Inclusão de familiares,
babá, educadores, além
das sessões com a
própria criança
Adultos: de 3 a 5 sessões
Crianças: de 4 a 8 sessões
Inclusão de familiares,
babá, educadores, além
das sessões com a
própria criança
Conceitualização
A formulação do caso deverá ser
feita diante do comportamento
problema, diagnóstico do problema,
apresentado pela criança e suas relações
com família e demais ambientes aos
quais está inserida. (Caminha &
Caminha, 2007).
A formulação do caso deverá ser
feita diante do comportamento
problema, diagnóstico do problema,
apresentado pela criança e suas relações
com família e demais ambientes aos
quais está inserida. (Caminha &
Caminha, 2007).
Conceitualização
Apontar hipóteses mais explanatórias que
expliquem a inter-relação entre os
sintomas e os contextos levantados, sendo
portanto, teoricamente inferidas
Objetivo da conceitualização
Apontar hipóteses mais explanatórias que
expliquem a inter-relação entre os
sintomas e os contextos levantados, sendo
portanto, teoricamente inferidas
Equação que envolve:
• tipo de problema da criança;
• nível de amparo familiar para
colaboração e participação da
família;
• nível de colaboração e de
condições cognitivas da criança.
Conceitualização
Tempo de Terapia
Equação que envolve:
• tipo de problema da criança;
• nível de amparo familiar para
colaboração e participação da
família;
• nível de colaboração e de
condições cognitivas da criança.
Rapport
• Você sabe por que está aqui hoje? “surpresa” para
criança em razão de possíveis questões difíceis para os
pais aceitarem, por exemplo, o TOC de seu filho.
• Ao abrir a porta: “Olá você deve ser o Pedro, seus pais
já falaram de mim para você?”.
SIM = ok
NÃO = “não sei de nada; eles só disseram que agente
ia sair”, sugerimos que os pais ou, caso seja apenas
um deles, entrem juntamente com a criança e ajude
ao terapeuta no rapport .
Conceitualização
Rapport
• Você sabe por que está aqui hoje? “surpresa” para
criança em razão de possíveis questões difíceis para os
pais aceitarem, por exemplo, o TOC de seu filho.
• Ao abrir a porta: “Olá você deve ser o Pedro, seus pais
já falaram de mim para você?”.
SIM = ok
NÃO = “não sei de nada; eles só disseram que agente
ia sair”, sugerimos que os pais ou, caso seja apenas
um deles, entrem juntamente com a criança e ajude
ao terapeuta no rapport .
• Você sabe quem eu sou?
• O que faz e como trabalha um terapeuta?
• Segundo seus pais o motivo de você estar aqui é por
estar tendo comportamentos repetitivos que o fazem se
atrasar nas tarefas em casa e na escola e que lhe deixam
muito ansioso e você não consegue controlar seus
pensamentos e comportamentos, você concorda?
(exemplo clínico de TOC)
• Qual a visão que você tem do seu problema?
• Questões e narrativas capazes de serem compreendidas
pela criança. Desenhos e fantoches.
Conceitualização
• Você sabe quem eu sou?
• O que faz e como trabalha um terapeuta?
• Segundo seus pais o motivo de você estar aqui é por
estar tendo comportamentos repetitivos que o fazem se
atrasar nas tarefas em casa e na escola e que lhe deixam
muito ansioso e você não consegue controlar seus
pensamentos e comportamentos, você concorda?
(exemplo clínico de TOC)
• Qual a visão que você tem do seu problema?
• Questões e narrativas capazes de serem compreendidas
pela criança. Desenhos e fantoches.
• SimetriaX Assimetria entre queixa dos pais e
realidade da criança
• Pais com crenças inflexíveis; nível de exigência
elevado; baixa tolerância a respostas.
Por exemplo, tirar nota 8 e não uma nota 10
pode gerar nos pais idéias de que o filho possui
problemas de aprendizagem. Suas crenças
condicionadas apontam para “se meu filho fosse
realmente inteligente ele só tiraria dez”.
Conceitualização
O que devemos efetivamente saber?
• Simetria X Assimetria entre queixa dos pais e
realidade da criança
• Pais com crenças inflexíveis; nível de exigência
elevado; baixa tolerância a respostas.
Por exemplo, tirar nota 8 e não uma nota 10
pode gerar nos pais idéias de que o filho possui
problemas de aprendizagem. Suas crenças
condicionadas apontam para “se meu filho fosse
realmente inteligente ele só tiraria dez”.
Recorte clínico: filho de 11 anos de um bem sucedido
profissional liberal chegou a tratamento
encaminhado pela escola com a justificativa de
desistir facilmente das tarefas pelo elevado nível de
exigência pessoal.
• Conceitualização = pai que desqualifica os
resultados positivos do filho.
• Sua intenção? “Para que ele não pensasse que as
coisas são fáceis na vida só por que o pai dele tem
dinheiro”. Segundo ele “eu só me dei bem na vida
por que tive dificuldades”.
Conceitualização
O que devemos efetivamente saber?
Recorte clínico: filho de 11 anos de um bem sucedido
profissional liberal chegou a tratamento
encaminhado pela escola com a justificativa de
desistir facilmente das tarefas pelo elevado nível de
exigência pessoal.
• Conceitualização = pai que desqualifica os
resultados positivos do filho.
• Sua intenção? “Para que ele não pensasse que as
coisas são fáceis na vida só por que o pai dele tem
dinheiro”. Segundo ele “eu só me dei bem na vida
por que tive dificuldades”.
•Uma questão pertinente a este exemplo seria a
seguinte:
Não havendo adesão e conseqüente
reestruturação cognitiva das crenças paternas
há viabilidade de tratamento clínico apenas
para a criança?
Conceitualização
O que devemos efetivamente saber?
•Uma questão pertinente a este exemplo seria a
seguinte:
Não havendo adesão e conseqüente
reestruturação cognitiva das crenças paternas
há viabilidade de tratamento clínico apenas
para a criança?
•Resumidamente a resposta é SIM.
Principais fontes de problemas da criança
• Fatores genéticos
• Fatores ambientais
• Fatores genéticos
• Fatores ambientais
Fatores Ambientais
•Reforços acidentais de comportamentos problemas:
ex. Birra em supermercado
• Armadilhas: estilos atribuitivos dos pais e interação
com as crianças.
ex. Comportamento de roubo “eu tenho uma ótima
relação com meu filho…o estou criando para que
me diga sempre a verdade…ele não mentiria para
mim pois me ama”.
Ex. Agressões físicas e a aprendizagem por
modelação. Comportamentos sexuais.
•Reforços acidentais de comportamentos problemas:
ex. Birra em supermercado
• Armadilhas: estilos atribuitivos dos pais e interação
com as crianças.
ex. Comportamento de roubo “eu tenho uma ótima
relação com meu filho…o estou criando para que
me diga sempre a verdade…ele não mentiria para
mim pois me ama”.
Ex. Agressões físicas e a aprendizagem por
modelação. Comportamentos sexuais.
Ignorância de comportamentos desejados
• Saber diferenciar agitação normal de
hiperatividade
• Instruções erradas com muitas/poucas
informações em horários errados e
ambientes inadequados e presença de
respostas emocionais
• Exigência demasiada por parte dos pais
(Reforços/Punições/Modelação)
• Saber diferenciar agitação normal de
hiperatividade
• Instruções erradas com muitas/poucas
informações em horários errados e
ambientes inadequados e presença de
respostas emocionais
• Exigência demasiada por parte dos pais
(Reforços/Punições/Modelação)
A conceitualização, do ponto de vista específico dos
pais deverá levar em conta:
• o estresse de cada um dos pais,
• como lidam com problemas,
• como compartilham os problemas no âmbito doméstico,
• o quanto envolvem a criança nos problemas vividos
individualmente e como casal,
• como gerenciam e expressam os conflitos conjugais,
• como lidam com problemas que envolvem finanças
• se dispõe de amparo social e como o utilizam.
• o estresse de cada um dos pais,
• como lidam com problemas,
• como compartilham os problemas no âmbito doméstico,
• o quanto envolvem a criança nos problemas vividos
individualmente e como casal,
• como gerenciam e expressam os conflitos conjugais,
• como lidam com problemas que envolvem finanças
• se dispõe de amparo social e como o utilizam.
Questões Básicas Norteadoras do Processo de Conceitualização
Encaminhamento:
1. Quem encaminhou a criança?
2. Quais os motivos observados por quem
encaminhou?
3. Quem trouxe a criança? Há assimetria entre
quem percebeu o problema e quem trouxe a
criança?
4. Há concordância entre os membros da família
acerca do problema constatado?
Encaminhamento:
1. Quem encaminhou a criança?
2. Quais os motivos observados por quem
encaminhou?
3. Quem trouxe a criança? Há assimetria entre
quem percebeu o problema e quem trouxe a
criança?
4. Há concordância entre os membros da família
acerca do problema constatado?
Sobre a criança
1. Dados de anamnese (complicações gestacionais,
APGAR, desenvolvimento neuropsicomotor, controle
esfincteriano, desenvolvimento alimentar,
desenvolvimento sócio-cognitivo);
2. Descrição do funcionamento cognitivo-comportamental
da criança feito a partir da coleta de dados com pais,
familiares, educadores e demais pessoas de referência
da criança, se possível com exemplos diversos.
3. Eventos traumáticos ou história de maus-tratos
4. Pontos fortes e deficientes do comportamento infantil
segundo os entrevistados
1. Dados de anamnese (complicações gestacionais,
APGAR, desenvolvimento neuropsicomotor, controle
esfincteriano, desenvolvimento alimentar,
desenvolvimento sócio-cognitivo);
2. Descrição do funcionamento cognitivo-comportamental
da criança feito a partir da coleta de dados com pais,
familiares, educadores e demais pessoas de referência
da criança, se possível com exemplos diversos.
3. Eventos traumáticos ou história de maus-tratos
4. Pontos fortes e deficientes do comportamento infantil
segundo os entrevistados
Sobre a família
1. Genealogia de doenças mentais familiares
2. Elementos da história conjugal e familiar
3. Conflitos conjugais
4. Estilo atribuitivo dos pais
5. Mapeamento da família, quais são os principais vínculos, os principais
modelos da criança
6. Cultura familiar
7. Religiosidade
8. Uso de punições e reforços
9. O que já foi feito para que o problema fosse resolvido
10. Disponibilidade e uso de amparo social
11. Disponibilidade dos pais e pessoas referência da criança estarem
envolvidos no processo terapêutico
1. Genealogia de doenças mentais familiares
2. Elementos da história conjugal e familiar
3. Conflitos conjugais
4. Estilo atribuitivo dos pais
5. Mapeamento da família, quais são os principais vínculos, os principais
modelos da criança
6. Cultura familiar
7. Religiosidade
8. Uso de punições e reforços
9. O que já foi feito para que o problema fosse resolvido
10. Disponibilidade e uso de amparo social
11. Disponibilidade dos pais e pessoas referência da criança estarem
envolvidos no processo terapêutico
Processo terapêutico
1. Objetivar os problemas, elaborar metas e hierarquia a fim de
promover um contrato terapêutico com todos os membros
envolvidos no processo.
2. Observar interações pais e crianças
3. Formular hipóteses e compartilhar com os envolvidos no processo
4. Objetivar a participação dos membros envolvidos no processo.
Quem? Quando? Onde? De que maneira?
1. Objetivar os problemas, elaborar metas e hierarquia a fim de
promover um contrato terapêutico com todos os membros
envolvidosno processo.
2. Observar interações pais e crianças
3. Formular hipóteses e compartilhar com os envolvidos no processo
4. Objetivar a participação dos membros envolvidos no processo.
Quem? Quando? Onde? De que maneira?
5. Abastecer freqüentemente os envolvidos no processo de
informações pertinentes ao processo terapêutico
6. Definir objetivos de trabalho que visem a alteração
comportamental de modo realístico e com vistas a
comportamentos alternativos e desejáveis (ilha).
7. Diagrama de conceitualização cognitiva visando mapear situações
ambientais, cognitivas, afetivas e possíveis registros fisiológicos,
tendo como ponto de partida o baralho das emoções (carinhas).
Processo terapêutico
5. Abastecer freqüentemente os envolvidos no processo de
informações pertinentes ao processo terapêutico
6. Definir objetivos de trabalho que visem a alteração
comportamental de modo realístico e com vistas a
comportamentos alternativos e desejáveis (ilha).
7. Diagrama de conceitualização cognitiva visando mapear situações
ambientais, cognitivas, afetivas e possíveis registros fisiológicos,
tendo como ponto de partida o baralho das emoções (carinhas).
Situando e psicoeducando quanto aos problemas (Ilha)
Fase Inicial
Fase Final
Modelo da TCC: acessamento infantil
Sentimentos*
Situação
Comportamentos
Crenças: Sobre si
mundo
futuro
Situação
Pensamentos
* Ponto de partida da abordagem
Como Surgem as Emoções?
• A partir do Sistema Límbico - sede da emoção
• Como definimos emoções?
Como o resultado da estimulação de
estruturas límbicas, gerando um estado de
ânimo, refletido nas mudanças de
comportamentos, fisiologia e demais
implicações sociais
• A partir do Sistema Límbico - sede da emoção
• Como definimos emoções?
Como o resultado da estimulação de
estruturas límbicas, gerando um estado de
ânimo, refletido nas mudanças de
comportamentos, fisiologia e demais
implicações sociais
Emoções como Processos Primários
• São “Inatas”. Presentes desde o nascimento
• Permite, desde o nascimento, que as pessoas
reajam com uma certa emoção diante de certo
estímulo
• Estruturas, como amígdala, recebem o sinal dos
córtices sensorais (não é preciso pleno
conhecimento da situação, mas sim a detecção de
suas características chaves)
• Sensação da emoção (sentimento): consciência no
processo
• São “Inatas”. Presentes desde o nascimento
• Permite, desde o nascimento, que as pessoas
reajam com uma certa emoção diante de certo
estímulo
• Estruturas, como amígdala, recebem o sinal dos
córtices sensorais (não é preciso pleno
conhecimento da situação, mas sim a detecção de
suas características chaves)
• Sensação da emoção (sentimento): consciência no
processo
Emoções Primárias: MEDO
Emoções Primárias: IRA
Emoções Primárias: TRISTEZA
Emoções Primárias: ALEGRIA
Baralho
das
emoções
Baralho
das
emoções
Recursos Clínicos
•Psicoeducar quanto as emoções
•Ampliar o repertório de emoções
•Adequar a emoção e sua respectiva
reação comportamental
•Acompanhar a evolução do
tratamento
•Psicoeducar quanto as emoções
•Ampliar o repertório de emoções
•Adequar a emoção e sua respectiva
reação comportamental
•Acompanhar a evolução do
tratamento

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