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AULA - FORÇAS ARMADAS

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FORÇAS ARMADAS
As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, Exército e Aeronáutica, são o contigente de homens que têm como prerrogativa precípua a defesa da nação. Organizadas nacionalmente, de forma permanente regular, cabe à lei complementar a sua estruturação (art. 142, parágrafo 1º da CF). 
As Forças Armadas exercem um papel imprescindível na manutenção da soberania nacional. São dispostas de forma permanente, porque se ligam a própria existência do Estado, não podendo ser dissolvidas, e regular, porque funcionam de modo contínuo. 
O Presidente da República é o comandante supremo das Forças Armadas, destinando-as à defesa da pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem (art. 142, caput, da CF).
Com a herança da ditadura militar, antes havia três ministérios militares, sem subordinação a um ministério civil. Agora, foi criado o Ministério da Defesa, a ser ocupado privativamente por brasileiros natos, com responsabilidade de gerir as Forças Armadas. 
Para a chefia de cada uma dessas forças foi criado o cargo de comandante, tanto na Marinha como no Exército e na Aeronáutica. Os membros das Forças Armadas são considerados servidores públicos, mas de um corpo especial da Administração, distinguindo-se dos demais pela sua militarização. 
Têm como objetivo a defesa da pátria, a garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer um deles, a defesa da lei e da ordem. As funções das Forças Armadas podem ser divididas em internas e externas. Em âmbito externo, elas atuam de forma a garantir a soberania da nação contra ameaças estrangeiras. Em nível interno, historicamente, elas funcionam como mecanismos de garantia da lei e da ordem, o que lhes dava o papel de guardiãs da estabilidade, ficando a seu arbítrio o momento de intervir na sociedade civil. 
Quanto ao ingresso no serviço militar, o professor José Afonso da Silva (in curso de Direito Constitucional Positivo), assim observa: “os servidores militares das Forças Armadas ou ingressam no serviço por via do recrutamento, que é forma de convocação para prestar o serviço militar, ou por via de exame de ingresso, nos cursos de formação de oficiais.
O serviço militar é obrigatório nos termos da lei. 
O ingresso nas polícias militares é voluntário, e, por conseguinte, os interessados se submetem a prova de seleção de vários tipos para sua investidura, incluindo também as escolas de formação de seus integrantes oficiais. 
A polícia militar mantém função essencial do Estado, com competência para manter a ordem pública protegendo todos os indivíduos, como também o seu patrimônio. A polícia militar compete o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública.
Não caberá “habeas corpus” em relação a punições disciplinares militares. 
Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, depois de alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar.
As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir. 
Todos os funcionários públicos militares, sem qualquer exceção (da menor a mais alta patente) estão sujeitos à hierarquia (que é a relação de subordinação escalonada, pela qual se afere a graduação superior ou inferior) e a disciplina (que é o poder que tem o superior hierárquico de impor aos subordinados comportamentos, através de ordens e mandamentos). Para Miguel Seabra Fagundes (in As Forças Armadas na Constituição) as palavras, hierarquia e disciplina, se correlacionam, pois “Onde há hierarquia, com superposição de vontades, há, correlativamente, uma relação de sujeição objetiva, que se traduz na disciplina, isto é, no rigoroso acatamento, pelos elementos dos graus inferiores da pirâmide hierárquica, às ordens, normativas e individuais, emanadas dos órgãos superiores. A disciplina é, assim, um corolário de toda organização hierárquica.”
SEGURANÇA PÚBLICA
A Segurança Pública tem a incumbência de impedir a violação das normas estabelecidas, estando diluída nas esferas dos entes estatais, como a polícia administrativa, a judiciária, a civil, a florestal, etc. 
Planteia a Constituição que é dever do Estado, e direito e responsabilidade de todos, garantir a segurança pública ( art.144, caput, da CF). Não obstante o enunciado, essa obrigação recai substancialmente no Poder Público, porque este tem os meios necessários para o seu exercício. A obrigação dos cidadãos reside no cumprimento das leis e no respeito aos direitos fundamentais, criando uma consciência de cidadania na sociedade. 
A segurança pública no Brasil pode ser preventiva, de natureza administrativa, ou judiciária, de natureza repressiva. Preventiva é aquela que atua no sentido de evitar a prática de condutas delituosas e a judiciária é aquela que busca desvendar a autoria da infração já praticada. A primeira tem como missão primordial a vigilância e a proteção da sociedade, mantendo a ordem, a tranquilidade pública e velando pela garantia dos direitos fundamentais. A segunda concentra a sua atuação no momento posterior à infração, colhendo todos os elementos para a identificação dos autores do ilícito e fornecendo os subsídios que vão embasar a ação penal. 
A segurança pública do País está escalonada nas três esferas de governo. Na órbita federal, há a polícia federal, a polícia rodoviária federal e a polícia ferroviária federal, todas organizadas de forma permanente; na esfera estadual, temos a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros; e , em âmbito municipal, há a guarda municipal. 
 POLÍCIA FEDERAL : 
 organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesse da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional, e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL :
Órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.
POLÍCIA FERROVIÁRIA FEDERAL :
Órgã o permanente , organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. 
POLÍCIAS CIVIS :
Dirigidas por delegados de polícia de carreira incumbem-se, ressalvadas a competência da União, as funções de Polícia Judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. Para Orlando Soares (in Comentários à Constituição) assim define: 
“A Polícia Civil – em oposição à Polícia Militar –, composta de um conjunto de órgãos governamentais e serviços especializados, competem o cumprimento das prescrições estabelecidas por lei, para a manutenção da ordem pública, quer preventivamente, quer de maneira curativa, isto é, atuando os seus agentes no sentido da repressão à criminalidade, na tarefa de persecução penal, exercendo as funções de Polícia Judiciária, em colaboração com o Poder Judiciário (Código de Processo Penal)”. 
POLÍCIAS MILITARES :
Respondem pelo o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública. Para Orlando Soares (in Comentários à Constituição Brasileira) :
“A Polícia Militar, por sua vez, constitui uma corporação governamental militarizada, também denominada Força Pública, instituída pelos Estados-membros da Federação, destinada a atender às requisições das autoridades administrativas,com o objetivo de manutenção da ordem e o policiamento ostensivo”. 
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR:
Além das atribuições definidas em lei incumbe à execução de atividades de defesa civil. 
OBSERVAÇÃO = As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordina-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela Segurança Pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades. 
GUARDAS MUNICIPAIS:
Tem a missão de proteger os bens, instalações e serviços do Município.

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