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Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 1 Historia de Física &, Tecnologia Cursos de Mestrado ―Ensino de Física‖ Março 2011 UP – Beira/Maputo Prof. Mário Suarte BALOI Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 2 Relevância do Módulo 1. Na área de aprendizagem da física, a História da Física ajuda a promover a melhor compreensão de conceitos e dos métodos científicos. 2. Isso significa, que as concepções dos alunos e a aprendizagem conceptual em ciências pode ser comparada com aqueles processos que ocorreram com os cientistas antigos e/ou modernos fazedores do conhecimento humano e da cultura das ciências naturais. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 3 Relevância do Módulo 1. A importância da história vem sendo muito apreciada para compreensão também de processos e resultados de aquisição de conhecimentos científicos. 2. A perspectiva histórica permite a todos, em geral localizarem-se na tradição do pensamento e do desenvolvimento de ideias. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 4 Relevância do Módulo 1. Estudos mais avançados só podem ser realizados num contexto interdisciplinar no módulo sobre ciência-tecnologia-sociedade. 2. Dos futuros docentes e estudantes de licenciatura e de mestrado espera-se a capacidade de integração de elementos da história de física e da tecnologia no ensino das ciências física ao nível do ensino secundário e/ou superior. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 5 Objectivos Gerais São objectivos gerais do presente módulo: Aprender a apreciar o valor da história de física e da tecnologia para o desenvolvimento do conhecimento humano e da cultura. Aprender a conhecer as ideias, pensamentos e experiências de trabalho persistente e talentoso que contribuíram para o desenvolvimento da ciência. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 6 Objectivos Específicos Desenvolver a compreensão de desenvolvimento histórico de princípios científicos, de conceitos e de ideias da física e da tecnologia; Descrever e explicar casos específicos de desenvolvimento histórico de ideias ou pensamentos ligados à própria ciência e à tecnologia que contribuíram e contribuem para o desenvolvimento da física e da Tecnologia; Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 7 Objectivos Específicos Descrever a experimentação como parte integrante dos métodos científicos que contribui para o desenvolvimento das ciências naturais e da tecnologia. Desenvolver formas e métodos de integração ou da inter- e transdisciplinaridade entre as ciências Físicas, a História da Física e da Tecnologia e os processos de ensino- aprendizagem, sobretudo para a promoção de mudanças das concepções dos alunos e da aprendizagem conceptual. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 8 Metodologia geral O presente módulo vai basear-se em métodos mistos de ensino, que baseiam-se nas estratégias do construtivismo. Desenvolver a compreensão de desenvolvimento histórico da física como parte integrante do esforço humano e do conhecimento humano e da cultura geral. Descrever e explicar casos específicos de desenvolvimento histórico de ideias ou pensamentos ligados à própria ciência e à tecnologia que contribuíram e contribuem para o desenvolvimento da física e da tecnologia; Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 9 Metodologia geral Descrever a experimentação como parte integrante dos métodos científicos que contribui para o desenvolvimento das ciências naturais. Desenvolver formas e métodos de integração ou da inter- e transdisciplinaridade entre as ciências Físicas, a História da Física e da Tecnologia e os processos de ensino- aprendizagem, sobretudo para a promoção de mudanças das concepções dos alunos e da aprendizagem conceptual. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 10 Competências Apresentar resumos de casos de estudo sobre o desenvolvimento histórico na ciências físicas. Apresentar possibilidades de integração da história de física no ensino de física, particularmente para a promoção de mudanças das concepções dos alunos e da aprendizagem conceptual. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 11 Avaliação Na generalidade, cada estudante de mestrado deste módulo deverá apresentar no final da aprendizagem um pequeno resumo de pesquisa. O resumo deverá abordar e relacionar a histórica da física ou da tecnologia e a possibilidade concreta de integração no ensino. Os estudantes devem no final apresentar uma comunicação sobre esta abordagem. A elaboração de um texto escolar para o ensino da história de física e da tecnologia, a elaboração e abordagem escolar das experiencias históricas e a construção de experiencia concretas apoiadas por textos de apoio e fichas de trabalho do aluno são considerados critérios importantes da avaliação para a conclusão positiva deste módulo. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 12 Bibliografia 1. Hans-Joachim Wilke et all. (1987), Historische physikalische Versuche, Aulis Deubner, Germany. 2. Károly Simonyi,.(2001), Kultur Geschichte der Physik: Von den Anfängen bis heute. Harri Deutsch, Germany,. 3. José Maria Filardo Bassalo (1996), Nascimento da Física :3500 a.C. & 1900 a.D. Universidade Federal do PARA, Belém. 4. Long, P.O. (1985), Science and Technology in Medieval Society, Academy of Science,. New York. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 13 Bibliografia 5. Kirby, R.S.; Withington, S.; Darling A.B.; & Kilgour, P.G. (1990); Engineering in History, Dover, New York.. 6. Dugas, R. (1988); History of Mechanics, Dover, New York. 7. Meyers Lexikon.(1997), Geschichte der Technik, Die Deutsche Bibliothek, Mannheim. 8. Livros escolares de Biologia, Física, Química e Matemática 9. Planos Curriculares da República de Moçambique Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 14 Conteúdo – Unidades 1. Nascimentos da física (idade antiga, idade media, renascença e idade moderna) 2. Elementos da História da Mecânica experimental 3. Elementos da História da Termodinâmica experimental 4. Elementos da História da Electricidade e Magnetismo experimental 5. Elementos da História da Óptica experimental e da física moderna experimental 6. Elementos históricos e contemporâneos (globalização) da Tecnologia 7. Breve considerações da História do Ensino da Física: principais projectos. 8. Inter- e transdisciplinaridade: a integração da História da Física no Ensino Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 15 Nascimentos da física Nascimentos da física Idade antiga: astronomia, óptica, mecânica, acústica, partículas, calor, electricidade e magnetismo. Idade média: astronomia, óptica, mecânica, acústica, partículas, calor, electricidade e magnetismo. Renascença: astronomia, óptica, mecânica, acústica, partículas, calor, electricidade e magnetismo. Idade moderna: astronomia, óptica, mecânica, acústica, partículas, calor, electricidade e magnetismo. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica16 Exemplos da historia da experimentação e reconstrução de experiências históricas da Física 1. Pressão e Peso do Ar: descoberta do principio de funcionamento do sifão de HERON 2. Descoberta do parafuso de Arquimedes 3. Movimento uniformemente acelerado – Queda livre 4. Constante de gravidade 5. Força de impulsão em líquidos 6. Equação de Bernoulli 7. Pressão e pressão atmosférica 8. Leis dos gases ideais 9. Máquinas à vapor 10. Equivalente mecânico do calor 11. Teoria cinético – molecular Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 17 Exemplos da historia da experimentação e reconstrução de experiências históricas da Física 12. Carga elementar eléctrica 13. Electrostática 14. Pilhas galvânicas 15. Lei de Ohm 16. Efeito magnético da corrente eléctrica 17. Indução electromagnética 18. Ondas hertzianas: Telegrafia s/ fio e Telefonia 19. Experiência de J.Franck & G.Hertz Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 18 Exemplos da historia da experimentação e reconstrução de experiências históricas da Física 20. Efeito fotoeléctrico externo 21. Velocidade da luz 22. Refracção da luz 23. Interferência da luz 24. Polarização da luz 25. Espectros de riscas 26. Radioactividade 27. Métodos de demonstração das radiações nucleares Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 19 Exemplos de tecnologias modernas em Moçambique Tecnologia de comunicação (Rádio, Televisão & Internet, TIC‘s) Tecnologia de lâmpadas fluorescentes Tecnologias de motores a gás (autocarros etc.) Tecnologia de iluminação publica Tecnologia e sistema de transportes, estradas e pontes (10 years, Tchopela, Bicicletas, Chapas-100) Tecnologia de processamento de alimentos (caldo de ananás) Tecnologia de produção de cimento Tecnologia de fundição de metal Tecnologia de extracção e processamento da madeira Tecnologia de navegação marítima Tecnologia de processamento de produtos agrícolas (cereais) Tecnologia de produção de cabos eléctricos (CEMOC) Tecnologia de produção de carvão (mineral e vegetal) Tecnologia de extracção mineira Tecnologia de produção de energia Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 20 Exemplos de tecnologias “tradicionais” em Moçambique Tecnologia no fabrico de fogões Tecnologia nas armadilhas de caça Tecnologia de conservação de agua (Muringa) Tecnologia nos jogos tradicionais (pião, berlindes, papagaio, fisga, castanha (rapa), telefone de latas, tic-tac, neca) Tecnologia no de fabrico de panelas de barro Tecnologia na construção de casas (blocos, Catandica (Barue, cerâmica (Uni. Jean Piaget, Distrito de Buzi), Tecnologia na conservação de alimentos Tecnologia no transporte através da tracção animal Tecnologia na construção de instrumentos musicais Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 21 Recomendações – Resumos Descrição de antecedentes filosóficos (visão, pensamentos, ideias que tiveram influência sobre a descoberta, indicação das personagens envolvidas e outras fontes de possível influência)! Descrição de teorias, hipóteses e modelos relevantes e aceite na época na área de física e relacionadas com o fenómeno em causa! Descrição da experimentação e seus resultados! Descrição da explicação dos fenómenos da experimentação! Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 22 Recomendações – Resumos Descrição da experimentação Dados da experiência Materiais e instrumentos de medição aplicados Observações realizadas Resultados obtidos Explicação (histórica) do novo fenómeno (teoria, hipóteses, modelos usados) Avaliação da explicação à luz de modelos ou da teoria moderna Projecto pedagógico (ensino & aprendizagem) Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 23 Questões sobre a Tecnologia 1. Identificar documentos relevantes sobre a politica de ciência e tecnologia em Moçambique! 2. Elaborar um possível quadro periódico (marcos históricos) sobre o desenvolvimento de uma área especifica da tecnologia em Moçambique! 3. Investigar um possível quadro periódico (marcos históricos) sobre o desenvolvimento da ciência e tecnologia em Moçambique! 4. Discutir as vantagens e desvantagens da tecnologia na sociedade (em Moçambique)! Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 24 Questões sobre a Tecnologia 6. Identificar produtos que caracterizam os países industrializados (G8) na vanguarda técnico-científica! 7. Apresente elementos da politica da ciência e tecnologia em Moçambique e o seu relacionamento com a educação na luta contra subdesenvolvimento! 8. Identificar as vantagens e desvantagens da tecnologia para a educação (o ensino em particular) em países em vias de desenvolvimento! 9. Identificar elementos da renovação técnico-científica em Moçambique (vantagens e desvantagens)! Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 25 Questões sobre a Tecnologia 10. Explicar o papel que a historia da tecnologia pode desempenhar no ensino de física! 11. Explicar os métodos da integração da historia da tecnologia no ensino. Discutir isso na base de um exemplo especifico! 12. Explicar um exemplo de uma “tecnologia tradicional” e as formas da sua integração no ensino de física 13. Explicar um exemplo de uma “tecnologia moderna” e as formas da sua integração no ensino de física 14. Discutir as possibilidades de relacionar dois métodos de ensino: a integração da historia da tecnologia e baseada em métodos de projectos de ensino! 15. Elaborar textos de descrição de historia de experiências de física, proceder a sua reconstrução. Elaborar e exemplificar a sua integração no ensino! Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 26 Questões sobre a historia de física 16. Elaborar um resumo “estudo de caso” da descoberta, descrição e explicação de fenómenos da física experimental nas áreas de mecânica, termodinâmica, electricidade e magnetismo e óptica (sejam exemplos referentes a idade antiga, media, renascença ou da idade moderna). 17. Explicar o papel que a historia da ciência (física) pode desempenhar no ensino de física! 18. Explicar os métodos da integração da historia de física no ensino. Discutir isso na base de um exemplo especifico. 19. Discutir as possibilidades de relacionar dois métodos de ensino: a integração da historia de física baseada em métodos de projectos de ensino! 20. Elaborar textos de descrição de tecnologia (tradicional ou moderna) e proceder a sua reconstrução. Elaborar e exemplificar a sua integração no ensino! Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 27 Exemplo de trabalho de pesquisa em curso na área de tecnologia & energia • Família moçambicana versus energia eléctrica – Actividade profissional da mulher, trabalho domestico e energia eléctrica – Electricidade no senso comum e no quotidiano da vida da população – Popularização de conhecimentos sobre a energia eléctrica – Sistema CREDELEC versus custos/consumos de energia de electrodomésticos – Desenvolvimento de ―estações de ciência e tecnologia‖ de energia eléctrica nas universidades e escolas secundarias Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 28 Exemplo de trabalho de pesquisa em curso na área de tecnologia & energia1. Reconstrução de experiências históricas da Física – Trabalho de pesquisa no CTE 2. Feiras e estações para a Popularização das Ciências Físicas e das Tecnologias em Moçambique – experiências de um projecto do CTE-UP (Maciene/UP-Gaza) 3. Historia da Transferência/Importação de Tecnologia em Moçambique – experiências de um projecto da CTE-UP Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 29 Ciência versus Tecnologia Ciência, como um processo de questionamento, descobertas e de procura de explicações. Esta definição evoca a natureza heurística da ciência (ponto de vista dinâmico). A ciência baseia-se em experiências, teorias e paradigmas. Ciência, modo de organizar de forma lógica e sistematizada, o pensamento (o papel do cientista é o de adicionar novos factos ao conjunto de conhecimentos já elaborados; ponto de vista estático que valoriza o estado actual de conhecimentos e o processo de acumulação)! Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 30 Ciência versus Tecnologia A teoria é a explicação sistemática de um conjunto de factos, fenómenos e leis. Paradigma é um modelo fundamental ou um esquema que organiza o nosso ponto de vista sobre algo (exemplos de ciências sociais: interaccionismo, funcionalismo, teoria do conflito etc.) Paradigma tradicional das ciências sociais (procura o descobrimento de leis universais - a semelhança das ciências naturais - que governam o comportamento de indivíduos). Paradigma radical das ciências sociais admite o rigor das ciências naturais mas considera que as pessoas são diferentes entre si e dos objectos da natureza A combinação da experiência e da argumentação constitui um dos paradigmas fundamentais que tem contribuído para o maior sucesso da investigação em ciências naturais Ciência produz vários instrumentos e produtos úteis para o seu funcionamento: equipamento de laboratórios, computadores e seus programas, voos espaciais, procedimentos estatísticos, etc. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 31 Ciência versus Tecnologia A tecnologia, que é uma forma de aplicação do conhecimento, pode ser caracterizada como: uma aplicação sistemática de procedimentos e instrumentos necessários para a transformação de matérias-primas em bens de uso e/ou consumo. Todas as sociedades humanas desenvolveram tecnologias para fazer face às suas necessidades, mas nem todas elas produziram ciência. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 32 Tecnologia versus Ciência Tecnologias são um produto do conhecimento e da criatividade humana: 1. Resultado do ―conhecimento empírico‖ (tecnologia tradicional, indígena ou nativa) 2. Resultado da inovação técnica 3. Resultado do conhecimento e da criação cientifica Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 33 Tecnologia versus Ciência Técnica é definida como resultado de aplicação da ciência. Vamos discutir esta ideia: Na figura vê-se um gerador duma central atómica da firma BBC (1635 MVA, 27 kV) Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 34 Tecnologia versus Ciência A figura anterior mostrava um gerador em dimensões reais a ser instalado numa central atómica. Ora nos livros escolares de física habituamo-nos a uma figura de gerador constituída por uma espira girando num campo magnético uniforme. Nota-se imediatamente a distancia que vai entre os princípios físicos e a realidade da sua concretização. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 35 Marcos históricos de Ciência e Tecnologia no mundo A partir do século XVII, a evolução da ciência passou a servir de alavanca para a promoção do desenvolvimento tecnológico da sociedade contribuindo para aumentar a eficiência dos dispositivos tecnológicos existentes criando uma base para a invenção de novas tecnologias. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 36 Inovações tecnológicas versus globalização As inovações tecnológicas que surgiram na era da globalização tiveram e tem tido impactos sociais muito maiores do que outras formas de inovação: No mundo actual, podemos assistir a uma tendência importante, chamada ―globalização”. Fruto desta interacção surge o conceito de ―ciência e tecnologia‖, que hoje se pretende aplicar à realidade moçambicana. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 37 Globalização Globalização é o crescimento das relações económicas internacionais, da interdependência e do desenvolvimento conjunto de mercados de produtos e de prestação de serviços para além das fronteiras de cada país; Na globalização, a circulação dos capitais financeiros internacionais e a difusão das novas tecnologias desempenham um grande papel. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 38 Desequilíbrios e perspectivas da globalização As grandes corporações detêm o monopólio da tecnologia e seus orçamentos, estatais e privados, dedicam imensas verbas para a ciência pura e aplicada. Politicamente a globalização recente caracteriza-se pela crescente adopção de regimes democráticos. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 39 Dimensões da Globalização I: Científico-Técnica Económica, Ecológica, Política, Cultural Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 40 Dimensões da Globalização II: Divisão Internacional do Trabalho Habilidade competitiva dos sistemas nacionais Optimização dos Padrões Competência em todas as áreas Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 41 Desequilíbrios e perspectivas da globalização Os países-núcleos da globalização (os integrantes do G-8), dominam à exportação de produtos da vanguarda tecnológica; Busca-se actualmente no domínio político uma aproximação, intercâmbio e cooperação. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 42 Produtos da vanguarda tecnológica Micro-eletrônica computadores equipamentos para a navegação espacial equipamento de telecomunicações máquinas e robôs equipamento científico (medicina, biologia, química, física) químicos orgânicos equipamentos da meteorologia e da geofísica etc. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 43 Períodos de Globalização Período Caracterização Primeira fase (1450 – 1850) Expansionismo mercantilista Segunda fase (1859 – 1950) Industrial-imperialista- colonialista Globalização recente (Pós – 1989) Cibernética-tecnológica- associativa Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 44 Globalização – Competitividade & Efeitos Condições Significado para a Competitividade Efeitos Os esforços coroados de êxito pelo desenvolvimento dum mercado livre mundial (OECD/GATT/WTO) Expansão dos mercados até o surgimento dos mercados globais A concorrência entre os países industrializados é mais localizada. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 45 Globalização – Competitividade & Efeitos Condições Significado para a CompetitividadeEfeitos Investimentos directos no estrangeiro pelas corporações Além da crescente integração do mercado do comércio mundial desenvolve-se uma integração e organização da produção e dos seus serviços além fronteiras Uma adaptação lenta às novas condições significa um perigo: Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 46 Globalização – Competitividade & Efeitos Condições Significado para a Competitividade Efeitos A formação transnacional dos empresários/ corporações Globalização significa a intensificação da competição os produtos caros dos países industrializados podem chegar nos países subdesenvol- vidos á preços baixos Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 47 Globalização – Competitividade & Efeitos Condições Significado Efeitos Transações financeiras ao nível mundial Globalização significa a intensificação da competição O fututo destes países é uma produção de bens de forma inteligente, progressiva e prestação de serviços de qualidade Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 48 Globalização – Competitividade & Efeitos Condições Significado Efeitos Transações financeiras ao nível mundial Globalização significa a intensificação da competição Uma força de trabalho não qualificada ou mal qualificada será mal paga ou não irá receber emprego. O estado não pode mais controlar Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 49 Competição globalizada Cada país é membro dum sistema internacional competitivo: Certas actividades duma determinada área desaparecem enquanto outras ganham importância e expansão Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 50 Consequências da Globalização Vencedores Perdedores Países que se tornam numa bola de jogo na arena internacional Países cuja autonomia acaba num casino capitalista, Países que transferem os seus problemas internos para o exterior Fraca Qualidade dos Recursos Humanos Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 51 Ministério de Ciência e Tecnologia “Maiores desafios para Moçambique” Quem não é capaz de participar na ―sociedade de conhecimentos‖ torna-se susceptível do risco de não poder sobreviver num mundo competitivo. Desafios: a erradicação da pobreza absoluta, a melhoria das condições de vida da sua população, e o crescimento económico equitativo e sustentável. Sem poder responder à globalização e à emergência da sociedade de conhecimentos, o país terá grandes dificuldades em poder resolver problemas de base. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 52 Nova Dimensão da Educação ao nível nacional, regional e global Assegurar as bases naturais e fundamentais de vida Realizar a luta constante contra a pobreza A educação/formação são uma condição fundamental para a promoção de um desenvolvimento sustentável (Nações Unidas/1992/ Agenda 21) Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 53 Desafios para Moçambique O quadro em que Moçambique enfrenta os seus maiores desafios: a erradicação da pobreza absoluta, a melhoria das condições de vida da sua população, e o crescimento económico equitativo e sustentável. Sem poder responder à globalização e à emergência da sociedade de conhecimentos, o país terá grandes dificuldades em poder resolver esses problemas de base (?). Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 54 Pontos fracos sobre a Ciência e Tecnologia em Moçambique (MCT) (1) A produção científica no país é escassa, com a agravante de a informação sobre o trabalho científico não estar facilmente disponível aos académicos, aos utentes a ao público em geral. (2) A insuficiência de mecanismos e incentivos para garantir qualidade de trabalho, valorização e desenvolvimento da massa crítica académica e investigadora, não motiva a publicação científica, e concorre para a fuga e dispersão de quadros superiores, fragilizando o desempenho e desenvolvimento das instituições de investigação; (3) A cooperação entre os meios de comunicação social e os actores de ciência e tecnologia é pouco expressiva; os meios de comunicação social carecem de sectores especializados em matéria de ciência e tecnologia; (4) O grau de popularização da ciência assim como o nível de acesso tipos de ensino não formal (museus, feiras, exposições, media, de entre outros) são baixos; Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 55 Pontos fracos (MCT-Moçambique) (5) A inexistência de um Sistema Nacional de Investigação e Desenvolvimento, o desactualizado quadro legal das instituições de investigação cientifica, e a falta de comprometimento nacional para financiar a investigação traduzem-se no facto de as instituições de investigação operarem sem a necessária autonomia científica, administrativa e financeira; (6) As comunidades, detentoras de conhecimento local com potencial para ser mobilizado em prol do desenvolvimento, ainda não são participantes activos no sistema de ciência e tecnologia; (7) As ligações entre os investigadores, as diferentes instituições de ciência e tecnologia, entre estas e a sociedade, e entre o ensino e Política de Ciência e Tecnologia investigação são ainda deficientes; os resultados da investigação não são aproveitados para a formulação de políticas e tomada de decisões; Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 56 Pontos fracos (MCT- Moçambique) (8) as infra-estruturas (as bibliotecas, os laboratórios, de entre outras) e o equipamento disponível para a investigação são escassos, obsoletos ou inexistentes; por outro lado, os recursos financeiros são exíguos e a investigação depende, em grande medida, de financiamento externo; (9) as oportunidades desiguais de acesso à educação e recursos reflectem- se no desequilíbrio entre o número de homens e mulheres que trabalham na área de investigação; (10) O desfasamento entre os conteúdos do ensino e a realidade sócio- cultural é muito acentuado; pouca ênfase é dada à formação técnico profissional e os escassos meios disponíveis para apoio ao ensino não são profundamente usados, com reflexos particulares nas aulas práticas; Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 57 (11) O sector produtivo mostra reduzida capacidade de investigação, o que se reflecte na dificuldade de atingir as normas de qualidade exigidas pelo mercado internacional; por outro lado o parque industrial nacional tem limitada capacidade de transformar matérias primas. Pontos fracos (MCT- Moçambique) Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 58 Objectivo geral da Politica CT A política de ciência e tecnologia (PCT) tem como objectivo geral desenvolver um sistema integrado de produção e de gestão do conhecimento virado para as necessidades nacionais de forma a impulsionar o desenvolvimento sustentável do país. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 59 Objectivos específicos da MCT Desenvolver um sistema de investigação científica e deinovação integrado, dinâmico e de qualidade. Reforçar o Sistema Nacional de Educação e da Formação Profissional na componente de criação de capacidades científicas e tecnológicas. Desenvolver a capacidade inovadora do sector produtivo nacional. Desenvolver um sistema de disseminação e comunicação do conhecimento científico e tecnológico, aproveitando também as novas Tecnologias de Informação e Comunicação. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 60 Exemplo: Tecnologia Tradicional Com a finalidade de apreender as experiências na construção de armadilhas e das técnicas de caça iniciamos de Maio a Novembro de 1994 várias deslocações ao distrito de Boane e realizamos várias entrevistas com um caçador residente naquela região do país. O senhor Amós Baskete Fumo, nascido em 1936 foi caçador desde 1960 e reside em Boane na localidade de Mabandja onde vem praticando a caça. As entrevistas foram conduzidas por mim e por Alberto Felisberto Cupane na altura estudante de Física e Matemática da Faculdade de Ciências Naturais e Matemáticas da Universidade Pedagógica. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 61 Exemplo: Tecnologia Tradicional Posteriormente, em Julho de 1995 iniciámos novas expedições à província de Tete nos distritos de Changara desta vez conduzidas por José Jota Cumpeu falante da língua Nhúnguè e também por Alberto Felisberto Cupane. Ambos eram ainda estudantes na Universidade Pedagógica. destes modelos numa experimentação pedagógica na forma de projectos de ensino na sala de aulas em Moçambique. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 62 Exemplo: Tecnologia Tradicional Em Tete as entrevistas foram relazidas com os caçadores Felix Salanhar Semo e Luís Weta residentes na localidade Vuzi-Mazoe. No presente ano, com o apoio de Anacleto Anselmo Senalo também estudante entre 2002-2006 na Universidade Pedagógica, retomamos os trabalhos de armadilhas de caça. Desta feita informações relevantes foram recolhidas junto do senhor Mário Paulo que a praticava a caça de animais típicos daquela zona (ratos, gazelas e coelhos) no distrito de Boroma. Assim ocupava-se nos seus tempos livres com a caça de animais, usando tanto as armas de fogo – caçadeiras - mas também instrumentos tradicionais, aplicando os métodos tradicionais de caça. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 63 Exemplo: Tecnologia Tradicional & Tecnologia moderna Partindo da descrição de casos específicos de algumas armadilhas tradicionais conhecidas localmente em Maputo: por Lithaka, Nxthamu e Nteve e outros da província de Tete, como Ukonde, Cemphe, Cadandari, Mulapu, Diua, Tchinga, Cibambo e Ulimbo o autor estabelece uma relação entre as tecnologias ―tradicionais‖ e as aplicações técnicas modernas vistas aqui como ―tecnologias modernas‖. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 64 Tecnologia Tradicional versus Ensino Assim, constitui objectivo deste trabalho explorar e mostrar as possibilidades da chamada ―tecnologia tradicional‖ no ensino. Este procedimento poderá constituir-se como método auxiliar de ensino e aprendizagem na abordagem e compreensão de conteúdos da tecnologia moderna. Assim, uma relação didáctica (transferência) pode ser estabelecida entre ambos processos de elaboração de conhecimentos. Neste contexto foram construídos modelos de aparelhos usando recursos simples e materiais de baixo custo. Propõe- se futuramente a utilização como protótipos no ensino. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 65 A arte de armadilhar Os caçadores por observação das pegadas dos diferentes animais sabem em princípio qual o caminho que o animal tomou e que direcção e sentido adoptou. Para elaborar uma suposição segura sobre a direcção e sentido da movimentação do animal, o caçador limpa uma área da superfície de areia de modo que fique sem pegadas para que logo que o animal volte a passar, possa observar-se o último sentido que ele tomou. A partir destes dados o caçador decide sobre o tipo e localização da armadilha para um determinado animal. Geralmente a observação das pegadas é feita pela aurora, período apropriado para distinguir as pegadas dos animais [Figura : significado das diferentes pegadas de animais na caça a) passada normal, b) passada de corrida, c) pegadas de galinha d) pegadas de gazela] Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 66 A arte de armadilhar A caça ou colocação da armadilha começa quando se pode encontrar as pegadas de um determinado animal. Isto significa que a armadilha é colocada em sítio propício; embora por vezes possa ocorrer uma mudança de caminho a experiência dos caçadores é de que um determinado animal geralmente se desloca ao longo de um mesmo caminho. As armadilhas são colocadas de modo a cobrir os dois sentidos da deslocação do animal; por exemplo uma única Lithaka é suficiente para abarcar os dois sentidos de movimento do animal ao longo daquela trajectória, enquanto que são necessárias duas armadilhas Nteve para cobrir os dois sentidos opostos à deslocação do animal. A diversidade existente de tipos de armadilhas de caça mostra que os caçadores usam determinadas armadilhas para em lugares propícios apanhar certos animais; assim existem armadilhas específicas à certo tipo de animais. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 67 A arte de armadilhar A experiência dos caçadores mostra-nos que por exemplo que para determinar e relacionar o caminho (sentido e direcção) pelo qual passa o animal e a localização da armadilha são necessárias técnicas apuradas de observação das pegadas. As pegadas dos animais são a maior fonte de informação para o caçador experiente. Por exemplo: 1. a observação da posição das pegadas permite a indicação do sentido e direcção do movimento. 2. a 'frescura' das pegadas permite extrapolar sobre o tempo da passagem do animal. 3. a rapidez de movimentação do animal pode ser inferida à partir das distâncias entre as passadas das pegadas. 4. a observação das pegadas permite a distinção entre bípedes e quadrúpedes. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 68 A arte de armadilhar A técnica de caça está também relacionada às técnicas de observação. Por exemplo para a percepção da rapidez de movimentação do animal, não só a distância como a profundidade das pegadas joga um papel preponderante; cito o caçador a dizer que "se o animal está a galope dá 'passos largos' e as pegadas são mais pronunciadas". Assim, também a direcção e o sentido da deslocação do animal é percebida na observação das pegadas; cito o caçador a dizer que "as pegadas 'indicam' o sentido que o animal tomou". Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 69 A arte de armadilhar ―The art of tracking involves each and every sign of animal. presence that can be found in nature, including ground spoor, vegetation, spoor, scent, feeding signs, urine, faeces, saliva, pellets, territorial signs. paths and shelters, vocal and other auditory signs, visual signs, incidental signs, circumstantial signs and skeletal signs‖ - assubios do passaro acompanhante – (zona Tete, Magoe). (In: Louis Liebenberg, A Concise Guide to the Animal Tracks of Southern Africa, Cape Town, David Philip, 1992) Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM -Universidade Pedagogica 70 Armação da armadilha DIUA (Liva (Nhungue, Riva shona) Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 71 Tecnologia Tradicional DIUA (Província de TETE: Vuzi-Mazoe e Boroma) DIUA, é um instrumento usado para a caça de animais de pequeno porte (ratos, passarinhos, esquilos, perdizes). O DIUA consiste: Numa pedra mais ou menos lisa cuja face, perfaz uma área aproximadamente de 300 cm2. Esta área é importante pelo espaço necessário que oferece para prender o animal. A pedra é suportada numa das suas extremidades pela alavanca (ntanda) enquanto a outra parte está encostada no chão. Numa forquilha (m`phanda) de 25 a 30 cm de comprimento, que geralmente é espetada no chão, possui numa das suas extremidade livres uma fenda em forma de V. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 72 Tecnologia do DIUA DIUA (Resultados de pesquisa realizada na província de TETE: Vuzi-Mazoe e Boroma, 2004-2006) DIUA, é um instrumento usado para a caça de animais de pequeno porte (ratos, passarinhos, esquilos, perdizes). O DIUA consiste: Numa pedra mais ou menos lisa cuja face, perfaz uma área aproximadamente de 300 cm2. Esta área é importante pelo espaço necessário que oferece para prender o animal. A pedra é suportada numa das suas extremidades pela alavanca (ntanda) enquanto a outra parte está encostada no chão. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 73 Tecnologia do DIUA Numa forquilha (m`phanda) de 25 a 30 cm de comprimento, que geralmente é espetada no chão, possui numa das suas extremidade livres uma fenda em forma de V. Na forquilha que serve de suporte a alavanca inter fixa (ntanda) de 25 a 30 cm de comprimento. Num pauzinho (mpiniguiro) que é fixo no chão e encostado perpendicularmente à forquilha. O sistema forquilha, mpiniguiro e o chão formam aproximadamente um triângulo isósceles. No braço maior da alavanca (ntanda) onde amarra-se um fio que vai dar a um pequeno pauzinho de 2 a 3 cm de comprimento que serve de gatilho. A forquilha e o pauzinho mpiniguiro servem de suporte para um outro pauzinho chamado n`ziquiro. A isca (nhambo) é fixa no n`ziquiro. O n`ziquiro contendo a isca (farelo assado, bolo de amendoim pilado ou maçanica) é posicionado situado por debaixo da pedra. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 74 Armação da armadilha DIWA mwala ntanda mphanda nziquiro mpiniguiro gatilho nhambo Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 75 Diua e Mulapu em duas perspectivas Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 76 Reconstrução do DIWA Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 77 Processo de reconstrução do DIUA Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 78 Esboço da armadilha DIUA . Mapa de conceitos-chave 1. Mtanda (alavanca) 2. Mpanda (suporte) 3. Nziquiro 4. Mpiniquiro 5. Nhambo (isca) 6. Gatilho (pauzinho) 7. Pedra (mwala) 8. Passarinhos (mbalame) 9. Corda (tchingwe) Representação das forcas na armadilha DIUA .. α α R1 d c E b a D C B A x θ α T P R2 R Y θ PROBLEMA DE ESTÁTICA Condições de Equilíbrio estático Baloi CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO ESTÁTICO ⇔ ⇔ BARRA 1 (eixo de rotação ponto A) BARRA 2 (eixo de rotação ponto D) Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 82 Arranjo experimental para a determinação das forcas . Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 83 Tarefas didácticas 1. Como – a partir da história e das fotografias – pode-se esboçar um plano de lição tradicional (ensino frontal, método da palavra ou verbal)? Como se poderia estruturar uma planificação da aula? Como devem ser elaborados os conteúdos e os conceitos físicos sobre o DIUA? 2. Como se pode projectar uma aula moderna sobre o DIUA como tecnologia tradicional? Como devem ser elaborados os conteúdos e os conceitos físicos sobre o DIUA usando o método de ensino baseado em projectos de ensino? Quais deveriam ser as tarefas e actividades do aluno? Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 84 Aspectos principais: Conceitos-chave 1. Conceitos-chave: plano inclinado, composição e decomposição de forcas, projecção de forcas, centro de gravidade, equilíbrio, torque ou momento de uma forca e maquinas simples. 2. Métodos de uma aula tradicional/clássica: ensino frontal ou ensino baseado na palavra do professor (monologo) ou método verbal e experiencias de demonstração) 3. Métodos de uma aula moderna: ensino baseado em métodos activos, metodos de elaboração conjunta, experiencias de demonstração e do aluno, métodos transdiciplinares (texto sobre a historia do DIUA), aprendizagem contextual, métodos baseados em projectos (reconstrucao do DIUA), aprendizagem com base numa ficha de trabalho, trabalho de grupo. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 85 Actividades de aprendizagem com a armadilha DIUA Fazer o esboço da configuração da armadilha Descrever a constituição da armadilha Fazer a montagem experimental da armadilha Desenhar a maneira de atar o laço Representar esquematicamente o sentido e a direcção da forças que actuam no sistema Indicar os ângulos Indicar o sistema de referência Fazer as projecções das forças Definir as condições de equilíbrio Deduzir a equação de equilíbrio Recolher informações e descrever algumas armadilhas tradiconais de caça Desenvolver um projecto de construção de armadilhas Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 86 Actividades com as armadilhas Actividades com relés electromagnéticos Fazer o esboço da configuração da armadilha Fazer o esboço do circuito eléctrico dum relé electromagnético Descrever a constituição duma armadilha Descrever a constituição dum relé electromagnético Fazer a montagem duma armadilha Fazer a montagem dum circuito eléctrico com um relé electromagnético Desenhar a maneira de atar o laço Desenhar o circuito eléctrico duma campaínha eléctrica Representar esquematicamente o sentido e a direcção da forças que actuam no sistema Representar esquematicamente o sentido da corrente eléctrica e a direcção da forças que actuam no sistema Indicar os ângulos ------- Indicar o sistema de referência ------- Fazer as projecções das forças ------- Definir as condições de equilíbrio -------- Deduzir a equação de equilíbrio Explicar o funcionamento do relé electromagnético Recolher informações e descrever algumas armadilhas tradiconais de caça Recolher informações e descrever outras aplicações técnicas de electroímanes na tecnologia moderna Desenvolver um projecto de construção de armadilhas Desenvolver um projecto de construção de relés electromagnéticos Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 87 Experiência histórica de impulsão nos líquidos – ARCHIMEDES von SYRAKUS (a cerca de 287- 212 a.c.) Filho dum famoso astrónomo Estudos realizados na metrópole intelectual de ALEXANDRIA como aluno de EUCLIDE Área de interesse: Matemática e (calculo, métodos de determinaçãodas áreas e do espaço) Mecânica (fundamentos da estática, hidrostática, desenvolvimento do conceito centro de gravidade) questões sobre a óptica e acústica, problemas da técnica militares) Ocupou-se intensamente com assuntos da técnica: inventor do chamado ―parafuso de Arquimedes‖ Na idade antiga: foi engenheiro militar. Contribui para a defesa da sua terra natal e vitoria contra os romanos. . Escreveu publicações sobre corpos flutuantes Desenvolveu assim as bases da hidrostática: particularmente sobre volume, peso e forma dum sólido e determinação da densidade dum corpo Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 88 Problema histórico: Composição da coroa do rei (ouro ou mistura falsa?) Diz-se que rei HIERON de SYRAKUS (306- 215 a.c.) havia tido más relações e experiências com ourives e por essa razão havia resolvido conversar com ARQUIMEDES – um grande matemático, físico e técnico da idade antiga – O rei gostaria de saber se a coroa era de facto de ouro puro ou se tratava de alguma mistura de ouro e prata (latão). A questão que ARCHIMEDES se colocava era sobre como proceder para verificar a composição da coroa do rei. ARCHIMEDES questionou ao rei como é que poderia determinar a composição da coroa sem danificá-la. O rei respondeu-lhe que a coroa não deveria ser danificada, mas que sentia-se confiante em ARQUIMEDES que encontraria a solução. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 89 Problema histórico: Composição da coroa do rei (ouro ou mistura falsa?) ARCHIMEDES pensava sempre na forma irregular da coroa, alem disso havia partes pequenas e grandes na coroa. Pensou também que a massa da coroa não seria mais do que a massa da prata mais a massa do ouro. Mas a solução do problema ainda não surgia. Diz-se que um dia desses ARQUIMEDES pretendia tomar banho e como a banheira estava completamente cheia de agua, quando ele entrou na banheira, a agua transvazou. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 90 Problema histórico: Composição da coroa do rei (ouro ou mistura falsa?) Assim, ARQUIMEDES perguntou-se sobre a qual seria a quantidade de agua que havia transvazado. Ao repetir a experiência, verifica que havia transvazado uma certa quantidade de volume de agua, igual ao volume de agua deslocado pelo seu corpo. Desta maneira ele concluiu que se poderia determinar desta forma o volume do corpo humano, não mas o volume de qualquer corpo. Ai, diz- se que ele saiu correndo gritando ―HEURECA‖ (traduzido significa ‗descobri‘). Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 91 Problema histórico: Composição da coroa do rei (ouro ou mistura falsa?) A tarefa que ele havia recebido do rei estava repentinamente completamente resolvida. Ele pensou em: determinar a massa e o volume do ouro puro determinar a massa e o volume da prata pura determinar a massa e o volume do ouro da coroa A comparação levou-lhe a concluir que os ourives haviam misturado três partes de ouro com uma parte de prata. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 92 Problema histórico: Composição da coroa do rei (ouro ou mistura falsa?) • Portanto, a consequência directa da experiência de impulsão realizada por ARQUIMEDES foi o desenvolvimento duma nova possibilidade de determinação da densidade dum corpo. Essa possibilidade foi aplicada por ele para verificar a composição da coroa. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 93 Determinação da densidade dum corpo (composição da coroa) pelo método de impulsão nos líquidos • A equação da força de impulsão (força de Arquimedes) VghhgFFFi )( 1212 Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 94 Determinação da densidade numa balança hidráulica Peso do corpo no ar Peso do corpo no liquido A relação fornece a densidade do corpo VgF ca )( lcl gVF c l a l F F 1 Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 95 Experiência histórica de impulsão nos líquidos Raciocínio: Seja o corpo C de peso especifico inferior ao do liquido Cujo peso é igual a B Seja B+C o peso deslocado por D Ambos corpos (A e D) possuem um peso igual ao liquido deslocado por eles Então o peso A+D deveria ter a magnitude B+C+B Mas o peso deslocado por A+D é também B+C+B Consequentemente o corpo A+D encontra-se em equilíbrio no liquido e permanece estacionário. Sendo o corpo A puxado com uma forca igual, aquela que puxa o corpo D para cima. Mas como o corpo D, de peso especifico inferior ao do liquido, é pressionado por uma forca de peso C para cima, Assim fica demonstrado que corpos de peso especifico inferior ao liquido, mergulhados a forca num liquido, experimentam uma forca para dirigida cima, que é igual a diferença de peso dos líquidos deslocados pelos corpos. Mas se a quantidade de liquido deslocado por D for maior pelo factor C do que o peso D, então torna-se claro que o corpo A seria puxado para baixo com uma forca de peso C. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 96 Experiência histórica de impulsão nos líquidos – Reconstrução histórica de impulsão nos líquidos Experiência de impulsão usando meios modernos de laboratório Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 97 Experiência histórica de impulsão nos líquidos – Constituição da experiência histórica: dinamómetro, recipiente vazio, peso, recipiente com agua Explicação da experiência: Determina-se inicialmente o peso da carga constituída pelo copo vazio e massa suspensa como sendo (F1). Introduz-se completamente o corpo no liquido e lê-se a forca (F2 ). A diferença entre F1 e F2 é a forca de impulsão. A forca F3 que se determina depois de encher-se o copo com o liquido é igual a F1 A experiência mostra que um corpo torna-se tão pesado (leve) quando mergulhado num liquido, como o peso do liquido deslocado por ele. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 98 Experiência histórica de impulsão nos líquidos – Constituição da experiência histórica: dinamómetro, recipiente vazio, peso, recipiente com agua Explicação da experiência: Determina-se inicialmente o peso da carga constituída pelo copo vazio e massa suspensa como sendo (F1). Introduz-se completamente o corpo no liquido e lê- se a forca (F2 ). A diferença entre F1 e F2 é a forca de impulsão. A forca F3 que se determina depois de encher-se o copo com o liquido é igual a F1 A experiência mostra que um corpo torna-se tão pesado (leve) quando mergulhado num liquido, como o peso do liquido deslocado por ele. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 99 Experiências de impulsão nos líquidos Um pedacito de madeira em três líquidos diferentes: Agua Álcool Éter Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 100 Experiências de impulsão nos líquidos Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 101 Balança de impulsão (hidráulica?) Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 102 Pressão e Pressão atmosférica Numa nota introdutória da revista ―Pneumática‖ onde um grande numero de aparelhos que funcionavam á base de compressão do ar ou de escoamento do vapor de água, eram descritos,HERON escreveu o seguinte: ―O estudo da pneumática foi seguido avidamente pelos antigos filósofos e mecânicos, quer através de trabalhos teóricos quer através de experiências de demonstração. Por isso é importante conhecermos as descobertas dos nossos antecessores, sobretudo como elas foram realizadas e reconstruí-las numa determinada sequencia‖ Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 103 Pressão e Pressão atmosférica Em relação a problemática do vácuo HERON expressou-se a favor dos seus conterrâneos que admitiam a existência do vácuo, enquanto ARISTOTELES que não admitia a existência do vácuo, afirmava que natureza teria horror pelo vazio: ―horror vacui‖. Para HERON, segundo a própria natureza, não existe nenhum vácuo continuo; segundo ele, este encontra-se distribuído em porções delgadas, no ar, na humidade, no fogo e em outros corpos. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 104 Pressão e Pressão atmosférica Nesta época admitia-se a existência de espaços vazios entre as moléculas (no conceito antigo sobre moléculas), á semelhança da areia da praia. Com esta hipótese foi possível a HERON, embora com certas limitações, explicar a compressão e a expansão do ar, o funcionamento das bombas e de sifões. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 105 Pressão e Pressão atmosférica Do ponto de vista actual, as experiências de HERON já não podem ser consideradas como experiências genuínas, embora permitam uma visão sobre o nível de conhecimentos alcançados nesta área. Embora não existam informações sobre as aplicações dos aparelhos de HERON, supõe-se que as diversas variantes de sifões, em combinações com outros dispositivos, tenham sido usados nas portas automáticas dos templos. Somente quando os clérigos ordenavam o enchimento de óleo (necessário para o arranque), é que se esvaziava automaticamente e completamente o vaso. Isso era interpretado pelos eclesiásticos em como Deus havia aceite o ―sacrifício‖. Desta maneira, a noção de existência de forcas sobrenaturais era assim fortalecida. A figura ao lado mostra um sifão de cápsula projectado por PHILON (representação da idade media). Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 106 Pressão e Pressão atmosférica Durante toda época da idade media perdurou por muito tempo a afirmação de ―horror vacui‖, apesar das varias discussões esporádicas mantidas naquela altura sobre esta matéria. Assim, nessa época, a visão sobre o vácuo ganhou um carácter dogmático que muitas das vezes se apoiou em argumentações teológicas. Somente no começo do século 17 é que iniciou a investigação científica do problema do vácuo. Os nomes mais relevantes neste trabalho foram do evangelista italiano TORRICELI (1608-1647) e do alemão OTTO von GUERICKE (1602-1686). Ambos (TORRICELI e GUERICKE) chegaram a resultados experimentais sobre o vácuo todavia usando pontos de partida muito diferentes. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 107 Pressão e Pressão atmosférica Ponto de partida de TORRICELI: um problema pratico Na revista ―Discorsi‖ GALILEI relata sobre uma bomba de sucção de agua que conseguia fazer subir a agua somente ate uma determinada altura. Ele relata o seguinte: ―quando vi a bomba logo pensei que ela estivesse avariada, e por isso procurei por um mestre que pudesse repara-la. Mas este assegurou-me que estava tudo em ordem e não faltava nada, senão o problema da agua que a partir daquela profundidade do poço não podia ser aspirada para uma altura mais elevada‖. Ele acrescenta que ―era impossível mesmo por um fio de cabelo a mais daquela altura de 18 unidades (9 a 10 metros) fazer subir a agua‖. O esclarecimento do ―fenómeno da bomba‖ aconteceu pouco tempo depois da morte de GALILEI através do evangelista TORRICELI e VINCENZO VIVIANI (1622-1703). Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 108 Pressão e Pressão atmosférica Mas como TORRICELI não publicou os seus resultados, não houve a possibilidade disseminar o conhecimento. Pois, apesar do facto de TORRICELI ter escrito em 1644 duas cartas ao italiano M.A.RICCI, o alemão GUERICKE só veria a tomar conhecimento deste assunto somente em 1653. Sob ponto de vista actual, as experiências de TORRICELI e as suas explicações são simples e compreensíveis e constituíram resultados extraordinários de trabalho cientifico alcançados naquela altura que culminaram com o aniquilamento da visão dogmática sobre o vácuo. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 109 A descoberta da pressão atmosférica – Experiencia de Torricellis Como se comporta uma coluna de um liquido, que inicialmente se encontrava enchendo completamente um tubo de ensaio fechado numa das suas extremidades, quando é depois invertido, com a abertura para baixo e introduzido deentro de um outro recipiente contendo um mesmo liquido? Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 110 A descoberta da pressão atmosférica – Experiencia de Torricellis Para o efeito, devido as dificuldades de produzir um tubo de vidro de 10 metros, Torricelis utilizou mercúrio cuja densidade era 13,6 vezes maior do que a agua e assim o tubo tenha simplesmente 1 metro de altura. Porque é que o mercúrio havia descido aquela altura? Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 111 Conceito e demonstração da existência do vácuo Ponto de partida de GUERICKE: reflexões sobre o sistema Copérnico GUERICKE foi um favorito defensor das ideais copernianas sobre o sistema planetário do universo. Assim, GUERICKE reflectia na questão sobre, se os planetas se moviam num espaço vazio, portanto no vácuo, ou se o espaço estaria sendo preenchido por um fluido especial. Como resultado de reflexões lógicas desenvolveu a ideia de que a ideia do espaço vazio seria a mais certa. A maior contribuição de GUERICKE foi o facto dele procurar verificar experimentalmente a existência do vácuo nas condições terrestres. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 112 Pressão e Pressão atmosférica Para a construção dos aparelhos de experimentação GUERICKE valeu-se dos seus conhecimentos de engenharia, sobretudo porque ele dava muita importância a ―exactidão e as habilidades manuais‖. Inicialmente ele desenvolveu a bomba de incêndios e depois a bomba pneumática. Com estes dispositivos GUERICKE pode demonstrar a existência do vácuo e examinar o comportamento dos corpos no espaço ―vazio‖. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 113 Pressão e Pressão atmosférica A questão de partida de GUERICKE foi: ―o que é o ar?‖ Foi na procura duma resposta que ele desemboca na pesquisa da pressão do ar, cujos efeitos, veio a demonstrar duma forma muito convincente. Temos de reconhecer hoje que GUERICKE desenvolveu as maravilhosas experiências a partir duma questão colocada a natureza (experiência como fonte do conhecimento). A descoberta da bomba pneumática constituiu o ponto de partida do desenvolvimento da tecnologia do vácuo e constitui um exemplo do inicio da produção de equipamentos de física. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 114 Pressão e Pressão atmosférica Decorrido meio século depoisdas descobertas e publicações de GUERICKE sobre ―Novas experiências de Magdeburgo sobre o espaço vazio‖ foram construídas as primeiras maquinas a base do efeito da pressão do ar, as chamadas ―maquinas a vapor atmosférico‖. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 115 Heron de Alexandria - (também escrito como Hero e Herão, 10 d.C. - 70 d.C.) Foi um sábio matemático e mecânico grego, do começo da era cristã (século I). Geômetra e engenheiro grego, Heron esteve ativo em torno do ano 62. É especialmente conhecido pela fórmula que leva seu nome e se aplica ao cálculo da área do triângulo. Seu trabalho mais importante no campo da geometria, Metrica, permaneceu desaparecido até 1896. Ficou conhecido por inventar um mecanismo para provar a pressão do ar sobre os corpos, que ficou para a história como o primeiro motor a vapor documentado, a eolípila. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 116 Heron de Alexandria - (também escrito como Hero e Herão, 10 d.C. - 70 d.C.) É de sua autoria um tratado chamado Métrica, que versa sobre a medição de figuras simples de planos sólidos, com prova das fórmulas envolvidas no processo. Tratava da divisão das figures planas e sólidas e contém a fórmula de Herão (embora esta talvez tenha sido descoberta por Arquimedes) para o cálculo da área de um triângulo e um método (já antecipado pelos babilônios) de aproximação a uma raiz quadrada de números não quadrados. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 117 Heron de Alexandria - (também escrito como Hero e Herão, 10 d.C. - 70 d.C.) Sua Mecânica foi preservada pelos árabes e anuncia a regra do paralelogramo para a composição de velocidades. Determina os centros simples de gravidade e discute as engrenagens pelas quais uma pequena força pode ser usada para levantar grandes pesos. A Catoptrica trata da reflexão da luz por espelhos e demonstra que a igualdade dos ângulos de incidência e reflexão num espelho seguem o princípio de sua fonte ao olho do observador pelo caminho mais curto. Também lhe são atribuídas invenções de diversas máquinas, entre as quais a fonte de Herão e a eolípila (aparelho para a medição dos ventos). Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 118 Heron de Alexandria - (também escrito como Hero e Herão, 10 d.C. - 70 d.C.) O robô mais antigo do mundo não tinha, naturalmente, cérebro de silício nem era movido a electricidade — era capaz não apenas de andar como até de apresentar um "teatrinho". Quem está desenterrando detalhes sobre o autómato do século I d.C. é o cientista da computação britânico Noel Sharkey, da Universidade de Sheffield. Sharkey vasculhou as obras teóricas de Heron de Alexandria, o criador do autómato, e diz ter descoberto que se trata da primeira máquina guiada por um programa pré-estabelecido ( tal como os computadores modernos). Sem disco rígido ou memória RAM, a ―programação‖ era incorporada ao robô por meio de cordas, que eram enroladas em determinada sequência em torno dos eixos de suas rodas dianteiras. A força motriz vinha do trigo: na parte de trás do autómato, a corda que estava enrolada em torno dos eixos ficava presa a um peso, que por sua vez ficava no alto de um tubo cheio de grãos do cereal. O tubo tinha um furo, do qual os grãos iam caindo aos poucos, baixando cada vez mais o peso e fazendo os eixos rodarem, movimentando o robô. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 119 Heron de Alexandria - (também escrito como Hero e Herão, 10 d.C. - 70 d.C.) Heron ganhou fama de pioneiro tecnológico. Relatos sobre o inventor dão conta de que ele criou a primeira máquina de vender bebidas da história, na qual a pessoa colocava uma moeda nela e recebia um jacto de água. Água benta, nos templos. Heron era contratado por sacerdotes que queriam seus templos "automatizados" de modo a impressionar os fiéis, e deles tirar dinheiro. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 120 Heron de Alexandria - (também escrito como Hero e Herão, 10 d.C. - 70 d.C.) Heron, que foi contemporâneo de Jesus Cristo e dos primeiros apóstolos, caprichou na sua invenção: o robô que era capaz de realizar movimentos complexos sem intervenção humana, como ir para frente e para trás automaticamente, cumprindo uma rota pré-determinada, e até mesmo fazer uma pausa em sua "caminhada" e depois retomar o movimento. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 121 Pressão e Pressão atmosférica Os sifões foram usadas já no antigo Egipto por exemplo para transvazar líquidos (vinho) como o ilustram os desenhos do século 16 antes da nossa era. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 122 Experiências históricas da “pneumática” realizadas por PHILON e HERON Os diferentes sifões de HERON ocuparam um lugar de destaque na revista ―Pneumática‖. Especialmente interessante foram os sifões de cápsula, uma espécie de sifão automático, através do qual um recipiente poderia ser completamente esvaziado, após ter sido enchido inicialmente por uma certa quantidade de liquido. Os sifões foram inicialmente descritos por PHILON, por esse motivo destaca-se nesta apresentação a variante de PHILON. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 123 Experiências históricas da “pneumática” realizadas por PHILON e HERON “seja o recipiente „abg‟ apresentando uma abertura na sua extremidade inferior. Através do abertura coloca-se um tubo bem ajustado ao recipiente. Seja o esse tubo „dg‟ que se ergue ate ao extremo superior „ab‟. Por cima deste tubo é introduzido um outro tubo „tk‟ que o cerca completamente e se encontra fixo no recipiente, mas com a particularidade de deixar livre e abertos dois pequenos orifícios para a entrada da agua a ser introduzida no recipiente „ab‟ Uma vez enchido o recipiente ‗ab‘ a agua sobe lentamente por ‗kt‘ até ‗e‘. Alcançando o ponto ‗e‘ a agua escoa através de ‗dg‘ para um outro recipiente, o que significa o esvaziamento completo do recipiente ‗ab‘. O sifão de HERON é semelhante a este. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 124 Experiências históricas da “pneumática” realizadas por PHILON e HERON Sifão de HERON (a esquerda) da idade media não tem a mesma forma actual de tubo recurvado de braços desiguais, destinado a transvazar líquidos (a mesma função) de um recipiente para outro a nível inferior, sem lhes alterar a posição. (Siphon tubo para aspirar agua). Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 125 Experiências históricas da “pneumática” realizadas por PHILON e HERON Em Viena foi usado pela primeira vez, um dispositivo interessante conhecido como “maquina automática de vinho” inventado por HERON, cujo o funcionamento se baseia na compressão compensação da pressão principio da alavanca Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 126 Experiências históricas da “pneumática” realizadas por PHILON e HERON Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 127 Experiências históricas da “pneumática” PHILON/ HERON O vaso foi enchido com vinho enquanto permanece vazio. Ambos vasos foram hermeticamente fechados. O vaso da esquerda possui ainda no seu interior um funil na extremidade do tubo capilar. Toda a ligação dos vasos comunicantesé vedada a vista do observador. Quando se deita agua no vaso através do funil, o ar é comprimido e escapa através tubo . Assim que o ar tiver alancado a outra extremidade, o vinho é pressionado a escoar no vaso. Isso repete-se enquanto se estiver a deitar mais agua. Uma vez que o ar comprimido possui o mesmo volume que a agua introduzida, escoa assim um volume igual de vinho. O mesmo resultado é obtido mesmo quando não se dispõe dum sifão recurvado mas simplesmente uma torneira em Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 128 Aspectos didácticos A experiência do sifão de HERON pode ser utilizada no ensino para gerar interesse, surpresa e curiosidade nos alunos (experiência de motivação). Os requisitos para a explicação da experiência são conhecimentos sobre: a pressão atmosférica a constituição da matéria por partículas (também para os líquidos) a noção de força de peso. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 129 Aspectos didácticos A experiência dos vasos comunicantes demonstra a acção conjunta dos seguintes fenómenos: Deslocamento de corpos (impenetrabilidade, impermeabilidade, incompreensibilidade) Compensação da pressão Estado de equilíbrio Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 130 Reconstrução do “sifão” de HERON Garrafa plástica (1000 ml) Tubo de vidro (L=200 mm, diâmetro 9 mm) Rolha ajustada a garrafa Tubo de ensaio Recipiente de vidro Copo de vidro Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 131 Reconstrução da “maquina automática” de HERON 2 garrafas plástica (1000 ml) 5 rolhas (4 com furos) ajustadas a garrafa Tubo de vidro (l=1000 mm, diâmetro: 9 mm) Elástico (l=120 mm, diâmetro 8 mm) Funil de vidro 2 recipientes de vidro (400 ml) Cola Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 132 Reconstrução do sifão de HERON Cortar a base duma garrafa plástica. Empurra-se a rolha ao longo do tubo de vidro Fixar a rolha no tubo de vidro (prestar atenção para que este tubo seja cerca de 5 mm mais curto do que o tubo de ensaio) Para fechar a abertura da garrafa, coloca-se a rolha perfurada Todo o sistema deve ser colocado verticalmente, em equilíbrio com a rolha na parte inferior Por ultimo, faz-se atravessar o tubo de ensaio através da rolha dentro do tubo de vidro e posiciona-se um recipiente na saída Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 133 Experiências históricas da “pneumática” realizadas por PHILON e HERON O funcionamento do sifão segundo HERON : ―Aspirando com a boca o ar contido no vaso aumenta-se os espaços entre as moléculas. O liquido penetra no vaso para restabelecer o „estado natural‟. O escoamento posterior deve-se ao facto do liquido ser mais pesado no lado maior do vaso do que no lado menor”, obrigando este a escoar” Na compressão do ar, as moléculas aproximam-se mais umas das outras ocupando as distancias iniciais onde o estado inicial se restabelece, quando a força externa cessa de actuar. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 134 Funcionamento do sifão O dispositivo é enchido inicialmente com agua até a altura do canto superior do tubo de vidro A agua não escoa. Depois continua-se a inserir mais agua na garrafa, acabando por começar a escoar e provocando um esvaziamento completo da garrafa. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 135 Funcionamento do sifão A explicação do funcionamento do sifão clama pela consideração de vários factores. São de especial importância neste caso, a mobilidade das moléculas do liquido as forças de adesão entre as moléculas a força de atrito Uma explicação possível seria: ―o liquido contido na garrafa só começa a transvazar, após este ter alcançado a parte superior do tubo. Também a agua enche completamente o tubo de vidro por este possuir um pequeno diâmetro (fenómeno de capilaridade). Devido as dimensões do tubo de vidro, a altura da coluna do liquido no tubo é sempre superior que a diferença entre as colunas do liquido da garrafa e do tubo de ensaio. Se a pressão na parte superior do tubo de ensaio for menor em relação a pressão do ar produz-se continuamente o escoamento da agua. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 136 Reconstrução da “maquina automática de vinho” Inicialmente todos tubos de vidro são cortados ao comprimento ajustado das garrafas plásticas e três dos quais deverão possuir uma forma recurvada (usando o Bico de Busen). Os tubos recurvados deverão ser colocados a 40 mm acima da base das garrafas plásticas (A e B). As rolhas já perfuradas devem depois ser colocadas nos tubos correspondentes Perto da base de cada garrafa fazem-se os furos a medida das rolhas (são necessários ao todo três furos: dois para a garrafa A e um para a garrafa B) Fecha-se cada abertura da garrafa usando rolhas apropriadas (deve usar-se cola nas rolhas para dificultar o escape do ar) e com ajuda dum tubo elástico ligam-se os diferentes tubos de vidro ao tubos vindo das garrafas (vasos comunicantes) O outro pedaço de tubo elástico terá de ser usado para fixar o funil da garrafa B Colocam-se as garrafas sobre uma mesa de modo que por baixo do tubo de saída da garrafa A possa colocar-se um recipiente de recolha do liquido A garrafa A deve ser enchida com agua colorida até que ela possa escoar cerca de 20 mm em relação a base dentro da garrafa B (manter a entrada superior da garrafa B fechada). Enquanto isso devera permanecer vedada a saída de agua pelo tudo da garrafa A para o recipiente. Fecha-se a entrada principal superior da garrafa A enquanto se abre o tudo de saída lateral da garrafa A. Coloca-se um recipiente por baixo da saída lateral da garrafa A Deita-se agua no funil da garrafa B. No mesmo instante verifica-se que a agua colorida sai da garrafa A. Por medições comparadas pode-se verificar que o volume de agua deitada corresponde ao volume do liquido que sai. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 137 Funcionamento da “maquina automática” O dispositivo funciona no principio da compensação da pressão. Através do enchimento de agua na garrafa B eleva-se a pressão do ar contido no volume sobre o liquido em ambas as garrafas. O aumento da pressão forca o deslocamento do liquido na garrafa A. A agua escoa até que se restabeleça a pressão inicial. Como o valor da diferença de pressão depende do volume da agua introduzida, terá de escoar consequentemente um mesmo volume de agua devido a agua introduzida. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 138 Aparelhos de HARON: modelo duma nascente (fonte de repuxo) Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade Pedagogica 139 modelo duma nascente (fonte de repuxo) Constituição: um vaso recipiente hermeticamente fechado é enchido com agua. Da parte superior o vaso é atravessado verticalmente por um tubo longo de vidro de pequeno diâmetro. A parte interior é mergulhada na agua enquanto a outra extremidade emerge fora do balão. O balão possui adicionalmente uma abertura lateral ligada a uma bomba manual de ar. Mario Baloi (Dr.phil.) Depto Fisica - FCNM - Universidade
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