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Aula 04 (TRT 21 região, Português)

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CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS PARA O TRT/21ª REGIÃO 
TEORIA E EXERCÍCIOS – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
AULA 4 
www.pontodosconcursos.com.br 1
Na aula de hoje, darei continuidade ao estudo sobre a sintaxe da 
oração e do período, agora com o foco voltado para a relação existente entre 
as orações. Será preciso lançar mão de conceitos sobre o que é uma oração 
e o que é um período. Lembra-se de que na aula anterior iniciei minhas 
explicações esclarecendo o que é uma oração e o que é um período? Se você 
ainda tem dúvidas de reconhecê-los, deve reler a aula 3. Se precisar, utilize 
também outros recursos didáticos (livros, apostilas, resumos etc.). 
Os exercícios de provas anteriores e os devidos comentários 
serão apresentados ao final da aula, após a exposição da parte teórica. Você 
perceberá que o Cespe não está dando ênfase às nomenclaturas das 
orações, mas sim ao valor semântico delas em relação ao período. 
Acontece que tenho notado que muitos alunos sentem 
dificuldades de responder às questões de provas sobre orações porque 
desconhecem suas conjunções características e classificações. Sou contra 
aquele tipo de “decoreba” a que normalmente nos sujeitamos durante os 
tempos escolares. Você se deparará – só para dar um exemplo – com casos 
em que uma conjunção tipicamente adversativa introduz uma oração de 
valor semântico aditivo, e vice-versa. 
Admito, porém, que há significativa importância nos estudos 
“cartezianos” das orações. Alguns professores tornam esse assunto mais 
difícil de ser compreendido porque partem do princípio de que seus alunos já 
vão para a sala de aula sabendo classificar cada oração, reconhecendo suas 
características e valores semânticos. Não pretendo incorrer em equívoco 
semelhante, por isso iniciarei explicando cada uma delas separada e 
detalhadamente. 
De início, você deve observar que as orações surgem 
organizadas em períodos. Um período pode ser classificado em simples ou 
composto. Será simples quando contiver apenas uma oração (um verbo ou 
uma locução verbal), caso em que a oração será dita oração absoluta. 
 
 
 
 
 
 
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Vive-se um momento social delicado. 
Os alunos continuam estudando. 
Será composto quando nele houver mais de uma oração, caso 
em que as orações estarão articuladas em uma relação de igualdade 
(coordenação) ou dependência (subordinação) sintáticas. 
Eu vou à escola; você, à praia. 
A primeira observação a ser feita sobre o exemplo acima é que o 
verbo da segunda oração – “você, à praia” – foi substituído pela vírgula, já 
que esta é uma das funções desse sinal de pontuação. A segunda, perceba, 
é que as orações se equivalem sintaticamente, o que caracteriza a 
coordenação entre elas. Note que na palavra “coordenação” existe o 
elemento “co”, que traduz a ideia de igualdade, nivelamento. Em outras 
palavras, não há o exercício de uma função sintática (sujeito, objeto, 
adjunto adnominal etc.) por qualquer das orações do período. 
 necessário que vocês estudem. É 
A respeito da frase anterior, podemos dividi-la em duas orações: 
“É necessário” e “que vocês estudem”. Alguém já deve ter percebido que o a 
primeira oração é constituída por um verbo de ligação (SER) e por um termo 
(“necessário”) que confere um atributo ao sujeito desse verbo. Mas onde 
está o sujeito dele? Se você percebeu que o sujeito é a segunda oração 
(“que vocês estudem”) está de parabéns! Caso contrário, sugiro que coloque 
a frase na ordem direta: 
Que vocês estudem é necessário. 
 
 
 
 
 
 
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TEORIA E EXERCÍCIOS – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
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Ficou melhor? Não?! Tente usar um velho e bom artifício: 
substitua a oração “Que vocês estudem” pelo pronome ISSO, assim: 
Isso é necessário. 
Notou agora a função sintática de sujeito sendo exercida pela 
oração “Que vocês estudem”? Pois é, quando uma oração desempenha 
alguma função sintática na outra, dizemos que a relação entre elas é de 
subordinação. Note que no vocábulo “subordinação” existe o prefixo “sub”, 
tradutor da noção de posição abaixo, dependência. 
Vezes há em que, em um mesmo período, as orações que o 
compõem articulam-se de forma coordenada e, também, subordinada. 
 que trabalhoEu disse e estudo. 
As duas últimas orações (“que trabalho e estudo”) 
subordinam-se sintaticamente à primeira (“Eu disse”), complementando o 
significado do verbo “disse” (o que?), exercendo a função sintática de objeto 
direto (isso). Não obstante, entre si mesmas, as duas últimas orações 
estabelecem uma relação sintática coordenada. A terceira oração soma-se 
à segunda para, juntas, indicarem o que foi dito. Logo, o período é misto, 
ou seja, composto por subordinação e coordenação ao mesmo tempo. 
Bem, já que falamos na relação coordenada entre orações, 
precisamos agora estudar as classificações e os valores semânticos de cada 
uma delas. Além disso, devemos notar se essa articulação coordenada se dá 
por meio de um conectivo ou não. Sendo a resposta afirmativa, teremos 
uma coordenação sindética (o vocábulo síndeto significa conjunção) entre 
orações. Caso a resposta seja negativa, estaremos de uma coordenação 
assindética (sem conjunção). Averiguemos! 
 
 
 
 
 
 
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ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS E SINDÉTICAS 
As orações coordenadas que se ligam uma às outras sem 
conjunção são chamadas assindéticas. Diferentemente, as orações 
coordenadas sindéticas são conectadas por uma conjunção que recebe 
nome semelhante ao da oração. 
Lá estava, lá fiquei. (coordenada assindética, sem conjunção) 
Sentou e olhou ao redor. (coordenada sindética, com conjunção) 
Estudou, mas não passou. (coordenada sindética, com 
conjunção) 
ATENÇÃO! 1 – Costuma-se chamar coordenada inicial a primeira oração 
de um período composto por coordenação. 
2 – O mesmo período pode ser composto por orações 
coordenadas assindéticas e sindéticas. 
“Vi, vim e venci.” (a segunda oração – “vim” – coordena-se à 
primeira sem conjunção; a terceira – “e venci” – articula-se por meio da 
conjunção “e”). 
• CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS 
a) Aditivas – indicam fatos sequenciais, dando a idéia de soma. 
Ela falava, e eu ouvia. 
Nossas crianças não fumam nem bebem. 
Ele não só passou no concurso, mas também tirou o primeiro 
lugar. (esta é uma estrutura aditiva enfática) 
b) Adversativas – exprimem fatos opostos ao que se declara na 
oração coordenada anterior; ideia de contraste. 
 
 
 
 
 
 
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Apressou-se, contudo não chegou a tempo. 
Principais conjunções e locuções: mas, porém, todavia, entretanto, no 
entanto, não obstante. 
c) Alternativas – exprimem fatos que se alternam ou se excluem 
mutuamente. 
Ora respondia, ora ficava mudo. 
Estarei lá, quer você permita, quer você não permita. 
ATENÇÃO! Embora a conjunção apareça na oração coordenada inicial, ela 
não é classificada como sindética alternativa. 
Principais conjunções: ou... ou...; ora... ora...; já... já...; quer... quer...; 
seja... seja... 
d) Conclusivas – expressam uma conclusão lógica que é obtida a 
partir dos fatos expressos na oração anterior. 
Ele estuda; passará, pois. 
ATENÇÃO! A conjunção poistem valor semântico conclusivo quando 
aparecer após o verbo da oração em que surge. Antes dele, porém, ela 
integrará oração de cunho explicativo. 
Principais conjunções e locuções: logo, pois, portanto, por conseguinte, por 
isso, de modo que, em vista disso. 
 
 
 
 
 
 
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e) Explicativa – expressam a justificativa de uma ordem, 
suposição ou sugestão. 
Fique calmo, pois ele já vem. 
Choveu durante a noite, porque as ruas estão molhadas. 
ATENÇÃO! Não devemos confundir explicação com causa, isto é, orações 
coordenadas sindéticas explicativas com orações subordinadas adverbiais 
causais. Uma explicação é sempre posterior ao fato que a gerou; uma causa 
é sempre anterior à conseqüência gerada. Além disso, as orações 
explicativas normalmente aparecem após frases imperativas ou optativas. 
Principais conjunções: que, porque, porquanto, pois (antes do verbo da 
oração explicativa) 
OBSERVAÇÕES: 1 – “Não se deve classificar uma oração considerando 
apenas a conjunção que a introduz. 
Pediu-lhe a filha em casamento, e logo se arrependeu. 
Apesar da conjunção ‘e’ ser normalmente aditiva, percebe-se que a segunda 
oração é coordenada sindética adversativa; pois, nesse contexto, a 
conjunção ‘e’ apresenta valor de contraste, de oposição.” (João Domingues 
Maia) 
2 – “Para a Nomenclatura Gramatical Brasileira, no 
entanto, vale a forma. A conjunção ‘e’ é aditiva e fim. (...) felizmente, essa 
visão limitada já está fora de moda. A classificação leva em conta o sentido 
efetivo.” (Ulisses Infante e Pasquale Cipro Neto) 
3 – “Há orações coordenadas assindéticas que possuem 
claramente valor de sindéticas, porque apresentam um conectivo 
subentendido. 
 
 
 
 
 
 
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Fiz o possível para previnir-lhes o perigo; ninguém me ouviu. 
Fale baixo: não sou surdo. 
A terceira oração do primeiro período (‘ninguém me ouviu’) e a segunda do 
segundo período (‘não sou surdo’), apesar de formalmente assindéticas, já 
que não apresentam conjunção, têm sentidos bem marcados: a primeira 
tem valor semântico adversativo (equivale a ‘mas ninguém me ouviu’); a 
segunda, explicativo (equivale a ‘pois não sou surdo’). 
Por isso convém insistir em que você se preocupe mais 
com o uso efetivo das estruturas linguísticas do que com discussões às 
vezes intermináveis sobre questões de mera nomenclatura.” (Ulisses Infante 
e Pasquale Cipro Neto, com adaptçaões) 
Antes de passar adiante e tratar das orações subordinadas, 
quero exemplificar o que foi dito anteriormente com uma questão de 
concurso público. 
Marque a alternativa em que se observa a mesma relação de sentido de 
adição que se verifica entre as orações coordenadas em “Não nos deixeis 
cair em tentação, mas livrai-nos do mal”. 
a) Tem olhos, e não vê. 
Tem boca, e não fala. 
b) — Você pode viajar sozinha, mas apenas por uma semana. 
c) Qualquer passo em falso, e você colocará tudo a perder! 
d) A nova secretária era competente, mas principalmente responsável. 
Comentário – Na alternativa A, as orações coordenadas introduzidas pela 
conjunção “e” possuem claro valor semântico adversativo. Em B, a oração 
“mas apenas por uma semana” expressa a condição para que o fato 
 
 
 
 
 
 
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mencionado anteriormente seja levado a efeito. A terceira alternativa 
apresenta oração coordenada que traduz a consequência imediata da 
realização do fato mencionado antes. Finalmente, é na última alternativa em 
que encontramos oração coordenada (“mas principalmente responsável”) 
com a mesma relação de sentido aditivo existente também na oração “mas 
livrai-nos do mal”, no comando da questão. 
Gabarito – D 
Como você pode perceber, não devemos nos limitar à análise 
fria e tradicional das conjunções durante o processo de classificação das 
orações. É fundamental, antes, perceber a relação semântica existente entre 
elas. 
A partir de agora, trataremos das orações subordinadas, que 
podem exercer funções típicas de substantivos, advérbios e adjetivos. 
Antes de estudarmos suas características e valores semânticos, apresentarei 
um quadro-resumo delas. 
Orações Subordinadas 
Substantivas 
1 – Subjetiva 
2 – Predicativa 
3 – Objetiva Direta 
4 – Objetiva Indireta 
5 – Completiva Nominal 
6 - Apositiva 
Adverbiais 
1 – Causal 
2 – Consecutiva 
3 – Condicional 
4 – Concessiva 
5 – Comparativa 
6 – Conformativa 
7 – Temporal 
8 – Proporcional 
9 – Final 
Adjetivas 
1 – Explicativa 
2 – Restritiva 
 
 
 
 
 
 
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ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS 
São aquelas que desempenham funções típicas de substantivos 
no período simples. Elas podem surgir em duas formas: 
1. desenvolvidas Î ligam-se à oração principal por meio das 
conjunções subordinativas integrantes que e se, ou ainda por meio de 
um pronome ou advérbio interrogativo. 
É importante que estudemos com afinco. (conjunção integrante) 
Perguntamos se voltará hoje. (conjunção integrante) 
Ele quer saber que horas são. (pronome interrogativo) 
Ele indagou quando será a prova. (advérbio interrogativo) 
2. reduzidas Î apresentam verbo no infinitivo e podem ser introduzidas 
por preposição. 
É importante estudar com afinco. 
Pensou em omitir o fato, mas se arrependeu. 
• Subjetiva (equivale-se ao sujeito da oração principal) 
É fundamental a sua opinião sobre o assunto. 
É fundamental que você opine sobre o assunto. 
É fundamental você opinar sobre o assunto. 
O primeiro exemplo constitui-se de período simples. Nele há 
apenas uma oração (um só verbo), cujo sujeito é a expressão a sua 
opinião sobre o assunto. Colocando-se a frase na ordem direta, é mais 
fácil perceber isso: A sua opinião sobre o assunto é fundamental. 
 
 
 
 
 
 
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Nos dois últimos exemplos, há períodos compostos, pois a 
expressão inicial foi transformada em duas orações: uma na forma 
desenvolvida (com a conjunção integrante que); outra na forma reduzida 
(verbo opinar no infinitivo). 
ATENÇÃO! Quando ocorre oração subordinada substantiva subjetiva, o 
verbo da oração principal sempre fica na terceira pessoa do singular. 
Estruturas típicas da oração principal nesse caso são: 
1. verbo de ligação + predicativo Î é bom...; é conveniente...; é 
claro...; está comprovado...; parece certo ...; fica evidente... etc. 
É preciso que se adotem providências eficazes.. 
Parece estar provado que soluções mágicas não funcionam.. 
2. verbo na voz passiva sintética ou analítica Î sabe-se...; soube-se...; 
comenta-se...; dir-se-ia...; foi anunciando...; foi dito... etc. 
Sabe-se que a prova está próxima. 
Foi dito que a prova será adiada. 
3. verbos como cumprir, convir, acontecer, importar, ocorrer, suceder, 
parecer, constar, urgir etc. conjugados na terceira pessoa do singular. 
Convém estarmos aqui. 
Urge que tomemos uma decisão. 
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www.pontodosconcursos.com.br 11• Objetiva Direta 
Complementa o valor semântico do verbo transitivo direto da 
oração principal, articulando-se com ela sem o intermédio de preposição 
obrigatória. 
Ressalte-se que, nas frases interrogativas indiretas, as orações 
subordinadas substantivas objetivas diretas podem ser introduzidas pelas 
conjunções subordinativas integrantes se ou que e, ainda, por 
pronomes ou advérbios interrogativos. 
Tome cuidado porque as bancas examinadoras podem 
perguntar, por exemplo, se “as palavras em destaque nos trechos abaixo 
possuem a mesma classificação gramatical” e sublinhar, maliciosamente, 
dois vocábulos introdutores de orações subordinadas substantivas objetivas 
diretas. Partindo da ideia comum de que elas são iniciadas por conjunções 
integrantes, é possível que algum candidato mais afoito diga “sim”, sem se 
dar conta de que pode estar diante de uma conjunção integrante e um 
pronome interrogativo. 
Todos sabemos que ele aceitará o convite. 
como as coisas funcionam aqui. 
onde fica a farmácia. 
quanto custa o remédio. 
quando acabam as aulas. 
qual é a matéria da prova. 
ATENÇÃO! Com os verbos deixar, mandar fazer (causativos), ver, sentir e 
ouvir (sensitivos), ocorre um tipo especial de oração subordinada 
substantiva objetiva direta: 
Ouvi-os bater. 
 
 
 
 
 
 
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adjetivo 
substantivo 
Deixe-me entrar. 
As orações em destaque são reduzidas de infinitivo. E o mais interessante 
é que os pronomes oblíquos átonos os e me são os sujeitos dos verbos no 
infinitivo. Na Língua Portuguesa, esse é o único caso em que tais pronomes 
desempenham tal função sintática. 
• Objetiva Indireta 
Completa o sentido de um verbo transitivo indireto da oração 
principal. Normalmente vem introduzida por preposição, mas esta pode ser 
omitida. 
Lembro-me de que fizemos muitas visitas. (Mário Donato) 
Meu Deus, só agora me lembrei que a gente morre. (Clarice 
Lispector) 
• Completiva Nominal 
Liga-se a um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) da 
oração principal completando seu significado. É introduzida por preposição 
(como todo complemento nominal). Aqui, o emprego da preposição não é 
facultativo. A omissão dela implica erro de regência e revela falta de coesão. 
Tenho a impressão de estar sempre no mesmo lugar. 
A nova metodologia é útil para diminuir a margem de erro. 
 
 
 
 
 
 
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advérbio 
Está perto de fazermos a prova. 
• Predicativa 
Funciona como um predicativo do sujeito da oração principal; 
seu valor semântico caracteriza, especifica, determina o sujeito dela. É de se 
notar também a presença de um verbo de ligação na oração principal. 
Nosso desejo era encontrares o teu caminho. 
O triste é que não era uma planta qualquer. 
• Apositiva 
Atua como aposto de um termo da oração principal e é marcada 
pela pontuação (vírgula, dois pontos). Seu significado amplia, explica, 
desenvolve, resume o conteúdo da oração principal. 
O boato, de que o presidente renunciaria, espalhou-se 
rapidamente. 
Só resta uma alternativa: encontrar o culpado. 
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 
‰ Características 
I. Têm valor semântico de advérbio (causa, tempo, condição, 
finalidadde etc.) e exercem função de adjunto adverbial em relação à oração 
principal; 
 
 
 
 
 
 
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II. Desenvolvidas: possuem verbo no modo indicativo ou subjuntivo 
e são introduzidas por conjunção; 
III. Reduzidas: possuem verbo na forma nominal (infinitivo, gerúndio, 
particípio). 
‰ Classificações 
I. Causal: expressa a causa do que se diz na oração principal. 
Como não haviam combinado, uns cantavam em inglês e outros em 
português. (Clarice Lispector) 
II. Consecutiva: apresenta a consequência do que se diz na oração 
principal. 
Fiquei tão alegre com esta idéia que ainda agora me treme a pena
na mão. (Machado de Assis) 
III. Condicional: estabelece uma condição para que o fato expresso na 
oração principal se realize. 
Eu cantarei, se as Musas me ajudarem, a verdadeira história de 
Elpenor. (Augusto Meyer) 
IV. Concessiva: expressa um fato que deveria impedir o 
acontecimento do que se declara na oração principal. 
(...) descobri-me, embora estivessem muitas pessoas na sala. 
(Graciliano Ramos) 
V. Comparativa: indica o segundo elemento de uma comparação. 
 
 
 
 
 
 
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Ele saiu da vida como quem sai de uma festa. (Cassiano Ricardo) 
Atenção! Muitas vezes, o verbo da oração subordinada adverbial 
comparativa está oculto. 
As idéias marinhavam-lhe no cérebro, como em hora de temporal
(...). (Machado de Assis) 
Além disso, a oração à qual se subordina a oração comparativa 
pode apresentar expressões como: mais, menos, pior, tal, tanto. 
VI. Conformativa: a ideia expressa nela está de acordo com a que é 
dita na oração principal. 
Conforme nos mandara o sargento, ficamos passando um pelo 
outro. (Mário Donato) 
VII. Proporcional: expressa um fato que se realiza proporcionalmente 
ao que se diz na oração principal. 
Quanto mais uma civilização é artista, mais ela se afasta da 
natureza. (Graça Aranha) 
VIII. Final: indica a finalidade do que se diz na oração principal. 
O fuzil foi passado de mão em mão, para que todos aprendessem 
os quatro movimentos. 
IX. Temporal: expressa o tempo em que ocorre o que se diz na oração 
principal. 
Quando o semáforo abriu, ele tentou arrancar na bicicleta (...). 
(Lourenço Diaféria) 
EEErrr
 oo
onn
nii
ill
ldd
dee
e 
 
 
 
 
 
 
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Observe que as três orações subordinadas abaixo apresentam 
estruturas diferentes das anteriores. Nelas não há verbos desenvolvidos 
(conjugados no modo indicativo ou subjuntivo) nem conjunções. Agora, os 
verbos assumem uma das formas nominais (gerúndio, infinitivo e particípio). 
Ao abrir o semáforo, ele tentou arrancar na bicicleta. (infinitivo)
Aberto o semáforo, ele tentou arrancar na bicicleta. (particípio)
Abrindo o semáforo, ele tentou arrancar na bicicleta. (gerúndio) 
Uma vez estudadas as características e os valores semânticos 
das orações subordinadas adverbiais, convém agora apontar as principais 
conjunções que fazem a articulação entre elas e sua principal. 
Causais 
Porque; como; que; pois; porquanto; visto que; dado 
que; já que; uma vez que; na medida em que; etc. 
Consecutivas Que, de forma que, de maneira que, de modo que etc. 
Comparativas 
Que; (do) que; quanto; como; assim como; bem como; 
etc. 
Concessivas 
Ainda que; embora; mesmo que; posto que; por mais 
que; se bem que; por pouco que; nem que; conquanto 
etc. 
Condicionais 
Se; caso; sem que; contanto que; salvo se; desde que; 
a menos que; a não ser que; que; etc. 
Conformativas Conforme; como; segundo; consoante; etc. 
Finais Para que; a fim de que; que; etc. 
Proporcionais 
À medida que; à proporção que; ao passo que; quanto 
mais... mais; quanto menos... menos; quanto maior... 
maior; etc. 
Tempo Quando; enquanto;antes que; depois que; desde que;
 
 
 
 
 
 
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logo que; assim que; até que; que; apenas; mal; 
sempre que; tanto que; etc. 
Dizem que se conselho fosse bom ninguém daria, mesmo assim 
eu arrisco um: não confunda as locuções conjuntivas à medida que e na 
medida em que. A primeira introduz oração subordinada tradutora de valor 
semântico de proporcionalidade; a segunda inicia oração subordinada que 
expressa a causa de um fato. Já vi muito candidato bom “derrapar” por falta 
de atenção a esse detalhe. 
Quer outro conselho? Não confunda oração subordinada 
adverbial causal com oração coordenada sindética explicativa! Em alguns 
momentos, elas podem apresentar semelhanças que dificultam a análise 
correta. Por exemplo, ambas admitem as conjunções pois, que, porque, 
porquanto. Porém, um pouco de atenção para os aspectos que vou 
assinalar pode ser de grande utilidade: 
[Ele pegou a doença] [porque
andava descalço.] 
[Não ande descalço,] [porque
você vai pegar uma doença.] 
1. Há uma relação de causa 
e consequência entre as duas orações.
1. Não há relação de causa e 
conseqüência: apenas é dado o 
motivo para que não se ande 
descalço. 
2. A conjunção que introduz 
a oração causal não pode ser 
eliminada. 
2. Pode-se eliminar a conjunção 
coordenativa explicativa: Não ande 
descalço, você vai pegar uma
doença. 
3. A oração adverbial pode 
ser transformada em oração reduzida 
de infinitivo: Ele pegou a doença 
3. Não se pode transformar a 
oração coordenada em oração 
reduzida. 
 
 
 
 
 
 
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por andar descalço. 
4. O verbo da oração 
principal não expressa dúvida ou 
hipótese. 
4. A oração anterior à explicativa 
geralmente possui verbo no 
imperativo ou tem caráter hipotético. 
De outro modo, poderíamos dizer: Ele 
dever ter andado descalço, pois
pegou uma doença. 
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS 
As orações subordinadas adjetivas podem equivaler-se, 
semanticamente, a adjetivos, ou seja, caracterizar um substantivo, 
atribuindo-lhe qualidade, estado ou modo de ser. Sintaticamente, podem 
exercer a função de adjunto adnominal de um termo da oração principal. 
Observem: 
Deve-se investir em soluções definitivas. 
Deve-se investir em soluções que resolvam definitivamente os 
problemas. 
Comparando os dois exemplos acima, é fácil perceber que, no 
segundo, a oração “que resolvam definitivamente os problemas” 
discrimina o substantivo “soluções” e restringe o seu alcance semântico. 
Além disso, exerce função idêntica à do adjetivo “definitivas” no primeiro 
exemplo: ambas as expressões são adjuntos adnominais do substantivo 
“soluções”, que é núcleo do objeto indireto. 
• ORAÇÕES ADJETIVAS RESTRITIVAS E EXPLICATIVAS 
Na relação que estabelecem com o termo a que se referem, as 
orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras distintas: 
 
 
 
 
 
 
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Oraç. Subord. Adj. Restritivas 
Oraç. Subord. 
Adj. Explicativas 
restringindo e individualizando esse termo ou simplesmente explicando, 
realçando, amplificando uma informação sobre ele. 
O jovem que estuda passa. 
O homem que luta vence. 
O homem, que é mortal, almeja a vida eterna. 
Cristo, que é filho de Deus, morreu por nós. 
No primeiro caso, as orações adjetivas equiparam-se a 
verdadeiros adjetivos restritivos (aqueles cujos valores semânticos não 
constituem um atributo inerente a todo e qualquer ser de mesma natureza): 
nem todo jovem passa (apenas o que estuda); nem todo homem vence 
(somente o que luta). Elas funcionam como adjuntos adnominais e não 
podem ser separadas do substantivo por vírgulas. 
No segundo caso, as orações adjetivas têm valor semântico 
explicativo, pois expressam uma característica intrínseca, essencial ao termo 
a que se referem: todo homem é mortal; Cristo é filho de Deus. Por não 
influenciarem o significado do termo a que se referem, podem ser retiradas 
da frase ou ficarem separadas do substantivo pela pontuação sem implicar 
alteração semântica. Sendo assim, elas funcionam com aposto explicativo. 
Note que as conexões entre as orações subordinadas adjetivas 
apresentadas até aqui e suas orações principais são feitas pelo pronome 
relativo que. Esse pronome, além de conectar (ou relacionar – daí o nome 
relativo) os dois tipos de orações, também desempenha uma função 
sintática na oração subordinada que introduz. No desempenho dessa função, 
o pronome relativo ocupa o papel que seria exercido pelo termo que ele 
substitui (o antecedente). 
 
 
 
 
 
 
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sujeito 
sujeito 
Deve-se investir em soluções. Essas soluções devem resolver 
definitivamente os problemas. 
Deve-se investir em soluções [que resolvam definitivamente os 
problemas.] 
Quando as orações subordinadas adjetivas são introduzidas por 
um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo
(forma finita), elas são chamadas de desenvolvidas. E quando não são
introduzidas por um pronome relativo (podem ser introduzidas por 
preposição) e apresentam verbo numa das formas nominais (infinitivo, 
gerúndio e particípio), elas são chamadas de reduzidas. 
Essas são as idéias tão valorizadas por ele. 
Via-se um cartaz comunicando a falência. 
Nosso argumento foi o primeiro a cair. 
Uma vez arregimentado, você pode resolver as questões de 
provas anteriores. Nesta etapa, você notará que é frequente, como disse 
antes, a exploração das relações semânticas estabelecidas entre as orações 
que compõem um período. Portanto não se deixe influenciar simplesmente 
pela conjunção empregada (ou não). Além dessa análise inicial, observe 
ainda o sentido da frase. 
1 Um lugar sob o comando de gestores, onde os 
funcionários são orientados por metas, têm o desempenho 
avaliado dia a dia e recebem prêmios em dinheiro pela 
4 eficiência na execução de suas tarefas, pode parecer tudo — 
 
 
 
 
 
 
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menos uma escola pública brasileira. Pois essas são algumas 
das práticas implantadas com sucesso em um grupo de 
7 escolas estaduais de ensino médio de Pernambuco. A 
experiência chama a atenção pelo impressionante progresso 
dos estudantes depois que ingressaram ali. 
(...) 
Veja, 12/3/2008, p. 78 (com adaptações). 
1. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) O termo “Pois” (l. 5) estabelece 
uma relação de causa entre as informações anteriores e as do período 
em que esse termo se apresenta. 
Comentário – Não tenho informações de quantos candidatos erraram este 
item, mas creio que foram poucos. Por quê? Porque a conjunção pois é 
frequentemente apresentada aos estudantes apenas como explicativa ou 
conclusiva. Na maioria das vezes, dizemos que ela será explicativa quando 
surgir antes do verbo da oração a que pertence e conclusiva quando surgir 
depois dele e separa por vírgula. Não está errado; mas não é tudo, já que – 
como anunciei aqui mesmo nesta aula – não devemos analisar uma oração 
simplesmentepela conjunção que a introduz. Antes, devemos perceber a 
relação semântica estabelecida entre ela e outra. 
Perceba que o conectivo “Pois” traz período que expressa noção 
de adversidade, ressalva em relação ao enunciado anterior. É como se 
dissesse que, apesar da aparente impossibilidade – dadas as circunstâncias 
que envolvem a maioria das escolas publicas –, um grupo de escolas 
estaduais de ensino médio de Pernambuco logrou êxito em suas práticas 
educacionais. 
Configura-se, assim, um caso em que a conjunção pois é 
claramente detentora de valor semântico adversativo, equivalendo-se às 
conjunções mas, porém, entretanto, no entanto, todavia. 
Gabarito – Item errado. 
 
 
 
 
 
 
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1 Um Brasil com desemprego zero. Um Brasil bem 
distante das estatísticas que apontam para uma taxa de 
desocupação em torno de 9%. E um Brasil que coloca o seu 
4 mercado de trabalho nas mãos de empreendedores locais, 
formais e informais. (...) 
O Globo, 6/4/2008, p. 33 (com adaptações). 
2. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) A oração que se inicia com “que” 
(l. 2) é adjetiva explicativa. 
Comentário – A oração iniciada pelo pronome relativo “que” serve de 
adjetivo restritivo ao substantivo “estatísitcas”, restringindo seu alcance 
semântico. Além disso, note que ela não está separada do segmento em que 
se inclui pela pontuação – característica das orações adjetivas explicativas. 
Gabarito – Item errado. 
1 Falei de esquisitices. Aqui está uma, que prova ao 
mesmo tempo a capacidade política deste povo e a grande 
observação dos seus legisladores. Refiro-me ao processo 
4 eleitoral. Assisti a uma eleição que aqui se fez em fins de 
novembro. Como em toda a parte, este povo andou em busca 
da verdade eleitoral. Reformou muito e sempre; esbarrava-se, 
7 porém, diante de vícios e paixões, que as leis não podem 
eliminar. (...) 
Machado de Assis. A semana. Obra completa, v. III. 
Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757. 
3. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) O emprego da vírgula após 
“paixões” (l. 7) justifica-se porque a oração subseqüente é explicativa. 
 
 
 
 
 
 
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Comentário – A oração “que as leis não podem eliminar” expressa uma 
característica intrínseca do substantivo “paixões”, funcionando como um 
adjetivo explicativo. Sua retirada da frase em nada prejudica o conteúdo do 
texto. Ao se optar pela sua manutenção no período em que surge, deve-se 
separá-la do termo a que se refere pela pontuação. 
Gabarito – Item certo. 
O diretor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Athayde 
Fontoura Filho, reafirmou que a urna eletrônica apresenta risco zero de 
fraude e que a segurança pode ser aferida por meio da votação 
paralela, realizada no dia da eleição, concomitantemente ao pleito 
 oficial. 
Opções adaptadas. Internet: <www.tse.gov.br>. 
4. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Assinale a opção que não 
representa continuação coesa e coerente para o trecho acima. 
Porquanto, no período entre o primeiro e o segundo turno das eleições, 
o TSE tradicionalmente aproveita para verificar e corrigir as urnas de 
locais em que foram verificados problemas. 
Comentário – Notou que estamos diante de período introduzido pela 
conjunção “Porquanto”? Pois é, esse conectivo inicia oração coordenada com 
valor semântico de explicação ou oração subordinada adverbial que denota a 
causa do que aconteceu. Leia atentamente os dois trechos e perceba a 
incoerência entre eles. 
Gabarito – Item certo. 
1 Uma antiga preocupação dos legisladores do 
passado era a de assegurar o direito dos povos de manter 
“os costumes da terra”. Assim fizeram os romanos com os 
 
 
 
 
 
 
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4 municípios e as províncias, que se autogovernavam em 
troca dos tributos em dinheiro ou soldados para expansão 
de seu poder. (...) 
Mauro Santayana. Jornal do Brasil, 24/11/2006. 
5. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) O emprego de vírgula após 
“províncias” (l. 4) justifica-se por isolar oração de natureza explicativa. 
Comentário – Mais uma vez estamos diante de uma questão que envolve a 
natureza semântica da oração adjetiva (o segmento “que se 
autogovernavam em troca dos tributos em dinheiro ou soldados para 
expansão de seu poder” é iniciado pelo pronome relativo “que”, 
representante semântico dos substantivos “municípios” e “províncias”). Aqui, 
a oração adjetiva tem valor explicativo, por revelar um atributo essencial 
dos termos a que se refere, e deve ficar separada da oração principal pelo 
sinal de pontuação. 
Note a recorrência de questões que conjugam o emprego de 
vírgulas com orações subordinadas adjetivas. 
Gabarito – Item certo. 
1 O termo groupthinking foi cunhado, na década de 
cinquenta, pelo sociólogo William H. Whyte, para explicar 
como grupos se tornavam reféns de sua própria coesão, 
4 tomando decisões temerárias e causando grandes fracassos. 
Os manuais de gestão definem groupthinking como um 
processo mental coletivo que ocorre quando os grupos são 
7 uniformes, seus indivíduos pensam da mesma forma e o 
desejo de coesão supera a motivação para avaliar alternativas 
diferentes das usuais. (...) 
Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta 
Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações). 
 
 
 
 
 
 
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6. (Cespe/TCU/AFCE/2009) No desenvolvimento da argumentação, o valor 
semântico das orações iniciadas por “tomando” e “causando”, ambas na 
linha 4, permite interpretá-las como causa para a conceituação de 
Whyte; por isso correspondem a porque tomavam decisões 
temerárias e causavam grandes fracassos. 
Comentário – As relações estabelecidas entre as orações indicam que o 
segmento “tomando decisões temerárias e causando grandes fracassos” 
exprime o motivo pelo qual “grupos se tornavam reféns de sua própria 
coesão”. Repare que as orações que servem de causa ou motivo estão 
reduzidas (sem conjunção que as introduz, verbo na forma nominal 
conhecida como gerúndio). O que a banca examinadora propôs foi 
simplesmente o desenvolvimento delas por meio da introdução da conjunção 
causal “porque” e da conjugação dos verbos em uma forma finita (pretérito 
imperfeito do indicativo). 
Gabarito – Item certo. 
7. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na linha 6, preservam-se a correção 
gramatical e a coerência textual ao se inserir uma vírgula 
imediatamente após o vocábulo “coletivo”, mesmo que, com isso, as 
informações possam ser tomadas como uma explicação — e não como 
uma caracterização — da expressão “processo mental coletivo”. 
Comentário – A introdução da vírgula muda o valor semântico da oração 
adjetiva “que ocorre”: de restritivo para explicativo; mas respeita a 
correção gramatical. Há, em nossa gramática, previsão para a mudança 
proposta. 
Cuidado em dobro você deve ter ao analisar a segunda 
parte da proposição. Um texto incoerente não é, necessariamente, aquele 
que sofreu leve desvio semântico. Repare, por exemplo, as seguintes frases: 
Paulo e João serão homenageados durante a solenidade. Paulo ou João será 
 
 
 
 
 
 
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homenageado na solenidade. Embora a troca de uma conjunção aditiva por 
uma alternativa tenha causado alteração de sentido, isso não quer dizer que 
necessariamente a frase se tornou incoerente. 
A incoerência se caracteriza pela relação ilógica entre ideias, 
ações ou fatos; pela incongruência entre eles; pela falta de harmonia com 
elementos antecedentes ou referentes; pela desconexão. Veja um simples 
exemplo de incoerência textual: João chegou muito cansado do trabalho. 
Afinal, trabalhou dez horas no comércio e ainda teve que suportar uma 
viagem estressante de ônibus ao voltar para casa. Lá chegando, trocou de 
roupa rapidamente e foi correndo à academia. Ora, não faz muito sentido 
uma pessoa estar tão cansada e ir correndo à academia, não é mesmo? Isso 
não é incoerência? Se ninguém me der uma explicação satisfatória, vou 
começar a achar que "João" não estava tão cansado como o texto diz. 
Gabarito – Item certo. 
(...) Obcecados por conveniência, velocidade e modismos, 
7 somos presas fáceis para marcas que promovem a obsolescência 
prematura de seus produtos. Segundo especialistas, esse 
comportamento é o fenômeno da posse transitória, termo que define 
10 o pouco tempo que permanecemos com os produtos que compramos. 
Por sinal, o mesmo raciocínio estende-se às relações, tanto pessoais 
quanto profissionais. Priorizamos resultados de curto prazo e 
13 queremos tudo ao mesmo tempo agora. E, assim, aos poucos, sem 
perceber, vamos construindo uma sociedade descartável. 
Luiz Alberto Marinho. Sociedade descartável. In: Vida 
Simples, dez./2008, p. 80 (com adaptações). 
8. (Cespe/TCE-Acre/ACE/2009) Preservam-se a coerência e a correção do 
texto ao se ligar o período iniciado por “Priorizamos” (l.12) ao anterior 
 
 
 
 
 
 
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por meio da conjunção conquanto, escrevendo-se do seguinte modo: 
(...) profissionais, conquanto priorizamos (...). 
Comentário – Estamos novamente às voltas com a conjunção concessiva 
conquanto, que exprime ressalva, objeção em relação a um fato, sem 
impedir a realização dele: Conquanto estivesse capacitado para exercer o 
cargo, não foi admitido. Ocorre que não se verifica entre os períodos 
iniciados por “Por sinal” e “Priorizamos” a ideia de objeção ou ressalva. 
Antes, a informação contida no período iniciado por “Priorizamos” justifica o 
que se declara no período anterior. 
Gabarito – Item errado. 
 (...) 
Não se trata de supor que há, de um lado, a coisa 
física ou material e, de outro, a coisa como ideia e 
13 significação. Não há, de um lado, a coisa-em-si e de outro, a 
coisa-para-nós, mas o entrelaçamento do físico-material e da 
significação. A unidade de um ser é de seu sentido, o que faz 
16 com que aquilo que chamamos coisa seja sempre um campo 
significativo. 
Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações). 
9. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) De acordo com o desenvolvimento 
das ideias do texto, seria correto iniciar o último período sintático com o 
conectivo no entanto, fazendo-se o devido ajuste de inicial maiúscula. 
Comentário – A conjunção no entanto exprime adversidade, oposição, 
sentido que não se verifica no último período sintático do texto. Este, salvo 
melhor interpretação, é a conclusão do que foi dito. 
Gabarito – Item errado. 
 
 
 
 
 
 
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1 O poder político é produto de uma convenção, não 
da natureza, como postulava Aristóteles, e nasce juntamente 
com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de 
4 toda a sua liberdade natural, a fim de protegerem os seus 
direitos naturais, consubstanciados na propriedade, na vida, 
na liberdade e em outros bens. (...) 
Destarte, a razão da organização da sociedade, da 
16 formação do poder político e da construção do Estado é a 
conquista da segurança e da paz para todos os indivíduos, de 
modo que eles possam gozar os seus direitos naturais. 
Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, 
ciência&vida. Ano III, n.º 27, p. 40-1 (com adaptações). 
10. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) A partir da conjunção “como” (l.2), 
a argumentação do texto estabelece comparação entre o poder político 
e outras formas de poder. 
Comentário – A comparação é feita entre “produto de uma convenção” e 
“da natureza”. Além disso, o vocábulo “como” exprime conformidade (= 
conforme postulava Aristóteles). 
Gabarito – Item errado. 
11. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) A substituição da conjunção 
“Destarte” (l.15) pela oração Assim sendo manteria o sentido 
conclusivo do parágrafo e a correção gramatical do texto. 
Comentário – Aqui foi exigido simplesmente conhecimento da classificação 
da conjunção “Destarte” (= desta forma, deste modo, assim sendo, diante 
disso), que é pouco utilizada. Frise-se que, no texto, ela exprime ideia 
conclusiva, tal como Assim sendo. 
Gabarito – Item certo. 
 
 
 
 
 
 
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1 Na verdade, o que hoje definimos como democracia 
só foi possível em sociedades de tipo capitalista, mas não 
necessariamente de mercado. De modo geral, a 
4 democratização das sociedades impõe limites ao mercado, 
assim como desigualdades sociais em geral não contribuem 
para a fixação de uma tradição democrática. (...) 
Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista 
Cult, n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57 (com adaptações). 
12. (Cespe/DPF/Agente/2009) Seria mantida a coerência entre as ideias do 
texto caso o segundo período sintático fosse introduzido com a 
expressão Desse modo, em lugar de “De modo geral” (l.3). 
Comentário – A expressão em negrito, conforme o que foi dito acima, tem 
valor semântico conclusivo, exprime a consequência, o desfecho de uma 
ideia anterior. Esse sentido é diferente do significado da expressão “De 
modo geral”, que denota imprecisão, generalização a respeito do que está 
sendo considerado. 
Gabarito – Item errado. 
(...) Na oposição que o texto faz entre a arte de falar e a 
13 arte de escrever, podemos encontrar não apenas as razões da 
desqualificação da concepção gramatical da linguagem, mas 
também a indicação do estatuto que Rousseau confere à 
16 linguagem. (...) 
Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130. 
13. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Os operadores “não apenas” (l.13) e 
“mas também” (l.14- 15) possibilitam ao autor a apresentação de dois 
argumentos mutuamente excludentes. 
 
 
 
 
 
 
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Comentário – Esses operadores são utilizados na aproximação de 
argumentos coordenados entre si e que se adicionam: “as razões da 
desqualificação da concepção gramatical da linguagem” e “a indicação do 
estatuto que Rousseau confere à linguagem”. 
Gabarito – Item errado. 
14. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Haveria prejuízo para o sentido original 
do texto se, no trecho “O menino Emílio não existe, não existiu e não foi 
pensado para existir” (l.3-4), os termos grifados fossem substituídos 
pela conjunção coordenativa nem. 
Comentário – A conjunção “nem”é coordenativa sindética aditiva e 
significa “e não”. Portanto não há prejuízo na substituição indicada. 
Gabarito – Item errado. 
1 A qualidade do ambiente urbano torna-se, cada vez 
mais, uma destacada fonte de cobrança da população sobre 
seus governantes. Repleta de problemas nessa área, a cidade 
4 de São Paulo experimenta, nos últimos anos, uma notável 
mudança de comportamento das autoridades municipais, que 
passam a incorporar o tema em suas prioridades de gestão. 
(...) 
Folha de S.Paulo. Editorial, 8/1/2009 (com adaptações). 
15. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O emprego de vírgula após 
“autoridades municipais” (l.5) justifica-se porque antecede oração 
subordinada adjetiva explicativa. 
Comentário – Está correto o que se declara. A oração depois da vírgula 
constitui uma informação de caráter explicativo em relação ao substantivo 
 
 
 
 
 
 
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“autoridades municipais”. Frise-se que oração adjetiva de caráter restritivo 
não é separada pela vírgula. 
Gabarito – Item certo. 
(...) 
37 Não é preciso repetir que o Brasil é um país inovador. 
O que nos falta é o suporte do crédito, de forma contínua, para 
sustentar as inovações, é claro que com algumas notáveis 
40 exceções: alcançamos o estado da arte na produção de 
combustíveis para transporte, e a EMBRAPA fez, em 30 anos, 
uma revolução na produtividade de nossa agricultura e 
43 pecuária, dando um enorme retorno aos parcos recursos de 
investimentos que recebeu. 
(...) 
Delfim Netto. Fórmulas de crescimento. Internet: 
<www.cartacapital.com.br> (com adaptações). 
16. (Cespe/AGU/Agente Administrativo/2010) Mantém-se a relação 
existente entre as orações separadas no texto por dois-pontos (l.40), 
caso esse sinal de pontuação seja substituído por vírgula e, após esta, 
seja acrescentado o vocábulo pois. 
Comentário – Primeiramente, você precisa entender que a oração iniciada 
pela forma verbal “alcançamos” é apositiva, isto é, explica, esclarece, 
desenvolve o sentido do substantivo “exceções”. A conjunção pois surgida 
antes do verbo da oração a que pertence e separada da oração anterior pela 
vírgula (“...é claro que com algumas notáveis exceções, pois 
alcançamos...”) também introduz segmento de valor semântico explicativo. 
Portanto a relação existente entre as orações é preservada com a alteração 
proposta pelo examinador. 
Gabarito – Item certo. 
 
 
 
 
 
 
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 (...) 
Para que o Brasil se transforme, efetivamente, em 
46 protagonista importante da revolução que vai mudar, 
profundamente, os processos de produção industrial e 
agropastoril em todo o mundo, os próximos governos terão de 
49 dar prioridade absoluta aos investimentos em inovação e ao 
desenvolvimento tecnológico. 
(...) 
Delfim Netto. Fórmulas de crescimento. Internet: 
<www.cartacapital.com.br> (com adaptações). 
17. (Cespe/AGU/Agente Administrativo/2010) Na linha 46, o pronome “que” 
introduz uma oração de sentido explicativo. 
Comentário – Perceba que o Cespe gosta de “brincar” com as orações 
adjetivas. As explicativas, repito, vêm separadas da sua principal pelo 
competente sinal de pontuação (vírgula, travessão, parênteses). Em “...que 
vai mudar...”, o pronome relativo introduz oração de sentido restritivo, pois 
especifica, restringe o sentido do substantivo “revolução”: não é qualquer 
revolução, e sim a que vai alterar significativamente os processos. 
Gabarito – Item errado. 
(...) Sua metodologia é 
simples — por meio de conversas frequentes com a família, o 
13 voluntário receita cuidados básicos para evitar que a criança 
morra por falta de conhecimento, como os hábitos de higiene, 
a administração do soro caseiro e a adoção da farinha de 
16 multimistura na alimentação, que se tornou uma solução 
simples e emblemática contra a desnutrição. Mas o seu segredo 
é um só: a persistência. 
Jornal do Commercio (PE), Editorial, 20/1/2010 (com adaptações). 
 
 
 
 
 
 
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18. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Médio/2010) O trecho “que se tornou uma 
solução simples e emblemática contra a desnutrição” (l.16-17) está 
precedido por vírgula porque se trata de um trecho com função 
restritiva. 
Comentário – A oração iniciada pelo pronome relativo “que” tem valor 
semântico explicativo e esclarece a importância da adoção da farinha de 
multimistura na alimentação. A essa altura, você já deve ter certeza de que 
oração adjetiva explicativa vem separada por vírgula, ao contrário da 
adjetiva restritiva. 
Gabarito – Item errado. 
10 (...) Ocorre que, ao dar vazão ao seu 
insaciável afã de descobrir, criar, conquistar, ao tentar realizar 
em toda sua plenitude a livre aventura do espírito, o homem 
13 depara-se com seus limites. (...) 
Ivan de Araújo Moura Fé. Conflitos éticos em psiquiatria. In: José E. Assad (Coord.). 
Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 185 (com adaptações). 
19. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A oração iniciada por “ao 
dar vazão” (l.10) apresenta uma causa para o homem deparar-se “com 
seus limites” (l.13). 
Comentário – Não são apenas as subordinadas adjetivas que podem se 
apresentar sob a forma reduzida (sem conjunção inicial e com verbo em 
uma das formas nominais: particípio, gerúndio e infinitivo); as substantivas 
e as adverbiais também. É isso o que se verifica no segmento “ao dar 
vazão”. O problema é que o examinador afirmou que ela “apresenta uma 
causa”, o que não corresponde aos fatos. A circunstância expressa pela 
oração é de tempo. Ela equivale a: “quando dá vazão”. 
Gabarito – Item errado. 
 
 
 
 
 
 
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1 O regime trabalhista, ao adotar estratégias de proteção 
à saúde do trabalhador, institui mecanismos de monitoração 
dos indivíduos, visando a evitar ou identificar precocemente os 
4 agravos à sua saúde, quando produzidos ou desencadeados 
pelo exercício do trabalho. (...) 
Elias Tavares de Araújo. Perícia médica. In: José E. Assad (Coord.). Desafios 
éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 241 (com adaptações). 
20. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A relação de significados 
que a oração introduzida por “ao adotar” (l.1) mantém com as demais 
orações do mesmo período sintático permite que se substitua essa 
oração por se adotasse, sem se prejudicar a coerência nem a correção 
gramatical do texto. 
Comentário – Estamos diante de outra oração adverbial reduzida (de 
infinitivo). Ela também expressa circunstância de tempo e equivale a: 
“quando adota”. Repare que a declaração indica um fato certo, real, positivo 
e habitual. A utilização da forma se adotasse (que caracterizaria uma 
oração adverbial condicional) tornaria o fato incerto, possível até, mas 
hipotético. Isso prejudicaria a coerência e a correção gramatical. 
Gabarito – Item errado. 
(...) Inovador é o 
7 indivíduo que procura respostas originais e pertinentes em 
situações com as quais ele se defronta. É preciso uma atitude 
de abertura para as coisas novas, pois a novidade é catastrófica 
10 para os mais céticos. Pode-se dizer que o caminho da inovaçãoé um percurso de difícil travessia para a maioria das 
instituições. Inovar significa transformar os pontos frágeis de 
13 um empreendimento em uma realidade duradoura e lucrativa. 
 
 
 
 
 
 
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 (...) 
21. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) O período sintático iniciado 
por “Inovar significa” (l.12) estabelece, com o período anterior, relação 
semântica que admite ser explicitada pela expressão Por conseguinte, 
escrevendo-se: Por conseguinte, inovar significa (...). 
Comentário – A expressão Por conseguinte integra segmento de valor 
semântico conclusivo. Mas a relação estabelecida é de explicação, 
justificativa. 
Gabarito – Item errado. 
(...) 
O imaginário, acionado pela imaginação individual, é 
19 pluriespacial e, na interação social, constrói a memória, a 
história museológica. Mesmo que possamos pensar que 
estereótipos são resultado de matrizes, a cultura é dinâmica, 
22 porquanto símbolos e estereótipos são olhados e 
ressignificados em determinado instante social. 
Dina Maria Martins Ferreira. Não pense, veja. São 
Paulo: Fapesp&Annablume, p. 62 (com adaptações). 
22. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) Preservam-se as relações 
argumentativas do texto bem como sua correção gramatical, caso se 
inicie o último período por Ainda, em lugar de “Mesmo” (l.20). 
Comentário – A substituição mantém o valor concessivo presente no último 
período e não causa nenhum prejuízo gramatical a ele. 
Gabarito – Item certo. 
 
 
 
 
 
 
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O corte de 125 mil empregos em junho indica que a esperança 
de gradual retomada do crescimento do mercado de trabalho no 
10 curto prazo era prematura e não deverá se concretizar. As 
razões para esse estancamento encontram-se no comportamento 
do polo dinâmico da economia mundial, os países emergentes, 
13 cujo desenvolvimento econômico começou a desacelerar — 
ainda que a partir de taxas exuberantes de expansão. 
Valor Econômico, Editorial, 6/7/2010 (com adaptações). 
23. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) No trecho “cujo 
desenvolvimento econômico (...) expansão” (L.13-14), identifica-se 
relação de causa e consequência entre a construção sintática destacada 
com travessão e a oração que a antecede. 
Comentário – O conectivo “ainda que” ressalta o valor semântico 
concessivo estabelecido na passagem. 
Gabarito – Item errado. 
1 Para a maioria das pessoas, os assaltantes, assassinos e 
traficantes que possam ser encontrados em uma rua escura da 
cidade são o cerne do problema criminal. Mas os danos que tais 
4 criminosos causam são minúsculos quando comparados com os 
de criminosos respeitáveis, que vestem colarinho 
branco e trabalham para as organizações mais poderosas. 
(...) 
James William Coleman. A elite do crime. 5.ª ed., 
São Paulo: Manole, 2005, p. 1 (com adaptações). 
24. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) Sem prejuízo para a 
coerência textual e a correção gramatical, o trecho “Mas os danos (...) 
minúsculos”, que inicia o segundo período do texto, poderia ser 
 
 
 
 
 
 
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substituído por: Embora os danos causados por esses criminosos 
sejam ínfimos (...). 
Comentário – A transformação prejudicaria o texto; o argumento ficaria 
sem conclusão; a estrutura oracional ficaria incompleta (com falta da 
competente oração principal). 
Gabarito – Item errado. 
25. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) A correção gramatical e a 
coerência do texto seriam preservadas se a oração “que possam ser 
encontrados em uma rua escura da cidade” (L.2-3) estivesse entre 
vírgulas. 
Comentário – A coerência é afetada com o uso das vírgulas, que 
transformam a oração restritiva em explicativa. 
Gabarito – Item errado. 
No lugar de alta carga tributária e estrutura de impostos 
inadequada, o país deve priorizar investimentos que expandam 
16 a produção e contribuam simultaneamente para o aumento de 
produtividade, como é o caso dos gastos com educação. É dessa 
forma que são criadas boas oportunidades de trabalho, 
19 geradoras de renda, de maneira sustentável. 
O Globo, Editorial, 12/7/2010 (com adaptações). 
26. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) A ausência de vírgula logo 
após o termo “investimentos” (L.15) permite concluir que, segundo o 
autor do texto, é necessário que, no Brasil, sejam priorizados 
investimentos voltados para a expansão da produção e para o aumento 
da produtividade. 
 
 
 
 
 
 
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Comentário – A ausência de vírgula faz surgir orações (subordinadas 
adjetivas restritivas) que limitam e distinguem o alcance semântico do 
substantivo “investimentos”. Caso uma vírgula fosse empregada, as orações 
teriam natureza semântica explicativa. 
Gabarito – Item certo. 
Por hoje é só, prezado aluno. Sugiro que intensifique os estudos. 
Não esmoreça por causa dessa ou daquela disciplina. Sempre haverá 
dificuldades a serem superadas em qualquer área de nossas vidas, 
principalmente quando estivermos diante de grandes conquistas. Meu 
conselho é que você esteja realmente decidido a se tornar servidor do TRT 
e, por isso mesmo, faça por onde. O que muda a nossa história é o que 
decidimos e fazemos, e não o que pensamos e falamos. Se você quer 
mesmo trabalhar no Tribunal, vá em frente! 
Bons estudos e que Deus o abençoe! 
Professor Albert Iglésia 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 
1 Um lugar sob o comando de gestores, onde os 
funcionários são orientados por metas, têm o desempenho 
avaliado dia a dia e recebem prêmios em dinheiro pela 
4 eficiência na execução de suas tarefas, pode parecer tudo — 
menos uma escola pública brasileira. Pois essas são algumas 
das práticas implantadas com sucesso em um grupo de 
7 escolas estaduais de ensino médio de Pernambuco. A 
experiência chama a atenção pelo impressionante progresso 
dos estudantes depois que ingressaram ali. 
(...) 
Veja, 12/3/2008, p. 78 (com adaptações). 
1. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) O termo “Pois” (l. 5) estabelece 
uma relação de causa entre as informações anteriores e as do período 
em que esse termo se apresenta. 
1 Um Brasil com desemprego zero. Um Brasil bem 
distante das estatísticas que apontam para uma taxa de 
desocupação em torno de 9%. E um Brasil que coloca o seu 
4 mercado de trabalho nas mãos de empreendedores locais, 
formais e informais. (...) 
O Globo, 6/4/2008, p. 33 (com adaptações). 
2. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) A oração que se inicia com “que” 
(l. 2) é adjetiva explicativa. 
1 Falei de esquisitices. Aqui está uma, que prova ao 
mesmo tempo a capacidade política deste povo e a grande 
 
 
 
 
 
 
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observação dos seus legisladores. Refiro-me ao processo 
4 eleitoral. Assisti a uma eleição que aqui se fez em fins de 
novembro. Como em toda a parte,este povo andou em busca 
da verdade eleitoral. Reformou muito e sempre; esbarrava-se, 
7 porém, diante de vícios e paixões, que as leis não podem 
eliminar. (...) 
Machado de Assis. A semana. Obra completa, v. III. 
Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757. 
3. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) O emprego da vírgula após 
“paixões” (l. 7) justifica-se porque a oração subseqüente é explicativa. 
O diretor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Athayde 
Fontoura Filho, reafirmou que a urna eletrônica apresenta risco zero de 
fraude e que a segurança pode ser aferida por meio da votação 
paralela, realizada no dia da eleição, concomitantemente ao pleito 
 oficial. 
Opções adaptadas. Internet: <www.tse.gov.br>. 
4. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Assinale a opção que não 
representa continuação coesa e coerente para o trecho acima. 
Porquanto, no período entre o primeiro e o segundo turno das eleições, 
o TSE tradicionalmente aproveita para verificar e corrigir as urnas de 
locais em que foram verificados problemas. 
1 Uma antiga preocupação dos legisladores do 
passado era a de assegurar o direito dos povos de manter 
“os costumes da terra”. Assim fizeram os romanos com os 
4 municípios e as províncias, que se autogovernavam em 
 
 
 
 
 
 
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troca dos tributos em dinheiro ou soldados para expansão 
de seu poder. (...) 
Mauro Santayana. Jornal do Brasil, 24/11/2006. 
5. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) O emprego de vírgula após 
“províncias” (l. 4) justifica-se por isolar oração de natureza explicativa. 
1 O termo groupthinking foi cunhado, na década de 
cinquenta, pelo sociólogo William H. Whyte, para explicar 
como grupos se tornavam reféns de sua própria coesão, 
4 tomando decisões temerárias e causando grandes fracassos. 
Os manuais de gestão definem groupthinking como um 
processo mental coletivo que ocorre quando os grupos são 
7 uniformes, seus indivíduos pensam da mesma forma e o 
desejo de coesão supera a motivação para avaliar alternativas 
diferentes das usuais. (...) 
Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta 
Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações). 
6. (Cespe/TCU/AFCE/2009) No desenvolvimento da argumentação, o valor 
semântico das orações iniciadas por “tomando” e “causando”, ambas na 
linha 4, permite interpretá-las como causa para a conceituação de 
Whyte; por isso correspondem a porque tomavam decisões 
temerárias e causavam grandes fracassos. 
7. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na linha 6, preservam-se a correção 
gramatical e a coerência textual ao se inserir uma vírgula 
imediatamente após o vocábulo “coletivo”, mesmo que, com isso, as 
informações possam ser tomadas como uma explicação — e não como 
uma caracterização — da expressão “processo mental coletivo”. 
 
 
 
 
 
 
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(...) Obcecados por conveniência, velocidade e modismos, 
7 somos presas fáceis para marcas que promovem a obsolescência 
prematura de seus produtos. Segundo especialistas, esse 
comportamento é o fenômeno da posse transitória, termo que define 
10 o pouco tempo que permanecemos com os produtos que compramos. 
Por sinal, o mesmo raciocínio estende-se às relações, tanto pessoais 
quanto profissionais. Priorizamos resultados de curto prazo e 
13 queremos tudo ao mesmo tempo agora. E, assim, aos poucos, sem 
perceber, vamos construindo uma sociedade descartável. 
Luiz Alberto Marinho. Sociedade descartável. In: Vida 
Simples, dez./2008, p. 80 (com adaptações). 
8. (Cespe/TCE-Acre/ACE/2009) Preservam-se a coerência e a correção do 
texto ao se ligar o período iniciado por “Priorizamos” (l.12) ao anterior 
por meio da conjunção conquanto, escrevendo-se do seguinte modo: 
(...) profissionais, conquanto priorizamos (...). 
 (...) 
Não se trata de supor que há, de um lado, a coisa 
física ou material e, de outro, a coisa como ideia e 
13 significação. Não há, de um lado, a coisa-em-si e de outro, a 
coisa-para-nós, mas o entrelaçamento do físico-material e da 
significação. A unidade de um ser é de seu sentido, o que faz 
16 com que aquilo que chamamos coisa seja sempre um campo 
significativo. 
Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações). 
 
 
 
 
 
 
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9. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) De acordo com o desenvolvimento 
das ideias do texto, seria correto iniciar o último período sintático com o 
conectivo no entanto, fazendo-se o devido ajuste de inicial maiúscula. 
1 O poder político é produto de uma convenção, não 
da natureza, como postulava Aristóteles, e nasce juntamente 
com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de 
4 toda a sua liberdade natural, a fim de protegerem os seus 
direitos naturais, consubstanciados na propriedade, na vida, 
na liberdade e em outros bens. (...) 
Destarte, a razão da organização da sociedade, da 
16 formação do poder político e da construção do Estado é a 
conquista da segurança e da paz para todos os indivíduos, de 
modo que eles possam gozar os seus direitos naturais. 
Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, 
ciência&vida. Ano III, n.º 27, p. 40-1 (com adaptações). 
10. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) A partir da conjunção “como” (l.2), 
a argumentação do texto estabelece comparação entre o poder político 
e outras formas de poder. 
11. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) A substituição da conjunção 
“Destarte” (l.15) pela oração Assim sendo manteria o sentido 
conclusivo do parágrafo e a correção gramatical do texto. 
1 Na verdade, o que hoje definimos como democracia 
só foi possível em sociedades de tipo capitalista, mas não 
necessariamente de mercado. De modo geral, a 
4 democratização das sociedades impõe limites ao mercado, 
 
 
 
 
 
 
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assim como desigualdades sociais em geral não contribuem 
para a fixação de uma tradição democrática. (...) 
Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista 
Cult, n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57 (com adaptações). 
12. (Cespe/DPF/Agente/2009) Seria mantida a coerência entre as ideias do 
texto caso o segundo período sintático fosse introduzido com a 
expressão Desse modo, em lugar de “De modo geral” (l.3). 
(...) Na oposição que o texto faz entre a arte de falar e a 
13 arte de escrever, podemos encontrar não apenas as razões da 
desqualificação da concepção gramatical da linguagem, mas 
também a indicação do estatuto que Rousseau confere à 
16 linguagem. (...) 
Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130. 
13. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Os operadores “não apenas” (l.13) e 
“mas também” (l.14- 15) possibilitam ao autor a apresentação de dois 
argumentos mutuamente excludentes. 
14. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Haveria prejuízo para o sentido original 
do texto se, no trecho “O menino Emílio não existe, não existiu e não foi 
pensado para existir” (l.3-4), os termos grifados fossem substituídos 
pela conjunção coordenativa nem. 
1 A qualidade do ambiente urbano torna-se, cada vez 
mais, uma destacada fonte de cobrança da população sobre 
seus governantes. Repletade problemas nessa área, a cidade 
4 de São Paulo experimenta, nos últimos anos, uma notável 
 
 
 
 
 
 
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mudança de comportamento das autoridades municipais, que 
passam a incorporar o tema em suas prioridades de gestão. 
 (...) 
Folha de S.Paulo. Editorial, 8/1/2009 (com adaptações). 
15. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O emprego de vírgula após 
“autoridades municipais” (l.5) justifica-se porque antecede oração 
subordinada adjetiva explicativa. 
(...) 
37 Não é preciso repetir que o Brasil é um país inovador. 
O que nos falta é o suporte do crédito, de forma contínua, para 
sustentar as inovações, é claro que com algumas notáveis 
40 exceções: alcançamos o estado da arte na produção de 
combustíveis para transporte, e a EMBRAPA fez, em 30 anos, 
uma revolução na produtividade de nossa agricultura e 
43 pecuária, dando um enorme retorno aos parcos recursos de 
investimentos que recebeu. 
(...) 
Delfim Netto. Fórmulas de crescimento. Internet: 
<www.cartacapital.com.br> (com adaptações). 
16. (Cespe/AGU/Agente Administrativo/2010) Mantém-se a relação 
existente entre as orações separadas no texto por dois-pontos (l.40), 
caso esse sinal de pontuação seja substituído por vírgula e, após esta, 
seja acrescentado o vocábulo pois. 
 (...) 
Para que o Brasil se transforme, efetivamente, em 
46 protagonista importante da revolução que vai mudar, 
 
 
 
 
 
 
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profundamente, os processos de produção industrial e 
agropastoril em todo o mundo, os próximos governos terão de 
49 dar prioridade absoluta aos investimentos em inovação e ao 
desenvolvimento tecnológico. 
(...) 
Delfim Netto. Fórmulas de crescimento. Internet: 
<www.cartacapital.com.br> (com adaptações). 
17. (Cespe/AGU/Agente Administrativo/2010) Na linha 46, o pronome “que” 
introduz uma oração de sentido explicativo. 
(...) Sua metodologia é 
simples — por meio de conversas frequentes com a família, o 
13 voluntário receita cuidados básicos para evitar que a criança 
morra por falta de conhecimento, como os hábitos de higiene, 
a administração do soro caseiro e a adoção da farinha de 
16 multimistura na alimentação, que se tornou uma solução 
simples e emblemática contra a desnutrição. Mas o seu segredo 
é um só: a persistência. 
Jornal do Commercio (PE), Editorial, 20/1/2010 (com adaptações). 
18. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Médio/2010) O trecho “que se tornou uma 
solução simples e emblemática contra a desnutrição” (l.16-17) está 
precedido por vírgula porque se trata de um trecho com função 
restritiva. 
10 (...) Ocorre que, ao dar vazão ao seu 
insaciável afã de descobrir, criar, conquistar, ao tentar realizar 
em toda sua plenitude a livre aventura do espírito, o homem 
13 depara-se com seus limites. (...) 
 
 
 
 
 
 
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que a oração introduzida por “ao adotar” (l.1) mantém com as demais 
orações do mesmo período sintático permite que se substitua essa 
oração por se adotasse, sem se prejudicar a coerência nem a correção 
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(...) Inovador é o 
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por “Inovar significa” (l.12) estabelece, com o período anterior, relação 
semântica que admite ser explicitada pela expressão Por conseguinte, 
escrevendo-se: Por conseguinte, inovar significa (...). 
(...) 
O imaginário, acionado pela imaginação individual, é 
19 pluriespacial e, na interação social, constrói a memória, a 
história museológica. Mesmo que possamos pensar que 
estereótipos são resultado de matrizes, a cultura é dinâmica, 
22 porquanto símbolos e estereótipos são olhados e 
ressignificados em determinado instante social. 
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22. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) Preservam-se as relações 
argumentativas do texto bem como sua correção gramatical, caso se 
inicie o último período por Ainda, em lugar de “Mesmo” (l.20). 
O corte de 125 mil empregos em junho indica que a esperança 
de gradual retomada do crescimento do mercado de trabalho no 
10 curto prazo era prematura e não deverá se concretizar. As 
razões para esse estancamento encontram-se no comportamento 
do polo dinâmico da economia mundial, os países emergentes, 
13 cujo desenvolvimento econômico começou a desacelerar — 
ainda que a partir de taxas exuberantes de expansão. 
Valor Econômico, Editorial, 6/7/2010 (com adaptações). 
 
 
 
 
 
 
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TEORIA E EXERCÍCIOS – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
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23. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) No trecho “cujo 
desenvolvimento econômico (...) expansão” (L.13-14), identifica-se 
relação de causa e consequência entre a construção sintática destacada 
com travessão e a oração que a antecede. 
1 Para a maioria das pessoas, os assaltantes, assassinos e 
traficantes que possam ser encontrados em uma rua escura da 
cidade são o cerne do problema criminal. Mas os danos que tais 
4 criminosos causam são minúsculos quando comparados com os 
de criminosos respeitáveis, que vestem colarinho 
branco e trabalham para as organizações mais poderosas. 
(...) 
James William Coleman. A elite do crime. 5.ª ed., 
São Paulo: Manole, 2005, p. 1 (com adaptações). 
24. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) Sem prejuízo para a 
coerência textual e a correção gramatical, o trecho “Mas os danos (...) 
minúsculos”, que inicia o segundo período do texto, poderia ser 
substituído por: Embora os danos causados por esses criminosos 
sejam ínfimos (...). 
25. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) A correção gramatical e a 
coerência do texto seriam preservadas

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