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Aula 06 (TRT 21 região, Português)

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CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS PARA O TRT/21ª REGIÃO 
TEORIA E EXERCÍCIOS – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
AULA 6 
www.pontodosconcursos.com.br 1
Hoje, nossa aula é sobre sintaxe de concordância. Essa 
expressão pomposa nada mais significa do que a relação estabelecida, como 
regra geral, entre o verbo da oração e o sujeito dela; entre o artigo, o 
adjetivo, o numeral adjetivo, o pronome adjetivo e o substantivo a que se 
referem. O primeiro tipo de relação é mais conhecido nos manuais de 
gramática e nas salas de aula como concordância verbal; o segundo, 
como concordância nominal. 
Existem muitas regras específicas, detalhes, exceções 
envolvendo esse assunto. Aqui, tentarei abordar um número suficiente de 
casos. Começarei pelos casos de concordância verbal. Vamos a eles! 
Casos Gerais de Concordância Verbal 
O verbo e o sujeito de uma oração concordam em número e 
pessoa. 
 é mais estação da alma..." (C. D. A.) "O outono 
"Todas estavam ainda verdes." (C. D. A.) 
1 No mundo moderno em que vivemos, é certamente 
difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os 
primeiros homens em contato com a natureza. A imensa 
4 variedade de corpos e acontecimentos que nos envolvem 
gerou as noções de matéria, de espaço e de tempo, 
fundamentalmente entrelaçadas no conhecimento das coisas. (...) 
José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e 
História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações). 
1. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Preservam-se a 
coerência da argumentação e a correção gramatical do texto ao se 
substituir “A imensa variedade de” (L.3-4) por Os inúmeros. 
 
 
 
 
 
 
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Comentário – Proceda à substituição: Os inúmeros corpos e 
acontecimentos que nos envolvem gerou... Notou a incorreção gramatical? É 
isso mesmo! Agora, o termo que funciona como sujeito do verbo “gerou” 
tem como núcleo o substantivo plural “inúmeros”. Antes, o núcleo do sujeito 
era o substantivo singular “variedade”. Tal transformação deve levar o verbo 
a flexionar-se em terceira pessoa do plural: geraram, o que não ocorreu. 
Resposta – Item errado. 
2. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Considerando que o fragmento 
apresentado constitui parte de um texto de Jamil Chade (O Estado de 
S. Paulo, 18/12/2008), julgue-o quanto à correção gramatical. 
O jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung divulgou as novas 
previsões do Ministério da Economia da Alemanha que indicam que o 
maior mercado da Europa sofrerão uma queda de pelo menos 3% em 
2009. O encolhimento da economia poderá ser ainda maior se a 
recessão atingir outros países. 
Comentário – O trecho apresenta erro de concordância verbal. Não há 
concordância entre o sujeito simples “o maior mercado da Europa” e a 
forma verbal “sofrerão”, flexionada na terceira pessoa do plural. Eis a forma 
correta: “o maior mercado da Europa sofrerá”. 
Resposta – Item errado. 
(...) Dados da Comissão de Relações Exteriores e Defesa 
Nacional mostram que a entrada do país resultará em um 
bloco com mais de 250 milhões de habitantes, área de 
13 12,7 milhões de km2, PIB superior a U$ 1 trilhão 
(aproximadamente 76% do PIB da América do Sul) e 
comércio global superior a US$ 300 bilhões. 
(...) 
 
 
 
 
 
 
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Maria Clara Cabral. Folha de S. Paulo,18/12/2008. 
3. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A forma verbal “mostram” (l.11) 
está no plural porque concorda com “Relações Exteriores” (l.10). 
Comentário – O verdadeiro núcleo do sujeito simples “Dados da Comissão 
de Relações Exteriores e Defesa Nacional” é o termo “Dados”, que pode ser 
representado pelo pronome “eles”, terceira pessoa do plural. Por isso a 
forma verbal “mostram” está no plural. 
Resposta – Item errado. 
4. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho seguinte 
é adaptado do editorial do Jornal Zero Hora (RS) de 20/4/2010. 
Julgue-o quanto à correção gramatical. 
A campanha eleitoral que se aproxima estará marcada definitivamente 
pelo uso das facilidades de comunicação que a Internet põem à 
disposição de partidos, candidatos e eleitores. Haverá a difícil e 
desafiadora obrigação de manter todo o processo dentro de padrões 
civilizados, impedindo que os radicais e irresponsáveis contaminem a 
disputa. 
Comentário – Conseguiu encontrar o erro? É a forma verbal “põem”, 
flexionada incorretamente na terceira pessoa do plural. O sujeito “Internet” 
(simples e no singular) obriga o verbo pôr (note a manutenção do acento 
circunflexo para diferenciá-lo da preposição por) a se flexionar na terceira 
pessoa do singular: “a Internet põe”. O examinador tentou tirar proveito da 
semelhança existente nas pronúncias de põe e põem. 
Resposta – Item errado. 
Quando o sujeito é composto, isto é, possuir mais de um núcleo, 
verifica-se o seguinte: 
 
 
 
 
 
 
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1. Representado por pessoas gramaticais diferentes Î a primeira pessoa 
(NÓS) prevalecerá sobre as demais, e a segunda (VÓS) terá preferência 
sobre a terceira (ELES). 
Eu, tu e os cidadãos (Nós) saímos. 
Tu e os cidadãos (Vós) saístes. (norma culta) 
Tu e os cidadãos (Vocês) saíram. (norma popular – ocorre que 
os pronomes TU e VÓS, no falar do português do Brasil, são 
frequentemente substituídos por VOCÊ e VOCÊS, o que leva o 
verbo para a terceira pessoa) 
2. Anteposto ao verbo Î o verbo ficará sempre no plural (concordância 
rígida ou gramatical). 
Pai e filho conversaram longamente. 
As imagens e o som não estavam adequados. 
(...) 
7 A participação popular e o controle popular do poder 
guardam a ideia de que o exercício da política é coletivo e 
racional, com vistas à conquista de algum bem. A política 
10 é exercida sempre que as pessoas agem em conjunto. 
A política é uma ação plural. O voto, nas eleições, é modo de 
expressão do consentimento dos cidadãos, para que o poder 
13 seja exercido em seu nome, para que as leis sejam elaboradas 
e executadas de modo legítimo. (...) 
Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, Ciência 
& Vida. São Paulo: Escala, ano III, n.º 27, p. 42-3 (com adaptações). 
 
 
 
 
 
 
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5. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na argumentação do texto, a opção pela 
estrutura verbal “guardam a ideia” (l.8) cria o pressuposto de ser falsa 
a afirmação de que “o exercício da política é coletivo e racional” (l.8-9). 
Comentário – A estrutura verbal foi empregada na terceira pessoa do plural 
(“guardam”) porque concorda com o sujeito composto “A participação 
popular e o controle popular do poder”, que a antecede. É descabido o que 
afirma o examinador. Pelo pequeno fragmento, já dá para você entender 
que é verdadeiro o pressuposto de que “o exercício da política é coletivo e 
racional”. 
Resposta – Item errado. 
6. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir 
é adaptado do editorial d’O Estado de S.Paulo de 22/4/2010. Julgue-o 
quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão. 
Os recursos materiais destinados ao combate da dengue são 
fundamentais, mas de pouco valem sem açõescomplementares, de 
responsabilidade de governos locais e da população. Nos últimos anos, 
tanto os governos estaduais como a União não poupou recursos 
financeiros e técnicos para apoiar às prefeituras no combate da dengue. 
Comentário – Do último período, vamos destacar a oração “...tanto os 
governos estaduais como a União não poupou recursos...”. Estamos diante 
de sujeito composto cujos núcleos (“governos” e “União”) estão ligados pela 
expressão correlativa “tanto... como”. A norma gramatical estabelece que o 
verbo vá para o plural quando os núcleos do sujeito composto estiverem 
ligados por essa ou por outras expressões afins. Exemplos: 
a) “Não só a nação mas também o príncipe estariam 
pobres.” (Alexandre Herculano” 
 
 
 
 
 
 
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b) “Tanto a Igreja como o Estado eram até certo ponto 
inocentes.” (Alexandre Herculano) 
c) Tanto ele quanto ela parecem guardar segredo. 
Resposta – Item errado. 
3. Posposto ao verbo Î o verbo poderá ficar no plural (concordância rígida 
ou gramatical) ou concordará com o núcleo mais próximo 
(concordância atrativa). 
Caíram uma flor e duas folhas. (ou “Caiu”, para concordar 
apenas com “uma flor”) 
Saiu o ancião e seus amigos. (ou “Saíram”, para concordar com 
todos os núcleos) 
Saíste tu e Pedro. (ou “Saístes”, para concordar com todos os 
núcleos; ou “Saíram”, de acordo com a norma popular) 
ATENÇÃO! Quando há reciprocidade, no entanto, a concordância deve ser 
feita no plural. 
Agrediram-se o deputado e o senador. 
Ofenderam-se o jogador e o árbitro. 
(...) Como tentativas de acompanhar essa velocidade 
vertiginosa que marca o processo de constituição da sociedade 
13 hipermoderna, surge a flexibilidade do mundo do trabalho e a 
fluidez das relações interpessoais. (...) 
 
 
 
 
 
 
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Renato Nunes Bittencourt. Consumo para o vazio existencial. 
In: Filosofia, ano V, n. 48, p. 46-8 (com adaptações). 
7. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) A forma verbal “surge” 
(l.13) está flexionada no singular porque estabelece relação de 
concordância com o conjunto das ideias que compõem a oração 
anterior. 
Comentário – Esse verbo concorda atrativamente com o núcleo (em 
negrito) mais próximo do sujeito composto “a flexibilidade do mundo do 
trabalho e a fluidez das relações interpessoais”. 
Resposta – Item errado. 
Casos Particulares de Concordância Verbal 
1. Verbos impessoais Î não possuem sujeito, ficando na terceira pessoa 
do singular. 
Choveu muito. 
Deve nevar muito naquelas regiões. 
Aqui faz verões terríveis. 
Deve fazer dez anos que eles chegaram. 
Há anos não o vejo. 
Ia para dez anos que não o via. 
Já passava de dez horas. 
Poderá haver alunos reprovados. 
1 Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas; no 
mês seguinte cinqüenta e cinco; em março de 1877 contava 
quatrocentas e noventa. (...) 
Verbos que indicam 
fenômenos naturais 
Verbos que indicam 
tempo decorrido 
Verbo “haver” com sentido 
de “existir”, “acontecer”, 
“ocorrer”. 
 
 
 
 
 
 
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sujeito
Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). In: Obra 
completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8. 
8. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2008) O verbo ter, na linha 
1, está empregado no sentido de haver, existir, por isso mantém-se 
no singular, sem concordar com o sujeito da oração — “vinte aranhas” 
(L.1). 
Comentário – Tentou-se induzir os candidatos a admitirem também o verbo 
ter como impessoal, a exemplo do verbo haver quando empregado no 
sentido de existir. Vamos esclarecer o comportamento de cada um desses 
verbos no que diz respeito à concordância verbal. 
Em primeiro lugar, o verbo existir é naturalmente pessoal, o 
que significa dizer que possui sujeito e com ele concordara em número e 
pessoa. 
 Existem bons alunos neste curso. 
Em segundo lugar, o verbo haver – conforme já foi dito 
anteriormente – não possui sujeito quando é impessoal, ou seja, quando é 
empregado com o sentido de existir. 
 Há bons alunos neste curso. 
Finalmente, o verbo ter, de acordo com a norma culta, só 
pode ser empregado na oração quando possuir sujeito. Se, no entanto, não 
possuir, deverá ser substituído pelo verbo haver no sentido de existir. 
O aluno não teve aula. – conforme a norma culta 
Não tem aula. – desvio da norma culta 
Não há aula. – conforme a norma culta. 
obj. direto 
sujeito 
 
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sujeito
sujeito
Tornando a analisar a questão, percebe-se que o verbo ter foi 
empregado corretamente com o sentido de possuir e como verbo pessoal, 
cujo sujeito é o pronome pessoal eu, oculto no período. Além disso, o termo 
“vinte aranhas” funciona como complemento direto desse verbo. 
Resposta – Item errado. 
9. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir 
é adaptado do editorial d’O Estado de S.Paulo de 22/4/2010. Julgue-o 
quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão. 
O número de brasileiros infectados pela dengue aumentou mais de 70% 
no primeiro trimestre do ano, em comparação com o mesmo período de 
2009. O maior foco da doença se concentra em Goiás, onde haviam 50 
mil casos registrados. Minas Gerais é o estado do Sudeste com maior 
número de ocorrências (49 mil) e em Mato Grosso o total de doentes 
chegou a 31.510 pessoas. 
Comentário – Observe atentamente a oração “onde haviam 50 mil casos 
registrados”. Notou a flexão do verbo haver? Como ele foi usado com a 
sentido de existir, é impessoal, não tem sujeito e deve se manter na 
terceira pessoa do singular (“havia”). 
Resposta – Item errado. 
2. Verbos unipessoais Î são os que possuem sujeito, ficando na terceira 
pessoa do singular ou do plural; os principais são acontecer, bastar, 
caber, constar, convir, faltar, importar, interessar, ocorrer, 
parecer, restar, urgir, etc. 
Basta uma reflexão. 
Faltam apenas quatro linhas. 
 
 
 
 
 
 
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sujeito
sujeito
3. Sujeito oracional Î se o sujeito for oracional, o verbo da oração principal 
ficará no singular. 
Falta fazer quatro linhas. 
Urge que tomemos uma atitude radical. 
4. Pronome apassivador e índice de indeterminação do sujeito 
Dá-se aula. (com verbos transitivos diretos ou transitivos diretos 
e indiretos, o SE é pronome apassivador e o verbo da oração – 
“dá” – deve concordar com o sujeito – “aula”) 
Dão-se aulas. (pluralizando-se o sujeito – “aulas” –, o verbo 
deve flexionar-se também no plural – “Dão”; e o “se” continua 
como pronome apassivador) 
Precisa-se de professores. (agora, o vocábulo “SE” acompanha 
verbo transitivo indireto – “Precisa” – e, por isso, denomina-se 
índice de indeterminação do sujeito, o que força o verbo a ficar 
na terceira pessoa do singular, situação que se repete com 
verbos intransitivos, de ligação e verbo transitivo direto + SE + 
preposição) 
1 Falei de esquisitices. Aqui está uma, que prova ao 
mesmo tempo a capacidadepolítica deste povo e a grande 
observação dos seus legisladores. Refiro-me ao processo 
4 eleitoral. Assisti a uma eleição que aqui se fez em fins de 
novembro. Como em toda a parte, este povo andou em busca 
da verdade eleitoral. Reformou muito e sempre; esbarrava-se, 
 
 
 
 
 
 
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7 porém, diante de vícios e paixões, que as leis não podem 
 eliminar. (...) 
Machado de Assis. A semana. Obra completa, v. III. 
Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757. 
10. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/2007) Caso a expressão “aqui se fez” 
(L.4) seja substituída por aqui foi feita, prejudica-se a correção 
gramatical do período. 
Comentário – Não gera prejuízo a troca sugerida pela banca examinadora. 
Originalmente, tem-se voz passiva sintética; posteriormente, voz passiva 
analítica. Mas o que deve chamar nossa atenção aqui é a concordância 
estabelecida entre o verbo e o seu sujeito. Nas duas estruturas, o verbo 
fazer mantém-se em terceira pessoa do singular para concordar com 
“eleição”, antecedente do pronome relativo “que” e pelo qual se faz 
representar na função de sujeito. Caso o termo estivesse pluralizado 
(eleições), o verbo deveria ser empregado também no plural. 
Resposta – Item errado. 
1 As diferenças de classes vão ser estabelecidas em dois 
níveis polares: classe privilegiada e classe não privilegiada. 
Nessa dicotomia, um leitor crítico vai perceber que se trata de 
4 um corte epistemológico, na medida em que fica óbvio que 
classificar por extremos não reflete a complexidade de classes 
da sociedade brasileira, apesar de indicar os picos. (...) 
Dina Maria Martins Ferreira. Não pense, veja. São 
Paulo: Fapesp & Annablume, p. 62 (com adaptações). 
11. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) O uso da forma verbal “se 
trata” (l.3), no singular, atende às regras de concordância com o termo 
“um corte epistemológico” (l.4) e seriam mantidas a coerência entre os 
argumentos e a correção gramatical do texto se fosse usado o termo no 
 
 
 
 
 
 
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plural, cortes epistemológicos, desde que o verbo fosse flexionado no 
plural: se tratam. 
Comentário – O verbo tratar-se é, quanto à regência, transitivo indireto e 
possui sujeito indeterminado. Portanto o termo “de um corte epistemológico” 
é o objeto dele e nenhuma concordância entre eles deve ser mantida. 
Resposta – Item errado. 
5. Coletivo Î o verbo concordará com o coletivo, estando próximo a ele; 
mas, se estiver distante, o verbo poderá ficar no singular ou no 
plural, conforme se queira destacar mais a idéia dos indivíduos. 
O povo não revelou nada. 
O grupo se dividiu; mais adiante, porém, se reuniram (ou 
reuniu). 
 (...) Os meus pupilos não são os 
31 solários de Campanela ou os utopistas de Morus; formam um 
povo recente, que não pode trepar de um salto ao cume das 
nações seculares. (...) 
Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). In: Obra 
completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8. 
12. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2008) A forma verbal 
“formam” (L.31) está flexionada na 3ª pessoa do plural para concordar 
com a idéia de coletividade que a palavra “povo” (L.32) expressa. 
Comentário – Embora haja a possibilidade de o verbo concordar com a 
ideia de coletividade que o substantivo traz consigo, conforme expliquei 
acima, esse não é o caso aqui. O verbo “formam” foi empregado na terceira 
pessoa do plural por concordar com a expressão “Os meus pupilos”, que 
funciona sintaticamente como seu sujeito. 
 
 
 
 
 
 
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A questão é interessante por comprovar que o Cespe, assim 
como nós, também está atento a mais este caso particular de concordância 
verbal. 
Resposta – Item errado. 
6. Expressão partitiva Î quando o sujeito é formado por uma expressão 
partitiva (parte de..., metade de..., o grosso de..., a maioria de..., a 
maior parte de..., grande número de..., etc.) seguida de substantivo ou 
pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural. 
A maioria das crianças não mente. (conc. rígida ou gramatical) 
A maioria das crianças não mentem. (conc. atrativa) 
(...) A reação dos 
indicadores de atividade na zona do euro, que já não eram 
4 robustos ou mesmo convincentes, é agora algo semelhante à 
paralisia. Os Estados Unidos da América cresceram a uma taxa 
superior a 3% em 12 meses, mas a maioria dos analistas aposta 
7 que a economia americana perderá força no segundo semestre. 
(...) 
Valor Econômico, Editorial, 6/7/2010 (com adaptações). 
13. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) Se o verbo da oração “mas a 
maioria dos analistas aposta” (L.6) estivesse flexionado no plural — 
apostam —, o período estaria incorreto, visto que, de acordo com a 
prescrição gramatical, a concordância verbal, em estrutura dessa 
natureza, deve ser feita com o termo “maioria”. 
 
 
 
 
 
 
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Comentário – Quando o sujeito é representado por expressões partitivas (a 
maioria de, um grande número de, por exemplo) seguido de substantivo 
no plural, o verbo pode flexionar-se no singular ou no plural. 
Resposta – Item errado. 
7. Quantidade aproximada Î quando houver uma quantidade aproximada 
(perto de..., cerca de..., coisa de..., mais de..., menos de..., etc) seguida 
de substantivo, o verbo obrigatoriamente concordará com o 
substantivo. 
Cerca de dois mil candidatos passaram no concurso. 
(concordância rígida ou gramatical) 
7 (...) Hoje, uma dezena de sítios na Internet usa 
o mesmo princípio em benefício da inovação no mundo dos 
negócios. (...) 
Veja, 20/8/2008 (com adaptações). 
14. (Cespe/Serpro/Analista/2008) O desenvolvimento das idéias do texto 
permite que se substitua “uma dezena de” (L.7) pela expressão cerca 
de dez, sem prejuízo para a correção gramatical e a coerência entre os 
argumentos. 
Comentário – Que tal reescrevermos a passagem já com a substituição que 
a banca examinadora propôs? Veja como fica: Hoje, cerca de dez sítios 
na Internet usa o mesmo princípio em benefício da inovação no 
mundo dos negócios. Já deu para perceber o prejuízo gramatical? Sem 
fazer outras modificações, o período torna-se incorreto. O verbo usa deveria 
ser, agora, flexionado no plural (usam) para concordar com o substantivo 
sítios. 
Resposta – Item errado. 
 
 
 
 
 
 
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ATENÇÃO! Com a expressão mais de um, devemos ter mais cuidado. O 
verbo só vai para o plural quando há ideia de reciprocidade ou quando a 
expressão surge repetida. 
Mais de uma máquina estava parada. 
Mais de um casal se agrediram. 
Mais de uma flor, mais de uma folha foram arrancadas. 
8. Pronome relativo que Î se o sujeito for o pronome relativo que, o verbo 
concordará com o antecedente. 
Fui eu que cheguei por último. 
Foste tu que chegaste por último. 
(...) Não precisamos usar a 
22 superfície para explicar o mundo, porque ela mesma é 
parte do mundo que exige explicação. Ela éum dado da 
realidade ao qual nos relacionamos. A superfície pode 
25 ter uma aparência ou ser mais, a própria verdade. 
Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície. 
In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações). 
15. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) A forma verbal 
“exige” (L.23) apresenta flexão de singular para concordar com o 
pronome “ela” (L.22), que, por sua vez, retoma, por coesão, 
“superfície” (L.22). 
Comentário – De fato, o pronome pessoal “ela” faz referência ao 
substantivo “superfície”. Entretanto, o sujeito da forma verbal “exige” é o 
pronome relativo “que”, representante semântico da expressão “parte do 
 
 
 
 
 
 
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mundo”, que – por encontrar-se no singular – obriga o verbo a se mantaer 
também no singular. 
Resposta – Item errado. 
 (...) 
Tempo, espaço e matéria são, pois, ideias que 
13 penetram o nosso conhecimento das coisas, desde o mais 
primitivo, e que evoluíram por meio das especulações 
filosóficas até as modernas investigações científicas, que as 
16 integraram em um nível mais profundo de síntese, uma 
unificação que levou milênios para ser atingida. 
José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e 
História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações). 
16. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Na organização das 
ideias no texto, o pronome “que” (L.14) retoma “nosso conhecimento 
das coisas” (L.13). 
Comentário – É importante perceber que, ao se admitir como verdade a 
assertiva da banca examinadora, surge instantaneamente um erro de 
concordância entre o sujeito e o verbo: nosso conhecimento das coisas 
evoluíram... Note que o núcleo do sujeito faz-se representar pela terceira 
pessoa do singular (ELE) e que isso obriga o verbo a flexionar-se igualmente 
em número e pessoa (EVOLUI), o que não acontece. Então, qual é o 
verdadeiro antecedente do pronome relativo? Acertou se você disse “ideias”, 
de acordo com a linha argumentativa do texto e em observância às normas 
gramaticais. 
Resposta – Item errado. 
 
 
 
 
 
 
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(...) O que há são relações de 
10 poder heterogêneas e em constante transformação. O poder 
é, portanto, uma prática social constituída historicamente. 
(...) 
Maria da Penha Nery. Vínculo e afetividade: caminhos das relações 
humanas. São Paulo: Ágora, 2003, p. 108-9 (com adaptações). 
17. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Respeitam-se as relações de coerência e 
coesão gramatical do texto se a forma verbal “há” (R.9) for substituída 
por existe. 
Comentário – Você já sabe que o verbo haver pode substituir o verbo 
existir, e vice-versa. O detalhe é que o primeiro é impessoal (não tem 
sujeito) e o segundo, pessoal (possui sujeito, com o qual deve concordar em 
numero e pessoa). Para saber se a forma existe pode mesmo substituir a 
forma “há”, você precisa identificar que termo funcionará como sujeito 
daquele verbo. Sintaticamente, o pronome relativo “que” é o sujeito. Diz a 
regra gramatical que, nesse caso, a concordância deve ser feita com o 
antecedente do relativo: o pronome demonstrativo “O” (= Aquilo), terceira 
pessoa do singular. 
Resposta – Item certo. 
18. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir 
é adaptado do editorial d’O Estado de S.Paulo de 22/4/2010. Julgue-o 
quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão. 
Chuvas e calor acima da média, além da volta da circulação da dengue 
do tipo 1, são fatores que determina o aumento do número de casos. 
Mas é inegável que, diante de bons resultados dos programas realizados 
anteriormente, houve certa acomodação por parte dos segmentos 
encarregados do combate a dengue. 
 
 
 
 
 
 
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Comentário – Antecipo a você que meu comentário, aqui, se restringirá ao 
que diz respeito à concordância, em virtude do propósito desta aula. 
Observe o segmento “são fatores que determina o 
aumento”. Agora atente para a oração (subordinada adjetiva restritiva) 
iniciada pelo pronome relativo “que”: “que determina o aumento”. 
Responda-me qual é o sujeito da forma verbal “determina”. Sua resposta 
deve ter sido o pronome relativo “que”, certo? O que diz mesmo a regra de 
concordância quando o sujeito for o pronome relativo que? Ela diz que, 
nesse caso, a concordância deve ser feita com o antecedente do relativo: o 
substantivo plural “fatores”. Portanto o verbo determinar deve ser 
flexionado na terceira pessoa do plural: “são fatores que determinam o 
aumento” 
Resposta – Item errado. 
(...) 
13 Os EUA tornaram-se o saco de pancadas nessa 
cúpula. Raúl Castro não foi o único a responsabilizar os 
EUA e o que chamou de seu modelo neoliberal pela crise do 
16 crédito, que está comprometendo muitas outras economias. 
(...) 
Alexei Barrionuevo. The New York Times. In: O 
Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptações). 
19. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A forma verbal “está” (l.16) 
vem no singular porque concorda com “modelo neoliberal” (l.15). 
Comentário – A concordância é feita com a expressão “crise do crédito”, 
semanticamente substituída pelo pronome relativo “que”. 
Resposta – Item errado. 
1 Vale a apena rever certas crenças que se têm 
multiplicado a respeito das chamadas emoções negativas. (...) 
 
 
 
 
 
 
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Planeta, jan./2010, p. 64-5 (com adaptações). 
20. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A substituição de “se têm” 
(l.1) por tem altera as relações entre os argumentos do texto, mas 
preserva sua coerência e correção gramatical. 
Comentário – Primeiramente, vamos entender o porquê do acento na 
forma original. Pergunte-se o que tem sido multiplicado: “certas crenças”. 
Esse termo é substituído pelo pronome relativo “que”, o qual exerce a 
função sintática de sujeito do verbo ter. Já disse anteriormente que, nos 
casos semelhantes, a concordância deve ser feita com o antecedente do 
relativo. Como o antecedente está no plural, o verbo ter também vai para o 
plural. O plural desse verbo é indicado pelo acento circunflexo (que foi 
mantido pelo novo Acordo) para diferenciar da forma singular: (ele) tem. 
Portanto a troca sugerida pela banca (“certas crenças que se tem 
multiplicado”) traz prejuízos ao texto. 
Resposta – Item errado. 
9. Pronome relativo quem Î o verbo concordará com o antecedente ou 
ficará na terceira pessoa do singular. 
Fui eu quem cheguei por último. 
Fui eu quem chegou por último. 
10. Um dos que Î o verbo ficará na terceira pessoa do singular, 
concordando com um, ou na terceira pessoa do plural, concordando 
com os (dos = de + os). 
Você é um dos que fala/falam menos. 
O Amazonas é um dos rios que corta/cortam a floresta 
equatorial. 
 
 
 
 
 
 
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ATENÇÃO! Quando houver idéia de exclusão necessária, o verbo ficará no 
singular. 
É uma das tragédias de Racine que se apresentará hoje no 
teatro. 
Ela é uma das candidatas que preencherá a vaga. 
11. Pronomeindefinido, interrogativo ou demonstrativo + de (dentre) nós, 
vós ou vocês Î o verbo concorda com o pronome (sujeito); mas, se 
este estiver no plural, o verbo poderá concordar com o pronome 
pessoal. 
Algum dentre vós sairá antes? 
Quais de nós sairão (sairemos) antes? 
Falo com aqueles dentre vós que trabalham (trabalhais). 
12. Cada um Î o verbo ficará no singular. 
Cada um de nós estudará para o concurso. 
Cada um de vocês passará. 
 (...) Além 
16 disso, cada uma das ideologias em que se fundamentam essas 
teorias políticas e econômicas constitui uma visão dos 
fenômenos sociais e individuais que pretende firmar-se em uma 
19 descrição verdadeira da natureza biológica, psicológica ou 
espiritual do humano. 
Humberto Maturana. Biologia do fenômeno social: a 
ontologia da realidade. Miriam Graciano (Trad.). Belo 
Horizonte: UFMG, 2002, p. 195 (com adaptações). 
 
 
 
 
 
 
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21. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) Na linha 16, na concordância 
com “cada uma das ideologias”, a flexão de plural em “fundamentam” 
reforça a ideia de pluralidade de “ideologias”; mas estaria 
gramaticalmente correto e textualmente coerente enfatizar “cada uma”, 
empregando-se o referido verbo no singular. 
Comentário – a flexão de plural em “fundamentam” decorre da 
concordância com “essas teorias políticas e individuais”, sujeito da forma 
verbal. A expressão “cada uma das ideologias” concorda com o verbo 
“constitui”. 
Resposta – Item errado. 
13. Pronome de tratamento Î o verbo concordará sempre na terceira 
pessoa do singular ou do plural. 
Vossa Excelência é muito digno. 
Vossas Senhorias são muito exigentes. 
14. Fração Î rigorosamente, o verbo concorda com o numerador; 
havendo parte inteira, o verbo concordará com ela. 
Um terço dos alunos foi embora. 
Dois inteiros e um quarto dos alunos passaram. 
ATENÇÃO! É possível ainda usar o verbo no plural quando o número 
fracionário vier seguido de substantivo no plural. Essa posição é 
sustentada, por exemplo, pelo mestre Cegalla (Novíssima gramática da 
Língua Portuguesa, 48ª edição, Companhia Editora Nacional, São Paulo, 
2008, página 470) 
“Um quinto dos homens eram de cor escura.” 
Recomendo que você observe atentamente todas as opções 
apresentadas pelo examinador. 
 
 
 
 
 
 
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15. Porcentagem Î o verbo concorda, a rigor, com o numeral. 
Um por cento dos alunos recusou-se a colaborar. 
Vinte e cinco por cento dos candidatos faltaram. 
Apenas 1,78% votou nesse candidato. 
ATENÇÃO! Bechara (Moderna gramática portuguesa – 37ª edição revista, 
ampliada e atualizada conforme o novo Acordo Ortográfico – Rio de Janeiro: 
Nova Fronteira – 2009 – página 566) nos ensina que “Nas linguagens 
modernas em que entram expressões numéricas de porcentagem, a 
tendência é fazer concordar o verbo com o termo preposicionado que 
especifica a referência numérica”. 
“Trinta por cento do Brasil assistiu à transmissão dos jogos da 
Copa.” 
Trinta por cento dos brasileiros assistiram aos jogos da Copa.” 
Aqui também recomendo que você observe atentamente todas 
as opções apresentadas pelo examinador, que pode considerar corretas as 
duas possibilidades de concordância. 
16. Substantivos sinônimos (ou quase sinônimos) e substantivos em 
gradação Î o verbo concorda gramaticalmente com todos os 
núcleos ou atrativamente com o mais próximo. 
Medo e temor me assusta/assustam. 
Uma palavra, um movimento, um simples gesto 
causava/causavam-lhe medo. 
O que é o que é? 
 
 
 
 
 
 
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sujeito composto aposto resumitivo 
aposto 
resumitivo
sujeito composto 
1 Se recebo um presente dado com carinho por pessoa 
de quem não gosto — como se chama o que sinto? Uma 
pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da 
4 gente — como se chama essa mágoa e esse rancor? (...) 
Clarice Lispector. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199. 
22. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) É gramaticalmente correto flexionar no 
plural a forma verbal em “como se chama essa mágoa e esse rancor?” 
(L.4), tendo como resultado como se chamam (...). 
Comentário – Notou que temos uma construção característica de voz 
passiva sintética em “como se chama essa mágoa e esse rancor?” Essa 
passagem equivale-se a seguinte estrutura de voz passiva analítica: “como é 
chamada essa mágoa e esse rancor?”. Pois bem, você sabe que toda voz 
passiva possui sujeito, certo? Analise o trecho com mais calma e perceba 
que a expressão “essa mágoa e esse rancor” constitui o sujeito composto da 
forma verbal “chama”. Perceba ainda que os núcleos “mágoa” e “rancor” são 
substantivos sinônimos, o que permite ao verbo manter-se no singular em 
concordância atrativa com o núcleo mais próximo, ou se flexionar para 
concordar com todos os núcleos: “como se chamam essa mágoa e esse 
rancor?” ou “como são chamados essa mágoa e esse rancor?”. 
Resposta – Item certo. 
17. Aposto resumitivo Î se o sujeito composto for resumido por um 
aposto (pronome indefinido), o verbo concordará com o aposto. 
Alunos, professores, diretores, ninguém chegava a um acordo. 
Pelé, Garrincha, Didi, todos foram campeões mundiais. 
18. Infinitivos antônimos ou determinados Î verbo no plural. 
Discordar e apoiar são próprios da democracia. 
 
 
 
 
 
 
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O andar e o nadar fazem bem à saúde. 
ATENÇÃO! Se os infinitivos não forem antônimos ou não estiverem 
determinados, o verbo ficará no singular. 
Andar e nadar faz bem a saúde. 
Sujar a roupa de giz e passar a noite corrigindo prova nunca 
desanimou os professores. 
19. Um e outro Î verbo no singular ou no plural. 
Um e outro jogador foi/foram expulsos. 
ATENÇÃO! Havendo ideia de reciprocidade com a expressão um e outro, 
o plural é obrigatório. 
Um e outro insultaram-se. 
20. Um ou outro; nem um nem outro Î a corrente majoritária indica o 
singular; todavia esses casos suscitam divergências entre consagrados 
autores: 
Um ou outro jogador fez gols. 
Nem um nem outro garoto brigou na rua. 
a) Cunha e Cintra: “As expressões um ou outro e nem um nem
outro, empregadas como pronome substantivo ou como pronome adjetivo, 
exigem normalmente o verbo no singular: Nem um nem outro havia 
idealizado previamente este encontro.” Prosseguem os mestres: “Não é rara, 
porém, a construção com o verbo no plural quando as expressões se 
empregam como pronome substantivo: Nem um nem outro desejavam 
questionar.” (Nova gramática do português contemporâneo, 5ª edição, Rio 
de Janeiro: Lexikon, 2008, página 527); 
 
 
 
 
 
 
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b) Pasquale e Ulisses: “Com as expressões um ou outro e nem 
um nem outro, a concordância costuma ser feita no singular, embora o 
plural também seja praticado. (...) Não há uniformidade no tratamento dado 
a essas expressões por gramáticos e escritores.” (Gramática da língua 
portuguesa, São Paulo: Scipione, 1998, página 486); 
c) Bechara: “Com nem um nem outro é de rigor o singularpara 
o substantivo e verbo: Nem um nem outro livro merece ser lido.” (Moderna 
gramática portuguesa, 37ª edição revista, ampliada e atualizada conforme o 
novo Acordo Ortográfico, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009, página 548); 
d) Cegalla: “O sujeito sendo uma dessas expressões [um e 
outro e nem um nem outro], o verbo concorda, de preferência, no plural. 
Exemplos: Nem uma nem outra foto prestavam [ou prestava]” (Novíssima 
gramática da língua portuguesa, 48a. edição revista, São Paulo: Companhia 
Editora Nacional, 2008, páginas 556 e 557). 
ATENÇÃO! Recomendo que você mantenha certa flexibilidade ao encarar 
questões desse tipo. 
21. Sujeitos ligados por ou ou nem Î o verbo ficará, normalmente, no 
plural; mas, se houver ideia de exclusão obrigatória ou sinonímia, 
o verbo ficará no singular. 
Nem Paulo, nem Ana reclamaram do salário. 
Pedro ou Paulo sairão mais cedo. 
José ou Pedro casará com ela. (apesar de tudo, uma pessoa só 
pode casar com outra, e não com outras ao mesmo tempo – 
risos) 
Dida ou Júlio César será o goleiro titular. (somente um goleiro 
pode ser titular em um jogo; o outro é o reserva) 
 
 
 
 
 
 
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“A Línguística ou Glotologia é a ciência que estuda a evolução da 
linguagem humana.” 
ATENÇÃO! Se houver idéia de retificação, o verbo concordará com o mais 
próximo. 
O ladrão ou os ladrões, não sei ao certo, assaltaram o banco. 
Os ladrões ou o ladrão, não sei ao certo, assaltou o banco. 
22. Sujeitos ligados por com Î o verbo fica no plural, dando ênfase a 
todos os sujeitos. 
O professor com o aluno montaram o equipamento. 
ATENÇÃO: Na oração “O professor, com o aluno, montou o equipamento”, a 
expressão “com o aluno” é, na verdade, adjunto adverbial de companhia; 
por isso o verbo fica no singular. 
23. Haja vista Î essa expressão, no singular, está sempre certa; porém 
pode variar se o seu referente estiver no plural: 
Haja vista o caso. 
Haja(m) vista os casos. 
Haja vista dos (aos) casos. (aqui, a preposição impede que a 
expressão varie) 
24. Títulos de obras e nomes próprios de lugar Î a concordância é feita 
levando-se em conta a presença ou a ausência de artigo. 
Os Lusíadas pertencem a Camões. 
Os Estados Unidos perderam muitos troféus. 
Minas gerais ganhou todas as competições. 
 
 
 
 
 
 
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ATENÇÃO! Quando o sujeito for título de obra, o verbo poderá concordar 
com o sujeito ou com o predicativo. 
Os Lusíadas são/é a obra máxima de Camões. 
25. Concordância do verbo ser Î em muitas situações, esse verbo deixa 
de concordar com o sujeito para concordar com o predicativo; em 
outras, pode concordar com um ou com outro, de acordo com o termo 
que se quer enfatizar: 
a) O termo que indica pessoa tem precedência sobre coisa/objeto. 
Maria era as esperanças de todos. 
O mundo são os homens. 
b) O pronome pessoal tem precedência sobre o nome. 
Os culpados éramos nós. 
“O Estado sou eu”. 
c) O pronome pessoal ou nome têm precedência sobre qualquer outro 
pronome. 
Quem és tu? 
Tudo são flores. 
ATENÇÃO! No segundo caso, quando o sujeito é representado pelos 
pronomes tudo, nada, isto, isso, aquilo, considera-se possível também a 
concordância com o pronome. 
Tudo é flores. 
 
 
 
 
 
 
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d) O plural tem precedência sobre o singular. 
A casa eram umas folhas. 
A sua paixão eram filmes de terror. 
ATENÇÃO! Modernamente, já se aceita a concordância com o sujeito, 
quando este é representado coisa/objeto. 
A casa era umas folhas. 
Aquele amor é cacos de um passado. 
e) O verbo SER mantém-se na terceira pessoa do singular nas 
expressões que indicam preço, valor, medida, peso. 
Dois quilos é pouco. 
Vinte mil cruzeiros é demais. 
Três metros é mais do que preciso. 
f) Nas indicações de distância, horas e datas, o verbo SER concordará 
com estas. 
Da Tijuca à Barra são oito quilômetros. 
Era uma hora e cinquenta e nove segundos. 
Hoje são 21 de maio. 
26. Concordância com a expressão é que Î leia o que os ilustres 
gramáticos Cunha e Cintra têm a nos dizer a esse respeito: 
“A locução é que é invariável e vem sempre colocada entre 
o sujeito da oração e o verbo a que ele se refere. Assim: 
‘José é que trabalhou, mas os irmãos é que se 
aproveitaram do seu esforço.’” 
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Mas todo cuidado é pouco! Continue a ler as lições de Cunha e Cintra: 
“[A expressão ‘é que’] é uma construção fixa, que não deve 
ser confundida com outra semelhante, mas móvel, em que o 
verbo ser antecede o sujeito e passa, naturalmente, a 
concordar com ele e a harmonizar-se com o tempo dos 
outros verbos. 
Compare-se, por exemplo, ao anterior o seguinte exemplo: 
‘José é que trabalhou, mas foram os irmãos que se 
aproveitaram do seu esforço.’ 
Ou este: 
‘Foi José que trabalhou, mas os irmãos é que se 
aproveitaram do seu esforço.’.” 
27. O verbo PARECER pode relacionar-se de duas maneiras distintas com 
o infinitivo: 
Os dias parecem voar. Î a forma verbal parecem é verbo 
auxiliar de voar; Os dias é o sujeito da oração. 
Os dias parece voarem. Î aqui houve uma inversão da ordem 
dos termos: Parece voarem os dias. Neste caso, o verbo 
parece é o verbo da oração principal, cujo sujeito é a oração 
subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo voarem 
os dias. Se desenvolvermos essa oração, teremos: Parece que 
os dias voam. 
ATENÇÃO! Quando a construção for feita no singular, as duas análises 
são possíveis. 
O dia parece voar. Î não sabemos se aqui o verbo parece é 
auxiliar do verbo voar, ficando no singular por concordar com o sujeito O 
 
 
 
 
 
 
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dia, ou se a ordem está invertida: Parece o dia voar, sendo a oração o dia 
voar sujeito do verbo Parece. 
Para finalizar a parte de concordância verbal, proponho a 
questão seguinte, que envolve verbo no infinitivo. 
(...) 
16 Em geral, cinco fatores estão atuando, em escala 
mundial, nessa crise: o aumento da produção subsidiada de 
biocombustíveis; o incremento dos custos com a alta do 
19 petróleo, que chega a US$ 114 o barril, e dos fertilizantes; o 
aumento do consumo em países como China, Índia e Brasil; 
a seca e a quebra de safras em vários países; e a crise 
22 norte-americana, que levou investidores a apostar no aumento 
dos preços de alimentos em fundos de hedge. 
(...) 
O mundo em guerra pelo pão. In: Istoé Dinheiro. 
23/4/2008, p. 30-2 (com adaptações). 
23. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2008) No trecho “que 
levou investidores a apostar no aumento dos preços de alimentos em 
fundos de hedge” (L.22-23), a substituição de “apostar” por apostarem 
manteria a correção gramatical do texto. 
Comentário – A flexão do infinitivo para concordar com o sujeito da oração 
é assunto que gera muitas discussões entre estudantes, sejam eles 
professores ou alunos. Em geral podemos seguir as orientações abaixo. 
I. Flexiona-se o infinitivo quando há sujeito claro, explícito na 
mesma oração em que surgeo verbo no infinitivo. 
Não é necessário [vocês chegarem cedo]. 
sujeito 
 
 
 
 
 
 
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II. Mesmo não estando explícito o sujeito, pode-se flexionar o 
infinitivo para evitar ambiguidade. 
Está na hora [de começar o trabalho]. (Quem: eu, você?) 
Está na hora [de (nós) começarmos o trabalho]. 
III. Quando o sujeito do infinitivo for diferente do sujeito da
oração anterior, também ocorrerá a flexão. 
[Vejo] [(vocês) estarem atrasados novamente]. 
IV. Sendo os sujeitos iguais , a flexão é facultativa. 
[Reunir-nos-emos com eles] [para apresentar/apresentarmos os 
problemas da empresa]. – o sujeito comum das orações é nós. 
V. Atente agora para a estrutura formada por PREPOSIÇÃO A 
+ INFINITIVO, pois o Cespe aceita tanto a flexão como a não flexão. 
O rapaz ajudava as garotas a se superar/superarem 
, a flexão é obrigatória. VI. Com a voz passiva 
As tarefas a serem feitas são essas. 
Resposta – Pelo que foi explicado anteriormente, em especial no item V, o 
item está certo. A forma verbal “apostar” pode flexionar-se em terceira 
pessoa do plural para concordar com o seu sujeito: “investidores”, mesmo 
diante da preposição “a”. 
1 A ideia de democracia tem seu nascedouro nas 
cidades-Estados gregas e consubstancia-se na tomada de 
decisões mediante a participação direta dos cidadãos. Como se 
sujeito
 
 
 
 
 
 
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4 pode depreender, o conceito era restrito, pois excluía, por 
exemplo, as mulheres e os escravos. Na trajetória da Grécia, 
com sua experiência de democracia primária ou de assembleia, 
7 ao mundo moderno, alguns fatores se apresentaram como 
inviabilizadores da participação política direta: número de 
cidadãos, extensão territorial e tempo (noção cada vez mais 
10 modificada diante dos avanços tecnológicos). 
Diante da impossibilidade de reunião de todos os 
envolvidos — aqueles que, de alguma forma, sentem os 
13 reflexos das decisões tomadas — e sendo cada vez mais 
urgente a tomada de decisões em tempo recorde, identificou-se 
a necessidade de eleger representantes. Assim nasceu a 
16 democracia representativa, com seus prós e contras. 
A rigor, em uma sociedade composta de milhares de 
pessoas, apenas mediante a representação por um grupo 
19 escolhido é possível que os diferentes interesses se façam 
presentes no momento de decidir; porém, é certo que nem 
sempre esse grupo representa os interesses do todo e nem 
22 sempre todos os interesses de uma sociedade plural chegam a 
ter representantes, ficando alguns alijados do processo 
decisório. Um governo que se propõe como democrático busca 
25 estabelecer mecanismos para que sejam garantidas ao máximo 
as possibilidades de os cidadãos participarem das decisões 
políticas, mas há um “lado sombrio”, identificado por Robert 
28 Dahl nos seguintes termos: “sob um governo representativo, 
muitas vezes os cidadãos delegam imensa autoridade arbitrária 
para decisões de importância extraordinária.”. Segundo o autor, 
31 as eleições periódicas garantem certo compromisso dos 
representantes com os representados, obrigam as elites a 
“manter um olho na opinião do povo”. Apesar do “lado 
 
 
 
 
 
 
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34 sombrio”, a democracia alicerçada sobre o pilar da eleição 
periódica de representantes é a única viável nos Estados 
contemporâneos. 
Tatiana de Carvalho Camilher. O papel da defensoria pública para 
a inclusão social rumo à concretização do estado democrático 
e direito. Internet: <www.conpedi.org> (com adaptações). 
24. (Cespe/DPU/Analista Técnico Administrativo/2010) Considerando as 
estruturas do texto, assinale a opção correta no que diz respeito à 
concordância. 
A) A inserção da forma verbal manterem no lugar de “manter”, em 
“manter um olho na opinião do povo” (l.33), acarretaria prejuízo 
sintático ao texto. 
B) A oração existia alguns fatores inviabilizadores parafraseia de 
modo gramaticalmente correto o trecho “alguns fatores se 
apresentaram como inviabilizadores” (l.7-8). 
C) Ainda que o vocábulo “necessidade” (l.15) estivesse flexionado no 
plural, a forma verbal “identificou” (l.14) deveria permanecer no 
singular. 
D) A alteração de “sejam garantidas” (l.25) para seja garantido não 
interfere na correção gramatical do período. 
E) As formas verbais “garantem” (l.31) e “obrigam” (l.32) concordam com 
“eleições periódicas” (l.31). 
Comentário – Alternativa A: a forma verbal em negrito agora foi usada no 
infinitivo pessoal, por isso ela se flexionou para concordar em número e 
pessoa com o sujeito “as elites” (l. 32). Sobre a flexão do infinitivo, leia o 
que eu disse no item V do comentário da questão anterior. Conclui-se, 
então, que não há prejuízo sintático para o texto. 
Alternativa B: O verbo existir é pessoal (diferentemente do 
verbo haver usado no mesmo sentido). Sendo assim, ele tem sujeito, com o 
qual deve concordar em número e pessoa. Conforme a proposta da banca 
 
 
 
 
 
 
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examinadora, esse sujeito é o termo “alguns fatores inviabilizadores” 
(terceiras pessoa do plural = eles). Isso leva o verbo existir a flexionar-se 
da seguinte maneira: “existiam” (terceira pessoa do singular). Portanto a 
opção está errada. 
Alternativa C: o verbo identificar está na voz passiva 
sintética, auxiliado pelo pronome apassivador “se”. Toda voz passiva possui 
sujeito (mas pode não possuir agente da passiva). No texto, o substantivo 
“necessidade” é o núcleo desse termo sintático. A pluralização dele deve 
levar, também, o verbo para o plural: “identificaram-se as necessidades”. 
Com a voz passiva analítica, é mais fácil perceber a necessidade de 
concordância entre sujeito e verbo: “as necessidades foram identificadas”. 
Logo o item está errado. 
Alternativa D: estamos às voltas com a voz passiva, mas 
agora é a analítica (verbo auxiliar flexionado + verbo principal no particípio): 
“sejam garantidas”. O verbo auxiliar flexiona-se em número é pessoa para 
concordar com o sujeito; o verbo principal flexiona-se em gênero e número 
pelo mesmo motivo. Repare bem: “...sejam garantidas... as 
possibilidades...”. Talvez, a posposição do sujeito ao verbo tenha dificultado 
sua análise. É bom ficar atento! A alteração indicada pelo Cespe causa 
incorreção gramatical. 
Alternativa E: sim, nada mais natural do que a concordância 
de número e pessoa entre sujeito e verbo. 
Resposta – E 
1 É evidente que vivemos em um momento prodigioso 
da técnica, com transformações profundas das noções de espaço 
e tempo; mas a política do espírito não acompanha esse 
4 alargamento do mundo: pelo contrário, vemos dominar no 
 
 
 
 
 
 
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homem o encolhimento das fronteiras éticas e o esquecimento 
de algumas ideias essenciais que fundam o humanismo. (...) 
Adauto Novaes. Sobre tempo e história. In: Adauto 
Novaes (Org.). Tempo e história. São Paulo: Companhia 
das Letras, p. 14-5 (com adaptações). 
25. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) O deslocamento de“dominar no 
homem” (l.4-5) para o final do período sintático em que ocorre, depois 
de “humanismo” (l.6), preserva as relações de significação entre os 
termos e a correção gramatical do texto, desde que seja usada uma 
vírgula depois de “humanismo”. 
Comentário – Eis o que o examinador propôs: “...vemos o encolhimento 
das fronteiras éticas e o esquecimento de algumas ideias essenciais que 
fundam o humanismo, dominar no homem”. 
Estariam preservadas as relações de significação e a 
correção gramatical se a vírgula não fosse inserida. Se você está se 
perguntando se o verbo “dominar” deveria ir para o plural, esclareço-lhe 
que: 
a) é facultativa a flexão do infinitivo (“dominar”) se o 
sujeito não for representado por pronome átono (“o encolhimento das 
fronteiras éticas e o esquecimento de algumas ideias essenciais”) e se o 
verbo da oração determinada pelo infinitivo (“vemos”) for causativo 
(mandar, deixar, fazer) ou sensitivo (ver, ouvir, sentir). Veja um exemplo: 
Mandei sair os alunos./Mandei saírem os alunos. 
b) flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo se o sujeito for 
diferente de pronome átono e determinante de verbo não causativo nem 
sensitivo. Veja um exemplo: Esperei saírem todos. 
Mas a tal vírgula causou separação indevida entre o sujeito e o 
verbo. Por isso a proposição está errada. 
Resposta – Item errado. 
 
 
 
 
 
 
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A partir de agora, trataremos da concordância nominal. 
Admito que não é fácil selecionar questões sobre esse assunto elaboradas 
recentemente pelo Cespe. Ao que parece, essa banca examinadora privilegia 
os casos de concordância verbal. 
Por isso mesmo, o alcance aqui será menor, restrito aos casos 
observados em provas anteriores. Meu intuito não é derramar sobre você 
uma avalanche de informações “desnecessárias”, mas sim orientá-los quanto 
aos prováveis questionamentos sobre concordância nominal feitos pelo 
Cespe. 
Nesse sentido, partiremos das questões para a teoria. Quando 
for conveniente, ampliarei a explicação para abranger outros casos de 
concordância nominal. 
(...) Em comunicado, o grupo 
considerou a medida como parte complementar do corte 
anterior de dois milhões de barris diários, anunciado em 
7 setembro, como uma tentativa de estabilizar a cotação do 
petróleo, que, desde julho, já caiu mais de US$ 100. (...) 
O Globo, 18/12/2008. 
26. (Cespe/IRBr/Bolsa-Prêmio/2009) A forma verbal “anunciado” (L.6) 
concorda com “corte anterior” (L.5-6), por isso está no masculino 
singular. 
Comentário – Por ser uma das formas nominais do verbo e poder se 
comportar como um adjetivo, os verbos no particípio flexionam-se em 
gênero e número para concordar com o substantivo a que se referem. É 
possível os verbos no particípio surgirem acompanhados de outros verbos 
(auxiliares), formando com eles uma locução verbal. Nesses casos, os 
verbos auxiliares (ser, estar, haver, ter, fica) flexionam-se em pessoa, 
número, tempo e modo. Exemplos: 
 
 
 
 
 
 
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Fica autorizado as visitas diurnas às praias desta região. (inadequado) 
Ficam autorizadas as visitas diurnas às praias desta região. (adequado) 
...[sujeito: as visitas diurnas] 
...[núcleo do sujeito: visitas] 
...[visitas: substantivo feminina plural] 
Foram corrigidos o valor das moedas locais. (inadequado) 
Foi corrigido o valor das moedas locais (adequado) 
...[sujeito: o valor das moedas locais] 
...[núcleo do sujeito: valor] 
...[valor: substantivo masculino singular 
Resposta – Item certo. 
Esse tipo de concordância, que envolve a relação entre adjetivo- 
-particípio e substantivo, surge frequentemente nas provas do Cespe. Eis 
abaixo outras questões semelhantes. 
1 Toda a questão do conhecimento, como desejo 
de penetrar os fenômenos e dizer sua lógica, 
organização e seu funcionamento, pode ser pensada a 
4 partir do que se deve denominar uma filosofia de 
superfície: aquela que se dedica a tratar crítica e 
analiticamente o mundo das superfícies. (...) 
Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície. 
In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações). 
 
 
 
 
 
 
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27. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) A flexão de 
feminino em “pensada” (L. 3) deve-se à concordância com “lógica” 
(L. 2). 
Comentário – O vocábulo “pensada”, que surge em forma de adjetivo- 
-particípio, concorda com o substantivo feminino singular “questão”, núcleo 
do sujeito “Toda a questão do conhecimento”. 
Resposta – Item errado. 
28. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) Quanto à correção gramatical e às 
exigências da redação oficial, julgue o fragmento de texto apresentado 
a seguir, transcrito e adaptado de www.stf.gov.br. 
A consolidação de precedentes ou de entendimento uniforme 
adotados pelo STF, em certos casos, evita o surgimento de 
ações semelhantes e a multiplicação de processos para 
apreciação em todos os níveis de jurisdição. 
Comentário – Todo texto escrito em linguagem formal deve ser pautado 
nas regras gramaticais vigentes. Isso também se aplica à redação oficial. 
Portanto, o adjetivo “adotados” deveria flexionar-se no feminino singular 
para concordar com o substantivo “consolidação”, núcleo da expressão “A 
consolidação de precedentes ou de entendimento uniforme”. 
Resposta – Item errado. 
(...) Como nada ainda deu certo no planeta, a 
7 internacionalização só será aceitável quando se cumprirem 
duas premissas. (...) 
Roberto Pompeu de Toledo. Amazônia: premissas 
para sua entrega. In: Veja, 28/5/2008 (com adaptações). 
 
 
 
 
 
 
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29. (Cespe/STJ/Analista judiciário/2008) Preservam-se a correção 
gramatical e a coerência da argumentação do texto ao se substituir a 
expressão “se cumprirem” (L.7) por forem cumpridas. 
Comentário – A passagem original constitui voz passiva sintética. Nela, o 
verbo “cumprem” concorda em número e pessoa com o sujeito “duas 
premissas”. A substituição proposta faz surgir voz passiva analítica ou verbal 
(verbo auxiliar + verbo principal), em que o verbo principal (“cumpridas”) 
assume a forma nominal de particípio. Como já disse, o particípio concorda 
em gênero e número com o substantivo a que se refere: “premissas”, 
feminino plural. 
Resposta – Item certo. 
Lembre-se também de que, conforme a regra geral de 
concordância nominal, o artigo, o adjetivo, o pronome adjetivo e o 
numeral adjetivo concordam com o substantivo a que se referem em gênero 
e número. 
O aluno discreto não viu aquela moça com duas alianças. 
1 A criação da ABIN, em 1995, proporcionou ao 
mediante ações de coordenação do fluxo de informações 
4 necessárias às decisões de governo, no que diz respeito ao 
aproveitamento de oportunidades, aos antagonismos e às 
ameaças, reais ou potenciais, para os mais altos interesses da 
7 sociedade e do país. (...) 
Internet: <www.abin.gov.br> (com adaptações). 
30. (Cespe/ABIN/Agente de Inteligência/2008) A substituição do termo 
“necessárias” (L.4) por necessário mantém a correção gramatical do 
texto. 
Art. Adj. Pron. 
Adj. 
Num. 
Adj. 
 
 
 
 
 
 
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Comentário – Observe que, originalmente, o adjetivo “necessárias” 
qualifica o substantivo “informações”. Note que ambos concordam em 
gênero (feminino) e número (plural). A substituição sugerida pela banca 
examinadora muda a referência para o substantivo “fluxo” (“fluxo de 
informações necessário”). Apesar de causar leve desvio na linha 
argumentativa do texto, a alteração não traz prejuízo à correção gramatical 
do texto. 
Resposta – Item certo. 
 (...) 
Tempo, espaço e matéria são, pois, ideias que 
13 penetram o nosso conhecimento das coisas, desde o mais 
primitivo, e que evoluíram por meio das especulações 
filosóficas até as modernas investigações científicas, que as 
16 integraram em um nível mais profundo de síntese, uma 
unificação que levou milênios para ser atingida. 
José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e 
História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações). 
31. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Por se referir a “um 
nível mais profundo de síntese” (R.16), a expressão “uma unificação 
que” (l.16-17) pode ser substituída por o que, sem prejudicar a 
argumentação ou a correção gramatical do texto. 
Comentário – A primeira coisa a fazer é identificar, no texto original, o 
referente do adjetivo atingida: “uma unificação” (expressão representada 
semanticamente pelo pronome relativo “que”). O núcleo “unificação” – 
feminino singular – levou o adjetivo “atingida” a concordar em mesmo 
gênero e número. 
Agora, vamos reescrever a passagem como foi sugerido pela 
banca examinadora: “...um nível mais profundo de síntese, o que levou 
 
 
 
 
 
 
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milênios para ser atingida”. Percebeu que o adjetivo “atingida” tem como 
referência o pronome demonstrativo “o”? Semanticamente, ele é 
representado pelo relativo “que”; como elemento de coesão, retoma a 
expressão “um nível mais profundo de síntese”, cujo núcleo é o substantivo 
masculino singular “nível”. Observe que tudo contribui para que o adjetivo 
“atingida” seja empregado no masculino singular. Como isso não ocorreu, 
houve prejuízo. 
Resposta – Item errado. 
Quando o adjetivo se refere a mais de um substantivo, 
verifica-se o seguinte: 
1. Substantivos do mesmo gênero Æ o adjetivo ficará neste gênero e no 
plural; poderá, ainda, concordar com o núcleo mais próximo. 
Caderno e livro bons. (ou bom) 
Casa e cadeira lindas. (ou linda) 
2. Substantivos de gêneros diferentes Æ o adjetivo ficará no masculino e 
no plural; poderá, ainda, concordar com o núcleo mais próximo. 
Caderno e casa bons. (ou boa) 
Gravata e terno lindos. (ou lindo) 
3. Substantivos antepostos Æ adjetivo no plural ou no singular, conforme 
exemplos vistos até agora. 
4. Substantivos pospostos Æ a concordância mais notável será a atrativa. 
Tratava-se de inoportuno momento e lugar. 
Tratava-se de inoportuna ocasião e lugar. 
 
 
 
 
 
 
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(...) Com ele [o hipertexto], ler o mundo tornou-se virtualmente 
10 possível, haja vista que sua natureza imaterial o faz ubíquo 
por permitir que seja acessado em qualquer parte do planeta, 
a qualquer hora do dia e por mais de um leitor 
13 simultaneamente. 
Antonio Carlos Xavier. Leitura, texto e hipertexto. In: 
L. A. Marcuschi e A. C. Xavier (Orgs.). Hipertexto e 
gêneros digitais, p. 171-2 (com adaptações). 
32. (Cespe/Serpro/Analista/2008) Na linha 10, a flexão de feminino em 
“haja vista” deve-se à concordância com a palavra feminina “natureza”. 
Comentário – A expressão “haja vista” sempre está correta empregada no 
singular, independentemente de o termo a que se refere estar no singular ou 
no plural. No texto, a referência é toda a oração “que sua natureza imaterial 
o faz ubíquo”. 
É importante ressaltar que, mesmo nos casos em que a 
flexão é permitida – como foi explicado quando tratamos da concordância 
verbal, o segundo elemento da expressão (“vista”) mantém-se invariável. 
Parece-me que a banca examinadora tentou confundir os candidatos 
induzindo-os a raciocinar em função da concordância nominal que envolve o 
emprego da expressão “a olhos vistos”. 
Em “haja vista”, o substantivo “vista” é invariável: 
Haja vista o silêncio. 
Haja(m) vista os barulhentos. 
Em “a olhos vistos”, a expressão fica invariável ou a palavra 
“vistos” concorda com o substantivo a que se refere: 
Ela cresce a olhos vistos. 
Ela cresce a olhos vista. 
 
 
 
 
 
 
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Resposta – Item errado. 
Como “seguro morreu de velho”, apresento agora algumas 
expressões que merecem cuidado especial. 
1. É bom, é necessário, é preciso, é permitido, é proibido Æ quando o 
sujeito dessas expressões estiver determinado (por artigos, pronomes 
ou numerais adjetivos), a concordância será feita normalmente; se, 
entretanto, não existir determinante, a expressão ficará invariável. 
É proibida a entrada. 
É proibido entrada. 
Água é bom para a saúde. 
Esta água é boa para a saúde. 
2. Todo = totalmente Æ poderá flexionar-se em gênero e número para 
concordar com o (pronome) substantivo a que se refere. 
Ele vinha todo de branco. 
Elas vinham todas de branco. 
CUIDADO! Eles são todo-poderosos. 
Elas são todo-poderosas. 
Essa expressão pode ter seu segundo elemento flexionado, mas 
não o primeiro!!! 
3. Ao tratarmos de cores, observaremos o seguinte: 
a) se a cor é representada por adjetivo, varia; 
sapato branco 
camisas amarelas 
b) se a cor é representada por substantivo, não varia; 
sapatos cinza 
 
 
 
 
 
 
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camisas rosa 
c) se a cor é representada por adjetivo + adjetivo, só o último 
elemento varia; 
blusas verde-claras 
camisas azul-escuras 
d) se a cor é representada por adjetivo + substantivo, o composto 
fica invariável. 
blusas verde-limão 
 calças azul-piscina 
Por hoje é só. Bons estudos e que Deus o(a) abençoe! Até a 
próxima aula, em que estudaremos tipologia, compreensão e interpretação 
de texto. 
Professor Albert Iglésia 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 
1 No mundo moderno em que vivemos, é certamente 
difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os 
primeiros homens em contato com a natureza. A imensa 
4 variedade de corpos e acontecimentos que nos envolvem 
gerou as noções de matéria, de espaço e de tempo, 
fundamentalmente entrelaçadas no conhecimento das coisas. (...) 
José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e 
História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações). 
1. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Preservam-se a 
coerência da argumentação e a correção gramatical do texto ao se 
substituir “A imensa variedade de” (L.3-4) por Os inúmeros. 
2. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Considerando que o fragmento 
apresentado constituiparte de um texto de Jamil Chade (O Estado de 
S. Paulo, 18/12/2008), julgue-o quanto à correção gramatical. 
O jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung divulgou as novas 
previsões do Ministério da Economia da Alemanha que indicam que o 
maior mercado da Europa sofrerão uma queda de pelo menos 3% em 
2009. O encolhimento da economia poderá ser ainda maior se a 
recessão atingir outros países. 
(...) Dados da Comissão de Relações Exteriores e Defesa 
Nacional mostram que a entrada do país resultará em um 
bloco com mais de 250 milhões de habitantes, área de 
13 12,7 milhões de km2, PIB superior a U$ 1 trilhão 
 
 
 
 
 
 
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(aproximadamente 76% do PIB da América do Sul) e 
 comércio global superior a US$ 300 bilhões. 
 (...) 
Maria Clara Cabral. Folha de S. Paulo,18/12/2008. 
3. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A forma verbal “mostram” (l.11) 
está no plural porque concorda com “Relações Exteriores” (l.10). 
4. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho seguinte 
é adaptado do editorial do Jornal Zero Hora (RS) de 20/4/2010. 
Julgue-o quanto à correção gramatical. 
A campanha eleitoral que se aproxima estará marcada definitivamente 
pelo uso das facilidades de comunicação que a Internet põem à 
disposição de partidos, candidatos e eleitores. Haverá a difícil e 
desafiadora obrigação de manter todo o processo dentro de padrões 
civilizados, impedindo que os radicais e irresponsáveis contaminem a 
disputa. 
(...) 
7 A participação popular e o controle popular do poder 
guardam a ideia de que o exercício da política é coletivo e 
racional, com vistas à conquista de algum bem. A política 
10 é exercida sempre que as pessoas agem em conjunto. 
A política é uma ação plural. O voto, nas eleições, é modo de 
expressão do consentimento dos cidadãos, para que o poder 
13 seja exercido em seu nome, para que as leis sejam elaboradas 
e executadas de modo legítimo. (...) 
Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, Ciência 
& Vida. São Paulo: Escala, ano III, n.º 27, p. 42-3 (com adaptações). 
 
 
 
 
 
 
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5. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na argumentação do texto, a opção pela 
estrutura verbal “guardam a ideia” (l.8) cria o pressuposto de ser falsa 
a afirmação de que “o exercício da política é coletivo e racional” (l.8-9). 
6. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir 
é adaptado do editorial d’O Estado de S.Paulo de 22/4/2010. Julgue-o 
quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão. 
Os recursos materiais destinados ao combate da dengue são 
fundamentais, mas de pouco valem sem ações complementares, de 
responsabilidade de governos locais e da população. Nos últimos anos, 
tanto os governos estaduais como a União não poupou recursos 
financeiros e técnicos para apoiar às prefeituras no combate da dengue. 
(...) Como tentativas de acompanhar essa velocidade 
vertiginosa que marca o processo de constituição da sociedade 
13 hipermoderna, surge a flexibilidade do mundo do trabalho e a 
fluidez das relações interpessoais. (...) 
Renato Nunes Bittencourt. Consumo para o vazio existencial. 
In: Filosofia, ano V, n. 48, p. 46-8 (com adaptações). 
7. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) A forma verbal “surge” 
(l.13) está flexionada no singular porque estabelece relação de 
concordância com o conjunto das ideias que compõem a oração 
anterior. 
1 Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas; no 
mês seguinte cinqüenta e cinco; em março de 1877 contava 
quatrocentas e noventa. (...) 
Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). In: Obra 
 
 
 
 
 
 
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completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8. 
8. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2008) O verbo ter, na linha 
1, está empregado no sentido de haver, existir, por isso mantém-se 
no singular, sem concordar com o sujeito da oração — “vinte aranhas” 
(L.1). 
9. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir 
é adaptado do editorial d’O Estado de S.Paulo de 22/4/2010. Julgue-o 
quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão. 
O número de brasileiros infectados pela dengue aumentou mais de 70% 
no primeiro trimestre do ano, em comparação com o mesmo período de 
2009. O maior foco da doença se concentra em Goiás, onde haviam 50 
mil casos registrados. Minas Gerais é o estado do Sudeste com maior 
número de ocorrências (49 mil) e em Mato Grosso o total de doentes 
chegou a 31.510 pessoas. 
1 Falei de esquisitices. Aqui está uma, que prova ao 
mesmo tempo a capacidade política deste povo e a grande 
observação dos seus legisladores. Refiro-me ao processo 
4 eleitoral. Assisti a uma eleição que aqui se fez em fins de 
novembro. Como em toda a parte, este povo andou em busca 
da verdade eleitoral. Reformou muito e sempre; esbarrava-se, 
7 porém, diante de vícios e paixões, que as leis não podem 
eliminar. (...) 
Machado de Assis. A semana. Obra completa, v. III. 
Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757. 
 
 
 
 
 
 
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10. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/2007) Caso a expressão “aqui se fez” 
(L.4) seja substituída por aqui foi feita, prejudica-se a correção 
gramatical do período. 
1 As diferenças de classes vão ser estabelecidas em dois 
níveis polares: classe privilegiada e classe não privilegiada. 
Nessa dicotomia, um leitor crítico vai perceber que se trata de 
4 um corte epistemológico, na medida em que fica óbvio que 
classificar por extremos não reflete a complexidade de classes 
da sociedade brasileira, apesar de indicar os picos. (...) 
Dina Maria Martins Ferreira. Não pense, veja. São 
Paulo: Fapesp & Annablume, p. 62 (com adaptações). 
11. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) O uso da forma verbal “se 
trata” (l.3), no singular, atende às regras de concordância com o termo 
“um corte epistemológico” (l.4) e seriam mantidas a coerência entre os 
argumentos e a correção gramatical do texto se fosse usado o termo no 
plural, cortes epistemológicos, desde que o verbo fosse flexionado no 
plural: se tratam. 
 (...) Os meus pupilos não são os 
31 solários de Campanela ou os utopistas de Morus; formam um 
povo recente, que não pode trepar de um salto ao cume das 
nações seculares. (...) 
Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). In: Obra 
completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8. 
12. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2008) A forma verbal 
“formam” (L.31) está flexionada na 3ª pessoa do plural para concordar 
com a idéia de coletividade que a palavra “povo” (L.32) expressa. 
 
 
 
 
 
 
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(...) A reação dos 
indicadores de atividade na zona do euro, que já não eram 
4 robustos ou mesmo convincentes, é agora algo semelhante à 
paralisia. Os Estados Unidos da América cresceram a uma taxa 
superior

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