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Aula 08 (TRT 21 região, Português)

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E r o n i l d e A g u i a r , C P F : 1 5 4 3 2 8 3 1 1 0 4
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS PARA O TRT/21ª REGIÃO 
TEORIA E EXERCÍCIOS – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
AULA 8 
 
www.pontodosconcursos.com.br 1 
Olá! Hoje é a última aula deste curso preparatório para o 
concurso do TRT/21ª Região. Quero aproveitar para agradecer sua 
companhia durante esses “encontros”. Sou grato pelas sugestões, críticas e 
elogios. Tudo isso fez com que eu procurasse melhorar progressivamente o 
conteúdo das aulas. Tenha a certeza de que o material que você possui 
reflete a tendência do Cespe. Com ele, você é capaz de fazer uma ótima 
prova de Língua Portuguesa. 
Resta-nos ainda tratar de um assunto importante: 
REDAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS 
Reservei para este encontro todas as questões sobre redação de 
correspondências oficiais cobradas na prova que o Cespe elaborou para o 
concurso de analista do DETRAN/DF em 2009. A escolha deve-se à 
abrangência das questões. Além delas, há também questões mais recentes 
de outros concursos organizados pela mesma banca examinadora. 
 
Texto para os itens 1 a 9 
Considere que Juarez Alencar Cabral, candidato ao cargo de analista de 
trânsito do Detran/DF, desejando dedicar-se integralmente ao estudo 
dos conteúdos que seriam exigidos nas provas do respectivo concurso, 
tenha redigido, em tom gracioso, a seguinte carta para sua noiva. 
BSB, 8/3/2009. 
 Excelentíssima Senhorita: 
 1. O abaixo-assinado, aluno compulsivo de cursos 
 preparatórios para concursos públicos, dotado da esperança 
 férrea de se tornar brevemente um eminente funcionário 
 público, vem, mui respeitosamente, por meio desta informar 
 a Vossa Senhoria que se inscreveu para o provimento de 
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 vaga no cargo de Analista de Trânsito do DETRAN/DF, e, por 
 esse relevante motivo, suspende por tempo indeterminado o 
 noivado que mantém com a Excelentíssima Senhorita, para 
 se dedicar integralmente ao estudo das matérias constantes 
 do respectivo edital. 
 2. Aproveito o ensejo para manifestar-lhe também, 
 outrossim, a intenção de retomar, tão logo seja aprovado, 
 minhas funções de noivo junto a Vossa Excelentíssima, haja 
 visto o grande amor que te devoto. 
 3. Reitero protestos de estima e consideração. 
J.A.Cabral 
JUAREZ ALENCAR CABRAL 
 
1. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A forma de identificação do signatário 
da carta coincide com a recomendada para as comunicações oficiais, 
que deve conter os seguintes elementos: a assinatura do remetente, a 
linha contínua para se apor a assinatura, o nome da autoridade que 
expede a comunicação grafado em maiúsculas e o alinhamento 
centralizado. 
Comentário – EXCETO QUANDO SE TRATAR DE DOCUMENTOS 
ASSINADOS PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, a identificação do 
signatário nas correspondências oficiais deve trazer digitados o nome e o 
cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura. Veja 
o modelo abaixo: 
 
(espaço para assinatura) 
NOME 
Ministro de Estado da Justiça 
 
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Note que não se deve usar um traço acima do nome para 
assinatura. O nome da pessoa é escrito com todas as letras em maiúsculas. 
O cargo é escrito apenas com as iniciais maiúsculas. Tudo é centralizado na 
folha. 
Observação: recomenda-se não deixar a assinatura em 
página isolada e transferir para essa página pelo menos a última frase 
anterior ao fecho. 
Resposta – Item errado. 
 
2. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O fecho que consta na carta — 
empregado durante muito tempo em expedientes oficiais de variada 
natureza — é permitido, atualmente, somente em mensagens cujo 
signatário seja servidor que se dirija a ocupante de cargo 
imediatamente superior. 
Comentário – O fecho mencionado encontra-se no terceiro parágrafo e tem 
a finalidade de marcar o final do texto e saudar o destinatário. Acontece que 
ele, o fecho, não é numerado como os demais parágrafos. Além disso, os 
fechos utilizados atualmente nos documentos oficiais são os seguintes: 
– “Respeitosamente”, para autoridades superiores, inclusive 
quando se tratar do presidente da República; 
– “Atenciosamente”, para autoridades de mesma hierarquia 
ou de hierarquia inferior. 
Ficam excluídas as comunicações dirigidas a autoridades 
estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios. 
Resposta – Item errado. 
 
3. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A variedade de tratamento verificada 
na carta, tanto no emprego de pronomes pessoais quanto no de 
pronomes de tratamento, não deve ocorrer em documentos oficiais, 
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pois compromete a modalidade de linguagem que deve ser empregada 
em redação oficial. 
Comentário – Abaixo, apresento um quadro-resumo das formas de 
tratamento convenientes à redação oficial. 
AUTORIDADES 
FORMA DE 
TRATAMENTO 
ABREVIATURA VOCATIVO ENVELOPE 
Presidente da República; 
Presidente do Congresso 
Nacional; e 
Presidente do Supremo Tribunal 
Federal. 
Vossa ou Sua 
Excelência 
V. Ex.ª 
Excelentíssimo 
Senhor + cargo 
A Sua Excelência o 
Senhor 
Presidente da(o)... 
Nome 
Instituição 
Cep – Cidade. UF 
Vice-Presidente; 
Ministros de Estado; 
Chefe do Gabinete de 
Segurança Institucional; 
Advogado-Geral da União; 
Chefe da Secretaria-Geral da 
Presidência da República; 
Chefe da Corregedoria Geral da 
União; 
Chefe da Casa Civil da 
Presidência da República; 
Governadores e Vice-
Governadores de Estado e do 
Distrito Federal; 
Oficiais-Generais das Forças 
Armadas; 
Embaixadores; 
Secretários-Executivos de 
Ministérios e demais ocupantes 
de cargos de natureza 
especial; 
Secretários de Estado dos 
Governos Estaduais; 
Prefeitos Municipais; 
Deputados Federais e 
Senadores; 
Membros de Tribunais; 
Ministro do Tribunal de Contas 
da União; 
Deputados Estaduais e 
Distritais; 
Presidentes das Câmaras 
Legislativas e Municipais; 
Juízes; 
Auditores da Justiça Militar; 
Conselheiros dos Tribunais de 
Contas Estaduais; 
Ministros dos Tribunais 
Superiores. 
Vossa ou Sua 
Excelência 
V. Ex.ª Senhor + cargo 
A Sua Excelência o 
Senhor 
Nome 
Cargo 
Instituição 
Endereço 
Cep – Cidade. UF 
Para Ministros: 
A Sua Excelência o 
Senhor 
Fulano de Tal 
Ministro de Estado 
(seguido 
da respectiva pasta) 
Cep – Cidade. UF 
Para Deputados e 
Senadores: 
A Sua Excelência o 
Senhor 
Deputado ou Senador 
Fulano de Tal 
Câmara ou Senado 
Federal 
Cep – Cidade. UF 
Para Juízes: 
A Sua Excelência o 
Senhor 
Fulano de Tal 
Juiz de Direito da 2ª Vara 
Cível 
Endereço 
Demais autoridades e 
particulares 
Vossa ou Sua Senhoria V.S.ª 
Senhor + cargo 
ou para autoridade 
que não possuir 
cargo: 
Senhor Fulano de 
Tal 
Ao Senhor 
Nome 
Cargo (quando houver) 
Endereço 
Reitores de Universidades 
Vossa ou Sua 
Magnificência 
V.M. Magnífico Reitor 
Ao Senhor 
Nome 
Magnífico Reitor 
Universidade de.... 
Endereço 
Papa 
Vossa ou Sua 
Santidade V.S. Santíssimo Padre 
Santíssimo Padre 
Papa Fulano de Tal 
Palácio do Vaticano 
Endereço 
Cardeais 
Vossa ou Sua 
Eminência 
V.Em.ª 
ou 
Eminentíssimo 
Senhor Cardeal 
A Sua Excelência 
Reverendíssimao Senhor 
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ou 
Vossa Eminência 
Reverendíssima 
V.Em.ª Revm.ª ou 
Eminentíssimo e 
Reverendíssimo 
Senhor Cardeal 
Nome 
Cargo seguido da 
instituição 
Endereço 
Arcebispos e Bispos 
Vossa ou Sua 
Excelência 
Reverendíssima 
V. Ex.ª Revm.ª 
Excelentíssimo ou 
Reverendíssimo 
Senhor + título 
A Sua Excelência 
Reverendíssima o Senhor 
Nome 
Cargo + instituição 
Endereço 
Sacerdotes, Clérigos e demais 
religiosos 
Vossa ou Sua 
Reverência V. Rev. Reverendo 
Ao Reverendo 
Senhor (nome) 
Endereço 
 
Como você pode perceber, as formas “Excelentíssima Senhorita” 
e “Vossa Excelentíssima” destoam completamente do padrão admitido nas 
correspondências oficiais. 
Note ainda o tom jocoso da mensagem. Na redação oficial, a 
linguagem deve caracterizar-se pela sobriedade; a uniformidade de 
tratamento, pela polidez. 
Resposta – Item certo. 
 
4. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A carta, apesar de escrita em tom 
jocoso, segue a norma de numeração que deve ser aplicada aos 
parágrafos contidos no texto do padrão ofício, princípio que tem o 
objetivo de facilitar a alusão a qualquer informação do documento. 
Comentário – Antes de tudo, você sabe o que é “padrão ofício”? Eu explico. 
Existem três tipos de documentos que se DIFERENCIAM ANTES PELA 
FINALIDADE do que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com o 
intuito de uniformizá-los, pode-se adotar uma diagramação única, que siga o 
que chamamos de padrão ofício. 
A respeito da numeração dos parágrafos, realmente ela deve 
existir, exceto nos casos em que os parágrafos estejam organizados em 
itens ou títulos e subtítulos. 
O problema está, como já disse anteriormente, no fato de 
ter-se numerado o fecho, assemelhando-o aos parágrafos anteriores. 
Resposta – Item errado. 
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5. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Caso se tratasse de ofício expedido 
em repartição pública, a carta teria de sofrer várias alterações. Uma 
delas é a necessidade de fazer constar, à margem esquerda superior, o 
tipo e o número do expediente, seguidos da sigla do órgão que o 
expede. 
Comentário – Uma das partes que o aviso, o ofício e o memorando 
devem conter é justamente o tipo e o número do documento, seguido da 
sigla do órgão que o expede, tudo alinhado à esquerda. Veja abaixo alguns 
exemplos. 
Memorando nº 123/2002-MF 
Aviso nº 123/2002-SG 
Ofício nº 123/2002-MME 
Resposta – Item certo. 
 
6. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A indicação de “local e data” da carta 
está em conformidade com as normas do padrão ofício expostas no 
Manual de Redação da Presidência da República. 
Comentário – Nos documentos que seguem o padrão ofício, a indicação do 
local e da data de assinatura é feita por extenso e com alinhamento à 
direita, conforme o exemplo abaixo: 
Brasília, 28 de abril de 2010. 
Resposta – Item errado. 
 
Em relação a expressões e palavras empregadas na carta, julgue os 
itens seguintes. 
 
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7. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) No segundo parágrafo, seria 
adequado substituir “haja visto” por qualquer uma das seguintes 
expressões: dado, tendo em vista, haja vista. 
Comentário – Mesmo em se tratando de documentos oficiais, a linguagem 
dos textos deve sempre pautar-se pelo padrão culto, formal da língua. Não é 
aceitável, portanto, que neles constem coloquialismos ou expressões de uso 
restrito a determinados grupos, que comprometeriam sua própria 
compreensão pelo público. Acrescente-se que indesejável é também a 
repetição excessiva de uma mesma palavra quando há outra que pode 
substituí-la sem prejuízo ou alteração de sentido. 
A expressão “haja visto” não está de acordo com as normas de 
concordância da Língua Portuguesa. O segundo elemento, “visto”, é 
invariável e permanece vista, independentemente do termo a que se refere. 
Sendo assim, a substituição por “haja vista” é mais do que adequada. Ela é 
necessária. 
As demais expressões sugeridas pela banca examinadora também 
trazem a noção de causa ou motivo daquilo que é declarado anteriormente. 
Portanto são equivalentes semanticamente à expressão “haja vista”. 
Note ainda a concordância em masculino singular do vocábulo 
“dado” com o substantivo “amor”. 
Resposta – Item certo. 
 
8. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) No segundo parágrafo, o advérbio 
“outrossim”, frequente em expedientes oficiais, está empregado de 
forma redundante por estar antecedido do advérbio “também”. 
Comentário – Um bom texto deve ser pautado também pela concisão e 
objetividade, características importantes das correspondências oficiais. 
Conciso e objetivo é o texto que transmite um máximo de 
ideias com um mínimo de palavras. Significa dizer que o redator deve 
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eliminar palavras inúteis, redundantes, passagens que nada acrescentam ao 
que já foi dito. 
Isso diz respeito à economia linguística, que não deve ser 
confundida com a economia de pensamento. Logo, as informações 
essenciais de um texto não devem ser suprimidas simplesmente para 
torná-lo menor. 
Ressalte-se ainda que chavões, jargões, clichês e outras 
repetições supérfluas devem ser evitados, tais como: 
- Aproveitamos o ensejo/a oportunidade; 
- Estamos a sua inteira disposição para quaisquer 
esclarecimentos; 
- Sem mais nada para o momento; 
- Tem a presente a finalidade de; 
- Vimos por meio desta; 
- Outrossim/destarte/mui 
- De posse de seu ofício. 
Resposta – Item certo. 
 
9. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A expressão “vem (...) por meio 
desta”, utilizada no primeiro parágrafo, apesar de ser considerada 
redundante em comunicações oficiais, tem seu emprego recomendado 
quando se quer assegurar o entendimento correto do texto. 
Comentário – Releia o que foi dito no comentário anterior e saiba que o 
que contribui para o correto entendimento do texto são a clareza, a 
concisão, a observância das normas gramaticais, a coerência das 
informações transmitidas, a preferência pela construção de períodos curtos e 
de frases na ordem direta. 
Resposta – Item errado. 
 
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Julgue os itens de 10 a 14 quanto ao emprego da norma escrita formal 
em comunicações oficiais. 
 
10. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Ambas as construções serão tidas 
como corretas, se figurarem em um expediente oficial: 1. Esses são os 
recursos de que o Estado dispõe. 2. O Governo insiste que a negociação 
é importante. 
Comentário – Como já comentei aqui, a escrita correta dos vocábulos e as 
construções sintáticas em conformidade com as normas gramaticais devem 
nortear a elaboração de qualquer texto. Isso inclui os textos elaborados pela 
Administração Pública. 
O primeiro período apresentado no comando da questão estácorreto em todos os aspectos. Note o emprego da preposição “de” antes do 
pronome relativo “que”. Ela surge para atender a regência da forma verbal 
“dispõe” (quem dispõe, dispõe de algo). Nas orações subordinadas 
adjetivas, a preposição exigida pelo verbo deve anteceder o pronome 
relativo, a exemplo do que ocorreu em “1”. 
Correto também está o segundo período. Observe agora a 
ausência da preposição regida pela forma verbal “insiste” (quem insiste, 
insiste em algo). Ocorre que a preposição exigida pelo verbo da oração 
principal (“O governo insiste”) tem seu emprego facultado diante de orações 
subordinadas substantivas objetivas indiretas (“que a negociação é 
importante). 
Resposta – Item correto. 
 
11. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Considerando-se que a mesóclise é 
desaconselhável em expedientes oficiais, é preferível iniciar período 
com a construção “Lhe enviaremos mais informações oportunamente” a 
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iniciá-lo com a construção “Enviar-lhe-emos mais informações 
oportunamente”. 
Comentário – Toda regra contida na gramática normativa emprega-se 
também nos documentos oficiais. As regras que tratam de colocação dos 
pronomes oblíquos átonos são exemplos disso. 
Lembre-se de que a mesóclise é o emprego do pronome 
oblíquo átono no interior do verbo, assinalado na escrita pela presença de 
dois hifens, um antes e outro depois (“Enviar-lhe-emos”). Ocorre com 
verbos flexionados no futuro do presente e no futuro do pretérito do modo 
indicativo, desde que não haja palavra atrativa que force o pronome a 
ocupar posição anterior ao verbo, isto é, posição proclítica (Não lhe 
enviaremos...) 
Resposta – Item errado. 
 
12. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Foram empregadas com correção 
semântica todas as palavras sublinhadas nos seguintes períodos: 
Optou-se por uma dissensão lenta e gradual ao se reintroduzir o país ao 
Estado de Direito. Tratar o público com distinção é obrigação de todo 
atendente de repartição pública. A discussão do projeto de lei tornou-se 
acirrada quando afloraram as distensões nas hostes oposicionistas. 
Comentário – Devemos tomar cuidado com palavras parecidas na grafia e 
na pronúncia, mas com sentidos diferentes. Elas são conhecidas por 
parônimos. 
A primeira palavra sublinhada (“dissensão”) significa, de 
acordo com o dicionário Houaiss: 
1 falta de concordância a respeito de (algo); divergência, 
 discrepância 
2 estado de litígio; desavença, conflito, disputa 
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 Ex.: as d. entre os nobres na Idade Média prejudicavam o 
 povo 
3 característica daquilo que discrepa; oposição 
Para ter coerência, a informação transmitida deveria trazer a 
palavra descenção, cujo significado é, ainda de acordo com o mesmo 
dicionário: 
ato, processo ou efeito de descer; descenso, descida 
1 movimento descendente; descida, deposição 
2 efeito desse movimento 
Ex.: a D. da Cruz (falando de Jesus Cristo, p.ex.) 
3 Estatística: pouco usado. 
 decrescimento, decréscimo, diminuição 
Ex.: a d. de um índice econômico 
4 ato ou efeito de declinar, cair 
Ex.: d. do sol no horizonte 
5 Rubrica: geografia. 
O vocábulo “distinção”, que expressa as ideias abaixo, está 
empregado adequadamente: 
3 boa educação; elegância, finura, discrição 
Ex.: todos elogiaram a simpatia e a d. da anfitriã 
4 maneira honesta, correta e impecável de proceder 
Ex.: pode confiar nesta oficina, o dono age sempre com a 
 maior d. 
Por último, a palavra “distensões”, em um contexto 
sócio-político, significa “diminuição ou término das tensões entre países, 
entre a população, ou parte dela, e o governo, entre grupos dentro de uma 
sociedade etc.” Melhor seria, portanto, empregar o vocábulo “dissensões”. 
Resposta – Item errado. 
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13. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Na elaboração de texto oficial, como 
norma geral, deve ser evitada a repetição de palavras, buscando-se 
sinônimo ou termo mais preciso para substituir a palavra repetida. No 
entanto, se a substituição comprometer a inteligibilidade e a coesão do 
texto, recomenda-se manter a repetição. 
Comentário – A inteligibilidade do texto oficial diz respeito à clareza e à 
objetividade da linguagem usada. A necessidade de empregar determinado 
nível de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do 
próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua 
finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de caráter normativo, 
ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam o 
funcionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se, em sua 
elaboração, for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os 
expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e 
objetividade. 
As comunicações que partem dos órgãos públicos devem ser 
compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse 
objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados 
grupos. Não há dúvida que um texto marcado por expressões de circulação 
restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem 
sua compreensão dificultada. 
Ressalte-se que há necessariamente uma distância entre a 
língua falada e a escrita. Aquela é extremamente dinâmica, reflete de forma 
imediata qualquer alteração de costumes, e pode eventualmente contar com 
outros elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a 
entoação, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por 
essa distância. Já a língua escrita incorpora mais lentamente as 
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transformações, tem maior vocação para a permanência, e vale-se apenas 
de si mesma para comunicar. 
A língua escrita, como a falada, compreende diferentes 
níveis, de acordo com o uso que dela se faça. Por exemplo, em uma carta a 
um amigo, podemos nos valer de determinado padrão de linguagem que 
incorpore expressões extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer 
jurídico, não se há de estranhar a presença do vocabulário técnico 
correspondente. Nos dois casos, há um padrão de linguagem que atende ao 
uso que se faz da língua, a finalidade com que a empregamos. 
O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter 
impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de clareza e 
concisão, eles requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de 
que o padrão culto é aquele em que 
a) se observam as regras da gramática formal, e 
b) se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos 
usuários do idioma. 
É importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do 
padrão culto na redação oficial decorre do fato de que ele está acima das 
diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos 
vocabulares, permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida 
compreensão por todos os cidadãos. 
Lembre-se de que o padrão cultonada tem contra a 
simplicidade de expressão, desde que não seja confundida com pobreza de 
expressão. De nenhuma forma o uso do padrão culto implica emprego de 
linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de 
linguagem próprios da língua literária. 
Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um 
“padrão oficial de linguagem”; o que há é o uso do padrão culto nos atos e 
comunicações oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de 
determinadas expressões, ou será obedecida certa tradição no emprego das 
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formas sintáticas, mas isso não implica, necessariamente, que se consagre a 
utilização de uma forma de linguagem burocrática. O jargão burocrático, 
como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão 
limitada. 
A linguagem técnica deve ser empregada apenas em 
situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos 
rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada 
área, são de difícil entendimento por quem não esteja com eles 
familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em 
comunicações encaminhadas a outros órgãos da administração e em 
expedientes dirigidos aos cidadãos. 
Resposta – Item certo. 
 
14. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Estão corretamente empregados os 
homônimos destacados em negrito no seguinte período: A 
administração de um medicamento raramente prescrito no Brasil 
acabou de ser proscrita nos EUA. 
Comentário – Recorramos novamente ao dicionário Houaiss. O vocábulo 
“prescrito” foi adequadamente empregado com a acepção de “ordenado 
explicitamente”, “que se prescreveu”. A expressão “proscrita” significa a 
qualidade daquilo que foi “proibido, censurado, interdito”. Portanto, também 
é coerente com o significado do texto. 
Faço aqui apenas uma observação. Essas palavras não são 
“homônimos”, mas sim parônimos. Lembre-se de que homônimos têm a 
pronúncia ou a grafia iguais. 
ascender (elevar-se) / acender (atear fogo): homônimos 
homófonos (mesma pronúncia) 
pelo (forma verbal, pronúncia aberta) / pelo (substantivo, 
pronúncia fechada) – homônimos homógrafos 
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Há ainda os homônimos perfeitos, palavras que possuem a 
pronúncia e a grafia iguais, mas continuam com significados distintos. 
são (forma verbal) / são (qualidade de quem está bem de 
saúde) 
Parônimos são palavras que possuem tudo distinto: 
pronúncia, grafia e significado, exatamente como ocorre em relação às 
palavras em negrito no enunciado. 
Resposta – Item certo, conforme o gabarito oficial. Julgo que seria melhor 
anular a questão. 
 
A respeito da redação de expediente, julgue os próximos itens. 
15. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Em ofício dirigido a uma senadora e 
cujo signatário seja um diretor de um órgão público, deverão ser 
empregados o vocativo “Senhora Senadora,” e o pronome de 
tratamento “Vossa Excelência”, devendo estar flexionados no feminino 
os adjetivos que se refiram à destinatária, como se verifica no seguinte 
enunciado: “Vossa Excelência ficará satisfeita ao saber que foi indicada 
para presidir a sessão.” 
Comentário – Veja na tabela abaixo que a pessoa ocupante de cargo de 
senador(a) da República também faz jus ao tratamento de Vossa ou Sua 
Excelência. No primeiro caso, a correspondência deve ser dirigida 
diretamente a ela (como no item que estamos analisando). Se a 
correspondência não for endereçada à própria pessoa, mas falar a respeito 
dela, a forma correta é Sua Excelência. 
AUTORIDADES 
FORMA DE 
TRATAMENTO 
ABREVIATURA VOCATIVO ENVELOPE 
Vice-Presidente; 
Ministros de Estado; 
Chefe do Gabinete de 
Segurança Institucional; 
Advogado-Geral da União; 
Chefe da Secretaria-Geral da 
Presidência da República; 
Chefe da Corregedoria Geral da 
União; 
Vossa ou Sua 
Excelência 
V. Ex.ª Senhor + cargo 
A Sua Excelência o 
Senhor 
Nome 
Cargo 
Instituição 
Endereço 
Cep – Cidade. UF 
Para Ministros: 
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Chefe da Casa Civil da 
Presidência da República; 
Governadores e Vice-
Governadores de Estado e do 
Distrito Federal; 
Oficiais-Generais das Forças 
Armadas; 
Embaixadores; 
Secretários-Executivos de 
Ministérios e demais ocupantes 
de cargos de natureza 
especial; 
Secretários de Estado dos 
Governos Estaduais; 
Prefeitos Municipais; 
Deputados Federais e 
Senadores; 
Membros de Tribunais; 
Ministro do Tribunal de Contas 
da União; 
Deputados Estaduais e 
Distritais; 
Presidentes das Câmaras 
Legislativas e Municipais; 
Juízes; 
Auditores da Justiça Militar; 
Conselheiros dos Tribunais de 
Contas Estaduais; 
Ministros dos Tribunais 
Superiores. 
A Sua Excelência o 
Senhor 
Fulano de Tal 
Ministro de Estado 
(seguido 
da respectiva pasta) 
Cep – Cidade. UF 
Para Deputados e 
Senadores: 
A Sua Excelência o 
Senhor 
Deputado ou Senador 
Fulano de Tal 
Câmara ou Senado 
Federal 
Cep – Cidade. UF 
Para Juízes: 
A Sua Excelência o 
Senhor 
Fulano de Tal 
Juiz de Direito da 2ª Vara 
Cível 
Endereço 
A respeito do vocativo, é importante dizer que ele consta 
tanto no ofício quanto no aviso, mas não aparece no memorando. 
Lembram-se de que esses três tipos de documentos constituem, quanto à 
forma, o padrão ofício? Pois é, o vocativo é uma parte do expediente oficial 
que não é comum a todos eles. 
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos 
chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo: 
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, 
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, 
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal 
Federal. 
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo 
Senhor, seguido do cargo respectivo: 
Senhor Senador, 
Senhor Juiz, 
Senhor Ministro, 
Senhor Governador, 
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Os pronomes de tratamento apresentam peculiaridades 
quanto à concordância. Os adjetivos referidos a esses pronomes devem 
coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que 
compõe a locução. Se nosso interlocutor for homem, o correto será “Vossa 
Excelência ficará satisfeito”; se for mulher, “Vossa Excelência ficará 
satisfeita”. 
Em relação à concordância verbal, embora os pronomes de 
tratamento se refiram à segunda pessoa gramatical (com quem se fala, ou a 
quem se dirige a comunicação), eles levam a concordância para a terceira 
pessoa: “Vossa Excelência ficará satisfeita”. 
Também os pronomes possessivos referidos a pronomes de 
tratamento são sempre os da terceira pessoa: “Vossa Excelência ficará 
satisfeita se seus projetos forem aprovados?”. 
Resposta – Item certo. 
 
16. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O envio de documentos, quando 
urgente, pode ser antecipado por fax ou por correio eletrônico, sendo 
recomendados o preenchimento de formulário apropriado (folha de 
rosto), no caso do fax, e a certificação digital, no caso do e-mail. 
Comentário – Faxé a modalidade de comunicação que deve ser utilizada 
na transmissão e recebimento de assuntos oficiais de extrema urgência e 
para o envio antecipado de documentos, de cujo conhecimento há 
premência, quando não há condições de envio do documento por meio 
eletrônico. 
Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia 
xerox do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em certos modelos, se 
deteriora rapidamente. 
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É conveniente o envio, juntamente com o documento 
principal, de folha de rosto, ou seja, de pequeno formulário com os dados de 
identificação da mensagem a ser enviada. 
Quando necessário o original, ele segue posteriormente pela 
via e na forma de praxe. 
Sobre o correio eletrônico, saiba que, nos termos da 
legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor 
documental e para que possa ser aceita como documento original, é 
necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente, 
na forma estabelecida em lei. 
O campo assunto do formulário de correio eletrônico deve ser 
preenchido de modo a facilitar a organização documental tanto do 
destinatário quanto do remetente. 
Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, 
preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que encaminha algum 
arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo. 
Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de 
confirmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar da mensagem 
pedido de confirmação de recebimento. 
Não há estrutura definida para e-mail, entretanto, deve-se 
evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial. 
Resposta – Item certo. 
 
17. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) No caso de relatório que requeira 
providências a serem tomadas, um dos fechos recomendados é o 
seguinte: Esperando que o relatório expresse fielmente os fatos, pede 
deferimento. 
Comentário – A banca examinadora misturou, com a intenção de confundir 
os candidatos, relatório com requerimento. 
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Relatório não é documento adequado para se pleitear nada. 
Ele serve para expor à autoridade superior a execução de trabalhos 
concernentes a certos serviços ou a execução de serviços inerentes ao 
exercício do cargo em determinado período. 
Requerimento é o instrumento por meio do qual o 
interessado requer a uma autoridade administrativa um direito do qual se 
julga detentor. Seu fecho é composto pela expressão “Nesses termos, pede 
deferimento”. 
Resposta – Item errado. 
 
Considere que um servidor do Detran/DF tenha redigido um 
documento oficial para convidar um embaixador a proferir palestra no 
órgão e que o trecho abaixo componha tal documento. 
 
 Memo n.o 6/DIR 
 
Em 8 de março de 2009. 
 Excelentíssimo Senhor MARK JERTRUTZ, 
 
 Convido Vossa Excelência para proferir palestra na 
 sede do DETRAN/DF sobre as medidas tomadas em vosso 
 país para melhorar as condições de trânsito nas grandes 
 cidades. 
 
Considerando essa situação hipotética, julgue os próximos itens. 
 
18. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Foi adequada a escolha da forma 
memorando, visto que o convite, geralmente, constitui uma 
comunicação curta. 
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Comentário – O memorando caracteriza-se, sobre tudo pela simplicidade e 
concisão na redação e também no trâmite. Não é de estranhar, portanto, 
que os despachos ao memorando devem ser dados no próprio documento e, 
em caso de falta de espaço, em uma folha de continuação. Todavia o 
memorando é um tipo de correspondência interna, empregada entre 
unidades administrativas de um mesmo órgão, sem restrições hierárquicas e 
temáticas. Melhor seria que o documento utilizado fosse um ofício ou mesmo 
uma carta. 
Ofício é documento destinado à comunicação oficial entre 
órgãos da administração pública e de autoridades para particulares. Trata-se 
de documento formalmente semelhante ao memorando; contudo a diferença 
básica entre eles é o destino: enquanto o ofício tem por finalidade a 
comunicação externa, o memorando é uma comunicação interna. 
Carta é forma de correspondência com personalidade pública 
ou particular, utilizada para fazer solicitações, convites, externar 
agradecimentos ou transmitir informações. As cartas, em princípio, não 
devem ser numeradas sequencialmente, à exceção das unidades 
organizacionais que as utilizam, com frequência, em caráter oficial 
(geralmente nas correspondências com particulares ou empresas). 
Recomenda-se que a estruturação seja semelhante à do ofício. 
Resposta – Item errado. 
 
19. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Atende às normas de elaboração do 
memorando o emprego do vocativo com o nome do embaixador. 
Comentário – Quanto à sua forma, o memorando segue o modelo do 
padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser 
mencionado pelo cargo que ocupa. Nele não há vocativo. 
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração 
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos 
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Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do 
padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário, seguido 
de vírgula. 
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, 
Senhora Ministra, 
Senhor Chefe de Gabinete, 
Resposta – Item errado. 
 
20. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Atende à prescrição gramatical o 
emprego do pronome possessivo “vosso” no corpo do texto, dado que o 
tratamento empregado foi Vossa Excelência. 
Comentário – Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) 
embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se 
fala, ou a quem se dirige à comunicação), levam a concordância para a 
terceira pessoa. 
Vossa Senhoria nomeará o seu substituto. 
Vossa Excelência conhece o assunto. 
Resposta – Item errado. 
 
Eis abaixo um quadro-resumo das principais características de 
alguns documentos oficiais. Leia-o com atenção, comparando as 
semelhanças e diferenças entre eles. 
Em seguida, apresento modelos das correspondências oficiais 
comentadas nos exercícios anteriores. 
Ofício 
Expedido por e para as 
demais autoridades 
(órgãos distintos) 
Expedido também para 
particulares. 
Quando o ofício for 
endereçado a mais de um 
destinatário, chama-se 
ofício-circular. 
 
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Aviso 
Expedido exclusivamente 
por ministros de Estado 
para autoridade de 
mesma hierarquia. 
 
 
 
Memorando 
Comunicação entre 
unidades administrativas 
de um mesmo órgão 
(comunicação interna). 
Possui caráter 
administrativo. 
Empregado para expor 
projetos, idéias, 
diretrizes, etc. a serem 
adotados por 
determinado setor 
público. 
Marcado pelaagilidade na 
tramitação e simplicidade 
burocrática. Os despachos 
devem se dados no próprio 
documento ou em folha de 
continuação. 
 
Exposição de Motivos 
Expedido por Ministro. 
Dirigido ao presidente ou 
ao vice-presidente da 
República. 
Serve para: 
a) informar determinado 
assunto; 
b) propor alguma 
medida; 
c) submeter projeto de 
ato normativo. 
Se envolver mais de um 
Ministério, será assinada 
por todos os envolvidos 
(interministerial) 
Segue o padrão ofício se 
for informativo. 
Se for para propor alguma 
medida ou submeter 
projeto de ato normativo, 
é acompanhado de anexo 
em modelo específico. 
Ata 
Registro sucinto de fatos, 
ocorrências, resoluções e 
decisões de uma 
assembléia, sessão ou 
reunião. 
Devem-se evitar as 
abreviaturas, e os 
números são escritos por 
extenso. 
 
Escreve-se tudo 
seguidamente (não há 
divisões de parágrafos), 
sem rasuras, emendas ou 
entrelinhas. 
Verificando-se qualquer 
engano no momento da 
redação, deverá ser 
imediatamente retificado 
empregando-se palavras 
retificadoras: “digo” 
 
Na hipótese de qualquer 
omissão ou erro depois de 
lavrada a Ata, far-se-á 
uma ressalva: “em 
tempo”. “Na linha.........., 
onde se lê......, leia-
se..........”. 
Assinam: presidente, 
secretário e membros (as 
assinaturas destes podem 
constar em uma lista ou 
livro de presenças) 
Mensagem 
Instrumento de 
comunicação entre os 
chefes dos Poderes. 
 
Obs.: minuta de 
mensagem pode ser 
encaminha pelos 
Ministérios à Presidência 
da República, a cuja 
acessórias caberá a 
redação final. 
Mensagens mais usuais 
expedidas pelo Executivo 
ao Congresso Nacional: 
a) encaminhamento de 
projeto de lei; b) 
encaminhamento de 
medida provisória; c) 
indicação de autoridades 
(o currículo do indicado, 
devidamente assinado, 
acompanha a 
mensagem); d) pedido 
de autorização para o 
Presidente ou o Vice-
Presidente se ausentarem 
do País por mais de 15 
dias; e) encaminhamento 
A mensagem, como os 
demais atos assinados pelo 
presidente da República, 
não traz identificação de 
seu signatário. 
 
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de atos de concessão e 
renovação de concessão 
de emissoras de rádio e 
TV; f) encaminhamento 
de prestação de contas de 
exercício anterior; g) 
mensagem de abertura 
da sessão legislativa (o 
portador da mensagem é 
o Chefe da Casa Civil e 
vai encadernada em 
forma de livro para todos 
os congressistas); h) 
comunicação de sansão 
(dirigida aos membros do 
Congresso, por meio de 
Aviso ao primeiro 
secretário da Casa); i) 
comunicação de veto 
(dirigida ao presidente do 
Senado). 
Telegrama 
Trata-se de forma de 
comunicação dispendiosa 
aos cofres públicos e 
tecnologicamente 
superada. 
Seu uso restringe-se aos 
casos em que: 
a) não seja possível o 
uso de fax; 
b) não seja possível o 
uso de correio 
eletrônico; e 
c) a urgência justifique. 
Não há padrão rígido; sua 
forma e estrutura seguem 
os formulários disponíveis 
nas agências dos Correios 
e em seu sítio na Internet. 
 
Fax 
Para transmissão 
antecipada de mensagens 
e documentos urgentes, 
quando não é possível o 
envio deles por correio 
eletrônico. 
 
O documento original, 
quando necessário, deve 
seguir posteriormente 
pela via e na forma 
normal. 
O arquivamento, se 
necessário, deve ser feito 
com cópia do fax, pois o 
papel do próprio fax se 
deteriora rapidamente. 
 
Correio Eletrônico 
Principal forma de 
comunicação para 
transmissão de 
documentos, em virtude 
do baixo custo e da 
celeridade. 
Flexibilidade: não 
interessa definir forma 
rígida para sua estrutura. 
 
Obs 1.: deve-se evitar o 
uso de linguagem 
incompatível com uma 
comunicação oficial. 
 
Obs. 2: o campo 
“assunto” deve ser 
preenchido de modo a 
facilitar a organização 
documental tanto do 
destinatário quanto do 
remetente. 
A mensagem que 
encaminha algum anexo 
deve fornecer informações 
mínimas sobre o conteúdo 
dele. 
 
Para os arquivos 
anexados, deve ser 
utilizado, 
preferencialmente, o 
formato Rich Text. 
Sempre que disponível, 
utilizar o recurso de 
“confirmação de leitura”. 
Caso não seja possível, 
pedir confirmação de 
recebimento. 
 
Nos termos da legislação 
em vigor, é necessário 
existir certificação digital 
do remetente para que a 
mensagem tenha valor 
documental. 
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[Ministério] 
[Secretaria/Departamento/Setor/Entidade] 
5 cm [Endereço para correspondência]. 
[Endereço - continuação] 
[Telefone e Endereço de Correio Eletrônico] 
 
 
Ofício no 524/1991/SG-PR 
Brasília, 27 de maio de 1991. 
 
 
 
A Sua Excelência o Senhor 
Deputado [NOME] 
Câmara dos Deputados 
70.160-900 – Brasília – DF 
 
 
 
Assunto: Demarcação de terras indígenas 
 
 Senhor Deputado, 
 2,5 cm 
1. Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama 
no 154, de 24 de abril último, informo Vossa Excelência de que as medidas 
mencionadas em sua carta no 6708, dirigida ao Senhor Presidente da 
República, estão amparadas pelo procedimento administrativo de 
demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto no 22, de 4 de 
fevereiro de 1991 (cópia anexa). 
2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva a 
necessidade de que – na definição e demarcação das terras indígenas – 
fossem levadas em consideração as características sócio-econômicas 
regionais. 
3. Nos termos do Decreto no 22, a demarcação de terras 
indígenas deverá ser precedida de estudos e levantamentos técnicos que 
atendam ao disposto no art. 231, § 1o, da Constituição Federal. Os estudos 
deverão incluir os aspectos etno-históricos, sociológicos, cartográficos e 
fundiários. O exame deste último aspecto deverá ser feito conjuntamente com 
o órgão federal ou estadual competente. 
1,
5 
cm
 
3cm
 
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3,5 cm 
 
4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão 
encaminhar as informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo. 
É igualmente assegurada a manifestação de entidades representativas da 
sociedade civil. 
5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção 
ao índio serão publicados juntamente com as informações recebidas dos 
órgãos públicos e das entidades civis acima mencionadas. 
6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento 
estabelecido assegura que a decisão a ser baixada pelo Ministro de Estado da 
Justiça sobre os limites e a demarcação de terras indígenas seja informada de 
todos os elementos necessários, inclusive daqueles assinalados em sua carta,com a necessária transparência e agilidade. 
 
 Atenciosamente, 
 
 
[NOME] 
[Cargo] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
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TIMBRE 
 
 
 
 
Aviso no 45/1991/SCT-PR 
Brasília, 27 de fevereiro de 1991. 
 
 
 
A Sua Excelência o Senhor 
FULANO DE TAL 
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPO 
Esplanada dos Ministérios, Bloco K 
70.068-900 – Brasília – DF 
 
 
 
Assunto: Seminário sobre uso de energia no setor público. 
 
 Senhor Ministro, 
 
1. Convido Vossa Excelência a participar da sessão de abertura 
do Primeiro Seminário Regional sobre o Uso Eficiente de Energia no Setor 
Público, a ser realizado em 5 de março próximo, às 9 horas, no auditório da 
Escola Nacional de Administração Pública – ENAP, localizada no Setor de 
Áreas Isoladas Sul, nesta capital. 
2. O Seminário mencionado inclui-se nas atividades do 
Programa Nacional das Comissões Internas de Conservação de Energia em 
Órgão Públicos, instituído pelo Decreto no 99.656, de 26 de outubro de 1990. 
 
 
 Atenciosamente, 
 
 
 
 
BELTRANO 
Ministro de Minas e Energia 
E r o n i l d e A g u i a r , C P F : 1 5 4 3 2 8 3 1 1 0 4
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TIMBRE 
 
 
 
 
 
Memorando nº 118/1991/DJ 
Em 12 de abril de 1991. 
 
 
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração 
 
Assunto: Instalação de microcomputadores 
 
1. Nos termos do Plano Geral de informatização, solicito a Vossa 
Senhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados três 
microcomputadores neste Departamento. 
2 Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, 
que o ideal seria que o equipamento fosse dotado de disco rígido e de 
monitor padrão EGA. Quanto a programas, haveria necessidade de dois 
tipos: um processador de textos, e outro gerenciador de banco de dados. 
3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia 
ficar a cargo da Seção de Treinamento do Departamento de Modernização, 
cuja chefia já manifestou seu acordo a respeito. 
4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabalhos 
deste Departamento ensejará racional distribuição de tarefas entre os 
servidores e, sobretudo, uma melhoria na qualidade dos serviços prestados. 
 
 Atenciosamente, 
 
 
[NOME do signatário] 
[Cargo do signatário] 
 
E r o n i l d e A g u i a r , C P F : 1 5 4 3 2 8 3 1 1 0 4
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TIMBRE 
 
 
 
 
Carta no 13/2009/SPC 
Brasília, 1º de fevereiro de 2009. 
 
 
 
A Sua Senhoria o Senhor 
FULANO DE TAL 
Diretor Financeiro 
Junco Agronegócios LTDA 
Rua Oligário Nunes, 125 – São José 
39.470-000 – Itacarambi–MG 
 
 
Assunto: Inauguração do edifício-sede 
 
 
 Senhor Diretor, 
 
 
 Convido Vossa Senhoria para participar da solenidade de 
inauguração do edifício-sede da Promotoria de Defesa do Consumidor do 
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, localizado na Praça dos 
Três Poderes, lote 171, Eixo Monumental, no dia 29 de fevereiro de 2009, às 
12 horas. 
 
 
 Atenciosamente, 
 
 
 
 
ROLANDO LERO 
Procurador-Geral da Justiça 
E r o n i l d e A g u i a r , C P F : 1 5 4 3 2 8 3 1 1 0 4
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Vocativo + cargo + órgão (Magnífico Reitor da Universidade de Brasília), 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 NOME DO REQUERENTE, demais dados de qualificação, 
requer (objetivo e fundamento legal). 
 
 
 Nesses termos, pede deferimento. 
 
 
 
Local, data por extenso. 
 
 
 
 
NOME DO REQUERENTE 
Cargo ou função, se for servidor público 
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RELATÓRIO (ou RELATÓRIO DE...) 
 
 
 
 Senhor Diretor-Geral, 
 
 
 
 Tendo sido designado para apurar a denúncia de 
irregularidades na licitação pública nº 123, que visa a renovar a frota de 
veículos deste órgão, de acordo com a portaria nº 2020, de 31 de janeiro de 
2006, submeto à apreciação de Vossa Senhoria o relatório das diligências que 
efetuei. 
 Em 10 de setembro de 2005, dirigi-me à chefe da seção de 
Compras, senhora FULANA DE TAL, para inquirir os funcionários 
BELTRANO e SICRANO, acusados de fraudar o processo de licitação 
mencionado no parágrafo acima em favor da empresa ROBAUTO 
VEÍCULOS LTDA, que venceu a concorrência, embora tenha cotado o preço 
dos automóveis com um ágio de trinta por cento em relação ao valor de 
mercado. 
 No inquérito a que se procedeu, ressalta-se a culpabilidade do 
servidor BELTRANO, sobre quem recaem evidências de ter fraudado o 
processo licitatório, já que foi ele a pessoa encarregada de abrir os envelopes 
das empresas perdedoras. 
 Conforme se apurou também, o senhor SICRANO tem sua 
parcela de responsabilidade no caso, tendo em vista que se omitiu, sendo 
negligente no exercício de suas funções. Como membro da Comissão de 
Lcitações, devia estar presente na hora da abertura dos envelopes, o que não 
ocorreu. 
 Do que foi exposto, conclui-se que se instaure imediatamente 
um processo administrativo. 
 É o relatório. 
 
 
Brasília, 13 de junho de 2009. 
 
 
 
NOME DO RELATOR 
Cargo ou função 
E r o n i l d e A g u i a r , C P F : 1 5 4 3 2 8 3 1 1 0 4
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Continuaremos a analisar algumas questões de provas 
antrioremtne elaboradas pelo Cespe. Mas agora serei mas sucinto ao 
comentá-las. Você perceberá que a forma muda, entretanto a essência é a 
mesma. 
Considerando o seguinte requisito: “A redação oficial deve caracterizar-
se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, 
concisão, formalidade e uniformidade” (Manual de Redação da 
Presidência da República, 2002), cada um dos itens seguintes 
apresenta um fragmento de texto que deve ser julgado certo se atender 
ao citado requisito, ou errado, em caso negativo. 
 
21. (Cespe/MRE-IRB/Bolsas-prêmio/2009) Nas últimas décadas, assistimos 
à uma evolução significativa dos esforços de promoção e proteção dos 
direitos humanos. Em muitos aspectos o mundo melhorou em relação 
ao que era a sessenta anos. Essa mudança tem tudo que ver com uma 
maior consciência a respeito da necessidade de reconhecer e respeitar 
os direitos humanos para todos. 
Comentário – O acento grave em “à umaevolução” está incorreto, pois a 
crase não ocorre diante de palavra de sentido indefinido. Em “que era a 
sessenta anos”, a ideia é de tempo decorrido e a forma há deveria ter sido 
usada em vez da forma “a”. O outro problema está na expressão “tudo que 
ver”; o certo é tudo a ver. 
Resposta – Item errado. 
 
22. (Cespe/MRE-IRB/Bolsas-prêmio/2009) A legislação sobre os direitos 
humanos têm-se ampliado tanto na temática como na abrangência 
geográfica. Hoje os direitos humanos é reconhecido como universais, 
interdependentes, inter-relacionados, indivisíveis e mutuamente 
sustentáveis. 
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Comentário – Há um erro de concordância verbal indicado por meio do 
acento empregado na forma “têm-se”. O núcleo do sujeito desse verbo é um 
termo singular (“legislação”), portanto o acento deve ser eliminado. 
Lembre-se disso: ele tem/vem – eles têm/vêm. Em “os direitos humanos é 
reconhecido”, também há erro de concordância verbal. Agora o verbo foi 
flexionado no singular (“é”) quando o certo seria no plural (são), em virtude 
do núcleo do sujeito (“direitos”). Além disso, o particípio “reconhecido” 
deveria concordar em número (reconhecidos) com o núcleo do sujeito. 
Resposta – Item errado. 
Espero que tenha ficado claro para você que questões sobre 
redação oficial podem abordar aspectos gramaticais também, pois o texto 
administrativo requer, entre outros cuidados, correção gramatical. 
Veja outras questões. 
 
Com referência à redação de correspondências oficiais, julgue os itens a 
seguir. 
23. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Documentos oficiais em forma de ofício, 
memorando, aviso e exposição de motivos têm em comum, entre 
outras características, a aposição da data de sua assinatura e emissão, 
que deve estar alinhada à direita, logo após a identificação do 
documento com o tipo, o número do expediente e a sigla do órgão que 
o emite. 
Comentário – O item está de acordo com o que prevê, por exemplo, o 
Manual de Redação da Presidência da República. Veja, a título de 
exemplificação, os modelos de documentos incluídos neste material. Quanto 
à exposição de motivos, ela segue o padrão ofício (releia o quadro-resumo). 
Resposta – Item certo. 
 
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24. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Desconsiderando-se as margens e os 
espaços adequados, respeitam as normas de redação de um documento 
oficial encaminhado por um chefe de seção a seu diretor o seguinte 
trecho, contendo o parágrafo final e fecho de um ofício. 
(...) 
4. Por fim, por oportuno informamos que as 
providências tomadas, e aqui mencionadas, 
também já são do conhecimento das partes 
envolvidas. 
Atenciosamente 
[assinatura] 
Pedro Álvares Cabral 
Chefe da seção de logística 
e distribuição de pessoal (SLDP). 
Comentário – O parágrafo carece de objetividade, de concisão. Expressões 
como por oportuno; sem mais para o momento, nada mais havendo para 
tratar; com elevados protestos de estima e consideração etc. devem ser 
dispensadas. O segmento “e aqui mencionadas” é redundante e foge à 
objetividade do texto administrativo. O fecho “Atenciosamente” é impróprio, 
pois a comunicação é do chefe de uma seção ao seu diretor. Isso demonstra 
a diferença de hierarquia entre eles. O correto é Respeitosamente. A 
centralização do fecho é outro erro. Ele deve ser alinhado à esquerda, na 
direção do início do parágrafo. O nome do signatário (aquele que 
assina/emite o documento) é grafado em letras maiúsculas (PEDRO 
ÁLVARES CABRAL). A designação do cargo é feita apenas com as iniciais 
maiúsculas (Chefe da Seção de Logística e Distribuição de Pessoal), 
sem a indicação da sigla do setor e sem ponto final. 
Resposta – Item errado. 
 
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Multas 
1 Arrecadei mais de dois contos de réis de multas. 
 Isto prova que as coisas não vão bem. 
 E não se esmerilharam contravenções. Pequeninas 
4 irregularidades passam despercebidas. As infrações que 
 produziram soma considerável para um orçamento exíguo 
 referem-se a prejuízos individuais e foram denunciadas pelas 
7 pessoas ofendidas, de ordinário gente miúda, habituada a 
 sofrer a opressão dos que vão trepando. 
 Esforcei-me por não cometer injustiças. Isto não 
10 obstante, atiraram as multas contra mim como arma política. 
 Com inabilidade infantil, de resto. Se eu deixasse em paz o 
 proprietário que abre as cercas de um desgraçado agricultor 
13 e lhe transforma em pasto a lavoura, devia enforcar-me. 
Graciliano Ramos. 2º relatório ao sr. governador Álvaro Paes pelo prefeito do 
município de Palmeira dos Índios. In: Relatórios Graciliano Ramos. 
Record/Fundaç ão de Cultura de Recife, 1994, p. 51. 
25. (Cespe/Sefaz-AC/Fiscal da Receita Estadual/2009) Tendo a situação que 
envolve o texto como referência e considerando as recomendações 
atuais para o envio de documentos formais de uma autoridade a outra, 
assinale a opção correta. 
(A) O ofício é o tipo de expediente mais adequado para o encaminhamento 
do relatório ao governador. 
(B) Na correspondência de encaminhamento do relatório ao governador do 
estado, estaria adequado o emprego do vocativo Caro Amigo. 
(C) Em atendimento ao princípio de concisão textual, constitui fecho 
adequado para o documento de encaminhamento do relatório a 
expressão Com elevados protestos de estima e consideração. 
(D) A correspondência deve ser endereçada do seguinte modo: 
A Vossa Excelência o Excelentíssimo Senhor Dr. 
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Fulano de Tal 
Governador do estado de Alagoas 
(CEP) – Maceió – AL 
Comentário – Alternativa B: na correspondência oficial, o vocativo inerente 
a governador de estado é Senhor Governador, (seguido de vírgula). A 
expressão Caro Amigo evidencia tratamento pessoal, o que o texto 
administrativo não admite. A impessoalidade é uma das características da 
correspondência oficial. 
Alternativa C: na questão anterior eu mencionei algumas 
expressões que devem ser evitadas, ainda que alguém as utilize 
frequentemente; entre elas está a que foi indicada como fecho na terceira 
alternativa. Respeitosamente é o fecho adequado. 
Alternativa D: a forma Excelentíssimo Senhor integra o 
vocativo inerente aos chefes de Poder. Doutor é título acadêmico conferido a 
quem concluiu curso universitário de doutorado, e não pronome de 
tratamento; seu uso indiscriminado constitui erro. No envelope, o 
endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por 
Vossa Excelência é: 
A Sua Excelência o Senhor 
Fulano de Tal 
Cargo 
CEP – Cidade. UF (repare que não há parênteses no código 
de endereçamento postal). 
Resposta – A 
 
26. (Cespe/Antaq/Especialista: Economia/2009) Respeitam-se as normas 
relativas à redação de documentos oficiais ao se finalizar um atestado 
ou uma declaração da maneira apresentada a seguir. 
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Atenciosamente, 
(assinatura) 
Fulano de Tal 
Brasília, 15 de março de 2009 
Comentário – Atestado administrativo é o ato pelo qual a Administração 
comprova um fato ou uma situação de que tenha conhecimento por seus 
órgãos competentes. Eis a sua estrutura: 
TÍTULO: ATESTADO (em maiúsculas e centralizado, sobre o texto). 
TEXTO: exposição do fato. 
LOCAL E DATA: por extenso. 
ASSINATURA: titular da unidade organizacional correspondente ao assunto 
tratado. 
ATESTADO 
 
Atesto para fins de prova junto ao(à) ......................(entidade) 
............................... que o Sr. .........................................., ocupante do 
cargo.............................., para o qual foi nomeado por..........................., 
não responde a processo administrativo. 
 
Brasília, ....... de..................... de....... . 
 
 
espaço para assinatura 
(nome com letras maiúsculas) 
(cargo do signatário com letras iniciais maiúsculas) 
 
Semelhantemente, a declaração também não comporta na 
sua parte final os fechos Atenciosamente e Respeitosamente (comuns no 
memorando, ofício, aviso, exposição de motivos). Nela, a data também vem 
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antes da assinatura do titular da unidade organizacional; ambas vêm 
centralizadas. 
Resposta – Item errado. 
 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO X 
Edital n.º 1–TJX, de 14 de janeiro de 2001 
CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO 
DE CARGOS DE ANALISTA JUDICIÁRIO 
 
1 O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO X torna pública a autorização do 
Presidente do TJX para a realização de Concurso Público para Provimento de 
200 cargos de Analista Judiciário criados pela Lei n.º 10.000, de 10 de 
dezembro de 2000, e de outros decorrentes de aposentadorias e vacâncias. 
2 O Edital de Abertura de inscrição deverá ser publicado em Abril de 
2001 e disporá sobre as normas de realização do concurso. 
 
Joaquim José da Silva Xavier 
Presidente do concurso 
 
A partir do texto hipotético acima, julgue os três itens seguintes. 
 
27. (Cespe/TCU/AFCE/2010) O uso das letras iniciais maiúsculas no corpo 
do documento respeita as normas de elaboração de documentos oficiais 
ao seguir as regras gramaticais do padrão culto da língua portuguesa, 
escrevendo com iniciais maiúsculas os nomes tratados como únicos e 
singulares. 
Comentário – Além de sempre usada no início de períodos, nos títulos de 
obras artísticas ou técnico-científicas, a letra maiúscula (caixa alta) é 
convencionalmente usada na grafia de: 
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• nomes próprios e de sobrenomes (José Ferreira) de cognomes (Ivan, o 
Terrível); 
• alcunhas (Sete Dedos); de pseudônimos (Joãozinho Trinta); de nomes 
dinásticos (os Médici); 
• topônimos (Brasília, Paris); 
• regiões (Nordeste, Sul); 
• nomes de instituições culturais, profissionais e de empresa (Fundação 
Getúlio Vargas, Associação Brasileira de Jornalistas, Lojas 
Americanas); 
• nome de divisão e de subdivisão das Forças Armadas (Marinha, Polícia 
Militar); 
• nome de período e de episódio histórico (Idade Média, Estado Novo); 
• nome de festividade ou de comemoração cívica (Natal, Quinze de 
Novembro); 
• designação de nação política organizada, de conjunto de poderes ou de 
unidades da Federação (golpe de Estado, Estado de São Paulo); 
• nome de pontos cardeais (Sul, Norte, Leste, Oeste); 
• nome de zona geoeconômica e de designações de ordem geográfica ou 
político-administrativa (Agreste, Zona da Mata, Triângulo Mineiro); 
• nome de logradouros e de endereço (Av. Rui Barbosa, Rua Cesário 
Alvim); 
• nome de edifício, de monumento e de estabelecimento público (edifício 
Life Center, Estádio do Maracanã, Aeroporto de Cumbica, Igreja da 
Sé); 
• nome de imposto e de taxa (Imposto de Renda); 
• nome de corpo celeste, quando designativo astronômico (“A Terra gira 
em torno do Sol”); 
• nome de documento ao qual se integra um nome próprio (Lei Áurea, 
Lei Afonso Arinos). 
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A letra minúscula (comumente chamada de caixa baixa), 
além de sempre usada na grafia dos termos que designam as estações do 
ano, os dias da semana e os meses do ano, é também usada na grafia 
de(a): 
• cargos e títulos nobiliárquicos (rei, dom); dignitários (comendador, 
cavaleiro); axiônimos correntes (você, senhor); culturais (reitor, 
bacharel); profissionais (ministro, médico, general, presidente, 
diretor); eclesiásticos (papa, pastor, freira); 
• gentílicos e de nomes étnicos (franceses, paulistas, iorubas); 
• nome de doutrina e de religiões (espiritismo, protestantismo); 
• nome de grupo ou de movimento político e religioso (petistas, 
umbandistas); 
• palavra governo (governo Fernando Henrique, governo de São Paulo); 
• termos designativos de instituições, quando esses não estão 
integrados no nome delas: A Agência Nacional de Águas tem por 
missão (...), no entanto, a referida agência não exclui de suas metas 
os compromissos relacionados a...; 
• nome de acidente geográfico que não seja parte integrante do nome 
próprio: rio Amazonas, serra do Mar, cabo Norte (mas, Cabo Frio, Rio 
de Janeiro, Serra do Salitre); 
• prefixo: ex-ministro do Meio Ambiente, ex-presidente da República; 
• nome de derivado: weberiano, nietzschiano, keynesiano, apolíneo; 
• pontos cardeais, quando indicam direção ou limite: o norte de Minas 
Gerais, o sul do Pará – observe: “É bom morar na Região Norte do 
Brasil, mas muitos preferem o sul de São Paulo”. 
Resposta – Item errado. 
 
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28. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Apesar de nomear o emissor do texto pelo 
nome próprio, o documento não fere o princípio da impessoalidade 
exigido nos documentos oficiais. 
Comentário – Não há como omitir o nome do signatário. A identificação 
dele se dá por meio do nome, da assinatura e do cargo que ocupa. A 
impessoalidade decorre de princípio constitucional (CF, art. 37), cujo 
significado remete a dois aspectos: o primeiro prende-se à obrigatoriedade 
de que a administração proceda de modo a não privilegiar ou prejudicar a 
ninguém, individualmente, já que o seu norte é, sempre, o interesse 
público; o segundo sentido é o da abstração da pessoalidade dos atos 
administrativos, pois que a ação administrativa, em que pese ser exercida 
por intermédio de seus servidores, é resultado tão-somente da vontade 
estatal. Em outras palavras, a redação oficial é elaborada sempre em nome 
do serviço público e sempre em atendimento ao interesse geral dos 
cidadãos. Sendo assim, é inconcebível que os assuntos objeto dos 
expedientes oficiais sejam tratados de outra forma que não a estritamente 
impessoal. 
Resposta – Item certo. 
 
29. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Trechos com informações vagas, como “e de 
outros decorrentes de aposentadorias e vacâncias”, e com uso de 
tempo verbal de futuro, como “deverá ser publicado” e “disporá sobre”, 
provocam falta declareza e concisão, características estas que devem 
ser respeitadas nos documentos oficiais. 
Comentário – A concisão caracteriza-se pela utilização de palavras 
estritamente necessárias: tudo que puder ser transmitido em uma frase não 
deve ser dito em duas; a conceituação sintética de uma ideia é preferível à 
analítica; para cada ideia, o idioma reserva pelo menos uma palavra que a 
representa com precisão. Cabe ao redator encontrá-la. Detalhes irrelevantes 
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são dispensáveis: o texto deve ir direto ao que interessa, sem rodeios ou 
redundâncias, sem caracterizações e comentários supérfluos, livre de 
adjetivos e advérbios inúteis, sem o recurso à subordinação excessiva. A 
simples utilização de tempo verbal de futuro necessariamente não 
caracteriza falta de concisão. 
Resposta – Item errado. 
 
30. (Cespe/Aneel/Especialista e Analista/2010) A impessoalidade que deve 
caracterizar a redação oficial é percebida, entre outros aspectos, no 
tratamento que é dado ao destinatário, o qual deve ser sempre 
concebido como homogêneo e impessoal, seja ele um cidadão ou um 
órgão público. 
Comentário – O item está de acordo com o Manual de Redação Oficial da 
Presidência da República, que estabelece: “A redação oficial deve 
caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, 
clareza, concisão, formalidade e uniformidade...”. 
Resposta – Item certo. 
 
31. (Cespe/Aneel/Especialista e Analista/2010) Na comunicação oficial, o 
emprego da língua em sua modalidade formal decorre da necessidade 
de se informar algo o mais claramente possível, de maneira concisa e 
não pessoal, sendo imprescindível, seja qual for o destinatário, o 
emprego dos termos técnicos próprios da área de que se trata. 
Comentário – É inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos 
cidadãos, o que significa que cada destinatário é considerado no momento 
da elaboração do documento oficial. Diz o manual da Presidência que “A 
linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a exijam, 
sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos 
acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada área, são de 
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difícil entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter 
o cuidado, portanto, de explicitá-los em comunicações encaminhadas a 
outros órgãos da administração e em expedientes dirigidos aos cidadãos”. 
Resposta – Item errado. 
 
32. (Cespe/Aneel/Especialista e Analista/2010) O fecho das comunicações é 
obrigatório em qualquer tipo de documento oficial e restringe-se a 
apenas dois: Respeitosamente e Atenciosamente, a depender da 
relação hierárquica existente entre o remetente e o destinatário. 
Comentário – Quem analisou esta questão apressadamente “escorregou”. 
Diz o manual da Presidência: “Ficam excluídas dessa fórmula as 
comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e 
tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do 
Ministério das Relações Exteriores”. 
Resposta – Item errado. 
 
33. (Cespe/AGU/Administrador/2010) Entre as autoridades tratadas por 
Vossa Excelência, estão o presidente da República, os ministros de 
Estado e os juízes. 
Comentário – Nas páginas 4 e 5 conta um quadro resumo com as 
autoridades que são tratadas pela forma Vossa (ou Sua) Excelência. Entre 
elas estão o presidente da República, os ministros de Estado e os juízes. 
Resposta – Item certo. 
 
34. (Cespe/AGU/Administrador/2010) Todos os expedientes oficiais devem 
conter, após o fecho, a assinatura e a identificação do signatário. 
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Comentário – Ao comentar a questão 1 (página 2), expliquei que há uma 
exceção quanto à identificação: DOCUMENTOS ASSINADOS PELO 
PRESIDENTE DA REPÚBLICA. 
Resposta – Item errado. 
 
35. (Cespe/AGU/Administrador/2010) As comunicações oficiais devem ser 
padronizadas e, para isso, o uso do padrão oficial de linguagem é 
imprescindível. 
Comentário – Fique muito atento para não confundir padrão oficial de 
linguagem com linguagem culta que deve ser empregada no 
documento oficial. Ao comentar a questão 13, esclareci que, por seu 
caráter impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de clareza 
e concisão, os textos administrativos requerem o uso do padrão culto da 
língua. Há consenso de que o padrão culto é aquele em que: 
a) se observam as regras da gramática formal e 
b) se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos 
usuários do idioma. 
É importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do 
padrão culto na redação oficial decorre do fato de que ele está acima das 
diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos 
vocabulares, permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida 
compreensão por todos os cidadãos. 
Lembre-se de que o padrão culto nada tem contra a 
simplicidade de expressão, desde que não seja confundida com pobreza de 
expressão. De nenhuma forma o uso do padrão culto implica emprego de 
linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de 
linguagem próprios da língua literária. 
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Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um 
“padrão oficial de linguagem”; o que há é o uso do padrão culto nos 
atos e comunicações oficiais. 
Resposta – Item errado. 
 
36. (Cespe/AGU/Agente Administrativo/2010) Na redação de 
correspondências oficiais, deve-se levar em conta sua finalidade básica: 
comunicar com impessoalidade e máxima clareza. 
Comentário – Na questão anterior, logo no primeiro parágrafo, comentei 
que “por seu caráter impessoal, por sua finalidade de informar com o 
máximo de clareza e concisão, os textos administrativos requerem o uso do 
padrão culto da língua.” Assim, podemos entender que este item está 
certo. 
Resposta – Item certo. 
 
37. (Cespe/AGU/Agente Administrativo/2010) Segundo o Manual de 
Redação da Presidência da República, existe um padrão oficial de 
linguagem que deve ser usado na redação de correspondências oficiais. 
Comentário – Eu disse para você ficar atento com respeito a esse tal 
“padrão oficial de linguagem”. No mesmo ano e no mesmo concurso, o 
Cespe insistiu nele. Se ainda tiver dúvida, releia o comentário sobre a 
questão 35. 
Resposta – Item errado. 
 
As próximas três questões apresentam um fragmento hipotético de 
correspondência oficial, seguido de uma proposta de classificação desse 
fragmento (entre parênteses) quanto à parte e ao padrão de 
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correspondência. Julgue-as quanto ao aspecto gramatical, quanto à 
classificação proposta e quanto à observância das recomendações previstas 
para o padrão de correspondência indicado. 
 
38. (Cespe/BASA/Técnico

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