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O Guppy 10/08/2004 Nome Vulgar: Guppy, Lebiste, Peixe Arco-íris, Barrigudinho, Bandeirinha, Sarapintado. Nome Científico: Poecilia reticulata sp. Origem: América Central e Norte da América do Sul Família: Poecilidae (Poecilídeos) Tamanho: macho 3,3 cm e fêmea 6,5 cm. Reprodução: ovovivíparo. Origem: Os Lebistes são originários da América do Sul e Central, mais precisamente de estuários localizados em Barbados, Trinidad Tobago, Venezuela, Guianas e porção norte do Brasil. Conhecidos também por Peixe Arco-íris, Barrigudinho, Bandeirinha, Sarapintado e Guppy encontram-se hoje espalhados por todo o mundo. Antes de ser classificado cientificamente como Poecilia reticulata, o Lebiste já foi conhecido por Girardinus guppy e Lebistes reticulatus. O nome Guppy é na verdade o sobrenome de Robert J.L Guppy que foi homenageado pelo naturalista inglês Guenther, que recebeu de Robert os primeiros peixes coletados na América Central no ano de 1860. Já o nome popular Lebiste deriva do gênero Lebistes ao qual pertencia. Pertence à família dos Poecilidae (Poecilídeos) da qual também fazem parte Molinésias, Platys e Espadas. É um peixe de fácil manutenção sendo recomendado para todos os tamanhos de aquários desde que obedecidas suas necessidades básicas como pH e temperatura. É interessante observar o número de fêmeas que deve ser maior que o de machos, na razão de 3:1. Peixe tropical originário da América do Sul e Central. Foi descoberto pelo Europeu Wilhelm C.H. Peters em 1805 que deu nome científico de Poecilia reticulata. O nome Guppy vem do reverendo inglês Robert John Lechmere Guppy que enviou de uma ilha da América do sul uma amostra diferente deste peixe para o British Museun que deu nome a ele de Girardinus guppyi em homenagem ao reverendo. Hoje é comum se designar o nome destes peixinhos de guppy. Curiosidade: No Brasil, assim como em outros lugares, foram importadas várias matrizes de guppy para o controle da larva de mosquito que originava a malária. Foi uma surpresa terem descoberto que ele era nativo daqui também sendo fartamente encontrado nos córregos e rios do país. Aquário de Criação Deve ser de mais ou menos de 50 litros e sem nenhum ornamento para facilitar a visualização dos peixes e evitar qualquer contaminação por intermédio de plantas ou pedras. Os meus são de 60 x 30 x 30 cm para adultos e 25 x 30 x 40 cm para filhotes. O aquário de criação deve ser encarado como um laboratório de pesquisa. Para um aquário destas dimensões um filtro interno é o suficiente, com lã e carvão ativado. Porém caso queira usar um filtro com bomba submersa de espuma ou similar é bom também, porém para muitos aquários o custo se eleva. A iluminação ideal é a natural. As algas verdes são benéficas aos peixes. Porém quando se tem aquário em ambiente fechado aconselhamos iluminação com lâmpada fluorescente roxa. Esta controla o crescimento das algas verdes que é alimento para os peixes. O ideal é no mínimo 8 horas de exposição por dia. As lâmpadas fluorescentes brancas ajudam o crescimento de algas marrons que não são boas para os peixes. A lâmpada comum incandescente ajuda no crescimento de algas verdes porém em um aquário com muita exposição estas crescem em demasia. Pode-se também mesclar lâmpadas incandescentes com lâmpadas fluorescentes roxas. A iluminação do aquário aumenta o metabolismo dos peixes fazendo com que se alimentem mais, se movimentem mais, cruzem mais e cresçam mais rápido porém todo excesso é prejudicial. Eu tenho timers elétricos em meus tanques que são iluminados de 8:20 h às 12:20 h e de 17:00 as 21:20 h diariamente. Aquário para nascimento de alevinos (com maternidades e timer) O Guppy de Qualidade O guppy de qualidade é aquele que possui as nadadeiras com cores de mesmo padrão e mesma tonalidade exata, com tamanho proporcional entre elas e que além de tudo passe para seus descendentes as mesmas características genéticas sem muita variação. O corpo também tem de ser proporcional. A princípio eu achava que todo guppy de nadadeiras caudais em véu e compridas era bom, porém com o tempo descobri que é somente o primeiro passo pois além desta, a dorsal também tem de ser comprida e com mesmas cores. Já as fêmeas tem de ser boas reprodutoras , grandes e ter nadadeiras coloridas. Este é um macho da linha "Red" de guppies premiados do famoso criador Norte Americano Stan Shubel. Full Red - macho quase 100% vermelho Linhagem campeã e vice-campeã do WGC 2003. Perfeito guppy da linha verde - dorsal e caudal da mesma tonalidade. Macho Green de Jim Alderson albino head red ou cabeça vermelha de Luke Roebuck Snakeskin green de Rodrigo Ziviani Blue Galaxy de Rodrigo Ziviani Red moscow metal lace de Luke Roebuck Black de Rodrigo Ziviani Glass Grass de Rodrigo Ziviani Qualidade da Água Para saúde dos peixes é essencial que a água seja de boa qualidade e o aquário limpo. Para mim o pior inimigo dos peixes é a água contaminada. O excesso de cloro e substancias tóxicas podem levar a morte quase que instantânea toda a criação. Para isso devemos ter sempre água descansada (3 a 5 dias em repouso) em um recipiente para só então ser inserida no aquário, ou mesmo, adicionar anti-cloro a mesma. É essencial também o sinfonamento semanal de cerca de 20% da água dos aquários, limpando-se assim o fundo do mesmo das sujeiras e da matéria orgânica acumulada. Às vezes também é necessária a troca da água da superfície do tanque pois pode se sujar com óleo ou outros agentes químicos. Podemos fazer isto com a inserção de uma vasilha vazia e enche-la com água da tona do tanque, coletando-se assim a mesma. Por isso nunca devemos colocar as mãos sujas dentro do aquário pois elas podem trazer além de substâncias químicas, fungos e bactérias nocivas aos peixes. É sempre bom também a colocação de sal marinho na água pois ele combate determinados inimigos naturais dos peixes e na proporção de uma colher de sopa para 10 litros de água não faz mal a eles. Devemos nos preocupar também que ao se fazer a troca parcial da água , a nova água que deverá ser inserida deverá conter sal também na mesma proporão da água existente do aquário , pois ao se retirar a água velha retira-se também o sal existente . A saúde dos peixes depende da qualidade de vida que proporcionamos a eles. O pH deve variar de 7.0 a 7.2, a temperatura ideal é de 25 a 28 ° C e água SEM CLORO E PRODUTOS QUÍMICOS , exceto no caso de doenças com diagnostico e uso correto de medicamentos já testados e aprovados pois os guppies são sensíveis a todos os químicos. Condições ideais da água: PH: alcalino (7,2 a 7,4). Temperatura: 26 a 28 ºC. Embora as condições acima sejam consideradas as ideais para a manutenção dos guppies, eles são capazes de viver em condições variadas desde que os parâmetros sejam mantidos estáveis. O temperamento pacífico, nado ágil, fertilidade e belíssimas cores dos guppies fazem deste pequeno peixe um dos preferidos entre os aquaristas e uma escolha perfeita para aquários comunitários em que os outros peixes tenham um comportamento parecido e não sejam muito maiores do que eles. Alimentação O guppies são omnívoros, e aceitam muito bem uma grande variedade de comidas secas, congeladas e vivas. Certifique-se de dar para os seus peixes o melhor alimento possível. Alimentos de baixaqualidade podem turvar a água e não irão suprir as necessidades orgânicas dos peixes. A alimentação dos guppies adultos ( + de 7 meses ) pode acontecer 3 vezes ao dia enquanto que peixes mais jovens devem ser alimentados com maior freqüência ( 4 ou 5 vezes ao dia ). É importante que todo o alimento seja consumido em não mais do que 3 minutos, ou seja, é melhor dar pouca comida várias vezes ao dia do que um monte de comida de uma só vez. O excesso de alimento que não é consumido pelos peixes acaba se deteriorando dentro do aquário e com isso a qualidade da água pode piorar sensivelmente. Também é importante variar o "cardápio", pois cada alimento irá suprir determinadas necessidades dos seus peixes. Tenha sempre à mão 2 ou 3 tipos de comidas em flocos de boa qualidade, algum tipo de comida congelada e algum tipo de comida viva e varie o cardápio. Seu guppie vai adorar e como agradecimento ele ficará maior, mais forte, mais bonito e menos suscetível a doenças. O melhor alimento vivo para alevinos e peixes jovens é o náupilo de artêmia recém eclodido que é muito rico em vitaminas (A, C e E) e proteínas. Como opção de alimentos congelados para peixes jovens e adultos é possível encontrar no mercado artêmias e bloodworms congelados e é possível também prepararmos em casa um patê alimentar de coração ou fígado de boi. Alimentação Muitos criadores dizem que "o guppy é o espelho do que come". Por ser onívoro o Lebiste come de tudo, ou seja, ração em pó, flocos, pastas, patê caseiro, artêmia, microvermes, dáfnias, tubifex, verme de sangue, fígado cozido, coração de boi cozido, tenébria, larva de mosquito etc. Quanto mais variada a alimentação melhor para os peixes. Eu alimento meus peixes de 4 a 6 vezes ao dia. Na parte da manhã por volta das 8:00 eu dou artêmia viva (naupilius) ou congelada adulta, as 12:00 eu dou tenébria ou outro verme, 16:00 ração em flocos de excelente qualidade ou em pó, 18:00 patê de Gordon e finalmente 21:00 ração novamente. As doses devem ser o suficiente para os peixes se alimentarem, sem excessos para não deteriorar a água. Deve-se alimentar várias vezes com pouca comida, pois o excesso de comida em uma dose pode levar o peixe à morte pois o mesmo se alimenta em excesso, podendo ter problemas intestinais graves e mortais. Quanto mais variada a alimentação e rica em proteínas mais filhotes terão as fêmeas e melhores condições de aproveitamento do potencial genético dos peixes durante seu crescimento. Os alevinos devem ser alimentados com náuplios de artemia vivos, microvermes e infusórios. Assim haverá poucas perdas até a fase adulta. A ração em pó deverá ser dada aos peixes com 3 semanas de idade (peixes de 8 mm de comprimento). A temperatura e o nível de oxigênio influencia a quantidade de comida que o peixe consome. O peixe que é um animal de sangue frio é muito afetado pela temperatura. Quanto mais equilibrada a temperatura mais eles comem, respiram, digerem os alimentos, cruzam etc. É o metabolismo ou processo vital. Com temperatura baixa eles podem ficar até sem comer. O oxigênio na água afeta diretamente no processo vital, pois altera diretamente a digestão e o apetite dos peixes. Tabela copiada do livro "Alimentando Peixes Ornamentais" de Aléx Damásio Algumas culturas mais comuns e receitas de patê: 1 - Ovos de artemia - Para alevinos é excelente alimento. Encontrados no mercado é de fácil manuseio pois basta colocar uma colher de sopa de sal marinho para 400 ml de água em um vidro (pode ser de plástico) com aerador ligado. Colocamos os ovos na quantidade desejada e esperamos em média 30 a 36 horas para eclosão dos mesmos. Após este período retiramos o aerador e esperamos decantar os naupilus (15 minutos em média). Os ovos ficam na sua maioria na superfície. Pegamos uma mangueira de plástico e aspiramos o fundo do recipiente retirando todas as artemias. Com rede bem fina (encontrada no mercado) ou pano com malha bem pequena peneiramos todo material aspirado. Finalmente enxaguamos a rede ou pano na torneira recolhendo todo material em um recipiente e com uma pipeta distribuímos as artemias nos tanques. Quanto mais ovos na superfície melhor esta o lote de ovos adquiridos pois os ovos que vão ao fundo normalmente. Encontramos também no mercado cistos de artêmia desidratados e congelados. 2 - Artemia Adulta - Excelente alimento para os peixes adultos, rico em proteínas. Pode ser dada viva ou congelada, ambas facilmente encontradas no mercado. 3 - Microvermes - (Anguillula silusiae) Pequenos organismos de 3mm de comprimento no máximo, brancos em forma cilíndrica.Criados em recipientes com carvão mineral, aveia e água sem cloro até 3mm acima da superfície da aveia. As matrizes podem ser adquiridas no mercado e inseridas no recipiente. A fêmea reproduz com a ausência do macho e em poucas semanas podemos ver os vermes subindo pelas paredes do recipiente. Este deve ter tampa com pequena entrada de ar, se possível com tela para se evitar a entrada de mosquitos que contaminam a cultura. Os vermes são coletados à medida que sobem pelas paredes com lamina bem fina (coleta-se somente os vermes sem a aveia). Quando se percebe que a quantidade de vermes esta diminuindo acrescenta-se mais aveia. Esta deve ser acrescentada umas três vezes durante a criação. Após isto se deve iniciar nova cultura pegando-se uma porção da antiga criação e inserindo na nova (este é o segredo). Culturas muito antigas tendem a não suprir as necessidades chegando até a morrer. Excelente alimento para filhotes e adultos. 4 - Enquitréia - Pequenos organismos de 6mm de comprimento no máximo, bem similares aos microvermes, brancos em forma cilíndrica. Criados em recipientes com carvão vegetal embebido em água (o carvão deve ser deixado uma semana em tanque ou balde com água para absorvê-la). Coloca-se aveia em pouca quantidade sobre o carvão em um pote de plástico seco. Umidifica-se a cultura com pouca água (somente para molhar o carvão e mantê-lo úmido). As matrizes podem ser adquiridas no mercado e inseridas no recipiente. A fêmea reproduz com a ausência do macho e em poucas semanas podemos ver os vermes subindo pelas paredes do recipiente. Este deve ter tampa com pequena entrada de ar, se possível com tela para se evitar a entrada de mosquitos que contaminam a cultura. Os vermes são coletados à medida que sobem pelas paredes com lamina bem fina (coleta-se somente os vermes sem a aveia). Quando se percebe que a quantidade de vermes esta diminuindo acrescenta-se mais aveia. Esta deve ser acrescentada umas três vezes durante a criação. Após isto se deve iniciar nova cultura pegando-se uma porção da antiga criação e inserindo na nova. Culturas muito antigas tendem a não suprir as necessidades chegando até a morrer. Excelente alimento para filhotes e adultos. 5 - Larva de mosquito - Alimento natural dos guppies. Podem ser facilmente criadas em vasilhas com água exposta ao ar livre. Coletadas com rede fina após uma a duas semanas. Normalmente são dadas vivas para os peixes mas podem ser congeladas também. Cuidado para não deixar as larvas tornarem-se insetos adultos. 6 - Patê de Gordon - Fácil de fazer com várias opções e além de tudo excelente para os peixes pois é completo em vitaminas e proteínas necessárias ao bom desenvolvimento dos guppies. Porém deve se ter um cuidado com os excessos principalmente em aquários que tenha pedras no fundo. O ideal é para aquário sem pedra pois se houver excesso pode-se sinfonar o fundo mais facilmente, ficando o tanque sem restos do alimento. O que não for comido pelos peixes pode ser em pouco tempo um foco de fungos e bactérias levando a morte todos os habitantes do tanque. O ideal écolocar o patê em pequenos potes e congelado ou mesmo em forma de gelo. Toda dia retira-se um pote pequeno ou cubinho para alimentar os guppies. Pode ser congelado de 15 a 20 dias no máximo. É muito econômico e fácil de preparar. Pode ser dado de uma a duas vezes ao dia sempre em pequenas quantidades. Gráfico de receitas de patê Tabela copiada da Revista Aquarista Júnior de Marcus Marques da Silva 7 - Tenébrea - Larva de um besouro preto muito conhecida dos criadores de pássaro. A cultura é bem simples basta adquirir a matriz e coloca-la em uma caixa de madeira de 15 x 15 x 15 cm por ex., com tampa móvel furada e tampada com tela mosquiteiro para não entrar outros insetos e estragar a cultura. No interior colocamos aveia seca, fubá, farinha de rosca, farinha de mandioca, pedaços de pão velho inteiro ou moído, rodelas finas de batata (dois ou três destes já é o suficiente). Sobre estes alimentos colocamos estopa preenchendo assim todo interior da caixa. Colocamos as matrizes e aguardamos uns 40 dias. Para alimentarmos os guppies devemos pegar a larva, arrancar a cabeça e espreme-la. Os guppies adoram. Exige paciência mas os resultados valem à pena. Pode ser dada para jovens de 2 meses e adultos, uma vez ao dia pois é um alimento muito gorduroso. Deve se ter cuidado com os excessos pois estragam facilmente a água. 8 - Tubifex - Excelente alimento para os peixes e gorduroso também. Deve ser dado em recipiente próprio com muito cuidado com os excessos pois estragam facilmente a água. Deve ser lavado e dado em pequenas porções. Caso a porção que foi adquirida seja grande demais, guardar o excesso em bacia ou recipiente plástico trocando a água diariamente e colocada em ambiente escuro. 9 - Dáfnias - Excelente alimento, podendo ser cultivada em casa. Existem várias espécies variando de tamanho com D.puylex, D.longispina, D.magna. As fêmeas carregam os ovos em um saco. Os ovos são pequenos pontos escuros, visíveis em um aquário com luz forte. As matrizes devem ser colocadas em um tanque de aproximadamente 60 litros no mínimo. A água deve ficar verde ou seja, exposta a muita luz. O aquário deve conter matéria orgânica tipo fezes de peixes, galinha ou pássaros (rica em matéria orgânica) pequenas porções de fermento, folha de alface como alimento para a dáfnia e aerado se possível. 10 - Infusórios - Cultura muito fácil e bom alimento para os alevinos. Coloca-as em um vidro folhas de alface, couve ou espinafre com água velha se possível verde. Aguarda-se alguns dias (mínimo 3) e organismos microscópicos se desenvolvem na água. Estes servem de alimento para os filhotes. Retira-se a água em porções e dá-se para os peixes. Inconveniente - costuma turvar a água do aquário. Cultura de NPK (uma garrafa para cada dia da semana). 11 - Drosófila ou larva do mosquito da banana - Pode ser cultivado de diversas formas. Pega-se uma fruta (banana, goiaba) amassa e mistura em um recipiente de plástico aberto com aveia. Deixa-o próximo às bananas onde estão os mosquitos. Após uma semana aparecem as larvas brancas que podem ser dadas aos peixes. Esta cultura pode ser tampada com algumas frestas para os mosquitos poderem pousar e depositar seus ovos. Esta cultura pode ser trocada de tempos em tempos, ou seja, colocar mais aveia e frutas pois a decomposição do alimento é rápida e o mau cheiro grande se colocada dentro de casa. 12 - Ração de camarão seca - Receita passada de um amigo meu. Excelente pois pode ser guardada em potes por tempo indeterminado. adquire-se um quilo de camarão de qualquer tamanho com ou sem casca. Lave-os bem e espalhe-os em uma forma metálica em uma camada. Aí vem o pior, deixa-los secando ao sol por cinco dias até se tornarem totalmente secos. O mau cheiro e insuportável por isso aconselho deixa-los secando em um sítio, cobertura de prédio com muito cuidado com as chuvas. Mas se molhar não tem problema deixe-os secar assim mesmo. Só não deixe apodrecer muito com a água pois pode estragar a cultura. Após estarem bem secos coloque-os no liqüidificador e triture-os muito. Retire e em uma peneira bem fina passe o pó separando o mais fino para os Guppies. Os grãos maiores deverão ser triturados novamente. A ração é um filé para os peixes sendo que um quilo rende em média 100 gramas de ração. 13 - Vermes de sangue ou Blood Worms - Encontrados no mercado normalmente congelados. Alimento rico em vitaminas e outros devem ser cortados para serem dados aos guppies. Formas de Criação Linhagem - Quando dizemos que um guppy tem a "linhagem pura" é aquele peixe em que já foi feito um árduo trabalho de aprimoramento e desenvolvimento genético de algumas características importantes das quais serão descritas adiante como fatores de identificação do grau de pureza de determinado exemplar. Existem diversas linhagens puras de Guppies que recebem nomes diferentes de acordo com o lugar onde foi desenvolvida e cor da mesma etc. Citarei algumas linhagens tais como os cobras ou Snakeskin, Black, Dourado ou Red, Tuxedo, Verde, Roxo, Azul, Black AOC (Any Other Color) é o preto com nadadeiras de outras cores (Azul, Roxo, Vermelho, Cobra etc). Toda linhagem de guppy foi desenvolvida através de cruzamentos pré determinados derivados sempre em sua origem do espécime selvagem. Este possui características genéticas dominantes sobre todas as demais. A tendência de todo cruzamento mal executado é adquirirmos cada vez mais guppies selvagens por melhor que sejam as matrizes. Uma diferença muito grande é irmos a uma loja de aquários, comprarmos guppies distintos e misturá-los sozinhos ou em aquários comunitários. Neste caso teremos crias que produzirão peixes mestiços de diferentes linhagens e qualidade cada vez mais se assemelhando ao Lebiste nativo ou seja sem cores e pequeno. Outra é termos matrizes puras de linhagem e idade semelhantes, em tanque próprio sem outros peixes com pH e temperatura variando respectivamente de 7,0 a 7,2 e 25 a 28° C. Neste caso você esta tendo toda oportunidade de conseguir filhotes de qualidade. A partir de agora daremos ênfase a esta criação específica que é a criação somente de guppies, procurando-se obter qualidade e aprimoramento. A genética nesta espécie e algo fantástico pois o Guppy tem a capacidade de mudar diversas características em uma mesma linhagem. Por isso o trabalho de aprimoramento genético e manutenção de uma linha pura de peixes através das gerações, com a mesma qualidade das matrizes iniciais é um desafio fascinante que requer trabalho, paciência, dedicação e espaço para tal. O Guppy é um peixe muito fértil com uma vida sexual muito ativa em média a partir dos quatro meses de vida. Ele vive em média de um ano a um ano e meio e cada fêmea dá cria a cada 28 dias em média. O número de filhotes varia de 5 a 180 filhotes dependendo do tamanho da fêmea, linhagem, alimentação e qualidade da água do tanque. Minhas fêmeas com seis meses dão em média 50 filhotes por cria. Porém algumas fêmeas podem dar a luz com 3 meses fecundadas por machos de um mês e meio (peixes com crescimento e desenvolvimento sexual precoces). O primeiro passo é a escolha das matrizes Quando adquirimos um casal de Lebistes estamos adquirindo toda uma história genética que procuramos conhecer se sabemos a procedência da mesma. Caso você compre em uma loja você poderá estar adquirindo boas matrizes porém com características genéticas (que de agora em diante definiremos como CG) antagônicas. Você compra por exemplo um macho de Cobra dourado e uma fêmea de Cobra Dourado, porém com antecedentes distintos, ou seja, cruzando entre si não se obtém filhotes de qualidade. É fato comum. Caso você consiga obter um padrão de qualidade deste casal demoraria anos. O melhor e você comprarmatrizes de criador cujas CG sejam de confiança, ou seja, você adquiri matrizes puras ganhando assim anos em seu trabalho genético. No meu caso adquiri matrizes puras e desenvolvi e desenvolvo trabalho de aprimoramento em outras. Formas de Cruzamento Existem três formas básicas de cruzamento: Retrocruzamento; Cruzamento fechado e Cruzamento em mesma linha. Retrocruzamento: É o cruzamento de linhagens distintas. Muitas vezes você consegue belos espécimes porém difíceis de serem mantidos. Para isso demora-se anos. Ex: Cobra dourado X Vermelho = Cobra vermelho. Cruzamento fechado: Cruzamento entre pai e filha, mãe e filho, irmão e irmã, ou seja entre parentes próximos. Ótimo para se fixar características. Cruzamento em mesma linha: Semelhante ao anterior porém feito entre parentes distantes. Ex: bisavó com bisneto ou primos distantes. Linha de Criação Método Gráfico É o planejamento de como serão os cruzamentos a partir de um casal ou duas fêmeas e um macho (trio) original. Muitos criadores o fazem como um roteiro para manter e aprimorar a espécie. Usa-se as formas de cruzamento citadas anteriormente. Pode-se fazer graficamente anotando-se sempre a nomenclatura para geração. . Ex: #1 = primeira geração de filhos #2 = segunda geração de filhos Esta forma é o cruzamento entre irmãos abreviada, porém não recomendada. Uma forma recomendada é o cruzamento entre primos e primas ou seja, dois aquários com dois casais de matrizes iniciais. Cruza- se ambos separa-se os filhotes e na próxima geração cruza-se o melhor filho do primeiro casal com a melhor filha do segundo casal e vice-versa. E repete-se este procedimento continuamente. Outro processo é ter quatro casais de matrizes provenientes de um casal original. Repete-se o procedimento anterior para as duas linhas separadamente e a cada 10 gerações faz-se uma troca entre elas macho da linha AB cruza com fêmea da linha CD e vice-versa começando-se assim todo ciclo novamente. É uma boa forma de se manter a linha perfeita por gerações porque à medida que se cruza irmão com irmã a tendência é uma diminuição do tamanho dos peixes de uma forma em geral. Pode-se cruzar filho com mãe e pai com filha também mas após 10 a 12 linhas de gerações é aconselhável haver a inserção de um peixe da mesma linhagem mas de outra fonte para adquirir "sangue novo" mantendo-se pura a linha. Por isso é bom se ter vários tanques por exemplo em uma linha cruza-se pai com filha e em outra primos e a cada 10 gerações troca-se os pares entre as duas. Você pode ter vários aquários ou outra opção é fazer uma linha entre primos e um amigo entre pai e filhos e trocar os filhotes após 10 gerações. Ambos saem ganhando. Fêmeas Virgens Sabe-se que o guppy por ser muito fértil com poucos meses pode haver uma troca de genes, ou seja, um cruzamento. Acontecendo isso a fêmea tem a capacidade de armazenar espermatozóides por 5 a 8 gerações de crias. Seria uma tragédia, pois um macho não muito bom pode inseminar uma excelente fêmea estragando assim todo um trabalho de seleção. Aconselhamos a separação dos filhotes machos e fêmeas com um mês da idade. Para isso devemos identificar os filhotes machos das fêmeas da seguinte forma: A - a fêmea possui atrás da barriga (local onde saem às fezes ) uma pinta preta. B - o macho com poucos meses começa a encurtar o gonopódio (nadadeiras ventrais - órgão copulador do macho). As fêmeas deverão ficar separadas de quatro a cinco meses de vida quando então deverão ser inseridas junto com os machos selecionados em um único tanque porém isoladas por uma caixa de tela. Deverão ficar no mesmo tanque sem contato com a mesma água por mais umas duas semanas. Isto porque haverá uma troca de hormônios dos machos para as fêmeas e vice-versa acelerando o desenvolvimento de ambos. Posteriormente deve-se soltar as fêmeas normalmente para procriação. A foto acima ilustra o gonopódio masculino de um macho americano. Nascimento O guppy é vivíparo de fecundação interna com relação placentária . A fêmea ovula a cada 3 dias e tem um ciclo de aproximadamente 28 dias até o nascimento das crias .Ela quando esta no seu momento ideal de fertilização , toma uma posição inclinada verticalmente em relação a seu parceiro e neste momento se houver a fecundação terá melhores condições de ter mais filhotes. Um dos problemas para os criadores é saber exatamente a hora em que a fêmea irá ter seus filhotes. Deste modo, ela deve ser separada dos demais, pois ela ou mesmo seus companheiros de tanque podem comer os filhotes. Para isso devemos saber que uma fêmea tem filhotes em média de 28 em 28 dias. No meu caso eu separo a fêmea com 22 dias aproximadamente. Outro método é quando a barriga da fêmea está bem cheia, a noite, com iluminação adequada dá para se ver os filhotes dentro do ventre da mesma. Desta forma eu separo a fêmea na maternidade até o nascimento. Para isto a maternidade deve ter um espaço confortável para fêmea , temperatura e pH de acordo. Tipos de Maternidade Existem diversos tipos de maternidade encontradas no comércio, geralmente feitas de acrílico, de telas, etc. Na prática observei que as fêmeas confinadas em espaço curto, sem aeração se extressam facilmente podendo ter filhotes prematuros que morrem em sua maioria. Para resolver este problema existem outras formas de maternidade que quase não causam problemas para as mesmas. Uma delas, a que eu acho a melhor, é separar a fêmea em um aquário de 20 litros em média sendo que dentro deste colocamos obstáculos que impedem a fêmea de comer os filhos. Por exemplo eu coloco tela de plástico tipo mosquiteiro com malha que dê para o filhote passar no topo do aquário e enrolada tipo caracol dentro do mesmo. Assim a fêmea não come as crias e pode ficar indefinidamente neste espaço sem se estressar. Outra forma é uma caixa de tela que pode ser construída com vidro, silicone e a mesma tela descrita anteriormente. Esta deverá ficar presa no topo do aquário e com dimensão de 10 x 14 x 10 cm em média. A vantagem desta é a aeração permanente evitando o stress. Para isso deve-se ter um aquário maternidade podendo ser fixadas mais de uma caixa em seu topo. Os filhotes ao nascerem caem para dentro do aquário passando no meio da tela e assim não são devorados. Outro processo é colocar em um aquário plantas do tipo "Rabo de Raposa", "Cabomba", com tela e vidro na vertical dividindo o mesmo. Exemplos de Maternidade Nutrição do guppy Para entender melhor o porquê da alimentação variada com alimentos vivos e com vários tipos de rações em flocos, temos que saber as exigências nutricionais dos guppies. Sabendo estas exigências podemos fazer nosso próprio patê, que servirá de complemento à alimentação industrializada disponível. Uma variação com alimentos vivos (branchonetas, enquitréias, minhoca, dáfnia, moina, microvermes, náuplios de artêmia, larva de mosquito, etc.) é muito importante, se você tem como conseguir, não negligencie. Objetivo Para os alevinos e peixes em crescimento : máximo crescimento e saúde; para os adultos : manter peso do corpo constante e energia para gametas e embriões, não deixando de lado a saúde. Sinais de erros no programa de alimentação Guppies gordos, apresentam o abdome crescido. Este indício é notado geralmente nos machos, pois apresentam o abdome avantajado e também nas fêmeas virgens este sintoma também é facilmente notado. Estes peixes foram super alimentados com altas taxas de proteínas e gorduras. Passe estes peixes por um período de dieta, fornecendo somente náupliosde artêmia recém eclodidos em pouca quantidade e em poucas vezes ao dia, visto os náuplios terem a característica laxante. Lembre que este processo alimentar serve para buscar o crescimento e saúde, não busca a estética, pois peixes com defeitos genéticos são descartados assim que notados. Jovens e adultos alimentados com pouca ração (somente o necessário) serão peixes imunes a doenças e também evita a sujeira demasiada nos tanques. Outro sinal de deficiência nutritiva é deformidades nos alevinos, guppies com deformidades na espinha herdam esta doença e também esta característica pode ser proveniente da deficiência de vitamina C. E por último, o outro sinal de deficiência nutricional é a própria doença. Para quem mora em apartamento ou tem pouco espaço para produzir alimento vivo, eu indico o microvermes, enquitréias e náuplios de artêmia. São todos fáceis de manter e dá para qualquer pessoal cultivar. Veja em minha criação como manter estas culturas. (proteína : é uma classe de macromoléculas, constituídas de aminoácidos e capaz de reconhecer e interagir com moléculas altamente diversas. Determina o padrão das transformações químicas nas células.) A proteína e os aminoácidos, são os componentes mais importantes na dieta do guppy. Como o objetivo deste texto é fornecer parâmetros para você comprar ou formular o alimento, não vou entrar em detalhes quanto ao funcionamento da proteína e dos aminoácidos, vamos falar de modo superficial. Até porque não é minha área e o que sei foi conseguido em pesquisas. O guppy por ser onívoro, precisa de uma nutrição animal e vegetal (está muitas vezes é esquecida pelos criadores). Os guppies adultos requerem de 30-40% de proteína, estes percentuais são muito importantes para a fertilidade da fêmea. Os alevinos 50% e os jovens apenas 35-40%. (aminoácidos : são as unidades estruturais básicas das proteínas. Todas as proteínas, em todas as espécies, de bactérias a seres humanos, são construídas a partir do mesmo conjunto de 20 aminoácidos.) Existem 20 aminoácidos diferentes, sendo 12 deles importantes ao guppy. A proteína indicada na embalagem das rações não tem mesma origem. Os 12 aminoácidos essenciais ao guppy não são sintetizados e precisam ser obtidos do alimento fornecido. É importante que estes aminoácidos sejam fornecidos nas quantidades requeridas. Os náuplios de artêmia recém eclodidos, que ainda não consumiram o saco vitelino, possuem esses 12 aminoácidos essenciais. Por isso é muito importante fornecê-los assim que eclodem. Observe isto porque é muito importante. Veja os aminoácidos essenciais e as quantidades requeridas para 100g de proteína: Arginine 1,6 Histidine 2,0 Isoleucine 3,6 Leucine 4,8 Lysine 1,7 Methionine (+Cystine) 2,7 Phenylalanine (Tyrosine) 2,0 Threonine 0,6 A melhor certeza que os guppies estão sendo alimentados com as proteínas, aminoácidos essenciais, minerais e vitaminas que eles precisam, é fornecer uma alimentação variada, porque nenhum alimento é considerado completo, incluindo os náuplios de artêmia. Um patê de frutos do mar é ótimo suplemento e deve fazer parte do cardápio. (lipídios : são biomoléculas orgânicas, insolúveis em água, que podem ser extraídas de células e tecidos por solventes não-polares, como, por exemplo, o clorofórmio, o éter ou o benzeno.) As gorduras e os lipídios são fontes ricas em energia. As gorduras são utilizadas em muitas funções do corpo, para o metabolismo nos músculos, fornecem suporte às vitaminas e materiais para os hormônios. Os lipídeos, ajudam a manter a temperatura normal em torno de 24o C. A melhor fonte de lipídeos é o óleo de peixe, alguns óleos vegetais e o óleo de fígado de bacalhau são boas opções a serem adicionadas. As gorduras podem ser saturadas e não saturadas, os guppies em crescimento, requerem até duas vezes menos gorduras que os guppies adultos. O alimento para o peixe adulto deve conter aproximadamente 5% de gordura, duas vezes a requerida por peixes em crescimento. O Bloodworm é uma boa opção para estimular a fêmea na produção de ovos. (carboidratos : são compostos aldeídicos ou cetônicos com múltiplas hidroxilas. Constitui a maior parte da matéria orgânica na terra, devido a suas diversas funções em forma de vida. Servem de reservas energéticas, alimentos energéticos e intermediários metabólicos. O amido, nas plantas, e o glicogênio, nos animais, são poli-holosídeo que podem ser rapidamente mobilizados para gerar glicose, a principal fonte alimentar para produção de energia) Os carboidratos são os açúcares e os seus compostos. O guppies, como a maioria dos peixes, não podem digerir de maneira eficiente os carboidratos, portanto, evite os alimentos com alto teor de açúcares como os que contém gérmen de trigo. Eles podem causar problemas digestivos e diminuir a habilidade de absorver nutrientes essenciais. Sem falar que o açúcar é um grande responsável pela perda de minerais no ser humano. Os carboidratos não podem ser mais que 30-40% da dieta diária. Os carboidratos são úteis como fonte de energia, são usados para sintetizar gorduras, mas os alimentos ricos em carboidratos contribuem para a obesidade no guppy. Somente alguns peixes podem digerir a fibra, entretanto, ela é muito importante na dieta dos guppies. Guppies alimentados com uma dieta elevada de proteínas e com poucas fibras sofrem freqüentemente problemas intestinais. Cinza, são os minerais. Na produção do alimento industrializado, as altas temperaturas acima de 500oC, é tudo que sobra. O cálcio é o elemento estrutural e para metabolismo, principal formador dos ossos e dentes; O fósforo é estrutural, produção de enzimas, células e músculos, formador dos ossos e dentes; O ferro é para o sistema respiratório; O flúor é estrutural; O magnésio estrutural e produção de enzimas, além de processos de conversão de alimento; O cobre é para células, músculos e sistema respiratório; O cobalto para o sistema respiratório; O sódio e potássio para o metabolismo e tecido nervoso; O cloro para metabolismo, sucos estomacais e gástricos e produção de enzimas; O boro, alumínio, zinco e arsênio são para sucos gástricos e estomacais; Os guppies retiram alguns dos minerais da água, mas a maior fonte é o alimento. (vitaminas : são moléculas orgânicas necessárias, em pequenas quantidades, às dietas de alguns animais superiores. Essas moléculas têm quase as mesmas funções em todas as formas de vida, mas os animais superiores perderam a capacidade de sintetizá-las.) As vitaminas são aditivos comuns nas rações comerciais. Os sinais de deficiência na alimentação dos guppies são : o retardo do crescimento e as deformidades de corpo, além do sistema imunológico afetado. As vitaminas contidas nos alimentos, quando entram em contato com a água, em 30 segundo perdem significativamente seu potencial. Os guppies submetidos a tratamento com antibióticos, devem receber um suplemento vitamínico. Ao tratar um peixe com antibiótico, você estará matando as bactérias que estão causando o problema e também as bactérias benéficas encontradas no intestino do peixe. Os guppies mantidos em água macia, têm falta de minerais essenciais requeridos para o crescimento e manutenção. Devem ser alimentados com suplemento de cálcio. Os mantidos em ambientes abertos (tanques), podem sofrer de deficiência de fósforo. A vitamina C, ajuda na diminuição do stress dos peixes submetidos a viagens ou mantidos em ambiente impróprio. Ex.: criadeiras. É importante que os alimentos sejam bem armazenados em suas respectivas embalagens e protegidos do tempo. As vitaminas são sensíveis ao calor, luz e umidade. O alho é muito popular entre os criadores de guppy, é muito usado em patês. Ele elimina vermes intestinais, previne contra eles e parecefuncionar como um estimulante digestivo. Existe em pequeno artigo sobre alho na seção "minha criação". Noz inglesa, é usada como ajuda ao sistema digestivo. Ela oxigena o sangue e ajuda a matar e eliminar vermes como os tapeworms. Ajuda queimar toxinas excessivas e materiais gordurosos, enquanto equilibra os níveis de açúcar. (enzimas : são os catalisadores dos sistemas biológicos. São notáveis dispositivos moleculares que determinam o perfil das transformações químicas. Também participam da transformação de diferentes fontes de energia. Quase todas as enzimas conhecidas são proteínas. Contudo, a descoberta de moléculas de RNA cataliticamente ativas indica que as proteínas não têm o monopólio absoluto da catálise.) O corpo do guppy precisa de enzimas para quebrar os carboidrato, proteínas e gorduras de sua dieta. Algumas das enzimas vêm das comidas e algumas são fabricadas no corpo, notavelmente no pâncreas. O processamento industrial das rações, acaba destruindo muito destas enzimas. O processo de enriquecer os alimentos vivos com vitaminas e nutrientes é uma técnica provada e bastante usada por criadores de peixes. É usada também para administrar antibióticos e outros medicamentos. A forma mais popular é feita com os náuplios de artêmia recém eclodidos, os náuplios consomem os nutrientes contidos na água e os guppies consomem por sua vez através do náuplio. É muito importante o uso imediato dos náuplios após a eclosão, visto que a cada hora há perda do valor nutritivo. Em pesquisa ficou comprovado que 25% do peso seco e do índice calórico é perdido após 24hs da eclosão, isto a 25o C. Os náuplios podem ser enriquecidos após 6 horas que eclodiram, alcançando o máximo de seu valor nutritivo em 16 horas, neste ponto é imprescindível o seu uso, a menos que o processo seja recomeçado. Suplementos vitamínicos usados no enriquecimento, devem estar na fórmula não solúvel, pois os náuplios não absorvem componentes solúveis e devem ter o tamanho de 5-50 microns. Hoje escreve este artigo para tratar de um assunto que mais dá trabalho na minha opinião durante a manutenção do hobby. É que se você tomar como base os conselhos de alimentação dados por grandes criadores, terá que alimentar os guppies com alimentos vivos e com várias e pequenas porções de ração de boa qualidade durante o dia. Alguns alimentam 6, 8 e já li que chegam até a 10 vezes ao dia. Tive alguns problemas com meus peixes adultos em relação à putrefação da cauda e em pesquisas, alguns criadores relatam que este problema é relacionado à alimentação pesada aos peixes com mais de 5 meses de idade. Talvez isto faça sentido, pois no meu caso este problema só acontece com peixes mais velhos em torno de 4 e 5 meses em diante. Vou descrever aqui o teste alimentar que estou adotando a partir de hoje a fim de eliminar este problema: Alimentos : industrializados : Mistura 1 : ração Tetra Min Pro Mistura 2 : ração Tetra Rubin (menu) Mistura 3 : Bio Alevinos + 5% de farinha de minhora (Promin) Mistura 4 : ração Purina A45 + 5% de farinha de minhoca (Promin) congelados : Patê 1 : coração boi + farinha de minhoca + pasta alho e espinafre Patê 2 : fígado de galinha + farinha de minhoca + pasta alho e espinafre Patê 3 : Marisco (massunim, sururu, file de pata de carangueijo e unha de velho) Patê 4 : receita encontrada na seção "minha criação" Artêmia congelada Bloodworm congelado alimento vivo : Microvermes Náuplios de artêmia Enquitréias Como fornecer o alimento : Os alevinos 0-10 (geralmente até o 7o dia) dias : 06:00 náuplios de artêmia recém eclodidos 07:00 náuplios de artêmia recém eclodidos 17:00 microvermes / náuplios de artêmia recém eclodidos 19:30 náuplios de artêmia recém eclodidos 21:00 náuplios de artêmia recém eclodidos Jovens 8/10 a 30 dias : 06:00 flocos mistura 1 07:00 náuplios de artêmia recém eclodidos 17:00 microvermes / enquitréias 19:30 flocos mistura 2(seg-qua-sáb) / mistura 3(ter-qui) / mistura 4(sex- dom) 21:00 náuplios de artêmia recém eclodidos Jovens 1 mês até completar 5 meses : 06:00 flocos mistura 1 07:00 náuplios de artêmia recém eclodidos 17:00 artêmia congelada (seg-qua)/ Patê(ter-qui-sab) / Bloodworms(sex- dom) 19:30 flocos mistura 2(seg-qua-sáb) / mistura 3(ter-qui) / mistura 4(sex- dom) 21:00 náuplios de artêmia recém eclodidos / enquitréias Peixes a partir de 5/6 meses (moderadamente) : 06:00 flocos mistura 1 17:00 flocos mistura 3 21:00 flocos mistura 2(seg-qua-dom) / mistura 3(ter-qui) / mistura 4(sex- sáb) * alguns utilizam nesta idade, rações com baixo teor de proteína. É importante também deixar esses peixes adultos, uma vez na semana sem alimentação, eu não alimento estes peixes no domingo. *Patê deve ser fornecido no máximo 3 vezes por semana e no máximo 1 vez por dia. Com artêmia congelada, faço : retiro para descongelar, lavo com bastante água doce, deixo de molho em uma solução forte de água e sal por aproximadamente 10 – 15 minutos e depois transfiro para um depósito com água doce. Daí, fornece aos peixes. Os náuplios devem ser fornecidos moderadamente, para não sobrarem no aquário. Você pode congelar as sobras dos que não foram servidos. A Spirulina, são micro-algas facilmente digeridas e ricas em proteínas, ácidos gordurosos, vitaminas A e B, ferro e cálcio. Ela ajuda o guppy a ter nadadeiras mais saudáveis e evita infecções na pele. Também ajudam na coloração. É importante incluir na alimentação dos peixes desde seus primeiros dias de vida. Dica : Monte uma escala de atividade mensal, para não saltar nenhuma atividade de manutenção dos tanques. Compatibilidade entre linhagens O "Blues" e o "Half-Black Blues" Por: Jim Alderson Traduzido por Rogério Couto Muitas linhagens de guppies podem ser cruzadas entre si com ótimos resultados. Criadores que possuem as linhagens blues e half-black blues terão uma vantagem sobre os criadores que não possuírem uma linha de peixes compatíveis para um outcross. Eu normalmente cruzo o blues e o Half-black blues para melhorar a linhagem HB blues e costumo cruzar entre diferente linhas de blues para melhorar esta linhagem. Quando lidamos com linhagens de peixes Half-Black (HB), a primeira coisa que devemos tentar estabelecer é onde está localizado o gene HB. Macho Blue Você terá três possibilidades: 1) Ligado ao "X" - em um dos cromossomos da fêmea; 2) Ligado ao "Y" - em um dos cromossomos do macho; 3) Ligado a um autossomo - cromossomo não relacionado às características sexuais. Caso a cor HB do corpo seja ligada ao cromossomo "Y", todos os machos terão corpo HB e todas as fêmeas não terão o padrão HB em seu corpo. Este é o caso mais raro. A maioria dos HB são ligados ao cromossomo "X" dominante ou autossômico dominante. Isto significa que se você cruzar um macho HB blue com uma fêmea blue você muito provavelmente terá machos blue e fêmeas HB blue. Toda linha de guppies é diferente e você deve determinar a herança genética dos seus peixes. Baseado em minha experiência com a linhagem HB Blues o caso acima parece ser o mais predominante. Agora nós podemos começar a trabalhar as linhas para produzir HB Blues maiores e melhores. Existem duas formas de proceder: Primeiro você pode cruzar um macho HB blue com uma fêmea blue e como eu mencionei antes você obterá machos blue e fêmeas HB blue. Os machos blue serão provavelmente descartes. Agora cruze as fêmeas HB blues (F1) com os machos da linhagem HB blue. A prole resultante deverá ser superior aos HB blue com os quais você começou. Dois cuidados devem ser tomados quando usamos este método: Use os machos com o corpo de cor mais escura e tome cuidado com linhasbrancas e outros sinais de irregularidade de cores na caudal. O segundo método para fazer este cruzamento funcionar é cruzando um grande e vigoroso macho blue com uma fêmea HB blue. Você deverá pegar todos os machos HB Blue e descartar todos os que não são HB Blue. Agora pegue os melhore HB blue da cria F1 e cruze de volta com linhagem mãe dos HB blues. Pegue os melhores machos HB blues derivados do cruzamento e cruze as fêmeas HB blue puras com os maiores machos HB blue resultantes do cruzamento. Você deve cruzar também os machos HB blue puros com as maiores fêmeas HB blue obtidos do cruzamento. Eu tenho obtido melhores e mais rápidos resultados usando o segundo método. O HB blues é uma linhagem difícil de se produzir sem fazer o outcross com a linhagem Blues. Eles tendem a ter problemas de fertilidade e desenvolver variações de cor na caudal. BRANCHONETAS Procedimento de criação de Branchoneta, Dendrocephalus brasiliensis (Crustacea, Anostraca, Thamnocephalidae) Primeiramente é necessário à aquisição de cisto. Mas pelas informações que tenho, somente o senhor José do Patrocínio Lopes da Estação de Piscicultura da Chesf na cidade de Paulo Afonso-BA faz este processo de extração de cisto de branchoneta. Os demais somente vendem o substrato onde se espera que exista o cisto. O cisto limpo, livre de substrato (terra, matéria orgânica) não é encontrado a venda, a técnica de extração é dominada até o momento pelo Patrocínio e de certo modo ainda é um segredo para nós que estamos iniciando o cultivo. Sendo assim, vamos tentar obter com alguém que tenha branchoneta, um pouco do substrato existente no fundo do reservatório de cultivo (caixa d'água, etc.), este local certamente estará cheio deles. Reservatório de cultivo Como a quantidade de substrato conseguida será pequena, podemos usar um aquário de 25lts, espalhe o substrato pelo fundo do aquário, desfazendo alguma parte condensada. Não é obrigatório que o fundo do aquário tenha algum substrato, eu não utilizo nada. Encha o aquário com água sem cloro e com os seguintes parâmetros temperatura 25,5ºC, pH 7,3 e oxigênio dissolvido 2,78 mg/l (fonte J.P.Lopes 1998). Estes parâmetros não são obrigatórios, tem aparecido aqui em diferentes valores de pH, de oxigênio dissolvido e temperatura também. Coloque uma pedra porosa bem fraquinha, de forma que haja pouca movimentação da água. Com 24, 36, 48 ou até mais dias você notará o nascimento dos cistos, que crescem rapidamente. Quando estiver obtendo uma população maior, é melhor utilizar recipientes maiores, tipo piscina de 1000lts, assim a criação torna-se viável. Mas nada impede que seja cultivada em aquários pequenos. Mantenha a aeração. Alimentação As branchonetas alimentam-se de fitoplâncton (algas em geral), para nós aquaristas é bom manter um reservatório com água verde ao sol. "Ao mesmo tempo em que nada, a branchoneta vai se alimentando do material em suspensão, filtrando com seus apêndices bactérias, algas, protozoários, metazoários e restos de matéria orgânica." (J. Lopes 1998) Aqui eu retiro a água verde de forma nos aquários expostos a constante iluminação e coloco diretamente nos reservatórios com branchonetas, com 24 h nota-se que a água está cristalina novamente. Seu crescimento é muito rápido, conseqüentemente exige mais alimento com o passar do tempo. Outros tipos de alimentos devem ser testados, ração, fermento biológico, etc. Manutenção Você deve manter as branchonetas nascidas neste aquário por aproximadamente 50 dias, assim elas vão desovar bastante no aquário e na próxima geração teremos uma multiplicação da população. Não espere nascer mais branchonetas do que as que nasceram, você poderá notar alguma menor, mas são frutos do mesmo cisto que você colocou inicialmente. O novo cisto produzido só eclodirá depois de desidratado e rehidratado. Elas iniciam a produção de cisto muito cedo, notou-se que com 7 dias de vida já iniciam. Com aproximadamente 50 dias, colha as branchonetas e forneça aos peixes, agora não mais precisamos delas. É importante manter toda a matéria orgânica e partículas no fundo do aquário. Agora é o momento de secar o aquário, utilize uma pedra porosa com uma mangueira de ar, assim o cisto não será retirado. É sempre difícil efetivar este processo, um mínimo de água ficará ainda no aquário e deverá secar para darmos início ao novo processo de eclosão. Aqui eu seco com pedra porosa e a água que fica ainda deixo evaporar. Essa sujeira, substrato que fica no aquário deve ser mantida lá dentro, é lá onde existem os cistos que vão nascer e repovoar novamente. Quando o aquário estiver completamente seco, livre de umidade, espere por no mínimo dois dias para encher novamente. Este tempo não é regra, temos casos de secar e encher no outro dia e elas nascerem. Também pode só ser cheio com 4 ou 5 meses, sem problema. O cisto é muito resistente ao sol e até a geadas. Esperado este tempo de maturação, pode iniciar o processo de encher novamente. Observações Elas nadam de cabeça para baixo e podemos identificar a fêmea por um órgão saliente localizado no meio de seu corpo (bem parecido com o gonopólio do guppy), os machos geralmente são mais claros e não possuem este órgão. Você pode ir usando estes machos na alimentação dos peixes e deixando as fêmeas desovando até completar aproximadamente 50 dias. Em uma população grande nascerá mais machos que fêmeas, este é um controle natural da população. Tenho utilizado o fermento biológico na alimentação da branchoneta com bastante sucesso, mas ainda é um teste inicial e resultados futuros ainda são desconhecidos. O processo é simples, este texto serve apenas para descrever como iniciar, mas você deve preparar de forma que melhor se adapte ao seu dia a dia. Espero ter passado o básico sobre elas. Sistema automático de troca de água Com o passar do tempo, uma maior quantidade de aquários, à vontade de ter outras linhagens e você nota que o tempo disponível para tratar dos peixes está cada vez mais escasso. Isto é inevitável, principalmente quando se trabalha ou estuda, e agora você tem que pensar em um sistema que lhe garanta praticidade e que seja seguro. Acho que o maior problema é com as trocas parciais, pois estas devem ser constantes e para um bom desenvolvimento dos peixes, devem acontecer a cada dois dias. Para quem possui 100 aquários é quase impossível conciliar trabalho e hobby. É muito triste saber que seus peixes estão com uma semana sem troca de água e pior você sem saber que dia pode fazer este procedimento rotineiro, aí vem macho com aquela bela cauda desfiando, um lindo peixe que você pretendia expor agora com a cauda atacada por bactérias. As fêmeas dificilmente sofrem com isto, mas para os machos é certeza que você note a necessidade em poucos dias. O que fazer ? R.: O caminho é montar um sistema automático que lhe ajuda nas trocas parciais. Uma coisa útil e de muita importância, é a instalação de torneiras em cima de cada aquário. Isto vai facilitar e lhe dá grande ajuda na hora da reposição de água. Toda reposição deve ser lenta para que os peixes não sofram com a troca parcial, principalmente se as trocas forem de percentuais superiores a 30% do volume de água do aquário. Não tem como vc ficar com um depósito colocando água aos pouco dentro de cada aquário, um por um, a torneira para repor a água retirada é quase que obrigatória. Descapsulação de Cisto de Artêmia O que você precisará... Meio litro de água fresca 100 ml de água sanitária 1 colher de sopa de vinagre branco (não é essencial somente ajuda e tirar o cheiro do cloro) 1 colher de chá de cisto de artemia Instruções Comece colocando 500 ml de água fresca fria e uma colher de chá de cisto de camarão de em um recipientede vidro. Usando uma pedra porosa, com suavidade areje os cistos durante aproximadamente uma hora a temperatura ambiente. Isto hidratará os ovos completamente para a preparação do processo de descapsulação. Depois de uma hora, acrescente 100 ml cloro líquido. Aumente a aeração durante os próximos 5-10 minutos (até a descapsulação estiver completa). Os cistos mudarão de marrom para cinzento* a branco, e finalmente para cor laranja. Quando quase todos os cistos estiverem laranja, paramos a reação retirando e filtrando a solução em uma rede de malha fina e enxaguamos imediatamente com água fresca várias vezes. Se não tiver peneira use somente os processos de decantação e lavagem retirando assim somente as cascas e o cloro. Continue enxaguando até o cheiro do cloro ter saído completamente. Misture 1 xícara de água fria e 1 colher de sopa de vinagre branco em um recipiente e despeje o conteúdo da peneira nesta solução por aproximadamente um minuto. Isto removerá ou neutralizará o cloro residual . Enxágüe os cistos por mais tempo com água fresca. Seus cistos estão prontos para serem devorados pelos peixes. Por que Descapsulação? Há várias vantagens por descapsular ou remover a concha espessa exterior (corion) do cisto de artêmia. 1. Para os autores, o cloro forte ou solução clorada oxida completamente os cistos, reduzindo introdução de bactérias e doenças para seu aquário. 2. Coletando Nauplio de artêmia de cisto descapsulado significa que não será necessária nenhuma separação das conchas . Só colocar tudo em uma rede de malha , enxaguar e alimentar seu peixe! 3. Até mesmo os cistos que não eclodem normalmente são comestíveis! Um cisto de descapsulado é partido ficando somente uma fina membrana que é digerida facilmente por peixes jovens e invertebrado. Um embrião não eclodido também contém mais energia que um náuplio de camarão vivo. 4. O embrião requer menos energia para penetrar uma membrana que uma concha exterior espessa. Isto pode aumentar em 10% seu aproveitamento em mesma quantidade de ovos eclodidos da forma tradicional. texto retirado da internet e traduzido por Rodrigo Ziviani. Patê de coração de boi Utilizo vários patês : - coração boi + alho (serve como um remédio natural, muito útil para vermes), com gelatina; - coração boi + espinafre + cenoura + gelatina; - frutos do mar (filé de siri, sururu, massunin, unha de velho, camarão e gelatina), este os peixes adoram; - só coração de boi + gelatina; - e outro com fígado de galinha + gelatina. Como o Stan Shubel diz : “não existe segredo para criar guppies, é uma questão de dedicação e cuidado. Para obter qualidade, alimente com náuplios de artêmia recém eclodidos, ração de ótima qualidade, artêmia adulta (congelada) e CORAÇÃO DE BOI”. Tem muitas receitas na internet e cada criador faz de um jeito. Esta semana meu patê acabou e comprei coração para fazer um novo, aí lembrei do patê que o Ziviani (<http://www.geocities.com/guppybrasil/>) coloca no site do clube (www.ccg.org.br <http://www.ccg.org.br/>), onde ele diz, “no PROCESSADOR SEM ÁGUA E NO LIQUIDIFICADOR COM ÁGUA”. É que esqueci de comprar a gelatina. Tenho um multiprocessador que minha mulher nunca usou, só o trabalho de retirar da embalagem já desanima, hehehe. Bom, eu já tinha conversado com criadores que fornecem o coração raspado, mas fica ruim o cara pegar um pedaço, raspar e colocar para o peixe. Então juntando uma coisa com a outra, eu resolvi fazer o coração no processador sem água e testar. Como fazer : Remova do coração todas as partes brancas e nervos, isso é muito importante; Agora é só ligar, deixe moer bem. Até ficar soltando do fundo. foto Como coração estava bom limpo, eu não passei na peneira. Achei a consistência melhor que o que é feito com água e gelatina. Ficou uma pasta muito consistente e os peixes comeram muito bem. Acho que suja menos a água em comparação com o feito com água e gelatina. Para embalar utilizo potes pequenos, de forma a descongelar somente um para cada dia. Duas Maneiras de se preparar seu Patê O patê pode ser feito de 2 formas: No processador de alimentos sem água ou no liquidificador com água .O primeiro você faz com todos aqueles ingredientes dosando sempre mais carne (pode ser fígado ou coração de boi limpo sem os nervos) , cenoura , brócolis, espinafre , ovo , peixe , camarão (todas as carnes ou somente uma). Você mói as carnes primeiro e peneira formando o líquido A . Com água deve colocar o mínimo de líquido possível (ele tem de estar pastoso) e peneirar depois. Sem água só peneirar. Os vegetais e legumes , devem estar crus e bem lavados (sem agrotóxico) - chamaremos líquido B. Depois de tudo moído e peneirado você mistura os dois líquidos , A e B . Se tiver água você coloca em banho Maria ou no forno a 100º C (máxima temp.) até a água evaporar .Sem a água misture gelatina sem gosto e sem sabor (1 pacote para cada 1/2 litro). Coloque em formas de gelo e congele. O patê deve sempre ter cor escura , ou seja mais carne que vegetal , pelo sabor de carne seja ela qual for , os peixes adoram .O peixe só irá devorar se tiver gosto de carne. Misture a gelatina somente no final , após as misturas dos dois líquidos e acrescente 1 colher de açúcar e 1 de sal . O que eu fiz esta semana usei também comida de neném comprada (essa vitaminada encontrada em supermercado - com máximo de proteínas , sem tempero e conservantes - nesse caso não precisa das colheres de sal e açúcar). A princípio sei que o sem água pelo fato de não ir ao forno conserva mais as proteínas e vitaminas essenciais. O com água já fiz e venho fazendo a muito tempo e o resultado é muito bom . Porém colhi opinião de 2 criadores experientes em patê que me aconselharam a fazer o sem água e com gelatina para aglutinar. Falam que os peixes adoram e crescem muito rápido. Sei que hoje dei a eles pela 1 vez (sem água)e como o gosto é diferente foram comendo devagar , hora um... , depois outro... e outro... , sei que em menos de 1 min todos haviam descoberto a nova iguaria e devoraram rapidinho . Mas demorei 3 horas fazendo (primeira vez sempre demora mais).O espinafre é essencial pelas vitaminas. Coloco tudo em formas de gelo e tiro um cubo por vez que deixo desgelando naturalmente (tiro 1 hora antes de dar aos peixes). O processador de alimentos tritura bem mais que o liquidificador . Fiz o patê com filé de atum sem pele (250 gr) , camarão limpo cru (300 gr) , 1 coração de boi (limpo com mínimo de sebo e pelancas - só este demorei 30 min limpando),1 molho de espinafre (deixei a noite de molho na água para tirar qualquer agrotóxico ou mesmo minimizar a ação do mesmo), 1 molho de brócolis(o mesmo) , 2 potinhos de alimentos de bebê ( sabor carne), 3 ovos caipiras com casca e tudo (caipira e melhor pois possui menos hormônios), 3 pacotes de gelatina sem gosto , 1 beterraba (esta estava cozida) , 5 cenouras cruas .O custo total foi de R$19,00 e rendeu 5 formas de gelo cheias de patê .O mais importante e que também demanda mais tempo é você coar tudo em peneira de malha média para evitar que pedaços grandes sejam dados aos peixes . Quando faço a receita com pouca água , fica mais líquido dai levo ao forno para evaporar a 100ºC no máximo, leva uma hora em média , porém se você conseguir usar muito pouco líquido em vez de levar ao forno acrescente a gelatina para aglutinar e leve direto ao congelador em forminhas. Alimento meus peixes uma vez ao dia no mínimo com patê. Os excessos devem ser retirados 10 minutos após serem dados aos peixes. A validade do patê é até 2 meses estando congelado. Uma outra boa receita de patê: Ingredientes: 100 gramas de coração do boi 100 gramas de fígado de boi 100 gramas de fígadode galinha (não precisa ser os três, pode ser só o fígado, ou só o coração, mas se tirar alguma carne acima, diminua a cenoura e a batata na mesma proporção) 3 Cenouras 3 Batatas 10 Folhas de espinafre 2 colheres de sopa farinha da Salmão (se não tiver não tem problema) 2 colheres de sopa de Farinha de Minhoca (se não tiver não tem problema) 1 colher de café de açúcar 1 colher de café de sal 2 ovos (pode ser inteiro, com casca e tudo) 3 colheres de sobremesa de Gelatina em pó sem sabor incolor . Limpe bem, tirando as partes gordurosas, cortando em pequenos pedaços e coloque para cozinhar durante 15 minutos. Em seguida, liquidifique bem e passe tudo por um peneira para só aproveitar o creme. Coloque tudo num panelão. Agora, cozinhe 3 cenouras , 3 batatas e 10 folhas de espinafre por 10 minutos. Liquidifique tudo e coloque no panelão. Adicione no panelão 2 colheres de sopa bem cheia de Farinha de Salmão, 2 colheres de sopa de Farinha de Minhoca, 2 colheres de sopa de Ração Balanceada, 1 colher de café de açúcar e 1 de sal, coloque 2 ovos, 3 colheres de sobremesa de Gelatina em pó sem sabor incolor . Mexa muito bem tudo que estiver dentro desse panelão. Quando ficar muito bem mexido , tudo por igual, a consistência deve ser a mesma de uma pasta de dente, nem mais mole, nem mais rígida, coloque em vários potinhos ou até mesmo na cuba para gelo e guarde-os no freezer de sua geladeira. IMPORTANTE - O PATÊ DEVE TER A CONCISTÊNCIA DE PASTA DENTAL , NEM MAIS , NEM MENOS. Já fiz patê só de carne branca usando camarão , ova de peixe , ova de ouriço cozida (isso mesmo , coisa de louco), ova de lagosta (coisa de pescador - passei minha infância pescando no mar e aprendendo estes segredos com pescadores , sei que é contra a lei mas a gente muitas vezes compra lagostas já mortas e cheia de ovas - não mato as lagostas para tirar as ovas pois sou contra isso literalmente) o resultado foi excelente porém não sei se vai ser fácil de obter qualquer um destes itens ,mas se você tiver em férias na praia ou amigo pescador fica mais fácil (um amigo meu consegui ova de peixe no mercado talvez você encontre também). Não economize esforços para alimentar seus peixes com o que há de melhor , pois os resultados compensam pois você estará dando a eles todos nutrientes necessários a apresentarem todo seu potencial genético. A Água de Torneira Para abastecer seus aquários, principalmente nas grandes cidades, a maior parte dos aquaristas do mundo inteiro utilizam à única água disponível: a das torneiras. São poucos os que tem a facilidade de obter água pura de nascentes ou de mananciais ainda não poluídos, como os das cidades do interior. E no Brasil, esta situação não é diferente. Mas, afinal, como é essa tal "água de torneira"? O que acontece com ela antes de chegar até nós? Que tipo de aditivos ele recebe no tratamento? Que importância isso tem para nós, aquaristas? O tratamento dado à água que recebemos em nossas residências varia de uma cidade para outra, quer pelo tamanho da população, quer pela própria origem da água a ser tratada. Porém, alguns processos são comuns a todas as estações de tratamento. O procedimento que passamos a relatar é adotado há vários anos com sucesso em Colatina/ES, em uma de suas estações de tratamento com capacidade para fornecimento de 11 milhões de litros/dia de água tratada, administrada pelo SAAE - Serviço Autônomo de Água e Esgoto. Ressaltamos aqui, que a água tratada da cidade de Colatina é considerada modelo no estado do Espírito Santo, e classificada por órgãos de saúde pública como uma das melhores do Brasil. A primeira fase é a chamada captação, ou seja a obtenção da água bruta de um manancial (rio, lagoa ou poço artesiano), retirada em um ponto onde a contaminação seja a menor possível. No caso de um rio, capta-se água em ponto anterior à cidade, por motivos óbvios. A água chega bombeada à estação de tratamento através de uma tubulação metálica de grande diâmetro, sendo que logo na chegada passa por um sistema de medição, onde se obtém dados referentes à vazão em l/seg., e à turbidez, ou seja, a quantidade de material sólido em suspensão na água bruta. No "teste do jarro", como é conhecido, determina-se a concentração do produto que agirá como clarificador, no caso, o sulfato de alumínio - Al2(SO4)3 - cuja solução é adicionada à água bruta logo após o ponto de medição, sendo este o local de maior velocidade e agitação, propiciando melhor mistura. A concentração em água bruta considerada normal gira em torno dos 16 mg/l, sendo que em época de enchentes, quando o aspecto da água barrenta é o tradicional laranja avermelhado, chega-se a aplicar severos 60 mg/l! É importante registrar que o sulfato de alumínio baixa o pH da água, que na chegada gira em torno dos 6.9 ~ 7.0, caindo para 6.3 ou até mesmo 6.0, após a adição do clarificador, dependendo da concentração usada. Encontramos, nas lojas de aquários, produtos derivados do sulfato de alumínio, vendidos como "clarificadores" ou "cristalizadores", em concentrações mais baixas que as usadas nas estações de tratamento, para eliminar o excesso de sujeira em suspensão na água do aquário. Depois de misturada à água, a solução de sulfato de alumínio provoca a formação de pequenos flocos gelatinosos de alguns milímetros, que são responsáveis pela retenção dos sólidos em suspensão. É o processo conhecido como floculação. A mistura percorre, então, alguns metros até chegar aos chamados tanques de decantação, enormes piscinas ao ar livre, com algumas dezenas de metros de comprimento, onde a água atravessa de uma ponta à outra em movimento suave, sem turbulência, bem lentamente para que os flocos, mais pesados, desçam até o fundo. Após a decantação, a água entra no processo final de clarificação: a filtração, livrando-se de possíveis flocos que teriam escapado à decantação, ou mesmo alguma sujeira não colhida na floculação. O processo utilizado é o de se fazer passar a água através de seixos e de uma camada de areia, que tem de 57cm a 60 cm de espessura, no chamado filtro "convencional" por gravidade, ou seja, de cima para baixo, ou ainda, através de uma camada que, só de areia, tem 2 metros, no "clarificador de pressão", de baixo para cima. Durante a filtração, a água já fica em local coberto, livre do vento, poeira, insetos ou quaisquer outras formas de contaminação. Depois disso, a água entra, então na última fase e, talvez, a mais importante e que requer maior precisão de todo o tratamento: o reservatório de contato, um tanque lacrado, sem comunicação com o ar atmosférico, acessível somente para manutenção, em que a água está em constante circulação, sendo submetida a testes de qualidade de hora em hora, e onde ela recebe os três aditivos básicos que influenciarão decisivamente na sua qualidade final: cloro, flúor e cal hidratada. O cloro é o primeiro dos três a ser adicionado. Ao contrário do que muitos imaginam, não é o mesmo produto usado nas piscinas, onde o "cloro" é, na verdade, uma mistura de dois sais em pó: hipoclorito de cálcio e de sódio. Apesar de terem a mesma finalidade - bactericida - o produto usado no tratamento da água potável é o gás cloro - Cl2 - que é acidificante, de cor amarela, de odor sufocante e que causa mal-estar em ambientes fechados, que é injetado e dissolvido na água tratada por um aparelho denominado clorador, o qual permite regular a dosagem do gás manualmente. Essa dosagem é calculada da seguinte forma: sendo um gás injetado num líquido sob pressão, o cloro tende a se perder no caminho até o consumidor final - residência, estabelecimento comercial, escola, etc. - sendo que a água deverá chegar até ele com uma concentração mínima, denominada "residual de cloro". Semanalmente, são feitos testes desses valores residuais naschamadas "pontas de rede", locais mais distantes abastecidos pela estação de tratamento, sendo possível assim controlar a dosagem com precisão razoável. O valor médio aplicado no tratamento, em condições ditas "normais", é de 0.6 mg/l, sendo a variação indicada para água destinada ao consumo humano, de 0.5 mg/l até 0.9 mg/l. Vale registrar que o poder bactericida do cloro é ainda maior em meio ácido, onde se conclui que é dentro do reservatório de contato que sua eficácia como anti-séptico é mais notada. Ele atua, ainda, como oxidante de pequenas partículas que porventura escapem da filtragem. A seguir, é adicionado o flúor, na forma de solução de flúor-silicato de sódio - Na2SiF6 - tendo como função principal a de auxiliar no combate à cárie dentária. É também de natureza ácida, sendo que sua dosagem varia conforme a temperatura da água: quanto mais quente, menor a concentração. Em águas na faixa situada entre 26.4 ºC a 32.5 ºC - a grande maioria das cidades brasileiras - são aplicados 0.7 mg/l. E por fim, a água agora considerada tecnicamente limpa e asséptica, porém, extremamente ácida pela adição dos produtos anteriormente descritos, recebe o último aditivo, o "leite de cal" - uma solução de cal hidratada - que tem como principal função a de elevar o pH ao valor de 8.3, que é chamado "pH de saturação" ou "pH final". Isto, porque a tubulação e as partes metálicas da rede de distribuição ficam protegidas da corrosão provocada pela água ácida e pelo efeito oxidante do cloro. Apesar de serem permitidos valores de pH final entre 6.5 e 9.5, é tecnicamente aconselhável o uso em torno dos 8.3, para se evitar depósitos de ferrugem e de outros óxidos prejudiciais à saúde nas caixas d'água residenciais. Pronta e acabada, a água é levada aos reservatórios de distribuição e encaminhada pela rede ao seu destino final, tornando-se, então a nossa velha conhecida "água de torneira". Observando-se atentamente o processo de tratamento, concluímos que: 1 - Devemos conhecer com exatidão o valor do pH da água que recebemos em casa, antes de qualquer outra coisa: se estamos pretendendo, por exemplo, uma troca parcial em virtude de uma acidificação causada por "água velha", com água ácida na torneira, as coisas poderão ficar ainda piores. Fique atento! 2 - Ao usar clarificador à base de sulfato de alumínio na água de seu aquário, tome cuidado com a queda repentina no pH: não exagere na dose; caso contrário, peixes mais sensíveis poderão "sucumbir"! 3 - A quantidade de cloro na água do reservatório de sua residência é bem menor do que na da torneira direta da rede. Assim, é possível livrar do cloro a água de reposição do aquário sem o uso de aditivos químicos. Sendo a concentração residual medida na ponta da rede de distribuição e não na caixa d'água de sua casa ou no reservatório de seu condomínio, é possível que, após 24 ou 48 horas, a água (retirada do reservatório e não da torneira direta) armazenada em separado já não tenha (ou tenha pouquíssimo) cloro em sua composição. É possível, ainda, dar uma "mãozinha" à natureza, separando a água de reposição em um recipiente próprio e deixando-a por algum tempo (uma noite, por exemplo) sob a ação de uma pedra porosa ligada a um compressor. É mais saudável do que ficar abarrotando seu aquário de aditivos, como os anti-cloro, anti-"isto", anti-"aquilo", etc. 4 - Sendo a cal, derivado do carbonato de cálcio, um produto alcalinizante e ao mesmo tempo "endurecedor" da água, convém, com um valor muito alto encontrado para o pH, fazer também um teste de dureza de carbonatos (veja a matéria "As Plantas Aquáticas e a Qualidade da Água", nesta edição), para ter certeza de que ela não vai causar danos ao equilíbrio biológico de nosso viveiro. 5 - Em localidades onde a água de torneira chega ácida, devemos ter o cuidado com a presença em demasia do óxido de ferro resultante da corrosão da tubulação metálica que, apesar de não ser muitas vezes por nós percebida, faz mal à saúde de peixes mais sensíveis (e de algumas pessoas também!). Se você reside em cidade de interior, ou localidade de pequeno porte onde haja facilidade de visitar uma estação de tratamento, não perca esta oportunidade. Faça sua visita, procure conhecer em detalhes o método usado, e anote os valores, comparando-os com os apresentados nesta matéria. Ser curioso é demonstrar vontade de aprender, é ser inteligente! (Agradecemos a colaboração do engenheiro do SAAE de Colatina, Alessander Calazans Dal'Col, e a atenção do assistente técnico, Sr. Ulisses Machado, que gentilmente nos acompanhou na visita à estação de tratamento e nos forneceu os todos dados acima, sem o que a presente matéria teria sido inviável). Amônia , Nitritos e Nitratos Gostaria de conversar um pouco sobre um assunto que muitos donos de aquários já se perguntaram várias vezes: Amônia, Nitritos e Nitratos: como controlo? Devo me preocupar com isso ou não? A coisa é simples e não é tão complicado quanto parece: Todas as três substâncias fazem parte de um dos ciclos biogeoquímicos mais importantes da natureza: o cilco do nitrogênio A amônia é um gás incolor, de odor forte e que faz arder os olhos. É também mais leve que o ar. É uma combinação gasosa de nitrogênio e hidrogênio, cuja fórmula estrutural é NH3 (um átomo de nitrogênio e três hidrogênio), existente no estado livre ou dissolvida em água (a solução aquosa é também conhecida como amoníaco). A amônia, por ser uma substância tóxica, é eliminada pela maior parte dos seres vivos (uréia e ácido úrico) junto com outros compostos nitrogenados. Quando a amônia se encontra livre na natureza, bactérias (para as quais a amônia não é tóxica) a usam como fonte de energia. As bactérias conhecidas como *Nitrosomonas* e *Nitrosococos* "quebram" a molécula de amônia (oxidação), dessa quebra, energia é liberada e utilizada pela bactéria. Os restos desse processo, é liberado na forma de nitritos (NO2). Os nitritos, por sua vez, são reaproveitados pela*Nitrobacter*, que converte os nitritos em*Nitratos*, cuja fórmula é NO3. Os nitratos são absorvidos pelas plantas e algas, e serão usados na produção de proteínas Essa foi uma pequena explicação, bem simplificada, do ciclo do nitrogênio na natureza (o ciclo foi simplificado na explicação e falta uma parte). Este ciclo acontece em toda natureza, seja na água ou no solo. É lógico que no aquário também.No aquário, a amônia em excesso pode matar os peixes, uma vez que os peixes de água doce urinam muito mais que os peixes de água salgada. Podemos simplificar o ciclo para o aquário, desta forma: Como podemos ver, sem nos preocuparmos muito, a amônia é naturalmente eliminada,e é transformada em uma substância que é aproveitada pelas algas e plantas, o nitrato. Felizmente, essas bactérias não custam nada e encontram-se livres e abundantes na natureza. Tudo que elas precisam é de um local para se fixarem e de oxigênio no aquário. Aí é que entra o filtro biológico. Com o filtro, providenciamos espaço para que essas bactérias se fixem internamente e façam o que sabem fazer de melhor. Em filtros do tipo "Whisper" ou "Millenium" (água entra por um tubo e sai por outro lado), fazemos passar por ele toda a água do aquário, que é filtrada pelas bactérias. Agora, nem tudo é perfeito. Pelo ciclo, o excesso de amônia acaba levando ao excesso de nitratos. Como o nitrato é utilizado pelas plantas e algas, com excesso de matéria prima para estas, pode acabar havendo uma reprodução rápida e desenfreada, que culmina com excesso de algas e a água fica esverdeada (e os vidros também). por isso, deve-se evitar a super- população de peixes. Como no aquário não há renovação de água como nos rios, e os excrementos vão se acumulando no fundo, é necessário "complementar" o ciclo natural, trocando a água do aquário
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