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Manual do Guppy

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O Guppy 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10/08/2004 
Nome Vulgar: Guppy, Lebiste, Peixe Arco-íris, Barrigudinho, 
Bandeirinha, Sarapintado. 
Nome Científico: Poecilia reticulata sp. 
Origem: América Central e Norte da 
América do Sul 
Família: Poecilidae (Poecilídeos) 
Tamanho: macho 3,3 cm e fêmea 6,5 cm. 
Reprodução: ovovivíparo. 
 
Origem: 
 
Os Lebistes são originários da América 
do Sul e Central, mais precisamente de 
estuários localizados em Barbados, 
Trinidad Tobago, Venezuela, Guianas e 
porção norte do Brasil. Conhecidos 
também por Peixe Arco-íris, Barrigudinho, 
Bandeirinha, Sarapintado e Guppy 
encontram-se hoje espalhados por todo o 
mundo. Antes de ser classificado 
cientificamente como Poecilia reticulata, o 
Lebiste já foi conhecido por Girardinus 
guppy e Lebistes reticulatus. O nome 
Guppy é na verdade o sobrenome de 
Robert J.L Guppy que foi homenageado 
pelo naturalista inglês Guenther, que 
recebeu de Robert os primeiros peixes 
coletados na América Central no ano de 
1860. Já o nome popular Lebiste deriva 
do gênero Lebistes ao qual pertencia. 
Pertence à família dos Poecilidae 
(Poecilídeos) da qual também fazem 
parte Molinésias, Platys e Espadas. 
É um peixe de fácil manutenção sendo 
recomendado para todos os tamanhos de aquários desde que 
obedecidas suas necessidades básicas como pH e temperatura. É 
interessante observar o número de fêmeas que deve ser maior que o de 
machos, na razão de 3:1. 
 
Peixe tropical originário da América do 
Sul e Central. Foi descoberto pelo 
Europeu Wilhelm C.H. Peters em 1805 
que deu nome científico de Poecilia 
reticulata. O nome Guppy vem do 
reverendo inglês Robert John 
Lechmere Guppy que enviou de uma 
ilha da América do sul uma amostra diferente deste peixe para o British 
Museun que deu nome a ele de Girardinus guppyi em homenagem ao 
reverendo. Hoje é comum se designar o nome destes peixinhos de 
guppy. 
Curiosidade: No Brasil, assim como 
em outros lugares, foram importadas 
várias matrizes de guppy para o 
controle da larva de mosquito que 
originava a malária. Foi uma surpresa 
terem descoberto que ele era nativo 
daqui também sendo fartamente 
encontrado nos córregos e rios do 
país. 
 
Aquário de Criação 
 
Deve ser de mais ou menos de 50 litros e sem nenhum ornamento para 
facilitar a visualização dos peixes e evitar qualquer contaminação por 
intermédio de plantas ou pedras. Os meus são de 60 x 30 x 30 cm para 
adultos e 25 x 30 x 40 cm para filhotes. O aquário de criação deve ser 
encarado como um laboratório de pesquisa. 
Para um aquário destas dimensões um filtro interno é o suficiente, com lã 
e carvão ativado. Porém caso queira usar um filtro com bomba submersa 
de espuma ou similar é bom também, porém para muitos aquários o 
custo se eleva. 
A iluminação ideal é a natural. As algas verdes são benéficas aos peixes. 
Porém quando se tem aquário em ambiente fechado aconselhamos 
iluminação com lâmpada fluorescente roxa. Esta controla o crescimento 
das algas verdes que é alimento para os peixes. O ideal é no mínimo 8 
horas de exposição por dia. As lâmpadas fluorescentes brancas ajudam 
o crescimento de algas marrons que não são boas para os peixes. A 
lâmpada comum incandescente ajuda no crescimento de algas verdes 
porém em um aquário com muita exposição estas crescem em demasia. 
Pode-se também mesclar lâmpadas incandescentes com lâmpadas 
fluorescentes roxas. A iluminação do aquário aumenta o metabolismo 
dos peixes fazendo com que se alimentem mais, se movimentem mais, 
cruzem mais e cresçam mais rápido porém todo excesso é prejudicial. Eu 
tenho timers elétricos em meus tanques que são iluminados de 8:20 h às 
12:20 h e de 17:00 as 21:20 h diariamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aquário para nascimento de alevinos (com maternidades e timer) 
 
 
O Guppy de Qualidade 
 
O guppy de qualidade é aquele que possui as nadadeiras com cores de 
mesmo padrão e mesma tonalidade exata, com tamanho proporcional 
entre elas e que além de tudo passe para seus descendentes as 
mesmas características genéticas sem muita variação. O corpo também 
tem de ser proporcional. A princípio eu achava que todo guppy de 
nadadeiras caudais em véu e 
compridas era bom, porém 
com o tempo descobri que é 
somente o primeiro passo pois 
além desta, a dorsal também 
tem de ser comprida e com 
mesmas cores. Já as fêmeas 
tem de ser boas reprodutoras , 
grandes e ter nadadeiras 
coloridas. 
Este é um macho da linha 
"Red" de guppies premiados 
do famoso criador Norte 
Americano Stan Shubel. 
 
 
Full Red - macho quase 100% vermelho 
Linhagem campeã e vice-campeã do 
WGC 2003. 
 
 
Perfeito guppy da linha verde - dorsal e caudal da mesma 
tonalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Macho Green de Jim Alderson 
 
albino head red ou cabeça vermelha de Luke Roebuck 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Snakeskin green de Rodrigo Ziviani 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Blue Galaxy de Rodrigo Ziviani 
 
 
 
 
 
 
 
 
Red moscow metal lace de Luke Roebuck 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Black de Rodrigo Ziviani 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glass Grass de Rodrigo Ziviani 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Qualidade da Água 
 
Para saúde dos peixes é essencial que a água seja de boa qualidade e o 
aquário limpo. Para mim o pior inimigo dos peixes é a água contaminada. 
O excesso de cloro e substancias tóxicas podem levar a morte quase 
que instantânea toda a criação. Para isso devemos ter sempre água 
descansada (3 a 5 dias em repouso) em um recipiente para só então ser 
inserida no aquário, ou mesmo, adicionar anti-cloro a mesma. É 
essencial também o sinfonamento semanal de cerca de 20% da água 
dos aquários, limpando-se assim o fundo do mesmo das sujeiras e da 
matéria orgânica acumulada. Às vezes também é necessária a troca da 
água da superfície do tanque pois pode se sujar com óleo ou outros 
agentes químicos. Podemos fazer isto com a inserção de uma vasilha 
vazia e enche-la com água da tona do tanque, coletando-se assim a 
mesma. Por isso nunca devemos colocar as mãos sujas dentro do 
aquário pois elas podem trazer além de substâncias químicas, fungos e 
bactérias nocivas aos peixes. É sempre bom também a colocação de sal 
marinho na água pois ele combate determinados inimigos naturais dos 
peixes e na proporção de uma colher de sopa para 10 litros de água não 
faz mal a eles. Devemos nos preocupar também que ao se fazer a troca 
parcial da água , a nova água que deverá ser inserida deverá conter sal 
também na mesma proporão da água existente do aquário , pois ao se 
retirar a água velha retira-se também o sal existente . A saúde dos peixes 
depende da qualidade de vida que proporcionamos a eles. O pH deve 
variar de 7.0 a 7.2, a temperatura ideal é de 25 a 28 ° C e água SEM 
CLORO E PRODUTOS QUÍMICOS , exceto no caso de doenças com 
diagnostico e uso correto de medicamentos já testados e aprovados pois 
os guppies são sensíveis a todos os químicos. 
 
Condições ideais da água: 
PH: alcalino (7,2 a 7,4). 
Temperatura: 26 a 28 ºC. 
Embora as condições acima sejam consideradas as ideais para a 
manutenção dos guppies, eles são capazes de viver em condições 
variadas desde que os parâmetros sejam mantidos estáveis. 
O temperamento pacífico, nado ágil, fertilidade e belíssimas cores dos 
guppies fazem deste pequeno peixe um dos preferidos entre os 
aquaristas e uma escolha perfeita para aquários comunitários em que os 
outros peixes tenham um comportamento parecido e não sejam muito 
maiores do que eles. 
 
Alimentação 
 
O guppies são omnívoros, e aceitam muito bem uma grande variedade 
de comidas secas, congeladas e vivas. Certifique-se de dar para os seus 
peixes o melhor alimento possível. Alimentos de baixaqualidade podem 
turvar a água e não irão suprir as necessidades orgânicas dos peixes. 
A alimentação dos guppies adultos ( + de 7 meses ) pode acontecer 3 
vezes ao dia enquanto que peixes mais jovens devem ser alimentados 
com maior freqüência ( 4 ou 5 vezes ao dia ). 
É importante que todo o alimento seja consumido em não mais do que 3 
minutos, ou seja, é melhor dar pouca comida várias vezes ao dia do que 
um monte de comida de uma só vez. O excesso de alimento que não é 
consumido pelos peixes acaba se deteriorando dentro do aquário e com 
isso a qualidade da água pode piorar sensivelmente. 
Também é importante variar o "cardápio", pois cada alimento irá suprir 
determinadas necessidades dos seus peixes. Tenha sempre à mão 2 ou 
3 tipos de comidas em flocos de boa qualidade, algum tipo de comida 
congelada e algum tipo de comida viva e varie o cardápio. Seu guppie vai 
adorar e como agradecimento ele ficará maior, mais forte, mais bonito e 
menos suscetível a doenças. 
O melhor alimento vivo para alevinos e peixes jovens é o náupilo de 
artêmia recém eclodido que é muito rico em vitaminas (A, C e E) e 
proteínas. 
Como opção de alimentos congelados para peixes jovens e adultos é 
possível encontrar no mercado artêmias e bloodworms congelados e é 
possível também prepararmos em casa um patê alimentar de coração ou 
fígado de boi. 
 
Alimentação 
 
Muitos criadores dizem que "o 
guppy é o espelho do que 
come". Por ser onívoro o 
Lebiste come de tudo, ou seja, 
ração em pó, flocos, pastas, 
patê caseiro, artêmia, 
microvermes, dáfnias, tubifex, 
verme de sangue, fígado 
cozido, coração de boi cozido, 
tenébria, larva de mosquito 
etc. Quanto mais variada a 
alimentação melhor para os 
peixes. Eu alimento meus peixes de 4 a 6 vezes ao dia. Na parte da 
manhã por volta das 8:00 eu dou artêmia viva (naupilius) ou congelada 
adulta, as 12:00 eu dou tenébria ou outro verme, 16:00 ração em flocos 
de excelente qualidade ou em 
pó, 18:00 patê de Gordon e 
finalmente 21:00 ração 
novamente. As doses devem 
ser o suficiente para os peixes 
se alimentarem, sem excessos 
para não deteriorar a água. 
Deve-se alimentar várias 
vezes com pouca comida, pois 
o excesso de comida em uma 
dose pode levar o peixe à 
morte pois o mesmo se 
alimenta em excesso, podendo ter problemas intestinais graves e 
mortais. Quanto mais variada a alimentação e rica em proteínas mais 
filhotes terão as fêmeas e melhores condições de aproveitamento do 
potencial genético dos peixes durante seu crescimento. 
Os alevinos devem ser alimentados com náuplios de artemia vivos, 
microvermes e infusórios. Assim haverá poucas perdas até a fase adulta. 
A ração em pó deverá ser dada aos peixes com 3 semanas de idade 
(peixes de 8 mm de comprimento). 
 A temperatura e o nível de oxigênio influencia a quantidade de comida 
que o peixe consome. O peixe que é um animal de sangue frio é muito 
afetado pela temperatura. Quanto mais equilibrada a temperatura mais 
eles comem, respiram, digerem os alimentos, cruzam etc. É o 
metabolismo ou processo vital. Com temperatura baixa eles podem ficar 
até sem comer. O oxigênio na água afeta diretamente no processo vital, 
pois altera diretamente a digestão e o apetite dos peixes. 
 
 
 
 
Tabela copiada do livro "Alimentando Peixes Ornamentais" de Aléx Damásio 
 
 
 
 
 
 
 
Algumas culturas mais comuns e receitas de patê: 
 
1 - Ovos de artemia - Para alevinos é excelente alimento. Encontrados 
no mercado é de fácil manuseio pois basta colocar uma colher de sopa 
de sal marinho para 400 ml de água em um vidro (pode ser de plástico) 
com aerador ligado. Colocamos os ovos na quantidade desejada e 
esperamos em média 30 a 36 horas para eclosão dos mesmos. Após 
este período retiramos o aerador e esperamos decantar os naupilus (15 
minutos em média). Os ovos ficam na sua maioria na superfície. 
Pegamos uma mangueira de plástico e aspiramos o fundo do recipiente 
retirando todas as artemias. Com rede bem fina (encontrada no mercado) 
ou pano com malha bem pequena peneiramos todo material aspirado. 
Finalmente enxaguamos a rede ou pano na torneira recolhendo todo 
material em um recipiente e com uma pipeta distribuímos as artemias 
nos tanques. Quanto mais ovos na superfície melhor esta o lote de ovos 
adquiridos pois os ovos que vão ao fundo normalmente. Encontramos 
também no mercado cistos de artêmia desidratados e congelados. 
 
 
2 - Artemia Adulta - Excelente alimento para os peixes adultos, rico em 
proteínas. Pode ser dada viva ou congelada, ambas facilmente 
encontradas no mercado. 
 
3 - Microvermes - (Anguillula silusiae) Pequenos organismos de 3mm de 
comprimento no máximo, brancos em forma cilíndrica.Criados em 
recipientes com carvão mineral, aveia e água sem cloro até 3mm acima 
da superfície da aveia. As matrizes podem ser adquiridas no mercado e 
inseridas no recipiente. A fêmea reproduz com a ausência do macho e 
em poucas semanas podemos ver os vermes subindo pelas paredes do 
recipiente. Este deve ter tampa com pequena entrada de ar, se possível 
com tela para se evitar a entrada de mosquitos que contaminam a 
cultura. Os vermes são coletados à medida que sobem pelas paredes 
com lamina bem fina (coleta-se somente os vermes sem a aveia). 
Quando se percebe que a quantidade de vermes esta diminuindo 
acrescenta-se mais aveia. Esta deve ser acrescentada umas três vezes 
durante a criação. Após isto se deve iniciar nova cultura pegando-se uma 
porção da antiga criação e inserindo na nova (este é o segredo). Culturas 
muito antigas tendem a não suprir as necessidades chegando até a 
morrer. Excelente alimento para filhotes e adultos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 - Enquitréia - Pequenos organismos de 6mm de comprimento no 
máximo, bem similares aos microvermes, brancos em forma cilíndrica. 
Criados em recipientes com carvão vegetal embebido em água (o carvão 
deve ser deixado uma semana em tanque ou balde com água para 
absorvê-la). Coloca-se aveia em pouca quantidade sobre o carvão em 
um pote de plástico seco. Umidifica-se a cultura com pouca água 
(somente para molhar o carvão e mantê-lo úmido). As matrizes podem 
ser adquiridas no mercado e inseridas no recipiente. A fêmea reproduz 
com a ausência do macho e em poucas semanas podemos ver os 
vermes subindo pelas paredes do recipiente. Este deve ter tampa com 
pequena entrada de ar, se possível com tela para se evitar a entrada de 
mosquitos que contaminam a cultura. Os vermes são coletados à medida 
que sobem pelas paredes com lamina bem fina (coleta-se somente os 
vermes sem a aveia). Quando se percebe que a quantidade de vermes 
esta diminuindo acrescenta-se mais aveia. Esta deve ser acrescentada 
umas três vezes durante a criação. Após isto se deve iniciar nova cultura 
pegando-se uma porção da antiga criação e inserindo na nova. Culturas 
muito antigas tendem a não suprir as necessidades chegando até a 
morrer. Excelente alimento para filhotes e adultos. 
 
5 - Larva de mosquito - Alimento natural dos guppies. Podem ser 
facilmente criadas em vasilhas com água exposta ao ar livre. Coletadas 
com rede fina após uma a duas semanas. Normalmente são dadas vivas 
para os peixes mas podem ser congeladas também. Cuidado para não 
deixar as larvas tornarem-se insetos adultos. 
 
 
 
6 - Patê de Gordon - Fácil de fazer com várias opções e além de tudo 
excelente para os peixes pois é completo em vitaminas e proteínas 
necessárias ao bom desenvolvimento dos guppies. Porém deve se ter 
um cuidado com os excessos principalmente em aquários que tenha 
pedras no fundo. O ideal é para aquário sem pedra pois se houver 
excesso pode-se sinfonar o fundo mais facilmente, ficando o tanque sem 
restos do alimento. O que não for comido pelos peixes pode ser em 
pouco tempo um foco de fungos e bactérias levando a morte todos os 
habitantes do tanque. O ideal écolocar o patê em pequenos potes e 
congelado ou mesmo em forma de gelo. Toda dia retira-se um pote 
pequeno ou cubinho para alimentar os guppies. Pode ser congelado de 
15 a 20 dias no máximo. É muito econômico e fácil de preparar. Pode ser 
dado de uma a duas vezes ao dia sempre em pequenas quantidades. 
Gráfico de receitas de patê 
 
 
 
 
Tabela copiada da Revista Aquarista Júnior de Marcus Marques da 
Silva 
7 - Tenébrea - Larva de um besouro preto muito conhecida dos criadores 
de pássaro. A cultura é bem simples basta adquirir a matriz e coloca-la 
em uma caixa de madeira de 15 x 15 x 15 cm por ex., com tampa móvel 
furada e tampada com tela mosquiteiro para não entrar outros insetos e 
estragar a cultura. No interior colocamos aveia seca, fubá, farinha de 
rosca, farinha de mandioca, pedaços de pão velho inteiro ou moído, 
rodelas finas de batata (dois ou três destes já é o suficiente). Sobre estes 
alimentos colocamos estopa preenchendo assim todo interior da caixa. 
Colocamos as matrizes e aguardamos uns 40 dias. Para alimentarmos 
os guppies devemos pegar a larva, arrancar a cabeça e espreme-la. Os 
guppies adoram. Exige paciência mas os resultados valem à pena. Pode 
ser dada para jovens de 2 meses e adultos, uma vez ao dia pois é um 
alimento muito gorduroso. Deve se ter cuidado com os excessos pois 
estragam facilmente a água. 
 
8 - Tubifex - Excelente alimento para os peixes e gorduroso também. 
Deve ser dado em recipiente próprio com muito cuidado com os 
excessos pois estragam facilmente a água. Deve ser lavado e dado em 
pequenas porções. Caso a porção que foi adquirida seja grande demais, 
guardar o excesso em bacia ou recipiente plástico trocando a água 
diariamente e colocada em ambiente escuro. 
 
9 - Dáfnias - Excelente alimento, podendo ser cultivada em casa. 
Existem várias espécies variando de tamanho com D.puylex, 
D.longispina, D.magna. As fêmeas carregam os ovos em um saco. Os 
ovos são pequenos pontos escuros, visíveis em um aquário com luz 
forte. As matrizes devem ser colocadas em um tanque de 
aproximadamente 60 litros no mínimo. A água deve ficar verde ou seja, 
exposta a muita luz. O aquário deve conter matéria orgânica tipo fezes 
de peixes, galinha ou pássaros (rica em matéria orgânica) pequenas 
porções de fermento, folha de alface como alimento para a dáfnia e 
aerado se possível. 
10 - Infusórios - Cultura muito fácil e bom alimento para os alevinos. 
Coloca-as em um vidro folhas de alface, 
couve ou espinafre com água velha se 
possível verde. Aguarda-se alguns dias 
(mínimo 3) e organismos microscópicos se 
desenvolvem na água. Estes servem de 
alimento para os filhotes. Retira-se a água 
em porções e dá-se para os peixes. 
Inconveniente - costuma turvar a água do 
aquário. 
Cultura de NPK (uma 
garrafa para cada dia da 
semana). 
11 - Drosófila ou larva do mosquito da banana - Pode ser cultivado de 
diversas formas. Pega-se uma fruta (banana, goiaba) amassa e mistura 
em um recipiente de plástico aberto com aveia. Deixa-o próximo às 
bananas onde estão os mosquitos. Após uma semana aparecem as 
larvas brancas que podem ser dadas aos peixes. Esta cultura pode ser 
tampada com algumas frestas para os mosquitos poderem pousar e 
depositar seus ovos. Esta cultura pode ser trocada de tempos em 
tempos, ou seja, colocar mais aveia e frutas pois a decomposição do 
alimento é rápida e o mau cheiro grande se colocada dentro de casa. 
 
12 - Ração de camarão seca - Receita passada de um amigo meu. 
Excelente pois pode ser guardada em potes por tempo indeterminado. 
adquire-se um quilo de camarão de qualquer tamanho com ou sem 
casca. Lave-os bem e espalhe-os em uma forma metálica em uma 
camada. Aí vem o pior, deixa-los secando ao sol por cinco dias até se 
tornarem totalmente secos. O mau cheiro e insuportável por isso 
aconselho deixa-los secando em um sítio, cobertura de prédio com muito 
cuidado com as chuvas. Mas se molhar não tem problema deixe-os secar 
assim mesmo. Só não deixe apodrecer muito com a água pois pode 
estragar a cultura. Após estarem bem secos coloque-os no liqüidificador 
e triture-os muito. Retire e em uma peneira bem fina passe o pó 
separando o mais fino para os Guppies. Os grãos maiores deverão ser 
triturados novamente. A ração é um filé para os peixes sendo que um 
quilo rende em média 100 gramas de ração. 
 
13 - Vermes de sangue ou Blood Worms - Encontrados no mercado 
normalmente congelados. Alimento rico em vitaminas e outros devem ser 
cortados para serem dados aos guppies. 
 
Formas de Criação 
 
Linhagem - Quando dizemos que um guppy tem a 
"linhagem pura" é aquele peixe em que já foi feito 
um árduo trabalho de aprimoramento e 
desenvolvimento genético de algumas 
características importantes das quais serão 
descritas adiante como fatores de identificação do grau de pureza de 
determinado exemplar. Existem diversas linhagens puras de Guppies 
que recebem nomes diferentes de acordo com o lugar onde foi 
desenvolvida e cor da mesma etc. Citarei algumas linhagens tais como 
os cobras ou Snakeskin, Black, Dourado ou Red, Tuxedo, Verde, Roxo, 
Azul, Black AOC (Any Other Color) é o preto com nadadeiras de outras 
cores (Azul, Roxo, Vermelho, Cobra etc). 
Toda linhagem de guppy foi desenvolvida através de cruzamentos pré 
determinados derivados sempre em sua origem do espécime selvagem. 
Este possui características genéticas dominantes sobre todas as demais. 
A tendência de todo cruzamento mal executado é adquirirmos cada vez 
mais guppies selvagens por melhor que 
sejam as matrizes. 
Uma diferença muito grande é irmos a 
uma loja de aquários, comprarmos 
guppies distintos e misturá-los sozinhos 
ou em aquários comunitários. Neste caso 
teremos crias que produzirão peixes 
mestiços de diferentes linhagens e 
qualidade cada vez mais se 
assemelhando ao Lebiste nativo ou seja sem cores e pequeno. Outra é 
termos matrizes puras de linhagem e idade semelhantes, em tanque 
próprio sem outros peixes com pH e temperatura variando 
respectivamente de 7,0 a 7,2 e 25 a 28° C. Neste caso você esta tendo 
toda oportunidade de conseguir filhotes de qualidade. 
A partir de agora daremos ênfase a esta 
criação específica que é a criação 
somente de guppies, procurando-se obter 
qualidade e aprimoramento. A genética 
nesta espécie e algo fantástico pois o 
Guppy tem a capacidade de mudar 
diversas características em uma mesma 
linhagem. Por isso o trabalho de 
aprimoramento genético e manutenção 
de uma linha pura de peixes através das gerações, com a mesma 
qualidade das matrizes iniciais é um 
desafio fascinante que requer trabalho, 
paciência, dedicação e espaço para tal. 
O Guppy é um peixe muito fértil com uma 
vida sexual muito ativa em média a partir 
dos quatro meses de vida. Ele vive em 
média de um ano a um ano e meio e 
cada fêmea dá cria a cada 28 dias em 
média. O número de filhotes varia de 5 a 
180 filhotes dependendo do tamanho da fêmea, linhagem, alimentação e 
qualidade da água do tanque. Minhas fêmeas com seis meses dão em 
média 50 filhotes por cria. Porém algumas fêmeas podem dar a luz com 
3 meses fecundadas por machos de um mês e meio (peixes com 
crescimento e desenvolvimento sexual precoces). 
 
 
O primeiro passo é a escolha das matrizes 
Quando adquirimos um casal de Lebistes estamos adquirindo toda uma 
história genética que procuramos conhecer se sabemos a procedência 
da mesma. Caso você compre em uma loja você poderá estar adquirindo 
boas matrizes porém com características genéticas (que de agora em 
diante definiremos como CG) 
antagônicas. Você compra por exemplo 
um macho de Cobra dourado e uma 
fêmea de Cobra Dourado, porém com 
antecedentes distintos, ou seja, cruzando 
entre si não se obtém filhotes de 
qualidade. É fato comum. Caso você 
consiga obter um padrão de qualidade 
deste casal demoraria anos. O melhor e 
você comprarmatrizes de criador cujas CG sejam de confiança, ou seja, 
você adquiri matrizes puras ganhando assim anos em seu trabalho 
genético. No meu caso adquiri matrizes puras e desenvolvi e desenvolvo 
trabalho de aprimoramento em outras. 
 
 
Formas de Cruzamento 
 
Existem três formas básicas de 
cruzamento: Retrocruzamento; 
Cruzamento fechado e Cruzamento em 
mesma linha. 
Retrocruzamento: É o cruzamento de 
linhagens distintas. Muitas vezes você 
consegue belos espécimes porém 
difíceis de serem mantidos. Para isso 
demora-se anos. Ex: Cobra dourado X 
Vermelho = Cobra vermelho. 
Cruzamento fechado: Cruzamento entre pai e filha, mãe e filho, irmão e 
irmã, ou seja entre parentes próximos. Ótimo para se fixar 
características. 
Cruzamento em mesma linha: Semelhante ao anterior porém feito entre 
parentes distantes. Ex: bisavó com bisneto ou primos distantes. 
 
Linha de Criação 
 
Método Gráfico 
É o planejamento de como serão os 
cruzamentos a partir de um casal ou duas 
fêmeas e um macho (trio) original. Muitos 
criadores o fazem como um roteiro para manter 
e aprimorar a espécie. Usa-se as formas de 
cruzamento citadas anteriormente. Pode-se 
fazer graficamente anotando-se sempre a 
nomenclatura para geração. 
. 
Ex: 
#1 = primeira geração de filhos 
#2 = segunda geração de filhos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esta forma é o cruzamento entre irmãos abreviada, porém não 
recomendada. Uma forma recomendada é o cruzamento entre primos e 
primas ou seja, dois aquários com dois casais de matrizes iniciais. Cruza-
se ambos separa-se os filhotes e na próxima geração cruza-se o melhor 
filho do primeiro casal com a melhor filha do segundo casal e vice-versa. 
E repete-se este procedimento continuamente. Outro processo é ter 
quatro casais de matrizes provenientes de um casal original. Repete-se o 
procedimento anterior para as duas linhas separadamente e a cada 10 
gerações faz-se uma troca entre elas macho da linha AB cruza com 
fêmea da linha CD e vice-versa começando-se assim todo ciclo 
novamente. É uma boa forma de se manter a linha perfeita por gerações 
porque à medida que se cruza irmão com irmã a tendência é uma 
diminuição do tamanho dos peixes de uma forma em geral. Pode-se 
cruzar filho com mãe e pai com filha também mas após 10 a 12 linhas de 
gerações é aconselhável haver a inserção de um peixe da mesma 
linhagem mas de outra fonte para adquirir "sangue novo" mantendo-se 
pura a linha. 
Por isso é bom se ter vários tanques por exemplo em uma linha cruza-se 
pai com filha e em outra primos e a cada 10 gerações troca-se os pares 
entre as duas. Você pode ter vários aquários ou outra opção é fazer uma 
linha entre primos e um amigo entre pai e filhos e trocar os filhotes após 
10 gerações. Ambos saem ganhando. 
 
 
Fêmeas Virgens 
 
Sabe-se que o guppy por ser muito 
fértil com poucos meses pode haver 
uma troca de genes, ou seja, um 
cruzamento. Acontecendo isso a 
fêmea tem a capacidade de 
armazenar espermatozóides por 5 a 
8 gerações de crias. Seria uma 
tragédia, pois um macho não muito 
bom pode inseminar uma excelente fêmea estragando assim todo um 
trabalho de seleção. Aconselhamos a separação dos filhotes machos e 
fêmeas com um mês da idade. Para isso devemos identificar os filhotes 
machos das fêmeas da seguinte forma: 
A - a fêmea possui atrás da barriga (local onde saem às fezes ) uma 
pinta preta. 
B - o macho com poucos meses começa a encurtar o gonopódio 
(nadadeiras ventrais - órgão copulador do macho). 
 
 
 
 
 
 
 
 
As fêmeas deverão ficar separadas de quatro a cinco meses de vida 
quando então deverão ser inseridas junto com os machos selecionados 
em um único tanque porém isoladas por uma caixa de tela. Deverão ficar 
no mesmo tanque sem contato com a mesma água por mais umas duas 
semanas. Isto porque haverá uma 
troca de hormônios dos machos 
para as fêmeas e vice-versa 
acelerando o desenvolvimento de 
ambos. Posteriormente deve-se 
soltar as fêmeas normalmente 
para procriação. 
 
 
A foto acima ilustra o gonopódio masculino de um macho americano. 
 
 
 
 
Nascimento 
 
O guppy é vivíparo de fecundação interna com relação placentária . A 
fêmea ovula a cada 3 dias e tem um ciclo de aproximadamente 28 dias 
até o nascimento das crias .Ela quando esta no seu momento ideal de 
fertilização , toma uma posição inclinada verticalmente em relação a seu 
parceiro e neste momento se houver a fecundação terá melhores 
condições de ter mais filhotes. Um dos problemas para os criadores é 
saber exatamente a hora em que a fêmea irá ter seus filhotes. Deste 
modo, ela deve ser separada dos demais, pois ela ou mesmo seus 
companheiros de tanque podem comer os filhotes. Para isso devemos 
saber que uma fêmea tem filhotes em média de 28 em 28 dias. No meu 
caso eu separo a fêmea com 22 dias aproximadamente. Outro método é 
quando a barriga da fêmea está bem cheia, a noite, com iluminação 
adequada dá para se ver os filhotes dentro do ventre da mesma. Desta 
forma eu separo a fêmea na maternidade até o nascimento. Para isto a 
maternidade deve ter um espaço confortável para fêmea , temperatura e 
pH de acordo. 
 
Tipos de Maternidade 
 
Existem diversos tipos de maternidade encontradas no comércio, 
geralmente feitas de acrílico, de telas, etc. Na prática observei que as 
fêmeas confinadas em espaço curto, sem aeração se extressam 
facilmente podendo ter filhotes prematuros que morrem em sua maioria. 
Para resolver este problema 
existem outras formas de 
maternidade que quase não 
causam problemas para as 
mesmas. Uma delas, a que eu 
acho a melhor, é separar a fêmea 
em um aquário de 20 litros em 
média sendo que dentro deste 
colocamos obstáculos que 
impedem a fêmea de comer os 
filhos. Por exemplo eu coloco tela de plástico tipo mosquiteiro com malha 
que dê para o filhote passar no topo do aquário e enrolada tipo caracol 
dentro do mesmo. Assim a fêmea não come as crias e pode ficar 
indefinidamente neste espaço sem se estressar. Outra forma é uma 
caixa de tela que pode ser construída com vidro, silicone e a mesma tela 
descrita anteriormente. Esta deverá ficar presa no topo do aquário e com 
dimensão de 10 x 14 x 10 cm em média. A vantagem desta é a aeração 
permanente evitando o stress. Para isso deve-se ter um aquário 
maternidade podendo ser fixadas mais de uma caixa em seu topo. Os 
filhotes ao nascerem caem para dentro do aquário passando no meio da 
tela e assim não são devorados. 
 
 
Outro processo é 
colocar em um 
aquário plantas 
do tipo "Rabo de 
Raposa", 
"Cabomba", com 
tela e vidro na 
vertical dividindo 
o mesmo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos de Maternidade 
 
Nutrição do guppy 
 
Para entender melhor o porquê da alimentação variada com alimentos 
vivos e com vários tipos de rações em flocos, temos que saber as 
exigências nutricionais dos guppies. Sabendo estas exigências podemos 
fazer nosso próprio patê, que servirá de complemento à alimentação 
industrializada disponível. Uma variação com alimentos vivos 
(branchonetas, enquitréias, minhoca, dáfnia, moina, microvermes, 
náuplios de artêmia, larva de mosquito, etc.) é muito importante, se você 
tem como conseguir, não negligencie. 
 
Objetivo 
Para os alevinos e peixes em crescimento : máximo crescimento e 
saúde; 
para os adultos : manter peso do corpo constante e energia para 
gametas e embriões, não deixando de lado a saúde. 
 
Sinais de erros no programa de alimentação 
Guppies gordos, apresentam o abdome crescido. Este indício é notado 
geralmente nos machos, pois apresentam o abdome avantajado e 
também nas fêmeas virgens este sintoma também é facilmente notado. 
Estes peixes foram super alimentados com altas taxas de proteínas e 
gorduras. Passe estes peixes por um período de dieta, fornecendo 
somente náupliosde artêmia recém eclodidos em pouca quantidade e 
em poucas vezes ao dia, visto os náuplios terem a característica laxante. 
Lembre que este processo alimentar serve para buscar o crescimento e 
saúde, não busca a estética, pois peixes com defeitos genéticos são 
descartados assim que notados. Jovens e adultos alimentados com 
pouca ração (somente o necessário) serão peixes imunes a doenças e 
também evita a sujeira demasiada nos tanques. Outro sinal de 
deficiência nutritiva é deformidades nos alevinos, guppies com 
deformidades na espinha herdam esta doença e também esta 
característica pode ser proveniente da deficiência de vitamina C. E por 
último, o outro sinal de deficiência nutricional é a própria doença. 
Para quem mora em apartamento ou tem pouco espaço para produzir 
alimento vivo, eu indico o microvermes, enquitréias e náuplios de 
artêmia. São todos fáceis de manter e dá para qualquer pessoal cultivar. 
Veja em minha criação como manter estas culturas. 
(proteína : é uma classe de macromoléculas, constituídas de 
aminoácidos e capaz de reconhecer e interagir com moléculas altamente 
diversas. Determina o padrão das transformações químicas nas células.) 
A proteína e os aminoácidos, são os componentes mais importantes na 
dieta do guppy. Como o objetivo deste texto é fornecer parâmetros para 
você comprar ou formular o alimento, não vou entrar em detalhes quanto 
ao funcionamento da proteína e dos aminoácidos, vamos falar de modo 
superficial. Até porque não é minha área e o que sei foi conseguido em 
pesquisas. 
O guppy por ser onívoro, precisa de uma nutrição animal e vegetal (está 
muitas vezes é esquecida pelos criadores). 
Os guppies adultos requerem de 30-40% de proteína, estes percentuais 
são muito importantes para a fertilidade da fêmea. 
Os alevinos 50% e os jovens apenas 35-40%. 
(aminoácidos : são as unidades estruturais básicas das proteínas. Todas 
as proteínas, em todas as espécies, de bactérias a seres humanos, são 
construídas a partir do mesmo conjunto de 20 aminoácidos.) 
Existem 20 aminoácidos diferentes, sendo 12 deles importantes ao 
guppy. A proteína indicada na embalagem das rações não tem mesma 
origem. 
Os 12 aminoácidos essenciais ao guppy não são sintetizados e precisam 
ser obtidos do alimento fornecido. 
É importante que estes aminoácidos sejam fornecidos nas quantidades 
requeridas. 
Os náuplios de artêmia recém eclodidos, que ainda não consumiram o 
saco vitelino, possuem esses 12 aminoácidos essenciais. Por isso é 
muito importante fornecê-los assim que eclodem. Observe isto porque é 
muito importante. 
Veja os aminoácidos essenciais e as quantidades requeridas para 100g 
de proteína: 
 
Arginine 1,6
Histidine 2,0
Isoleucine 3,6
Leucine 4,8
Lysine 1,7
Methionine (+Cystine) 2,7
Phenylalanine 
(Tyrosine) 
2,0
Threonine 0,6
 
A melhor certeza que os guppies estão sendo alimentados com as 
proteínas, aminoácidos essenciais, minerais e vitaminas que eles 
precisam, é fornecer uma alimentação variada, porque nenhum alimento 
é considerado completo, incluindo os náuplios de artêmia. 
Um patê de frutos do mar é ótimo suplemento e deve fazer parte do 
cardápio. 
(lipídios : são biomoléculas orgânicas, insolúveis em água, que podem 
ser extraídas de células e tecidos por solventes não-polares, como, por 
exemplo, o clorofórmio, o éter ou o benzeno.) 
As gorduras e os lipídios são fontes ricas em energia. As gorduras são 
utilizadas em muitas funções do corpo, para o metabolismo nos 
músculos, fornecem suporte às vitaminas e materiais para os hormônios. 
Os lipídeos, ajudam a manter a temperatura normal em torno de 24o C. A 
melhor fonte de lipídeos é o óleo de peixe, alguns óleos vegetais e o óleo 
de fígado de bacalhau são boas opções a serem adicionadas. As 
gorduras podem ser saturadas e não saturadas, os guppies em 
crescimento, requerem até duas vezes menos gorduras que os guppies 
adultos. O alimento para o peixe adulto deve conter aproximadamente 
5% de gordura, duas vezes a requerida por peixes em crescimento. 
O Bloodworm é uma boa opção para estimular a fêmea na produção de 
ovos. 
 
(carboidratos : são compostos aldeídicos ou cetônicos com múltiplas 
hidroxilas. Constitui a maior parte da matéria orgânica na terra, devido a 
suas diversas funções em forma de vida. Servem de reservas 
energéticas, alimentos energéticos e intermediários metabólicos. O 
amido, nas plantas, e o glicogênio, nos animais, são poli-holosídeo que 
podem ser rapidamente mobilizados para gerar glicose, a principal fonte 
alimentar para produção de energia) 
Os carboidratos são os açúcares e os seus compostos. O guppies, como 
a maioria dos peixes, não podem digerir de maneira eficiente os 
carboidratos, portanto, evite os alimentos com alto teor de açúcares 
como os que contém gérmen de trigo. Eles podem causar problemas 
digestivos e diminuir a habilidade de absorver nutrientes essenciais. 
Sem falar que o açúcar é um grande responsável pela perda de minerais 
no ser humano. 
Os carboidratos não podem ser mais que 30-40% da dieta diária. Os 
carboidratos são úteis como fonte de energia, são usados para sintetizar 
gorduras, mas os alimentos ricos em carboidratos contribuem para a 
obesidade no guppy. 
Somente alguns peixes podem digerir a fibra, entretanto, ela é muito 
importante na dieta dos guppies. Guppies alimentados com uma dieta 
elevada de proteínas e com poucas fibras sofrem freqüentemente 
problemas intestinais. 
Cinza, são os minerais. Na produção do alimento industrializado, as altas 
temperaturas acima de 500oC, é tudo que sobra. 
O cálcio é o elemento estrutural e para metabolismo, principal formador 
dos ossos e dentes; 
O fósforo é estrutural, produção de enzimas, células e músculos, 
formador dos ossos e dentes; 
O ferro é para o sistema respiratório; 
O flúor é estrutural; 
O magnésio estrutural e produção de enzimas, além de processos de 
conversão de alimento; 
O cobre é para células, músculos e sistema respiratório; 
O cobalto para o sistema respiratório; 
O sódio e potássio para o metabolismo e tecido nervoso; 
O cloro para metabolismo, sucos estomacais e gástricos e produção de 
enzimas; 
O boro, alumínio, zinco e arsênio são para sucos gástricos e estomacais; 
Os guppies retiram alguns dos minerais da água, mas a maior fonte é o 
alimento. 
 
 
(vitaminas : são moléculas orgânicas 
necessárias, em pequenas quantidades, às 
dietas de alguns animais superiores. Essas 
moléculas têm quase as mesmas funções 
em todas as formas de vida, mas os animais 
superiores perderam a capacidade de 
sintetizá-las.) 
As vitaminas são aditivos comuns nas 
rações comerciais. 
Os sinais de deficiência na alimentação dos guppies são : o retardo do 
crescimento e as deformidades de corpo, além do sistema imunológico 
afetado. 
As vitaminas contidas nos alimentos, quando entram em contato com a 
água, em 30 segundo perdem significativamente seu potencial. 
Os guppies submetidos a tratamento com antibióticos, devem receber um 
suplemento vitamínico. Ao tratar um peixe com antibiótico, você estará 
matando as bactérias que estão causando o problema e também as 
bactérias benéficas encontradas no intestino do peixe. 
Os guppies mantidos em água macia, têm falta de minerais essenciais 
requeridos para o crescimento e manutenção. Devem ser alimentados 
com suplemento de cálcio. Os mantidos em ambientes abertos (tanques), 
podem sofrer de deficiência de fósforo. 
A vitamina C, ajuda na diminuição do stress dos peixes submetidos a 
viagens ou mantidos em ambiente impróprio. Ex.: criadeiras. 
É importante que os alimentos sejam bem armazenados em suas 
respectivas embalagens e protegidos do tempo. 
As vitaminas são sensíveis ao calor, luz e umidade. 
O alho é muito popular entre os criadores de guppy, é muito usado em 
patês. Ele elimina vermes intestinais, previne contra eles e parecefuncionar como um estimulante digestivo. Existe em pequeno artigo 
sobre alho na seção "minha criação". 
Noz inglesa, é usada como ajuda ao sistema digestivo. Ela oxigena o 
sangue e ajuda a matar e eliminar vermes como os tapeworms. Ajuda 
queimar toxinas excessivas e materiais gordurosos, enquanto equilibra 
os níveis de açúcar. 
(enzimas : são os catalisadores dos 
sistemas biológicos. São notáveis 
dispositivos moleculares que determinam 
o perfil das transformações químicas. 
Também participam da transformação de 
diferentes fontes de energia. Quase todas 
as enzimas conhecidas são proteínas. 
Contudo, a descoberta de moléculas de 
RNA cataliticamente ativas indica que as proteínas não têm o monopólio 
absoluto da catálise.) 
O corpo do guppy precisa de enzimas para quebrar os carboidrato, 
proteínas e gorduras de sua dieta. Algumas das enzimas vêm das 
comidas e algumas são fabricadas no corpo, notavelmente no pâncreas. 
O processamento industrial das rações, 
acaba destruindo muito destas enzimas. 
O processo de enriquecer os alimentos 
vivos com vitaminas e nutrientes é uma 
técnica provada e bastante usada por 
criadores de peixes. É usada também para 
administrar antibióticos e outros 
medicamentos. A forma mais popular é 
feita com os náuplios de artêmia recém eclodidos, os náuplios 
consomem os nutrientes contidos na água e os guppies consomem por 
sua vez através do náuplio. 
É muito importante o uso imediato dos náuplios após a eclosão, visto que 
a cada hora há perda do valor nutritivo. Em pesquisa ficou comprovado 
que 25% do peso seco e do índice calórico é perdido após 24hs da 
eclosão, isto a 25o C. 
Os náuplios podem ser enriquecidos após 6 horas que eclodiram, 
alcançando o máximo de seu valor nutritivo em 16 horas, neste ponto é 
imprescindível o seu uso, a menos que o 
processo seja recomeçado. Suplementos 
vitamínicos usados no enriquecimento, 
devem estar na fórmula não solúvel, pois 
os náuplios não absorvem componentes 
solúveis e devem ter o tamanho de 5-50 
microns. 
Hoje escreve este artigo para tratar de um assunto que mais dá trabalho 
na minha opinião durante a manutenção do hobby. É que se você tomar 
como base os conselhos de alimentação dados por grandes criadores, 
terá que alimentar os guppies com 
alimentos vivos e com várias e pequenas 
porções de ração de boa qualidade 
durante o dia. Alguns alimentam 6, 8 e já 
li que chegam até a 10 vezes ao dia. Tive 
alguns problemas com meus peixes 
adultos em relação à putrefação da 
cauda e em pesquisas, alguns criadores 
relatam que este problema é relacionado 
à alimentação pesada aos peixes com mais de 5 meses de idade. Talvez 
isto faça sentido, pois no meu caso este problema só acontece com 
peixes mais velhos em torno de 4 e 5 meses em diante. Vou descrever 
aqui o teste alimentar que estou adotando a partir de hoje a fim de 
eliminar este problema: 
Alimentos : 
 
industrializados : 
Mistura 1 : ração Tetra Min Pro 
Mistura 2 : ração Tetra Rubin (menu) 
Mistura 3 : Bio Alevinos + 5% de farinha de minhora (Promin) 
Mistura 4 : ração Purina A45 + 5% de farinha de minhoca (Promin) 
 
 
congelados : 
Patê 1 : coração boi + farinha de minhoca + pasta alho e espinafre 
Patê 2 : fígado de galinha + farinha de minhoca + pasta alho e espinafre 
Patê 3 : Marisco (massunim, sururu, file de pata de carangueijo e unha 
de velho) 
Patê 4 : receita encontrada na seção "minha criação" 
Artêmia congelada 
Bloodworm congelado 
 
alimento vivo : 
Microvermes 
Náuplios de artêmia 
Enquitréias 
 
Como fornecer o alimento : 
 
Os alevinos 0-10 (geralmente até o 7o dia) dias : 
06:00 náuplios de artêmia recém eclodidos 
07:00 náuplios de artêmia recém eclodidos 
17:00 microvermes / náuplios de artêmia recém eclodidos 
19:30 náuplios de artêmia recém eclodidos 
21:00 náuplios de artêmia recém eclodidos 
 
Jovens 8/10 a 30 dias : 
06:00 flocos mistura 1 
07:00 náuplios de artêmia recém eclodidos 
17:00 microvermes / enquitréias 
19:30 flocos mistura 2(seg-qua-sáb) / mistura 3(ter-qui) / mistura 4(sex-
dom) 
21:00 náuplios de artêmia recém eclodidos 
 
Jovens 1 mês até completar 5 meses : 
06:00 flocos mistura 1 
07:00 náuplios de artêmia recém eclodidos 
17:00 artêmia congelada (seg-qua)/ Patê(ter-qui-sab) / Bloodworms(sex-
dom) 
19:30 flocos mistura 2(seg-qua-sáb) / mistura 3(ter-qui) / mistura 4(sex-
dom) 
21:00 náuplios de artêmia recém eclodidos / enquitréias 
 
Peixes a partir de 5/6 meses (moderadamente) : 
06:00 flocos mistura 1 
17:00 flocos mistura 3 
21:00 flocos mistura 2(seg-qua-dom) / mistura 3(ter-qui) / mistura 4(sex-
sáb) 
 
* alguns utilizam nesta idade, rações com baixo teor de proteína. É 
importante também deixar esses peixes adultos, uma vez na semana 
sem alimentação, eu não alimento estes peixes no domingo. 
 
*Patê deve ser fornecido no máximo 3 vezes por semana e no máximo 1 
vez por dia. 
 
Com artêmia congelada, faço : retiro para descongelar, lavo com 
bastante água doce, deixo de molho em uma solução forte de água e sal 
por aproximadamente 10 – 15 minutos e depois transfiro para um 
depósito com água doce. Daí, fornece aos peixes. 
Os náuplios devem ser fornecidos moderadamente, para não sobrarem 
no aquário. Você pode congelar as sobras dos que não foram servidos. 
A Spirulina, são micro-algas facilmente digeridas e ricas em proteínas, 
ácidos gordurosos, vitaminas A e B, ferro e cálcio. Ela ajuda o guppy a 
ter nadadeiras mais saudáveis e evita infecções na pele. Também 
ajudam na coloração. É importante incluir na alimentação dos peixes 
desde seus primeiros dias de vida. 
Dica : Monte uma escala de atividade mensal, para não saltar nenhuma 
atividade de manutenção dos tanques. 
 
Compatibilidade entre linhagens 
O "Blues" e o "Half-Black Blues" 
Por: Jim Alderson 
Traduzido por Rogério Couto 
 
Muitas linhagens de guppies podem ser cruzadas entre si com ótimos 
resultados. Criadores que possuem as linhagens blues e half-black blues 
terão uma vantagem sobre os criadores 
que não possuírem uma linha de peixes 
compatíveis para um outcross. Eu 
normalmente cruzo o blues e o Half-black 
blues para melhorar a linhagem HB blues 
e costumo cruzar entre diferente linhas de 
blues para melhorar esta linhagem. 
 
 
Quando lidamos com linhagens de peixes Half-Black (HB), a primeira 
coisa que devemos tentar estabelecer é onde está localizado o gene HB. 
 
Macho Blue 
Você terá três possibilidades: 
1) Ligado ao "X" - em um dos cromossomos da fêmea; 
2) Ligado ao "Y" - em um dos cromossomos do macho; 
3) Ligado a um autossomo - cromossomo não relacionado às 
características sexuais. 
Caso a cor HB do corpo seja ligada ao cromossomo "Y", todos os 
machos terão corpo HB e todas as fêmeas não terão o padrão HB em 
seu corpo. Este é o caso mais raro. A maioria dos HB são ligados ao 
cromossomo "X" dominante ou autossômico dominante. Isto significa que 
se você cruzar um macho HB blue com uma fêmea blue você muito 
provavelmente terá machos blue e fêmeas HB blue. Toda linha de 
guppies é diferente e você deve determinar a herança genética dos seus 
peixes. Baseado em minha experiência com a linhagem HB Blues o caso 
acima parece ser o mais predominante. 
Agora nós podemos começar a trabalhar as linhas para produzir HB 
Blues maiores e melhores. 
Existem duas formas de proceder: 
Primeiro você pode cruzar um macho HB blue com uma fêmea blue e 
como eu mencionei antes você obterá machos blue e fêmeas HB blue. 
Os machos blue serão provavelmente descartes. Agora cruze as fêmeas 
HB blues (F1) com os machos da linhagem HB blue. A prole resultante 
deverá ser superior aos HB blue com os quais você começou. Dois 
cuidados devem ser tomados quando usamos este método: 
Use os machos com o corpo de cor mais escura e tome cuidado com 
linhasbrancas e outros sinais de irregularidade de cores na caudal. 
O segundo método para fazer este cruzamento funcionar é cruzando um 
grande e vigoroso macho blue com uma fêmea HB blue. Você deverá 
pegar todos os machos HB Blue e descartar todos os que não são HB 
Blue. Agora pegue os melhore HB blue da cria F1 e cruze de volta com 
linhagem mãe dos HB blues. Pegue os melhores machos HB blues 
derivados do cruzamento e cruze as fêmeas HB blue puras com os 
maiores machos HB blue resultantes do cruzamento. Você deve cruzar 
também os machos HB blue puros com as maiores fêmeas HB blue 
obtidos do cruzamento. 
Eu tenho obtido melhores e mais rápidos resultados usando o segundo 
método. O HB blues é uma linhagem difícil de se produzir sem fazer o 
outcross com a linhagem Blues. Eles tendem a ter problemas de 
fertilidade e desenvolver variações de cor na caudal. 
 
BRANCHONETAS 
 
Procedimento de criação de Branchoneta, Dendrocephalus brasiliensis 
(Crustacea, Anostraca, Thamnocephalidae) Primeiramente é necessário 
à aquisição de cisto. Mas pelas informações que tenho, somente o 
senhor José do Patrocínio Lopes da Estação de Piscicultura da Chesf na 
cidade de Paulo Afonso-BA faz este processo de extração de cisto de 
branchoneta. Os demais somente vendem o substrato onde se espera 
que exista o cisto. O cisto limpo, livre de substrato (terra, matéria 
orgânica) não é encontrado a venda, a técnica de extração é dominada 
até o momento pelo Patrocínio e de certo modo ainda é um segredo para 
nós que estamos iniciando o cultivo. Sendo assim, vamos tentar obter 
com alguém que tenha branchoneta, um pouco do substrato existente no 
fundo do reservatório de cultivo (caixa d'água, etc.), este local certamente 
estará cheio deles. Reservatório de cultivo Como a quantidade de 
substrato conseguida será pequena, podemos usar um aquário de 25lts, 
espalhe o substrato pelo fundo do aquário, desfazendo alguma parte 
condensada. Não é obrigatório que o fundo do aquário tenha algum 
substrato, eu não utilizo nada. Encha o aquário com água sem cloro e 
com os seguintes parâmetros temperatura 25,5ºC, pH 7,3 e oxigênio 
dissolvido 2,78 mg/l (fonte J.P.Lopes 1998). Estes parâmetros não são 
obrigatórios, tem aparecido aqui em diferentes valores de pH, de 
oxigênio dissolvido e temperatura também. Coloque uma pedra porosa 
bem fraquinha, de forma que haja pouca movimentação da água. Com 
24, 36, 48 ou até mais dias você notará o nascimento dos cistos, que 
crescem rapidamente. Quando estiver obtendo uma população maior, é 
melhor utilizar recipientes maiores, tipo piscina de 1000lts, assim a 
criação torna-se viável. Mas nada impede que seja cultivada em aquários 
pequenos. Mantenha a aeração. Alimentação As branchonetas 
alimentam-se de fitoplâncton (algas em geral), para nós aquaristas é bom 
manter um reservatório com água verde ao sol. "Ao mesmo tempo em 
que nada, a branchoneta vai se alimentando do material em suspensão, 
filtrando com seus apêndices bactérias, algas, protozoários, metazoários 
e restos de matéria orgânica." (J. Lopes 1998) Aqui eu retiro a água 
verde de forma nos aquários expostos a constante iluminação e coloco 
diretamente nos reservatórios com branchonetas, com 24 h nota-se que 
a água está cristalina novamente. Seu crescimento é muito rápido, 
conseqüentemente exige mais alimento com o passar do tempo. Outros 
tipos de alimentos devem ser testados, ração, fermento biológico, etc. 
Manutenção Você deve manter as branchonetas nascidas neste aquário 
por aproximadamente 50 dias, assim elas vão desovar bastante no 
aquário e na próxima geração teremos uma multiplicação da população. 
Não espere nascer mais branchonetas do que as que nasceram, você 
poderá notar alguma menor, mas são frutos do mesmo cisto que você 
colocou inicialmente. O novo cisto produzido só eclodirá depois de 
desidratado e rehidratado. Elas iniciam a produção de cisto muito cedo, 
notou-se que com 7 dias de vida já iniciam. Com aproximadamente 50 
dias, colha as branchonetas e forneça aos peixes, agora não mais 
precisamos delas. É importante manter toda a matéria orgânica e 
partículas no fundo do aquário. Agora é o momento de secar o aquário, 
utilize uma pedra porosa com uma mangueira de ar, assim o cisto não 
será retirado. É sempre difícil efetivar este processo, um mínimo de água 
ficará ainda no aquário e deverá secar para darmos início ao novo 
processo de eclosão. Aqui eu seco com pedra porosa e a água que fica 
ainda deixo evaporar. Essa sujeira, substrato que fica no aquário deve 
ser mantida lá dentro, é lá onde existem os cistos que vão nascer e 
repovoar novamente. Quando o aquário estiver completamente seco, 
livre de umidade, espere por no mínimo dois dias para encher 
novamente. Este tempo não é regra, temos casos de secar e encher no 
outro dia e elas nascerem. Também pode só ser cheio com 4 ou 5 
meses, sem problema. O cisto é muito resistente ao sol e até a geadas. 
Esperado este tempo de maturação, pode iniciar o processo de encher 
novamente. Observações Elas nadam de cabeça para baixo e podemos 
identificar a fêmea por um órgão saliente localizado no meio de seu 
corpo (bem parecido com o gonopólio do guppy), os machos geralmente 
são mais claros e não possuem este órgão. Você pode ir usando estes 
machos na alimentação dos peixes e deixando as fêmeas desovando até 
completar aproximadamente 50 dias. Em uma população grande nascerá 
mais machos que fêmeas, este é um controle natural da população. 
Tenho utilizado o fermento biológico na alimentação da branchoneta com 
bastante sucesso, mas ainda é um teste inicial e resultados futuros ainda 
são desconhecidos. O processo é simples, este texto serve apenas para 
descrever como iniciar, mas você deve preparar de forma que melhor se 
adapte ao seu dia a dia. Espero ter passado o básico sobre elas. 
 
Sistema automático de troca de água 
 
Com o passar do tempo, uma maior quantidade de aquários, à vontade 
de ter outras linhagens e você nota que o tempo disponível para tratar 
dos peixes está cada vez mais escasso. Isto é inevitável, principalmente 
quando se trabalha ou estuda, e agora você tem que pensar em um 
sistema que lhe garanta praticidade e que seja seguro. Acho que o maior 
problema é com as trocas parciais, pois estas devem ser constantes e 
para um bom desenvolvimento dos peixes, devem acontecer a cada dois 
dias. Para 
quem possui 
100 aquários é 
quase 
impossível 
conciliar 
trabalho e 
hobby. É muito 
triste saber que 
seus peixes 
estão com uma 
semana sem 
troca de água e 
pior você sem 
saber que dia 
pode fazer este 
procedimento 
rotineiro, aí 
vem macho 
com aquela 
bela cauda 
desfiando, um lindo peixe que você pretendia expor agora com a cauda 
atacada por bactérias. As fêmeas dificilmente sofrem com isto, mas para 
os machos é certeza que você note a necessidade em poucos dias. O 
que fazer ? 
 R.: O caminho é montar um sistema automático que lhe ajuda nas trocas 
parciais. Uma coisa útil e de muita importância, é a instalação de 
torneiras em cima de cada aquário. Isto vai facilitar e lhe dá grande ajuda 
na hora da reposição de água. Toda reposição deve ser lenta para que 
os peixes não sofram com a troca parcial, principalmente se as trocas 
forem de percentuais superiores a 30% do volume de água do aquário. 
Não tem como vc ficar com um depósito colocando água aos pouco 
dentro de cada aquário, um por um, a torneira para repor a água retirada 
é quase que obrigatória. 
 
 
Descapsulação de Cisto de Artêmia 
 
O que você precisará... 
Meio litro de água fresca 
100 ml de água sanitária 
1 colher de sopa de vinagre branco (não é essencial somente ajuda e 
tirar o cheiro do cloro) 
1 colher de chá de cisto de artemia 
 
Instruções 
 
Comece colocando 500 ml de água fresca fria e 
uma colher de chá de cisto de camarão de em 
um recipientede vidro. Usando uma pedra 
porosa, com suavidade areje os cistos durante 
aproximadamente uma hora a temperatura 
ambiente. Isto hidratará os ovos completamente 
para a preparação do processo de descapsulação. Depois de uma hora, 
acrescente 100 ml cloro líquido. Aumente a aeração durante os próximos 
5-10 minutos (até a descapsulação estiver completa). Os cistos mudarão 
de marrom para cinzento* a branco, e finalmente para cor laranja. 
Quando quase todos os cistos estiverem laranja, paramos a reação 
retirando e filtrando a solução em uma rede de malha fina e enxaguamos 
imediatamente com água fresca várias vezes. Se não tiver peneira use 
somente os processos de decantação e lavagem retirando assim 
somente as cascas e o cloro. 
Continue enxaguando até o cheiro do cloro ter saído completamente. 
Misture 1 xícara de água fria e 1 colher de sopa de vinagre branco em 
um recipiente e despeje o conteúdo da peneira nesta solução por 
aproximadamente um minuto. Isto removerá ou neutralizará o cloro 
residual . Enxágüe os cistos por mais tempo com água fresca. Seus 
cistos estão prontos para serem devorados pelos peixes. 
Por que Descapsulação? 
Há várias vantagens por descapsular ou remover a concha espessa 
exterior (corion) do cisto de artêmia. 
1. Para os autores, o cloro forte ou solução clorada oxida completamente 
os cistos, 
reduzindo introdução de bactérias e 
doenças para seu aquário. 
2. Coletando Nauplio de artêmia de 
cisto descapsulado significa que 
não será necessária nenhuma 
separação das conchas . Só colocar 
tudo em uma rede de malha , 
enxaguar e alimentar seu peixe! 
3. Até mesmo os cistos que não 
eclodem normalmente são comestíveis! Um cisto de descapsulado é 
partido ficando somente uma fina membrana que é digerida facilmente 
por peixes jovens e invertebrado. Um embrião não eclodido também 
contém mais energia que um náuplio de camarão vivo. 
4. O embrião requer menos energia para penetrar uma membrana que 
uma concha exterior espessa. Isto pode aumentar em 10% seu 
aproveitamento em mesma quantidade de ovos eclodidos da forma 
tradicional. 
texto retirado da internet e traduzido por Rodrigo Ziviani. 
 
 
Patê de coração de boi 
 
Utilizo vários patês : - coração boi + alho (serve como um remédio 
natural, muito útil para vermes), com gelatina; - coração boi + espinafre + 
cenoura + gelatina; - frutos do mar (filé de siri, sururu, massunin, unha de 
velho, camarão e gelatina), este os peixes adoram; - só coração de boi + 
gelatina; - e outro com fígado de galinha + gelatina. Como o Stan Shubel 
diz : “não existe segredo para criar guppies, é uma questão de dedicação 
e cuidado. Para obter qualidade, alimente com náuplios de artêmia 
recém eclodidos, ração de ótima qualidade, artêmia adulta (congelada) e 
CORAÇÃO DE BOI”. Tem muitas receitas na internet e cada criador faz 
de um jeito. Esta semana meu patê acabou e comprei coração para fazer 
um novo, aí lembrei do patê que o Ziviani 
(<http://www.geocities.com/guppybrasil/>) coloca no site do clube 
(www.ccg.org.br <http://www.ccg.org.br/>), onde ele diz, “no 
PROCESSADOR SEM ÁGUA E NO LIQUIDIFICADOR COM ÁGUA”. É 
que esqueci de comprar a gelatina. Tenho um multiprocessador que 
minha mulher nunca usou, só o trabalho de retirar da embalagem já 
desanima, hehehe. Bom, eu já tinha conversado com criadores que 
fornecem o coração raspado, mas fica ruim o cara pegar um pedaço, 
raspar e colocar para o peixe. Então juntando uma coisa com a outra, eu 
resolvi fazer o coração no processador sem água e testar. Como fazer : 
Remova do coração todas as partes brancas e nervos, isso é muito 
importante; 
 
Agora é só ligar, deixe moer bem. Até ficar soltando do fundo. 
foto 
Como coração estava bom limpo, eu não passei na peneira. Achei a 
consistência melhor que o que é feito com água e gelatina. Ficou uma 
pasta muito consistente e os peixes comeram muito bem. Acho que suja 
menos a água em comparação com o feito com água e gelatina. Para 
embalar utilizo potes pequenos, de forma a descongelar somente um 
para cada dia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Duas Maneiras de se preparar seu Patê 
 
O patê pode ser feito de 2 formas: 
No processador de alimentos sem água ou no liquidificador com água .O 
primeiro você faz com todos aqueles ingredientes dosando sempre mais 
carne (pode ser fígado ou coração de boi limpo sem os nervos) , cenoura 
, brócolis, espinafre , ovo , peixe , camarão (todas as carnes ou somente 
uma). Você mói as carnes primeiro e peneira formando o líquido A . Com 
água deve colocar o mínimo de líquido possível (ele tem de estar 
pastoso) e peneirar depois. Sem água só peneirar. 
Os vegetais e legumes , devem estar crus e bem lavados (sem 
agrotóxico) - chamaremos líquido B. Depois de tudo moído e peneirado 
você mistura os dois líquidos , A e B . Se tiver água você coloca em 
banho Maria ou no forno a 100º C (máxima temp.) até a água evaporar 
.Sem a água misture gelatina sem gosto e sem sabor (1 pacote para 
cada 1/2 litro). Coloque em formas de gelo e congele. O patê deve 
sempre ter cor escura , ou seja mais carne que vegetal , pelo sabor de 
carne seja ela qual for , os peixes adoram .O peixe só irá devorar se tiver 
gosto de carne. Misture a gelatina somente no final , após as misturas 
dos dois líquidos e acrescente 1 colher de açúcar e 1 de sal . 
O que eu fiz esta semana usei também comida de neném comprada 
(essa vitaminada encontrada em supermercado - com máximo de 
proteínas , sem tempero e conservantes - nesse caso não precisa das 
colheres de sal e açúcar). 
A princípio sei que o sem água pelo fato de não ir ao forno conserva mais 
as proteínas e vitaminas essenciais. O com água já fiz e venho fazendo a 
muito tempo e o resultado é muito bom . Porém colhi opinião de 2 
criadores experientes em patê que me aconselharam a fazer o sem água 
e com gelatina para aglutinar. Falam que os peixes adoram e crescem 
muito rápido. 
Sei que hoje dei a eles pela 1 vez (sem água)e como o gosto é diferente 
foram comendo devagar , hora um... , depois outro... e outro... , sei que 
em menos de 1 min todos haviam descoberto a nova iguaria e devoraram 
rapidinho . Mas demorei 3 horas fazendo (primeira vez sempre demora 
mais).O espinafre é essencial pelas vitaminas. Coloco tudo em formas de 
gelo e tiro um cubo por vez que deixo desgelando naturalmente (tiro 1 
hora antes de dar aos peixes). O processador de alimentos tritura bem 
mais que o liquidificador . Fiz o patê com filé de atum sem pele (250 gr) , 
camarão limpo cru (300 gr) , 1 coração de boi (limpo com mínimo de 
sebo e pelancas - só este demorei 30 min limpando),1 molho de 
espinafre (deixei a noite de molho na água para tirar qualquer agrotóxico 
ou mesmo minimizar a ação do mesmo), 1 molho de brócolis(o mesmo) , 
2 potinhos de alimentos de bebê ( sabor carne), 3 ovos caipiras com 
casca e tudo (caipira e melhor pois possui menos hormônios), 3 pacotes 
de gelatina sem gosto , 1 beterraba (esta estava cozida) , 5 cenouras 
cruas .O custo total foi de R$19,00 e rendeu 5 formas de gelo cheias de 
patê .O mais importante e que também demanda mais tempo é você coar 
tudo em peneira de malha média para evitar que pedaços grandes sejam 
dados aos peixes . Quando faço a receita com pouca água , fica mais 
líquido dai levo ao forno para evaporar a 100ºC no máximo, leva uma 
hora em média , porém se você conseguir usar muito pouco líquido em 
vez de levar ao forno acrescente a gelatina para aglutinar e leve direto ao 
congelador em forminhas. Alimento meus peixes uma vez ao dia no 
mínimo com patê. Os excessos devem ser retirados 10 minutos após 
serem dados aos peixes. A validade do patê é até 2 meses estando 
congelado. 
 
Uma outra boa receita de patê: 
Ingredientes: 
100 gramas de coração do boi
100 gramas de fígado de boi 
100 gramas de fígadode galinha 
(não precisa ser os três, pode ser só o fígado, ou só o coração, mas se 
tirar alguma carne acima, diminua a cenoura e a batata na mesma 
proporção) 
3 Cenouras 
3 Batatas 
10 Folhas de espinafre 
2 colheres de sopa farinha da Salmão (se não tiver não tem problema) 
2 colheres de sopa de Farinha de Minhoca (se não tiver não tem 
problema) 
1 colher de café de açúcar 
1 colher de café de sal 
2 ovos (pode ser inteiro, com casca e tudo) 
3 colheres de sobremesa de Gelatina em pó sem sabor incolor . 
 
Limpe bem, tirando as partes gordurosas, cortando em pequenos 
pedaços e coloque para cozinhar durante 15 minutos. Em seguida, 
liquidifique bem e passe tudo por um peneira para só aproveitar o creme. 
Coloque tudo num panelão.
Agora, cozinhe 3 cenouras , 3 batatas e 10 folhas de espinafre por 10 
minutos. Liquidifique tudo e coloque no panelão.
Adicione no panelão 2 colheres de sopa bem cheia de Farinha de 
Salmão, 2 colheres de sopa de Farinha de Minhoca, 2 colheres de sopa 
de Ração Balanceada, 1 colher de café de açúcar e 1 de sal, coloque 2 
ovos, 3 colheres de sobremesa de Gelatina em pó sem sabor incolor .
Mexa muito bem tudo que estiver dentro desse panelão. 
Quando ficar muito bem mexido , tudo por igual, a consistência deve ser 
a mesma de uma pasta de dente, nem mais mole, nem mais rígida, 
coloque em vários potinhos ou até mesmo na cuba para gelo e guarde-os 
no freezer de sua geladeira. 
 
IMPORTANTE - O PATÊ DEVE TER A CONCISTÊNCIA DE PASTA 
DENTAL , NEM MAIS , NEM MENOS. 
 
Já fiz patê só de carne branca usando camarão , ova de peixe , ova de 
ouriço cozida (isso mesmo , coisa de louco), ova de lagosta (coisa de 
pescador - passei minha infância pescando no mar e aprendendo estes 
segredos com pescadores , sei que é contra a lei mas a gente muitas 
vezes compra lagostas já mortas e cheia de ovas - não mato as lagostas 
para tirar as ovas pois sou contra isso literalmente) o resultado foi 
excelente porém não sei se vai ser fácil de obter qualquer um destes 
itens ,mas se você tiver em férias na praia ou amigo pescador fica mais 
fácil (um amigo meu consegui ova de peixe no mercado talvez você 
encontre também). 
Não economize esforços para alimentar seus peixes com o que há de 
melhor , pois os resultados compensam pois você estará dando a eles 
todos nutrientes necessários a apresentarem todo seu potencial 
genético. 
 
 
 
A Água de Torneira 
 
Para abastecer seus aquários, principalmente nas grandes cidades, a 
maior parte dos aquaristas do mundo inteiro utilizam à única água 
disponível: a das torneiras. São poucos os que tem a facilidade de obter 
água pura de nascentes ou de mananciais ainda não poluídos, como os 
das cidades do interior. E no Brasil, esta situação não é diferente. 
Mas, afinal, como é essa tal "água de torneira"? O que acontece com ela 
antes de chegar até nós? Que tipo de aditivos ele recebe no tratamento? 
Que importância isso tem para nós, aquaristas? 
O tratamento dado à água que recebemos em nossas residências varia 
de uma cidade para outra, quer pelo tamanho da população, quer pela 
própria origem da água a ser tratada. Porém, alguns processos são 
comuns a todas as estações de tratamento. 
O procedimento que passamos a relatar é adotado há vários anos com 
sucesso em Colatina/ES, em uma de suas estações de tratamento com 
capacidade para fornecimento de 11 milhões de litros/dia de água 
tratada, administrada pelo SAAE - Serviço Autônomo de Água e Esgoto. 
Ressaltamos aqui, que a água tratada da cidade de Colatina é 
considerada modelo no estado do Espírito Santo, e classificada por 
órgãos de saúde pública como uma das melhores do Brasil. 
A primeira fase é a chamada captação, ou seja a obtenção da água 
bruta de um manancial (rio, lagoa ou poço artesiano), retirada em um 
ponto onde a contaminação seja a menor possível. No caso de um rio, 
capta-se água em ponto anterior à cidade, por motivos óbvios. 
A água chega bombeada à estação de tratamento através de uma 
tubulação metálica de grande diâmetro, sendo que logo na chegada 
passa por um sistema de medição, onde se obtém dados referentes à 
vazão em l/seg., e à turbidez, ou seja, a quantidade de material sólido em 
suspensão na água bruta. No "teste do jarro", como é conhecido, 
determina-se a concentração do produto que agirá como clarificador, no 
caso, o sulfato de alumínio - Al2(SO4)3 - cuja solução é adicionada à 
água bruta logo após o ponto de medição, sendo este o local de maior 
velocidade e agitação, propiciando melhor mistura. A concentração em 
água bruta considerada normal gira em torno dos 16 mg/l, sendo que em 
época de enchentes, quando o aspecto da água barrenta é o tradicional 
laranja avermelhado, chega-se a aplicar severos 60 mg/l! É importante 
registrar que o sulfato de alumínio baixa o pH da água, que na chegada 
gira em torno dos 6.9 ~ 7.0, caindo para 6.3 ou até mesmo 6.0, após a 
adição do clarificador, dependendo da concentração usada. 
 
Encontramos, nas lojas de aquários, produtos derivados do sulfato de 
alumínio, vendidos como "clarificadores" ou "cristalizadores", em 
concentrações mais baixas que as usadas nas estações de tratamento, 
para eliminar o excesso de sujeira em suspensão na água do aquário. 
Depois de misturada à água, a solução de sulfato de alumínio provoca a 
formação de pequenos flocos gelatinosos de alguns milímetros, que são 
responsáveis pela retenção dos sólidos em suspensão. É o processo 
conhecido como floculação. A mistura percorre, então, alguns metros 
até chegar aos chamados tanques de decantação, enormes piscinas ao 
ar livre, com algumas dezenas de metros de comprimento, onde a água 
atravessa de uma ponta à outra em movimento suave, sem turbulência, 
bem lentamente para que os flocos, mais pesados, desçam até o fundo. 
Após a decantação, a água entra no processo final de clarificação: a 
filtração, livrando-se de possíveis flocos que teriam escapado à 
decantação, ou mesmo alguma sujeira não colhida na floculação. O 
processo utilizado é o de se fazer passar a água através de seixos e de 
uma camada de areia, que tem de 57cm a 60 cm de espessura, no 
chamado filtro "convencional" por gravidade, ou seja, de cima para baixo, 
ou ainda, através de uma camada que, só de areia, tem 2 metros, no 
"clarificador de pressão", de baixo para cima. Durante a filtração, a água 
já fica em local coberto, livre do vento, poeira, insetos ou quaisquer 
outras formas de contaminação. 
Depois disso, a água entra, então na última fase e, talvez, a mais 
importante e que requer maior precisão de todo o tratamento: o 
reservatório de contato, um tanque lacrado, sem comunicação com o 
ar atmosférico, acessível somente para manutenção, em que a água está 
em constante circulação, sendo submetida a testes de qualidade de hora 
em hora, e onde ela recebe os três aditivos básicos que influenciarão 
decisivamente na sua qualidade final: cloro, flúor e cal hidratada. 
O cloro é o primeiro dos três a ser adicionado. Ao contrário do que 
muitos imaginam, não é o mesmo produto usado nas piscinas, onde o 
"cloro" é, na verdade, uma mistura de dois sais em pó: hipoclorito de 
cálcio e de sódio. Apesar de terem a mesma finalidade - bactericida - o 
produto usado no tratamento da água potável é o gás cloro - Cl2 - que é 
acidificante, de cor amarela, de odor sufocante e que causa mal-estar em 
ambientes fechados, que é injetado e dissolvido na água tratada por um 
aparelho denominado clorador, o qual permite regular a dosagem do 
gás manualmente. Essa dosagem é calculada da seguinte forma: sendo 
um gás injetado num líquido sob pressão, o cloro tende a se perder no 
caminho até o consumidor final - residência, estabelecimento comercial, 
escola, etc. - sendo que a água deverá chegar até ele com uma 
concentração mínima, denominada "residual de cloro". Semanalmente, 
são feitos testes desses valores residuais naschamadas "pontas de 
rede", locais mais distantes abastecidos pela estação de tratamento, 
sendo possível assim controlar a dosagem com precisão razoável. O 
valor médio aplicado no tratamento, em condições ditas "normais", é de 
0.6 mg/l, sendo a variação indicada para água destinada ao consumo 
humano, de 0.5 mg/l até 0.9 mg/l. Vale registrar que o poder bactericida 
do cloro é ainda maior em meio ácido, onde se conclui que é dentro do 
reservatório de contato que sua eficácia como anti-séptico é mais notada. 
Ele atua, ainda, como oxidante de pequenas partículas que porventura 
escapem da filtragem. 
A seguir, é adicionado o flúor, na forma de solução de flúor-silicato de 
sódio - Na2SiF6 - tendo como função principal a de auxiliar no combate à 
cárie dentária. É também de natureza ácida, sendo que sua dosagem 
varia conforme a temperatura da água: quanto mais quente, menor a 
concentração. Em águas na faixa situada entre 26.4 ºC a 32.5 ºC - a 
grande maioria das cidades brasileiras - são aplicados 0.7 mg/l. 
E por fim, a água agora considerada tecnicamente limpa e asséptica, 
porém, extremamente ácida pela adição dos produtos anteriormente 
descritos, recebe o último aditivo, o "leite de cal" - uma solução de cal 
hidratada - que tem como principal função a de elevar o pH ao valor de 
8.3, que é chamado "pH de saturação" ou "pH final". Isto, porque a 
tubulação e as partes metálicas da rede de distribuição ficam protegidas 
da corrosão provocada pela água ácida e pelo efeito oxidante do cloro. 
Apesar de serem permitidos valores de pH final entre 6.5 e 9.5, é 
tecnicamente aconselhável o uso em torno dos 8.3, para se evitar 
depósitos de ferrugem e de outros óxidos prejudiciais à saúde nas caixas 
d'água residenciais. 
Pronta e acabada, a água é levada aos reservatórios de distribuição e 
encaminhada pela rede ao seu destino final, tornando-se, então a nossa 
velha conhecida "água de torneira". 
Observando-se atentamente o processo de tratamento, concluímos que: 
1 - Devemos conhecer com exatidão o valor do pH da água que 
recebemos em casa, antes de qualquer outra coisa: se estamos 
pretendendo, por exemplo, uma troca parcial em virtude de uma 
acidificação causada por "água velha", com água ácida na torneira, as 
coisas poderão ficar ainda piores. Fique atento! 
2 - Ao usar clarificador à base de sulfato de alumínio na água de seu 
aquário, tome cuidado com a queda repentina no pH: não exagere na 
dose; caso contrário, peixes mais sensíveis poderão "sucumbir"! 
3 - A quantidade de cloro na água do reservatório de sua residência é 
bem menor do que na da torneira direta da rede. Assim, é possível livrar 
do cloro a água de reposição do aquário sem o uso de aditivos químicos. 
Sendo a concentração residual medida na ponta da rede de distribuição 
e não na caixa d'água de sua casa ou no reservatório de seu 
condomínio, é possível que, após 24 ou 48 horas, a água (retirada do 
reservatório e não da torneira direta) armazenada em separado já não 
tenha (ou tenha pouquíssimo) cloro em sua composição. É possível, 
ainda, dar uma "mãozinha" à natureza, separando a água de reposição 
em um recipiente próprio e deixando-a por algum tempo (uma noite, por 
exemplo) sob a ação de uma pedra porosa ligada a um compressor. É 
mais saudável do que ficar abarrotando seu aquário de aditivos, como os 
anti-cloro, anti-"isto", anti-"aquilo", etc. 
4 - Sendo a cal, derivado do carbonato de cálcio, um produto 
alcalinizante e ao mesmo tempo "endurecedor" da água, convém, com 
um valor muito alto encontrado para o pH, fazer também um teste de 
dureza de carbonatos (veja a matéria "As Plantas Aquáticas e a 
Qualidade da Água", nesta edição), para ter certeza de que ela não vai 
causar danos ao equilíbrio biológico de nosso viveiro. 
5 - Em localidades onde a água de torneira chega ácida, devemos ter o 
cuidado com a presença em demasia do óxido de ferro resultante da 
corrosão da tubulação metálica que, apesar de não ser muitas vezes por 
nós percebida, faz mal à saúde de peixes mais sensíveis (e de algumas 
pessoas também!). 
Se você reside em cidade de interior, ou localidade de pequeno porte 
onde haja facilidade de visitar uma estação de tratamento, não perca 
esta oportunidade. Faça sua visita, procure conhecer em detalhes o 
método usado, e anote os valores, comparando-os com os apresentados 
nesta matéria. Ser curioso é demonstrar vontade de aprender, é ser 
inteligente! 
(Agradecemos a colaboração do engenheiro do SAAE de Colatina, 
Alessander Calazans Dal'Col, e a atenção do assistente técnico, Sr. 
Ulisses Machado, que gentilmente nos acompanhou na visita à estação 
de tratamento e nos forneceu os todos dados acima, sem o que a 
presente matéria teria sido inviável). 
 
 
Amônia , Nitritos e Nitratos 
 
Gostaria de conversar um pouco sobre um assunto que muitos donos de 
aquários já se perguntaram várias vezes: Amônia, Nitritos e Nitratos: 
como controlo? Devo me 
preocupar com isso ou não? 
A coisa é simples e não é tão 
complicado quanto parece: 
Todas as três substâncias 
fazem parte de um dos ciclos 
biogeoquímicos mais 
importantes da natureza: o cilco 
do nitrogênio A amônia é um 
gás incolor, de odor forte e que 
faz arder os olhos. É também 
mais leve que o ar. É uma 
combinação gasosa de nitrogênio e hidrogênio, cuja fórmula estrutural é 
NH3 (um átomo de nitrogênio e três hidrogênio), existente no estado livre 
ou dissolvida em água (a solução aquosa é também conhecida como 
amoníaco). A amônia, por ser uma substância tóxica, é eliminada pela 
maior parte dos seres vivos (uréia e ácido úrico) junto com outros 
compostos nitrogenados. Quando a amônia se encontra livre na 
natureza, bactérias (para as quais a amônia não é tóxica) a usam como 
fonte de energia. As bactérias conhecidas como *Nitrosomonas* e 
*Nitrosococos* "quebram" a molécula de amônia (oxidação), dessa 
quebra, energia é liberada e utilizada pela bactéria. Os restos desse 
processo, é liberado na forma de nitritos (NO2). 
Os nitritos, por sua vez, são reaproveitados pela*Nitrobacter*, que 
converte os nitritos em*Nitratos*, cuja fórmula é NO3. Os nitratos são 
absorvidos pelas plantas e algas, e serão usados na produção de 
proteínas Essa foi uma pequena explicação, bem simplificada, do ciclo 
do nitrogênio na natureza (o ciclo foi simplificado na explicação e falta 
uma parte). Este ciclo acontece em toda natureza, seja na água ou no 
solo. É lógico que no aquário também.No aquário, a amônia em excesso 
pode matar os peixes, uma vez que os peixes de água doce urinam 
muito mais que os peixes de água salgada. Podemos simplificar o ciclo 
para o aquário, desta forma: 
Como podemos ver, sem nos preocuparmos muito, a amônia é 
naturalmente eliminada,e é transformada em uma substância que é 
aproveitada pelas algas e plantas, o nitrato. Felizmente, essas bactérias 
não custam nada e encontram-se livres e abundantes na natureza. Tudo 
que elas precisam é de um local para se fixarem e de oxigênio no 
aquário. Aí é que entra o filtro biológico. Com o filtro, providenciamos 
espaço para que essas bactérias se fixem internamente e façam o que 
sabem fazer de melhor. Em filtros do tipo "Whisper" ou "Millenium" (água 
entra por um tubo e sai por outro lado), fazemos passar por ele toda a 
água do aquário, que é filtrada pelas bactérias. Agora, nem tudo é 
perfeito. Pelo ciclo, o excesso de amônia acaba levando ao excesso de 
nitratos. Como o nitrato é utilizado pelas plantas e algas, com excesso de 
matéria prima para estas, pode acabar havendo uma reprodução rápida 
e desenfreada, que culmina com excesso de algas e a água fica 
esverdeada (e os vidros também). por isso, deve-se evitar a super-
população de peixes. Como no aquário não há renovação de água como 
nos rios, e os excrementos vão se acumulando no fundo, é necessário 
"complementar" o ciclo natural, trocando a água do aquário

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