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Introdução ao direito I

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Introdução ao direito I 
O conceito de Direito de Gustav Radbruch 
Tradução da frase: Quem tem medo da idéia nem sequer durar 
o mandato. 
 
O autor apresente o conceito de Direito de forma cultural, com valores jurídicos, um direito 
igual, a serviço da justiça, onde esta, por sua vez, tem como objetivo ser justa e verdadeira, 
nos fornecendo uma justiça objetiva, que refere-se ás relações humanas, uma absoluta, que 
abrange os valores absolutos e outra relativa com critérios de decisão. 
É fato de que por indução podemos colher o conceito de direito, mas não podemos 
fundamentá-lo. Recorrer as conseqüências antes dos princípios, poderemos estar trabalhando 
apenas com casualidades. Quando falamos de absoluto surge como princípio ainda anterior a 
definição de direito, a conceituação de justo. Justiça, é o termo essencial, ela pode ser 
absoluta, como por exemplo salário igual a trabalho, pode ser relativa numa condenação de 
criminosos de acordo com a participação de cada um. Temos ainda dois outros sentidos reais 
de justiça: a comutativa e a distributiva. A primeira é aquela que se situa no direito privado, que 
pressupõe pelo menos duas pessoas, em equivalência de direitos e obrigações; a segunda se 
situa no direito público, pressupõe pelo menos três pessoas, as duas primeiras pessoas 
equiparam-se uma à outra, a terceira é superior, ou seja, subordina as duas primeiras, está no 
plano vertical. A justiça distributiva representa a forma primitiva de justiça, e nela que vamos 
encontrar a ideia de justiça, para a orientação quanto ao conceito de direito. O princípio de 
justiça distributiva não nos diz que “pessoas devemos tratar como iguais ou como desiguais”; A 
igualdade não é um fato que nos seja dado. Nem os homens nem as coisas são iguais entre si. 
Pelo contrário, são sempre desiguais. A igualdade é sempre uma abstração sobre certo ponto 
de vista. Só as desigualdades nos são dadas. Por outro lado, da idéia de justiça distributiva só 
podemos extrair a noção de uma relação entre pessoas, não a noção de como de como as 
devemos tratar. 
Ao lado da justiça encontramos a equidade, que não são valores diferentes segundo 
Aristóteles, mas caminhos diferentes para chegar ao mesmo único valor jurídico. A equidade é 
a justiça de cada caso particular. O preceito jurídico tem uma natureza positiva e normativa, 
social e geral ao mesmo tempo, e assim definir neste sentido o direito como um complexo de 
normas gerais, visando à vida de relação que é a vida dos homens em comum. Não é 
indutivamente que obteremos a determinação deste conceito, extraindo-a da observação do 
diferentes fenômenos jurídicos. Obtê-la-emos dedutivamente, extraindo da própria idéia de 
direito. E assim este conceito não terá, portanto, uma natureza jurídica, mas pré-jurídica, um 
conceito a priori. Os fenômenos chamados jurídicos serão realmente jurídicos, porque o 
conceito a priori de direito os abrange a eles. 
Ao nosso entender, a obra de Gustav Radbruch, possui uma linguagem bastante complexa, 
pois utiliza termos em outros idiomas em um tanto quanto cientifico. A obra é uma grande fonte 
de conhecimentos pois divide o direito em várias áreas, tendo como base as relações 
humanas, os fatos e os conceitos sempre com justiça.

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