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Desenvolvimento e
 Sustentabilidade Ambiental
Ana Neri da Paz Justino
Ana Neri da Paz Justino
Desenvolvimento e 
Sustentabilidade Ambiental
Livro-texto EaD
Natal/RN
2010
J96d Justino, Ana Neri da Paz.
 Desenvolvimento e sustentabilidade ambiental / Ana 
 Neri da Paz Justino. – Natal: EdUnP, 2010.
 188p. : il. ; 20 X 28 cm
 Ebook – Livro eletrônico disponível on-line.
 ISBN 978-85-61140-06-9
 1. Sustentabilidade ambiental. I. Título.
RN/UnP/BCSF CDU 504.064.2
DIRIGENTES DA UNIVERSIDADE POTIGUAR
Chancelaria
Prof. Paulo Vasconcelos de Paula
Reitoria
Prof.ª Sâmela Soraya Gomes de Oliveira
Pró-Reitoria de Graduação
Prof.ª Sandra Amaral de Araújo
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Prof. Aarão Lyra
Pró-Reitoria de Extensão e Ação Comunitária
Prof.ª Jurema Márcia Dantas da Silva
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
DA UNIVERSIDADE POTIGUAR - UnP
Coordenação Geral 
Prof. Barney Silveira Arruda
Prof.ª Luciana Lopes Xavier
Coordenação Acadêmica
Prof.ª Flávia Helena Miranda de Araújo Freire
Coordenação Pedagógica
Prof.ª Edilene Cândido da Silva
Coordenação de Produção 
de Recursos Didáticos
Prof.ª Michelle Cristine Mazzetto Betti
Revisão de Estrutura e Linguagem EaD
Prof.ª Priscilla Carla Silveira Menezes
Prof.ª Úrsula Andréa de Araújo Silva
Prof.ª Thalyta Mabel Nobre Barbosa
Coordenação de Produção de Vídeos
Prof.ª Bruna Werner Gabriel
Coordenação de Logística 
Helionara Lucena Nunes
Assistente Administrativo
Gabriella Souza de Azevedo 
Gibson Marcelo Galvão de Sousa 
Giselly Jordan Virginia Portella
Ana Neri da Paz Justino
Desenvolvimento e 
Sustentabilidade Ambiental
Livro-texto EaD
Natal/RN
2010
EQUIPE DE PRODUÇÃO DE RECURSOS DIDÁTICOS
Organização
Profª. Michelle Cristine Mazzetto Betti
Prof.ª Luciana Lopes Xavier
Coordenação de Produção de Recursos Didáticos
Prof.ª Michelle Cristine Mazzetto Betti
Revisão de Estrutura e Linguagem em EaD
Prof.ª Priscilla Carla Silveira Menezes
Prof.ª Thalyta Mabel Nobre Barbosa
Prof.ª Úrsula Andréa de Araújo Silva
Ilustração do Mascote
Lucio Masaaki Matsuno
EQUIPE DE EDITORAÇÃO GRÁFICA
Delinea - Tecnologia Educacional
Coordenação de Editoração
Charlie Anderson Olsen
Larissa Kleis Pereira
Coordenação Pedagógica
Profª. Margarete Lazzaris Kleis
Ilustrações
Alexandre Beck
Revisão Gramatical e Normativa
Morgana do Carmo Andrade Barbieri
Diagramação
Regina Cortellini
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RPROF.ª ANA NERI DA PAZ JUSTINO
Olá, como vai? No período dessa disciplina, estaremos muito 
“próximos” e, por isso, gostaria de me apresentar. Eu sou gradua-
da em Turismo e Especialista em Educação Ambiental, ambas pela 
Universidade Potiguar-UnP.
Atualmente sou professora DNS II desta instituição, onde le-
ciono disciplinas ligadas às Escolas de Comunicação e Artes, Gestão 
e Negócios e Hospitalidade e Gastronomia, bem como da Pós-gra-
duação. Também nessa instituição, sou coordenadora do Labora-
tório de Lazer do Curso de Turismo (Projeto Sabor de Brincar: Brin-
quedoteca Cultural) e do curso de Pós-Graduação Lato Sensu em 
Gestão e Organização de Eventos.
Ainda exerço a função de Professora Bolsista no Projeto Bar-
co-Escola Chama-Maré, uma proposta de educação ambiental e 
patrimonial do IDEMA, executado pela FUNDEP, que é a fundação 
para a pesquisa da Universidade Potiguar.
Como experiência profissional na área de Desenvolvimento e 
Sustentabilidade, posso elencar as atividades a seguir:
 � Ministrei vários blocos curriculares em diversos cursos profis-
sionalizantes no Centro Educacional Dom Bosco (Consórcio 
Social da Juventude de Natal e Região Metropolitana), Insti-
tuto Potiguar de Juventude e Cidadania, Ministério do Turis-
mo e SENAC/RN;
 � Fui responsável pelo Bloco do Conhecimento Educação Am-
biental, oferecido pela Pós-Graduação Lato Sensu em Ensino 
Fundamental em Parnamirim-RN, oferecida pela UnP, além da 
orientação de vários trabalhos de conclusão de curso da gra-
duação e pós-graduação com esta mesma temática;
 � Proferi várias palestras em instituições de ensino médio sobre 
a questão ambiental e suas implicações por ocasião da reali-
zação de Semanas de Meio Ambiente;
 � Sou Gestora Ambiental do Programa Nacional de Gestores Ambientais; vin-
culado ao Ministério do Meio Ambiente;
 � Faço parte do quadro de consultores Start Pesquisa e Consultoria Técnica 
Ltda.;
 � Atuei por oito anos à frente da Coordenadoria de Turismo da Secretaria de 
Infraestrutura, Meio Ambiente e Turismo do Município de Ceará-Mirim/RN.
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DESENVOLVIMENTO E 
SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
Olá! Você está iniciando o estudo da disciplina Desenvolvi-
mento e Sustentabilidade Ambiental. Ao final da mesma, você de-
verá ter apreendido os seguintes conteúdos curriculares: Cidadania 
Planetária e Desenvolvimento Sustentável, Ecologia Humana e Eco-
nomia Solidária.
No decorrer dos nossos estudos, você perceberá o quanto as 
questões que cercam essa temática estão diretamente ligadas à 
cultura de cada povo, bem como que, para o alcance do desenvol-
vimento sustentável, surge a necessidade de mudança de postura, 
especialmente no que diz respeito ao consumo.
Assim serão tratados temas envolvendo a questão de ética, 
o desenvolvimento sustentável e as novas possibilidades de apro-
priação da natureza. Além desses, também trataremos de questões 
relacionadas à participação da sociedade por meio do movimento 
ambientalista, juntamente com as novas formas de produção atrela-
das à cooperação e à autogestão, a exemplo da economia solidária.
A escolha dos conteúdos componentes dessa disciplina se deve 
ao fato de que a cada dia precisamos pautar nossa atuação profis-
sional em princípios que levem ao consumo racional dos recursos, 
de modo a garantir a qualidade ambiental para todos os seres vivos. 
É evidente que você, como aluno da UnP, não poderia ficar de 
fora dessas discussões, tendo em vista que nosso interesse é formar 
profissionais polivalentes e capazes de se adaptar às novas situa-
ções, e a problemática ambiental é uma delas.
Espero que este seja o início de uma caminhada exitosa rumo 
ao Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental!
Desejo a você bons estudos!
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CURSO: NEaD - DISCIPLINAS DE GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA: DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE 
AMBIENTAL
PROFESSORA AUTORA: ANA NERI DA PAZ JUSTINO
MODALIDADE: A DISTÂNCIA
1 IDENTIFICAÇÃO
Cidadania Planetária e Desenvolvimento Sustentável, Ecologia 
Humana, Economia Solidária.
2 EMENTA
Estimular nos discentes a adoção de posturas éticas, socialmente 
justas, ecologicamente corretas e economicamente viáveis, de 
modo que os mesmos apresentem formas de utilização do meio 
ambiente que possibilitem o tempo necessário para recomposição 
dos ecossistemas, explicando como os movimentos sociais são um 
ingrediente fundamental para o estímulo do protagonismo dos 
indivíduos deixados à margem do sistema capitalista, bem como, 
para a validação da causa ambiental por meio da demonstração 
de possibilidades de adoção da economia solidária como sistema 
econômico alternativo ao capitalismo econômico.
3 OBJETIVO
 � Perceber como as questões ambientais estão relacionadas 
com posturas adotadas na utilização dos recursos naturais;
 � Compreender a abrangência do tema sustentabilidade ambiental;
 � Caracterizar a gestão responsável como um caminho para o 
desenvolvimento socialmente justo, ambientalmente sustentável 
e economicamente viável;
 � Identificar as estratégias e os desafios para a promoção da par-
ticipação da sociedade como um todo
no movimento ambien-
talista;
4 HABILIDADES E COMPETÊNCIAS
Formação de profissionais comprometidos com o bem-estar da coletividade e do 
meio ambiente, não permitindo que os interesses econômicos se sobreponham 
aos demais, de modo que sua atuação profissional leve em conta os princípios 
e as dimensões da sustentabilidade ambiental, mesmo que para isso os projetos 
por eles desenvolvidos gerem menor lucratividade.
5 VALORES E ATITUDES
UNIDADE I
 � A questão ambiental, a educação e suas implicações: a ética, a moral e a 
justiça ecológica;
 � Princípios e dimensões da sustentabilidade: econômica, social, ecológica, 
cultural e espacial;
 � O desenvolvimento sustentável;
 � Ecologia humana - um novo olhar para o desenvolvimento.
UNIDADE II
 � O movimento ambientalista a partir da visão holística: homem x natureza;
 � Economia solidária: perspectivas de gestão com foco no futuro;
 � Políticas públicas para a economia solidária: estímulo à autogestão e ao 
cooperativismo;
 � Desenvolvimento comunitário x desenvolvimento estratégico.
6 CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
 � Perceber a economia solidária como ferramenta de alcance para o 
desenvolvimento sustentável a partir da cultura do desenvolvimento 
comunitário; 
 � Executar sua atividade profissional orientada pelos princípios da ética ambiental;
 � Pesquisar formas de uso sustentável dos recursos naturais, considerando a 
capacidade de regeneração dos ecossistemas;
 � Participar ativamente das decisões políticas de sua localidade;
 � Desenvolver estratégias de promoção ao desenvolvimento local.
 � Pontualidade e assiduidade na entrega das atividades (propostas no 
material didático impresso (livro-texto) e/ou no Ambiente Virtual de 
Aprendizagem) solicitadas pelo Tutor;
 � Realização das avaliações presenciais obrigatórias nos encontros presenciais 
obrigatórios.
8 ATIVIDADES DISCENTES
A avaliação ocorrerá em todos os momentos do processo ensino-aprendizagem, 
considerando:
 � Leitura do material didático impresso (livro-texto);
 � Interação com tutor por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem (UnP 
Virtual);
 � Realização de atividades propostas no material didático impresso (livro-
texto) e/ou no Ambiente Virtual de Aprendizagem; 
 � Aprofundamento nos temas por pesquisas extras ao material didático 
impresso (livro-texto).
9 PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO
 � Utilização de material didático impresso (livro-texto);
 � Interação pelo Ambiente Virtual de Aprendizagem (UnP Virtual);
 � Utilização de material complementar (sugestão de filmes, livros, sites, 
músicas, ou outro meio que mais se adéque à realidade do aluno).
7 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
BOFF, Leonardo. Saber Cuidar: ética do humano - compaixão da Terra. 7ª ed. 
Petrópolis: Vozes, 2001.
SANTOS, Milton. O Espaço do Cidadão. 7ª ed. São Paulo: EDUSP, 2007.
12.2 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
12.3 BIBLIOGRAFIA INTERNET
GADOTTI, Moacir. Economia solidária como práxis pedagógica. São Paulo: 
Instituto Paulo Freire, 2009.
NASCIMENTO, Elimar Pinheiro do & VIANNA, João Nildo.(orgs). Dilemas e Desafios 
do Desenvolvimento Sustentável no Brasil. Rio de Janeiro: Garamond, 2007.
LEFF, Enrique. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, 
poder. 7ª. ed. Petrópolis: Vozes, 2009.
12.1 BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Disponível em: <http://www.mte.gov.br/ecosolidaria/pub_avaliacao_politicas_publicas.
pdf>. Acesso em: 05 nov. 2009.
Disponível em: <http://www.unitrabalho.org.br/noticias/artigos/pdf/economiasolidaria.
pdf>. Acesso em: 05 nov. 2009.
12 BIBLIOGRAFIA
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Capítulo 1 - A questão ambiental, a educação e suas implicações: 
a ética, a moral e a justiça ecológica .......................................................... 17
1.1 Contextualizando ........................................................................................................... 17
1.2 Conhecendo a teoria ..................................................................................................... 18
 1.2.1 A questão ambiental na atualidade .............................................................. 18
 O começo de tudo: o crescimento pautado no consumismo ...........................................18
 1.2.2 A sustentabilidade das ações antrópicas .................................................... 21
 1.2.3 A educação como ferramenta para o uso sustentado do planeta ..... 24
 1.2.4 A ética, a moral e a justiça ecológica como premissas
 para a mudança de postura ............................................................................. 28
 A ação baseada na ética e na moral ............................................................................................30
1.3 Aplicando a teoria na prática ..................................................................................... 32
1.4 Para saber mais ............................................................................................................... 35
1.5 Relembrando ................................................................................................................... 36
1.6 Testando os seus conhecimentos ............................................................................. 36
Onde encontrar ...................................................................................................................... 37
Capítulo 2 - Princípios e dimensões da sustentabilidade: 
econômica, social, ecológica, cultural e espacial ...................................... 39
2.1 Contextualizando ........................................................................................................... 39
2.2 Conhecendo a teoria ..................................................................................................... 40
 2.2.1 A sustentabilidade econômica ........................................................................ 40
 2.2.2 A sustentabilidade social .................................................................................. 44
 2.2.3 A sustentabilidade ecológica........................................................................... 46
 2.2.4 A sustentabilidade cultural ............................................................................... 49
 2.2.5 A sustentabilidade espacial .............................................................................. 51
2.3 Aplicando a teoria na prática ..................................................................................... 53
2.4 Para saber mais ............................................................................................................... 56
2.5 Relembrando .................................................................................................................. 57
2.6 Testando os seus conhecimentos ............................................................................. 57
Onde encontrar ...................................................................................................................... 58
Capítulo 3 - O desenvolvimento sustentável............................................. 59
3.1 Contextualizando ........................................................................................................... 59
3.2 Conhecendo a teoria ..................................................................................................... 60
 3.2.1 Entendendo o desenvolvimento .................................................................... 60
 3.2.2 Prevenção como condição para o desenvolvimento sustentável ...... 63
 3.2.3 O papel das políticas públicas para garantir o desenvolvimento 
sustentável ............................................................................................................. 65
 3.2.4 Gestão sob a ótica ambiental: um caminho para a harmonia ............. 68
 A matriz energética ..........................................................................................................................69
O uso e ocupação do solo ...............................................................................................................71
 A geopolítica como diretriz de caminhos .................................................................................72
 A educação como um mecanismo de revolução ...................................................................73
3.3 Aplicando a teoria na prática ..................................................................................... 75
3.4 Para saber mais ............................................................................................................... 77
3.5 Relembrando .................................................................................................................. 78
3.6 Testando os seus conhecimentos ............................................................................. 78
Onde encontrar ...................................................................................................................... 79
Capítulo 4 - Ecologia humana - um novo olhar para o desenvolvimento ................... 81
4.1 Contextualizando .................................................................................................................................... 81
4.2 Conhecendo a teoria .............................................................................................................................. 82
 4.2.1 Comentando a ecologia humana ........................................................................................... 82
 4.2.2 Uma relação complexa: o homem e a natureza................................................................. 84
 O homem como centro da natureza ......................................................................................................................... 85
 O homem como parte da natureza ........................................................................................................................... 86
 4.2.3 O processo interativo homem x natureza ............................................................................ 88
 O equilíbrio proporcionado pelo saber ambiental .............................................................................................. 89
 As estratégias de manejo como garantia de sustentabilidade ....................................................................... 91
 As tecnologias limpas e o consumidor verde ........................................................................................................ 93
4.3 Aplicando a teoria na prática .............................................................................................................. 96
4.4 Para saber mais ........................................................................................................................................ 98
4.5 Relembrando ........................................................................................................................................... 99
4.6 Testando os seus conhecimentos ....................................................................................................100
Onde encontrar .............................................................................................................................................101
Capítulo 5 - O movimento ambientalista a partir da visão holísitca: 
homem x natureza .........................................................................................................103
5.1 Contextualizando ..................................................................................................................................103
5.2 Conhecendo a teoria ............................................................................................................................104
 5.2.1 O princípio de tudo: o homem se apropria da natureza ..............................................104
 5.2.2 O despertar da conscientização ............................................................................................106
 5.2.3 O significado do movimento ambientalista ......................................................................107
 5.2.4 A participação social para garantir o uso e manejo dos recursos
 de maneira Sustentável ............................................................................................................109
 5.2.5 Separando o joio do trigo ........................................................................................................111
 5.2.6 Desafios para a visão holística homem x natureza ........................................................113
 A democracia como meta do movimento ambientalista ...............................................................................114
 O impacto do discurso ambientalista ....................................................................................................................115
 Estimular estratégias para transformar a racionalidade econômica dominante ...................................115
 Um estado multiétnico como garantia de sustentabilidade ........................................................................116
 As disparidades dos interesses entre países desenvolvidos e em desenvolvimento ..........................117
5.3 Aplicando a teoria na prática ............................................................................................................118
5.4 Para saber mais ......................................................................................................................................120
5.5 Relembrando .........................................................................................................................................121
5.6 Testando os seus conhecimentos ...........................................................................................................121
Onde encontrar .............................................................................................................................................122
Capítulo 6 - Economia solidária: perspectivas de gestão 
com foco no futuro ........................................................................................................123
6.1 Contextualizando ..................................................................................................................................123
6.2 Conhecendo a teoria ............................................................................................................................124
 6.2.1 Economia solidária: muito prazer! ........................................................................................124
 6.2.2 A educação transformadora como caminho para a economia solidária ................126
 A renovação do sistema educacional para o alcance do aprendizado solidário ...................................128
 A organização do saber para o alcance do trabalho decente .......................................................................130
 Educação cooperativa como princípio para a autogestão ............................................................................131
 6.2.3 A economia solidária como alternativa de desenvolvimento sustentável ............133
6.3 Aplicando a teoria na prática ............................................................................................................138
6.4 Para saber mais ......................................................................................................................................139
6.5 Relembrando .........................................................................................................................................141
6.6 Testando os seus conhecimentos ....................................................................................................141
Onde encontrar .............................................................................................................................................142
Capítulo 7 - Políticas públicas para a economia solidária: estímulo 
à autogestão e cooperativismo ....................................................................................143
7.1 Contextualizando ..................................................................................................................................143
7.2 Conhecendo a teoria ............................................................................................................................144
 7.2.1 Um pouco de política pública ................................................................................................144
 7.2.2 Política pública e economia solidária ..................................................................................146
 7.2.3 As parcerias entre o poder público e os movimentos sociais para 
autogestão e a economia solidária .......................................................................................150
 7.2.4 A comunicação como ferramenta para a economia solidária ....................................152
 7.2.5 As redes de cooperação para a economia solidária .......................................................154
7.3 Aplicando a teoria na prática ............................................................................................................157
7.4 Para saber mais ......................................................................................................................................158
7.5 Relembrando ..................................................................................................................................................160
7.6 Testando os seus conhecimentos ....................................................................................................160
Onde encontrar .............................................................................................................................................161
Capítulo 8 - Desenvolvimento comunitário x desenvolvimento estratégico ...........163
8.1 Contextualizando ..................................................................................................................................163
8.2 Conhecendo a teoria ............................................................................................................................164
 8.2.1 Entendendo a cultura do desenvolvimento comunitário ............................................164
 8.2.2 Algumas iniciativas de estímulo ao desenvolvimento
 comunitário estratégico ...........................................................................................................167
 8.2.3 O desenvolvimento comunitário na prática .....................................................................173
 8.2.4 A sustentabilidade alicerçada no desenvolvimento comunitário .............................176
8.3 Aplicando a teoria na prática ............................................................................................................178
8.4 Para saber mais ......................................................................................................................................180
8.5 Relembrando ..........................................................................................................................................181
8.6 Testando seus conhecimentos .........................................................................................................182
Onde encontrar .............................................................................................................................................182
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental 17
1.1 Contextualizando
Três temáticas fundamentam a questão ambiental e a educação: a ética, 
a moral e a justiça ecológica. Neste sentido, a necessidade da abordagem de 
tais conteúdos se faz eminente para que você compreenda os alicerces em que 
está fundamentada a problemática ambiental, constituindo-se assim na base 
para todo percurso deste livro texto.
Chamar sua atenção para esse fato é pertinente nesse momento, 
pois, à medida que compreendemos o contexto dos problemas ambientais 
planetários, ficamos sensíveis para assumirmos uma postura que contemple 
a busca para a resolução dos mesmos.
Neste sentido, perceber a importância do conteúdo proposto para 
este capítulo é ferramenta indispensável para um entendimento coerente 
a respeito da disciplina Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental.
Assim, esperamos que, ao final deste capítulo, você esteja apto a:
 � Descrever as questões ambientais atuais;
 � Identificar como a ética, a moral e a justiça estão ligadas às questões 
ambientais;
 � Despertar sua responsabilidade individual para a manutenção da quali-
dade ambiental;
 � Optar por ações de promoção a justiça ecológica.
A QUESTÃO AMBIENTAL, 
A EDUCAÇÃO E SUAS IMPLICAÇÕES: 
A ÉTICA, A MORAL E A JUSTIÇA ECOLÓGICA
CAPÍTULO 1
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental
Capítulo 1
18
Vale salientar que muitas das questões a serem analisadas constituem 
o nosso dia a dia e cada um de nós tem a responsabilidade para contribuir 
na formação de uma sociedade com cidadania planetária, capaz de cooperar 
para a inclusão do tema sustentabilidade no seu cotidiano.
Esperamos que esta seja mais uma experiência produtiva e enriquecedora 
para você.
1.2 Conhecendo a teoria
1.2.1 A questão ambiental na atualidade
Iniciaremos nossa discussão com algumas perguntas:
Como você visualiza a problemática ambiental 
atual?
Você acha que estamos vivendo uma crise de 
várias ordens (clima, valores, atitudes, etc.)?
Em caso afirmativo, como você se vê diante de 
tudo isso?
REFLEXÃO
Ficou inquietado com os questionamentos apresentados na reflexão? 
Eles são o ponto de partida da nossa conversa. Para que você compreenda 
melhor a questão ambiental, é preciso fazer uma retrospectiva dos fatos 
que a cercam, bem como suas consequências para o mundo. Para facilitar 
seu entendimento, vamos fazer uma retrospectiva de fatos que marcaram a 
apropriação ambiental a partir da Revolução Industrial.
O começo de tudo: o crescimento pautado no consumismo
Com o advento da Revolução Industrial surge um modelo de crescimento 
econômico pautado no consumismo imediatista. Esse consumo vem acarretar 
um colapso nas reservas do planeta, pois, à medida que se retira do ambiente 
mais do que o necessário para a sobrevivência humana, não se dá o devido 
tempo para sua renovação. Infelizmente, o despertar para essa realidade 
ainda é muito recente a partir da década de 1960.
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental 
Capítulo 1
19
Nesse contexto, cabe elencar fatos condicionantes para essa postura 
reflexiva, responsável por uma nova visão do ambiente. Pode-se considerar 
um marco nesse processo o ano de 1962, quando a jornalista Rachel Carson 
publica o livro Primavera Silenciosa. Daquele momento em diante ocorrem 
inúmeros encontros com a intenção de discutir a crise ambiental, bem como 
medidas mitigadoras, ou seja, que minimizem os impactos das intervenções 
humanas na natureza. Observe o quadro 1 e verifique os eventos ocorridos 
desde a década de 1960:
ANO EVENTOS
1968 Clube de Roma - Publicação do estudo Limites do crescimento (culpava 
o crescimento populacional dos países pobres e não os padrões de 
consumo). Este momento foi um marco para a problemática ambiental 
em nível planetário
1972 Estocolmo (Suécia) - 1ª Conferência Mundial de Meio Ambiente 
Humano, cujo tema foi a poluição industrial. Nessa conferência, o 
Brasil adota a seguinte postura “a poluição é o preço que se paga pelo 
progresso”, ainda sobre Estocolmo: educar o cidadão para a resolução 
de problemas ambientais, ou seja, Educação Ambiental (EA). Nesse 
período, surge o conceito de ecodesenvolvimento,
formulado pelo 
economista polonês Ignacy Sachs que, anos depois, daria origem à 
expressão desenvolvimento sustentável (BUARQUE, 2007).
1975 Belgrado (Iugoslávia) - Carta de Belgrado (objetivos da EA).
1977 Conferência intergovernamental sobre educação ambiental em Tibílissi 
(Geórgia, ex URSS) – Tradado sobre EA.
1987 Gro-Brundtland (Ministra da Noruega) – reuniões em várias cidades 
do mundo resultando no livro Nosso Futuro Comum ou Relatório de 
Brundtland (conceito de desenvolvimento sustentável mais conhecido).
1992 Rio 92 - AGENDA 21, mudanças climáticas, biodiversidade.
2002 Rio+10 (Johannesburg – África do Sul): poucos avanços, pois os governos 
dos países em desenvolvimento ficaram mais preocupados em aplicar o 
Consenso de Washington e os programas de ajuste estrutural do FMI do 
que em implementar as recomendações da Agenda 21. 
2009 Cerca de 180 países se reuniram em Copenhague (Dinamarca) em 
dezembro para tentar estabelecer um acordo que substituísse o 
Protocolo de Kyoto, o principal instrumento da Organização das 
Nações Unidas (ONU) contra a mudança climática, que expira em 2012. 
Os resultados do evento foram inexpressivos.
Quadro 1: Eventos para discutir os efeitos do crescimento pautado no consumismo
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental
Capítulo 1
20
Diante desses aspectos, temas como: mudanças climáticas, aquecimento 
global, escassez de recursos naturais, crise energética, desertificação, reciclagem, 
entre outros relacionados ao fim, ou a modificação de determinados ciclos 
da natureza permeiam as discussões nos variados níveis sociais, tendo em 
vista que todos (sem exceção) já começam a sentir os efeitos da degradação 
ambiental vigente.
Tratar dos temas apresentados no parágrafo anterior é destacar o 
quanto as ações humanas têm impactado o ambiente, causando malefícios 
a todos. Acreditamos, ainda, que tenhamos verificado como tais impactos 
são provenientes da nossa cultura voltada para o consumo exacerbado, com 
destaque especial para o povo do Ocidente, a partir de uma visão egocêntrica 
de mundo visando a atender apenas aos interesses econômicos.
Conforme demonstrado, esse modelo de desenvolvimento, pautado no 
consumismo, não atende mais a oferta de recursos do planeta. Tal fato torna 
emergente uma mudança de postura, ou seja, o chamado ecodesenvolvimento, 
que tem como premissa usufruir os recursos sem comprometer sua utilização 
futura.
Agora, retomamos as perguntas iniciais da nossa conversa, acrescentando 
mais uma: com essa leitura, você é capaz de se sentir responsável pela 
problemática ambiental da atualidade?
EXPLORANDOEXPLORANDO
Caso sua resposta seja afirmativa, é hora de optar 
por novas atitudes de consumo dos recursos do 
planeta. Em caso negativo, sugerimos o acesso ao 
endereço eletrônico http://planetasustentavel.
abril.com.br/download/stand2-painel5-agua-
por-pessoa2.pdf para verificar o consumo de 
água em várias partes do mundo. 
E aí, conseguiu perceber o quanto são emergentes ações que minimizem 
os impactos ambientais? Neste caso, muito do que precisa ser feito faz parte 
das decisões tomadas por cada indivíduo na hora do consumo.
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental 
Capítulo 1
21
1.2.2 A sustentabilidade das ações antrópicas
No item anterior, tivemos um panorama da atual situação da problemática 
ambiental, trazendo os principais apontamentos que permeiam o tema. Ficou 
perceptível que a ação antrópica (ação do homem) tem grande influência nos 
números da devastação e que a preocupação com estas questões são oriundas 
da segunda metade do século XX. Com elas, surge o desafio para a conquista 
do desenvolvimento voltado para a sustentabilidade.
Assim, iniciam-se as discussões na comunidade internacional para a 
divisão dos custos desse processo, que prevê nada menos que a revisão do 
modelo econômico vigente alicerçado no consumismo.
Por isso, tantos encontros, seminários, congressos e acordos, conforme 
elencados no item anterior, ocorreram e continuam ocorrendo visando à 
solução da crise ambiental mundial. Assim, há uma difusão do discurso da 
sustentabilidade, entretanto, a prática para alcançar tal premissa anda a 
passos lentos, pois muito se fala e pouco se faz para alcançá-la.
A incidência dessa situação se dá em função de fatores como as 
disparidades entre os países ricos e pobres e suas formas de crescimento, 
bem como seus interesses individuais. “Esses interesses se manifestaram nas 
dificuldades para conseguir acordos internacionais sobre os instrumentos 
jurídicos para orientar a passagem para a sustentabilidade” (LEFF, 2008, p. 21). 
Para que você compreenda o significado de sustentabilidade, é importante 
conhecer o conceito de desenvolvimento sustentável.
CONCEITOCONCEITO
Desenvolvimento sustentável é um processo 
que permite satisfazer as necessidades da 
população atual sem comprometer a capacidade 
de atender as gerações futuras (ONU,1987).
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental
Capítulo 1
22
Percebe-se aí não somente uma crise ambiental, mas, sim, uma crise 
de valores, na qual ninguém quer perder sua fatia de um bolo que já está 
passando do ponto e que, se não tivermos o cuidado adequado, trará efeitos 
irreversíveis. Diante disso, é visível como a ação do homem tem relevância no 
enfrentamento dessa questão, ou seja, a minimização da citada crise perpassa 
por discussões de ordem econômica, social, ecológica, cultural e espacial.
Alex Rio Brazil
Figura 1 - Homem se apropriando dos recursos do planeta Terra.
Esse impasse pode ser entendido por duas ordens de posicionamento: um 
macro, que depende das articulações internacionais provenientes dos acordos 
gerados nas intensas rodadas de negociações dos grandes encontros; e outro 
micro, que dependente das nossas ações individuais e cotidianas. Para ilustrar 
essa afirmativa, utilizamos o jargão bastante difundido: agir local, pensar global.
Você deve estar percebendo o quanto nossa conversa gira em torno de 
uma temática, a ação antrópica como divisor de águas para a minimização 
dos impactos ao meio ambiente. E que homem é esse? É o Presidente da 
República, é o grande industrial, o presidente de uma transnacional, é o 
proprietário de uma madeireira e é você. Ficou surpreso com a sua inclusão 
no rol dos responsáveis?
Em caso afirmativo, não fique, pois é você quem elege o presidente da 
república e todos os outros cargos eletivos existentes, cuja responsabilidade 
é defender nossos interesses. Além disso, você consome os bens e serviços 
produzidos e comercializados pelas indústrias e corporações transnacionais 
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental 
Capítulo 1
23
sem nem perguntar a procedência dos insumos (matéria-prima, energia) tão 
pouco as condições de trabalho daqueles que os produziram.
Continua achando que não tem nada a ver com isso? Então, responda 
essa pergunta: você sabe a origem da madeira queimada para fabricar o pão 
que vai para sua mesa todos os dias, ou, se os grãos constantes na sua pirâmide 
alimentar, bem como a madeira dos móveis da sua casa são fruto de uma área 
desmatada de forma ilegal ou subtraída de uma população tradicional?
EXPLORANDOEXPLORANDO
Acesse os artigos a seguir e reflita como a falta 
de conhecimento da origem dos produtos 
que consumimos pode contribuir para o caos 
ambiental instalado no planeta.
Desmatamento, perda de biodiversidade e pobreza.
http://www.eco21.com.br (artigo publicado na edição 80 da revista)
2030: o ano final do Cerrado (Estudos da ONG ambientalista 
Conservação Internacional Brasil indicam que o Cerrado 
deverá desaparecer até 2030). 
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/florestal/artigos.html
Parece que, individualmente,
não estamos isentos da responsabilidade 
com o quadro crítico em que o planeta se encontra, pois o consumismo 
desenfreado, ou seja, insustentável, é o grande responsável pelo mesmo. Isso 
significa dizer que o modelo econômico vigente não tem permitido às reservas 
naturais o tempo necessário para sua recomposição.
LEMBRETELEMBRETE
Lembre-se que o conceito de desenvolvimento 
sustentável apresentado no Relatório de 
Bruntland é bem claro, quando diz que é preciso 
consumir somente o necessário para a nossa 
sobrevivência, levando em considerações as 
necessidades das gerações futuras.
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental
Capítulo 1
24
Os condicionantes apresentados até o momento demonstram a 
necessidade de um caminho em direção a mudança. Nele, verifica-se a educação 
como um fator crucial na tentativa da sensibilização dos indivíduos para a 
mudança de postura, de modo que cada um se sinta responsável e mobilize 
esforços para a realização de um trabalho lento e gradual de transformação, 
semelhante ao das formiguinhas.
A esse respeito, Boff (2004, p.27) destaca que
Importa construir um novo ethos que permita uma nova 
convivência entre os humanos com os demais seres da 
comunidade biótica, planetária e cósmica; que propicie um novo 
encantamento face à majestade do universo e à complexidade 
das relações que sustentam todos e cada um dos seres. [...] A 
casa humana hoje não é mais o estado-nação, mas a Terra como 
pátria/mátria comum da humanidade.
Isso significa dizer que realmente são necessárias novas posturas de 
sobrevivência, implicando em atitudes de cuidado, tendo por princípio a 
atenção, o zelo e o desvelo (BOFF, 2004). Por se tratarem de posicionamentos 
individuais com reflexo no coletivo, é pertinente ressaltar que o compromisso 
gerado em Estocolmo em 1972 precisa ser reafirmado sempre, ou seja, a 
educação ambiental permanente (seja ela formal, informal ou não formal), 
pois é perceptível que, além dos interesses econômicos, estão também incluídas 
questões socioculturais no contexto ambiental.
1.2.3 A educação como ferramenta para o uso sustentado do 
planeta
Recapitulando nossa conversa inicial, lembra das quatro perguntas 
que lhe foram feitas? Acreditamos que os dados tratados nesse capítulo 
explicitam que você e eu somos tão responsáveis por cuidar do planeta 
quanto os representantes políticos de países como Estados Unidos e China, 
grande poluidores mundiais.
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental 
Capítulo 1
25
“Quando dizemos, por exemplo: “nós cuidamos de nossa casa” 
subentendemos múltiplos atos como: preocupamo-nos com as 
pessoas que nela habitam dando-lhes atenção, garantindo-lhes as 
provisões e interessando-nos com o seu bem-estar. Cuidamos da aura 
boa que deve inundar cada cômodo, o quarto, a sala e a cozinha. 
Zelamos pelas relações de amizade com os vizinhos e de calor com 
os hóspedes. Desvelamo-nos para que a casa seja um lugar de 
benquerença deixando saudades quando partimos e despertando 
alegria quando voltamos. Alimentamos uma atitude geral de 
diligência pelo estado físico da casa, pelo terreno e pelo jardim. 
Ocupamo-nos do gato e do cachorro, dos peixes e dos pássaros que 
povoam nossas árvores. Tudo isso pertence à atitude do cuidado 
material, pessoal, ecológico e espiritual da casa” (BOFF, 2004, p. 33). 
Isso significa lembrá-lo que o ser humano é um animal racional, portanto, 
desde o nascimento adquire conhecimento e discernimento do que é benéfico ou 
maléfico, seja usando o senso comum ou por meio do conhecimento científico. Fica 
evidente que a educação é um processo permanente, sendo importante reforçar 
a significância de sua contribuição para a utilização sustentável do planeta.
Visite o endereço eletrônico http://www.mma.
gov.br/ e procure no campo de pesquisa a 
publicação Aqui é onde eu moro, aqui nós 
vivemos: escritos para conhecer, pensar e 
praticar o Município Educador Sustentável, 
constantes na série desafios da educação 
ambiental. Leia o conteúdo do capítulo três (O 
meu e deles, o nosso e o de todos nós) e faça um 
resumo crítico do mesmo. 
DESAFIO
Para que a EA ocorra a contento, é importante sempre retomar seus 
objetivos e características estabelecidos na Conferência de Tbilisi (CEI, Geórgia) 
realizada de 14 a 26 de outubro de 1977. 
Assim, é interessante observar que, a partir de um processo onde 
apreendamos como funciona o ambiente, a forma como dependemos dele, 
como nossas atitudes, por mais simples que pareçam, são fornecedoras de 
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental
Capítulo 1
26
impactos, encontraremos mecanismos para a promoção da sustentabilidade. 
E é nessa premissa que consiste uma EA consciente, crítica e transformadora, 
capaz de fomentar atitudes revolucionárias para o enfrentamento da 
problemática vigente. Para reforçar seu entendimento, o esquema, a seguir, 
demonstra os caminhos para a EA transformadora.
CONHECIMENTO
COMPREENSÃO
HABILIDADES
MOTIVAÇÃO
SOLUÇÕES
SUSTENTÁVEIS
VALORES
MENTALIDADES
ATITUDES
QUESTÕES / PROBLEMAS
AMBIENTAIS
desenvolver
necessários para lidar com
e encontrar
para adquirir
FIGURA 2 - Esquema para EA crítica e transformadora (DIAS, 2004, p. 100) 
Diante do exposto, como fazer para conseguir o pressuposto da EA crítica 
e transformadora? Primeiro, é necessário um exercício individual. Responda às 
perguntas abaixo, com base no seu cotidiano:
 � Ao acordar, quais são as suas primeiras atitudes?
 � Quanto e como você utiliza seu tempo no banheiro?
 � Que tipos de alimentos são consumidos nas suas refeições?
 � Como se dá o uso de equipamentos elétricos em sua residência? Quais e 
quantos existem? Qual o consumo de energia por eles dispensado?
 � Quando você vai às compras, você atende às suas necessidades ou aos 
desejos impostos pela indústria cultural?
 � Em sua casa tem jardim? Em caso afirmativo, como ele é regado?
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental 
Capítulo 1
27
 � Como é feito o descarte dos resíduos gerados em sua residência? Existe 
algum tipo de separação? Qual?
 � Que tipo e com que combustível é movido o transporte por você utiliza-
do? No caso de veículo próprio, como ocorre a lavagem do mesmo e em 
que periodicidade?
 � Quantas peças existem em seu armário, incluindo roupas e calçados? 
Quais você utiliza?
 � Qual a origem da água e energia elétrica que chega a sua casa, junta-
mente com os móveis, equipamentos e utensílios?
 � Em seu trabalho, existem medidas para evitar o desperdício de água, 
energia e papel? Você as utiliza?
 � Como estas palavras REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR estão empregadas 
no seu cotidiano?
Então, suas respostas são satisfatórias? Viu como você é dependente dos 
recursos naturais? Não se assuste, pois, assim como seu cotidiano é impactante, 
também é o de muitos outros ao redor do planeta. O importante é que, a 
partir de agora, você é menos um sem conhecimento e com discernimento 
para realizar suas escolhas com mais cuidado e zelo com o meio ambiente. 
INTERAGINDOINTERAGINDO
 Entre em contato com seus colegas de turma por 
meio do ambiente virtual de aprendizagem e 
discuta com os mesmos os resultados encontrados 
no questionário acima, levantando medidas 
mitigadoras para os impactos por vocês gerados.
Toda essa discussão foi para reforçar seu entendimento de quão complexa 
é a questão ambiental, envolvendo também o enfoque econômico, social, 
cultural e social, necessitando reflexão individual e coletiva com a premissa de 
uma mudança de postura alinhada com a ética, a moral e a justiça ecológica.
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental
Capítulo 1
28
1.2.4 A ética, a moral e a justiça ecológica como premissas para a 
mudança de postura
A grande perversão do nosso tempo, muito além daquelas que são 
comumente apontadas como vícios, está no papel que o consumo 
veio representar na vida coletiva e na formação do caráter dos 
indivíduos. [...] A moda é um desses artifícios com o qual as coisas 
ficam as mesmas, embora apresentando uma transformação. A 
moda é a manivela do consumo, pela criação de novos objetos que 
se impõem ao indivíduo. (SANTOS, 2007, p. 47 e 49).
Acreditamos que o discurso da citação anterior ilustra bem o caminho 
que pretendemos percorrer ao apresentar a ética, a moral e a justiça ecológica 
como premissas para a mudança de postura. Isto não significa dizer que, a 
partir de agora, você deva realizar uma mudança radical nos seus hábitos e 
posturas, entretanto, é imprescindível que ela ocorra de alguma forma.
Vivemos na sociedade do consumo, representada pelos shoppings centers, 
grandes redes de supermercados, de lojas de departamentos, de fast foods, 
entre tantos outros símbolos da vida moderna. Some-se a isso o fato de sermos 
obrigados a conviver com tais símbolos cotidianamente, especialmente por 
meio dos apelos criados pelos meios de comunicação de massa em campanhas 
publicitárias com tamanho requinte e qualidade, que nos seduzem ao ponto 
de cairmos na tentação do consumismo.
Diante disso, são criadas ou apropriadas pelo comércio inúmeras datas 
comemorativas para o aquecimento das vendas, dentre elas citamos: carnaval, 
páscoa, dias das mães, dos namorados, dos pais, das crianças e, é claro, o natal 
(principal fonte de lucro para o comércio).
Santos (2007) ainda reforça esse condicionante, afirmando que esta 
não é simplesmente uma sociedade do consumo e, sim, do consumo que gera 
desperdício. Lembra quando dissemos anteriormente que se retiram os recursos 
da natureza de forma tão veloz que não se permite à mesma o tempo hábil para 
a regeneração? Pois bem, um grande contribuinte para isso é o desperdício. 
Gostaríamos que você retomasse ao exercício cotidiano citado anteriormente e 
verificasse em que respostas o desperdício é perceptível em seu consumo diário.
Para entender melhor o pressuposto do parágrafo anterior, é interessante 
destacar que existe toda uma cadeia produtiva envolvida para isso, partindo 
dos insumos primários até a chegada ao consumidor final.
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental 
Capítulo 1
29
Acesse o endereço eletrônico:
http://www.akatu.org.br/consumo_consciente/
dicas/agua e leia a dica Use os dois lados de 
uma folha de papel. Feito isso, analise o grau de 
importância desse bem para a sua sobrevivência.
DESAFIO
É de extrema importância que você realize o desafio proposto, para uma 
melhor compreensão do que estamos tentando demonstrar ao enfatizar, em diversos 
momentos nesse texto, que estamos diante da sociedade do consumo alienado. Essa 
afirmativa constante tem intenção de nos remeter ao fato de que muitas vezes somos 
estimulados pelos apelos midiáticos para adquirirmos produtos desnecessários.
Essa aquisição, além de utilizar recursos de forma excedente, faz com 
que seja gerado um número maior de resíduos no ambiente, levando a outro 
problema sério, especialmente dos grandes centros urbanos: a destinação 
final correta do lixo, desencadeando uma série de outros problemas, inclusive 
de saúde ambiental provenientes do lixo.
Acompanhe de janeiro a julho de 2008 a 
quantidade de lixo depositada no Aterro Sanitário 
da Região Metropolitana de Natal (em toneladas):
Jan 2008: 28.702,06
Fev 2008: 26.077,42
Mar 2008: 26.462,76
Abr 2008: 27.667,42
Mai 2008: 26.142,93
Jun 2008: 25.891,40
Jul 2008: 27.112,26
CURIOSIDADE
BRASECO (2008)
Mais uma vez, retomamos a importância do processo educativo com 
vistas ao estímulo da ação antrópica, pautada na minimização da problemática 
ambiental, na qual se verifique a emergência de que a sociedade atual necessita 
apresentar um novo aprendizado: a reeducação para o consumo.
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental
Capítulo 1
30
Baudrillard apud Santos (2007, p. 48) contextualiza esse pressuposto, 
quando afirma que:
A sociedade do consumo é também a sociedade de aprendizado do 
consumo, do condicionamento social do consumo - isto é, um modo 
novo e específico de socialização, em relação com a emergência de 
novas forças produtivas e a reestruturação monopolística de um 
sistema econômico a produtividade alta.
Fica evidente que, quando se fala em reeducação para o consumo, não 
significa apresentar um modelo predefinido para tal, composto por sugestões 
engessadas. Na verdade, cada um, por meio da análise prévia, é quem vai 
decidir entre a necessidade para sua sobrevivência e o desejo imposto pela 
mídia na hora da compra. Neste aspecto, é perceptível quão subjetiva é essa 
questão, perpassando por princípios éticos e morais para nossas escolhas.
A ação baseada na ética e na moral
Ao travar um diálogo em torno da ética e moral, é preciso lembrar a 
importância de pensarmos e agirmos de modo que os interesses individuais 
nunca sobreponham os coletivos. Na atualidade, fica cada vez mais difícil 
pautar ações seguindo esse contexto, pois vivemos num tempo de disputas e 
jogo de interesses na busca da conquista e acumulação de bens e capital como 
estilos de vida padrão. “O progresso econômico colocou o mundo às portas de 
uma sociedade de ‘pós-escassez’, fundada em valores pós-materiais e liberada 
dos constrangimentos da necessidade”(INGLEHART apud LEFF, 2008, p. 84).
Por isso, é importante frisar que esta é uma crise com características de 
subjetividade, na qual os valores de cada um devem ser levados em conta para 
a adoção de mudanças significativas, que reflitam na melhoria das condições 
ambientais atuais. Em outras palavras, pode-se dizer que a eminência é 
satisfazermos nossas necessidades, agindo de maneira a não prejudicar as dos 
outros seres vivos existentes no planeta, ou seja, a cidadania planetária.
Toda a formação social e todo tipo de desenvolvimento estão 
fundados num sistema de valores, em princípios que orientam 
as formas de apropriação social e transformação da natureza. A 
racionalidade ambiental incorpora assim as bases do equilíbrio 
ecológico como norma do sistema econômico e condição de 
um desenvolvimento sustentável; da mesma forma se funda 
em princípios éticos (respeito e harmonia com a natureza) e 
valores políticos (democracia participativa e equidade social) que 
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental 
Capítulo 1
31
constituem novos fins do desenvolvimento e se entrelaçam como 
normas morais nos fundamentos materiais de uma racionalidade 
ambiental. (LEFF, 2008, p. 85)
Novamente retomamos o discurso da mudança de postura, atrelada ao 
comportamento humano em harmonia com a natureza, ou seja, uma nova ética 
traduzida em práticas sociais transformadas por meio de uma racionalidade 
social e alternativa.
Diante do exposto, surge uma pergunta que não 
quer calar: como você, em suas atitudes diárias, 
pode fazer para colaborar com a mudança da 
realidade vigente, bem como estimular naqueles 
que o (a) cercam atitudes proativas com esta 
finalidade?
REFLEXÃO
Nossa intenção aqui não é sugerir que você reescreva toda a sua história de 
vida a partir de uma visão radical para novas posturas e, sim, que você verifique 
outras possibilidades a respeito de suas escolhas de hoje em diante. Essas devem ter 
em vista a premissa da adoção de valores humanistas que busquem “a integridade 
humana, o sentido da vida, a solidariedade social, o reencantamento da vida e a 
erotização do mundo” (LEFF, 2008, p.87). Essa afirmativa remete ao pressuposto 
da cidadania, ou seja, da preocupação com outro, independente de quem ele seja.
Isso tudo nos permite afirmar ainda
que, ao adotarmos posturas 
humanistas, estejamos criando condições para a melhoria da qualidade de 
vida associada ao consumo sustentável.
EXPLORANDOEXPLORANDO
Para aprofundar seus conhecimentos sobre 
consumo sustentável acesse o link http://
ambientes.ambientebrasil.com.br/educacao/
artigos.html e pesquise o artigo Guia de boas 
práticas para o consumo.
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental
Capítulo 1
32
Com a sugestão acima, encerramos nossa discussão teórica, esperando 
que ela tenha contribuído para despertá-lo para ações que promovam sua 
cidadania planetária. Não esqueça a máxima: agir local, pensando no global, 
pois o planeta Terra é de todos os seres vivos.
No próximo capítulo, aprofundaremos essa discussão, apresentando 
o conteúdo: princípios e dimensões da sustentabilidade: econômica, social, 
ecológica, cultural e espacial. Até lá.
1.3 Aplicando a teoria na prática
Leia o texto a seguir:
O cotidiano de Bia
Bia é uma engenheira com 33 anos, solteira, que mora sozinha num 
apartamento em uma grande metrópole e, por isso, tem acesso 
a inúmeras facilidades proporcionadas pelo desenvolvimento 
tecnológico.
O seu dia a dia é bastante agitado, em função das inúmeras obras 
que toca na construtora em que trabalha. Isso faz com que ela 
passe pouco tempo no seu lar. Apesar de todo esse movimento, 
em seu apartamento de dois cômodos, ela mantém os seguintes 
equipamentos: dois televisores, dois refrigeradores de ar, um 
computador e um notebook (com o qual realiza seus trabalhos), 
dois ventiladores, dois aparelhos de DVD, entre outros, que passam 
ociosos a maior parte do tempo, em função de sua vida tumultuada. 
Bia não perde uma liquidação, por achar que é uma ótima 
oportunidade para adquirir utensílios que julga necessários ao seu 
cotidiano. Muitos desses não chegam nem a sair das embalagens.
No seu exercício profissional, ela prima pela qualidade nos projetos 
que elabora, no entanto, como trabalha em uma grande empresa, 
tem que priorizar a escolha de material com menor custo. Assim, 
não há nenhum tipo de preocupação com material que economize 
água e energia na utilização diária.
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental 
Capítulo 1
33
Como mora só, Bia não vê necessidade de empregada doméstica, 
utiliza os serviços de uma diarista. Neste sentido, quando está em 
casa, ela compra comida pronta, fato que gera muito desperdício, 
pois ela sempre pede comida em excesso, por medo de não saciar 
sua fome.
Recentemente, com o objetivo de adquirir novos conhecimentos, 
almejando garantir empregabilidade, Bia iniciou um curso de 
especialização em saneamento ambiental. Neste curso, ela está 
conhecendo os princípios do desenvolvimento sustentável. A partir 
deles, ela pretende mudar seus hábitos pessoais e profissionais para 
garantir o usufruto dos recursos pelas gerações futuras, até porque 
agora ela está pensando em casar e constituir família.
Diante da problemática levantada, vamos ajudar Bia a mudar de postura 
e a adotar práticas cotidianas sustentáveis.
Inicialmente, é importante propor a Bia a resolução do questionário sobre 
o exercício cotidiano de nossas ações para que ela possa ter a dimensão do 
quanto suas atitudes do dia a dia são insustentáveis para o futuro do planeta.
Bia também deve ter ciência que não se muda de um dia para outro, e que 
as mudanças ocorrem de forma paulatina e pela educação ecológica. Para isso, 
ela precisa se tornar uma pesquisadora constante, pois, além de consumidora 
desenfreada, ela é profissional da construção civil, área extremamente 
impactante e que requer medidas mitigadoras para os impactos que gera.
De acordo com Boff (2004, p. 134), essa engenheira precisa perceber que:
[...] cada pessoa precisa descobrir-se como parte do ecossistema local 
e da comunidade biótica, seja em seu aspecto de natureza, seja em 
sua dimensão de cultura. Precisa conhecer os irmãos e irmãs que 
compartem da mesma atmosfera, da mesma paisagem, do mesmo 
solo, dos mesmos mananciais, das mesmas fontes de nutrientes; 
precisa conhecer o tipo de plantas, animais e microorganismos 
que convivem naquele nicho ecológico comum; precisa conhecer 
a história daquelas paisagens, visitar aqueles rios e montanhas, 
freqüentar aquelas cascatas e cavernas; precisa conhecer a 
história das populações que aí viveram sua saga e construíram seu 
habitat, como trabalharam a natureza, como a conservaram ou 
a depredaram, quem são seus poetas e sábios, heróis e heroínas, 
santos e santas, os pais/mães fundadores de civilização local.
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental
Capítulo 1
34
É importante que Bia desenvolva e pratique a cidadania planetária capaz 
de reduzir o consumo, por meio da doação dos bens em excesso que adquiriu, 
bem como da vigilância para não comprar somente pelos apelos midiáticos. 
Ela deve também evitar os descartáveis à medida que prioriza os reutilizáveis. 
A engenheira ainda pode contribuir fazendo a separação do seu lixo, dando a 
destinação correta para o mesmo, ou seja, retirando os recicláveis, separando 
inclusive grandes vilões, como pilhas e baterias. Além disso, ela pode utilizar 
a tecnologia a favor do ambiente por meio da busca de conhecimento sobre 
formas sustentáveis de consumo e geração de energia.
É preciso destacar que não se trata de desenhar uma nova Bia, esquecendo 
seu passado, ou ainda, colocá-la como vilã do planeta por causa dos seus erros. 
O que importa aqui é fazer com ela perceba o quanto tem agido errado e 
que ela pode corrigir esses erros a partir da adoção de novas posturas de 
sobrevivência com a premissa de buscar qualidade de vida associada a modo 
de vida sustentável.
Por isso, é importante que ela perceba que:
O que vale para o indivíduo vale também para a comunidade local. 
Ela deve fazer o mesmo percurso da inserção no ecossistema local 
e cuida do meio-ambiente; utilizar seus recursos de forma frugal, 
minimizar desgastes, reciclar materiais, conservar a biodiversidade. 
Deve conhecer a sua história, seus personagens principais, seu 
folclore. Deve cuidar da sua cidade, de suas praças e lugares públicos, 
de suas casas e escolas, de seus hospitais e igrejas, de seus teatros, 
cinemas e estádios de esporte, de seus monumentos e da memória 
coletiva do povo. Assim, como exemplo, escolher espécies vegetais 
do ecossistema local para plantar nos parques e vias públicas, e nos 
restaurantes valorizar a cozinha local e regional. (BOFF, 2004, p.136)
Mais uma vez, é preciso lembrar que Bia deve ter em mente que, para fazer 
sua parte e ser uma cidadã comprometida com o mundo, é necessário o exercício 
diário e a busca constante de novas informações sobre medidas mitigadoras.
Vale lembrar, ainda, que ela deve assumir o compromisso com a difusão 
e intercâmbio desses novos saberes, bem como incluí-los na sua vida pessoal e 
profissional. Isto significa dizer que, em termos ambientais, temos só uma vida 
e o compromisso de contribuir para a salvaguarda da qualidade de todos os 
seres vivos do planeta Terra, que, aliás, é apenas um.
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental 
Capítulo 1
35
1.4 Para saber mais
BARBIERE, José Carlos. Desenvolvimento e Meio Ambiente. 11. ed. Petrópolis: 
Vozes, 2009.
O livro discute os seguintes questionamentos atuais: como crescer sem 
poluir tanto a água, o ar e o solo? Como conciliar crescimento econômico e 
melhoria do nível de vida? Como explorar os recursos naturais, sem esgotar 
o planeta?
CARVALHO, Isabel Cristina M. Educação Ambiental: a formação do sujeito 
ecológico. São Paulo: Cortez, 2004. 256 p.
O livro discute o conceito de sujeito ecológico, entendido como um 
conjunto de crenças e valores, que serve de orientação e modelo de identificação 
para a formação de
identidades individuais e coletivas. A proposta educativa, 
que inspira este livro, é contribuir para a formação de sujeitos capazes de 
compreender o mundo e agir nele de forma crítica.
DIAS, Genebaldo Freire. Educação ambiental: princípios e práticas. 9. ed. São 
Paulo: Gaia, 2004.
Este livro, um clássico de referência na literatura ambientalista brasileira, 
reúne um conjunto de informações fundamentais para a promoção do processo 
de Educação Ambiental.
SENAC.DN. Se cada um fizer sua parte... ecologia e cidadania. Rio de Janeiro: 
Senac Nacional, 1998.
O livro traz um panorama de como a preocupação com o meio ambiente 
diz respeito ao cidadão, fazendo parte do seu cotidiano e de sua condição de 
agente transformador da realidade por meio de uma solidariedade planetária. 
Filme: O DIA DEPOIS DE AMANHÃ. (EUA, 2004. Duração: 124 min.) Dirigido 
por Roland Emmerich.Roteiro de Roland Emmerich e Jeffrey Nachmanoff. 
Produção: Roland Emmerich, Ute Emmerich, Stephanie Germain, Mark 
Gordon, Thomas M. Hammel, Lawrence Inglee, Kelly Van Horn, Kim H. Winther. 
Distribuição: Fox Film do Brasil.
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental
Capítulo 1
36
A Terra sofre alterações climáticas que modificam drasticamente a vida da 
humanidade. Com o norte se resfriando cada vez mais e passando por uma nova era 
glacial, milhões de sobreviventes rumam para o sul. Porém, o paleoclimatologista 
Jack Hall (Dennis Quaid) segue o caminho inverso e parte para Nova York, já que 
acredita que seu filho Sam (Jake Gyllenhaal) ainda está vivo.
1.5 Relembrando
Chegamos ao final do nosso primeiro momento. Neste capítulo, você viu 
a questão ambiental e sua interface com a educação na atualidade, percebendo 
a importância de inserir a ética e a moral como elementos norteadores para o 
alcance da justiça ecológica a fim de se atingir a cidadania planetária.
Diante disso, foi traçada uma estrutura para facilitar seu entendimento 
sobe o tema, elencando procedimentos e sugestões passíveis de serem adotados 
por cada um com o intuito da mudança de postura frente à maneira como é 
encarado o consumo, tendo em vista que este deve primar pela sustentabilidade 
da ação humana.
Desse modo, encerramos esse capítulo na esperança de ter contribuído 
para sua reflexão, seguida da adoção de práticas cotidianas capazes de minimizar 
impactos ao nosso planeta.
1.6 Testando os seus conhecimentos
Com o objetivo de propiciar a aplicação dos conteúdos apresentados 
durante este capítulo, bem como verificar a compreensão dos mesmos, é 
apresentado o presente questionamento a ser desenvolvido de acordo com a 
sequência dos conteúdos.
A diretriz do desenvolvimento sustentável pressupõe uma perspectiva 
ética em que o conceito de desenvolvimento econômico vem necessariamente 
articulado com as dimensões sociais e ambientais. Compreender a crise 
ambiental em que o planeta está imerso, implica perceber que temos 
coparticipação com a mesma. Ao chegarmos nessa dimensão do saber, surge 
a necessidade da concepção de novas posturas, orientadas por atitudes que 
envolvam princípios éticos e morais capazes de promover a justiça ecológica.
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental 
Capítulo 1
37
Diante do exposto, é imprescindível o exercício permanente para a reflexão 
das atitudes diárias. Trata-se de um processo educativo constante, onde cada 
dia funciona como um treino para fazermos sempre a escolha certa de modo a 
contribuirmos para a sustentabilidade do planeta pelo exercício da cidadania.
Como a educação é uma ferramenta de destaque para a ocorrência do 
consumo sustentável, de modo a evitar o desperdício, diminuindo a geração 
de resíduos, surge a seguinte problemática: de que forma cada um pode fazer 
sua parte dentro desse processo educativo? Que atitudes podem ser tomadas 
para minimizar a emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa? O que fazer 
para reduzir o consumo de energia, água e geração de resíduos na natureza?
Onde encontrar
AMBIENTE BRASIL. Guia de Boas Práticas para o Consumo Sustentável. 
Disponível em: http://ambientes.ambientebrasil.com.br/educacao/artigos/
guia_de_boas_praticas_para_o_consumo_sustentavel.html?query=Dicas+de+c
onsumo+sustent%C3%A1vel. Acesso em: 22 mar. 2010.
______. 2030: o ano final do Cerrado (Estudos da ONG ambientalista Conservação 
Internacional Brasil (CI-Brasil) indicam que o Cerrado deverá desaparecer 
até 2030). Disponível em: http://ambientes.ambientebrasil.com.br/florestal/
artigos/2030%3A_o_ano_final_do_cerrado.html?query=desmatamento, 
Acesso em: 08 mar. 2010.
BAUDRILLARD, Jean. La société de consommation. Paris: Denöel, 1970. In: 
SANTOS, Milton. O Espaço do Cidadão. São Paulo: Nobel, 2007.
BOFF, Leonardo. Saber Cuidar: ética do Humano-Compaixão pela Terra. 
Petrópolis: Vozes, 2004.
BRASECO INFORMA. Acompanhe de janeiro a julho de 2008 a quantidade de 
lixo depositada no Aterro Sanitário da Região Metropolitana de Natal. Boletim 
Braseco Informa, Natal/RN, ano 3, n. 1, 2008. Disponível em: <http://www.
braseco.com.br/2008/informativo/ano3no1.pdf>. Acesso em: 09 jan. 2010.
BUARQUE, Cristovam Buarque. Outras intervenções. In: NASCIMENTO, Elimar 
Pinheiro do; VIANNA, João Nildo (org.). Dilemas e desafios do desenvolvimento 
sustentável no Brasil. Rio de Janeiro: Garamond, 2007.
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental
Capítulo 1
38
DIAS, Genebaldo Freire. Educação ambiental: princípios e práticas. 9. ed. São 
Paulo: Gaia, 2004.
COMÉRCIO comemora aumento de 11% no número de vendas no Natal. 
Disponível em: http://videos.r7.com/comercio-comemora-aumento-de-11-no-
numero-de-vendas-no-natal/idmedia/bd3163a7df9b5352830a7091be946dee.
html, Acesso em: 09 jan. 2010. 
INGLEHART, R. El cambio cultural en las sociedades industriales avanzadas. 
Madri: Siglo XXI, 1991. In: LEFF, Enrique. Saber ambiental: sustentabilidade, 
racionalidade, complexidade, poder. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 2008.
INSTITUTO Akatu pelo consumo conciente. Use os dois lados de uma folha de 
papel. Disponível em: http://www.akatu.net/consumo_consciente/dicas/agua/
use-os-dois-lados-de-uma-folha-de-papel. Acesso em: 22 mar. 2010
LEFF, Enrique. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, 
poder. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 2008.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Relatório da Comissão Mundial 
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento: Nosso Futuro Comum. Oslo: 
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO (CMMAD), 
1987. Disponível em: http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl
=en&tl=pt&u=http%3A%2F%2Fwww.un-documents.net%2Fwced-ocf.htm. 
Acesso em: 16 mar. 2010.
PARE o mundo que eu quero descer. Consumo de água de uma família de 
classe média. Disponível em: <http://pareomundo.spaceblog.com.br/r14734/
Consumo-Consciente-dicas/>. Acesso em: 09 jan. 2010.
REVISTA Eco 21. Desmatamento, perda de biodiversidade e pobreza. Disponível 
em: http://www.eco21.com.br/home/index.asp. Acesso em: 08 mar. 2010
SANTOS, Milton. O Espaço do Cidadão. São Paulo: Nobel, 2007.
SÉRIE desafios da educação ambiental. Disponível em: http://www.mma.gov.
br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=20&idConteudo=4393&
idMenu=2304. Acesso em: 09 jan. 2010.
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental 39
2.1 Contextualizando
No capítulo anterior, tivemos a dimensão do quanto às ações humanas são 
impactantes ao bom funcionamento do planeta Terra. Vimos também que essa 
situação é passível de ser minimizada, desde que cada um se comprometa em 
fazer sua parte para a promoção da justiça ecológica. Portanto, é imprescindível 
confirmar que esse processo diário de mudança de hábitos degradantes faz 
parte da reeducação do ser humano para
uma cidadania planetária.
Neste capítulo, daremos continuidade à discussão da disciplina 
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental, apresentando os princípios e 
dimensões da sustentabilidade: econômica, social, ecológica, cultural e espacial. 
Com esse conteúdo, será possível verificar que falar de sustentabilidade implica 
em trazer o contexto multidisciplinar necessário para uma apreensão coerente da 
mesma, por meio dos cinco pilares aqui apresentados. Desse modo, sistematizar 
ações pautadas nos princípios e dimensões apresentados no presente capítulo será 
mais uma ferramenta para garantir o difundido desenvolvimento sustentável.
É importante que, ao final desse capítulo, você esteja apto a:
 � Descrever os princípios norteadores da sustentabilidade ambiental;
 � Identificar a importância de cada princípio norteador da sustentabilida-
de ambiental, bem como sua inter-relação.
 � Descrever a dimensão dos princípios norteadores da sustentabilidade;
 � Verificar a aplicabilidade de tais princípios no exercício profissional, ado-
tando medidas mitigadoras e de compensação ambiental.
PRINCÍPIOS E DIMENSÕES DA 
SUSTENTABILIDADE: ECONÔMICA, SOCIAL, 
ECOLÓGICA, CULTURAL E ESPACIAL
CAPÍTULO 2
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental
Capítulo 2
40
Esperamos que você aproveite ao máximo os conteúdos discutidos neste 
capítulo e tenha um bom estudo!
2.2 Conhecendo a teoria
2.2.1 A sustentabilidade econômica
Iniciamos nossa discussão trazendo à luz o princípio de maior conflito 
conceitual quando se fala em sustentabilidade, pois pensá-la atendendo aos 
interesses econômicos requer visualizá-la do ponto de vista da acumulação 
de riquezas de forma justa e igualitária. Quando se fala em economia, logo 
se remete a sua mola propulsora, o consumo, pois é ele quem a movimenta e 
alimenta seu crescimento.
Ao tratar dessa temática no capítulo anterior, ficou perceptível como a 
humanidade tem se comportado diante do consumo e como os apelos midiáticos 
têm se mostrado verdadeiramente sedutores, ao ponto de transformar os 
desejos em necessidades básicas à sobrevivência humana.
A esse respeito, Leff (2008, p.42-43) afirma que “a convulsão dos 
fundamentos que sustentam hoje a ordem econômica dominante nos 
coloca diante do desafio de transformar, a partir de suas bases, o paradigma 
insustentável da economia.”
Em outras palavras, Leff (2008) critica a forma como o consumo tem 
direcionado a economia, por meio da busca incessante pela acumulação 
do capital privado.
Isso se deve ao fato de que, ao longo de sua evolução, a humanidade 
passou a querer suprir mais do que sua necessidade de sobrevivência, pois, 
à medida que foram surgindo os avanços tecnológicos, outros objetivos 
passaram a ser perseguidos. Temas como espiritualidade longevidade, prazer, 
conforto, beleza e convivência são alvo das aspirações humanas.
Novamente vem à tona a dicotomia necessidade versus desejo. E é aí 
que entra em pauta o modelo econômico vigente, ou seja, o capitalismo, cujo 
crescimento está alicerçado nos pilares do consumo.
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental 
Capítulo 2
41
O Capitalismo é um modo de produção pelo 
qual a economia se dá em unidades chamadas 
empresas, que são de propriedade privada, 
embora algumas possam ter o governo como 
proprietário (SINGER, 1998).
SAIBA QUE
Em linhas gerais, esta é a forma de organização das atividades produtivas 
(econômicas) da sociedade baseada no princípio de que os indivíduos podem 
exercer domínio sobre os recursos, com o intuito de transformá-los em bens e 
serviços, agregando sempre um novo valor. Essa ação se perpetua por meio de 
uma cadeia, cujo eixo norteador é o acúmulo privado de capital, justificado na 
máxima do crescimento econômico.
Essa forma de quantificação de crescimento (centrado na produção) 
gera uma necessidade que deve ser atendida por todos nós: achar um ponto 
de equilíbrio para tal, de modo que todos possam usufruir dos benefícios 
intrínsecos ao crescimento.
Boff (2004, p. 17) confronta esse condicionante quando afirma que “o 
projeto de crescimento material ilimitado, mundialmente integrado, sacrifica 
2/3 da humanidade, extenua recursos da Terra e compromete o futuro das 
gerações vindouras.” Isto significa dizer que a prioridade está na apropriação 
dos indivíduos sobre todas as coisas detentoras de valor, para um posterior 
acúmulo de capital, seguindo os pressupostos do neoliberalismo.
Neoliberalismo: intervenção artificial do Estado no plano jurídico e 
econômico, sendo este efeito apenas transitório, ou seja, o mercado 
é quem orienta o rumo das decisões de governo (SINGER, 1998).
Infelizmente, o objeto da apropriação humana é o Planeta Terra, e 
esta ocorre de forma desigual, ou seja, uns se tornam cada vez mais ricos em 
detrimento de outros cada vez mais pobres (Quadro 1). Essa máxima ainda 
ocorre em um sistema competitivo gerador de exclusão e individualismo.
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental
Capítulo 2
42
CONSUMO (DO TOTAL 
OFERECIDO)
20% DA POPULAÇÃO 
MAIS RICA
20% DA POPULAÇÃO 
MAIS POBRE
�� Carne e peixe 45% menos de 5%
�� Energia 58% menos de 4%
�� Linhas telefônicas 74% 1,5%
�� Papel 84% 1,1%
�� Veículos 87% menos de 1%
Quadro 1 - Balança de consumo entre ricos e pobres (PNUD, 2003)
Os dados apresentados no quadro 1 elucidam o que estamos tentando 
abordar ao afirmar que o modelo econômico atual aponta para o crescimento e 
não para o desenvolvimento como premissa para o alcance da sustentabilidade. 
Neste caso, reforçamos a conceituação que vem sendo trabalhada desde o 
início deste livro texto de que sustentabilidade significa consumir hoje, sem 
comprometer os recursos para o amanhã.
Neste sentido, é importante destacar que, para atingir a sustentabilidade 
econômica, é imprescindível a igualdade na distribuição dos recursos. A esse 
respeito é válido mencionar alguns preceitos da Agenda 21, fruto da Rio-92 
(citada no capítulo anterior), que traz como principais pontos a erradicação da 
pobreza, a proteção aos recursos naturais e mudança de modos de produção 
e hábitos de consumo.
Adotar esses pontos significa rever a estrutura econômica vigente, ou 
seja, uma sociedade onde todos os seus membros estivessem em situação de 
igualdade. Para isso ocorrer, seria necessário o estímulo e a cooperação entre 
os participantes da atividade econômica (SINGER, 2002).
Ao apresentar essa afirmativa, Singer evidencia o quanto é urgente para 
a humanidade pensar em um sistema econômico alternativo ao capitalismo, 
em função das desigualdades sociais que o mesmo gera, uma vez que o 
acúmulo de riqueza é a sua principal meta.
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental 
Capítulo 2
43
Para ilustrar essa afirmativa, mencionamos o 
exemplo do Banco Comunitário da localidade de 
Palmas, existente na periferia de Fortaleza – CE. 
Trata-se de um serviço financeiro, de natureza 
comunitária, que tem por base os princípios da 
Economia Solidária e que oferece à população 
de baixa renda da citada localidade quatro 
serviços: fundo de crédito solidário, moeda 
social circulante local, feiras de produtores 
locais e capacitação em Economia Solidária. Esta 
iniciativa é uma referência para a América Latina. 
Além disso, ganhou o Prêmio Finep de Inovação 
na categoria tecnologia social no ano de 2008 e 
tem contribuído para a melhoria da qualidade de 
vida dos 30.000 cidadãos que ali residem.
SAIBA QUE
Apesar de iniciativas como a do Banco Palmas já se apresentarem como 
uma realidade na busca por alternativas tecnológicas sociais, a humanidade 
ainda não conseguiu implantar mecanismos dessa natureza de forma global. 
Isso tem estimulado as pressões

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