Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANÁLISE DE PUREZA FÍSICA A pureza física é uma característica que reflete a composição da amostra em exame e, conseqüentemente, a do lote de sementes (Brasil, 2009). OBJETIVOS: -Identificar as diferentes espécies de sementes e os materiais inertes presentes em uma amostra; -Determinar a proporção desses constituintes na amostra. Deve-se destacar que o valor de um lote de sementes (ou seja, seu potencial para se estabelecer em campo) pode ser avaliado quando se considera, em conjunto, os resultados dos testes de: Pureza Física e Germinação. PROCEDIMENTO DA ANÁLISE DE PUREZA A Amostra Média (enviada ao laboratório) é homogeneizada e dividida sucessivamente (preferencialmente pelos divisores mecânicos), objetivando obter uma Amostra de Trabalho para a análise de pureza. O processo de divisão se repete até que seja obtido o peso mínimo necessário para a constituição da amostra de trabalho para pureza, prescrito nas Regras para Análise de Sementes (Brasil, 2009) e na Instrução Normativa n o 25, de 16/12/2005 (MAPA). ____________________________________________________________________ ESPÉCIE Peso da AMOSTRA MÉDIA (kg) Peso para PUREZA (g) Milho 1.000 900 Trigo 1.000 120 Triticale 1.000 120 Algodão 1.000 350 Soja 1.000 500 Aveia 1.000 120 Feijão 1.000 700 Girassol 1.000 200 Mamona 1.000 500 Feijão caupi 1.000 700 Arroz 1.400 70 Sorgo granífero 900 90 Azevém 60 6 Trevo vermelho 50 5 __________________________________________________________________ MAPA - Instrução Normativa n o 25, de 16/12/2005. A análise de pureza é um trabalho extremamente meticuloso, requerendo muita atenção por parte do analista. A amostra de sementes é examinada sobre uma mesa de trabalho apropriada, sendo separada em três componentes: 2 1) Sementes Puras Todas as sementes pertencentes à espécie em exame, inteiras, maduras e não danificadas. São incluídas ainda como sementes puras: sementes inteiras de tamanho inferior ao normal, enrugadas, imaturas, trincadas e em início de germinação, desde que possam ser definitivamente identificadas como sendo da espécie em exame; fragmentos de sementes quebradas, porém maiores que a metade do seu tamanho original (Brasil, 2009). 2) Outras Sementes Todas as sementes e/ou unidades de dispersão de qualquer espécie cultivada ou silvestre, além de bulbilhos ou tubérculos de plantas reconhecidas como ervas daninhas ou invasoras e que não sejam as da espécie em exame (Brasil, 2009). 3) Material inerte Sementes e/ou unidades de dispersão de espécies cultivadas e silvestres, e outros materiais estranhos que não sejam sementes, que se encontrem nas seguintes condições (Brasil, 2009): -sementes que se encontrem quebradas ou danificadas e cujos fragmentos sejam iguais ou inferiores à metade do tamanho original da semente; -sementes fortemente atacadas por moléstias, alteradas por fungos; -unidades de dispersão nas quais seja evidente a ausência de sementes; -glumas e antécios (lemas e páleas) vazias, comumente designadas de sementes chochas; -cariópses danificadas, desprovidas total ou parcialmente de embrião; -partículas de solo e areia, pedras, palha, pedaços de tegumento ou pericarpo, pedaços de plantas e de qualquer outro material que não seja semente. APARELHOS Lentes, luz refletida, peneiras (para separação de palhas, partículas de solo, etc.) e sopradores (para separar o material leve das sementes pesadas, em amostras de trabalho pequenas, de até 5,0g) são recursos usados na análise pureza para a separação da amostras em seus componentes (Brasil, 2009). CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO DA AMOSTRA Somar o peso de todas as frações da amostra de trabalho. Esta soma deve ser comparada com o peso inicial, para verificar se ocorreu ganho ou perda de peso. Se houver diferença maior do que 3% do peso inicial, um novo teste deve ser realizado. O resultado do novo teste é então informado. As porcentagens devem ser baseadas na soma dos pesos dos componentes e não no peso inicial da amostra de trabalho (Brasil, 2009). INFORMAÇÃO DOS RESULTADOS Os resultados referentes às Sementes Puras devem ser expressos em porcentagem do peso da amostra analisada, com uma casa decimal. O resultado de Outras Sementes deve ser expresso em número de sementes encontradas por peso da amostra de trabalho. O Boletim de Análise não pode conter rasuras. 3 REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Brasília: MAPA/ACS, 2009. 395p. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO – MAPA. Instrução Normativa nº25, de 16/12/2005.
Compartilhar