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Apostila de Manuseios Neurologia

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APOSTILA DE MANUSEIOS 
Fisioterapia em Neurologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mobilização do Tronco 
Mobilização da Pelve 
Mobilização da Cintura Escapular 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila de Manuseios 
 
Controle Motor 
 Mobilidade 
 Estabilidade 
 Mobilidade Controlada Indivíduo ativo = Função 
 Habilidade 
 
 
Mobilidade 
Capacidade de iniciar o movimento e realizá-lo em toda a amplitude (ADM + 
flexibilidade). 
 
Estabilidade 
Reações posturais estáticas ou equilíbrio estático, capacidade em manter 
postura constante perante a influência da gravidade. 
 
Mobilidade Controlada 
Capacidade de passar de uma postura para outra, sem perder o controle 
postural. 
 
Habilidade 
Capacidade do indivíduo em realizar uma função distal perante uma 
estabilidade proximal. (Ex: escrita). 
 
Função 
Realização de uma atividade visando um objetivo. 
Ex: Escovar os dentes (atividade onde o objetivo é a higiene pessoal). 
 
Facilitação 
Ajuda oferecida pelo terapeuta (ou segmento corporal do paciente não comprometido, 
órtese, etc) para que ele faça a atividade funcional com menor gasto energético e sem 
compensações (mais próxima do normal). 
 
Compensação 
Recrutamento de musculaturas que não necessitam estar ativas para a realização da 
atividade. 
 
Reação Associada 
Aumento do tônus nos segmentos corporais acometidos quando o indivíduo realiza uma 
função ou quando movimenta o lado não acometido. 
 
Tronco 
Segmento corporal recrutado em todas as atividades funcionais. 
 
 
 
MANUSEIOS 
 
Mobilização do Tronco 
 
FLEXÃO E EXTENSÃO DE TRONCO COM PACIENTE ASSENTADO 
 
Objetivos: 
1. Interferir no tônus distal; 
2. Mobilizar indiretamente escápula e pelve; 
3. Ganhar mobilidade de tronco para flexão e extensão; 
4. Alongar peitoral maior; 
 
Posição do paciente: Assentado com apoio dos pés a 90º de flexão de joelho e quadril, 
assentado sobre os ísquios com pelve em neutro (pré-requisitos para uma boa postura 
sentado), ⅔ das coxas apoiadas (oferece estabilidade ao mesmo tempo que permite 
mobilidade de tronco), tronco na posição mais correta possível e as mãos apoiadas no 
terço distal da coxa. 
 
Posição do Terapeuta: Ajoelhado posterior e um pouco afastado do paciente, com as 
mãos sobrepostas no esterno fazendo movimentos para dentro e para baixo, em direção 
ao sacro do paciente, realizando a flexão de tronco. Mãos em peitoral maior, puxando para 
extensão com ajuda do púbis, mantendo as escápulas abduzidas, realizando a extensão 
de tronco. 
 
Obs.: Não jogar peso sobre o paciente e não hiperestender o tronco do paciente. Não 
colocar mão sobre o úmero e não deixar entrar em flexão lateral e nem em padrão 
extensor. A cabeça do paciente acompanha o movimento. 5 segundos para cada 
movimento. 
 
FLEXÃO E EXTENSÃO DE TRONCO INFERIOR COM PACIENTE ASSENTADO 
 
Objetivos: 
1. Ganhar mobilidade (principalmente em tronco inferior); 
2. Mobilizar indiretamente escápula e pelve (Flexão = abdução escapular e 
retroversão pélvica / Extensão = adução escapular e anteversão pélvica); 
3. Interferir no tônus distal. 
 
1ª ETAPA: 
 
Posição do paciente: Assentado com apoio dos pés a 90º de flexão de joelho e quadril, 
assentado sobre os ísquios com pelve em neutro, ⅔ das coxas apoiadas, tronco na 
posição mais correta possível e membros superiores apoiados na coxa do terapeuta à 
frente, com flexão e rotação externa de ombro (membro não acometido ajuda a sustentar 
o membro acometido). A testa também apoiada na coxa do terapeuta. 
 
 
Posição do Terapeuta: Do lado acometido e à frente do paciente, com dissociação de 
membros inferiores (perna levantada por um banco) para que o paciente deixe os 
membros superiores apoiados. Mãos em gradil costal anterior, realizando pressão para a 
flexão de tronco e em gradil costal posterior, realizando pressão posterior para a extensão 
de tronco. 
 
Obs.: Terapeuta movimenta as pernas, para aumentar a amplitude de movimentos. Para 
tornar o manuseio ativo assistido e buscar a ativação muscular, terapeuta dá comandos 
verbais simples e curtos (Ex: Leve seu umbigo para frente). 
 
2ª ETAPA (Terapeuta sentado na bola, posterior ao paciente): 
 
Posição do paciente: Assentado com apoio dos pés a 90º de flexão de joelho e quadril, 
assentado sobre os ísquios com pelve em neutro, ⅔ das coxas apoiadas, tronco na 
posição mais correta possível e mãos apoiadas no terço distal da coxa. 
 
Posição do Terapeuta: Sentado na bola terapêutica atrás do paciente. Mãos no trapézio 
do paciente, dando comandos verbais para a realização de flexão e extensão (Encoste na 
bola, peito à frente, desencoste da bola). 
 
3ª ETAPA (Terapeuta sentado em banco à frente do paciente): 
 
Posição do paciente: Assentado com apoio dos pés a 90º de flexão de joelho e quadril, 
assentado sobre os ísquios com pelve em neutro, ⅔ das coxas apoiadas, tronco na 
posição mais correta possível e mãos apoiadas no joelho do terapeuta, à frente. 
 
Posição do Terapeuta: Sentado em um banco na frente do paciente. Mão no cotovelo do 
membro acometido do paciente, promovendo rotação externa e garantindo a descarga de 
peso. Dando comandos verbais para a realização de flexão e extensão (peito à frente) 
 
Obs.: A mão do terapeuta do membro não acometido pode ficar livre para ajudar na 
movimentação. 
 
4ª ETAPA (Paciente sentado na bola na frente da maca): 
 
Posição do paciente: Assentado na bola com apoio dos pés a 90º de flexão de joelho e 
quadril, assentado sobre os ísquios com pelve em neutro, tronco na posição mais correta 
possível e mãos apoiadas na maca à frente. 
 
Posição do Terapeuta: Do lado acometido do paciente, mãos no gradil costal, realizando 
pressão para a flexão e extensão. Dando comandos verbais para a realização de flexão e 
extensão (Ex: Empina o bumbum, afaste a bola dos calcanhares, aproxime a bola dos 
calcanhares, peito a frente) 
 
Obs.: Terapeuta deve prender a bola antes que o paciente assente. 
 
 
 
FLEXÃO COM ROTAÇÃO DE TRONCO SUPERIOR 
 
Objetivos: 
1. Ganhar mobilidade em tronco superior para flexão e rotação; 
2. Mobilizar indiretamente Escápula (Abdução de Escápula); 
3. Interferir no tônus distal (porque indiretamente se tem mobilidade de 
glenoumeral, escápula e também indiretamente em coxofemoral e crista ilíaca); 
4. Dissociar tronco superior em relação a tronco inferior; 
5. Ativar e fortalecer abdominais (principalmente oblíquos); 
6. Alongar musculatura extensora de pescoço. 
 
Posição do paciente: Em decúbito dorsal, com a mão acometida no ombro do terapeuta. 
 
Posição do Terapeuta: Sentado sobre os calcanhares, diagonal ao paciente, do lado não 
acometido. O terapeuta coloca a mão na escápula do paciente, cotovelo com cotovelo, 
mão do paciente fixa no ombro pela flexão lateral de cabeça do terapeuta. A outra mão do 
terapeuta no externo. 
 
O terapeuta se aproxima dos calcanhares com movimentos lentos, realizando flexão de 
tronco superior com rotação, até sentir que ganhou mobilidade. 
 
Para fortalecer oblíquos, o terapeuta não deve perder a mobilidade de flexão com rotação 
de tronco, permanecendo sobre os calcanhares e dando comandos verbais para flexão 
cervical (aproximar o queixo do peito e olhar para o tatame lateralmente, olhar para a 
barriga do terapeuta e para a própria barriga). Se o paciente tiver dificuldade para realizar 
o movimento tirar a mão do esterno e ajudar na região posterior superior da cabeça 
(nunca pegar na nuca). 
 
OBS.: Realizar sempre bilateralmente devido ao sinergismo de oblíquos. Não favorecer 
valsalva. Este manuseio pode ser feito da mesma forma na maca. 
 
FLEXÃO COM ROTAÇÃO DE TRONCO INFERIOR 
 
Objetivos: 
1. Ganho de mobilidade (principalmente flexão, pela disposição das facetas); 
2. Trabalharativação de flexores de quadril e fortalecer abdominais; 
3. Alongar extensores de tronco; 
4. Mobilizar indiretamente a pelve (retroversão e rotação); 
5. Interferir no tônus distal. 
 
1ª ETAPA: 
 
Posição do paciente: Em decúbito dorsal. 
 
Posição do Terapeuta: Assentado sobre os calcanhares do lado acometido do paciente. 
Primeiro o terapeuta irá fazer a dissociação de MMII. Mãos no joelho e tornozelo para 
fazer flexão passiva do lado acometido e pedir para fazer flexão com a outra perna. 
 
Depois fazer flexão de quadril e tronco inferior, rotação de perna para o lado do terapeuta 
e descansar as pernas sobre as pernas do terapeuta. Nesse último movimento as mãos 
do terapeuta vão uma no sacro e a outra nas costelas. 
 
Terapeuta levanta dos calcanhares para ganhar mobilidade de tronco inferior. 
 
Obs.: Fazer ativo assistido (pedir ao paciente para aproximar a coxa da barriga). Pode ser 
realizado também com a bola terapêutica ou na maca alta. 
 
2ª ETAPA (Com uso da bola terapêutica): 
 
Posição do paciente: Em decúbito dorsal, com membros inferiores sobre a bola com 
joelho e quadril a 90º. 
 
Posição do Terapeuta: Mãos uma sobre a bola e a outra nas costelas dando o comando 
ao paciente de segurar a bola e levar o quadril em direção ao tronco, fazendo rotação em 
relação ao terapeuta. Terapeuta levanta dos calcanhares e quando ganhar mobilidade, 
estabilizar e pedir para o paciente levar joelho em direção ao peito. 
 
FLEXÃO LATERAL DE TRONCO 
 
Objetivos: 
1. Ganho de mobilidade no plano frontal (trabalhar alongamento e encurtamento 
bilateralmente); 
2. Descarga de peso no lado acometido e não acometido; 
3. Mobilizar indiretamente a escápula (lado encurtado = adução / lado alongado = 
abdução); 
4. Inclinação da pelve; 
5. Alongar flexores laterais (quadrado lombar, oblíquos e psoas maior). 
 
1ª ETAPA: 
Posição do Paciente: Assentado com apoio dos pés a 90º de flexão de joelho e quadril, 
assentado sobre os ísquios com pelve em neutro, ⅔ das coxas apoiadas, tronco na 
posição mais correta possível. Membros superiores apoiados lateralmente nas coxas do 
terapeuta, com abdução de no máximo 90º de ombro. 
 
Posição do Terapeuta: Sentado na bola terapêutica, posterior ao paciente, com as 
pernas posicionadas lateralmente ao tronco do paciente, dando apoio para os braços. 
 
Terapeuta coloca mão em gradil costal do paciente. 
 
Movimento em 3 fases: 
 
1º - Partindo da linha média, leva para flexão lateral e depois volta em neutro, até ganhar 
mobilidade. Fazer bilateralmente, lembrando de começar sempre pelo lado acometido. 
 
 
2º - Faz o movimento completo começando do lado acometido até o outro lado, sem parar 
na linha média. 
 
3º - Quando ganhar mobilidade levar até o lado não acometido estabilizando para alongar, 
pedir ao paciente para retirar o glúteo do tatame. Paciente tira o glúteo e depois abaixa de 
novo sem perder a flexão lateral. Terapeuta pode ajudar com tapping ou com a mão na 
crista ilíaca. Voltar as mãos para o gradil costal e depois o tronco para a linha média. 
 
Essa mobilização ativa oblíquos, quadrado lombar e isquiotibiais. 
 
Obs.: Para trabalhar melhor a descarga de peso, o terapeuta pode pedir ao paciente que 
cruze a perna não acometida sobre a acometida. 
 
2ª ETAPA (Maior participação do paciente): 
 
Posição do Paciente: Assentado com apoio dos pés a 90º de flexão de joelho e quadril, 
assentado sobre os ísquios com pelve em neutro, ⅔ das coxas apoiadas, tronco na 
posição mais correta possível. Membro superior apoiado lateralmente na coxa do 
terapeuta, com abdução de no máximo 90º de ombro e o outro membro apoiado pelas 
mãos do terapeuta. 
 
Posição do Terapeuta: Sentado na bola terapêutica, posterior ao paciente, com as 
pernas posicionadas lateralmente ao tronco do paciente, dando apoio para os braços. 
 
Terapeuta apóia o membro superior do paciente, com uma mão no cotovelo garantindo a 
rotação externa e a outra na região axilar do paciente. 
 
Pedir ao paciente para olhar para a mão e tentar afastá-la lateralmente. 
 
3ª ETAPA (com uso da bola terapêutica na frente da maca): 
 
Posição do Paciente: Assentado na bola terapêutica, com apoio dos pés a 90º de flexão 
de joelho e quadril, assentado sobre os ísquios com pelve em neutro, tronco na posição 
mais correta possível. Membros superiores apoiados na maca à frente. 
 
Posição do Terapeuta: Em pé ao lado do paciente, de costas para a maca, com as mãos 
no gradil costal. 
 
Dar comandos verbais ao paciente para a realização da flexão lateral (elevar a pelve), 
flexão (aproximar a bola dos calcanhares) e extensão (afastar a bola dos calcanhares). 
 
 
 
 
 
 
 
FLEXÃO, EXTENSÃO E FLEXÃO LATERAL NO BANCO DE MOBILIZAÇÃO PÉLVICA 
 
1ª ETAPA: 
 
Posição do Paciente: Assentado no banco de mobilização pélvica, com apoio dos pés a 
90º de flexão de joelho e quadril, assentado sobre os ísquios com pelve em neutro, ⅔ das 
coxas apoiadas, tronco na posição mais correta possível. Membros superiores apoiados 
lateralmente nas hastes do banco, com abdução de no máximo 90º de ombro. 
 
Posição do Terapeuta: De pé, posterior ao paciente, garantindo posicionamento dos 
braços do paciente nas hastes do banco. Realizar flexão e extensão com uso dos 
movimentos do banco no plano sagital. 
 
2ª ETAPA: 
 
Posição do Paciente: Assentado “em cavalo” no banco de mobilização pélvica, com 
apoio dos pés a 90º de flexão de joelho e quadril, assentado sobre os ísquios com pelve 
em neutro, ⅔ das coxas apoiadas, tronco na posição mais correta possível. Membros 
superiores apoiados no triângulo pendente à frente. 
 
Posição do Terapeuta: De pé, ao lado do paciente, garantindo posicionamento dos 
braços do paciente no triângulo. Dar comandos verbais para a realização de extensão 
(levar mãos à frente, cabeça erguida) e flexão (voltar e olhar para o umbigo). 
 
3ª ETAPA: 
 
Posição do Paciente: Assentado “em cavalo” no banco de mobilização pélvica, com 
apoio dos pés a 90º de flexão de joelho e quadril, assentado sobre os ísquios com pelve 
em neutro, ⅔ das coxas apoiadas, tronco na posição mais correta possível. Membro 
superior apoiado no triângulo pendente lateralmente e o outro na haste do banco. 
 
Posição do Terapeuta: De pé, ao lado do paciente, garantindo posicionamento do 
membro superior do paciente no triângulo. Dar comandos verbais para a realização da 
flexão lateral (afastar o triângulo lateralmente). 
 
ROTAÇÃO DE TRONCO COM PACIENTE SENTADO E TERAPEUTA ANTERIOR E 
LATERAL 
 
OBJETIVOS: 
1. Mobilidade de tronco no plano transverso; 
2. Mobilização da Escápula indiretamente (melhor ritmo escapulo-umeral); 
3. Interferir no tônus distal de membros superiores; 
4. Promover transferência de peso; 
5. Ativar rotadores de tronco. 
 
 
Posição do Paciente: Assentado com apoio dos pés a 90º de flexão de joelho e quadril, 
assentado sobre os ísquios com pelve em neutro, ⅔ das coxas apoiadas, tronco na 
posição mais correta possível. Membros superiores apoiados na coxa do terapeuta, em 
abdução (no máximo 90º para evitar impacto) e rotação externa. Se houver abdução maior 
que 90º, apoiar somente as mãos. O membro não acometido ajuda a sustentar o membro 
acometido. 
 
Posição do Terapeuta: Anterior e lateral ao lado acometido, com um membro inferior em 
contato com o joelho do paciente (impedir abdução e rotação externa de quadril), o outro 
membro inferior sobre o tatame com joelho e quadril fletidos. Uma mão na borda medial da 
escápula contra lateral e a outra no gradil costal ipsilateral anteriormente. 
 
Paciente gira o pescoço junto ao tronco e o terapeuta faz uma certa pressão com as 
mãos. O paciente então realiza a rotação com ajuda dos MMII. Respeitar a amplitude de 
movimento do paciente. 
 
Obs.: Se o joelho do paciente anteriorizar é sinal que ele está compensando com rotação 
dapelve. Ele também pode compensar utilizando flexão ou flexão lateral do tronco. Fazer 
o movimento bilateralmente. 
 
Para aumentar a ADM, pode ser feito flexão ou extensão de tronco (tipo mobilização). 
Para tornar o manuseio mais ativo: comando verbal para o paciente flexionar / estender o 
tronco e levar o braço para a rotação. 
 
ATIVAÇÂO MUSCULAR DE TRONCO 
 
Utilizado em pacientes na fase aguda, onde o principal objetivo é a ativação muscular. 
 
Objetivos: 
1. Ativação muscular de tronco 
2. Trabalho de flexão, flexão lateral e rotação 
 
Posição do paciente: Assentado com apoio dos pés a 90º de flexão de joelho e quadril, 
assentado sobre os ísquios com pelve em neutro (pré-requisitos para uma boa postura 
sentado), ⅔ das coxas apoiadas (oferece estabilidade ao mesmo tempo que permite 
mobilidade de tronco), tronco na posição mais correta possível. Mão acometida apoiada 
na maca e mão não acometida apoiada no terço distal da coxa. 
Posição do Terapeuta: Anterior e lateral ao lado acometido, com uma mão no cotovelo 
garantindo a rotação externa e a outra na região axilar do paciente, posicionando o 
membro superior plégico, garantindo a descarga de peso. 
 
Terapeuta dá comando verbal para realizar alcances com flexão, flexão lateral e rotação, 
trabalhando nos planos sagital, frontal e transverso. (Ex: alcance o seu pé esquerdo, 
alcance o seu pé direito, vá em direção ao objeto à sua frente, etc). 
 
 
 
Mobilização da Pelve 
 
Pacientes hemiplégicos permanecem fixos em vários planos (retroversão, elevação lateral, 
rotação, etc). A pelve possui grande mobilidade no plano transverso, média mobilidade no 
plano frontal e pequena no plano sagital. 
 
MOBILIZAR PELVE NO PLANO SAGITAL 
 
Objetivos: 
1. Ganhar mobilidade (anteversão, retroversão); 
2. Interferir no tônus distal; 
3. Realizar descarga de peso; 
4. Preparar o paciente para a marcha 
 
Posição do paciente: Em decúbito dorsal. 
 
Posição do Terapeuta: Assentado sobre os calcanhares do lado acometido do paciente. 
Primeiro o terapeuta irá fazer a dissociação de MMII. Mãos no joelho e tornozelo para 
fazer flexão passiva do lado acometido e pedir para fazer flexão com a outra perna. 
Depois o terapeuta se posiciona aos pés do paciente, fazendo descarga de peso com a 
região axilar nos joelhos do paciente. Posiciona a bola (pequena) no nível do sacro do 
paciente e coloca as mãos lateralmente no quadril para assegurar simetria de pelve. 
 
Plano sagital 
Terapeuta dá comandos verbais para o paciente realizar retroversão (aperte a bola e 
aproxime o umbigo do peito) e anteversão (afaste o umbigo do peito). 
 
Plano Frontal 
Comandos verbais para realizar elevação e depressão de pelve ( levar o bumbum para a 
direita e para a esquerda), fazendo com que o tronco inferior vai em direção ao tronco 
superior. 
 
Plano Transverso 
Terapeuta posiciona a bola em glúteo não acometido enquanto o glúteo acometido 
encosta no tatame. Dá comandos verbais para realizar a rotação (levante o bumbum do 
tatame). 
 
Obs.: Realizar os movimentos bilateralmente. 
 
PONTE SIMPLES 
 
Objetivos: 
1. Ganhar mobilidade de pelve no plano sagital; 
2. Ativar e fortalecer extensores de quadril (ênfase em glúteo máximo); 
3. Alongar flexores de quadril (se não estiver fixo em anteversão); 
4. Interferir no tônus distal; 
 
5. Promover descarga de peso em fáscia plantar; 
6. Preparar para a marcha. 
 
Posição do paciente: Em decúbito dorsal. 
 
Posição do Terapeuta: Assentado sobre os calcanhares do lado acometido do paciente. 
Primeiro o terapeuta irá fazer a dissociação de MMII. Fazer apoio do pé no terço distal do 
fêmur em direção a fáscia plantar a fim de evitar padrão extensor do lado acometido e 
pedir para fazer flexão com a outra perna. Depois o terapeuta se posiciona aos pés do 
paciente, coloca a região axilar nos joelhos do paciente, promovendo descarga de peso. 
Mãos em crista ilíaca para assegurar simetria de pelve. 
 
1ª ETAPA: 
Comando verbal para o paciente realizar retroversão (tirar o bumbum do chão e apertar 
um bumbum no outro). Ativa abdominal, principalmente oblíquos, fortalece glúteo máximo. 
Sempre mantendo a pressão. 
 
2ª ETAPA: 
Mantendo a posição inicial, evoluir para retirada da coluna. Tomar cuidado para evitar 
hiperextensão. Ativa glúteo máximo, musculatura extensora de tronco, ísquios e alonga 
flexores de quadril. 
 
Obs.: O paciente pode compensar de duas formas: 1ª) Posteriorização do tronco inferior 
por fraqueza de glúteo Maximo (dá-se o tapping e pede para ele realizar o movimento). 2ª) 
Paciente aproxima tronco inferior de superior (hipertonia de quadrado lombar) (colocar a 
mão na crista ilíaca e tracionar). 
 
PONTE COM OS PÉS DO PACIENTE APOIADOS NA BOLA 
 
Objetivos: (Mesmos objetivos da ponte simples) 
1. Ganhar mobilidade de pelve no plano sagital; 
2. Ativar e fortalecer extensores de quadril (ênfase em glúteo máximo); 
3. Alongar flexores de quadril (se não estiver fixo em anteversão); 
4. Interferir no tônus distal; 
5. Promover descarga de peso em fáscia plantar; 
6. Preparar para a marcha. 
 
Posição do paciente: Em decúbito dorsal. 
 
Posição do Terapeuta: Assentado sobre os calcanhares do lado acometido do paciente. 
Primeiro o terapeuta irá fazer a dissociação de MMII. Fazer apoio do pé no terço distal do 
fêmur em direção a fáscia plantar a fim de evitar padrão extensor do lado acometido e 
pedir para fazer flexão com a outra perna. Depois o terapeuta se posiciona aos pés do 
paciente, coloca a região axilar nos joelhos do paciente, promovendo descarga de peso. 
Mãos em crista ilíaca para assegurar simetria de pelve. O terapeuta coloca a perna 
acometida na bola terapêutica e pede ao paciente para colocar o outro pé. Todo o pé tem 
que estar apoiado na bola para não favorecer alterações (antepé não apoiado = dedos em 
 
garra / retropé não apoiado = flexão plantar). Sempre fazer descarga de peso em fêmur 
distal para manter membros posicionados. 
 
Realizar os movimentos da ponte simples. 
 
Se a pelve posteriorizar, a mão do lado não acometido faz descarga de peso no fêmur 
distal acometido enquanto a outra fica livre para realizar o tapping, junto com o comando 
verbal para o paciente levantar e alinhar o corpo. Se o tronco inferior aproximar do tronco 
superior, a mão vai para a crista ilíaca e traciona a pelve. 
 
Obs.: Este manuseio deve ser realizado em pacientes mais avançados, pois a bola 
funciona como resistência. Ao fim do exercício, tomar cuidado na descida da perna para 
não hiperextender joelhos, o terapeuta deve colocar a mão na fossa poplítea e 
acompanhar o movimento. 
 
MOBILIZAÇÃO DE PELVE NO PLANO SAGITAL COM ATIVAÇÃO DE FLEXORES E 
EXTENSORES DE QUADRIL 
 
Objetivos: 
1. Ganhar mobilidade de pelve no plano sagital (ântero e retroversão); 
2. Ativar extensores e flexores de quadril; 
3. Dissociar tronco inferior de tronco superior; 
4. Alongar flexores de quadril; 
5. Interferir no tônus distal 
6. Preparar para marcha. 
 
Posição do Paciente: Na beirada da maca alta, em decúbito lateral com o lado acometido 
para cima, membro inferior não plégico em flexão de quadril e joelho a 90º, e membro 
inferior plégico em neutro ao longo da maca. A mão do lado plégico no joelho fletido, 
sendo mantido pela outra mão e paciente olhando para o joelho. 
 
Posição do Terapeuta: Em pé, posterior ao paciente com o antebraço sustentando o 
membro inferior plégico, com o braço anterior à tíbia, em bandeja com a mão na região 
medial do joelho. A outra mão na crista ilíaca, estabilizando a pelve e colocando-a em 
neutro. 
 
1ª ETAPA: 
Realizada através da movimentação ativa proximal. Terapeuta pede ao paciente que 
posicione o bumbum para trás e para baixo realizando movimento de retroversão ativa. Se 
for necessário, o terapeuta realiza o movimento passivamente para o paciente entender. 
Quandoa ADM ativa máxima for alcançada, o terapeuta realiza movimento de flexão, 
abdução e rotação externa de quadril e com a mão na espinha ilíaca anterior superior ele 
completa a ADM de retroversão. 
 
Terapeuta pede ao paciente que posicione o bumbum para frente, realizando movimento 
de anteversão ativa. Quando a ADM ativa máxima for alcançada, o terapeuta realiza 
 
movimento de adução e extensão de quadril e com a mão posteriormente ao ilíaco ele 
completa a ADM de anteversão. 
 
Obs: Este manuseio também alonga os flexores de quadril (principalmente o reto femoral). 
 
2ª ETAPA: 
Terapeuta pede ao paciente que posicione o joelho em direção à barriga e ao teto (flexão, 
abdução e rotação externa) realizando movimento de retroversão e continua o movimento 
da pelve passivamente até a amplitude máxima. 
 
Terapeuta pede ao paciente que posicione o joelho em direção à maca e para trás 
(adução e extensão) realizando movimento de anteversão e continua o movimento da 
pelve passivamente até a amplitude máxima. 
 
Mobilização da Cintura Escapular 
 
ROTAÇÃO SUPERIOR E INFERIOR DE ESCÁPULA 
 
Objetivos: 
1. Mobilizar escápula; 
2. Favorecer ritmo escápulo-umeral; 
3. Melhorar alcance; 
4. Interferir no tônus distal de membros superiores. 
 
 
Posição do Paciente: Na beirada da maca alta, em decúbito lateral com joelhos e quadris 
fletidos a 90º (ou com o membro não plégico estendido) e o lado plégico para cima. 
Cabeça apoiada no travesseiro. 
 
Posição do Terapeuta: Anterior ao paciente, com o tronco na direção do ombro, rotação 
externa e abdução de quadril. Terapeuta sustenta em bandeja o membro superior plégico 
do paciente, que apóia a mão no braço do terapeuta. Mão mais superior (que apóia a mão 
plégica) posicionada sobre o trapézio superior com o objetivo único de impedir a elevação 
superior e a mão mais inferior (que sustenta o cotovelo) posicionada sobre a escápula de 
forma que os dedos fiquem no ângulo inferior e borda medial e a região tênar na borda 
lateral da escápula. 
 
Os dedos do terapeuta tracionam a borda medial e realizam rotação superior da escápula 
e a região tenar traciona a borda lateral e realiza a rotação inferior. 
 
Obs: O membro superior plégico não pode estar posicionado em abdução e rotação 
interna, para não gerar impactação. 
 
 
 
 
 
ELEVAÇÃO E DEPRESSÃO DE ESCÁPULA 
 
Objetivos: 
1. Mobilizar escápula; 
2. Favorecer ritmo escápulo-umeral; 
3. Melhorar alcance; 
4. Alongar trapézio superior; 
5. Interferir no tônus distal de membros superiores. 
 
Posição do Paciente: No tatame, em decúbito lateral com joelhos e quadris fletidos a 90º 
(ou com o membro plégico estendido) e o lado plégico para cima, e membro superior 
estendido ao longo do tronco. Cabeça apoiada no travesseiro. 
 
Posição do Terapeuta: Paralelo e posterior ao paciente, com joelhos em direção ao 
tronco médio (T8 a L1), impedindo a rotação posterior de tronco. Mão anterior sobre o 
peitoral maior e mão posterior espalmada sobre a escápula com o ângulo inferior apoiado 
entre a região tenar e hipotenar. Colocar o antebraço próximo ao cotovelo do paciente, 
garantindo a extensão do membro superior ao longo do tronco. 
 
Terapeuta eleva o quadril dos calcanhares elevando a escápula do paciente, em seguida, 
desloca a mão para o trapézio superior, uma sobre a outra, senta nos calcanhares e 
posterioriza o tronco, deprimindo a escápula do paciente, e mantendo o membro superior 
em posição neutra (ao longo do corpo). 
 
Para alongar o trapézio superior após o ganho de mobilidade, o terapeuta mantém a mão 
anterior deprimindo a escápula, retira o travesseiro, coloca a mão no processo mastóideo 
e realiza flexão lateral e anterior. 
 
Obs: A cabeça do paciente se mantém em neutro (sem rotação). 
 
ADUÇÃO E ABDUÇÃO DE ESCÁPULA 
 
Objetivos: 
1. Mobilizar escápula; 
2. Favorecer ritmo escápulo-umeral; 
3. Melhorar alcance; 
4. Alongar peitoral maior; 
5. Interferir no tônus distal de membros superiores. 
 
Posição do Paciente: No tatame, em decúbito lateral com joelhos e quadris fletidos a 90º 
(ou com o membro plégico estendido) e o lado plégico para cima, e membro superior 
estendido ao longo do tronco. Cabeça apoiada no travesseiro. 
 
Posição do Terapeuta: Paralelo e posterior ao paciente, com joelhos em direção ao 
tronco médio (T8 a L1), impedindo a rotação posterior de tronco. Mão anterior sobre o 
peitoral maior e mão posterior com a região hipotenar na borda medial da escápula. 
 
 
Mão posterior traciona a escápula, afastando-a da linha média e realizando abdução e a 
mão anterior traciona em direção à linha média, realizando adução, enquanto mantém a 
região hipoternar entre os rombóides, realizando propriocepção. 
 
Para alongar peitoral maior, terapeuta posiciona a escápula em adução com a mão 
anterior sobre o peitoral maior e a mão posterior posiciona o membro plégico do paciente 
em extensão (apoiado na crista ilíaca contrária do terapeuta ou sobre as coxas). A mão 
posterior se desloca para o gradil costal e alonga o peitoral maior. 
 
Obs: Não posicionar a mão sobre a cabeça do úmero do paciente.

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