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* * * Universidade Federal do Ceará Departamento de Geologia Disciplina de Gemologia Seminário de Sedimentologia Alunas: Irla Gonçalves Barbosa Marleuda Moreira Professor: Georger Satander * * * AMBIENTE DELTAICO * * * AMBIENTE DELTAICO Antes de iniciar torna-se necessário distinguir os sentidos de delta, sistema deltaico e complexo deltaico. Delta, foi referido a configuração exibida pela porção subaérea da foz do rio Nilo. Sistema deltaico são conjuntos de subambientes que constituem o ambiente deltaico. Complexo deltaico corresponde a uma associação de deltas geológica e geneticamente relacionada entre si, porem espacial e temporalmente independentes. * * * A palavra delta continua sendo empregada pelos geólogos e geógrafos físicos, referindo-se aos depósitos sedimentares contíguos em parte subaéreos e parcialmente submersos, depositado em um corpo de água (oceano ou lago), principalmente pela a ação de um rio, de acordo com Moore & Asquith. O ultimo texto desta definição não é usada para os últimos 2.500 anos, sendo mais utilizada a descrita a seguir por Scott & Fisher (1969), “delta é um sistema deposicional alimentado por um rio, que causa uma progradação irregular da linha de costa”. Observa-se que a definição de delta é atualmente muito amplo, sendo empregado para designar associações de fácies sedimentares, que tem em comum zonas de vinculadas a curso fluvial. * * * * * * Fatores que controlam a formação de um delta Para que um delta seja formado, é necessário que um rio (corrente aquosa), transportando carga sedimentar, flua rumo a um corpo permanente de água em relativo repouso. As velocidade das correntes fluviais, diminuem das desembocaduras para as porções mais distais, de modo que os sedimentos sujeitos a velocidades cada vez mais lentas (mais finos) e menos esféricas, sejam depositadas nessa sentido. Para que cargas sedimentares carreada por um rio se acumule junto a sua foz e resulte em um delta ´´e necessário que: A energia do meio receptor não atinja o nível suficiente para dispersá-la ao longo da costa, ou seja, que haja um déficit de energia do meio receptor, e os sedimentos empilhados ao redor da desembocadura fluvial. * * * Na sedimentação deltaica pode ser reconhecida fases construtivas e fases destrutivas: A fase construtiva representa um período de ativa sedimentação com rápida progradação ao redor de desembocaduras de distributários deltaico. Na extremidade do lobo deltaico, então abandonado, inicia-se a fase destrutiva, que causa o retrabalhamento dos depósitos deltaico por processos atuantes na bacia receptora, com produção de fácies marinha típicas. Segundo vários autores os fatores mais importantes para formação de um delta são: clima, flutuação da descarga fluvial e da carga sedimentar, processos relacionado à desembocadura fluvial, energia das ondas, regime de marés, ventos, correntes litorâneas, declividade da plataforma, tectônica e geometria da bacia receptora. Mais os fatores decisivos para a sedimentação deltaica são: Regime fluvial; Processos costeiros; Fatores climáticos; e Comportamento tectônico; * * * Classificação de deltas Diferentes critérios tem sido usados na classificação de deltas. Considerando a natureza da bacia receptora, os deltas são classificados em continentais (lacustres) e marinhos (ou oceânicos). Baseando-se nos contrastes de densidade entre as águas dos afluentes fluvial principal e o corpo liquido receptor, reconheceu três tipos fundamentais: Deltas homopicnais; Deltas hiperpicnais; Delta hipopicnais; * * * * * * Moore (1966), baseando-se em Lyell (1832) e Bates (19530, estabeleceu quatro tipos principais de deltas De canhão submarinos (fluxo hiperpicnal em forma de jato plano); Lacustres (fluxo homopicnal em forma de jato axial); Mediterrâneos (fluxo homopicnal em forma de jato plano); Oceânicos (construídos em ambientes de macromarés); Scott & Fisher (1969), estabeleceram dois grandes grupos: predominancia de Deltas construtivos com predominância de fácies fluviais; e Deltas destrutivos com fácies marinhas; * * * * * * * * * Galloway (1975) apresentou uma classificação modificada de Scott & Fisher, baseada na ação recíproca dos processos marinhos e no papel desempenhado por esses processos na construção deltaica, propondo uma grande variedade de deltas, que foram agrupados em um diagrama triangular, segundo três membros extremos: Deltas de domínio fluvial; Deltas de dominados por ondas; Deltas dominados por marés; * * * * * * Subambientes e Fácies Sedimentares Deltaicos Todos os deltas compreende uma porção subaérea e outra subaquosa. A parte subaérea abrange a planície deltaica situada acima da maré baixa. A parte subaquosa representa a porção permanentemente submersa. Na porção subaérea podem ser reconhecidas as partes superior e inferior, separados pelo o limite de influencia das marés. O delta admite uma subdivisão em três grandes províncias de sedimentação: Planície ou plataforma deltaica; Talude ou frente deltaica; e Prodelta; * * * * * * Planície Deltaica Constitui a superfície suborizontal adjacente à desembocadura da corrente fluvial. As unidades sedimentares são denominados de depósitos dorsais (ou de topo). Abrange a parte predominantemente subaérea, onde a corrente fluvial distribuem em vários distributários deltaicos. Ela inclui, os canais distributários e as áreas entre estes distributários, onde se desenvolvem lagos, pântanos, etc. Os principais depósitos sedimentares associado a planície deltaica são: Depósitos de preenchimento de canais; Depósitos de diques naturais; Depósitos de planícies interdistributárias; e Depósitos de pântanos; * * * * * * Frente Deltaica Esta província formam área frontal de deposição do delta que avança sobre os depósitos de prodelta. São depositados siltes e areias finas fornecidos pelos principais distributários deltaicos, o conjunto desses depósitos recebe o nome de depósitos frontais. Os principais depósitos associados à frente deltaica são: Depósitos de barra distral; Depósitos de barras de desembocadura de distributário; Depósitos de canal distributário submerso;e Depósitos de dique natural submerso; * * * * * * Prodelta A sedimentação prodelta é essencialmente argilosa e representa a parte mais avançada de deposição de sedimento carreados por um rio para uma bacia receptora. A construção de um delta tem início com a deposição dessa argila marinha. As argilas dessas contem uma quantidade moderadamente altas de matéria orgânica e uma fauna marinha excessivamente pobre em numero de espécies e em diversidade, depende da taxa de sedimentação. Duas feições geológicas estam associados a depósitos prodelta argilosa são: Planícies de lama (Mudflats), são formados onde o fornecimento de lama fluvial sobrepuja a capacidade de disperção de processos costeiros; e o Diápiros de lama (Mullumps), são projeções de lama dentro dos depósitos de barra de desembocadura ou extrusões de lamas, formando ilhas proximas as desembocadura dos distributários. * * * * * * AGRADECEMOS A TODOS ..... FIM..............
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