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Estuários

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ESTUÁRIOS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
CENTRO DE CIÊNCIAS
EQUIPE: Elenilza Nascimento Gomes
	 Marcelo Luís dos Santos Guimarães
DISCIPLINA: Sedimentologia
PROF.: Satander
Junho de 2008
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ESTUÁRIOS
INTRODUÇÃO
		A palavra Estuário derivado do latin aestuarium, cujo significado é maré ou onda abrupta de grande altura.
		Cameron e Pritchard (1963): “Estuário é um corpo de água costeiro semi-fechado, com uma livre ligação com o oceano aberto, no interior do qual a água do mar é mensuravelmente diluída pela água doce oriunda da drenagem continental”.
		
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		É um corpo aquoso litorâneo raso e geralmente salobro com circulação mais ou menos restrita, que mantém comunicação constante com o oceano aberto. (Pritchard - 1967)
		
Estuário do Rio Jaguaribe - Ceará
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	Apesar de influenciados pelas marés, os estuários estão protegidos das ondas, ventos e tormentas marítimas pelos arrecifes, ilhas que atuam como barreiras ou franjas para o terreno, lodo ou areia, que definem a fronteira do estuário. São encontrados em todas as formas e tamanhos e podem chamar-se baías, lagoas, portos, enseadas ou canais. (Note que nem todos os corpos d'água com estes nomes são necessariamente estuários. 
	A peculiaridade de um estuário é a mistura de águas doce e salgada (e o não o nome). O ambiente de estuários figura entre os mais produtivos da Terra, criando, a cada ano, mais matéria orgânica que áreas, comparáveis em tamanho, de bosques, prados ou terras agrícolas. 
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Pode ser subdividido em três zonas distintas:
 
Seção longitudinal de um sistema estuarino indicando: as zonas de Maré do Rio (ZR), de Mistura (ZM) e a Costeira (ZC).
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	Zona de Maré do Rio (ZR): Parte fluvial com salinidade praticamente igual a zero, mas ainda sujeitam a influência de maré;
	Zona de Mistura (ZM): Região onde ocorre a mistura da água doce da drenagem continental com a água do mar;
	Zona Costeira (CZ): Região costeira adjacente que se estende até a frente da pluma estuarina que delimita a Camada Limite Costeira (CLC)
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Delimitação funcional de um sistema estuarino (modificado de MIRANDA, 2002).
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 CLASSIFICAÇÃO DOS ESTUÁRIOS 
Quanto a Morfologia:
1 - Planícies Costeiras
		São estuários característicos de regiões de planície costeira com o processo de formação relacionado à transgressão marinha no Holoceno, provocando a inundação dos vales dos rios 
		São sítios de rápida acumulação sedimentar e tem alto potencial de preservação. 
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Rio Sena (Fr)
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2 - Fiorde
		Esse tipo de estuário teve sua formação através da intensa escavação glacial na planície costeira ou na plataforma continental, regiões que se encontravam cobertas por calotas de gelo durante o Pleistoceno. 
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Sognefijord - Norway
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3 - Estuários com Barras de Desembocadura
		São resultado do retrabalhamento dos sedimentos na desembocadura pela dinâmica marinha, formando flechas arenosas ou ilhas-barreiras que podem bloqueá-la parcial ou quase totalmente.
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Baía de Sepetiba (RJ)
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 4 - Tectônico
		
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		Os estuários restantes estão agrupados aqui por serem formados por outros processos costeiros, como: falhas tectônicas, erupções vulcânicas, tremores e deslizamentos de terra. Dentre os principais estuários dessa classificação estão: os Deltas Estuarinos com processo de grande sedimentação formando pequenas ilhas na sua parte interna (delta de enchente) e os que formam ilhas na parte externa (delta de vazante); os Ria de origem tectônica, formados por elevação da parte continental; e as Lagunas Costeiras formadas pelo fechamento da ligação com o mar.. 
5 - Os outros Tipos de Estuários
		
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5 - Os outros Tipos de Estuários
		
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Classificação de acordo com a Estratificação de Salinidade: 
 Cunha Salina
		São estuários típicos de regiões onde prevalecem às descargas fluviais em relação à força da maré.
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Parcialmente Misturado
		Nesse tipo de estuário todo o volume de água no seu interior é agitado periodicamente com a co-oscilação da maré. Predomina a corrente de maré.
 
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Verticalmente Bem Misturado
		Esse tipo de estuário forma-se em geral em canais rasos e estreitos forçados por descarga fluvial pequena. 
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CARACTERÍSTICAS DO ESTUÁRIO
SALINIDADE: esta é a feição dominante neste ambiente e varia conforme a topografia, estação do ano, quantidade de água doce trazida pelos rios e marés.
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TURBIDEZ: as águas do estuário possuem uma grande quantidade de partículas em suspensão, o que dificulta a penetração da luz, causando uma diminuição da fotossíntese e da produtividade. De fato, o estuário é uma das poucas regiões marinhas em que a fotossíntese não ocorre na água (no caso do Estuário de Santos, há as árvores de mangue).
TEMPERATURA: é mais variável do que nas águas costeiras, em razão do menor volume de água existente no estuário e da entrada de água doce (esta tende a ser mais fria, fazendo a temperatura variar mais).
ONDAS: os estuários são locais de águas calmas, cujas correntes são causadas principalmente pelo fluxo de água salgada e dos rios.
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SUBSTRATO: a maior parte dos estuários possui substratos macios e lamosos. O estuário é um ambiente deposicional e seus sedimentos provêm da água do mar e dos rios.
OXIGÊNIO: o teor de oxigênio é mais alto na coluna d’água que no substrato, que possui muito pouco oxigênio por causa da oxidação bacteriana.
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	Os estuários do Brasil, assim como em todo o Hemisfério Sul , encontram-se em processo de evidente preenchimento sedimentar, decorrente não apenas do aporte sedimentar mas também da queda do nível relativo do mar no Holoceno Médio e Superior.
	Em todo o litoral são inúmeros os casos de fundos lagunares aflorantes, de rios desaguando diretamente no mar ou de sistemas de canais de maré meandrando entre extensas áreas de manguezais. As únicas regiões estuarinas ainda em estágios de preenchimento são as grandes baías com evidente controle tectônico, como a Baía de Todos os Santos e Camumu, no litoral do Estado da Bahia. 
	
DINÂMICA ESTUARINA
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O estudo da hidrodinâmica, morfologia e sedimentação nestes estuários permite a investigação dos processos de preenchimento sedimentar dos estuários, a estimativa do trânsito de material particulado (poluente ou não) entre o continente e a plataforma continental e a aquizição de informações hidro-sedimentares importantes para o gerenciamento da zona costeira
PROCESSOS ATUANTES
Marés
Descargas de Águas Fluviais
Vento 
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	A importância da corrente fluvial depende do seu caudal e da velocidade com que as águas vêm animadas.
	A corrente fluvial é contrariada pela força da maré enchente. Pelo contrário, ela vai sofrer um reforço assinalável pela corrente da vazante.
	Ao chegar ao estuário a força da corrente fluvial amortece-se, por diminuição do declive e pela resistência oferecida pela água do mar e acaba por anular-se.
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Sedimentação Estuarina
	Os sedimentos em trânsito ou depositados em um estuário podem ser provenientes da área continental (emersa) adjacentes, sendo supridos por rios ou originários do mar.
	Em geral, simultaneamente à retenção de grande parte dos sedimentos fluviais, alguns sedimentos fornecidos pela deriva litorânea e pelo oceano aberto são introduzidos nos estuários. Deste modo, muitos dos estuários deverão ficar completamente assoreados em algumas centenas de milhares de anos.
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Diferença entre Estuário e Delta
	Estuário: É um corpo aquoso litorâneo raso e geralmente salobro com circulação mais ou menos restrita, que mantém comunicação constante com o oceano aberto.
	Delta: designa-se por delta a foz de um rio em forma de leque ou triângulo - que é a forma da letra grega maiúscula com este nome (Δ) -, caracterizada pela presença de inúmeros canais e ilhas. Esse tipo de foz é comum em rios de planícies, devido à pequena declividade e, conseqüentemente, pequena capacidade de descarga
de água. Isto acontece devido à acumulação de areia na foz do rio e à pouca velocidade do rio
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	Muitas vezes, usa-se a palavra estuário em contraposição ao delta, onde o rio se mistura com o mar através de varios canais ou braços do delta. No entanto, um delta pode considerar-se também uma região estuarina.
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