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Parasitologia Veterinária - Babesia e Babesiose

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Resumo de Parasitologia Veterinária - Babesia 
Francimery Fachini 
 
1 
 
Protozoologia 
Protozoários: reino Protista 
Babesia sp. 
 
Phylum Apicomplexa 
Ordem: Piroplasmorida 
Família: Babesiidae – Babesia sp. 
 
Ordem: Eicoccidiorida 
Família: Eimeriidae – Eimeria sp , Isospora sp. 
Família: Cryptosporidiidae: Cryptosporidium sp. 
Família: Sarcocystiidae: Toxoplasma gondii, Sarcocystis sp., Neospora sp. 
 
Babesia spp. 
Bovino: B. bigemina, B. bovis, B. berbera, B. divergens e B. major 
Ovino: Babesia motasi, B. foliata e B. taylory 
Eqüino: B. caballi B. eqüi 
Suíno: B. trautmani B. perroncitoi 
Carnívoros: B. canis, Babesia gibsoni 
 
Babesiose: parasitas intracelulares -> anemia e hemoglobinúria 
Transmitidos por carrapatos nos quais os protozoários são transmitidos de maneira 
transovariana(ovo) e transestadial(muda). 
Prejuízos: mortalidade, morbidade. Dificulta o desenvolvimento e diminui a resistência. 
São protozoários que se locomovem por deslizamento. 
Resumo de Parasitologia Veterinária - Babesia 
Francimery Fachini 
 
2 
 
A reprodução é assexuada por esquizogonia em eritrócitos. 
Reprodução sexuada e assexuada em carrapatos. 
Hospedeiro invertebrado – carrapatos podem albergar mais de uma espécie de 
Babesia. 
Hospedeiro vertebrado – bovinos, ovinos, suínos, equinos, cães e homens. 
 
Ciclo biológico: 
Esporozoítos na saliva do carrapato são inoculados no mamífero. Assim sendo, os 
esporozoítos vão penetrar nas hemácias. Reprodução assexuada nos eritrócitos 
formando merozoítos. Os merozoítos podem invadir novas células ou serem ingeridos 
por carrapato. Depois de reprodução sexuada e assexuada no carrapato dois 
caminhos: formam-se milhares de esporozoítos que são liberados na saliva; ou 
ovários são contaminados gerando ovos e larvas infectados. 
Localização no hospedeiro: 
Sangue periférico- alta parasitemia: anemia hemolítica. 
Viscerotrópica - podem causar doença sem alta parasitemia, os animais podem sofrer 
infecções letais com formação de trombo cerebral sem apresentar anemia -> sinais 
neurológicos. 
 
Resumo de Parasitologia Veterinária - Babesia 
Francimery Fachini 
 
3 
 
 
 
B. bigemina - grande* - periférica - bovino 
B. bovis – pequena ** - viscerotrópica - bovino 
B. caballi – grande – viscerotrópica - eqüino 
B. canis – grande – viscerotrópica – cão 
B. gibsoni – pequena – periférica – cão 
 
Patogenia: 
Pode variar de acordo com: 
Idade do hospedeiro – mais velhos, mais susceptíveis. 
Estado nutricional 
Estado imunológico – 
 Imunodeprimidos mais susceptíveis 
 Após a primo-infecção recidivas: estabelecimento gradual de imunidade 
 Sem reinfecção por ~ 8 meses: menor resposta imunológica. 
Virulência do agente 
Resumo de Parasitologia Veterinária - Babesia 
Francimery Fachini 
 
4 
 
Grau de infestação (carrapatos) 
Associação com outros patógenos, hemoparasitas 
 
Babesiose em equinos: 
Piroplasmose equina ou nutaliose – a doença é o principal impedimento para o trânsito 
internacional de cavalos. 
Brasil – problemas na exportação de equinos. 
Babesia caballi parasitemias baixas < 1%, portadores por 1 a 3 anos, sinais clínicos 
menos severos. Período de incubação entre 10-30 dias. 
Babesia equi Theileria equi Infecções persistentes por toda a vida: o animal 
perpetua o agente, divisão em 4 merozoitos (cruz de malta), desenvolvimento primário 
em linfócitos, período de incubação entre 12-19 dias. 
 
Sinais em equinos: 
Agudos - febre, inapetência, dispnéia, edema, icterícia, prostração (raro em áreas 
endêmicas). 
Sub-agudos - mesmos sinais com manifestação menos intensa e intermitente. 
Crônicos - mais comuns, sinais inespecíficos. 
Portador assintomático - pode reverter para quadros agudos ou sub-agudos em 
situações de estresse oudoenças intercorrentes. 
Quadros sub-clínicos - diminuição da performance em animais de competição, pode 
comprometer o potencial atlético do animal. 
 
Babesiose em cães 
Piroplasmose – nambiuvu 
Frequente em cães com jovens e com mais de 2 anos de idade. 
Características: depende da intensidade da parasitemia, doença hemolítica, anemia 
progressiva, alterações da coagulação. Sintomas: anemia, febre, anorexia, 
desidratação, perde de peso, dor abdominal, sensibilidade renal a palpação. 
Babesiose cerebral pode ser observada. 
 
A Tristeza Parasitária de Bovinos: 
Protozoários do gêneros Babesia (B. bovis e B. bigemina) associados a uma Rickettsia 
denominada Anaplasma marginale. 
Sinais clínicos no bovino: inicia duas a três semanas após a inoculação e geram febre 
alta. Anorexia e atonia rumenal. Isolamento – procura permanecer deitado e à sombra. 
Dorso arqueado e o pelo arrepiado. Dispneia e taquicardia. 
Cerca de 75% dos eritrócitos podem ser destruídos num espaço de pouco dias. A 
anemia é o principal fator causador de fraqueza e perda da condição corporal. 
Inicialmente as mucosas ficam pálidas e icterícias 
Hemoglobinúria. 
 
Resumo de Parasitologia Veterinária - Babesia 
Francimery Fachini 
 
5 
 
Sinais neurológicos: 
Babesia bovis – tropismo pelo sistema nervoso, rins, baço e coração – baixa 
parasitemia. 
Vetor: Boophilus microplus 
Do 8º ao 15º dia após infecção – hiperexcitabilidade, convulsões, opistótono. 
 
Infecção com Babesia bovis 
Babesiose cerebral – sintomas neurológicos 
Inicialmente apresentam-se deprimidos e podem deitar-se com a cabeça estendida, 
ou movimentação descoordenada. 
 
Diagnóstico: 
Presença de Babesia spp nos eritrócitos de esfregaços sanguíneos. 
Esfregaço sanguíneo corado 
Sorológicos: ELISA, Imunofluorescência indireta. 
 
Tratamento: 
Babesicidas, tratamento suporte para anemia, insuficiência renal. 
 
Controle da babesiose: 
Controle do carrapato = carrapaticidas, endectocidas e inibidores do crescimento. 
Premunição – infecção/tratamento. 
Vacinação com cepas atenuadas. 
Premunição (infecção deliberada): a premunição baseia-se na ideia de provocar 
exposição a Babesia spp. através de doses pequena de antígenos. 
Eritrócitos infectados são transferidos de um animal para um suscetível, em geral 
recém adquirido de uma área livre de babesiose ou utilização de inóculos 
padronizados. 
 
Controle- vacinação 
Método seguro de imunização, garantindo proteção e não disseminando doenças. 
A vacina trivalente, desenvolvida pela EMBRAPA – CNPGC 
Foi testada em bezerros recém-nascidos de alta suscetibilidade = bons resultados.

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