Buscar

Resumo Trichostrongyloidea

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Resumo de Parasitologia Veterinária – Superfamília Trichostrongyloidea 
Francimey Fachini 
 
1 
 
 
Helmintologia 
Classe Nematoda 
Características principais: 
Corpo cilíndrico, possuem simetria bilateral, dupla camada de membranas. 
O processo de ovo até adulto há 5 fases. 
São dioicos e podem apresentam cristas, espinhos ou asas. 
 
 
Morfologia interna: 
Ausência de aparelho respiratório e circulatório. 
Presença de aparelho digestório completo com boca, esôfago e intestino, sendo cloaca nos machos e 
ânus nas fêmeas. 
Aparelho reproduto masculino e feminino, sendo que o masculino possui órgãos acessórios da cópula. 
As fêmeas podem ser: ovíparas, ovovivíparas e larvíparas. 
 
Ciclo biológico geral: 
Desenvolvimento do ovo até o adulto em estágios – 
Ovo – L1 – L2 – L3 – L4 – L5 – Adulto 
 ↓ 
 Estágio infectante 
 ↓ 
Resumo de Parasitologia Veterinária – Superfamília Trichostrongyloidea 
Francimey Fachini 
 
2 
 
 Ingestão/Penetração 
Larva de estágio 3: 
O desenvolvimento de l3 a adulto pode ser permanecendo no tubo digestivo, desenvolverem-se fixados 
à mucosa e indo a circulação para se desenvolverem nos órgãos. 
Resistência da larva: possui uma cutícula de quitina muito resistente, não se alimenta e pode sobrviver 
por muitos meses. 
Sem migração = larva vai direto ao seu habitat definitivo 
Com migração = Ciclo pulmonar: Ingestão de ovos → eclosão no ID → L1 (L2 ou L3)→atravessa parede 
ID → sistema porta → coração →pulmão → alvéolos → brônquios → faringe →deglutição 
 Ciclo de Looss: penetração ativa (cutânea) → coração →pulmão → alvéolos → 
brônquios → faringe →deglutição 
 
 
 
 
Pilo NEmathelminthes 
Classe Nematoda 
SUPERFAMÍLIA TRICHOSTRONGYLOIDEA 
São pequenos e filiformes, avermelhados ou brancos e ficam fortemente encravados na mucosa. 
Extremidade anterior: capsula bucal vestigial. Com ou sem lanceta, com ou sem papilas cervicais, com 
ou sem expansão cefálica. 
Resumo de Parasitologia Veterinária – Superfamília Trichostrongyloidea 
Francimey Fachini 
 
3 
 
Machos – bolsa copuladora com lobos laterais bem desenvolvidos; dois espículos; com ou sem 
gubernáculo. 
Fêmea – com ou sem processo vulvar. Ovíparas, ovo de 60 a 80 micra. 
 
 
Parasitas de Abomaso de ruminantes: 
Haemonchus contortus 
Haemonchus similis 
Haemonchus placei 
Ostertagia ostertagi 
Ostertagia lyrata 
Ostertagia (Teladorsagia) circumcincta 
Ostertagia (Teladorsagia) trifurcata 
Ambos afetam ovinos, caprinos e bovinos. 
Trichonstrongylus axei – ovinos, caprinos, bovinos, equinos, humanos 
 
Parasitas de Intestino delgado de ruminantes: 
Trichonstrongylus spp. – colubriformes, vitrinus e longispicularis 
Cooperia spp. – curticei, oncophora, pectinata, punctata 
Nematodirus spp. – battus,spathiger, filicollis. 
Ambos bovinos, caprinos e ovinos. 
Nematodirus helvetianus - somente bovinos 
 
Ciclo Biológico: 
Ciclo Exógeno – Direto 
 5 a 12 dias em condições ótimas (média 7 dias). 
Exceção: Nematodirus spp. Evoluem até o estádio de L3 dentro do ovo, levando em média 15 dias. 
Resumo de Parasitologia Veterinária – Superfamília Trichostrongyloidea 
Francimey Fachini 
 
4 
 
L3 possui geo e fototropismo negativo e termo e hidrotropismo positivo. A L3 sobrevive de 60 a 180 dias 
na pastagem. Em boas condições pode viver até 1 ano. 
 
 
Ciclo Endógeno: 
Mecanismos de infecção do hospedeiro: ingestão de L3 na pastagem ou na água. 
Ciclo Tissular. L3 penetra na mucosa do órgão alvo (abomaso/ estômago, ou ID) para realizar a muda 
para L4. 
PPP = 2 a 3 semanas. Pode ser prolongado devido a hipobiose ou devido a imunidade do hospedeiro. 
Resumo de Parasitologia Veterinária – Superfamília Trichostrongyloidea 
Francimey Fachini 
 
5 
 
Gênero Haemonchus 
 
Haemonchus sp. 
Avermelhados e grandes, sendo que os machos medem cerca de 10 a 20 mm enquanto as fêmeas 
medem de 18 a 30 mm. 
A extremidade anterior é caracterizada por lanceta sugadora e papilas cervicais bem desenvolvidas, na 
altura do primeiro terço do esôfago. 
Os machos possuem bolsa copuladora com lobo dorsal assimétrico; espículos curtos e gubernáculo 
presente e desenvolvido. 
As fêmeas possuem ovários e úteros acinzentados, rodeando de forma espiral o tubo intestinal 
avermelhado. Com ou sem processo vulvar que pode ser linguiforme ou em forma de botão. 
 
Patogenia - são parasitas altamente hematófagos sendo que 5000 fêmeas adultas podem sugar cerca 
de 250 ml/sangue/dia. 
Hemoncose hiperaguda: caracterizada por infecções maciças com até 30.000 helmintos. E ocorre devido 
a uma ingestão de grande número de larvas. No caso de ovinos, podem estar aparentemente bem e de 
repente terem morte súbita por gastrite hemorrágica. 
Hemoncose Aguda: 2000 a 20000 helmintos. A perda de sangue leva a anemia com mucosas 
esbranquiçadas e a hipoproteinemia que é a formação de edema submandibular. A anemia é 
evidenciada após 2 semanas da infecção e pode levar a queda progressiva do hematócrito até a morte 
Hemoncose crônica: várias centenas de helmintos com perda contínua de sangue causando anemia e 
hipoproteinemia. Os sinais agravam-se com deficiência nutricional gerando perda de peso, fraqueza e 
inapetência. Diarreia escura e fétida. 
È a doença clínica mais comum em animais jovens e fêmeas em lactação – imunidade. Pode haver auto-
cura. 
 
Gêneros Ostertagia e Teladorsagia 
São parasitas brancos e pequenos, sendo que machos medem de 7 a 8 mm e as fêmeas de 9 a 12mm. 
A extremidade anterior é caracterizada pela presença de papilas cervicais pequenas, na altura do 
primeiro quinto do esôfago. 
Resumo de Parasitologia Veterinária – Superfamília Trichostrongyloidea 
Francimey Fachini 
 
6 
 
Machos com bolsa copuladora com lobo dorsal simétrico; espículos variam em forma e tamanho 
conforme espécie. Presença de gubernáculo. 
Fêmeas com vulva situada no terço final do corpo, podendo apresentar processo vulvar. A cauda se 
afina gradualmente com presença de anel. 
 
L3 e L4 penetram profundamente nas glândulas abomasais. Células parietais são substituídas por células 
indiferenciadas de divisão rápida. Diminui produção de HCl, formação de nódulos, aumento da 
permeabilidade do abomaso às macromoléculas. 
Diminuição da produção de HCl – alteração na digestão de proteínas, perda da função bacteriostática. 
Resultado – perda de peso, diarreia, edema submandibular. 
 
Gênero Trichostrongylus 
São parasitas brancos, pequenos filiformes e difíceis de observar a olho nu. Machos medem cerca de 4 a 
5 mm enquanto as fêmeas podem medir de 9 a 12 mm. 
Extremidade anterio afilada e sem papilas cervicais com presença de sulco excretor. 
Fêmea com abertura vaginal simples sem processo vulvar. Macho com lobo dorsal simétrico, espículos 
variam com a sp.,presença de gubernáculo. 
 espículos desiguais. 
Resumo de Parasitologia Veterinária – Superfamília Trichostrongyloidea 
Francimey Fachini 
 
7 
 
Patogenia – L3 penetra entre as glândulas gástricas e formam túneis entre o epitélio e a lâmina própria 
causando o espessamento da mucosa e a diminuição da produção de HCl. Adultos podem promover a 
ulceração da mucosa quando se concentram em determinado local. 
L3/L4 formam túneis entre o epitélio e a lâmina própria e quando L4 volta a luz ocorre hemorragia, 
edema e extravasamento de proteínas. Vilosidades se tornam sinuosas e achatadas, diminuindo 
superfície de absorção principalmente no duodeno. 
Sinais clínicos: diarreia escura e fétida, edema submandibular, perda de peso.Gênero Cooperia 
Brancos , pequenos e difíceis de se ver a olho nu. Machos 4-10 mm e fêmeas 5-15 mm. 
Extremidade anterior com expansão cuticular cefálica, estriação transversal na cuticula, sem papilas 
cervicais. 
Fêmea com protuberância vulvar. 
Machos com gubernáculos, lobo dorsal simétrico e espículos curtos e retorcidos com formatos 
variáveis. 
Patogenia semelhante ao Trichostrongylus. Ruptura das vilosidades intestinais com consequente queda 
da absorção. Extravasamento de proteínas quando L4 volta a luz intestinal para realizar muda. 
Sinais clínicos: diarreia, edema submandibular, emagrecimento/atraso no crescimento. 
Patógeno mais frequente na gastroenterite parasitária no Brasil. 
 
Gênero Nematodirus 
Brancos e pequenos. 
Machos 10-15 mm 
Fêmeas 15-20mm 
Extremidade anterior com expansão cuticular cefálica, estriação transversal na cutícula, ausência de 
papilas cervicais. 
 
Resumo de Parasitologia Veterinária – Superfamília Trichostrongyloidea 
Francimey Fachini 
 
8 
 
Machos: raio dorsal simétrico, 2 espículos longos e finos, fusionados na ponta. Ausência de 
Gubernáculo. 
 
Fêmeas: útero com poucos ovos grandes, cauda com término abrupto e há espinho terminal. 
Exceção: N. battus: cauda afila gradativamente. 
 
 
 
Ovos estrongilídeos: 
 
Resumo de Parasitologia Veterinária – Superfamília Trichostrongyloidea 
Francimey Fachini 
 
9 
 
 
Patogenia: semelhante ao Trichostrongylus: ruptura das vilosidades com queda de absorção; 
extravasamento de proteínas, maior lesão no íleo. 
Sinais clínicos: diarreia, edema submandibular, emagrecimento/atraso no crescimento. 
 
 
 
 
Resumo de Parasitologia Veterinária – Superfamília Trichostrongyloidea 
Francimey Fachini 
 
10 
 
Dictyocaulus viviparus – bovinos 
D. filaria – ovinos e caprinos 
D. arnfieldi – equinos 
Ambos em brônquios e traqueia. 
Finos brancos com até 8 cm, espículos curtos e iguais, papilas cefálicas, ciclo direto, ou seja, ausência de 
HI. 
 
DICTYOCAULUS SP 
São parasitas de traquéia e brônquios e atingem ruminantes e equinos. Acomete tipicamente bovinos 
jovens durante primeiro período de pastejo. 
Doença prevalente em regiões temperadas com altos índices pluviais 
CICLO BIOLÓGICO 
Após a ingestão de L3 – penetram na mucosa intestinal – migram para os linfonodos mesentéricos = L4 
L4 através da linfa chegam aos pulmões – L5 nos bronquíolos e brônquios 
PPP = 3 a 4 semanas 
 
DICTYOCAULUS 
CICLO EXÓGENO 
 L1 pode eclodir ainda no interior do animal: pesquisa de L1 e ovos larvados nas fezes 
 Tempo de desenvolvimento exógeno: mínimo de 5 dias (condições ótimas); média de 2-4 semanas 
 L3 é mais lenta que as de outros estrongilídeos: normalmente disseminada na pastagem com a água 
da chuva ou com ajuda do fungo Pilobolus 
 L3 podem sobreviver na pastagem por até 70-180 dias 
 - L4 chega ao trato respiratório por perfuração do alvéolo = alveolite 
Parasitas adultos causam irritação da mucosa e lesão do epitélio, abrindo portas para infecção 
bacteriana secundária 
São espécies que incitam uma resposta inflamatória – imune intensa, com a atração de várias células 
inflamatórias no local 
 
 
Resumo de Parasitologia Veterinária – Superfamília Trichostrongyloidea 
Francimey Fachini 
 
11 
 
Patogenia 
 
Dependendo da localização pode ocorrer: broncopneumonia, bronquites, traqueítes e laringites. 
De acordo com o número de parasitas e conforme a inflamação que o hospedeiro desencadeia pode 
haver produção de muco e fluidos que podem levar a edema pulmonar. 
A resposta imunológica pode liberar mediadores causadores de broncoespasmos. 
Em graves casos de edema e broncoespasmo pode haver obstrução respiratória resultando em morte. 
 
Sinais Clínicos: 
Infecções leves/crônicas: tosse intermitente; pode ocorrer corrimento nasal. 
Infecções médias: corrimento nasal, tosse, dispneia. 
Infecções maciças: animais com dificuldade respiratória extensão cervical para melhorar fluxo aéreo. 
Sinais respiratórios podem estar acompanhados de: apatia, anorexia, diarreia amarelada e espumosa. 
Sinais clínicos mais severos em animais jovens, que ainda não adquiriram imunidade etária. 
 
 
Diagnóstico: 
Pesquisa de ovos larvados ou L1 nas fezes: método de Rugai, Matos, Brizola ou método de Baerman. 
Achados de necropsia. 
 
Epidemiologia: 
Bezerros = acometidos clinicamente no seu primeiro período de pastejo. 
Adultos = forte imunidade adquirida. 
Infecção pode persistir de um ano para outro em áreas temperadas: 
- Larvas que sobreviveram na pastagem 
-Animais portadores 
Grande problema no hemisfério norte. 
 
Controle: 
Vacina viva atenuada via oral - Não está disponível no Brasil. 
Introdução de bezerros em pastagem contaminada e desverminação em seguida. 
Em equinos as infecções são raras. 
 
Parasita de estômago de suínos 
 
Hyostrongylus rubidus 
São vermelhos e hematófagos fortemente encravados na mucosa. 
Medem cerca de 5 a 8 mm e os machos possuem 2 espículos espessos, gubernáculo pequeno e 
alongado. 
 
 
Resumo de Parasitologia Veterinária – Superfamília Trichostrongyloidea 
Francimey Fachini 
 
12

Outros materiais