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O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Morgana Machado, (48) 9867-4812
 Direito Administrativo Decifrado 
Poderes da Administração Pública 
Prof. e Advogado -Dalmo F. Arraes Jr 
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Vamos começar aprendendo uma maneira de memorizar os poderes da 
administração. Vejamos um macete bem interessante: 
 
Lembra quando o “Ipod” foi lançado? Pois é, houve uma revolução no mercado 
musical. Essa revolução foi quase divina. 
 
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PODERES DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 
 
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Segundo o Professor Hely Lopes Meirelles, poder hierárquico é o poder de 
que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, 
ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo relação de 
subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal. 
 
Vale lembrar que subordinação só existe dentro de uma mesma pessoa 
jurídica, é estabelecida entre agentes e órgãos de uma mesma entidade, de 
maneira vertical, como decorrência do poder hierárquico. 
 
Como decorrência do poder hierárquico, a Administração possui 
prerrogativa de ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades dos seus 
órgãos e agentes no seu âmbito interno. Poder hierárquico é um poder interno e 
permanente que é exercido pelos chefes de repartição sobre seus agentes 
subordinados e pela administração central em relação aos órgãos públicos 
consistente nas atribuições de comando, chefia e direção. 
 
Do exercício do poder hierárquico decorrem as prerrogativas, do superior 
para o subordinado, de dar ordens, fiscalizar, rever, delegar e avocar. 
 
 
PODER 
HIERÁRQUICO 
 
 
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A prova de Procurador do Banco Central abordou o tema e considerou 
correta a seguinte assertiva: 
 
“São decorrências do exercício do poder hierárquico: 
i) avocação, feita por um Ministro de Estado, de competência de 
subordinado seu; 
ii) alteração, por dirigente de autarquia, de ato praticado por 
subordinado seu; 
iii) revisão, por Ministro de Estado, de ato praticado por 
subordinado seu; 
iv) delegação de competências do Presidente da República para 
um Ministro de Estado”. 
 
Lembre-se, não existe hierarquia entre a Administração Direta e a 
Administração indireta. O poder hierárquico não existe entre órgãos consultivos. 
 
O controle hierárquico permite que o superior analise todos os aspectos dos 
atos de seus subordinados – quanto à legalidade e quanto ao mérito administrativo 
– podendo ocorrer de ofício ou, quando for o caso, mediante provocação dos 
interessados, por meio de recurso hierárquico. 
 
Diferenças entre delegação e avocação: 
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Delegação é a transferência temporária de competência administrativa do 
seu titular a outro órgão ou agente público; 
 
Avocação consiste no poder que possui o superior de chamar para si a 
execução de atribuições cometidas a seus subordinados (órgão ou agente 
subordinado). 
 
Segundo a Lei nº 9.784/99, são indelegáveis: 1) a edição de atos de caráter 
normativo; 2) a decisão em recuso administrativo; 3) as matérias de competência 
exclusiva do órgão ou autoridade. 
 
A Lei nº 9.784/99 estabelece que a avocação será permitida, em caráter 
excepcional, temporário e por motivo relevante devidamente justificado. 
 
 
 
 
É o poder de que dispõe a administração pública para, na forma da lei, 
condicionar ou restringir o uso de bens, o exercício de direitos e a prática de 
atividades privadas, visando a proteger os interesses gerais e coletivos. 
 
 
PODER 
DE POLÍCIA 
 
 
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A intervenção administrativa da autoridade pública no exercício das 
atividades individuais suscetíveis de fazer perigar interesses gerais, tendo por 
objetivo evitar que se produzam, ampliem ou generalizem os danos sociais que as 
leis procuram prevenir, denomina-se poder de polícia. 
 
Nos termos do conceito podemos citar, como exemplo de poder de polícia, 
a interdição de um estabelecimento por agentes de vigilância sanitária. 
 
O poder de polícia pode envolver atos de fiscalização e sanção. A 
extensão do poder de polícia é muito ampla e inclui a proteção à moral e à 
segurança das construções. No exercício ou em razão do poder de polícia, a 
Administração Pública pode restringir direitos fundamentais. 
 
Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, poder de polícia só 
pode ser delegado a pessoas jurídicas de direito público (Ex. Bacen, INSS, IBAMA, 
INCRA), e não a pessoas jurídicas de direito privado (Ex. Correios, Banco do Brasil) 
(Adin 1.717-6). 
 
Dentre os meios de atuação do poder de polícia têm-se atos normativos e 
atos concretos, bem como atos ou medidas de polícia administrativa preventivos 
e repressivos. 
 
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O poder de polícia pode ser exercido preventivamente ou repressivamente: 
o exercício preventivo do poder de polícia é quando o poder público estabelece 
normas que limitam ou condicionam a utilização de bens – públicos ou privados – 
ou o exercício de atividades privadas que possam afetar a coletividade, exigindo 
que o particular obtenha anuência da Administração pública à utilização desses 
bens ao exercício dessas atividades.Tal anuência é formalizada nos denominados 
alvarás. Os alvarás pode ser de licença ou de autorização: A licença é um ato 
administrativo vinculado (exceção à regra da discricionariedade do poder de 
polícia) e definitivo pelo qual a administração pública reconhece que o particular 
detentor de um direito subjetivo preenche as condições para o seu gozo (não 
podem ser negados quando o requerente preenche os requisitos legais); A 
autorização é um ato administrativo por meio do qual a administração pública 
possibilita ao particular a realização de atividade privada de predominante 
interesse deste, ou a utilização de um público. O particular apesar de ter interesse 
na obtenção do ato, não possui direito subjetivo, é um ato precário e discricionário 
(pode ser simplesmente negada, mesmo que o requerente preencha todos os 
requisitos legais e regulamentares). Exemplo de autorização: o porte de arma de 
fogo. 
 
Já o poder de polícia repressivo, é consubstanciada na aplicação de 
sanções administrativas como consequência da prática de infrações a normas de 
polícia pelos particulares e a elas sujeitos. A imposição de sanção do poder de 
polícia é ato autoexecutório, ou seja, para aplicar a sanção, a administração não 
precisa de autorização prévia do poder judiciário. 
 
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Para fins práticos é possível simplificar o poder de polícia reduzindo-o a três 
atividades fundamentais: limitar, fiscalizar e sancionar. Dessa maneira, toda vez 
que a Administração Pública limita, fiscaliza ou sanciona particulares, em favor dos 
interesses da coletividade, estaremos diante de manifestação do poder de polícia. 
 
 
 
 
• Necessidade: o Poder de polícia só deve ser adotado para evitar 
ameaças reais ou prováveis de perturbações ao interesse público; 
 
• Proporcionalidade: é a exigência de uma relação entre a limitação ao 
direito individual e o prejuízo a ser evitado; 
 
• Eficácia: a medida deve ser adequada para impedir o dano ao interesse 
público. 
 
 
 
 
 
Limitações do 
Poder de Polícia 
 
 
 
Atributos do 
Poder de Polícia 
 
 
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O tema não está pacificado na doutrina. Para Celso Antônio Bandeira de 
Melo, os atributos somente são a discricionariedade e autoexecutoriedade. Já 
para Maria Sylvia Di Pietro são atributos a discricionariedade, a 
autoexecutoriedade e a coercibilidade, corrente que adotamos nesta obra. 
Atributos do poder de polícia: 1) discricionariedade; 2) autoexecutoriedade; 3) 
coercibilidade. 
 
 
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Podemos definir o poder disciplinar na possibilidade de a Administração 
aplicar punições aos seus agentes públicos que cometem infrações funcionais. É 
um poder interno, não permanente e discricionário. Pode ser aplicado a 
particulares quando estes forem contratados da Administração. Com relação ao 
poder disciplinar da Administração Pública, pode-se afirmar que é a faculdade 
punitiva interna da Administração, só abrangendo as infrações relacionadas com 
o serviço. 
 
Frisa-se que, constatada a infração, a Administração é obrigada a punir seu 
agente (poder-dever). Mas a Administração poderá fazer um juízo de 
discrionariedade sobre a punição. Podemos afirmar que, o poder disciplinar é 
vinculado ao dever de punir e discricionário quanto à escolha da pena aplicável. 
 
Segundo o art. 127 da Lei 8.112/90, há seis penalidades diferentes para faltas 
funcionais praticadas por servidores públicos federais: 1) advertência; 2) suspensão; 
3) demissão; 4) cassação da aposentadoria ou da disponibilidade; 5) destituição 
de cargo em comissão; 6) destituição da função comissionada. 
 
 
PODER 
DISCIPLINAR 
 
 
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Vale lembrar que, a aplicação de qualquer uma dessas penalidades exige-
se instauração de processo administrativo respeitando o contraditório e ampla 
defesa, sob pena estar eivada de nulidade. Se o superior hierárquico presenciar a 
falta disciplinar, essa circunstância não o exime de explicitar os motivos que o 
levaram a impor a penalidade ao subordinado. 
 
Lembre-se que, quando a Administração aplica uma sanção disciplinar a 
um agente público, essa atuação decorre imediatamente do poder disciplinar e 
mediatamente do poder hierárquico. Todavia, quando a Administração aplica 
uma sanção administrativa a alguém que descumpriu um contrato administrativo, 
há exercício do poder disciplinar, mas não há poder hierárquico. 
 
Atenção: o ato de aplicação da penalidade do poder disciplinar deverá 
ser sempre motivado. 
 
 
 
 
Poder discricionário é o poder conferido à Administração Pública, 
reservando uma margem de liberdade para que o agente público, diante de um 
fato concreto, possa escolher entre as opções predefinidas (escolha nos limites da 
lei) de qual pode ser a mais certa para defender o interesse coletivo (interesse 
público). O poder discricionário traduz-se no denominado mérito administrativo. 
 
PODER 
DISCRICIONÁRIO 
 
 
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O poder discricionário tem como limites, além daqueles expressos em lei, ou 
de qualquer forma decorrente dela, os princípios jurídicos, dentre os quais 
sobrelevam os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. O poder 
discricionário não se exerce acima ou além da lei, senão como toda e qualquer 
atividade executória com sujeição a ela. 
 
Segundo a doutrina tradicional, a competência, a finalidade, são 
elementos sempre vinculadosnos atos administrativos, até mesmo nos atos 
discricionários. 
 
O que se entende por discricionariedade técnica? A expressão 
“discricionariedade técnica” é utilizada para designar a solução de questões que 
exijam conhecimento científico especializado. Nesses casos, a Administração 
Pública é obrigada a tomar uma decisão amparada em parecer técnico-
profissional. Exemplo: ordem de demolição fundamentada em laudo de renomado 
engenheiro civil atestando o comprometimento da estrutura da construção. Como 
a discricionariedade técnica envolve conhecimentos especializados, a 
Administração fica vinculada à manifestação conclusiva do profissional 
consultado. 
 
 
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Poder vinculado é aquele de que dispõe a administração para a prática 
de atos administrativos em que é mínima ou inexistente sua liberdade de atuação, 
ou seja, é quando a lei atribui determinada competência definindo todos os 
aspectos da conduta a ser adotada, sem conferir uma margem de liberdade para 
o agente público escolher a forma de agir. Em se tratando de poder vinculado, a 
liberdade de ação do administrador é mínima, pois terá que se ater à enumeração 
minuciosa do Direito Positivo para realizá-lo eficazmente. 
 
 
 
 
Também denominado “regulamentar”, o poder normativo confere ao 
chefe do Executivo a possibilidade de, por ato exclusivo e privativo, editar normas 
(regulamentos ou decretos) complementares à lei para o fim de explicitá-la ou de 
promover a sua execução. Teoricamente o regulamento apenas detalha ou 
explicita aquilo que já está na lei, sem ir além das suas disposições, muito menos 
contrariá-la. A competência regulamentar é privativa dos Chefes do Executivo e, 
em princípio, indelegável. 
 
 
PODER 
VINCULADO 
 
 
 
PODER 
NORMATIVO 
 
 
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O poder regulamentar enquadra-se em uma categoria mais ampla 
denominada poder normativo, que inclui todas as diversas categorias de atos 
gerais, tais como: regimentos, instruções, deliberações, resoluções e portarias. 
 
O exercício do poder regulamentar independe de previsão na lei a ser 
regulamentada. 
 
Tem o como fundamento constitucional o art. 84, inciso IV, CF/88. A partir 
da emenda constitucional nº 32/2001, o Brasil passou a ter, ao lado dos decretos 
regulamentares, que são a regra geral, a previsão constitucional dos decretos 
autônomos. 
 
Sua função específica é estabelecer detalhamentos quanto ao modo de 
aplicação de dispositivos legais, dando maior concretude, no âmbito interno da 
Administração Pública, aos comandos gerais e abstratos presentes na legislação. 
 
O que se entende por referenda ministerial? 
De acordo com o artigo 87, parágrafo único, I, da Constituição Federal, 
referenda ministerial é a manifestação de anuência aposta pelo Ministro de Estado 
nos atos e decretos presidenciais que versem sobre matéria relacionada ao 
respectivo ministério. A doutrina discute o que ocorre se o Ministro deixar de 
referendar decreto pertinente à sua pasta. O entendimento majoritário considera 
que a falta de referenda não interfere na existência, validade ou eficácia do 
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decreto. É a mesma conclusão a que chegou o Supremo Tribunal Federal no 
julgamento do MS 22.706-1. Entretanto, a recusa na aposição da referenda 
ministerial representa grave ruptura da vinculação hierárquica diante do 
Presidente da República, importando a automática exoneração do Ministro 
envolvido. 
 
 
 
 
 
1) A faculdade de avocar e o autocontrole pela via recursal decorrem do 
poder administrativo: 
a) Vinculado 
b) Disciplinar 
c) Hierárquico 
d) Discricionário 
 
2) Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna: Por meio do 
Poder _________ a Administração Pública pode condicionar e restringir o uso e o 
gozo de bens, atividades e direitos individuais em benefício da coletividade ou do 
próprio Estado": 
 
QUESTÕES 
PARA MEMORIZAÇÃO 
 
 
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a) Vinculado 
b) Disciplinar 
c) Normativo 
d) De polícia 
 
3) A prerrogativa confiada ao chefe do Executivo de editar normas gerais e 
abstratas que permitam o cumprimento das leis traduz-se em seu poder: 
a) Regulamentar 
b) Disciplinar 
c) Hierárquico 
d) Discricionário 
 
4) A autorização administrativa concedida a um comerciante para colocar 20 
mesas em frente ao seu estabelecimento comercial decorre do poder: 
a) Vinculado 
b) Disciplinar 
c) Hierárquico 
d) Discricionário 
 
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5) Assinale a alternativa que caracteriza o exercício de poder disciplinar pela 
Administração Pública: 
a) Fechamento de estabelecimento comercial por falta de higiene. 
b) Punição de servidor por descumprimento de seus deveres funcionais. 
c) Desapropriação de imóvel para construção de hospital. 
d) Fixação de taxa para a prestação de serviço público de coleta de lixo. 
 
6) Do poder de polícia decorrem: 
a) Supressões de direitos individuais 
b) Limitações ao exercício de direitos individuais 
c) Desapropriação da propriedade privada em benefício do interesse público. 
d) Todas as alternativas anteriores estão corretas. 
 
7) Quando a lei estiver condicionada a regulamento futuro, este terá natureza 
de: 
a) Condição resolutiva da exequibilidade ou execução da lei. 
b) Condição suspensiva da exequibilidade ou execução da lei. 
c) Condição suspensiva e resolutiva da exequibilidade ou execução da lei. 
d) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Morgana Machado, (48) 9867-4812
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8) Sobre Poder regulamentar, assinale a alternativa incorreta. 
a) O poder regulamentar é também denominado "normativo". 
b) A omissão da Administração em editar o regulamento pode permitir a 
impetração de mandado de injunção se inviabilizar o exercício de direitos ou 
prerrogativas ligadas à soberania, à nacionalidade e à cidadania. 
c) O conteúdo do regulamento tem que necessariamente reproduzir apenas o 
que já estiver estabelecido na lei, sob pena de ilegalidade. 
d) O Poder Judiciário pode apreciar a legalidade do decreto ou regulamento 
de execução. 
 
9) Sobre Poder normativo, analise as afirmações abaixo e escolha a alternativa 
correta. 
I – Os decretos e regulamentos podem sofrer o controle repressivo do Poder 
Legislativo e do Judiciário. 
II – O ato do Poder Legislativo que susta os efeitos do decreto ou regulamento será 
a "Resolução legislativa". 
III – O Tribunal de Contas não pode sustar ato normativo ilegal; pode recomendar 
que seja sustado. 
 
a) As afirmações I e II estão corretas. 
b) As afirmações I e III estão corretas. 
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c) As afirmações II e III estão corretas. 
d) As afirmações I, II e III estão corretas. 
 
10) A fiscalização realizada pela Prefeitura Municipal em bares e restaurantes 
decorre do poder: 
 
a) De polícia 
b) Disciplinar 
c) Regulamentar 
d) Hierárquico 
 
 
 
 
1) Letra C. Poder hierárquico é a prerrogativa de direito público conferida à 
Administração para permitir o estabelecimento de relação de subordinação ou de 
coordenação entre seus órgãos e agentes. Dessa forma, tem o superior hierárquico 
o dever-poder de avocar atribuições e decidir recursos. 
 
 
GABARITOS 
 
 
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2) Letra D. Poder de polícia é a prerrogativa que confere à Administração 
Pública a possibilidade de restringir, impor condições, limites ao exercício de direitos 
individuais em prol da garantia do bem estar social. 
 
3) Letra A. O poder normativo ou regulamentar é a prerrogativa atribuída ao 
Executivo para editar, nos limites de sua competência, decretos ou regulamentos 
para dar fiel cumprimento à lei. 
 
4) Letra D. Poder discricionário é a liberdade conferida por lei ao administrador 
para viabilizar o exercício da função administrativa. A autorização é ato 
discricionário, que decorre de conveniência e oportunidade apreciadas pela 
Administração Pública. 
 
5) Letra B. Poder Disciplinar é a prerrogativa de direito público conferida à 
Administração Pública para apurar e punir internamente os agentes públicos e os 
particulares sujeitos à disciplina administrativa. 
 
6) Letra B. Do poder de polícia não decorrem supressões de direitos individuais, 
mas meras limitações ao seu exercício. A desapropriação da propriedade privada 
decorre da supremacia do Interesse Público sobre o Privado, mas é forma de 
intervenção do Estado na propriedade. 
 
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7) Letra B. Quando a lei estiver condicionada a regulamento futuro, este terá 
natureza de condição suspensiva da exequibilidade ou execução da lei, pois 
enquanto este não a regular, a lei não produzirá efeitos. 
 
8) Letra C. O conteúdo do regulamento não necessita reproduzir apenas o que 
já estiver estabelecido na lei, apenas não poderá ir contra legem ou, de qualquer 
modo, inviabilizar o exercício de direitos. 
 
9) Letra B. A afirmação I e III estão corretas, tendo em vista que o controle dos 
atos normativos pode ser realizado pelo Poder Legislativo (art. 49, V, da CF) ou pelo 
Judiciário. 
A afirmação II está incorreta, haja vista que o ato do Poder Legislativo que susta os 
efeitos do decreto ou regulamento será o "Decreto legislativo". 
 
10) Letra A. A fiscalização realizada pela Prefeitura Municipal em bares e 
restaurantes decorre do poder de polícia. 
 
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