Buscar

Papel do enfermeiro

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Representações de enfermeiros: papel da profissão
Recebido em: 06.10.2009 – Aprovado em: 16.03.2010
Artigo de Pesquisa
Original Research
Artículo de Investigación
p.352 • Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2010 jul/set; 18(3):352-8.
RESUMO:RESUMO:RESUMO:RESUMO:RESUMO: Definiu-se como objetivo deste estudo analisar a estrutura da representação social acerca da enfermagem e
as relações de conexão estabelecidas entre os seus elementos. Pesquisa qualitativa baseada na Teoria do Núcleo Central
das Representações Sociais, desenvolvida com 83 enfermeiros de um município do Estado do Rio de Janeiro. Os dados
foram coletados através de evocações livres ao termo indutor enfermagem durante o segundo semestre de 2002 e
analisados pelo software EVOC e pela análise de similitude. Observa-se, na análise EVOC, um núcleo estruturado no amor
e na dedicação, enquanto a de similitude aponta uma centralidade para a dedicação, ficando o amor mais perifericamen-
te. As duas análises explicitam duas dimensões à representação, a afetiva e a atitudinal, sendo a última dividida em duas,
a vocacional e a profissional. Conclui-se que a representação da enfermagem para os enfermeiros apresenta-se complexa,
comportando alguns elementos inespecíficos e outros importantes para o desenvolvimento da profissão.
Palavras-Chave:Palavras-Chave:Palavras-Chave:Palavras-Chave:Palavras-Chave: Autonomia profissional; enfermagem; papel profissional; psicologia social. 
ABSTRACTABSTRACTABSTRACTABSTRACTABSTRACT::::: This study aims at analyzing the structure of the social representation of nursing and the interrelations of its
elements. This qualitative research is based on the Theory of the Central Nucleus of Social Representations and was
developed with 83 nurses in a city in the state of Rio de Janeiro, Brazil. Data was collected through free associations made
to the inductive term nursing, over the second half of 2002. Data analysis was carried out on a double basis: that of the EVOC
software and that of the similitude analysis. The EVOC analysis unveils a nucleus structured on love and devotion, whereas
the similitude analysis shows the centrality of devotion in relation to a more marginal place of love. Both analyses resulted
in a two-dimensional representation: affective and attitudinal. The last one was divided in two: vocational and professional.
Conclusions show the complex nature of the representation of nursing by nurses. Non-specific elements get together with
those found to be relevant to the development of the profession.
Keywords:Keywords:Keywords:Keywords:Keywords: Professional autonomy; nursing; professional role; social psychology. 
RESUMEN:RESUMEN:RESUMEN:RESUMEN:RESUMEN: Fue definido como objetivo de este estudio analizar la estructura de la representación social sobre la
enfermería y las relaciones de conexión establecidas entre sus elementos. Investigación cualitativa basada en la Teoría del
Núcleo Central de las Representaciones Sociales desarrollada con 83 enfermeros de una ciudad del Estado de Río de
Janeiro-Brasil. Los datos fueron recogidos a través de evocaciones libres al término inductor enfermería durante el segundo
semestre de 2002 y analizados por el software EVOC y por el análisis de similitude. Se observa, en el análisis EVOC, un
núcleo estructurado en el amor y en la dedicación, siendo el amor más periférico. Los dos análises explicitan dos
dimensiones a la representación, la afectiva y la atitudinal, siendo la última dividida en dos, la vocacional y la profesional.
Se concluye que la representación de la enfermería para los enfermeros se presenta compleja, abarcando algunos
elementos inespecíficos y otros importantes para el desarrollo de la profesión.
Palabras Clave:Palabras Clave:Palabras Clave:Palabras Clave:Palabras Clave: Autonomía profesional; enfermería; rol profesional; psicología social. 
O NÚCLEO CENTRAL DAS REPRESENTAÇÕES DE ENFERMEIROS
ACERCA DA ENFERMAGEM: O PAPEL PRÓPRIO DA PROFISSÃO
THE CENTRAL NUCLEUS OF THE REPRESENTATIONS OF NURSING BY
NURSES: THE PROPER ROLE OF THE OCCUPATION
EL NÚCLEO CENTRAL DE LAS REPRESENTACIONES DE ENFERMEROS
SOBRE LA ENFERMERÍA: EL PAPEL PROPIO DE LA PROFESIÓN
Antonio Marcos Tosoli GomesI
Denize Cristina de OliveiraII
IEnfermeiro. Doutor em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor Adjunto do Departamen-
to de Enfermagem Médico Cirúrgico e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio
de Janeiro. Pesquisador do Grupo de Pesquisa “A promoção da Saúde de Grupos Populacionais”. Rio de Janeiro, Brasil. E-mail: mtosoli@gmail.com.
IIDoutora em Saúde Pública pela Escola de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Professora Titular do Departamento de Fundamentos de Enfer-
magem e Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Líder
do Grupo de Pesquisa “A promoção da Saúde de Grupos Populacionais”. Rio de Janeiro, Brasil. E-mail: dcouerj@gmail.com.
INTRODUÇÃO
O papel próprio do enfermeiro, discutido pelos
enfermeiros em si1,2 e por outros profissionais3, tem
se constituído como uma temática fundamental para
a compreensão de sua importância no cenário da saú-
de e das potencialidades que a profissão possui como
colaboradora na implementação de um novo
paradigma em saúde, mais inclusivo, holístico e críti-
co. De um modo geral, a tensão estabelecida entre as
ciências humanas e biológicas na constituição da
enfermagem tem conformado o seu exercício ora mais
Recebido em: 06.10.2009 – Aprovado em: 16.03.2010
Gomes AMT, Oliveira DC
Recebido em: 06.10.2009 – Aprovado em: 16.03.2010
Artigo de Pesquisa
Original Research
Artículo de Investigación
Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2010 jul/set; 18(3):352-8. • p.353
Rio de Janeiro. Desses, 42 desenvolvem suas atividades
no contexto da atenção básica à saúde e 41 na rede hos-
pitalar do município. Dos profissionais compreendidos
na rede básica, 30 desenvolvem suas atividades no aten-
dimento direto à clientela em postos e centros de saúde,
atividades estas definidas, neste trabalho, como sendo a
realização da consulta de enfermagem, e os outros 12
ocupam cargos diversos na estrutura gerencial da saúde
coletiva do município em questão. Foram selecionadas
três instituições hospitalares para a realização do estu-
do, sendo duas públicas e uma particular filantrópica.
Das públicas, uma é definida como sendo um hospital
de grande porte e geral e a outra, de menor porte, é espe-
cializada nos tratamentos clínicos, tanto de urgência
quanto de alta complexidade. O hospital particular-fi-
lantrópico é de grande porte, tendo enfermeiros em di-
versas funções gerenciais e assistenciais.
Empregou-se a técnica de evocação ou associa-
ção livre para a coleta de dados, utilizando-se, como
termo indutor, a palavra enfermagem, no transcorrer
do segundo semestre do ano de 2002. A aplicação da
técnica consistiu em solicitar aos sujeitos que falas-
sem cinco palavras ou expressões que lhes ocorriam
imediatamente à cabeça em relação ao termo referi-
do8,9. O produto das evocações foi organizado previa-
mente, constituindo um corpus para análise. O mate-
rial foi, então, tratado pelo software EVOC 2000 que
calculou, para o conjunto do corpus, a frequência sim-
ples de cada palavra evocada, as ordens médias de
evocação de cada palavra e a média das ordens médias
de evocação.
Os dados foram analisados a partir de sua distri-
buição no quadro de quatro casas10. Essa técnica, ao
combinar dois atributos relacionados às palavras ou às
expressões evocadas, que são a frequência e a ordem
em que foram evocadas, possibilita a distribuição dos
termos produzidos segundo a importância atribuída
pelos sujeitos. No quadrante superior esquerdo (maior
frequência e menor rang) ficam situados os termos que
constituem, provavelmente, o núcleo central; O su-
perior direito denomina-se primeira periferia; no in-
ferior esquerdo, localizam-seos elementos de contras-
te; e as palavras localizadas no quadrante inferior di-
reito constituem a segunda periferia da representação
(menor frequência e maior rang)7,10.
A realização da análise de similitude baseou-se
em Pecora11 no estabelecimento do principio da
conexidade espontânea, em que se considera que as
palavras que foram evocadas de forma conjunta por
um indivíduo no processo de evocação possuem graus
variáveis de ligação, uma vez que o indivíduo as asso-
ciou em sua projeção mental acerca do objeto. Nesse
sentido, selecionou-se, do quadro gerado na análise de
evocação, todos os sujeitos que evocaram, pelo menos,
duas palavras que estão presentes em um dos
quadrantes. A seguir, montou-se uma tabela onde fo-
voltado para a atenção das necessidades físicas e or-
gânicas, ou seja, basicamente objetivas, e ora para as
necessidades psicológicas, emocionais e espirituais,
com ênfase na subjetividade humana.
Considerando que a cotidianidade profissional
engloba essas duas dimensões, com uma tendência mais
proeminente, em alguns momentos, para um lado e, em
outros, para o oposto, a enfermagem tem concretizado
um papel mais prescrito ou mais afeito à sua essência,
com principal foco no cuidado humano e profissional
aos indivíduos com diferentes contextos mórbidos e de
mortalidade. O caráter prescrito tem moldado uma atu-
ação que limita o cuidado de enfermagem à concretização
da prescrição biomédica, notadamente a médica, com
graves consequências para a autoestima dos profissio-
nais, para a construção de espaços próprios de autono-
mia em seu saber/fazer e para a configuração de uma
modalidade de trabalho em equipe que seja, de fato,
interdisciplinar e coletiva3,4.
Neste cenário, apresenta-se como fundamental
a compreensão do processo de organização das repre-
sentações que os próprios profissionais construíram,
em meio a este contexto complexo e multifacetado,
acerca da própria profissão, uma vez que esta cons-
trução sociocognitiva compartilhada grupalmente
influi nas atitudes, nos posicionamentos, nas ima-
gens e nos conhecimentos que vão sendo criados e
socializados no dia a dia das unidades básicas de saú-
de e dos hospitais, especialmente sobre o processo de
cuidar e das interações entre os diversos atores soci-
ais que se fazem presentes no trabalho da enferma-
gem. Define-se, então, como objetivo deste trabalho
analisar a estrutura da representação social acerca da
enfermagem e as relações de conexão estabelecidas
entre os seus elementos para enfermeiros que desen-
volvem o exercício profissional no contexto da saú-
de pública e do hospital.
REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO
O estudo foi desenvolvido segundo a Teoria das
Representações Sociais5 no âmbito da psicologia soci-
al, utilizando, inclusive, uma proposta teórica com-
plementar, qual seja, a abordagem estrutural ou a teo-
ria do núcleo central6,7. Dessa maneira, a representa-
ção é constituída por um conjunto de crenças, infor-
mações, opiniões e atitudes a propósito de um dado
objeto social. Este conjunto de elementos se organiza,
estrutura e se constitui em um sistema sociocognitivo
de tipo específico6. Nesse sentido, a organização de uma
representação social apresenta uma característica es-
pecífica, a de ser ordenada em torno de um núcleo cen-
tral, constituindo-se em um ou mais elementos que
dão o seu significado.
Foram definidos, como sujeitos, 83 enfermeiros
que trabalham em uma cidade do interior do Estado do
Representações de enfermeiros: papel da profissão
Recebido em: 06.10.2009 – Aprovado em: 16.03.2010
Artigo de Pesquisa
Original Research
Artículo de Investigación
p.354 • Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2010 jul/set; 18(3):352-8.
ram computadas as co-ocorrências entre todas as pa-
lavras que apareceram no quadro, fundamentando o
cálculo de índice de similitude, que é o número de co-
ocorrência dividido pelo número total de palavras pre-
sente na análise. Após, realizou-se o cálculo do índice
de similitude, considerando-se o número de co-ocor-
rência pelo número de sujeitos envolvidos11.
A árvore é, então, construída a partir das pala-
vras que possuem, entre si, os maiores índices de
similitude, ou seja, as conexões mais fortes, até que
todas as expressões estejam nela representadas. Res-
salta-se que uma árvore máxima não pode, segundo a
teoria dos grafos, formar um ciclo, e, se isso ocorrer
durante a sua construção, deve-se ignorar a relação e
procurar a próxima conexão11.
O estudo obedeceu a todos os pré-requisitos éti-
cos preconizados pela Resolução no 196/96, com a
aprovação dos responsáveis pela instituição para a
sua realização e a exposição dos objetivos aos partici-
pantes, ressaltando-se que a sua inclusão se deu de
forma voluntária a partir da assinatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os dados coletados através da técnica de evo-
cação livre e analisados com o suporte do quadro de
quatro casas10,12 geraram 450 palavras, sendo 200 iguais
e 250 diferentes. O rang, ou seja, a média das ordens
médias de evocação, foi de 2,90, enquanto a
frequência média ficou em 14 e a mínima, 6. O qua-
dro pode ser observado na Figura 1.
Como já pontuado em outro estudo13, os possíveis
elementos constituintes do núcleo central indicam uma
dimensão afetiva (amor) e atitudinal (dedicação) dos
profissionais com relação à enfermagem. Essas dimen-
sões se desdobram nos demais quadrantes, apresentan-
do uma organização semântica dos distintos elementos
que constituem a representação social da enfermagem.
Nesse sentido, carinho e prazer, por exemplo,
corporificam a dimensão afetiva, enquanto respeito,
doação e luta a atitudinal, conferindo uma coerência
interna à representação. Além disso, como considera os
pressupostos teóricos da memória social14,15, essas
dimensões explicitam a conformação da memória cole-
tiva desses profissionais.
Para compreendermos, de forma mais aprofun-
dada, a estrutura da representação da enfermagem para
enfermeiros que desenvolvem suas atividades no âmbi-
to do hospital e da saúde pública, expõe-se a seguir a
Figura 2 resultante da análise de similitude do mesmo
material empírico.
Como pode ser observado, o léxico dedicação
possui o maior número de conexões, as conexões quan-
titativamente mais fortes e parece irradiar o senti-
do transversal presente na estrutura representa-
cional. À semelhança do exposto no quadro de qua-
tro casas, a ligação mais forte foi construída entre
dedicação e amor (índice de similitude de 0,16, que,
a partir de agora, será indicado somente com a colo-
cação dos respectivos números), traduzindo a im-
portância das dimensões anteriormente citadas na
construção e na manutenção da representação acer-
ca da profissão.
FIGURA 1:FIGURA 1:FIGURA 1:FIGURA 1:FIGURA 1: Quadro de quatro casas das evocações ao termo indutor enfermagem. Rio de
Janeiro, 2002.
Elementos centraisElementos centraisElementos centraisElementos centraisElementos centrais
Frequência média > = 14 / Rang < = 2,90
Freq Rang
Amor 21 2,40
Dedicação 39 2,80
Elementos de contrasteElementos de contrasteElementos de contrasteElementos de contrasteElementos de contraste
Frequência média < = 14 / Rang < = 2,90
Carinho 06 2,60
Compromisso 08 2,00
Conhecimento 06 2,60
Cuidado 13 2,38
Profissionalismo 06 2,50
Realização 13 2,46
Respeito 07 2,85
Responsabilidade 10 2,20
Saúde 06 2,33
Vocação 09 1,77
Elementos primeira periferiaElementos primeira periferiaElementos primeira periferiaElementos primeira periferiaElementos primeira periferia
Frequência média > = 14 / Rang > = 2,90
Freq Rang
Trabalho 14 3,30
Frequência média = 9,5
Elementos segunda periferiaElementos segunda periferiaElementos segunda periferiaElementos segunda periferiaElementos segunda periferia
Frequência média < = 14 / Rang > = 2,90
Doação 06 3,00
Luta 06 3,50
Pouco reconhecida 08 4,25
Prazer 11 3,00
Gomes AMT, Oliveira DC
Recebido em: 06.10.2009 – Aprovado em: 16.03.2010
Artigo de Pesquisa
Original Research
Artículo de Investigación
Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2010jul/set; 18(3):352-8. • p.355
0,1
Diversos autores13,16,17 referem a construção ima-
ginária acerca da profissão pautada nessas dimensões,
especialmente por sua presença nos momentos decisi-
vos da vida humana em que a objetividade do conheci-
mento racional não fornece sentido ao vivido e nem
oferece respostas às demandas apresentadas. Outros
consideram que a profissão se enquadra na mudança
paradigmática da sociedade e, mais especificamente,
da saúde, em que a promoção da saúde não se limita a
evitar doenças, mas à capacidade de inter-relação, ao
desenvolvimento de habilidades sociais na consecu-
ção do cuidado de enfermagem e ao estímulo às distin-
tas capacidades dos indivíduos em seu processo de se
tornar um sujeito apto a tomar decisões críticas frente
ao sistema, às instituições e aos profissionais de saú-
de18. Alguns, no entanto, veem, na permanência des-
sas dimensões, a continuidade de um perfil não
profissionalizado da enfermagem, a permanência de
uma atuação empírica que não dialoga com os conhe-
cimentos científicos construídos até o momento e,
inclusive, alegam que elas se encontram na origem da
desvalorização social e da subordinação da profissão19.
As ligações seguintes mais fortes foram entre
trabalho e prazer (0,11), realização e dedicação (0,10)
e dedicação e vocação (0,10). A essas, segue-se dedi-
cação e trabalho (0,09). Nesse momento, destaca-se
que, se por um lado, a conexão mais forte inclui amor,
por outro, o léxico dedicação acaba por adquirir, como
já explicitado, a capacidade de organização da repre-
sentação em função das ligações estabelecidas com
diversos elementos, inclusive a interface de distintos
blocos semânticos, como aquele capitaneado pela
palavra amor e o próprio trabalho.
Ressalta-se, ainda, outra importante observação
metodológica: no contexto do quadro de quatro casas,
dedicação possui a maior frequência de todos os
quadrantes, o que significa que apresenta forte saliência
no contexto da análise; ao mesmo tempo, possui alto
grau de conexidade como se pode verificar na análise de
similitude, o que tende a indicar a sua centralidade na
representação em tela, apesar da presença do amor no
quadrante superior direito ou o seu baixo rang. Dedica-
ção, assim, organiza uma boa parte dos elementos
cognitivos acerca do termo enfermagem, tanto no con-
texto hospitalar, quanto na saúde pública.
Nesse sentido, realização, vocação e trabalho
gravitam ao redor de dedicação com índices de
similitude quase idênticos, constituindo-se em uma
primeira linha de irradiação de sentido e de defesa
deste possível núcleo. Destaca-se o fato de realização
e vocação não apresentarem nenhuma outra ligação
com as demais palavras, sendo determinadas, ao me-
nos em parte, pelo sentido presente em dedicação.
Ambas, de alguma maneira, continuam a reproduzir
a memória coletiva pontuada nos parágrafos anteri-
ores em uma dimensão pessoal (realização), a satisfa-
ção relacionada ao exercício da profissão, ao contato
com outros seres humanos e a participação em seu
processo de nascer, viver e morrer, e outra mais social
(vocação), que provavelmente possui suas raízes na
formação profissional e na idealização de uma enfer-
magem que deita suas origens nas ordens religiosas e
nos imperativos cristãos de doação e abnegação20.
Considera-se, também, que realização e voca-
ção se alimentam mutuamente através da dedicação
e, por isso, apresentam-se de forma idêntica, ou seja,
 SAÚDE
FIGURA 2: FIGURA 2: FIGURA 2: FIGURA 2: FIGURA 2: Árvore máxima da análise de similitude das evocações mais frequentes na análise geral de enfermeiros ao
termo indutor enfermagem.
COMPROMISSO
TRABALHO
LUTA PRAZER
PROFISSIONALISMO
REALIZAÇÃO
DEDICAÇÃO
VOCAÇÃO
POUCO RECONHECIDA
AMOR
RESPONSABILIDADE
RESPEITO
CONHECIMENTO
CARINHO
RESPEITO
CUIDADO
DOAÇÃO
0,03
0,05
0,11
0,06
0,09
0,08
0,1
0,06 0,05
0,16
0,08
0,03
0,08
0,06
0,06
0,08
Representações de enfermeiros: papel da profissão
Recebido em: 06.10.2009 – Aprovado em: 16.03.2010
Artigo de Pesquisa
Original Research
Artículo de Investigación
p.356 • Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2010 jul/set; 18(3):352-8.
possuem o mesmo índice de similitude e não se ligam
a nenhum outro léxico. Assim, no imaginário social
e, mais especificamente no da enfermagem, dedica-
ção e vocação estão intimamente ligadas. Para verifi-
car este fenômeno, basta debruçar-se sobre a história
de Florence Nightingale, de Anna Nery, de Rachel
Haddock Lobo ou das enfermeiras que participaram
das diferentes guerras21. Simultaneamente, na vida
da maioria desses indivíduos, a realização esteve liga-
da à concretização desta vocação: Nightingale no
atendimento à sua vocação divina; Anna Nery, à sua
família e à sua pátria; Lobo, na evolução da profissão
em parâmetros mais científicos; e assim por diante.
Surge, então, uma tríade que engloba dedica-
ção, trabalho e prazer, sendo o último léxico ligado ao
primeiro pelo trabalho. Compreende-se, neste con-
texto, o sentido atribuído ao trabalho no campo
representacional construído pelos profissionais acer-
ca da enfermagem, que adquire uma característica de
cognição social a partir das suas dimensões relacio-
nadas à prática cotidiana em que a dedicação, inde-
pendente de sua característica principal (seja
vocacional, profissional, humana ou ética), e o prazer
se misturam, conformando um modo próprio de com-
preender o conjunto das atividades laborais.
Ressalta-se, no entanto, que se, por um lado,
diversos estudos22,23 apontam a dedicação dos profis-
sionais de saúde, notadamente da equipe de enferma-
gem, no desempenho diário de suas funções, por ou-
tro, ganha notoriedade o estresse e o sofrimento físi-
co, emocional e psíquico a que estes profissionais es-
tão expostos, especialmente aqueles que desenvol-
vem suas atividades no contexto hospitalar. Nesse
sentido, deve-se lembrar de duas obras clássicas na
área da saúde que discutiam, com muita pertinência,
os desafios de se trabalhar no cuidado aos seres hu-
manos em distintos cenários; a primeira traz à tona o
hospital como um lócus de trabalho em que se mistu-
ram a dor e morte, transformando-as em verdadeiros
ofícios em função de sua frequência e de seu impacto
na vivência profissional24. A segunda pontua o pro-
cesso de trabalho dos enfermeiros e da equipe de en-
fermagem na rede básica de São Paulo, bem como os
desafios que enfrentam na consecução de ações pla-
nejadas e programáticas25.
Ambas as obras mostram, de forma considerável,
a dedicação desses atores sociais na realização de suas
atividades em meio ao cotidiano institucional. Pode-
se perceber, ao mesmo tempo, que o prazer presente
nesta cotidianidade pode ter origem na possibilidade
de interferir na vida alheia em momentos tão decisi-
vos. Pode ter origem, ainda, no processo de dignidade
gerado no ato de cuidar que, ao menos para a enferma-
gem, não se encontra atrelada à possibilidade de cura,
mas ao atendimento das necessidades humanas mani-
festadas ou não nas diferentes situações vivenciadas
pelo paciente. A dignidade gerada após o banho de
leito em que a melhoria da aparência e o aumento do
conforto manifestam-se de maneira inequívoca ou a
implementação de uma consulta de enfermagem que
se baseie nos princípios epidemiológicos e progra-
máticos, atendendo, de maneira concreta, às dimen-
sões social, psicológica, cultural, física e sanitária dos
indivíduos atendidos.
Ao redor do léxico dedicação se ligam palavras
como profissionalismo, pouco reconhecida e respon-
sabilidade que possuem 0,8 como índice de similitude.
Se, por um lado, vocação confere uma característica
altruísta e humana à dedicação que caracteriza a en-
fermagem como uma possível cognição central, por
outro, esta tríade confere, a esta mesma cognição, a
sua dimensão profissional e institucional. A enfer-
magem como prática social se insere em uma socie-
dade que transfere, a determinadas instâncias e insti-
tuições, a responsabilidade para prevenir, tratar e cu-
rar doenças, promover a saúde e concretizar o cuida-do em todas essas situações19,24,25.
Estas instâncias e instituições possuem respon-
sabilidades, objetivos e finalidades no perfil sanitário e
epidemiológico dos municípios, estados e, algumas, de
todo o país. Ao mesmo tempo, elas são perpassadas por
ideologias e interesses grupais que fazem, em diversos
momentos, avançar ou retroceder a implementação
do sistema único de saúde com todos os direitos sociais
e de cidadania que se encontram em seu interior22.
Profissionalismo e responsabilidade explicitam esta
compreensão do processo de produção de saúde que
tanto reflete a ação da enfermagem no contexto
micropolítico, na realização da consulta individual ou
na prestação do cuidado hospitalar, quanto no macro,
em que a sua inserção nos espaços determinantes das
políticas de saúde ou em sua implantação apresenta-se
como fundamental, por exemplo.
A conexão entre profissionalismo, responsabi-
lidade e dedicação apresenta uma diretriz no proces-
so de reconhecimento social da profissão para os usu-
ários e as instâncias governamentais. Nesse sentido,
demonstrou-se, em estudos anteriores1,13,22, como os
enfermeiros indicavam, em suas discursividades, a
importância desta tríade na conformação de um es-
paço autônomo e no exercício do papel próprio da
profissão. Esses profissionais se debatiam entre a ne-
cessidade de enfrentar os dilemas e as ambiguidades
da própria profissão, como a especificidade de seu
objeto de trabalho e o estabelecimento de um saber/
fazer que indique a importância social da enferma-
gem, e a noção exata das suas fronteiras, de modo que
o cuidado necessário seja implementado e o trabalho
interdisciplinar garantido.
Por sua vez, pouco reconhecida exerce uma co-
nexão dúbia com dedicação, em que, apesar desta, o
grau de reconhecimento é pequeno ou a sua caracte-
Gomes AMT, Oliveira DC
Recebido em: 06.10.2009 – Aprovado em: 16.03.2010
Artigo de Pesquisa
Original Research
Artículo de Investigación
Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2010 jul/set; 18(3):352-8. • p.357
rística vocacional não permite uma valorização soci-
al, tecnológica e mercadológica da enfermagem. Seja
como for, o não reconhecimento da profissão apre-
senta-se como consequência de ideologias circulantes
na sociedade (algumas oriundas da própria história
profissional e outras relativas a grupos corporativos
que perpetuam a mercantilização da saúde), e da pró-
pria prática dos enfermeiros, ao não exercerem o cui-
dado direto, não se apresentarem como tal, não
implementarem os seu distintos espaços de atuação e
não buscarem exercer a especificidade do seu papel.
Esta problemática apresenta-se como multi-
facetada e essencial para o atual período da enferma-
gem, uma vez que a pós-modernidade tornou mais tê-
nue as linhas divisórias entre as profissões, sem modi-
ficar, substancialmente, as suas bases de valorização.
Neste contexto, os enfermeiros tendem, por sua não
especificidade de atuação, a se tornarem invisíveis ou
se caracterizarem como argamassa, sendo essencial no
desenvolvimento do trabalho nas unidades de saúde,
embora permaneça em segundo plano e forneça desta-
que aos demais integrantes da equipe de saúde26.
Ligam-se, ainda, à dedicação, compromisso (0,06),
respeito (0,06) – que, com a mesmo força de conexidade
ligou-se também a amor e, por isso, é representado com um
pontilhado em ambas – e saúde (0,3). As três terminam
por reforçar as discussões apresentadas até aqui, tanto no
aspecto profissional, quanto no vocacional, apresentan-
do-se, consequentemente, transversal a ambas as dimen-
sões. Da mesma maneira, doação, ligando-se à responsabi-
lidade, correlaciona-se ao sentido presente na dimensão
vocacional, e luta a prazer, manifesta o embate político e
simbólico presente na cotidianidade da profissão.
Como um subgrupo representacional, o léxico
amor agrega, ao redor de si, quatro palavras com índi-
ces de conexão que variam de 0,08 (cuidado), 0,06
(respeito e carinho) e 0,03 (conhecimento). Chama
a atenção a forte ligação estabelecida entre o objeto
de trabalho da enfermagem – o cuidado – a dimensão
afetiva e da habilidade social relativa à representa-
ção, o amor. Para alguns autores13,23,26, cuidado e amor
se implicam mutuamente na prática de enfermagem,
objetivando um processo de humanização que abar-
que os atores sociais envolvidos na ação de cuidar.
Simultaneamente, a população atribui, a esta ação,
uma característica afetiva, em essência, ora aproxi-
mando-a daquela prestada nas residências, entre os
familiares, ora reconhecendo o poder terapêutico e
restaurador da integridade e integralidade humanas
presentes no amor.
Porém, deve-se considerar a possibilidade de
existência de uma idealização deste cuidado, uma vez
que a realidade, em alguns momentos, tende a se
mostrar muito mais seca e mais cinzenta do que a
essência da profissão poderia admitir. Nesse sentido,
como negar as situações de descuidos vivenciadas nos
hospitais, nos ambulatórios e nos postos de saúde?
como não reconhecer a falta de empatia – às vezes,
mesmo de simpatia - que caracteriza uma parte dos
profissionais de enfermagem?
Respeito e carinho alimentam esta dimensão
afetiva que se configura no campo representacional
da enfermagem como uma importante temática. Da
mesma maneira, conhecimento relaciona-se a amor,
especificando uma das modalidades de ciência pre-
sente na enfermagem, neste caso, a da inter-relação e
das habilidades sociais. Torna-se importante desta-
car, então, que este subgrupo representacional traduz
a essência relacional da enfermagem que tanto tem
caracterizado a profissão, especialmente em suas cons-
truções teóricas18.
CONCLUSÕES
Pode-se observar as diversas dimensões que com-
põem o campo representacional da enfermagem para
enfermeiros que desenvolvem atividades nos contex-
tos hospitalares ou da saúde pública. As dimensões
afetivas e atitudinais se confirmam como fundamen-
tais na compreensão da profissão, em que pese o mo-
delo biomédico, os aspectos simbólicos do consumo
de tecnologias duras e as consequências da pós-
modernidade sobre as profissões da saúde. Pode-se
cogitar, ainda, um processo de conflito entre uma re-
presentação tecnológica e objetiva e uma outra que
se caracteriza pelas habilidades sociais e pela subjeti-
vidade humana, configurando uma possível migra-
ção de sentido da segunda para a primeira.
Se a existência das dimensões expostas mostra
a complexidade da própria profissão, ao menos para o
grupo em tela, revela também, para os mesmos sujei-
tos, uma certa fragilidade na definição de sua essên-
cia e na explicitação do seu saber/fazer frente à socie-
dade, às instituições e à equipe de enfermagem. Em-
bora não se possa deixar de reconhecer a importância
de uma palavra como dedicação como uma possível
cognição central que dá sentido à enfermagem, deve-
se, no contexto de uma análise acadêmica crítica,
destacar a sua inespecificidade na construção de uma
representação social que possibilite a apreensão do
papel próprio da enfermagem e dos enfermeiros. Esta
inferência pode ser confirmada quando percebemos
o papel periférico reservado ao léxico cuidado.
No conjunto desta complexidade que é a estru-
tura e a organização da representação social da enfer-
magem, pode-se perceber que a profissão, para os par-
ticipantes do estudo, possui elementos que a colo-
cam em condições de oferecer respostas a alguns dos
principais problemas de saúde. Entre essas, ressalta-
se a capacidade de relação que, se equilibrada com o
conhecimento científico e o uso adequado das
tecnologias disponíveis, poderá gerar uma prática
profissional que seja, ao mesmo tempo, pertinente,
exata e sensível.
Representações de enfermeiros: papel da profissão
Recebido em: 06.10.2009 – Aprovado em: 16.03.2010
Artigo de Pesquisa
Original Research
Artículo de Investigación
p.358 • Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2010 jul/set; 18(3):352-8.
REFERÊNCIAS
1.Gomes AMT, Oliveira DC. Espaço autônomo e papel próprio:
representações de enfermeiros no contexto do binômio saúde
coletiva-hospital. Revbras enferm. 2008; 61:192-202.
2.Rodrigues MSP. Enfermagem: representação social das/os en-
fermeiras/os. Pelotas (RS): Ed. Gráfica Universitária UFPel; 1999.
3.Guimelli C. La función de enfermera: prácticas y representaciones
sociales. In: Abric JC, organizador. Prácticas sociales y
representaciones. México: Ediciones Coyocán; 1994. p.75-96.
4.Madureira VSF. O conceito enfermagem suas definições na ciên-
cia e no senso comum. Texto contexto-enferm. 1993; 2:45-58.
5.Moscovici S. A representação social da psicanálise. Rio de
Janeiro: Zahar Editores; 1978.
6.Abric JC. A abordagem estrutural das representações sociais.
In: Moreira ASP, Oliveira DC, organizadoras. Estudos
interdiciplinares em representação social. Goiânia (GO): AB
Editora; 2000. p.27-38.
7.Sá CP. Núcleo central das representações sociais. Petrópolis
(RJ): Ed. Vozes; 1996.
8.Oliveira DC. A promoção da saúde da criança: análise das
práticas cotidianas através do estudo das representações sociais
[tese de doutorado]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 1996.
9.Flament C. Estructura, dinámica y transformación de las
representaciones sociales. In: Abric JC, organizador. Práticas sociales
y representaciones. México: Ediciones Coyoacán; 2001. p.33-52.
10.Vergès P. Approche du noyau central: proprietés quantitatives
et estructurales. In: Guimelli C, organizador. Structures et
transformation des representations sociales. Paris (Fr): Delachaux
et Niestlé; 1994. p.233-53.
11.Pecora AR. Memórias e representações sociais de Cuiabá e
da sua juventude, por três gerações, na segunda metade do
século XX [tese de doutorado]. Rio de Janeiro: Universidade do
Estado do Rio de Janeiro; 2007.
12.Abric JC. Prácticas sociales, representaciones sociales. In:
Abric JC, organizador. Prácticas sociales y representaciones.
México: Ediciones Coyoacán; 2001. 195-214.
13.Gomes AMT, Oliveira DC. A estrutura representacional de
enfermeiros acercada enfermagem: novos momentos e antigos
desafios. Rev enferm UERJ. 2007; 15:168-75.
14.Sá CP, Castro P. Memórias do descobrimento do Brasil. Rio de
Janeiro: Ed. Museu da República; 2005.
15.Sá CP. Memória, imaginário e representações sociais. Rio de
Janeiro: Ed. Museu da República; 2005.
16.Gomes AMT, Oliveira DC. A enfermagem entre os avanços
tecnológicos e a inter-relação: representações do papel de enfer-
meiros. Rev enferm UERJ. 2008; 16:156-61.
17.Souza MHN, Souza IEO, Tocantins FR. Abordagem da
fenomenologia sociológica na investigação da mulher que ama-
menta. Rev enferm UERJ. 2009; 17:52-6.
18.Oliveira DC. O conceito de necessidades humanas e de
saúde: sua articulação ao campo das representações sociais. In:
Oliveira DC, Campos PHF, organizadores. Representações soci-
ais, uma teoria sem fronteiras. Rio de Janeiro: Ed. Museu da
República; 2005. p.119-39.
19.Leopardi MT. Entre a moral e a técnica: ambiguidades do
cuidado de enfermagem. Florianópolis (SC): Ed UFSC; 1994.
20.Lunardi Filho WD. O mito da subalternidade do trabalho da
enfermagem à medicina. Pelotas (RS): Ed Universitária-UFPel; 2000.
21.Bernardes MMR, Lopes GT, Santos TCF. O cotidiano das
enfermeiras do exército na força expedicionária brasileira (FEB)
no teatro de operações da 2a Guerra Mundial, na Itália (1942-
1945). Rev Latino-Am Enfermagem. 2005; 13:314-21.
22.Gomes AMT. A autonomia profissional da enfermagem em saúde
pública: um estudo de representações sociais [dissertação de mestrado].
Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; 2002.
23.Santos I, Brandão ES, Clos AC. Enfermagem dermatológica:
competências e tecnologia da escuta sensível para atuar nos
cuidados com a pele. Rev enferm UERJ. 2009; 17:124-9.
24.Pitta A. Hospital: dor e morte como ofício. São Paulo:
HUCITEC; 1994.
25.Almeida MCP. O trabalho de enfermagem e sua articulação
com o processo de trabalho em saúde coletiva-rede básica de
saúde. In: Almeida MCP, Rocha SMM, organizadoras. O traba-
lho de enfermagem. São Paulo: Ed Cortez; 1997. p.61-112.
26.Gomes AMT, Oliveira DC. A auto e heteroimagem profissi-
onal do enfermeiro em saúde pública: um estudo de representa-
ções sociais. Rev Latino-Am Enfermagem. 2005; 13:1011-8.

Outros materiais