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Fisiologia do Exercicio_2013

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www.atlanticaeditora.com.br
14 anos
R e v i s t a B r a s i l e i r a d e
Fis iologia
do e x e r c í c i o
Órgão Ofic ial da Sociedade Brasi le ira de Fis iologia do Exercíc io
B r a z i l i a n J o u r n a l o f E x e r c i s e P h y s i o l o g y
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ESPORTE
• Treinamento físico personalizado
• Voleibol e desenvolvimento infantil
ORTOPEDIA
• Tratamentos na síndrome 
femoropatelar
IMUNOLOGIA
• Células natural killer e efeito 
do treinamento
FISIOLOGIA
• Alongamento estático sobre o teste 
de 1RM
• Reexpansão pulmonar em trauma 
raquimedular
• Exercício físico e estresse oxidativo
• Consumo máximo de oxigênio 
e percentual de gordura
MR
volume 12 - número 01 • Janeiro/Fevereiro 2013 ISSN 16778510
Na busca pela diminuição da gordura corporal, a L-Carnitine Fire® gera o melhor estímulo 
para a diminuição da gordura acumulada no corpo. Isso ocorre devido a geração de energia 
direta a partir de lipídios e pela rápida ação devido ao seu uso sublingual. O poder da L-Car-
nitine Concentrated® durante os treinos garante um estímulo maior para a diminuição do 
percentual de gordura, já que esse suplemento é de uso sublingual e com isso a absorção 
é imediata e, consequente, aumento do gasto calórico e maior performance. O ZMA Way® 
fornece os micronutrientes importantes para os vários processos metabólicos que ocorrem 
durante a realização de um treinamento intenso e, por isso, é importante para melhores efei-
tos ergogênicos. Durante esse processo é importante fornecer módulos nutricionais adequa-
dos para o fortalecimento muscular. O Heavy Bomber Pack® atuará nesse fortalecimento 
ao manter o estado contínuo de anabolismo muscular e por fornecer um mix de nutrientes 
específicos para a formação de energia e contração muscular. A recuperação de energia de 
forma instantânea se dá pelo uso do ISO Waxy Maize®, que garante a reposição do glico-
gênio muscular. Além disso, é de extrema importância estabelecer métodos para evitar a 
perda de massa magra que ocorre, principalmente, durante os treinos. Desse modo, o uso de 
ISO Casein® e BCAA Heavy Bomber® serão os principais responsáveis pela recuperação e 
manutenção da massa muscular no pós-treino e ao longo do dia e da noite.
Lanche da manhã: ½ porção de Iso Casein®
Pré-treino: 1 pack do Heavy Bomber® + 1 porção de L-Carnitine Fire®
Durante o treino: 1 porção de L-Carnitine Concentrated®
Pós-treino: 1 porção de BCAA Heavy Bomber® + 2 cápsulas de 
ZMA Way® + 1 porção de ISO Waxy Maize®
Antes de dormir: ½ porção de Iso Casein®
Felipe Franco MIDWAY TEAM
uso combinadovocê muito mais
definido
Associação de suplementos com rápida ação e melhor eficiência.
INVESTIMENTO
EFICIÊNCIA
VELOCIDADE
Máxima
definição
muscular
1Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013
Na busca pela diminuição da gordura corporal, a L-Carnitine Fire® gera o melhor estímulo 
para a diminuição da gordura acumulada no corpo. Isso ocorre devido a geração de energia 
direta a partir de lipídios e pela rápida ação devido ao seu uso sublingual. O poder da L-Car-
nitine Concentrated® durante os treinos garante um estímulo maior para a diminuição do 
percentual de gordura, já que esse suplemento é de uso sublingual e com isso a absorção 
é imediata e, consequente, aumento do gasto calórico e maior performance. O ZMA Way® 
fornece os micronutrientes importantes para os vários processos metabólicos que ocorrem 
durante a realização de um treinamento intenso e, por isso, é importante para melhores efei-
tos ergogênicos. Durante esse processo é importante fornecer módulos nutricionais adequa-
dos para o fortalecimento muscular. O Heavy Bomber Pack® atuará nesse fortalecimento 
ao manter o estado contínuo de anabolismo muscular e por fornecer um mix de nutrientes 
específicos para a formação de energia e contração muscular. A recuperação de energia de 
forma instantânea se dá pelo uso do ISO Waxy Maize®, que garante a reposição do glico-
gênio muscular. Além disso, é de extrema importância estabelecer métodos para evitar a 
perda de massa magra que ocorre, principalmente, durante os treinos. Desse modo, o uso de 
ISO Casein® e BCAA Heavy Bomber® serão os principais responsáveis pela recuperação e 
manutenção da massa muscular no pós-treino e ao longo do dia e da noite.
Lanche da manhã: ½ porção de Iso Casein®
Pré-treino: 1 pack do Heavy Bomber® + 1 porção de L-Carnitine Fire®
Durante o treino: 1 porção de L-Carnitine Concentrated®
Pós-treino: 1 porção de BCAA Heavy Bomber® + 2 cápsulas de 
ZMA Way® + 1 porção de ISO Waxy Maize®
Antes de dormir: ½ porção de Iso Casein®
Felipe Franco MIDWAY TEAM
uso combinadovocê muito mais
definido
Associação de suplementos com rápida ação e melhor eficiência.
INVESTIMENTO
EFICIÊNCIA
VELOCIDADE
Máxima
definição
muscular
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 20132
© ATMC - Atlântica Multimídia e Comunicações Ltda - Nenhuma parte dessa publicação pode ser 
reproduzida, arquivada ou distribuída por qualquer meio, eletrônico, mecânico, fotocópia ou outro, 
sem a permissão escrita do proprietário do copyright, Atlântica Editora. O editor não assume qualquer 
responsabilidade por eventual prejuízo a pessoas ou propriedades ligado à confiabilidade dos produtos, 
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Atlântica Editora edita as revistas Fisioterapia Brasil, Enfermagem Brasil, Neurociências e Nutrição Brasil
I.P. (Informação publicitária): As informações são de responsabilidade dos anunciantes.
R e v i s t a B r a s i l e i r a d e
F I s I O l O g I A
do e x e r c í c i o
Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Fisiologia do Exercício
B r a z i l i a n J o u r n a l o f E x e r c i s e P h y s i o l o g y
Sociedade Brasileira de Fisiologia do Exercício
Corpo Diretivo: Paulo sérgio C. gomes (Presidente), Vilmar Baldissera, Patrícia Brum, 
Pedro Paulo da silva soares, Paulo Farinatti, Marta Pereira, Fernando Augusto Pompeu
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício está indexada no SIBRADID 
(Sistema Brasileiro de Documentação e Informação Desportiva)
Editor Chefe
Paulo de Tarso Veras Farinatti
Editor Associado
Pedro Paulo da silva soares
Walace Monteiro
Conselho Editorial
Amandio Rihan geraldes (Al)
Antonio Carlos gomes (PR)
Antonio Cláudio lucas da Nóbrega (RJ)
Benedito sérgio Denadai (sP)
Dartagnan Pinto guedes (PR)
Douglas s. Brooks (EUA)
Emerson silami garcia (Mg)
Francisco Martins (PB)
Francisco Navarro (sP)
luiz Carnevali (sP)
luiz Fernando Kruel (Rs)
Martim Bottaro (DF)
Patrícia Chakour Brum (sP)
Paulo sérgio gomes (RJ)
Robert Robergs (EUA)
Rosane Rosendo (sC)
sebastião gobbi (sP)
steven Fleck (EUA)
Yagesh N. Bhambhani (CAN)
Vilmar Baldissera (sP)
Todo o material a ser publicado deve ser enviado para o seguinte endereço de e-mail: artigos@atlanticaeditora.com.br
Administração e vendas
Antonio Carlos Mello
mello@atlanticaeditora.com.br
Atlântica Editora 
e shalon Representações
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Centro 01037-010 são Paulo sP
Atendimento
(11) 3361 5595 / 3361 9932
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Assinatura
1 ano (6 edições ao ano): R$ 260,00
Editor executivo
Dr. Jean-louis Peytavin
jeanlouis@atlanticaeditora.com.brEditor assistente
guillermina Arias
guillermina@atlanticaeditora.com.br
Direção de arte
Cristiana Ribas
cristiana@atlanticaeditora.com.br
E-mail: atlantica@atlanticaeditora.com.br
www.atlanticaeditora.com.br
Editorial
Diversidade e novos horizontes para o exercício físico, 
Paulo Farinatti, Editor-Chefe da RBFEx ........................................................................................... 6
artiGoS oriGiNaiS
Influência do alongamento estático sobre o teste de 1RM, 
luiz Alberto Werneck, Eduardo lattari, sergio Machado ................................................................. 7
Consumo máximo de oxigênio e percentual de gordura em universitários, 
Igor larchert Mota, Jair sindra Virtuoso Junior ............................................................................. 13
Efeito agudo do exercício físico intenso no balanço oxidante e redutor 
no sangue de indivíduos ativos, Albená Nunes da silva, 
Clara Araujo Veloso, Rodrigo salles Amaral, Caroline Maria de Oliveira 
Volpe, José Augusto Nogueira Machado, Danusa Dias soares ......................................................... 19
Perfil morfofuncional e objetivo de sujeitos que procuram treinamento 
físico personalizado, Beatriz lopes de Almeida, Alexandre Correia Rocha, 
Dilmar Pinto guedes Junior ........................................................................................................... 28
Influência da iniciação ao voleibol na aptidão física e desempenho motor 
de crianças do quarto ano do ensino fundamental, Juliana Victer da 
silva Fraga, Roberto Pereira de Oliveira, Tomires Campos lopes .................................................... 33
rElato dE CaSo
A efetividade do treino de ortostatismo progressivo na reexpansão pulmonar 
em trauma raquimedular alto, Caroline Andréia Pizano, Melina Tarossi, 
Rodrigo Marques Tonella, Cristiane Delgado Alves Rodrigues, 
Núbia Maria Freire Vieira lima, shirley Mandu, Daniele Mascarenhas .......................................... 40
rEViSÕES
Células natural killer e o efeito do treinamento, grasiely Faccin Borges, 
Ana Maria Miranda Botelho Teixeira, luís Manuel Pinto lopes Rama ........................................... 45
Protocolos de tratamento na síndrome femoropatelar, 
Alisson guimbala dos santos Araujo, Nayara Menezes Pereira ........................................................ 55
NorMaS dE PUBliCaÇÃo ...........................................................................................62
EVENtoS .............................................................................................................................63
Índice
volume 12 número 1 - janeiro/fevereiro 2013
R e v i s t a B r a s i l e i r a d e
F I s I O l O g I A
do e x e r c í c i o
Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Fisiologia do Exercício
B r a z i l i a n J o u r n a l o f E x e r c i s e P h y s i o l o g y
O Instituto Runner - entidade 
ligada à rede de academias 
Runner, uma das maiores do 
Brasil - desenvolve e capacita 
profi ssionais para atuação no 
segmento.
Abrangendo as áreas técnica, 
comercial, marketing e gestão, o 
Instituto Runner provê seus alunos 
com mais de 1200 horas anuais 
de treinamento prático e teórico, 
sob a tutela de experientes e 
capacitados profi ssionais.
Aqui, ciência e prática 
caminham juntas em 
direção ao seu futuro. 
Junte-se a nós!
www.institutorunner.com.br
Construindo saúde. E carreiras.
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 20136
Editorial
diversidade e novos horizontes 
para o exercício físico
Paulo Farinatti, Editor-Chefe da RBFEx
Neste primeiro número do ano de 2013, 
apresentamos seis estudos originais, um relato 
de caso e duas revisões da literatura. No campo 
do treinamento físico, grupo do Rio de Janeiro 
analisa a influência de exercícios de alongamento 
sobre a força máxima, enquanto estudo de Minas 
gerais descreve a influência de exercício intenso 
no balanço oxidante no sangue. 
As relações entre exercício e aspectos da pro-
moção da saúde são abordadas em estudos sobre 
consumo de oxigênio e percentual de gordura em 
universitários da Bahia e perfil morfofuncional de 
indivíduos que procuram treinamento personali-
zado na região de santos/sP. 
Interessante trabalho sobre iniciação ao volei-
bol em crianças do ensino fundamental e apresen-
tado por grupo do Rio de Janeiro, enquanto as 
relações entre formato do pé e entorses do torno-
zelo foram investigadas por equipe do Paraná. O 
relato de caso vem de Campinas/sP, descrevendo 
como o treino de ortostatismo progressivo poderia 
influenciar na reexpansão pulmonar em pacientes 
com trauma raquimedular. Fecham a presente 
edição duas revisões, respectivamente vindas de 
grupos do Amazonas e santa Catarina, sobre 
o efeito do treinamento sobre células natural 
killer e protocolos de tratamento da síndrome 
femoropatelar. 
Em poucas palavras, um conteúdo diversifi-
cado, rico e oriundo de diversas partes do país, 
nas quais grupos com diferentes formações vêm 
produzindo conhecimento de qualidade e com 
grande potencial de aplicação na rotina dos profis-
sionais que lidam com prescrição do exercício em 
contextos vários. A Revista Brasileira de Fisiologia 
do Exercício, como se percebe, busca refletir essa 
diversidade.
Aos nossos leitores, bom proveito!
7Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013
artiGo oriGiNal
Influência do alongamento estático 
sobre o teste de 1rM
Influence of static stretching on the 1RM test
luiz Alberto Werneck*, Eduardo lattari**, sergio Machado, D.sc.***
*Especialista em Personal training e musculação (FAMATH-RJ), Laboratório de Biodinâmica, Univer-
sidade Castelo Branco, Rio de Janeiro, **Mestrando em Ciências do Exercício e do Esporte (PPGCEE- 
UGF/RJ), Laboratório de Neurociência do Exercício- Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro, ***La-
boratório de Pânico e Respiração do IPUB/UFRJ, Programa de Quiropraxia da Faculdade de Ciências 
da Saúde da Universidade Central (UCEN)- Chile, Laboratório de Neurociência da Atividade Física, 
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Atividade Física (PPGCAF), Universidade Salgado de Oli-
veira, Niterói/RJ (UNIVERSO)
Resumo 
O objetivo deste trabalho foi verificar se 1 série de 
10 segundos de alongamento estático poderia reduzir 
as cargas mobilizadas no teste de 1RM. A amostra 
foi composta de 10 homens participantes de um 
programa de musculação por pelo menos 1 ano. A 
amostra foi dividida em 2 grupos de 5 indivíduos de 
maneira aleatória formando 10 pareamentos em um 
tratamento cruzado em que cada grupo era seu próprio 
controle. No primeiro dia, cinco sujeitos realizaram 
o teste com o prévio alongamento e os outros cinco 
não. No segundo dia, inverteu-se o procedimento. 
Os resultados demonstraram que a aplicação prévia 
de uma série com 10 segundos de permanência do 
alongamento estático não levou a perda de força no 
teste de 1RM. Concluiu-se que a realização de uma 
série de dez segundos de alongamento estático antes do 
início do treinamento contra resistência não prejudica 
o desenvolvimento da força. 
Palavras-chave: alongamento estático, força 
muscular, 1RM
Abstract
The aim of this study was to verify if 10 seconds 
of static stretching could reduce the loads mobilized 
in 1RM test. The sample was composed of 10 young 
healthy men and participants of a bodybuilding pro-
gram for at least 1 year. The sample was divided into 2 
groups of 5 individuals randomly forming 10 pairings 
in a crossover treatment where each subject was its 
own control. Two sessions were held in order to obtain 
reliability in 1RM test. On the first day, five subjects 
performed the test with the priorstretching and the 
other ones not. On the second day, the procedure was 
reversed. The results showed that the prior performance 
of a 10 seconds static stretching did not result in loss 
of strength in 1RM test. It was concluded that a series 
of ten seconds of static stretching before counter resis-
tance training does not reduce strength development
Key-words: static stretching, muscular strength, 1RM.
Recebido em 7 de setembro de 2012; aceito em 4 de janeiro de 2013. 
Endereço para correspondência: Sergio Machado, Laboratório de Neurociência da Atividade Física, 
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Atividade Física (PPGCAF) - Universidade Salgado de Oliveira, 
Niterói, Rua Ferreira Viana, 62/601, 22410-040 Rio de Janeiro RJ, E-mail: secm80@yahoo.com.br
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 20138
Introdução
Dentro de um programa global de condiciona-
mento, a compatibilidade e a priorização são funda-
mentais na integração dos diferentes componentes 
da aptidão física. É comum, num programa de 
treinamento que vise à saúde, à estética ou à perfor-
mance, a realização de exercícios de alongamento, 
força muscular e atividades aeróbicas, sendo que, 
o alongamento, é normalmente utilizado na fase 
de aquecimento [1-5] e de volta a calma [6]. No 
primeiro caso, é utilizado como forma de preparar 
o sistema músculo-articular para um esforço físico, 
através da deformação elástica e, de acordo com 
Evetovich et al. [4], smith [7], Worrel et al. [8] e 
Pinfildi et al. [9], como prevenção de lesões, apesar 
desta afirmação estar sendo posta em dúvida nos 
últimos anos [3,5,10-12]. No segundo caso, ou 
seja, na volta à calma, os exercícios de alongamento 
são utilizados com o intuito de provocar um relaxa-
mento, pela diminuição da tensão passiva [6]. En-
tretanto, o efeito que um trabalho de alongamento 
pode ter sobre a força muscular ainda é bastante 
controvertido [13]. Alguns autores demonstraram 
uma redução na capacidade de gerar tensão nos 
músculos previamente submetidos a uma sessão 
de alongamento. Algumas revisões evidenciaram 
que o alongamento antecedendo a uma atividade 
de força muscular acarreta queda no desempenho 
de força [14,15]. Entretanto, em uma importante 
revisão, Rubini et al.[16] destacaram que, embora 
a maioria dos estudos encontrasse diminuições 
agudas na força, quando precedida de exercícios 
de alongamento, tais diminuições pareciam ser 
mais proeminentes em protocolos mais longos de 
alongamento (número de exercícios e séries, e a 
duração de cada série) que, no geral, excediam as 
escalas normalmente recomendadas na literatura. 
Consequentemente, a duração dos estímulos era 
excessivamente longa comparada com a prática 
comum, assim, fazendo evidente a necessidade de 
mais estudos adicionais. Outro fator importante 
é o método de alongamento utilizado, já que as 
respostas sobre a força muscular são diferenciadas 
mediante o método que se aplique, podendo acar-
retar tanto em ganhos (balístico) [17-19] como em 
perdas de força (estático e facilitação neuromuscu-
lar proprioceptiva-FNP) [20-23].
Portanto, o objetivo deste trabalho foi verifi-
car se, utilizando como método o alongamento 
estático, executando apenas uma série de dez 
segundos, haveria redução das cargas mobilizadas 
no teste de 1RM. 
Material e métodos
Amostra
A amostra foi composta de 10 sujeitos com 
média de idade de 23,3 ± 2,98, peso 84,9 ± 4,7 e 
estatura de 1,81 ± 0,04, praticantes de treinamento 
de força há no mínimo um ano, sem histórico de 
lesão, e aptos para a realização de testes e treinamen-
tos específicos. Após serem previamente esclarecidos 
sobre os propósitos da investigação e procedimentos 
aos quais seriam submetidos, os indivíduos assina-
ram um termo de consentimento livre e esclarecido. 
Os dez sujeitos foram divididos em dois gru-
pos de cinco indivíduos, de maneira aleatória, 
para a realização dos procedimentos com e sem 
alongamento, de modo a formarem 10 parea-
mentos, em um tratamento cruzado em que cada 
sujeito era seu próprio controle. Este estudo está 
de acordo com as normas da Resolução 196/96 
do Conselho Nacional de saúde sobre pesquisa 
envolvendo seres humanos. 
Teste de 1RM para o exercício do supi-
no reto 
Para coleta de dados, foi aplicado, para os 
dez sujeitos da amostra, o teste de uma repetição 
máxima (1RM), sendo realizado em dois dias 
diferentes, com intervalo de 48 horas entre eles e 
sendo utilizado o exercício do supino reto. As duas 
sessões de teste de 1RM para o exercício de supino 
reto tiveram, como objetivo, a familiarização com 
o procedimento e a obtenção da fidedignidade 
das cargas.
As seguintes estratégias foram adotadas, 
durante o teste de 1RM, para reduzir erros de 
execução: 
•	 Todos os participantes da pesquisa foram devi-
damente instruídos quanto aos procedimentos 
do teste e técnica de execução no exercício de 
supino reto;
9Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013
•	 Todos os testes foram realizados no mesmo 
horário para o mesmo indivíduo;
•	 Os equipamentos utilizados para os testes e 
para o treinamento foram devidamente che-
cados;
•	 Como padronização da amplitude do movi-
mento, os sujeitos deveriam tocar a barra na 
caixa torácica no final da fase excêntrica, em 
cada repetição executada;
•	 Foi permitido aos sujeitos a realização de 
um aquecimento específico que consistiu na 
execução do próprio supino reto, seguindo-se 
as recomendações do American College of 
sports Medicine’s guidelines [24]: 1 série de 
5 a 10 repetições com uma carga de 40 a 60 
% de 1 RM, e uma segunda série, 1 minuto 
depois, de 3 a 5 repetições com uma carga de 
60 a 80 % de 1 RM. Após o aquecimento, 
foi dado um intervalo de 5 minutos antes do 
início dos testes.
Aplicação experimental
Verificada a fidedignidade das cargas obtidas 
no teste de 1RM para o exercício de supino reto, 
foram realizadas duas etapas para verificar a in-
fluência do alongamento estático passivo sobre a 
força desenvolvida no teste de 1RM.
a) 1º dia – Nesta etapa, cinco sujeitos realizaram 
o teste de 1RM com o prévio alongamento e 
os outros cinco realizaram o teste de 1RM sem 
o alongamento prévio; 
b) 2º dia – Nesta última etapa, os cinco sujeitos 
que realizaram o teste de 1RM sem o alonga-
mento, dessa vez realizaram com o alongamen-
to prévio. Os outros cinco que realizaram com 
o alongamento no primeiro dia, realizaram 
sem o alongamento nesse segundo momento.
Foi realizada uma série de alongamento assis-
tido passivo que seguiu a seguinte rotina: com o 
sujeito de costas, o avaliador, segurando-o pelas 
mãos, realizou-lhe uma abdução no plano hori-
zontal, mantendo os braços aproximadamente no 
nível dos ombros, até uma posição que o aluno 
relatasse um ligeiro desconforto. O tempo de 
duração do alongamento foi de 10 segundos, por 
estar próximo do tempo normalmente utilizado 
nas academias pelos praticantes de musculação. 
O tempo entre a realização do alongamento e o 
início da execução do exercício foi de 30 segundos. 
As duas sessões dos procedimentos experimen-
tais foram realizadas com um intervalo de 48 
horas entre elas, no mesmo horário, pelo fato da 
capacidade de produzir força oscilar durante o 
dia [25]. Os indivíduos foram orientados a não 
realizar atividade física até o momento da coleta 
dos dados, além de não realizar trabalhos contra 
resistência utilizando a musculatura solicitada no 
teste, no dia que precedia cada etapa. Antes dos 
testes, foi realizado um aquecimento localizado, 
para, possivelmente, melhorar a capacidade de 
desempenho neuromuscular e reduzir o risco de 
lesões [26].
Análise estatística
Para verificar as cargas obtidas nos testes de 
1RM, foi utilizado o coeficiente de correlação de 
Pearson,enquanto que para verificar a influência 
do alongamento estático antecedendo ao teste de 
1RM, foi utilizado um teste “t” student pareado. 
Resultados
Através do coeficiente de correlação de Pearson 
foi observada uma alta correlação (r = 0,98) nos 
testes de 1RM. Além disso, foi observado, atra-
vés do teste t student, que não houve diferenças 
significativas entre a aplicação ou não do alonga-
mento estático passivo antecedendo ao exercício 
de supino (Figura 1). 
Figura 1 - Comportamento da força muscular no teste 
de 1RM sem e com utilização de alongamento estático.
Sem alongamento Com alongamento
87
86
85
84
83
82
81
80
C
om
po
rta
m
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to
 d
a 
fo
rç
a
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 201310
traram não haver interferência. Em concordância, 
Mello e gomes [13], utilizando 2 séries de 15, 30 
e 60 segundos de insistência, também não encon-
traram efeitos deletérios do alongamento prévio 
ao trabalho de força. Dos estudos revisados neste 
trabalho, com exceção ao de Mello e gomes [13] 
e Prati et al. [14], nenhum utilizou um tempo de 
insistência próximo ao comumente utilizado pelos 
praticantes de atividade física contra resistência 
que é de 10 segundos.
Vários autores propõem explicações para a 
redução da força após a realização de exercícios de 
alongamento, tais como alteração das propriedades 
viscoelásticas do músculo [45,46], redução da rigi-
dez muscular esquelética e a tensão passiva [45,47], 
diminuição da ativação das unidades motoras após 
os exercícios de alongamento [37] e ativação dos 
órgãos tendinosos de golgi e dos receptores de dor 
que inibem a produção de força [38]. 
De acordo com o estudo de Wilson et al. [48], 
um sistema músculo-tendão mais maleável teria 
um período em que seu comprimento estaria 
reduzido, com ausência de sobrecarga, até que 
houvesse o ajustamento dos componentes elásti-
cos para a transmissão da força. Este fato colocaria 
o componente contrátil numa posição menos 
favorável em termos de produção de força nas 
curvas de força-comprimento e força-velocidade. 
Porém, estas alterações talvez só ocorram com 
tempos de estimulação suficientemente altos [12].
Conclusão
Ao comparar os resultados do teste de 1RM 
com e sem a utilização prévia de alongamento, 
observou-se que não houve diferenças significa-
tivas entre os procedimentos, o que leva a crer 
que a realização de uma série com 10 segundos 
de permanência de alongamento estático, antes 
do início do treinamento contra resistência, não 
é contra producente para o mesmo.
Isso é de suma relevância para o profissional 
de educação física que prescreve seus exercícios 
dentro de academias e ambientes relacionados à 
prática esportiva. sugere-se que estudos eletro-
miográficos sejam feitos para observar se há ou 
não uma menor ativação da musculatura agonista 
após uma sessão de alongamento, durante testes 
de força máxima.
Discussão
Os métodos de alongamento, com intuito de 
promover o aumento da flexibilidade, mais utili-
zados nas academias, previamente aos exercícios 
contra resistência são: estático, balístico e o de 
facilitação neuromuscular proprioceptiva [9,12].
A necessidade do aprimoramento dos 2 com-
ponentes da aptidão física, força e flexibilidade, 
para a manutenção da qualidade de vida e a apa-
rente incongruência entre eles numa mesma sessão 
de treinamento, pelo fato do alongamento poder 
ter um efeito negativo sobre a força, faz com que 
vários estudos sejam realizados com o objetivo de 
esclarecer este ponto.
Os estudos que analisaram a influência do 
alongamento nos exercícios de força são muito 
controversos, possivelmente pelo fato do tempo de 
duração e o tipo de alongamento variarem muito 
entre eles. Quando trabalhos de alongamento 
estático foram realizados imediatamente antes, 
diversos estudos [1,4,20,21,27-41] demonstraram 
uma diminuição do desempenho nos exercícios 
de força. 
grande parte dos estudos citados acima 
utilizou um tempo de permanência acima da 
realidade utilizada em ambientes de academia. 
Outro ponto importante é o tipo de alongamento 
utilizado. As pesquisas demonstram que os tipos 
de alongamento podem influenciar de formas 
distintas a força muscular. Destes, o alongamento 
estático e as técnicas de FNP demonstraram um 
efeito deletério sobre as diversas manifestações da 
força muscular, conforme verificado em estudos 
realizados [20-23]. Já o tipo de alongamento 
executado de maneira dinâmica (balístico), pode 
acarretar até mesmo em ganhos de força muscular, 
conforme descritos em outras pesquisas realizadas 
[17,19,42]. O fato de realizar um teste de força di-
nâmica máxima e protocolos de treinamento que 
utilizam força submáxima (90% de 1RM) imedia-
tamente após a aplicação do alongamento estático 
passivo pode influenciar nas respostas imediatas 
sobre a força. Foi observado que três séries com 
10 segundos de duração foram o suficiente para 
acarretar na perda de força verificada através de 
um volume total de treinamento executado no 
exercício de supino [14]. Em oposição, os estudos 
de garrison et al. [43] e Cramer et al. [44], mos-
11Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013
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13Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013
artiGo oriGiNal
Consumo máximo de oxigênio e percentual 
de gordura em universitários
Maximal oxygen intake and fat percentage 
in university students
Igor larchert Mota*, Jair sindra Virtuoso Junior, D.sc.**
*Fisioterapeuta Graduado pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Especialista em 
Fisioterapia Cardiorrespiratória com ênfase em UTI/FAINOR, Mestrando em Ciências da Saúde/UFS, 
**Graduado em Educação Física, Professor adjunto da Universidade Federal do Triângulo Mineiro 
(UFTM) 
Resumo
Introdução: A aptidão física é um determinante 
no desempenho das tarefas diárias de um indivíduo, 
e algumas qualidades físicas, a exemplo da capacidade 
cardiorrespiratória e da composição corporal estão 
relacionadas à saúde. Objetivo: Analisar a relação do 
consumo máximo de oxigênio com o percentual de 
gordura em universitários. Métodos: Trata-se de um 
estudo descritivo e analítico, de corte transversal, cuja 
amostra selecionada por conveniência foi composta 
por 55 universitários, com a média de idade de 21 
anos (± 2,8). Para coleta dos dados, foi utilizado o teste 
máximo de Balke (bicicleta) na avaliação da capacidade 
cardiorrespiratória (VO² em ml/kg.min-1) e a medida 
de quatro dobras cutâneas (subescapular, tríceps, 
suprailíaca, panturrilha). Na análise dos dados foram 
utilizados procedimentos da estatísticadescritiva e 
medidas de correlação (sperman), p < 0,05. Resultados: 
A média do VO² foi de 41,8 ml/kg.min-1 (± 13,8) e 
do percentual de gordura 19,9 (± 7,4). Na correlação 
verificou-se uma relação inversa, ou seja, à medida que 
o percentual de gordura aumenta há uma diminuição 
na condição cardiorrespiratória dos sujeitos avaliados 
(rho = -0,55). Conclusão: Os resultados permitem 
concluir que a quantidade de gordura corporal é um 
determinante no desempenho cardiorrespiratório em 
jovens universitários. 
Palavras-chave: distribuição da gordura corporal, 
aptidão física, consumo de oxigênio.
Recebido em 15 de agosto de 2012; aceito em 4 de fevereiro de 2013. 
Endereço para correspondência: Igor Larchert Mota, Rua 2, n°291 Lot. Mar de Rosas, 49030-210 Aracaju 
SE, E-mail: igorlarchert@hotmail.com
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 201314
Introdução
A nova era da mecanização, da automação 
e da computação eximiu os homens das tarefas 
físicas mais intensas no trabalho e nas atividades 
da vida diária. Atualmente, observa-se uma trans-
formação notável de uma sociedade acostumada 
aos trabalhos pesados (fisicamente ativa), para 
uma população de cidadãos urbanos ansiosos e 
estressados e de suburbanos com pouca ou ne-
nhuma oportunidade para o envolvimento em 
atividades físicas. 
A associação entre a prática de atividade fí-
sica e melhores padrões de saúde é amplamente 
difundida. Entretanto, apenas recentemente (30 
a 40 anos atrás), pôde-se admitir que o baixo 
nível de atividade física fosse fator de risco para 
o desenvolvimento de doenças crônicas não 
transmissíveis [1].
Uma boa aptidão aeróbia ajuda a prevenir 
doenças cardíacas, alguns tipos de câncer, diabetes, 
hipertensão, obesidade, osteoporose entre outras 
doenças crônicas, por outro lado, os esportes que 
envolvem componentes aeróbios como correr, 
pedalar e nadar proporcionam um bom desenvol-
vimento dessa capacidade aeróbica e consequente-
mente a prevenção destas patologias crônicas [2].
Os componentes da aptidão física relaciona-
dos à saúde compreendem consumo máximo de 
oxigênio (VO2máx), composição corporal, força 
muscular, flexibilidade e tolerância ao estresse [3]. 
O consumo máximo de oxigênio (VO2máx) 
é também apresentado como a melhor vari-
ável utilizada para determinar e classificar o 
condicionamento aeróbio de uma pessoa. Ele 
representa a quantidade máxima de oxigênio 
que pode ser captado, transportado e con-
sumido pelo metabolismo celular enquanto 
uma pessoa desempenha exercícios dinâmicos 
envolvendo grandes massas musculares, além 
de sofrer influência das variáveis: idade, sexo, 
nível de condicionamento, hereditariedade e 
estado clínico cardiovascular [4]. Além disso, é 
influenciado pelas variáveis idade, sexo, hábitos 
de exercício, hereditariedade e estado clínico 
cardiovascular. É, igualmente, conhecido como 
potência aeróbica máxima, por sua medida ser 
descrita, tanto na forma relativa como na forma 
absoluta, em volume de oxigênio (mililitros 
ou litros) por minuto. seus valores podem ser 
determinados tanto de forma direta, através da 
análise de gases inspirados e expirados por meio 
de um espirômetro durante um teste de esforço 
máximo, como de forma indireta através da 
avaliação de determinadas variáveis fisiológicas 
e físicas coletadas durante um teste de esforço 
máximo e submáximo, cujos valores são inseri-
dos dentro de modelos matemáticos [5].
A composição corporal, assim como o con-
dicionamento cardiorrespiratório, é considerada 
uma qualidade física relacionada à saúde. Ela 
tem sido usada como parâmetro para vários 
segmentos da atividade física e desempenho pro-
fissional e é de grande importância na orientação 
dos programas de controle do peso corpóreo. O 
desenvolvimento precoce de doenças crônicas 
Abstract
Introduction: Physical fitness is an individual deter-
minant to perform daily tasks, and some physical qua-
lities, for example, cardiorespiratory capacity and body 
composition are related to health. Objective: To analyze 
the relationship between the maximal oxygen intake 
and the percentage of fat in university students. Me-
thods: This is a descriptive and analytic cross-sectional 
study, which was selected by convenience sample and 
consisted of 55 students, with a mean age of 21 years 
(± 2.8). Data was collected using the Balke VO2max 
Test (bicycling) in the capacity cardiorespiratory eva-
luation (VO ² in ml/kg.min-1) and the four skinfolds 
measurement (subscapular, triceps above iliac, calf ). 
Data analysis used descriptive statistics and sperman 
correlation measures, p < 0.05. Results: The average of 
the maximal oxygen intake was 41.8 ml/kg.min-1 (sD 
= 13.8) and the fat’s percentage of 19.9 (± 7.4). When 
examined the relationship between the variables of the 
study, there was an inverse relationship, i.e. when the 
percentage of fat increases was observed a decreasing in 
the cardiorespiratory capacity of the evaluated subjects 
(rho = -0.55). Conclusion: The results suggested that 
the amount of body fat is a determinant of cardiores-
piratory capacity in university students. 
Key-words: body fat distribution, physical fitness, 
oxygen intake. 
15Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013
não transmissíveis, como as cardiovasculares, 
hipertensão, elevados níveis de lipoproteínas de 
baixa densidade, entre outras, está associado sig-
nificativamente com elevados níveis de gordura 
corporal [6,7]. Portanto, quantificar a gordura 
corporal com o menor erro possível torna-se 
fundamental, fato que tem levado pesquisadores 
a desenvolverem e validarem diferentes técnicas 
para estimá-la [8]. 
Nesse sentido, o ser humano resolve melho-
rar a sua aptidão física no intuito de se prevenir 
das patologias e se tornar saudável. Portanto, ser 
saudável é tornar-se responsável pela sua própria 
saúde. O ser saudável requer um compromisso 
contínuo com o estilo de vida, uma grande von-
tade de mudar em busca da melhor qualidade de 
vida e da longevidade [9]. 
Diante desta perspectiva, a monitorização 
da quantidade de gordura corporal e da prática 
da atividade física tem recebido notoriedade 
em aspectos relacionados à promoção da saúde. 
Na tentativa de contribuir para a elucidação do 
problema, o estudo procura analisar a relação do 
consumo máximo de oxigênio com o percentual 
de gordura em universitários.
Material e métodos 
Sujeitos
Participaram deste estudo 55 universitá-
rios, 36 homens e 19 mulheres, saudáveis, da 
Universidade Estadual do sudoeste da Bahia, 
localizada na região nordeste do Brasil. Os 
indivíduos foram selecionados e alocados em 
grupos segundo o sexo para as avaliações, no 
entanto, a análise dos dados foi feita sem con-
siderar os gêneros.
Os critérios de inclusão da pesquisa foram: 
ser maior de 18 anos de idade e saudáveis. 
Foram excluídos da amostra os indivíduos 
que apresentaram qualquer doença no mo-
mento da realização dos testes propostos. Os 
participantes conheceram os procedimentos 
do experimento e suas implicações (riscos 
e benefícios), por meio de um termo de 
consentimento livre e esclarecido conforme 
recomendações da resolução n° 196/96 do 
Conselho Nacional de saúde. 
Delineamento experimental
Trata-se de um estudo descritivo, de corte 
transversal-analítico e abordagem quantitativa. 
Os testes para determinação das medidas antro-
pométricas e VO2 foram aplicados no laboratório 
de exercícios resistidos do Campus de Jequié da 
UEsB em outubro de 2005. 
Medidas antropométricas
A massa corporal foi medida em uma balança 
com precisão de 0,1kg (Filizola®, são Paulo, Brasil) 
e a estatura mensurada em um estadiômetro com 
precisão de 0,1 mm (Seca). A densidade corporal 
(DC) foi estimada pela equaçãogeneralizada de 
Petroski (10): 4 dobras cutâneas (tríceps, supra ilíaca, 
panturrilha, subescapular), e o percentual de gor-
dura (%g) calculado pela equação de siri de 1961. 
A técnica da espessura das dobras cutâneas 
como procedimento no estudo da gordura cor-
poral, está baseada no princípio de que existe 
uma significativa relação entre a gordura situada 
diretamente abaixo da pele (gordura subcutâ-
nea), a gordura interna e a densidade corporal 
[11]. No Brasil, Petroski [10] e Rodriguez-Añez 
[12] destacaram-se ao desenvolverem equações 
antropométricas para a estimativa da densidade 
corporal, e Petroski & Pires Neto [13] por vali-
darem equações estrangeiras, a maioria de origem 
americana. A conversão da densidade corporal a 
partir dos valores das dobras cutâneas para per-
centual de gordura pode ser realizada através das 
equações de siri (1961) e de Brozek [10] 
Determinação do VO2 máx
O VO2 max foi determinado a partir do teste 
máximo de Balke (bicicleta), 1959. Este teste foi 
desenvolvido para eletrocardiografia de esforço, 
razão pela qual são mais indicados em indivíduos 
destreinados. A técnica de Balke é escalonada 
máxima, sem intervalos. Inicia-se o teste com uma 
carga de 25 Watts (sedentários) ou 0,5 kg ou 150 
kg para uma rotação de 6 metros (critério estabe-
lecido para o presente estudo), já para indivíduos 
treinados (50 Watts ou 1,0 kg ou 300 kgm) e 
com velocidade de 50 rpm; a cada dois minutos, 
aumentam-se mais 25 watts, sucessivamente, até 
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 201316
Na Tabela II encontram-se os valores mínimos 
e máximos, além das médias (19.92 e 41.80) do 
percentual de gordura e VO2. 
Tabela II - Valores das variáveis gordura (%) e VO2 
máx (ml 1/(kg.min)). 
n* Míni-
mo 
Máxi-
mo
Média DP
G(%) 54 8 59 19,92 7,42
VO2máx 547 19,1 75,8 41,802 13,848
Na Figura 1, é apresentado os valores em 
porcentagem de gordura correlacionados aos 
valores de VO2 máx, demonstrando uma relação 
negativa (r = -0,55). 
Figura 1 - Gráfico de correlação entre as variáveis 
percentual de gordura e VO2 máx.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 20 40 60 80
%G
VO
2m
ax
r= -0,55
 Discussão 
Este estudo procurou analisar a relação entre a 
composição corporal e a capacidade cardiorrespi-
ratória, que são consideradas propriedades físicas 
análogas à saúde. A pesquisa demonstrou haver 
correlação inversa entre o percentual de gordura 
e o consumo máximo de oxigênio, ou seja, à 
medida que o percentual de gordura aumenta há 
uma diminuição na condição cardiorrespiratória 
dos sujeitos avaliados (Figura 1). 
Os resultados das Tabelas I e II, sobre massa 
corporal, estatura e percentual de gordura, apre-
sentaram escores mais elevados quando com-
parados com a média da população masculina 
brasileira da região sul, estimadas por Petroski 
ser atingida a frequência cardíaca máxima do indi-
víduo, ou outros critérios de interrupção, ou seja, 
a incapacidade de manter a velocidade e a carga. 
A carga máxima sustentada permite se estimar o 
VO2 máx. em l/min através da fórmula abaixo:
VO2 máx: 200 + (12 x W) / M = VO2 em ml 1/ 
(kg.min)
W = carga máxima sustentada em Watt
M = peso corporal total do atleta expresso em kg
O protocolo de balke permite uma adaptação 
fisiológica adequada, pois a carga é aumentada 
em pequenos incrementos, retardando o início da 
ativação do metabolismo aeróbico. O resultado 
depende, entretanto, da motivação do indivíduo.
Análise estatística
Para a análise estatística dos dados utilizou-se 
o software Microsoft Excel 2003®. Foi adotado 
para análise e interpretação dos dados, um nível 
de significância de 5% (p < 0,05). 
A análise descritiva dos dados serviu para 
caracterização da amostra, com distribuição de 
frequência, medida de tendência central (média) 
e de dispersão (amplitude de variação, desvio-
-padrão). Para análise correlacional das variáveis 
VO2máx e percentual de gordura, utilizou-se a 
estatística não-paramétrica de spearman, devido 
a não normalidade dos dados. 
Resultados
O perfil antropométrico e as características de 
faixa etária dos universitários estão expressos na 
Tabela I. A média de idade que foi de 21 anos (± 
2.84) exibe o perfil jovem da população e as mé-
dias obtidas para peso e estatura são semelhantes, 
o que torna a amostra homogênea quanto a esses 
aspectos, e tem importância pelo fato da amostra 
ser relativamente reduzida.
Tabela I - Características Antropométricas. Jequié/
BA, 2010.
n* Míni-
mo
Má-
ximo
Média DP
Idade (anos) 54 18 30 21,83 2,84
Peso (kg) 54 43,4 90,3 66,372 10,694
Estatura (cm) 54 1,52 1,88 1,70 9,35
17Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013
[10], em que, a massa corporal, a estatura e o 
percentual de gordura apresentaram os seguintes 
valores respectivamente, 73,6 kg (± 9,7), 174,5 
cm (± 6,8) e 16,1 % (± 6,8). 
De acordo com o Institute for Aerobics Research, 
o percentual de gordura (19,9) para a faixa etária 
de 20 a 29 anos de idade no sexo masculino, é 
considerado razoável [14]. 
A média de VO2máx (41,8 ± 13,8) é classifi-
cada no conceito “Bom”, de acordo com a classi-
ficação sugerida pela American Heart Association 
[15]. A Associação Americana de Cardiologia 
sugere uma classificação por faixa etária do con-
sumo de VO2 máx, que são: baixa, regular, média, 
boa e excelente. segundo esta, as pessoas com 
idade menor que 29 anos, geralmente, apresen-
tam VO2máx em torno de 42 a 52 ml/kg/min. 
Valores estatisticamente baixos do percentual de 
gordura associados aos altos índices de VO2máx, 
demonstram a presença de pessoas com excelentes 
aptidões físicas neste estudo. Em estudo feito na 
modalidade esportiva do handebol, Fiori [16] 
encontrou em atletas de 16 a 21 anos o VO-
2máx. de 56,93 ± 4,47 ml/kg/min, estando este, 
superior aos valores encontrados na literatura e 
nesta pesquisa.
Boldori [17], estudando um grupo de bom-
beiros militares de santa Catarina, encontrou as 
médias de VO2 máx de 41,6 ± 6,5 ml/kg/min e 
percentual de gordura de 16,0 ± 4,9 (%), numa 
faixa etária de 40 a 50 anos. Já para a faixa etária 
de 20 a 29 anos, encontrou as médias de 46,1 ± 
6,0 (ml/kg/min) e 11,1 ± 4,3 (%) para VO2 e %g 
respectivamente, valores estes bem próximos aos 
encontrados nos universitários avaliados neste 
estudo. 
A relação da composição corporal com a 
resistência cardiorrespiratória apresenta uma 
relação que foi destacada por george et al. [18], 
referindo como exemplo dois indivíduos com a 
mesma capacidade de VO2 absoluta, porém um 
indivíduo com 75 kg e o outro com 85 kg. Assim, 
o indivíduo com 75 kg tem condições de realizar 
um esforço de maior intensidade e por período 
mais longo do que o indivíduo de 85 kg.
Entre as potenciais e plausíveis limitações 
deste estudo, é possível destacar o número redu-
zido da amostra, porém com base na literatura 
consultada é possível identificar que os resultados 
encontrados nesta investigação são sustentados 
pelas evidências científicas de associação da 
quantidade de gordura corporal com o consumo 
máximo de oxigênio. 
A possibilidade de viés de seleção e de aplica-
ção dos testes de desempenho físico está minimi-
zada, pois os aplicadores de tais testes passaram 
por um treinamento prévio. Porém, é possível 
que fatores motivacionais possam ter interferido 
na realização dos testes.
Conclusão
Com base nos resultados apresentados, é 
possível concluir que a quantidade de gordura 
do corpo é um determinante no desempenho 
cardiorrespiratório em jovens universitários, uma 
vez que quanto maior o percentual de gordura 
menor o consumo máximo de oxigênio destes 
indivíduos. sugere-se, portanto, que a elaboração 
de programas direcionadosà melhoria da aptidão 
cardiorrespiratória inclua ações direcionadas ao 
controle do peso corporal.
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rev ista mult id isc ipl inar de desenvolv imento humano
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19Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013
artiGo oriGiNal
Efeito agudo do exercício físico intenso no 
balanço oxidante e redutor no sangue de 
indivíduos ativos
Acute effect of intense exercise on oxidative 
and reducing blood response in trained men
Albená Nunes da silva*, Clara Araujo Veloso*, Rodrigo salles Amaral*, Caroline Maria de Oliveira Volpe*, 
José Augusto Nogueira Machado*, Danusa Dias soares**
*Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), Hospital Santa Casa de Belo Horizonte, Belo Horizonte/MG, **La-
boratório de Fisiologia do exercício da Escola de Educação Física da Universidade Federal de Minas Gerais 
(EEEFTO/UFMG), Belo Horizonte/MG
Resumo
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do 
exercício físico, representado pelo teste de Cooper, na 
produção de Espécies Reativas de Oxigênio (ROs), 
na formação de AgEs, na ativação de proteína Kinase 
C (PKC) e na capacidade antioxidante do plasma de 
indivíduos treinados. ROs foi quantificado utilizan-
do quimioluminescência dependente de luminol. A 
capacidade antioxidante total do plasma foi avaliada 
através da redução direta de sal tetrazólico (MTT). 
Para análise da produção de AgEs, as concentrações 
de malonaldeído (MDA) plasmático foram medidas 
por kit de ácido tiobarbitúrico (TBARs) e a produção 
de ROs em resposta à ativação por PKC foi medida 
usando o ativador PDB. As análises estatísticas da 
produção de ROs foram feitas em função logarítmica, 
usando-se o teste de Fisher. Para os demais dados, foi 
utilizado o teste “t” de student, sendo p < 0,05 consi-
derado estatisticamente significativo. O exercício físico 
foi capaz de aumentar em 39% a produção de ROs 
nos leucócitos coletados (p < 0,05). Entretanto, este 
aumento não resultou em peroxidação lipídica (p > 
0,05). A capacidade antioxidante do plasma diminuiu 
após o teste de Cooper (p < 0,05). Houve ainda grande 
alteração na sensibilidade da via DAg-PKC (399%) 
em resposta à atividade física, quando estimulada com 
éster de forbol (PDB). Os resultados sugerem que o 
teste de Cooper induziu um aumento em respostas de 
oxidação na ausência e na presença de PDB e diminui-
ção da resposta redutora para compensar este aumento 
e afastar a possibilidade de estresse oxidativo.
Palavras-chave: espécies reativas de oxigênio, 
estresse oxidativo, exercício físico.
Recebido em 27 de novembro de 2012; aceito em 4 de fevereiro de 2013. 
Endereço para correspondência: Albená Nunes da Silva, Rua Major Lopes 738/601, 30330-050 Belo 
Horizonte MG, E-mail: albenanunes@hotmail.com
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 201320
Introdução
O exercício físico representa aumento na uti-
lização de substratos pelos músculos em atividade 
devido ao aumento na demanda de energia e, 
consequentemente, na utilização do oxigênio para 
produzi-la através da via oxidativa [1]. 
Esse aumento do consumo de oxigênio (O2), 
assim como a ativação de vias metabólicas es-
pecíficas durante ou após o exercício, resultam 
na formação de Espécies Reativas de Oxigênio 
(ROs) [2]. Essas substâncias, também chamadas 
de radicais livres, são produzidas naturalmente em 
nosso organismo através de processos metabóli-
cos oxidativos que são altamente reativos e com 
tempo de vida fugaz na ordem de milésimos de 
segundos [2]. 
Radical livre é definido como qualquer 
átomo, molécula ou fragmento de molécula 
contendo um ou mais elétrons desemparelhados 
em suas camadas de valência [3]. Essas moléculas 
têm sua produção aumentada por exercícios de 
alta intensidade e foram relacionadas, a partir da 
década de 80, a diversas doenças, como enfisema 
pulmonar, doenças inflamatórias, aterosclerose, 
câncer, e ao envelhecimento [4]. Para sobre-
viver, os seres aerobionte desenvolveram um 
mecanismo endógeno para minimizar os danos 
produzidos pelos radicais livres: o sistema de 
defesa antioxidante [2]. 
O desequilíbrio entre a produção de espécies 
reativas de oxigênio (ROs), ou seja, os radicais 
livres, e a remoção destes compostos pelo siste-
ma de defesa antioxidante leva o organismo a 
uma situação conhecida como estresse oxidativo 
[3]. O estresse oxidativo é uma condição celular 
ou fisiológica de elevada concentração de ROs 
que causa danos moleculares às estruturas ce-
lulares, com consequente alteração funcional 
e prejuízo das funções vitais [5]. Além disso, 
pode gerar danos às proteínas e ao DNA, provo-
cando alterações na função celular e, portanto, 
tecidual [2]. 
Esses danos acontecem em diversos órgãos 
e tecidos, como o muscular, hepático, adiposo, 
vascular e cerebral; e um dos principais meca-
nismos de lesão é a peroxidação lipídica, ou seja, 
a oxidação da camada lipídica da membrana 
celular [2]. Todavia, o efeito deletério do es-
tresse oxidativo varia consideravelmentede um 
ser vivo para o outro, de acordo com a idade, o 
estado fisiológico e a dieta [6]. Há, na literatura 
científica, evidências de correlação entre exercí-
cios de alta intensidade e excesso na produção 
de radicais livres [7], e os submáximos resultam 
em significantes mudanças na susceptibilidade 
de hemácias à oxidação e ao estresse osmótico 
[8]. Além disso, quando realizados até a fadiga, 
exercícios físicos levam ao aumento da utilização 
da via oxidativa de produção de energia, e con-
Abstract
The present study was designed to determine the 
effects of exercise (Cooper test) on Reactive Oxygen 
species (ROs) production, PKC activation, AgEs for-
mation, and antioxidant capacity of plasma in healthy 
well trained male volunteers. ROs were quantified 
by luminol-dependent chemiluminescence. Total 
plasma antioxidant status was measure in a MTT dye 
reduction assay For the analysis of the production of 
AgEs, plasma malondialdehyde (MDA) concentra-
tion was measured by TBARs Assay Kit and ROs 
production with PKC activation was measured using 
a PDB (phorbol ester) as activator. statistical analyses 
were made with student’s t test and F test. Cooper test 
increased (39.0%) the ROs generation in leukocytes 
from well-trained athletes. similar experiments were 
performed in vitro with leukocyte collected before and 
after intense exercise under stimulation without or 
with phorbol ester (PDB), respectively. ROs produc-
tion increased in leukocytes after exercise (p < 0.05). 
lipid peroxidation (MDA) was not altered when the 
quantification performed before and after exercise were 
compared (p > 0.05). In contrast, the total plasma 
antioxidant status was significantly decreased in plasma 
collected after exercise. Our results suggest that physical 
exercise induces an increase in the oxidizing metabolic 
response in the presence or in the absence of PDB and a 
significant decrease in the plasma reducing response to 
compensate the oxidizing status and to avoid a typical 
oxidative stress.
Key-words: reactive oxygen species, oxidative stress, 
exercise.
21Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013
sequentemente, da produção de radicais livres, 
causando um perfil agudo de estresse oxidativo. 
O teste de Cooper, um teste internacionalmente 
usado para avaliar a condição física, consiste 
em correr-se na maior velocidade possível para 
se atingir a maior distância possível, em doze 
minutos, sendo caracterizado como um teste de 
alta intensidade. Existe um crescente interesse 
da comunidade científica envolvida com a ati-
vidade física pelo entendimento da relação entre 
exercício físico e produção de ROs, pois estas 
substâncias podem estar associadas às respostas 
adaptativas induzidas pelo exercício físico. sendo 
assim, o objetivo deste trabalho foi investigar o 
efeito do exercício físico intenso em parâmetros 
oxidantes e redutores sanguíneos.
Material e métodos
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de 
Ética em Pesquisa da santa Casa de Misericórdia 
(sCM) de Belo Horizonte. Todos os procedi-
mentos adotados neste estudo estão de acordo 
com as “Diretrizes e Normas Regulamentadoras 
das Pesquisas Envolvendo seres Humanos” do 
Conselho Nacional da saúde (Res. 196/96). Os 
voluntários assinaram um termo de consentimen-
to livre e esclarecido. 
Participaram deste estudo 11 voluntários 
masculinos com idade média de 26,54 ± 2,2 anos 
saudáveis, praticantes regulares de atividade física, 
sem histórico recente de lesão, não tabagistas e 
que não estivessem utilizando qualquer medicação 
(Tabela I). A avaliação física constou de medidas 
de massa corporal, estatura, dobras cutâneas e 
teste de esforço progressivo submáximo na bici-
cleta ergométrica.
Neste estudo o teste de Cooper foi utilizado 
para representar um exercício físico intenso e 
de duração moderada. O teste de Cooper, que 
foi desenvolvido pelo Dr. Kenneth H. Cooper 
em 1968, é mundialmente utilizado para ava-
liação da condição cardiorrespiratória. Neste 
teste, o indivíduo deve correr a maior distância 
possível em 12 (doze) minutos. Os valores da 
distância são submetidos à fórmula: distância(m) 
- 504.9/44.73 para predizer o Volume Máximo 
de Oxigênio (VO2máx), e o resultado é dado em 
ml.kg-1.min-1.
Tabela I - Dados físicos dos voluntários que partici-
param do estudo.
Vo-
lun-
tário
Peso 
(kg)
Altura 
(cm)
Idade 
(anos)
% Gor-
dura
VO2 máx 
(ml.kg-1.
min-1)
1 80 171 31 18 48
2 59,9 174 26 7,48 51,1
3 81,1 181,5 28 14,23 45
4 76,3 173 28 11,31 45,3
5 70 1.83 27 11 51
6 88.2 178 23 12,89 48
7 78,7 175 26 17,8 48,9
8 74,8 175 25 14,45 58,8
9 102,6 188 28 14,03 42,2
10 60 170 24 15,79 47,1
11 112 191 26 16,86 45,6
Média 86,62 179,5 26,54 13,98 48,27
DP 21,24 8,21 2,2 3,19 4,37
Imediatamente antes e após o teste foram 
coletados 15 ml de sangue venoso periférico dos 
atletas através da punção venosa, em tubos vacu-
tainers contendo heparina como anticoagulante 
e dirigidos para o laboratório de Imunologia da 
sCM onde foram processados utilizando o proto-
colo de separação de leucócitos, desenvolvido por 
Bicalho et al. [9]. A contagem destes leucócitos 
foi feita no microscópio usando-se uma câmara 
de Neubauer e o número calculado pela fórmula: 
células/ml = nº / 4 x 10 x diluição (100) x 103. 
O ensaio de quimioluminescência depen-
dente de luminol permite avaliar, indiretamente, 
a atividade da NAD(P)H oxidase, a enzima 
responsável pela geração de ROs durante a fa-
gocitose das células. A energia gasta na produção 
de ROs, ao ser liberada, produz luminosidade, 
definida como quimioluminescência nativa ou 
natural. Contudo, esta luminosidade pode ser 
amplificada usando-se reagentes químicos e os 
resultados foram expressos em RlU/min (Unida-
des Relativas de luz por minuto). Em um tubo 
especial para luminômetro foram colocados: 200 
μl de luminol 10-4 M, 500 μl de PBs e 100 μl 
de células (1x105/ml), e a leitura foi realizada 
por 17 minutos no luminômetro. Após essa 
leitura foi adicionado então 20 μl de ester de 
phorbol (PDB) 1x10-5 M, e a leitura realizada 
por mais 25 minutos. A quimioluminescência 
foi medida a cada minuto e os resultados ex-
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 201322
Resultados
Para comprovar que o exercício físico (teste de 
Cooper) foi realizado em intensidade elevada, as 
variáveis FC e PsE foram registradas em 3 mo-
mentos durante o protocolo (Tabela II). O teste de 
Cooper aumentou em 39% a média na produção 
de ROs por leucócitos em RlU/min (Figura 1).
Tabela II - Dados individuais, médias e desvios da 
frequência cardíaca (FC) e percepção subjetiva de 
esforço (PSE) nos minutos 4, 8 e 12.
Vo-
lun-
tá-
rios
Fcmáx PSEmax
4° min 8° min
12° 
min
4° 
min
8° 
min
12° 
min
1 126 154 189 16 18 20
2 111 150 179 15 17 19
3 118 147 198 13 17 20
4 122 152 182 12 16 20
5 106 153 192 11 13 18
6 104 162 201 12 18 21
7 121 164 202 12 18 21
8 112 160 197 13 17 21
9 124 162 193 14 17 21
10 128 163 191 15 18 21
11 112 147 175 14 17 20
Mé-
dia
116,72 155,81 190,81 13,27 17 20,18
DP 8,17 6,53 8,91 1,61 1,41 0,98
Figura 1 - Quantificação da produção de ROS (RLU/
min): Antes e após o teste de esforço na presença e 
ausência de PDB.
25000
20000
15000
10000
5000
0
RO
S 
(R
LU
)
39% 85%
399%
* *
* #
Antes Após Antes Após
s/ PDB c/ PDB
* = experimento significativo (p < 0,05) comparado ao 
controle antes do exercício sem PDB.
Estes dados demonstram que a atividade fí-
sica intensa é um determinante para o aumento 
na produção de ROs. A Figura 1 também mostra 
pressos em RlU/min (unidades relativas de luz/
minuto). O PDB, queé ativador fisiológico da 
proteína Kinase C (PKC), foi adicionado com 
a intenção de investigar se o teste de Cooper 
interferiu na via diacilglicerol-PKC (DAg-
-PKC), alterando a capacidade de produção de 
ROs pelos leucócitos. 
A quantificação da produção dos produtos 
avançados de glicação (AgEs) foi realizada utili-
zando o plasma congelado em heparina de acordo 
com o TBARs AssAY KIT (Cayman Chemical). 
O malonaldeído (MDA) é usado como indicador 
de lesão em células, pois ocorre em consequência 
natural da peroxidação lipídica, um mecanismo 
já bem estabelecido de dano celular em tecidos 
animais. Os peróxidos lipídicos, derivados de 
ácidos graxos poliinsaturados, são instáveis e se 
decompõem para formar uma série de complexos 
altamente reativos.
A medida das substâncias reativas do ácido 
tiobarbitúrico (TBARs), vastamente utilizada 
por pesquisadores, é um método bem conhecido 
para mostrar e monitorar a peroxidação lipídica 
(Tbars Assay Kit – Cayman Chemical). A leitura, 
feita em duplicata para minimizar a possibilidade 
de erros, foi realizada no Espectrofotômetro (UV 
mini-1240) da marca shimadzu, a um compri-
mento de onda de 530-540 nm.
A quantificação da capacidade antioxidante 
foi realizada adicionando 25 μl de sal tetrazóli-
co (MTT) a 100 μl de plasma. Este plasma foi 
incubado por 2 horas a 37º C e após a incubação 
foi acrescentado 100 μl de Dimetilsufóxido 
(DMsO) e homogenizou-se o tubo em vórtex. 
Este tubo foi centrifugado por 5 minutos a 2000 
x g. A leitura do sobrenadante foi realizada no 
leitor de Elisa stat Fax 2100 a 570 nm.
Todo o procedimento foi realizado em duplicata 
e, então, realizada uma média da leitura para redu-
ção de possíveis de erros, para todas as amostras.
Para comparar a produção de ROs, antes e de-
pois do exercício, na presença e ausência de PDB, 
foi feita uma transformação de dados utilizando 
uma função logarítmica e utilizado o teste de Fi-
sher. Para compararmos as médias de formação de 
AgEs e da Capacidade Antioxidante do plasma, 
foi utilizado o teste “t” de student. Foi adotado o 
nível de significância de p ≤ 0,05 e os dados estão 
expressos em média e ± desvio padrão da média.
23Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013
que a adição de PDB antes e após o exercício 
físico aumenta a produção de ROs nas duas 
situações em relação ao controle. Porém, após o 
exercício, a ativação foi superior, quando com-
paradas com as mesmas células antes do exercí-
cio físico. A via responsável por este aumento, 
provavelmente, é a via da NADPH oxidase, já 
que o PDB é o análogo de Diacilglicerol (DAg), 
que estimula as proteínas kinases C (PKCs), e 
estas fosforilam as subunidades citosólicas do 
complexo multienzimático NADPH oxidase, 
em uma rota de produção de ROs conhecida 
como DAg-PKC. A produção de Malonaldeído 
(MDA) foi quantificada antes e após o teste de 
Cooper e os resultados estão apresentados na 
Figura 2. Não houve diferença nas concentrações 
de MDA quando comparados antes e após o 
exercício físico. O perfil antioxidante do plasma 
foi avaliado através da redução direta do MTT 
(sal de tetrazólio) pelo plasma. Observou-se 
diferença significativa na capacidade de redução 
direta do MTT pelo plasma como mostrado na 
Figura 3.
Figura 2 - Comparação entre as concentrações de 
Manolnaldeido (MDA) antes e após o teste de Cooper.
0.125
0.100
0.075
0.050
0.025
0.000C
on
ce
nt
ra
çã
o 
M
D
A (NS)
Antes Após
N.S. = Não significativo.
Figura 3 - Capacidade antioxidante do plasma.
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0.0
M
TT
*
Ab
so
rb
ân
ci
a 
(5
70
nm
) (-11,8%)
Antes Após
* = experimento significativo (p < 0,05) comparado ao 
controle antes do exercício.
Discussão
Muitos trabalhos têm mostrado que a ativi-
dade física intensa eleva a produção de espécies 
reativas de oxigênio (ROs). Os resultados deste 
estudo mostram que a atividade física intensa e de 
duração moderada (12 minutos), aqui represen-
tada pelo teste de Cooper, foi um estímulo capaz 
de aumentar a produção (ROs) por leucócitos 
em 39%. No presente trabalho, foi avaliada a 
produção de ROs por leucócitos de forma direta, 
através de quimioluminescência dependente de 
luminol. Nenhum outro trabalho havia investi-
gado a produção de ROs utilizando protocolo 
semelhante. A maioria dos estudos utiliza métodos 
indiretos para avaliar aumento na produção de 
ROs, como, por exemplo, através da medida do 
malonaldeido (MDA), que é um marcador de 
peroxidação lipídica e reage com as substâncias 
reativas do ácido tiobarbitúrico (TBARs), sinali-
zando a existência de estresse oxidativo. Demirbag 
et al. [10] constataram que o teste de esforço na 
esteira, com duração média de 7.7 minutos, foi 
estímulo suficiente para aumentar a produção de 
peróxidos em sujeitos destreinados. Wang et al. 
[11] investigaram como a intensidade do exercício 
impacta o status redox mediado pela oxidação 
da lDl em monócitos. Os autores concluíram 
o trabalho afirmando que a atividade física de 
alta intensidade (80% VO2máx) eleva a produção 
de ROs. Miyazaki et al. [12] investigaram se 
o treinamento com intensidade elevada (80% 
FCmáx), durante doze semanas, alteraria o estresse 
oxidativo induzido pelo exercício após um evento 
até a fadiga. Os autores constataram que o exer-
cício físico até a fadiga aumenta a habilidade dos 
neutrófilos em produzir ROs e o treinamento 
diminui esta habilidade.
No presente estudo foi investigado se o teste 
de Cooper interfere na sensibilidade da PKC à 
estimulação por PDB. Utilizando o cálculo do 
índice experimento dividido pelo controle (E/C), 
houve diferença na ativação de 222% (dados 
não mostrados) entre as células que não haviam 
sofrido intervenção da atividade física e as células 
que haviam sofrido intervenção da atividade física. 
Como explicação para este fenômeno, pode-se 
argumentar que talvez a atividade física intensa, 
como no caso do teste de Cooper, tenha causado 
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 201324
a translocação das Proteínas Kinases C (PKC) do 
citoplasma para a membrana das células e, dessa 
forma, tenha facilitado o aumento na produção 
de espécies reativas de oxigênio (ROs) através 
da via da NADPH-oxidase. Ou seja, quando o 
PDB foi adicionado às células pré-estimuladas 
pela atividade física, o ambiente celular estava 
propício para a produção de ROs. 
Perrini et al. [13] mostraram que o exercício 
agudo está associado ao aumento na quantidade 
e na fosforilação das PKC-λ no músculo esque-
lético. Nenhum outro estudo investigou a inter-
venção da atividade física na via DAg-PKC nos 
leucócitos, o que dificulta a comparação destes 
resultados com os de outros estudos. 
No nosso estudo, os níveis de MDA foram 
quantificados, antes e após o teste de Cooper 
para verificar se houve peroxidação lipídica. Os 
resultados mostram que o exercício físico não 
aumentou os níveis de MDA (Figura 4). Isto 
indica que, apesar da produção de ROs ser au-
mentada pelo teste de Cooper, não há indício de 
que este aumento conduza à situação de estresse 
oxidativo, levando a deterioração de membranas 
lipoprotéicas celulares e a peroxidação lipídica 
nesse grupo de voluntários. 
Figura 4 - Os resultados não mostram diferença en-
tre a produção de ROS em repouso entre indivíduos 
fisicamente ativos e sedentários em quando analisados 
em repouso.
7500
5000
2500
0
RO
S 
(R
LU
)
(NS)
Sedentários Ativos
Esse resultado é bastante coerente, uma vez 
que, se o exercício físico como o teste de Cooper, 
gerasse aumento nas concentrações de MDA, essa 
prática, bem como outras formas de atividade 
física com intensidades elevadas de esforço, seriam 
desaconselhadas,

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