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RESENHA DO ARTIGO: “CORROSÃO DE ARMADURAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO DEVIDO AO ATAQUE DE ÍONS CLORETO”

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET
RESENHA DO ARTIGO: “CORROSÃO DE ARMADURAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO DEVIDO AO ATAQUE DE ÍONS CLORETO”
Heitor Eduardo Menezes de Souza
Izabelle Sabatine da Silva Izaias
 Curso de Graduação em Engenharia Civil
 Disciplina: Química Geral
 Docente: Márcio Adriano Chagas
Barra do Garças – MT
2014
INTRODUÇÃO
Entende-se por corrosão a deterioração dos materiais pela ação química ou eletroquímica do meio, podendo estar ou não associado a esforços mecânicos. O artigo de “Corrosão de Armadura em Estruturas de Concreto Armado devido ao Ataque de Íons Cloreto”, realizado por João Mota (UFPE), e.d., teve como objetivo fazer uma revisão bibliográfica sobre corrosão das armaduras de estruturas de concreto armado causada pela ação dos íons cloreto. Será abordado neste texto algumas questões sobre esse tipo corrosão, seu mecanismo, fatores de influência e as medidas de prevenção, tendo como base principal o artigo citado.
DESENVOLVIMENTO
É chamado de concreto armado a estrutura de concreto que possui em seu interior armações feitas com barra de aço. Estas armações têm como objetivo atender a deficiência do concreto em resistir a trações. 
O concreto quanto corretamente executado protege a armadura sobre os aspectos físicos (devido à barreira proporcionada pela camada de cobrimento) e químicos (resultante do elevado pH existente na solução aquosa presente nos poros do concreto, permitindo, assim, a formação de uma fina película protetora, conhecida como camada passivadora). Quando o concreto é executado sem os devidos cuidados, pode não funcionar perfeitamente como uma barreira protetora, permitindo assim que as armaduras sofram ataques de íons ou substâncias existentes, danificando a camada passivadora da armadura. São os principais agentes responsáveis pela perda dessa proteção: o dióxido de carbono (CO2) e os íons cloreto (CL-).
O mecanismo da corrosão da armadura e uma manifestação específica da corrosão eletroquímica em meio aquoso. O mecanismo de corrosão do aço, no concreto, só se desenvolve em presença de água ou ambiente com umidade relativa elevada e só ocorre se houver a existência de um eletrólito, uma diferença de pontencial de eletrodo e presença de oxigênio.
As pilhas eletrolíticas ou células galvânicas são dispositivos que utilizam reações de óxido-redução para converter energia química em energia elétrica. A reação química da corrosão da armadura será como a de pilhas eletrolíticas: sempre espontânea e só ocorrerá se existir um cátodo, um ânodo, um eletrólito e a presença de um condutor elétrico. A partir desse processo, a camada passivadora da armadura é destruída pelo conjunto de ações da umidade, oxigênio e agentes agressivos (como os cloretos). A concentração destes elementos é variável ao longo da armadura, dando origem a uma pilha de corrosão. Surge então a corrente elétrica (fluxo de íons) que sai das áreas anódicas para o concreto (eletrólito), corroendo-as, penetra nas áreas catódicas.
A ação dos cloretos na corrosão de armaduras é uma das principais causas de deterioração das estruturas de concreto. A concentração destes íons, no concreto, poderá ocorrer devido a presença dos componentes na mistura, ou por penetração através da rede de poros. 
Os íons cloreto, em contato com a armadura, produzem uma redução do pH do concreto (normalmente no valor de 12,5 a 13,5 para valores de até 5). Estes íons são responsáveis pelo aumento da condutividade elétrica do eletrólito facilitando a corrosão das armaduras. Influenciam na taxa de penetração de cloreto no concreto: a relação água/cimento (pois este influencia diretamente na formação da microestrutura do concreto, ou seja, a dimensão dos poros que facilitam ou dificultam o deslocamento dos íons por meio dele); a composição química do cimento e os aditivos (algumas substâncias, como o silicato de tricálcio e o ferro aluminato de tetracálcio, por exemplo, se combinam com os íons cloretos de forma que tarda o início da corrosão nas armaduras); a temperatura (a influência da temperatura é vista de dois pontos distintos: para alguns, quanto maior, menor é a penetração de íons cloreto; para outros, o contrário); a umidade relativa (considerada o principal fator controlador da taxa da corrosão); e outros como a compactação do concreto, as fissuras, o cobrimento, a carbonatação e, principalmente os agentes ambientais.
Os agentes naturais, ou ambientais, merecem destaque, pois são extremamente variáveis. Cada lugar tem um tipo de influência na corrosão devido aos diferentes fatores ambientais. Uma construção localizada em uma área tropical marinha apresenta umidade, temperatura, direção do vento, períodos de chuvas/secas, entre outros, diferente de uma construção localizada em uma área mais seca. Por mais que em ambas possa ocorrer um nível de corrosão parecido, os fatores não serão os mesmos. Um local que tenha elevados índices de umidade e névoa salina (cujo principal íon presente é o cloreto) provavelmente terá uma degradação grande, pois a penetração de íons cloreto é muitas vezes superior que um ambiente normal.
A presença de íons de hidrogênio também é de grande influência na corrosão de armaduras, devido a isto, locais em que a chuva ácida é mais constante têm uma maior chance da ocorrência desta corrosão. 
Para se evitar a corrosão em armaduras (ou tardá-la significamente) algumas medidas podem ser tomadas desde a fabricação do concreto. Quanto menos poros este tiver, menores as chances dos íons cloreto se deslocarem entre ele; Se houver em sua composição adições minerais, haverá uma boa influência na redução da penetração destes íons, pois os minerais possuem a capacidade de fixação de cloretos pelo fato de aumentarem a quantidade de aluminatos disponíveis na mistura, além de também provocar uma diminuição e interrupção dos poros na pasta do concreto; Concretos mais compactados têm coeficiente de difusão de íons inferiores àqueles não compactados.
Há também outras medidas de se minimizar a corrosão em armaduras não trazidas no artigo abordado. Para combatê-la, deve-se seguir uma sequência lógica de medidas: a) Identificação do material atacado; b) Identificação dos materiais envolvidos no processo; c) Classificação do tipo e forma; d) Causas da corrosão; e) Remoção da corrosão; f) Comparação com limites de remoção de metais previstos em ordem técnica; g) Tratamento; h) Registro do problema; i) Observação periódica.
Esta sequência é necessária devido à causa da corrosão não ser a mesma em cada lugar. Desta forma, não há muitas medidas gerais a se tomar.
CONCLUSÃO
Este trabalho teve como objetivo abordar algumas questões sobre corrosão em armaduras de concreto através, principalmente, dos íons cloreto. Pode-se concluir que estes interferem grandemente no tempo de vida útil do concreto, devido ao elevado nível de corrosão pelo qual são responsáveis. A corrosão provocada por estes íons sofre influência de fatores ligados às diversas maneiras deles chegarem ao concreto. Para se evitá-la, então, é necessário que estas “passagens” sejam removidas ou dificultadas ao máximo. Desta forma, a corrosão será minimizada e o tempo de vida útil da armadura tenderá a ser maior, proporcionando um melhor aproveitamento da estrutura a qual faz parte.
REFERÊNCIAS
Magaldi, Beatriz Ribeiro. Estudo Sobre a Corrosão em Estruturas de Concreto Armado. Disponível em: <http://www. ebah.com.br/content/ABAAAe2ykAE/estudo-sobre-a-corrosao-estruturas-concreto-armado-pf>. Acesso em 27 de julho de 2014.
PORTAL DO CONCRETO. Concreto Armado. Disponível em: <http://www.portaldoconcreto.com.br/cimento/concreto/armad os.html>. Acesso em 27 de julho de 2014.

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