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Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural

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Declaração do Imposto Territorial Rural – DITR
CONTABILIDADE RURAL
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
CONTABILIDADE DE AGRONEGÓCIOS
CIANORTE
2016
Tiago Alves de Santana
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AVISO IMPORTANTE
Este conteúdo foi organizado por Tiago Alves de Santana com base nas referências citadas ao final do material. A reprodução, distribuição ou compartilhamento total ou parcial não é permitido sem a expressa autorização do proprietário. Respeite!
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Declaração do Imposto Territorial Rural - DITR
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O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) incide sobre os imóveis localizados fora das áreas urbanas dos municípios. A alíquota é maior para propriedades de maior área e baixo grau de utilização, de modo a desestimular os grandes latifúndios improdutivos.
Receita Federal do Brasil
INTRODUÇÃO
DECLARAÇÃO DO IMPOSTO TERRITORIAL RURAL - DITR
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Legislação do ITR:
Lei no 8.022, de 12 de abril de 1990;
Lei nº 8.847, de 28 de janeiro de 1994;
Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1996;
Lei nº 11.250, de 27 de dezembro de 2005.
INTRODUÇÃO
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* Outros Atos Legais (Medidas Provisórias, Decretos, Instruções Normativas, Atos Declaratórios, Portarias e Resoluções) estão disponíveis AQUI.
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O ITR na Constituição Federal de 1988...
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
VI - propriedade territorial rural;
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (Regulamento)
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INTRODUÇÃO
* O ITR é repartido em 50% para a União e 50% para os Municípios onde estiverem localizados os imóveis (ressalvada a hipótese do art. 153, §4º, III da Constituição Federal de 1988 em que os municípios poderão, por convênio com a união, arrecadar 100% do ITR).
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O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, de apuração anual, tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse (inclusive por usufruto) de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do município, em 1º de janeiro de cada ano. Incide também sobre a propriedade rural desapropriada por utilidade ou necessidade pública, ou por interesse social, inclusive para fins de reforma agrária. 
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CONCEITO E FATO GERADOR
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São imunes do ITR, desde que atendidos os requisitos constitucionais e legais:
I - as pequenas glebas rurais, quando as explore, só ou com sua família, o proprietário que não possua outro imóvel;
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IMUNIDADE
* A pequena gleba rural perde a imunidade caso tenha área explorada por contrato de arrendamento, comodato ou parceria. 
Pequena gleba rural é o imóvel rural com área igual ou inferior a:
I – 100 ha, se localizado em município compreendido na Amazônia Ocidental ou no Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense;
II – 50 ha, se localizado em município compreendido no Polígono das Secas ou na Amazônia Oriental;
III – 30 ha, se localizado em qualquer outro município.
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II - Os imóveis rurais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
III - Os imóveis rurais de autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
IV - Os imóveis rurais de instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos;
V - As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
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* Os imóveis rurais de que tratam as hipóteses descritas nos itens III e IV somente são imunes do ITR quando vinculados às finalidades essenciais das entidades neles mencionadas.
IMUNIDADE
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São isentos do ITR, desde que atendidas as condições estabelecidas em lei:
I - o imóvel rural compreendido em programa oficial de reforma agrária, caracterizado pelas autoridades competentes como assentamento, que, cumulativamente, atenda aos seguintes requisitos:
I - a titulação do imóvel rural for em nome coletivo;
II - a exploração for realizada por associação ou cooperativa de produção;
III - a fração ideal por família assentada não ultrapassar os limites da pequena gleba;
IV - nenhum dos assentados possuir, individual ou coletivamente, qualquer outro imóvel rural ou urbano; e
V - não houver arrendamento, comodato ou parceria.
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ISENÇÃO
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II - o conjunto de imóveis rurais de um mesmo proprietário, titular do domínio útil ou possuidor a qualquer título, cuja área total em cada região observe o respectivo limite da pequena gleba rural, atendendo cumulativamente aos seguintes requisitos:
I - a área total em cada região não pode ultrapassar o respectivo limite da pequena gleba rural;
II - o conjunto de imóveis deve ser explorado pelo contribuinte só ou com sua família, admitida ajuda eventual de terceiros;
III - o contribuinte não pode possuir imóvel urbano; e
IV - não pode haver arrendamento, comodato ou parceria.
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ISENÇÃO
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III - os imóveis rurais oficialmente reconhecidos como áreas ocupadas por remanescentes de comunidades de quilombos que estejam sob a ocupação direta e sejam explorados, individual ou coletivamente, pelos membros destas comunidades.
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ISENÇÃO
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É contribuinte do ITR aquele que, em relação ao imóvel rural a ser declarado, na data da efetiva apresentação da declaração, seja:
proprietário;
Direito de propriedade é o direito de usar, gozar e dispor do imóvel e de reavê-lo de quem quer que injustamente o possua ou o detenha.
b) titular do domínio útil (enfiteuta ou foreiro);
É titular do domínio útil aquele que adquiriu o imóvel rural por enfiteuse ou aforamento (contrato mediante o qual um proprietário cede a outra pessoa o direito de fazer uso do imóvel rural como se fosse dono, estabelecendo nesse contrato um valor cujo pagamento, que recebe o nome de pensão, poderá ocorrer mensal ou anualmente, mas é certo e invariável).
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CONTRIBUINTE DO IMPOSTO TERRITORIAL RURAL
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c) possuidor a qualquer título, inclusive o usufrutuário.
É possuidor a qualquer título aquele que tem a posse plena do imóvel rural, sem subordinação (posse com animus domini), seja por direito real de fruição sobre coisa alheia, como ocorre no caso do usufrutuário, seja por ocupação, autorizada ou não pelo Poder Público.
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CONTRIBUINTE DO IMPOSTO TERRITORIAL RURAL
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Podem ser pessoalmente responsáveis pelo crédito tributário do ITR, o adquirente ou remitente, o sucessor a qualquer título ou o cônjuge meeiro e o espólio. Todavia, na hipótese de alienação do imóvel rural, não se configura a responsabilidade tributária do adquirente quando este for o Poder Público, incluídas suas autarquias e fundações, ou entidade privada imune do ITR, bem como dos demais adquirentes quando conste do título aquisitivo a prova de quitação
do crédito tributário até então existente.
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RESPONSÁVEL PELO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
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Registre-se, ainda, que não há responsabilidade tributária para o expropriante de imóvel rural, seja a desapropriação promovida pelo Poder Público, seja por pessoa jurídica de direito privado delegatária ou concessionária de serviço público. Isso se deve ao fato de não ocorrer sucessão dominial na desapropriação, uma vez que ela consubstancia forma originária de aquisição da propriedade.
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RESPONSÁVEL PELO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
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Para efeito da legislação do ITR, o domicílio tributário do contribuinte ou responsável, pessoa física ou jurídica, inclusive imune e isento, é o município de localização do imóvel rural, vedada a eleição de qualquer outro.
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DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO
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Para efeito do ITR, considera-se imóvel rural a área contínua, formada de uma ou mais parcelas de terras confrontantes, do mesmo titular, localizada na zona rural do município, ainda que, em relação a alguma parte da área, o contribuinte detenha apenas a posse.
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IMÓVEL RURAL
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A área total do imóvel rural compõe-se de:
I - áreas não tributáveis;
II - áreas tributáveis:
a) áreas aproveitáveis:
 - utilizadas pela atividade rural;
 - não utilizadas pela atividade rural;
b) áreas ocupadas por benfeitorias úteis e necessárias à atividade rural, exceto as empregadas diretamente na exploração de atividade granjeira ou aquícola.
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IMÓVEL RURAL
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IMÓVEL RURAL
ÁREAS NÃO TRIBUTÁVEIS
ÁREAS TRIBUTÁVEIS
ÁREAS APROVEITÁVEIS
ÁREAS OCUPADAS POR BENFEITORIAS ÚTEIS E NECESSÁRIAS À ATIVIDADE RURAL
UTILIZADAS PELA ATIVIDADE RURAL
NÃO UTILIZADAS PELA ATIVIDADE RURAL
Esquema da composição da área total do imóvel rural.
IMÓVEL RURAL
Cada uma dessas áreas serão detalhadas nos slides seguintes
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As áreas não tributáveis do imóvel rural são as:
I - de preservação permanente;
II - de reserva legal;
III - de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN);
IV - de interesse ecológico, assim declaradas mediante ato do órgão competente, federal ou estadual, que sejam:
a) destinadas à proteção dos ecossistemas e que ampliem as restrições de uso previstas para as áreas de preservação permanente e de reserva legal; e
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ÁREA NÃO TRIBUTÁVEL
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b) comprovadamente imprestáveis para a atividade rural.
V - de servidão ambiental;
VI - cobertas por florestas nativas, primárias ou secundárias em estágio médio ou avançado de regeneração;
VII - alagadas para fins de constituição de reservatório de usinas hidrelétricas autorizada pelo Poder Público.
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ÁREA NÃO TRIBUTÁVEL
Para exclusão das áreas não tributáveis da incidência do ITR é necessário que o contribuinte apresente o Ato Declaratório Ambiental (ADA) ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a cada exercício, nos prazos fixados por este órgão, e que as áreas assim declaradas atendam ao disposto na legislação pertinente.
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ÁREAS NÃO TRIBUTÁVEIS
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL (RPPN)
COBERTAS POR FLORESTAS NATIVAS, PRIMÁRIAS OU SECUNDÁRIAS
INTERESSE ECOLÓGICO
ALAGADAS PARA FINS DE CONSTITUIÇÃO DE RESERVATÓRIO DE USINAS HIDRELÉTRICAS
SERVIDÃO AMBIENTAL
RESERVA LEGAL
PRESERVAÇÃO PERMANENTE
Esquema detalhado das áreas não tributáveis
ÁREA NÃO TRIBUTÁVEL
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A área tributável é composta pela área total do imóvel, excluídas as áreas não tributáveis mencionadas nos slides anteriores.
A área aproveitável do imóvel rural, como dito anteriormente, é constituída pelas áreas:
I - utilizadas pela atividade rural; e
II - não utilizadas pela atividade rural.
Considera-se área aproveitável a que for passível de exploração agrícola, pecuária, granjeira, aquícola ou florestal. 
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ÁREA TRIBUTÁVEL
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Já as ocupadas por benfeitorias úteis e necessárias destinadas à atividade rural são as áreas com:
I - casas de moradia, galpões para armazenamento, banheiros para gado, valas, silos, currais, açudes e estradas internas de acesso;
II - edificações e instalações destinadas a atividades educacionais, recreativas e de assistência à saúde dos trabalhadores rurais;
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ÁREA TRIBUTÁVEL
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III - instalações de beneficiamento ou transformação da produção agropecuária e de seu armazenamento; e
IV - outras instalações que se destinem a aumentar ou facilitar o uso do imóvel rural, bem assim a conservá-lo ou evitar que ele se deteriore.
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ÁREA TRIBUTÁVEL
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Área efetivamente utilizada pela atividade rural é a porção da área aproveitável do imóvel que, no ano anterior ao de ocorrência do fato gerador do ITR, tenha:
I - sido plantada com produtos vegetais, inclusive com reflorestamentos de essências exóticas ou nativas destinadas ao corte, ou permanecido em descanso para a recuperação do solo, desde que por recomendação técnica expressa de profissional legalmente habilitado, constante de laudo técnico;
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ÁREA UTILIZADA E NÃO UTILIZADA
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II - servido de pastagem, nativa ou plantada, observados, quando aplicáveis, os índices de lotação por zona de pecuária, ou sido ocupada com pastagens ainda em formação;
III - sido objeto de exploração extrativa, observados, quando aplicáveis, os índices de rendimento por produto e a legislação ambiental;
IV - servido para a exploração de atividade granjeira ou aquícola;
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ÁREA UTILIZADA E NÃO UTILIZADA
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V - sido objeto de implantação de projeto técnico, nos termos do art. 7º da Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, desde que atendidas as condições previstas na legislação;
VI - comprovadamente se situado em área de ocorrência de calamidade pública, decretada pelo Poder Público local no ano anterior ao de ocorrência do fato gerador do ITR e reconhecida pelo Governo Federal, da qual tenha resultado frustração de safras ou destruição de pastagens; e
VII - sido oficialmente destinada à execução de atividades de pesquisa e experimentação que objetivem o avanço tecnológico da agricultura.
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A área não utilizada pela atividade rural é a área composta pelas parcelas da área aproveitável do imóvel que, no ano anterior ao de ocorrência do fato gerador do ITR, não tenham sido objeto de qualquer atividade rural, ou tenham sido utilizadas para fins diversos dessa atividade, tais como:
I - áreas ocupadas por benfeitorias não enquadradas como úteis ou necessárias destinadas à atividade rural;
II - áreas ocupadas por jazidas ou minas, exploradas ou não;
III - áreas imprestáveis para a atividade rural, não declaradas de interesse ecológico por ato do órgão competente;
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ÁREA UTILIZADA E NÃO UTILIZADA
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IV - a área correspondente à diferença, se positiva, entre a área de pastagem declarada e a área utilizada com pastagem aceita, usada para o cálculo do grau de utilização do imóvel rural sujeito a índice de lotação;
V - a área correspondente à diferença, se positiva, entre a soma das áreas utilizadas
declaradas como de exploração extrativa e a das áreas aceitas como de exploração extrativa, usada para o cálculo do grau de utilização do imóvel rural sujeito a índice de rendimento por produto;
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ÁREA UTILIZADA E NÃO UTILIZADA
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VI - outras áreas aproveitáveis que não tenham sido utilizadas na atividade rural.
A área não utilizada pela atividade rural é obtida pela diferença entre a área aproveitável e a área utilizada.
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ÁREA UTILIZADA E NÃO UTILIZADA
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A base de cálculo do ITR é o Valor da Terra Nua Tributável (VTNT). O valor do ITR a ser pago é obtido mediante a multiplicação do VTNT pela alíquota correspondente, considerados a área total e o grau de utilização (GU) do imóvel rural.
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CÁLCULO DO IMPOSTO
Grau de utilização é a relação percentual entre a área efetivamente utilizada pela atividade rural e a área aproveitável do imóvel rural; constitui critério, juntamente com a área total do imóvel rural, para a determinação das alíquotas do ITR.
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Na hipótese de inexistir área aproveitável após excluídas as áreas não tributáveis e as áreas ocupadas com benfeitorias úteis e necessárias, o GU não pode ser calculado e serão aplicadas as alíquotas correspondentes aos imóveis rurais com grau de utilização superior a oitenta por cento, observada a área total do imóvel.
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CÁLCULO DO IMPOSTO
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Mas o que é Terra Nua?
Terra nua é o imóvel por natureza ou acessão natural, compreendendo o solo com sua superfície e a respectiva mata nativa, floresta natural e pastagem natural. O Valor da Terra Nua (VTN) é o valor de mercado do imóvel rural, excluídos os valores de mercado relativos a:
I - construções, instalações e benfeitorias;
II - culturas permanentes e temporárias;
III - pastagens cultivadas e melhoradas;
IV - florestas plantadas.
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CÁLCULO DO IMPOSTO
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O Valor da Terra Nua Tributável (VTNT) é obtido mediante a multiplicação do VTN pelo quociente entre a área tributável e a área total do imóvel.
VTNT = VTN X ÁREA TRIBUTÁVEL ÷ ÁREA TOTAL IMÓVEL
Após apurar o VTNT, multiplica-se este pela alíquota correspondente constante no Anexo da Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1996. O valor obtido será o ITR a recolher, que em nenhuma hipótese será inferior a R$ 10,00 (dez reais).
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CÁLCULO DO IMPOSTO
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DECLARAÇÃO DO IMPOSTO TERRITORIAL RURAL - DITR
CÁLCULO DO IMPOSTO
Anexo da Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1996.
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Exemplo:
Valor da terra nua = R$ 50.000,00;
Área tributável = 200 hectares;
Área aproveitável = 150 hectares;
Área utilizada pela atividade rural = 120 hectares;
Área total do imóvel = 280 hectares.
VTNT = VTN X ÁREA TRIBUTÁVEL ÷ ÁREA TOTAL IMÓVEL
VTNT = 50.000,00 x 200 ÷ 280
VTNT = R$ 35.714.29
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CÁLCULO DO IMPOSTO
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Exemplo:
VTNT = R$ 35.714.29
GRAU DE UTILIZAÇÃO = ÁREA UTILIZADA PELA ATIVIDADE RURAL ÷ ÁREA APROVEITÁVEL 
GRAU DE UTILIZAÇÃO = 120 ÷ 150
GRAU DE UTILIZAÇÃO = 80%
ALÍQUOTA = 0,60%
VALOR DO ITR A RECOLHER = R$ 35.714.29 x 0,60% = R$ 214,29
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CÁLCULO DO IMPOSTO
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Exemplo (Cálculo pelo sistema):
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CÁLCULO DO IMPOSTO
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DECLARAÇÃO DO IMPOSTO TERRITORIAL RURAL - DITR
CÁLCULO DO IMPOSTO
Exemplo (Cálculo pelo sistema):
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DECLARAÇÃO DO IMPOSTO TERRITORIAL RURAL - DITR
CÁLCULO DO IMPOSTO
* A pequena diferença é devido ao fato do sistema da Receita Federal só considerar quatro casas após a vírgula.
Exemplo (Cálculo pelo sistema):
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A declaração anual do ITR denomina-se Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR). A DITR, correspondente a cada imóvel rural, é composta pelos seguintes documentos:
I - Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR (Diac);
II - Documento de Informação e Apuração do ITR (Diat).
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DECLARAÇÃO DO ITR
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I - Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR (Diac):
Destinado à coleta de informações cadastrais do imóvel rural e de seu titular. Além desse, para a prestação de determinadas informações cadastrais, podem ser utilizados o Diac – Inscrição, Diac – Cancelamento e Diac – Comunicação de Alienação;
II - Documento de Informação e Apuração do ITR (Diat):
Destinado à apuração do imposto.
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DECLARAÇÃO DO IMPOSTO TERRITORIAL RURAL - DITR
OBRIGATORIEDADE DA DECLARAÇÃO DO ITR
EM SÍNTESE ESTÁ OBRIGADO A DECLARAR:
Toda Pessoa Física ou Jurídica que, em relação ao imóvel rural a ser declarado, exceto o imune ou isento, seja, na data da efetiva apresentação: proprietária, titular do domínio útil, possuidora a qualquer título, inclusive a usufrutuária.
O titular do domínio útil ou possuidor a qualquer título de imóvel rural IMUNE OU ISENTO, para o qual houve alteração nas informações cadastrais correspondentes ao imóvel rural.
* Informações mais detalhadas (complementares) nos slides seguintes. O conteúdo desse quadro já é suficiente. 
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Está obrigado a apresentar a DITR aquele que seja, em relação ao imóvel rural a ser declarado, exceto o imune ou isento:
I - na data da efetiva apresentação:
a) a pessoa física ou jurídica proprietária, titular do domínio útil ou possuidora a qualquer título, inclusive a usufrutuária;
b) um dos condôminos, quando o imóvel rural pertencer simultaneamente a mais de um contribuinte, em decorrência de contrato ou decisão judicial ou em função de doação recebida em comum;
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OBRIGATORIEDADE DA DECLARAÇÃO DO ITR
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c) um dos compossuidores, quando mais de uma pessoa for possuidora do imóvel rural.
II - a pessoa física ou jurídica que, entre 1º de janeiro e a data da efetiva apresentação da declaração, perdeu:
a) a posse do imóvel rural, pela imissão prévia do expropriante, em processo de desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, inclusive para fins de reforma agrária;
b) o direito de propriedade pela transferência ou incorporação do imóvel rural ao patrimônio do expropriante, em decorrência de desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, inclusive para fins de reforma agrária;
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OBRIGATORIEDADE DA DECLARAÇÃO DO ITR
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c) a posse ou a propriedade do imóvel rural, em função de alienação ao Poder Público, inclusive às suas autarquias e fundações, ou às instituições de educação e de assistência social imunes do imposto.
III - a pessoa jurídica que recebeu o imóvel rural nas hipóteses previstas no item II, desde que essas hipóteses tenham ocorrido entre 1º de janeiro e 30 de setembro;
IV - nos casos em que o imóvel rural pertencer a espólio, o inventariante enquanto não ultimada a partilha, ou, se esse não tiver sido nomeado, o cônjuge meeiro, o companheiro ou o sucessor a qualquer título.
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OBRIGATORIEDADE DA DECLARAÇÃO DO ITR
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Está obrigado, também, a apresentar a DITR aquele que, em relação ao imóvel rural a ser declarado, imune ou isento, e para o qual houve alteração nas informações cadastrais correspondentes ao imóvel rural, ao seu titular,
à composse ou ao condomínio constantes do Cafir e que não foi comunicada à RFB para fins de alteração no Cafir, se enquadre em qualquer das hipóteses previstas nos itens I a IV.
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OBRIGATORIEDADE DA DECLARAÇÃO DO ITR
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A declaração pode ser apresentada no prazo pela Internet, mediante utilização do Programa Gerador da Declaração (PGD) do ITR e transmissão através do programa Receitanet, ambos disponíveis no sítio da RFB.
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MEIOS DE PREENCHIMENTO
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O contribuinte poderá pagar o ITR por meio de:
I - Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), em qualquer agência bancária integrante da rede arrecadadora de receitas federais, no caso de pagamento efetuado no Brasil;
II - Título da Dívida Agrária (TDA) do tipo escritural, ou seja, custodiados em uma instituição financeira, correspondentes a até 50% (cinquenta por cento) do valor devido;
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FORMAS DE PAGAMENTO
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III - Transferência eletrônica de fundos mediante sistemas eletrônicos das instituições financeiras autorizadas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil a operar com esta modalidade de arrecadação.
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FORMAS DE PAGAMENTO
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No caso de apresentação espontânea da DITR fora do prazo estabelecido pela RFB, será cobrada multa de um por cento ao mês-calendário ou fração de atraso sobre o imposto devido, sem prejuízo da multa e dos juros de mora pela falta ou insuficiência de recolhimento do imposto ou quota. Em nenhuma hipótese o valor da multa por atraso na entrega da DITR será inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais).
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MULTAS POR ATRASO
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Em linhas gerais foram expostos os principais aspectos concernentes à Declaração do Imposto Territorial Rural (DITR), sendo que em alguns momentos ultrapassou-se o conteúdo básico da matéria. Cabe salientar que em diversos momentos a linguagem empregada é excessivamente técnica em virtude do fato do conteúdo evidenciado derivar diretamente da legislação vigente.
Por fim, apresenta-se algumas telas do Programa Gerador da Declaração do ITR (Receita Federal), de modo a propiciar uma melhor compreensão da forma de preenchimento.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Telas do Sistema
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OLIVEIRA, Neuza Corte de. Contabilidade do agronegócio: teoria e prática. 2 ed. Curitiba: Juruá Editora, 2010.
RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR. 2015. Disponível em: <http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/declaracoes-e-demonstrativos/ditr-declaracao-do-imposto-sobre-a-propriedade-territorial-rural/programa-gerador-da-declaracao-pgd-ditr-perguntas-e-respostas-e-base-legal>. Acesso em: 25 jan. 2015.
TIAGO ALVES DE SANTANA
REFERÊNCIAS
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